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PODER JUDICICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

Cejusc
Varas de Família

Salvador
2018
Cen tro de Mediaçã o das Varas d e Fa mília – S alvad or - BA

SUMÁRIO

Apresentação........................................................................................................................... 3
Mediação e Conciliação .......................................................................................................... 3
Comparecimento das partes à audiência................................................................................ 4
O mediador ............................................................................................................................. 4
Ausência de atos postulatórios em audiência ......................................................................... 5
O advogado ............................................................................................................................. 5
O Juiz Coordenador ................................................................................................................. 6
A produtividade do Juiz ........................................................................................................... 7
O Ministério Público ............................................................................................................... 7
Envio de autos ao Cejusc – Guias disponíveis na página do TJBA .......................................... 7
Termos de audiência - notas explicativas ............................................................................... 7
Alimentos ................................................................................................................................ 7
Regulamentação da Convivência Familiar .............................................................................. 8
Divórcio e dissolução de união estável.................................................................................... 8
Partilha de bens ...................................................................................................................... 9
Direito de laje ........................................................................................................................ 11
Partilha desigual .....................................................................................................................11
Reconhecimento de relação de parentesco........................................................................... 12
Elaboração do termo de audiência ........................................................................................ 13
Estatística – Movimentações processuais no sistema ........................................................... 13
Modelos de termos de audiência fornecidos no formado “doc”........................................... 14
Pesquisa de opinião – partes e advogados ........................................................................... 16
Roteiro para realização de sessões de mediação no Cejusc Família ..................................... 17
Roteiro simplificado para a remessa dos autos ao Cejusc .................................................... 18

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Cen tro de Mediaçã o das Varas d e Fa mília – S alvad or - BA

Apresentação
Os Centros Judiciários de Solução Consensual de Conflito (Cejusc) são unidades do Poder
Judiciário1 que têm por finalidade a aplicação de métodos autocompositivos. Neles também
poderão ser oferecidos serviços relacionados ao exercício da cidadania.

Os Cejuscs foram concebidos na Resolução nº 125/2010 2, do Conselho Nacional de Justiça


(CNJ) e atualmente a sua implementação também decorre do Código de Processo Civil (art.
165) e da Lei de Mediação, segundo a qual os Cejuscs são responsáveis pela realização de
sessões de conciliação e mediação pré-processuais e processuais e pelo desenvolvimento de
programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição (art. 24, LM).

O principal objetivo do Centro de Mediação das Varas de Família será viabilizar o emprego
desse método nas questões ajuizadas, com a aplicação do CPC vigente, sobretudo o seu art.
695.

Os termos de acordo de família, na sua maioria, são submetidos a parecer do Ministério


Público e ao exame do Juiz, por ocasião do julgamento. Por isso, eles devem atender às
deliberações das partes, em respeito ao princípio da autonomia da vontade, como também
devem observar aspectos formais que serão objeto da posterior análise pelo Ministério
Público pelo Juiz.

Visando facilitar a instrumentalização desses acordos, foram elaborados os modelos de


termos de audiências de mediação, meramente sugestivos e que devem ser ajustados à
realidade de cada caso, em atenção as suas peculiaridades e ao princípio da autonomia da
vontade.

Mediação e conciliação

Na mediação judicial, além do emprego das técnicas, torna-se necessário a observância de


normas e dos princípios no art. 166, do CPC, dentre os quais se destacam o princípio da
independência, da autonomia da vontade e da decisão informada, que consiste no "dever de
manter o jurisdicionado plenamente informado quanto aos seus direitos e ao contexto fático
no qual está inserido" (tem nº II, do anexo III, da Resolução CNJ nº 125/2010), de sorte que
"não se considera adequada à composição quando alguém desconhece seus direitos”3

A denominada mediação judicial não é um método. Embora o Manual de Mediação Judicial


do CNJ tenha seguido uma linha de atuação, a Res. nº 125/2017, no Anexo I, preconiza que
“os treinamentos de quaisquer práticas consensuais serão conduzidos de modo a respeitar as

1
O art. 165, do CPC, estabelece que os tribunais criarão centros judiciários, responsáveis pela realização de sessões e
audiências de conciliação e mediação e o seu § 1º estabelece que a composição e organização desses centros “serão
definidas pelo respectivo tribunal, observadas as normas do Conselho Nacional de Justiça”. Por sua vez, a Resolução CNJ nº
125/2010, estabelece que os tribunais deverão criar Núcleos Permanentes com atribuições para “instalar Centros
Judiciários de Solução de Conflitos” (inciso IV) e propor ao Tribunal a realização de convênios e parcerias com entes
públicos e privados para atender aos fins desta Resolução” (inciso VI).
2
No Estado da Bahia, a criação de centros de autocomposição processual e pré-processual remontam aos anos de 2002
(quando foram criados os Núcleos de Conciliação Prévia – Res. 7/2002) e 2003 (quando foram criados os Balcões de Justiça
e Cidadania – Res. 1/2003).
3
Manual de Mediação Judicial, p. 160, ed. 2016.
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linhas distintas de atuação em mediação e conciliação (e.g transformativa, narrativa,


facilitadora, entre outras)”.

Para o êxito desse procedimento, é necessária formação por meio de Curso de Mediação
Judicial com duração mínima de 100 horas e conteúdo previsto na Resolução CNJ nº
125/2010 (com redação da emenda nº 2/2016), oferecido pela Universidade Corporativa do
TJBA (Unicorp).

