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Capítulo 1
CHAMADO À AÇÃO
Texto Bíblico: Esdras 1: 1-2: 70.
Versículo para Memorizar: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há
autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas” (Rm. 13:
1).
Deus está sempre no controle. Quando os israelitas estavam completando setenta anos de cativeiro, Deus
levou a profecia de Jeremias aos ouvidos de Ciro, Rei da Pérsia, que, por sua vez, fez uma proclamação
que mudaria o curso da história dos judeus. Deus usara os gentios para expulsar os judeus da terra;
agora, Ele usaria um gentio para fazê-los voltar.
Quando um governador fala (Esdras 1: 1-4).
Desde que os poderosos exércitos de Nabucodonosor marcharam sobre Jerusalém, em 605 A.C., Israel
estivera vivendo sob o punho da Babilônia e, mais tarde, da Pérsia. O cativeiro da Babilônia foi muito
mais severo do que o do Medo-Pérsia. A filosofia persa era de bondade para com os povos cativos,
permitindo que adorasse a quem quisessem e que se ocupassem de muitas das suas próprias atividades
sociais. Ciro tornou-se o instrumento de Deus, permitindo que retornassem à sua terra natal e que
reconstruíssem o seu local de cultos novamente.
As leis ditadas pelos governantes foram para o bem do povo de Deus, Em Romanos 13: 1-3, recebemos
a ordem:
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de
Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à
autoridade, resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque
os magistrados não são para temor quando se faz o bem, e, sim, quando se faz o mal”. Paulo prossegue
admoestando-nos a pagar tributos, impostos, a temer o governo e honrar aqueles que devem ser
honrados.
Em 1 Pedro 2: 13 e 14, o crente enfrenta ordem semelhante em relação ao seu governo: “Sujeitai-vos a
toda instituição humana por causa do Senhor; quer seja ao rei, Como soberano; quer seja autoridades
como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores, como para louvor dos que praticam o bem”.
O crente não precisa obedecer ao governo quando este lhe pede que faça coisas contrárias à Palavra de
Deus escrita. Em Atos 4, Pedro e João foram chamados para prestar contas por causa d que ensinavam e,
finalmente, receberam ordens de não falar mais no nome de Jesus. Nos versículos 19 e 20, eles
responderam: “Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós mio
podemos deixar de falar das cousas que vimos e ouvimos” - Mas em questões comuns como o
pagamento de impostos, alfândega, licenciamentos ou leis de trânsito, os crentes devem ficar sujeitos à
autoridade do país.
Em 1 Timóteo 2. 1-8, encontramos mais uma advertência para os crentes, referente ao governo. Os
homens são aconselhados a fazer “súplicas, orações, intercessões, ações de graça, em favor de todos os
homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade”, para poder viver “vida
tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito”.
Os crentes têm ordem de serem obedientes, mas também de apoiar os reis e os que se acham em posição
de autoridade, orando por eles.
O maior instrumento que um crente tem para operar mudanças no governo é a oração. Quando um crente
vai a Deus, que é o Criador de cada nação sobre a face da terra, está falando com Aquele que é capaz de
alterar o governo. Primeira Timóteo 2: 1 revela que os homens devem fazer súplicas. Orações,
intercessões e ações de graças pelos governadores. A palavra súplica vem de uma palavra grega que
significa “rogar” ou “gritar” com todo fervor pedindo misericórdia e ajuda. Nossa tendência é ficarmos
zangados ou desapontados com o governo e nos queixamos dele em lugar de buscar o Senhor em
intercessão.
Devemos acabar com a idéia de que Deus não está no controle do governo ou que nenhum governo na
terra é bom. Nossa responsabilidade é, em primeiro lugar, orar e, então, obedecer.
Ciro era o rei supremo. Os judeus eram escravos e ainda assim Ciro tornou-se o instrumento de Deus
para sua liberdade. Sua proclamação foi feita com cuidado e consideração. Primeiro foi proclamada em
todas as províncias do seu reino e, então, foi registrada. Ele preocupou-se em que não fosse mal-
interpretada e que não ficasse desconhecida (Esdras 1:1).
Depois, Ciro deu glória a Deus pelo que ia acontecer. Tornou claro que Deus o incumbira da
responsabilidade de edificar a casa de Deus em Jerusalém. Como gentil foi e governante, foi instrumento
nas mãos de Deus e porta-voz de Deus para o povo de Deus.
