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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA


CAMPUS DE ARIQUEMES

Curso: Pedagogia
Disciplina: Sociolingüística
Docente: Márcia Ângela Patrícia
Discente: Edilson M. Verly, Simone F. de Lima, Bruna C. de Moura, Etelclicie C. F. L.
Matos, Thais M. Costa

NADA NA LINGUA É POR ACASO: ciência e senso comum na educação em língua


materna.

Existem duas ordens de discurso na sociedade: (1) Discurso cientifico, embasado nas
teorias da lingüística moderna; (2) Discurso do senso comum concepções arcaicas e
preconceitos sociais, que opera com a noção de erro.
Para as ciências da linguagem, não existe erro na língua. Toda e qualquer
manifestação lingüística permite a interação humana. A noção de ‘erro’ se prende a
fenômenos sociais e culturais, que estuda a língua ‘em si mesma’,em seus aspectos
fonológicos, morfológicos e sintáticos. Para analisar as origens e as conseqüências de “erro”
será preciso recorrer a Sociolingüística entendida como o estudo das relações sociais
intermediadas pela linguagem.
Nos estudos lingüísticos de Gramática Tradicional - uma abordagem não-cientifica,
combinava intuições filosóficas e preconceitos sociais.
Ao lidar com as definições tradicionais aparecerão às dificuldades, a cada passo
quando as estudamos com cuidado. Isso porque a Gramática Tradicional ao se formar não
produziu um corpo teórico propriamente lingüístico, mas se valeu de um importante aparato
de especulações filosóficas que vinha se gestando na cultura grega.
Para os grandes pensadores como Platão, Aristóteles e outros o estudo da linguagem
humana (logos) era só uma etapa inicial para a compreensão de fenômenos de outra natureza,
como o funcionamento da mente humana (psique) e sua correspondência com o
funcionamento-organização do próprio universo (cosmo). Por isso que a Gramática
Tradicional não deve somente ser aplicada como única teoria lingüística valida nem como
instrumental para o ensino. Alem disso, se constituiu com base em preconceitos sociais que
vêm sendo sistematicamente denunciados e combatidos desde o inicio da era moderna

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Os formuladores da Gramática Tradicional foram os primeiros a perceber as


características das línguas: a variação (no tempo presente) e a mudança (com o passar do
tempo),porem estas percepções foram essencialmente negativas.
Ainda na questão da variação concluíram que a língua falada era caótica, e que somente a
língua escrita literária merecia ser estuda de e servir de base para o modelo do “bom uso”.
Com isso passa a ser visto como erro qualquer opção que esteja distante da linguagem
literária consagrada, e toda sintaxe que revelem a origem social desprestigiada do falante.
Os preceitos e preconceitos da Gramática Tradicional só começaram a ser
questionados com o surgimento da s primeiras investigações lingüísticas.
O processo de normatização retira a língua de sua realidade social para transforma-la
numa entidade com “vida própria” .
A ciência lingüística oferece os conceitos de variação e mudança. A Gramática
Tradicional tenta definir a ‘língua’ como homogênea, a lingüística concebe como uma
realidade intrinsecamente heterogênea. Ao contrario da Gramática Tradicional, a lingüística
demonstra que todas as formas de expressão verbal têm organização gramatical e tem uma
lógica lingüística perfeitamente demonstrável.
O suposto “erro” trata-se do prosseguimento de uma tendência muito antiga no
português que os falantes rurais ou nao-escolarizados levam adiante, quem tem um nome
técnico na lingüística: rotacismo.
Esses fenômenos variáveis não só ocorrem na língua dos falantes rurais, sem
escolarização. Eles também ocorrem na língua dos falantes “cultos”,embora acreditem ser
legítimos representantes da língua “certa”.
É preciso reconhecer que a escola é o lugar de interseção entre o saber erudito -
cientifico e o senso comum, e que isso deve ser empregado em favor do aluno e da formação
de sua cidadania.
A escola não pode desconsiderar os comportamentos sociais, ditos por representações,
ideologias, preconceitos etc.
A sociolingüística afirma que onde tem variação tem avaliação. Por mais que os
lingüistas rejeitem a norma-padrão, por não corresponder as realidades de uso da língua, não
podem desprezar que existe uma demanda social por essa “língua certa” um instrumento que
permite acesso ao circulo dos poderosos.

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Uma das tarefas do ensino de língua seria discutir criticamente os valores sociais
atribuídos a cada variante lingüística de modo a conscientizar o aluno de que sua produção.
Lingüística oral ou escrita estará sempre sujeita a uma avaliação social positiva ou negativa.
Podemos oferecer aos nossos alunos a opção de “traduzir” seus enunciados para a
forma que goza de prestigio, para que eles se conscientizem da existência dessas regras. O que
não podemos é negar a eles o conhecimento de todas as opções possíveis.
Para isso é preciso se apoderar do instrumental que a consciência lingüística,
especificamente a sociolingüística.

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