Esses cursos são oferecidos por instrutores credenciados pelo CNJ, sob a supervisão do
Nupemec. A lista dos instrutores credenciados é divulgada em página do CNJ na internet 4.
Ultimamente, a oferta de cursos tem sido realizada por intermédio da Universidade
Corporativa do TJBA (http://www5.tjba.jus.br/unicorp/).

Comparecimento das partes à audiência

Ninguém poderá ser obrigado a permanecer em procedimento de mediação contra a sua


vontade (art. 2º, § 2º, da LM), mas o comparecimento à sessão de mediação é necessário
para que, depois de ouvidas às regras do procedimento, possa a parte livremente decidir
sobre a conveniência de permanecer na audiência e estabelecer uma discussão visando uma
solução consensual.

A lei impôs o comparecimento da parte à sessão de mediação ou conciliação em três


situações:

a) No procedimento comum, exceto quando o demandante e o demandado recusarem a


audiência, na forma do § 5º, do art. 334, do CPC. A recusa pode ser manifestada na petição
inicial. No caso do réu, ela pode ser comunicada em petição protocolada com 10 dias de
antecedência à data designada para a audiência. A audiência também não será realizada
quando o réu alegar incompetência do Juízo, relativa ou absoluta (art. 340, § 3º).

b) Nas ações de família (art. 695), nas quais não existe previsão de recusa ao
comparecimento à audiência.

c) Na mediação em geral, na hipótese de existir cláusula compromissória, quando as partes


devem comparecer à primeira reunião de mediação (art. 2º, § 1º, da LM).

O não comparecimento injustificado de qualquer das partes a audiência obrigatória sujeita o


ausente à sanção prevista no § 8º, do art. 334. Como nos processos que demandem
audiência de instrução haverá nova oportunidade de autocomposição perante o Juiz, o
momento mais adequado para a decisão sobre a aplicação da penalidade deve ser o
posterior a essa segunda tentativa de autocomposição.

No pré-processo prevalece a voluntariedade do comparecimento.

O mediador

O art. 25, da LM, estabelece que na mediação judicial, os mediadores não estarão sujeitos à
prévia aceitação das partes, mas a eles se aplicam as mesmas hipóteses legais de

4
http://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/conciliacao-e-mediacao-portal-da-conciliacao/pesquisa-de-instrutores
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impedimento e suspeição do juiz (art. 5º). Já no seu art. 6º, a LM afirma que o mediador fica
impedido, pelo prazo de um ano, contado do término da última audiência em que atuou, de
assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes.

Por outro lado, o § 5º do art. 167, do novo CPC, determina que os conciliadores e
mediadores judiciais, se advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em
que exerçam suas funções, mas, segundo o Enunciado nº 7, do Fonamec 5, esse dispositivo
não é aplicável aos mediadores em atuação no Cejusc.

Ausência de atos postulatórios em audiência

Segundo o § único, do art. 1º, da Lei nº 13.140/2015, a mediação é a atividade técnica


exercida por terceiro imparcial sem poder decisório que auxilia e estimula as partes a
identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia.

O Código de Processo Civil estabelece que o mediador “atuará preferencialmente nos casos
em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as
questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da
comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos”
(§ 3º, do art. 165).

Destinando-se a sessão de mediação unicamente à tentativa de autocomposição e não


dispondo o mediador de poder decisório, não é possível a prática de atos postulatórios
perante o mediador.

O Advogado

O § 9º do art. 334, estabelece que as partes devem estar acompanhadas por seus advogados
ou defensores públicos, enquanto a lei nº 13.140/2015 afirma que as partes devem ser
“assistidas” por advogados (art. 26), no sentido de assessoramento jurídico.

5
Tem sido objeto de crítica o § 5º, do art. 167, do CPC, segundo o qual os conciliadores e mediadores cadastrados, se
advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que exerçam suas funções. Desse dispositivo infere-se
que, se o mediador é em exercício em determinada vara, estará impedido de atuar como advogado na própria vara, assim
como o mediador lotado em Cejusc estará impedido de atuar como advogado no próprio Cejusc.
No encontro do Fórum Nacional de Mediação e Conciliação realizado em outubro de 2015, foi editado o Enunciado nº 7,
segundo o qual o § 5º do art. 167, do CPC, não se aplica “aos advogados, quando mediadores atuantes nas comarcas em
que há Cejuscs instalados”.
A supressão da incidência do dispositivo legal causa um vazio normativo que pode vir a ser preenchido pelo emprego da
analogia, de modo que outras normas poderão ser invocadas, como o Código de Ética da OAB ou norma do Poder
Judiciário. No caso do Estado da Bahia, por exemplo, poderia se recorrer à Resolução TJBA nº 7, de 2010, que no § 2º do seu
art. 1º, estabelece que os conciliadores, quando bacharéis em direito, ficam “impedidos de exercer a advocacia perante as
varas instaladas na mesma comarca e com competência idêntica à da unidade onde desempenham suas funções, sob pena
de revogação da nomeação e comunicação à Ordem dos Advogados do Brasil”.
Por outro lado, se o dispositivo do CPC não se aplica aos mediadores cadastrados, certamente ele também não se aplica aos
demais mediadores, de modo que o enunciado torna inútil o dispositivo legal. Contudo, como se trata de norma vigente, a
sua aplicação poderá ser reclamada, inclusive perante a OAB ou como fundamento para invalidação de um acordo.
Ao mencionar que o impedimento ocorre em relação a mediadores cadastrados no juízo em que “desempenhe as suas
funções”, o § 5º, do art. 167, do CPC, parece se referir aos mediadores que tenham atuação habitual em determinado
órgão. Nesses casos, é prudente consultar o Juiz Coordenador do Centro Judiciário.
O enunciado nº 7 foi submetido ao referendo do CNJ. Vindo a ser aprovado, ele passará a ter efeito de norma.
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A atuação do advogado possibilitará que a parte possa ter segurança ao decidir pela
formalização de um acordo. O Código de Ética aprovado pela Resolução nº 02/2015, do
Conselho Federal da OAB-BA, no art. 2º, parágrafo único, VI, estabelece que é dever do
advogado “estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes,
prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios”.