Ele convocou voluntários para irem a Jerusalém e reconstruírem o Templo. Percebendo que nem todos
queriam ir, ele tornou claro que aqueles que ficassem na Pérsia teriam de ajudar aqueles que estavam
prontos a iniciar a cansativa viagem de diversas centenas de milhas a uma terra cheia de inimigos e uma
cidade destruída, a fim de fazer a obra de Deus. Teriam de contribuir com prata, ouro, mantimentos e
animais, fazendo uma oferta de livre e espontânea vontade, para a reconstrução do Templo. Lembre-se
que estas ordens incisivas vieram de um rei gentio, não de um sumo-sacerdote ou dos líderes religiosos
da época.
Voluntários (Esdras 1: 5-1 1).
Deus sempre convoca voluntários. Ele não forçou que 100 por cento dos israelitas se envolvessem na
obra da reconstrução do Templo. Apenas aqueles que eram sensíveis ao Espírito de Deus. (v. 5),
reagiram à convocação de Ciro para ir a Jerusalém.
Dentro de nossas igrejas, hoje em dia, há homens e mulheres que deveriam atender ao chamamento de
Deus para o trabalho cristão, em casa e nos campos missionários à volta do mundo. Ninguém é chamado
para descansar, mas para lutar. É preciso armar a barraca no campo de batalha, não no paraíso. Temos de
encarar a tarefa da Grande Comissão como uma tarefa, um serviço, um programa, um dever, um
instrumento, um supremo esforço.
Missões mundiais sob o comando de Cristo é uma mobilização para enfrentar dificuldades e conflito.
Alguns são culpados de preguiça e falta de compromisso. Um comunista militante disse o seguinte a um
cristão: “Creia-me, nós ganharemos. Estamos prontos a sacrificar tudo, até as nossas vidas; mas vocês,
cristãos, têm medo até de sujar as mãos”.
Dizemos que estamos prontos a sermos dedicados, submissos e consagrados ao encantador Senhor Jesus
Cristo, para vivermos uma vida bela, bem-comportada, mas não para sofrer o opróbrio e enfrentar a luta
indo a um país estranho para realizar a vontade de Deus a qualquer preço. Somos como os homens de
Efraim que “embora armados de arco, bateram em retirada no dia do combate” (Sl. 78: 9). Temos uma fé
anêmica. A inércia nos fez parar em nossos caminhos.
Dizia-se que Douglas MacArthur “nasceu para a batalha”. Ele não era general de gabinete. Ele sabia o
que fazer, mas também o realizava. Nós ficamos sentados cantando hinos missionários, escrevemos
livros, fazemos filmes e despachamos circulares, enquanto agitamos bandeiras com os dizeres: “Temos
uma história para contar às nações”; mas deixamos de nós mesmos nos oferecer para o trabalho
missionário. Que Deus fale aos nossos corações sobre as necessidades de nossa geração como Ele falou
aos corações daqueles que viveram no tempo de Ciro.
Naturalmente, Ciro sabia que nem todos poderiam se oferecer para ir; por isso organizou o trabalho de
maneira tal que aqueles que ficaram para trás podiam contribuir com o sustento para aqueles que fariam
à árdua viagem. Eles deram prata, ouro, mantimentos e animais para os voluntários.
De maneira semelhante, nós enviamos missionários que oferecem suas vidas, deixando a comodidade do
lar para os desafios do ministério em terras distantes. Eles são sustentados com o dinheiro de pessoas
que ficam em casa trabalhando. Cada filho de Deus deveria fazer as coisas para as quais tem mais
capacidade. Deus formou o corpo de Cristo de maneira que cada igreja local tem uma variedade de
talentos e capacidade. Esta maravilhosa disposição permite que cada um se encaixe em seu lugarzinho
particular dentro do plano de Deus.
Enquanto os voluntários se apresentavam, os chefes das famílias, os sacerdotes e os levitas foram os
primeiros (Esdras 1: 5). Os líderes sempre devem ser os primeiros a se apresentar.
Quando aquele impulso especial do Espírito Santo está agindo na vida de um líder, outros crentes
reagirão adequadamente a qualquer desafio. Em cada geração, os homens tiveram de escolher entre
Deus e Mamon, entre o eterno o passageiro. Essa gente escolheu a vontade de Deus.
