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Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Escreva, na folha de respostas, o
número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
Grupo I
A poente de Monsanto, próximo da cidade de Castelo Branco, localiza-se a serra da Gardunha, uma serra
pouco conhecida, um colosso de granito, que se ergue abruptamente sobre o vasto plano, onde a água
domina, correndo a superfície e infiltrando-se em profundidade. A água segue uma densa rede de fraturas,
alterando a estrutura cristalina dos minerais que compõem as rochas através de processos que afetam as
plagioclases cálcicas. Esta alteração promove uma desagregação lenta das rochas que é responsável pela
transformação da fisionomia da serra, que foi ao longo do tempo moldando cada forma granítica (figura 1).
Na área de Castelo Velho é possível observar um grande conjunto de formas associadas à fraturação muito
densa (subvertical) dos granitos, como os tor, blocos pedunculados, pias, bolas em equilíbrio, entre outras,
assim denominadas pelos geomorfólogos, os especialistas na evolução e dinâmica dos relevos.
A serra da Gardunha é uma área pouco conhecida mas de grande riqueza geológica, biológica e ambiental,
classificada de Rede Natura 2000 e, mais recentemente, de Paisagem Protegida Regional, que inclui nove
geossítios.
Adaptado de Ciência Elementar, 2015
Fig. 1. Formas graníticas da serra da Gardunha: bola com fissuração poligonal. (Fonte: Naturtejo.pt)
1. A rede de fraturas que se observa na serra da Gardunha foi o resultado de alívio das tensões ______
a que a rocha ______ esteve sujeita.
(A) litostáticas (…) vulcânica
(B) litostáticas (…) plutónica
(C) não litostáticas (…) vulcânica
(D) não litostáticas (…) plutónica
1
2. A ação da água sobre as plagioclases cálcicas é um processo de meteorização química e promove a
formação de minerais de
(A) argila por dissolução.
(B) quartzo por dissolução.
(C) quartzo por hidrólise.
(D) argila por hidrólise.
4. A formação dos blocos graníticos mais arredondados ocorre nas superfícies ______ aos agentes de
alteração, ou seja, ______.
(A) menos expostas (…) os vértices e as arestas
(B) mais expostas (…) os vértices e as arestas
(C) mais expostas (…) as faces planas
(D) menos expostas (…) as faces planas
5. Os minerais primários mais abundantes nos solos são o quartzo e os feldspatos. Estes são os
______ abundantes nas rochas da crusta terrestre e são os ______ resistentes.
(A) mais (…) menos
(B) mais (…) mais
(C) menos (…) mais
(D) menos (…) menos
6. Os materiais detríticos, resultantes da desagregação, que se acumulam junto da rocha são do tipo
(A) conglomerados.
(B) brechas.
(C) areias graníticas.
(D) arenitos.
7. Os minerais de neoformação, nas rochas sedimentares, são minerais ______, que se formam
durante a sedimentogénese ou diagénese, como, por exemplo, ______.
(A) herdados (…) as piroxenas
(B) novos (…) as piroxenas
(C) herdados (…) o gesso
(D) novos (…) o gesso
9. Ao longo de percursos graníticos é, por vezes, notória a transição da cor do granito para tons
avermelhados. Este enrubescimento está frequentemente associado a planos de falha ou zonas de
cisalhamento da rocha. Neste contexto, explique o surgimento dos tons avermelhados no granito.
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Grupo II
Desde há muito tempo que se reconhece a utilidade do estudo dos minerais pesados, como as piroxenas, as
turmalinas, as anfíbolas e a biotite, para a interpretação de processos sedimentares.
Na investigação apresentada foram analisadas mais de 100 amostras de sedimentos provenientes de três
áreas do sudoeste da Península Ibérica: i) área envolvente do cabo de Sines (plataforma interna), ii) rio
Guadiana e plataforma interna adjacente à sua foz e iii) plataforma média do golfo de Cádis, com o objetivo
de demonstrar a utilidade dos minerais pesados na definição das principais fontes sedimentares de partículas
arenosas terrígenas em ambientes marinhos de plataforma continental (interna e média).
A partir das amostras recolhidas foram feitas preparações microscópicas para estudos petrográficos. Em
cada amostra foram contados (em média) cerca de 600 minerais pesados com dimensões compreendidas
entre a areia média e a areia muito fina. Os resultados das contagens foram convertidos em percentagens e
são apresentados na tabela 1.
Resultados
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4. Atendendo ao tipo de minerais encontrados nos locais de amostragem 1 e 2, podemos concluir que
as fontes de minerais têm origem, essencialmente, em rochas
(A) metamórficas, no local 1, e sedimentares, no local 2.
(B) magmáticas, no local 1, e metamórficas, no local 2.
(C) sedimentares, no local 1, e metamórficas, no local 2.
(D) magmáticas, em ambos os locais.
6. Com base no padrão de ocorrência dos minerais pesados transparentes mais frequentes, é possível
identificar as suas origens. O brilho é uma propriedade que se refere
(A) ao resultado da absorção de radiações da luz branca numa fratura recente.
(B) à intensidade de luz refletida por uma superfície de fratura recente.
(C) ao resultado da absorção de radiações da luz branca numa fratura antiga.
(D) à intensidade de luz refletida por uma superfície de fratura antiga.