Espera-se do advogado uma atuação positiva durante o procedimento autocompositivo, por


meio do assessoramento da parte a uma tomada de posição consciente.

Na ausência do advogado, poderá ocorrer uma das seguintes situações:

a) Audiência não é realizada, sendo os autos devolvidos à Vara, para prosseguimento do


feito.

b) Audiência é remarcada, caso as partes concordem com o adiamento.

Uma dificuldade surge quando uma parte comparece acompanhada de advogado à sessão
de conciliação ou mediação e a parte desassistida deseja prosseguir com o procedimento.
Não sendo viável o assessoramento a essa parte, o procedimento deveria ser suspenso. No
entanto, para não se negar ao plenamente capaz o direito ao exercício da autonomia da
vontade em matéria de menor complexidade (como a fixação de alimentos) poderá,
excepcionalmente, ser adotada a conduta contida no texto a seguir, que deve ser acrescido
ao preâmbulo do termo de acordo:

Tendo em vista que o (alimentante, divorciando, etc.) compareceu a esta sessão desacompanhado de
advogado, e uma vez esclarecido acerca da necessidade de assistência jurídica, porque a outra parte se
encontra devidamente assessorada, o referido mediando declarou que pretende continuar com a sessão
de mediação, por entender que reúne condições para deliberar sobre o objeto da controvérsia, sem
assessoramento jurídico. Em seguida o mediando foi informado de que poderá, a qualquer momento,
solicitar a interrupção da presente sessão, caso se sinta em situação de desvantagem em relação à parte
acompanhada de advogado, providência que também poderá ser adotada pelo mediador.

Nesse caso, o facilitador deve ficar atento para que a negociação se desenvolva de forma
eficaz, com a incidência do princípio da decisão informada, o que pode ser constatado
durante as sessões conjuntas e privadas.

Sobre a validade do acordo sem assessoramento do advogado vê RESP 77399-SP, RESP


50669-SP e REsp 92478/PR6, assim como o texto “O princípio da autonomia da vontade
aplicado à mediação judicial”7.

O Juiz Coordenador

O papel do Juiz coordenador está inserido no art. 170 e § 2º do art. 173, do NCPC, no sentido
de exercer a administração do Cejusc, sem interferir no processo, em respeito ao princípio
do Juiz natural. Em relação à atividade pré-processual, a jurisdição voluntária é exercida com
o oferecimento da sentença homologatória (art. 17, da Res. TJBA nº 24/2015).

6
“Restrita a audiência à tentativa de conciliação das partes, não se faz imprescindível a presença dos advogados de todas
elas. Recurso especial não conhecido” (RESP 1996/0021690-8, Relator Ministro BARROS MONTEIRO, 4ª T, DJ 20/05/2002,
p. 142, RSTJ vol. 161 p. 341).
7
https://drive.google.com/file/d/0BwzvRIco75LcLWlUQy11OWJyaUk/view?usp=sharing

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A produtividade do Juiz

O § 8, do art. 8º, da Resolução CNJ 125/2010, estabelece que, para efeito de estatística de
produtividade, as sentenças homologatórias de acordos celebrados no Cejusc reverterão ao
juízo de origem e as sentenças decorrentes da atuação pré-processual, ao juiz coordenador.

O Ministério Público

O CPC estabelece que a atuação do Ministério Público no processo ocorrerá no momento


indicado no seu art. 698, segundo o qual o MP “somente intervirá quando houver interesse
de incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo”.

Envio de autos ao Cejusc – Guias disponíveis na página do TJBA

A Resolução TJBA 24/2015 estabelece que a remessa de autos para o Cejusc deve ser
efetuada via sistema (art. 12). A remessa é necessária para juntada de termos de audiência,
certificação da sua não realização e para a redação do termo de acordo. O procedimento
autocompositivo deve ser concluído em 2 meses (art. 334, § 2º CPC, e art. 28 da LM).

Nos endereços abaixo constam o Guia Operacional e o Guia Simplificado, ambos com
orientação sobre as movimentações no sistema para a remessa e devolução de autos entre
as varas e o Cejusc. O guia simplificado está reproduzido ao final.

http://www5.tjba.jus.br/conciliacao/images/GuiaCEJUSC.pdf

http://www5.tjba.jus.br/conciliacao/images/stories/Guia_simplificado_do_SAJ_para_o_CEJUSC.pdf

TERMOS DE AUDIÊNCIA - NOTAS EXPLICATIVAS


Alimentos
O art. 1.696 do Código Civil estabelece que o direito à prestação de alimentos é recíproco
entre pais e filhos e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais
próximos em grau, uns em falta de outros, e o seu art. 1.698 estabelece que, se o parente
que deve alimentos em primeiro lugar não estiver em condições de suportar totalmente o
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encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato e, sendo várias as pessoas


obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos
recursos.