A antiga Éfeso foi uma das mais famosas cidades do primeiro século. Seu templo dedicado a Diana era
uma das sete maravilhas do mundo antigo. Quando o Apóstolo Paulo visitou Éfeso, a cidade possuía
teatros, imensos ginásios e saunas. As glórias da cidade e do templo há muito que se desvaneceram no
tempo, e hoje são apenas vistas por meio das pás da arqueologia, O templo de Diana é a mais desbotada
de todas as glórias de Éfeso. Hoje, o que resta dele são alguns caquinhos de uma coluna no fundo de
uma cova rasa.
Um escritor antigo, quando observou o templo de Diana. Disse: “Eu já vi os jardins da Babilônia, o
colosso de Rodes, as imensas pirâmides e o mausoléu; mas, quando meus olhos voltaram-se para o
templo de Diana em Éfeso, todas as outras maravilhas do mundo perderam o seu brilho”. Essas palavras
foram enunciadas, entretanto, diante de um templo que fora construído com a engenhosidade humana
para a satisfação de necessidades humanas. Se esse escritor pudesse ver a Éfeso de hoje, reconheceria
inteiramente que todas as realizações fora da vontade de Deus são muito passageiras. Ele teria de
concordar com o Apóstolo João: “Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém,
que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1 João 2: 17).
Operários registrados (Esdras 2: 1-70).
Deus mantém registro exato do Seu povo e do que tem feito. O segundo capítulo de Esdras contém uma
lista das famílias de pessoas que se entregaram ao trabalho em Jerusalém. Menos que 50.000 pessoas
atenderam ao desafio da reconstrução do Templo. Ë muito menos do que aqueles que constituíram o
grupo que originalmente deixou o Egito sob a liderança de Moisés cerca de 1.000 anos antes.
De acordo com o Livro de Números, 600.000 homens com vinte anos de idade e mais velhos saíram do
Egito sob a liderança de Moisés. Naturalmente foram também 600.000 mulheres, o que totalizava
1.200.000 pessoas de vinte anos para cima, além das crianças, mais o gado e pertences. Uma estimativa
conservadora diria que 2.500.000 pessoas, mais o gado, foram o total daquela expedição.
Agora, após viver na terra por tantos anos e tendo sofrido o cativeiro como castigo pelo seu pecado,
eram apenas 50.000 pessoas.
A Palavra de Deus não contém registro das famílias que se perderam no cativeiro ou daqueles que não
retornaram. Mas Deus escolheu que aqueles que foram fiéis à convocação feita por Ciro ficassem
eternamente registrados.
Deus está mantendo um registro das vidas dos Seus todos os dias. Paulo falou desse registro em II Cor.
5:9 e 10, onde disse: “Ë por isso também que nos esforçamos, quer presentes, querem ausentes, para lhe
ser agradáveis. Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada
um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito, por meio do corpo”. Veja também: “Tudo quanto
fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para os homens, cientes de que recebereis
do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz
injustiça receberá em troca a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas”
Col.3:23-25.
Também se mantém um registro das vidas daqueles que não aceitaram o Senhor Jesus Cristo como seu
Salvador. Apocalipse 20: 12-15 declara esta verdade explicitamente. Diz, em parte: “Então se abriram os
livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto: E os mortos foram julgados, um por um, segundo as
suas obras”.
Deus teve o cuidado especial de registrar as obras dos justos em Hebreu capítulo 11. Nesse extenso
registro, Ele mencionou Abel, que foi a primeira vítima de um homicídio; Enoque e Noé; Abraão e Sara;
Isaque e Jacó; Moisés; Raabe e outros que sofreram zombarias e flagelos, mas que permaneceram firmes
na fé em Deus, Deus incluirá você em Sua galeria da fé, se você se lhe entregar como servo fiel.
O Dr. BilI McColl foi um grande jogador de futebol universitário e profissional, que cursou uma escola
médica enquanto jogava futebol. Depois de concluir seus estudos, aceitou Jesus Cristo como Salvador e
foi para a Coréia onde serviu como missionário de tempo reduzido. Depois que voltou da Coréia, foi
escolhido pela Câmara de Comércio dos EEUU, como um entre os dez jovens que mais se destacaram
no país. Ficou sabendo que um colega seu do colégio, Albert Graham, tornara-se um missionário no
Brasil. O Dr. McColl só se lembrava de duas coisas sobre Graham: Tinham concluído o colégio no
mesmo ano e ele sempre achara que Graham era um sujeito “esquisito”. Sua curiosidade levou-o a
folhear seu álbum de formatura para olhar a fotografia de Albert Graham. Ele fora um lutador da equipe
do colégio, cantava no coro e tinha sido o presidente do clube bíblico.