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Grupo III
O maciço eruptivo de Sintra (MES) é um maciço circunscrito, intrusivo, com uma estrutura anelar. As rochas
ígneas que o constituem distribuem-se por um núcleo de natureza sienítica envolvido por um largo anel
granítico e um anel descontínuo de rochas gabrodioríticas que separa, a sul, o sienito do granito e, a norte, o
granito do encaixante sedimentar (figura 2). O MES é cortado por uma densa rede de filões de natureza
muito variável (doleritos, andesitos, traquitos e riolitos).
As rochas ígneas do MES apresentam dimensões macroscopicamente analisáveis, estando as rochas de
grão muito fino confinadas à rede de filões e a alguns locais da periferia do maciço. As rochas gabro-
dioríticas constituem afloramentos de pequena expressão, de forma alongada, arqueada, situando-se alguns
entre o sienito e o granito, na periferia deste, a norte, e no seio do sienito. Os dioritos são rochas com uma
percentagem de minerais félsicos e máficos equilibrada e mineralogicamente constituídos por: quartzo
inferior a 20% do volume da rocha, grandes cristais de plagioclase, anfíbola (minerais de cor preta e
alongados), biotite e outros minerais só diagnosticáveis ao microscópio petrográfico. Os gabros são rochas
melanocratas.
Adaptado de Ciência Elementar, 2015
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3. Os dioritos, pelo facto de possuírem uma percentagem de minerais félsicos e máficos equilibrada,
são rochas
(A) melanocratas.
(B) leucocratas.
(C) mesocratas.
(D) melanocratas.
8. Faça corresponder cada uma das descrições da coluna A, relativas a características de rochas
ígneas, à respetiva rocha que consta na coluna B. Escreva, na folha de respostas, apenas as letras e
os números correspondentes.
Coluna A Coluna B
(a) Rocha extrusiva, cujos minerais mais abundantes são a
(1) Diorito
olivina, piroxenas e as plagioclases cálcicas.
(2) Gabro
(b) Rocha intrusiva, formada a partir de magma pobre em sílica,
(3) Basalto
em que não ocorreu diferenciação gravítica.
(4) Granito
(c) Rocha com textura fanerítica, formada a partir de um magma
(5) Riólito
rico em sílica, alumínio e potássio.
9. Os granitos do MES apresentam forte alteração, transformando-se num areão grosseiro explorado
em saibreiras (locais de extração de saibro – mistura de argila e areia, para preparação de
argamassa). Explique os fenómenos envolvidos neste processo.
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Grupo IV
Fig. 4. A evolução da falha do Ponsul: primeiro como falha do tipo desligamento esquerdo e,
mais tarde, reativada como falha inversa, cuja escarpa controla o traçado do rio Ponsul.
1. As forças tectónicas que geraram a falha de Ponsul terão sido originadas em zonas de limite
(A) convergente, onde atuaram forças distensivas.
(B) transformante, onde atuaram forças distensivas.
(C) transformante, onde atuaram forças compressivas.
(D) convergente, onde atuaram forças compressivas.
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4. O rejeito da falha de Ponsul corresponde
(A) ao movimento relativo entre os dois blocos da falha e é de 200 metros.
(B) ao plano de simetria cujo eixo é de 100 metros.
(C) ao movimento relativo entre os dois blocos da falha e é de 100 metros.
(D) ao plano de simetria cujo eixo é de 100 metros.
7. A zona onde está localizada a falha de Ponsul apresenta granito de duas micas. O granito é uma
rocha
(A) plutónica e melanocrata. (C) plutónica e leucocrata.
(B) vulcânica e melanocrata. (D) vulcânica e leucocrata.
8. Faça corresponder cada uma das descrições da coluna A, relativas a elementos característicos das
dobras, à respetiva expressão que consta na coluna B. Escreva, na folha de respostas, apenas as
letras e os números correspondentes.
Coluna A Coluna B
(a) São as partes da dobra de um e de outro lado da charneira. (1) Charneira
(b) Plano de simetria da dobra que a divide em duas partes (2) Flancos
aproximadamente simétricas. (3) Superfície ou plano axial
(c) Linha que contém os pontos de máxima curvatura da (4) Perfil da dobra
superfície dobrada.
(d) Secção perpendicular ao eixo da dobra.
9. Com base num estudo, estimou-se que o sismo máximo provável que poderá ocorrer na falha de
Ponsul terá uma magnitude compreendida entre 6,75 e 7,25, com um intervalo de recorrência médio
de 9000 a 30 000 anos, consoante a taxa de movimentação considerada (0,1 mm/ano ou 0,03
mm/ano, respetivamente). Explique a importância destes estudos em zonas de ocupação antrópica.
FIM
Cotações
Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV
Questão Cotação Questão Cotação Questão Cotação Questão Cotação
1. 5 1. 5 1. 5 1. 5
2. 5 2. 5 2. 5 2. 5
3. 5 3. 5 3. 5 3. 5
4. 5 4. 5 4. 5 4. 5
5. 5 5. 5 5. 5 5. 5
6. 5 6. 5 6. 5 6. 5
7. 5 7. 5 7. 5 7. 5
8. 5 8. 5 8. 5 8. 5
9. 10 9. 10 9. 10 9. 10
50 pontos 50 pontos 50 pontos 50 pontos
200 pontos