Nos acordos que envolvem obrigação alimentar é necessário definir o valor da obrigação, o
modo de pagamento e a forma de reajustamento.

Sendo a obrigação fixada em dinheiro, é recomendável estabelecer relação ao valor do


salário mínimo, para permitir futuros reajustamentos da pensão, na mesma proporção. Para
obtenção do percentual em relação ao salário mínimo, basta dividir o valor da pensão pelo
valor do salário mínimo e multiplicar o resultado por 100.

Ex: Valor da pensão: R$ 200,00 ÷ 937,00 (salário mínimo) = 0,2134471 x 100 = 21,34%

Inversamente, para a obtenção do valor da pensão a partir de um percentual sobre o salário


mínimo, basta dividir o percentual escolhido pelo valor do salário mínimo e dividir o
resultado por 100.

Além da pensão alimentícia, o acordo poderá conter previsão sobre despesas


extraordinárias, tais como as realizadas com a aquisição de medicamento, de aparelhos
ortodônticos, óculos, consultas médicas, material e fardamento escolar, dentre outras.

Havendo alternância na guarda, poderá ser esclarecido no não haverá pagamento de pensão
entre os genitores, uma vez que cada um deles assumirá todas as despesas do filho
enquanto estiver sob os seus cuidados.

Há casos em que o guardião pretende assumir a responsabilidade pelo sustento do filho, sem
o auxílio do outro genitor, por reunir condições econômicas para isso. Nessas situações, pode
ser afirmado o referido guardião declarou reunir condições de prover o integral sustento do
filho e que, a qualquer momento, poderá pleitear o pagamento de pensão de alimentos.
Poderá também ser dito, quando for o caso, que o alimentando deliberou por não exercer,
momentaneamente, o direito à fixação de pensão de alimentos, uma vez que todas as
necessidades materiais do alimentando estão sendo supridas espontaneamente pelo
alimentante.

Desse modo, será possível perceber que o tema alusivo ao sustento dos filhos foi tratado de
forma adequada pelas partes, com preservação dos seus interesses. Essa percepção é
importante para a análise do caso pelo Ministério Público e pelo Juiz, uma vez que o novo
CPC, no seu art. 731, repetiu dispositivos do antigo código, que são rígidos, mas que
atualmente devem ter a sua interpretação harmonizada com os princípios que orientam o
procedimento autocompositivo referidos no art. 166, sobretudo o da autonomia da vontade
e da decisão informada.

Havendo estipulação de pagamento da pensão por meio de desconto em folha, poderá


constar no termo de acordo se o ofício a ser expedido pelo cartório poderá ser entregue ao
destinatário por alguma das partes. Deve ficar esclarecido se a pensão incidirá sobre o
décimo terceiro salário e outras parcelas integrantes da remuneração do alimentante. O
termo de acordo deve mencionar o nome e endereço do empregador, devendo ser juntada
aos autos cópia do contracheque do alimentante.

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Regulamentação da convivência familiar

Os modelos de termos de audiência contém sugestões que deverão ser adequadas aos casos
concretos. Esse tema deve solucionado na audiência, sem o que o termo de acordo não
atenderá ao disposto no art. 731, III, do CPC.

Divórcio e dissolução de união estável

Nos instrumentos de acordos de divórcio e de reconhecimento e dissolução de união estável


é necessário que se esclareça sobre o nascimento de filhos, existência de bens comuns a
serem partilhados e pretensão acerca de nomes modificados por ocasião da celebração do
casamento ou de escritura pública declaratória de união estável.

As questões alusivas ao sustendo dos filhos menores e à regulamentação da convivência


familiar devem ser discutidas e solucionadas. Já a eventual estipulação de alimentos entre os
cônjuges deve ser objeto de deliberação, caso as partes tragam esse tema à discussão
durante a sessão mediação.

É certo que o inciso II, do art. 731, do CPC, estabelece que o acordo de divórcio deve conter
as disposições relativas à pensão de alimentos entre os cônjuges. Como atualmente é rara a
ocorrência dessa obrigação, a aplicação desse dispositivo, na prática, acaba resultando na
renúncia aos alimentos, uma vez que, quando as partes declaram que não há necessidade de
fixação de alimentos, o conciliador tende a inserir automaticamente a declaração de
renúncia.

Muitas vezes as partes não desejam fixar pensão, porque dela não necessitam, mas também
não cogitam quanto à sua renúncia. Outras vezes, a pensão entre cônjuges não é uma
questão a ser mediada. Como o tema se insere no âmbito da autonomia da vontade, o certo
é que, se as partes não o trouxeram à discussão, não cabe ao mediador suscitá-lo. Portanto,
o instrumento de acordo que nada mencione sobre alimentos entre os cônjuges não pode
ser tido como omisso. O princípio da autonomia da vontade consagrado no art. 166 deve
prevalecer, de sorte que a incidência II, do art. 731, do CPC, herdada do sistema processual
revogado deve incidir se as partes assim deliberarem8.

Na Dissolução de União Estável o termo de acordo deve indicar as datas (ou pelo menos o
mês) em que se verificou o início e do término da convivência conjugal. Quando as partes
apresentarem escritura de declaração de união estável, a data do início da convivência a ser
informada no termo de acordo deve ser a constante do bojo da escritura e não a data da sua
lavratura.