Dr. McColl descobriu esta mensagem do seu antigo colega escrita na primeira página: “Caro Bili, foi um
ano excelente. Você foi um astro e eu fui, bem, sem comentários. Bill espero que você tenha uma vida
sempre feliz, e lembre- se: Uma vida feliz é a vida cristã”. Albert Graham deixara um registro de vida
permanente naquele álbum de formatura. Estava ali para o Dr. McColl ver.
Cada um de nós deixa um registro da vida permanente, não apenas aqui na terra para aqueles que podem
vê-lo num futuro não muito distante, mas também para toda a eternidade, onde fica registrado no livro
de Deus.
Capítulo 2
LUTA E LÁGRIMAS
Texto Bíblico: Esdras 3: 14: 24.
Versículo para Memorizar: “Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis
em cousas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o
Senhor Todo-poderoso” (II Co. 6: 17, 18).
O início da obra (Esdras 3: 1-13).
Toda grande obra feita para Deus deve ter o seu dia de início. Os 50.000 judeus reuniram-se como um só
homem em Jerusalém. Sob a liderança de Zorobabel, estavam preparados para iniciar a construção do
santo Templo. Muros quebrados, vigas queimadas e pilhas de entulho, eram o que encontravam por
todos os lados. Teria sido fácil perder-se no labirinto dos problemas que tiveram de enfrentar. Mas com
determinação, impulsionados pelo Espírito de Deus, selecionaram as coisas mais importantes e
começaram a trabalhar com vigor.
Geralmente é fácil analisar um problema. Cada escritório e fábrica do país estão cheio de gente que
continuamente analisa os problemas do governo. Diagnosticam dificuldades com facilidade; criticam
com eloqüência - e às vezes com termos depreciativos -- a situação no governo federal, estadual e local.
Mas muito poucos tomam a iniciativa de resolver os problemas. A Escritura toda nos adverte, a nós os
crentes, a fugir da crítica e ajudar na obra. Homens de fé e devem ser homens de ação.
Zorobabel e seus amigos deram prioridade às atividades que selecionaram por serem as mais urgentes;
depois continuaram com firmeza, realizando uma coisa de cada vez.
Zorobabel e Jozadaque, junto com seus irmãos, os sacerdotes, decidiram que deviam começar com
Deus. Edificaram um altar porque tiveram medo do povo da terra. Durante gerações Israel vivera numa
terra estranha onde não tia liberdade de adorar a Deus livremente. Agora, finalmente, tinham o privilégio
de aproximar-se de Deus de acordo com o plano estabelecido pela lei. Edificaram um altar para oferecer
sacrifícios pelos seus pecados e para adorar a Deus.
Sabiam que se Deus estivesse satisfeito com eles, Ele lhes daria assistência contra seus inimigos e
ajudaria na construção do Templo. Era uma suposição razoável. Deus honra os justos, e Ele não
recompensa os injustos. Primeiro Pedro 3: 12 dizem: “Porque os olhos do Senhor repousam sobre os
justos e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, tuas o rosto do Senhor está contra aqueles que
praticam males”.
O princípio pelo qual Deus reconhece a justiça começou lá no Livro de Gênesis quando Abel obedeceu a
Deus, oferecendo-lhe um sacrifício adequado. Hebreus 11: 4 diz:
“Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de
ser justo”. As escrituras estão cheias de ilustrações e declarações de que Deus recompensa a obediência
e julga a desobediência.
Quando Zorobabel e seus companheiros enfrentaram os seus problemas, reconheceram que precisavam
acertar suas vidas com Deus. Por isso, era essencial que edificassem um altar a fim de poder oferecer
sacrifícios apropriados pelos seus pecados e adorar a Deus de acordo como modo prescrito no Velho
Testamento. O princípio de Deus recompensar a justiça e julgar a injustiça aplica-se a cada cristão que
deseja fazer alguma coisa para Deus. Necessário que entenda que a bênção de Deus é retida se a sua vida
não for justa diante de Deus. Ele tem de proceder de acordo com o plano de Deus. Se a sua vida é
caracterizada pelo ódio, pela ira, pelos pecados sexuais, pela mentira, pela amargura, pelas fofocas, pelo
espírito partidário ou pelas palavras ofensivas para com os irmãos, a mão de Deus certamente reterá as
bênçãos na sua vida. Gálatas 6: 7 declara: “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará”.
