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FICHAS DE AVALIAÇÃO
GRUPO II
Texto A
Marcelo Rebelo de Sousa tem um cão em Belém. Chama‑se Asa, é da raça pastor
alemão e foi oferecido pela Força Aérea ao presidente da República.
O novo inquilino do Palácio de Belém chama‑se Asa, tem três meses e foi oferecido
pela Força Aérea ao presidente da República.
A oferta surpresa foi feita, na quinta‑feira, na presença de elementos das Forças
Armadas e do secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrelo. Marcelo ficou muito
contente e até lhe pegou ao colo, segundo apurou o JN.
Asa é da raça pastor alemão e será treinado pela guarnição1 da GNR do Palácio de
Belém, que também tem cães.
Foi numa cerimónia militar recente que Marcelo Rebelo de Sousa comentou com o
secretário de Estado ter achado muita graça aos cães a marchar. Marcos Perestrelo falou
com o Chefe de Estado Maior da Força Aérea, que por sua vez falou com as equipas
cinotécnicas2. Por acaso havia uma ninhada recente. Um deles é agora o cão da
Presidência.
Jornal de Notícias online (consultado a 25 de julho de 2016)
NOTAS:
1 guarnição – tropa aquartelada; conjunto de militares.
2 cinotécnicas – que criam e treinam cães.
A. O cão de Marcelo Rebelo de Sousa foi‑lhe oferecido pela Força Aérea alemã.
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Texto B
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sempre! Deixara‑o com melancolia imensa quando partira para Troia. Em criança,
compartilhara o cão de todos os folguedos7 do dono. Corriam juntos, juntos caçavam
lebres, cabras selvagens, e os esquivos8 veados. Ulisses dava‑lhe de comer na mão. E ai
de quem tocasse no menino! Logo mordia o malvado, logo ladrava para afastar a gente
má da catadura9. Também, estimavam‑no a valer. De pelo nédio10 e lavado, jamais lhe
faltava a comida – e até acepipes11 da própria mesa de Ulisses. Pertencia à família. E
hoje,– pensava Ulisses – como tratariam o velho Argus? A grande aflição que reinava na
alma de Penélope e de Telémaco não os deixava, – bem se via – cuidar do mísero12 animal.
Trôpego13, lazarento14, magro, sujo, o cão envelhecera depressa. Deitara‑se fora do canil,
em cima do estrume, devorado de pulgas, quase cego. Mas, ao ouvir a voz de Ulisses,
mexeu a cauda, encolheu as orelhas, quis erguer‑se. Coitadito! Não teve forças para
correr, latindo e saltando, ao encontro do dono. Quem sabe se então lhe lembrariam as
brincadeiras doutros tempos, as impetuosas15 caçadas aos bichos bravos, a força com que
dominava os ladrões perigosos, o entusiasmo que o levava, ofegante, a subir montanhas
num abrir e fechar de olhos, a saltar valados, a atravessar bosques na peugada16 de algum
roedor! Ulisses contemplou o cão prostrado17, e teve vontade de chorar.
Ao menos, para consolação derradeira, iria abraçá‑lo e afagá‑lo ternamente…
Acercou‑se dele. Estendeu a mão para acariciá‑lo! Ai de mim! Já não pôde tocar‑lhe
vivo! Ao senti‑lo ao lado, o bom Argus, tentando ainda mover a cauda e segurar‑se nas
pernas débeis18, caiu para sempre, sem um suspiro. Estava morto. A alegria de tornar a
ver o dono – matara‑o! Sofrera, resistindo, a dor de vinte anos de ausência. Mas não
resistira ao júbilo inesperado da presença de Ulisses. Reconhecera‑o logo, logo tentara
festejar o seu regresso – e eis que a vida lhe fugia. Eumeu, e mais era homem, e amigo
de Ulisses, Telémaco, e mais era filho afetuoso e dedicado, – não tinham sabido
adivinhar, perante o mendigo andrajoso19, a verdade que, meio tonto e meio cego, o fiel
Argus imediatamente pressentira! Ulisses pranteou20 a sua morte como se fosse a do seu
melhor camarada. E mais tempo a lamentaria, decerto, se não se adivinhasse o momento
– o momento feliz! – do combate, da vitória e da justiça!
HOMERO (2000). A odisseia – aventuras de Ulisses, herói e navegador da Grécia antiga
(adap. João de Barros). Lisboa: Sá da Costa
NOTAS:
1 decrépito – muito velho. 11 acepipes – pitéus, iguarias.
2 agonizar – que está quase a acabar, a morrer. 12 mísero – miserável, desgraçado.
3 subtil – engenhoso, talentoso. 13 trôpego – com dificuldade em mover um dos membros.
4 feitor – administrador de bens de outra pessoa. 14 lazarento – que está coberto de chagas ou feridas.
5 venturosos – felizes. 15 impetuosos – que se movem com violência.
6 lobrigar – ver ao longe. 16 peugada – sinal ou vestígio de pé.
7 folguedos – divertimentos. 17 prostrado – sem forças nem ânimo.
8 esquivos – ariscos, fugidios. 18 débeis – fracas.
9 catadura – aparência. 19 andrajoso – esfarrapado.
10 nédio – anafado, gordo. 20 pranteou – chorou.
3. Transcreve a passagem do texto que mostra que Argus viveu sempre para Ulisses.
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7. «Ao senti‑lo ao lado, o bom Argus, tentando ainda mover a cauda e segurar‑se nas
pernas débeis, caiu para sempre, sem um suspiro.» (linhas 40 e 41).
Assinala com X a opção que completa a afirmação.
Na frase transcrita, a expressão sublinhada revela o momento da morte de Argus
através de uma
A. metáfora. C. perífrase.
B. personificação. D. comparação.
8. Argus, o cão de Ulisses, morreu ao reconhecer o dono e o herói chorou a sua morte.
Por que razão parou Ulisses de lamentar a morte de Argus? Concordas com a sua
atitude? Porquê?
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GRUPO III
1. Completa cada uma das frases seguintes (de 1.1 a 1.4) com a forma do verbo
apresentado entre parênteses, no tempo e no modo indicados.
1.1 Condicional
O cão não _______________ (reconhecer) Ulisses se não gostasse muito dele.
1.2 Presente do conjuntivo
Talvez eu _______________ (fazer) uma viagem até Troia.
1.3 Pretérito imperfeito do conjuntivo
Gostava que eles _______________ (vir) connosco visitar Troia.
1.4 Futuro do conjuntivo
Quando nós _______________ (visitar) Troia, ficaremos felizes.
Pronome.
Verbo.
Determinante.
Interjeição.
3. Associa a palavra destacada em cada uma das frases da coluna A à classe a que
pertence, indicada na coluna B.
Escreve, em cada espaço da coluna A, a letra correspondente da coluna B. Cada
letra da coluna B pode ser utilizada mais do que uma vez.
COLUNA A COLUNA B
A. Que amigo preferes, o cão ou o Homem?
B. Alguém tem um cão tão fiel como o de Ulisses?
a. Determinante
C. O cão de Ulisses reconheceu‑o.
D. Este herói é conhecido por todos e aquele?
E. Aquele cão era um bom amigo.
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GRUPO IV
Escreve um texto de opinião sobre a dedicação dos donos aos seus animais de
estimação. O teu texto, com um mínimo de 140 e um máximo de 200 palavras, deve
incluir:
– a tua posição sobre o assunto;
– pelo menos, duas razões que justifiquem a tua opinião;
– uma conclusão coerente.
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