Partilha de bens

A falta de partilha nos acordos de divórcio constitui causa suspensiva da celebração de novo
casamento por qualquer dos divorciados (o art. 1.523, III, do Código Civil), embora o mesmo
código permita o casamento sob o regime da separação de bens no art. 1.641, I, segundo o
qual “é obrigatório o regime da separação de bens no casamento das pessoas que o
contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento”. Na

8
https://drive.google.com/file/d/0BwzvRIco75LcNDVLVGRxbU9jOGs/view?usp=sharing

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prática, as pessoas encontram dificuldades em contrair novo casamento nessas


circunstâncias, mesmo quando se dispõem a celebrá-lo sob o regime da separação.

Os casos em que as partes dispõem apenas de posse de imóvel são muito comuns,
verificando-se com certa frequência situações em que as partes dispõem de recibos de
compra e contratos particulares não registrados em Cartório de Registro de Imóveis.

Embora os casos de posse apresentem menor complexidade, convém que os instrumentos


de acordo contenham uma descrição mínima do bem partilhado. No arquivo com sugestões
de cláusulas, constam textos para a resolução das situações mais comuns, como:

 Renúncia ao Direito de Meação


 Transmissão Onerosa da Meação da Posse (aquisição por ex-cônjuge)
 Compensação de Imóveis (quando o casal possuir bens equivalentes)
 Imóvel fracionado por pavimentos (direito de laje)
 Transmissão da Posse a Terceiro

Já as situações em que o imóvel dispõe de título registrado no Cartório de Registro Geral de


Imóveis apresentam maior dificuldade. O sistema de numeração de livros de registro público
facilita a distinção do registro imobiliário, no qual os livros são organizados por ordem
numérica (ex: um documento registrado no Livro nº 2 – Registro Geral significa que esse
registro foi efetuado em cartório registro imobiliário, enquanto que um documento que
apresente registro em livro iniciado por letra indica que esse registro foi efetuado em
cartório de registro de títulos e documentos).

Normalmente os casos submetidos a registro imobiliários apresentam uma das formas


contratuais a seguir, sendo que algumas delas não envolvem propriamente de direito real de
propriedade:

- Imóvel adquirido por Instrumento Público (Escritura de Compra e Venda ou de Doação,


por exemplo) registrado no Cartório de Registro de Imóveis.

- Imóvel adquirido por Contrato Particular com efeito de Instrumento Público (são os
contratos de financiamento habitacional celebrados com bancos, como a Caixa Econômica
Federal).

- Transmissão do Uso, adquirido na forma do art. 7º do Decreto-Lei no 271/1967 e art.


1.225, V, do Código Civil, isto é, por instrumento contratual, mesmo que particular, desde
que esteja registrado no Cartório de RGI (a Prefeitura de Salvador utiliza essa espécie de
título) e da Superfície (art. 1.225, II, do Código Civil).

- Outros títulos, como os Formais de Partilha registrados em cartórios de RGI, expedidos em


processos de divórcio, inventário ou arrolamento de bens.

- Contrato de Compra e Venda com Reserva de Domínio ou de Contrato de Arrendamento


Mercantil (leasing habitacional), em que os “adquirentes” dispõem de direitos que podem
ser cedidos ou partilhados. Eles podem, por exemplo, deliberar pela cessão de direitos em
favor do outro, a quem caberá o cumprimento das obrigações contratuais, bem como os
direitos correspondentes, principalmente o de futura aquisição do bem, depois da quitação
do “financiamento” respectivo.

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- Contrato de Promessa de Compra e Venda por instrumento particular com registrado no


RGI (os artigos 1.225, VII, e 1.417 do Código Civil, atribuem o efeito de direito real de
aquisição a esse contrato, desde que registrado no Cartório de RGI). Esse contrato confere
direito real de aquisição (que é espécie de direito real sobre coisa alheia) e não exatamente
de propriedade, mas, pela sua complexidade, exige idêntico cuidado ao dedicado aos casos
de aquisição de domínio.

Direito de Laje

Em 8 de setembro de 2017, foi publicado o texto consolidado da Lei nº 13.465/2017 que


contém diversos dispositivos que visam à regularização fundiária rural e urbana, dentre os
quais se destacam o direito real de laje e a forma originária de aquisição da propriedade
imobiliária a partir do reconhecimento pelo Poder Público. Para isso, foram efetuadas
modificações em diversas normas, com destaque para destaque para o art. 1.510-A, do
Código Civil, em cujo caput se afirma que “o proprietário de uma construção-base poderá
ceder a superfície superior ou inferior de sua construção a fim de que o titular da laje
mantenha unidade distinta daquela originalmente construída sobre o solo”.

O § 1º, do referido artigo, estabelece ainda que “o direito real de laje contempla o espaço
aéreo ou o subsolo de terrenos públicos ou privados, tomados em projeção vertical, como
unidade imobiliária autônoma, não contemplando as demais áreas edificadas ou não
pertencentes ao proprietário da construção-base”. Diferente do condomínio, no direito real
de laje a sua instituição não implica a atribuição de fração ideal de terreno ao titular da laje
ou a participação proporcional em áreas já edificadas.

Com isso, para um casal que disponha de um bem registrado em cartório de imóveis abre-se
a possibilidade de partilha por meio da instituição do real de laje, com registro na matrícula
do referido bem, lembrando-se que o § 1º, do art. 1.510-A.

Na cidade de Salvador se verifica a existência de uma grande quantidade de imóveis com


dois ou mais pavimentos, mas sem título registrado em Cartório de Imóveis. Nesses casos,
será possível dispor sobre o direito de posse dos pavimentos, tornando-os autônomos,
devendo ser discutidos pelas partes aspectos como: despesas com água, energia elétrica,
tributos, acesso aos dois imóveis, existência de área comum e preferência recíproca no caso
de alienação. As disposições sobre o direito de posse têm natureza meramente obrigacional,
não devendo ser confundidas com a instituição do direito real de Laje.

Partilha Desigual

A transmissão de domínio, por requerer a necessidade de registro imobiliário, torna o


processo menos simples, o que é pouco compatível com o procedimento pré-processual. No
entanto, a mera declaração do cônjuge do sentido de que abre mão da sua meação enseja a
transmissão de propriedade e proporciona a incidência do imposto de transmissão inter
vivos.

Para não inviabilizar a prestação judicial, a solução que se encontrou para o pré-processual
consiste em se mencionar na sentença que a expedição do mandado de averbação para o
Cartório de Registro Geral de Imóveis, na forma do art. 734, § 3º, do CPC, dependerá da
comprovação do recolhimento do imposto de transmissão ou da demonstração da sua não
incidência no caso concreto. Assim, a sentença a ser proferida determinará desde logo a
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realização da averbação pelo Cartório de Registro Civil, mas a determinação para a


averbação perante o Cartório de Registro de Imóveis dependerá dessa prova, a ser
diligenciada por uma das partes junto ao órgão fazendário competente.

Outra solução para as situações de propriedade é a instituição de mero dever obrigacional,


como a promessa de doação, que não proporciona o fato gerador do tributo.

No arquivo com sugestões de textos, constam exemplos de cláusulas sobre:

 Promessa de Transmissão Onerosa da Meação à Divorcianda


 Promessa de Doação à Divorcianda
 Promessa de Doação aos Filhos
 Imóvel financiado pelo Programa Minha Casa Minha Vida
 Imóvel com financiamento habitacional

Reconhecimento espontâneo de paternidade

Havendo convicção quanto à existência da relação de parentesco, o suposto pai biológico


poderá efetuar o reconhecimento. Na incerteza, as partes podem deliberar pela realização
de exame de código genético. O reconhecimento de paternidade é ato unilateral, voluntário
e incondicional. No entanto, são mediáveis os seus reflexos, como a eventual quantificação
dos alimentos e regras de convivência familiar, quando for o caso 9.

Sobre o tema, vigora o Provimento nº 12/2010, do CNJ, que instituiu o projeto Pai Presente,
no qual, dentre outras deliberações, é admitido o reconhecimento do suposto pai
relativamente incapaz, sem a assistência do genitor (art. 5º, § 2º), assim como a dispensa da
ouvida do órgão do Ministério Público e a presença de advogado (art. 4º, § 2º).

Ainda segundo o art. 5º, §, a deliberação do Juiz elaborada de forma que sirva de mandado
de averbação, será encaminhado ao serviço de registro civil em até 5 dias.

Já o Provimento nº 52/2016, do mesmo CNJ, autoriza o registro da paternidade efetuado


pela genitora que apresente prova da existência de união estável do pai (escritura pública ou
sentença em que se reconheça a união estável).

O reconhecimento da relação de parentesco também poderá ser efetuado por supostos


irmãos, supostos avós e supostos tios paternos do investigante, quando existir a
probabilidade da existência da relação de parentesco ou a certeza proporcionada pelo
resultado do exame de DNA.

O direito do investigante ao reconhecimento da sua filiação por pessoas que não seja o pai
biológico é referido no art. 27, do Estatuto da Criança e do Adolescente, segundo o qual “o
reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível,
podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado
o segredo de Justiça”. No plano constitucional, vigora o tratamento isonômico entre os

9
Também em ações de estado (como divórcio) e nas causas relativas a interesses de incapazes (como guarda de filhos) é
possível que as partes se conscientizem sobre direitos e obrigações recíprocas e celebrem acordos válidos. Exemplo disso é
que o pai pode reconhecer voluntariamente o vínculo de filiação em ato de autocomposição unilateral. Percebe-se, assim,
que o Direito de Família é possível conceber a autocomposição, seja ela unilateral por reconhecimento jurídico do pedido
ou renúncia (em certos casos), seja por autocomposição bilateral por força da realização de acordos. (Mediação nos
Conflitos Cíveis, FERNANDA TARTUCE, Ed. Método, 2016, p. 30).
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filhos, nos termos do § 6º, do art. 227, da CF, segundo o qual “os filhos, havidos ou não da
relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas
quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação”.

Sobre o reconhecimento em face dos parentes do suposto pai falecido recomenda-se a


leitura das decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça nos seguintes recursos:
REsp 296-RS, de 1990, REsp 603.885-RS, de 2005, REsp 604.154-RS, de 2005, AR 336-RS,
de 2005, REsp 326.136-MG, de 2005, e REsp 807849-RJ, de 2010, este último prolatado
pela Segunda Seção do STJ.

A probabilidade da existência da relação de parentesco, que dispensa a realização de


prévio exame de DAN, poderá ser evidenciada quando, havendo união estável declarada
em escritura pública ou sentença, o suposto pai falecido tenha efetuado o reconhecimento
do primogênito, deixando de fazer isso com o filho mais novo (Sobre o tema, consultar “A
igualdade substancial entre os filhos em concreto: extensão da presunção de paternidade
para a união estável”10 e decisão do STJ no REsp 1194059/SP, de 06.11.2012).

ELABORAÇÃO DO TERMO DE AUDIÊNCIA

Antes da implantação do Cejusc Mediação Família foram concebidos os modelos


relacionados neste guia, que estão inseridos no sistema processual (SAJ). Na época, os
modelos foram fornecidos no formato “doc”, para eventual utilização fora dos autos digitais.
Caso utilizado o sistema processual para a emissão do termo de acordo, a liberação nos
autos desses modelos (assinatura digital) proporcionaria automaticamente a movimentação
processual correspondente (audiência com acordo, sem acordo etc).
No entanto, em razão das limitações do mediador em utilizar o sistema processual, na
prática o que ocorreu foi a utilização dos modelos fora dos autos que, depois de assinados
pelos presentes ao ato, são entregue à Secretaria para anexação aos autos.
Assim, depois de efetuada a juntada do termo de audiência assinado, poderá ser efetuada a
movimentação processual correspondente.

ESTATÍSTICA – MOVIMENTAÇÕES PROCESSUAIS NO SISTEMA


(atividade da Secretaria do Cejusc)

Com a autonomia do trabalho do mediador, surgiu a necessidade de obtenção da estatística


dos atos por ele praticados. Para isso, foi concebido um método de obtenção de dados a
partir da utilização dos termos de acordo que, se finalizados e liberados nos autos,
proporcionariam automaticamente uma das 6 movimentações mencionadas adiante.
Os modelos do Cejusc Mediação Família iniciam com a sigla CMF e os modelos do Cejusc
Conciliação Família, com a sigla NCP1. Esses modelos devem ser utilizados em processos em
tramitação no Cejusc respectivo. Os modelos de termo de audiência não realizadas poderão
ser substituídos por meras certidões ou informações, a critério da secretaria.

10
https://pt.scribd.com/document/248313016/201493-1848-A-igualdade-substancial-entre-os-filhos-em-concreto-
extensao-da-presuncao-de-paternidade-para-a-uniao-estavel
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Movimentação: AUDIÊNCIA REALIZADA COM ACORDO – Os termos de acordos em geral


proporcionam essa movimentação.
Nas demais movimentações automáticas, haverá apenas uma minuta para cada caso:
Movimentação: AUDIÊNCIA REALIZADA SEM ACORDO - É a audiência realizada sem êxito.
Movimentação: AUDIÊNCIA REDESIGNADA - É a que não ocorreu, sendo designada outra.
Movimentação: AUDIÊNCIA EM PROSSEGUIMENTO - É a sessão em que uma negociação foi
iniciada e que poderá ser concluída no próximo encontro. Sempre que a negociação não seja
concluída (mesmo que em segunda sessão), essa será uma audiência em prosseguimento.
Somente ao final do procedimento, com o desfecho do caso, é que a audiência poderá
resultar na movimentação “com acordo” ou “sem acordo”. Com essa movimentação, evita-
se que uma audiência cuja negociação caminha para um resultado exitoso seja computada
como audiência sem acordo.
Movimentação: AUDIÊNCIA NÃO REALIZADA POR AUSÊNCIA DE PARTE - Significa que as
partes estavam cientes da audiência, tendo uma delas ou ambas deixado de comparecer ao
evento.
Movimentação: AUDIÊNCIA NÃO REALIZADA POR AUSÊNCIA DE PARTE – AR SEM ÊXITO.
Essa movimentação significa que a parte que não compareceu à audiência não estava ciente
do ato.

MODELOS DE TERMOS DE AUDIÊNCIA

CEJUSC MEDIAÇÃO – FORMATO DOC

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CEJUSC CONCILIAÇÃO – MODELOS INSERIDOS NO SAJ

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PODER JUDICIÁRIO - ESTADO DA BAHIA


______________ NUPEMEC____________
NÚCLEO PERMANENTE DE MÉTODOS CONSENSUAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS

UNIDADE: _________________________

PESQUISA - PROCEDIMENTO DE MEDIAÇÃO

Você é: Advogado do requerente Advogado do requerido

Parte requerente Parte requerida

PERGUNTAS DESTINADAS ÀS PARTES Sim Não


O mediador apresentou as regras do procedimento?
O mediador foi imparcial?
O mediador estimulou, positivamente, as partes ao diálogo?
Houve acordo? Em andamento

Sentiu-se pressionado a fechar um acordo?


O resultado foi justo?
A mediação foi uma experiência válida?

PERGUNTAS DESTINADAS ÀS PARTES E ADVOGADOS Ótimo Bom Regular Ruim


Qualidade das instalações (prédio, mobiliário, equipamentos)
Qualidade do atendimento dos servidores

PERGUNTAS DESTINADAS AOS ADVOGADOS Sim Não


Este Serviço: a) melhora a prestação jurisdicional?
b) Prejudica a atuação do advogado?
c) Reduz o gasto da parte com o processo?
c) Reduz o tempo de solução da demanda?

Nome do mediador: Comediador:

Observações/Sugestões:

Questionário adotado no 1º semestre de 2018


Data: / / 2018

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AUDIÊNCIAS NO CEJUSC MEDIAÇÃO FAMÍLIA - ROTEIRO

PARTES PARTE APENAS


2 PARTES PARTE AUSENTE
PRESENTES AUSENTE ADVOGADOS
AUSENTES NÃO INTIMADA
INTIMADA COMPARECEM

MEDIADOR MEDIADOR APENAS


REALIZA MEDIADOR INFORMA INFORMA A ADVOGADOS
AUDIÊNCIA A SECRETARIA SECRETARIA COMPARECEM
(COM ACORDO, SEM
ACORDO, EM
PROSSEGUIMENTO) EMITE
SECRETARIA EMITE MEDIADOR
DOCUMENTO NOS DOCUMENTO E RECEBE OS
AUTOS DEVOLVE OS ADVOGADOS E
ENTRAGA O
AUTOS. DESIGNA NOVA
TERMO À
SECRETARIA PODERÁ DESIGNAR DATA
DEVOLVE OS AUTOS À NOVA DATA SE A
VARA PARTE PRESENTE
SECRETARIA REQUERER E EXISTIR NÃO HAVENDO
A REQUERIMENTO DO
POSSIBLIDADE DE
ADOTA DEMANDADO PODERÁ
CONVOCAR A PARTE
CONSENSO,
PROVIDÊNCIAS DESIGNAR NOVA DATA INFORMA A
AUSENTE
SECRETARIA
Observações:
1) Estudar alternativas de termo de audiência, Código de Ética e Regulamento do Curso.
2) Utilizar modelos que estão salvos no computador.
3) Ao fixar alimentos, mencionar valor e percentual correspondente ao salário mínimo.
4) Os mediadores devem permanecer nos casos iniciados. A sua substituição nos encontros seguintes
somente ocorrerá por motivo de força maior. O motivo deve ser comunicado à Secretaria com
antecedência. As partes devem ser informadas sobre a necessidade da substituição do mediador. A
substituição deve ser definitiva, evitando-se a alternância.
5) Deve ser observada a ordem de fases do estágio: Observação – comediação - mediação
6) Mediador com formação em Direito fica responsável pela redação do termo.
7) Mediador sem formação jurídica pode atuar isoladamente quando tiver domínio sobre redação dos
termos de audiência.
8) O instrutor deve solicitar os formulários de Acompanhamento da Mediação.
9) Sempre que possível, o formulário de Pesquisa de Opinião deve ser entregue à parte pela Secretaria e
a esta devolvido. As partes devem se sentir à vontade para a apresentação de críticas.
10) O instrutor é responsável pela condução da prática dos alunos, pela organização do grupos (de modo
que possa acompanhá-los).
11) O instrutor deve preencher o formulário com nome e telefones dos alunos (vê regulamento).
12) A Secretaria enviará as pautas aos instrutores, por solicitação deste.
13) São dois o número máximo de observadores por audiência.
14) Na ausência de uma das partes, havendo necessidade de pré-mediação, esta deve se limitar às
informações sobre o procedimento e efetuada sob a orientação do instrutor.
15) Evitar transitar na Secretaria do pré-processual (Balcões de Justiça).
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ROTEIRO PARA A REMESSA DOS AUTOS AO CEJUSC

1
Verificada a necessidade de
remessa ao Cejusc, o processo
deve ser marcado com a tarja
“CEJUSC”, antes do despacho
do juiz. A finalização do despa-
cho proporcionará o desloca-
mento dos autos para a fila
“aguardando remessa ao
CEJUSC”.

2
O cartório acessa a pauta de
audiência do cejusc e agenda a
audiência.
Para isso, ALTERNA A LOTA-
ÇÃO.

3
Retorna à lotação da vara e
expede os atos processuais -
aguarda cumprimento.

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4
Antes da audiência,
envia o processo para
o Cejusc.

5
Depois da audiência,
recebe o processo no fluxo,
retira a tarja “CEJUSC” e
movimenta os autos.

________________________________________________
Notas:
O roteiro simplificado foi elaborado para permitir uma informação rápida à vara, por ocasião do
envio dos autos para a realização dos autos ao Cejusc.
As informações detalhadas inclusive sobre a devolução dos autos pelo Cejusc estão do Guia
Operacional.
A tarja dos autos também pode ser removida no Cejusc, no momento da devolução dos autos.
Para a remessa, os autos devem estar livres de pendência no sistema.

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REFERÊNCIAS

AZEVEDO, André Gomma (org.), Manual de Mediação Judicial. 6.ª edição. Brasília, 2016
TARTUCE, Fernanda, Mediação nos Conflitos Cíveis. 3ª edição. Rio de Janeiro. Editora Método. 2016

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA


Desembargador GESIVALDO NASCIMENTO BRITTO
Presidente
Desembargador AUGUSTO DE LIMA BISPO
1º Vice Presidente
Desembargadora MARIA DA GRAÇA OSÓRIO PIMENTEL LEAL
2ª Vice Presidente
Desembargadora LISBETE MARIA TEIXEIRA ALMEIDA CÉZAR SANTOS
Corregedora-Geral de Justiça
Desembargador EMÍLIO SALOMÃO PINTO RESEDÁ
Corregedoria das Comarcas do Interior

NUPEMEC-BA
5ª. Avenida do CAB nº 560, sala 303, CEP 41.745-971, Salvador-BA
Telefone: (71) 3372-5077
http://www5.tjba.jus.br/conciliacao/index.php?option=com_content&view=frontpage&Itemid=1
Coordenação: Juíza de Direito Rita de Cássia Ramos de Carvalho

ELABORAÇÃO:
Silvio Maia da Silva
Revisão em 25/03/2018

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