Os judeus começaram a oferecer as ofertas queimadas prescritas diariamente de acordo com o costume
que vinha de gerações. Trouxeram ofertas alçadas para o Senhor e deram dinheiro para os trabalhadores.
Com seus corações purificados, encontravam nova motivação para oferecer dádivas adicionais,
louvando a Deus por Sua bondade para com eles. Quando a alma é purificada do fardo da culpa e
iluminada pelo perdão de Deus, nenhum sacrifício é pesado.
Emoções mistas (Esdras 3:8-13).
Quando, finalmente, os alicerces do Templo foram colocados, o povo começou a cantar, louvando a
Deus e dando graças. Grandes gritos elevaram-se aos céus da Palestina. Mas o Povo estava tomado de
emoções mistas. Alguns dos homens muito velhos tinham visto o Templo de Salomão antes da
destruição de Jerusalém em 605 A.C. Eles se lembravam da glória de antigamente, quando as ruas se
enchiam de gente e animais. Eles se lembravam do som dos cânticos, dos salmos, das trombetas e das
harpas quando o povo vinha de perto e de longe para as festividades especiais. Eles tinham atravessado
os setenta anos do cativeiro da Babilônia; e, agora, tendo retornado a terra, podiam ver as pedras sólidas
dos alicerces que começavam a levantar-se sobre o chão.
A reação destes anciãos foi o choro e a lamentação. Tão violenta foi sua reação que o seu pranto foi tão
audível quanto os gritos de alegria. Suas mentes estavam indubitavelmente, cheias de lembranças da
glória do passado, e eles lamentavam o pecado que os obrigara a viver como escravos em uma terra
estranha durante quase todas as suas vidas. O arrependimento inundara suas mentes enquanto pensavam
nos anos desperdiçados. Observando os montes de entulho e o começo inadequado no local do Templo,
devem ter sentido um desamparo, imaginando se a gloriosa (erra natal poderia algum dia ser restaurada à
sua glória antiga. Talvez, também chorassem porque viam um começo que, embora simples, os
aproximava das bênçãos dos dias de outrora.
As reações mistas de alegria e pranto, entretanto, não diminuíram a celebração; nem atrapalharam a
obra. Velhos e jovens regozijaram-se e choraram enquanto trabalhavam lado a lado na realização da
vontade de Deus. Ë importante observar que as pessoas idosas, embora se lembrassem de dias melhores,
desejavam continuar trabalhando apesar da atual condição de dificuldades.
Enfrentando o ataque (Esdras 4: 1-24).
Logo que Deus começou a abençoar o inimigo começou a atrapalhar o ministério. Mal o Pentecoste
havia passado quando a perseguição se desencadeou contra a Igreja nascente. Pedro e João foram
lançados na prisão e foram ameaçados. Estevão foi apedrejado. Os Apóstolos foram espancados e
vergonhosamente tratados. E, quando Saulo entrou em cena, no final de Atos 7, a perseguição atingiu
um espantoso crescimento, a ponto de eles serem “dispersos... por toda parte” (Atos 8: 4). Isso
aconteceu também nos dias de Zorobabel. Três tipos diferentes de ataque foram lançados contra os
judeus enquanto eles trabalhavam.
Desafiando a transigência (Esdras 4: 1-3).
Um dos ataques mais fraudulentos e devastadores contra o povo de Deus sempre foi a transigência.
Quando uma geração de crentes começa a se comprometer, perde o poder e fica subjugada por Satanás.
Um antigo escritor disse: “Os cristãos que conquistaram o Império Romano para Cristo tinham o aspecto
de invasores de um outro planeta que absolutamente se recusavam a serem naturalizados por este
mundo. Sua conduta enchia seus vizinhos de estranha perplexidade. Eles se importavam tão pouco com
a vida. Mas tanto com a consciência. Tão pródigos com o seu próprio sangue. Tão confiantes no poder
triunfante do sangue do Cordeiro. Tão insubmissos aos costumes da terra pela qual peregrinavam. Tão
cônscios do país do qual vinham. “Recusavam totalmente a ajuda do mundo, a proteção de seus
governantes, o uso dos seus recursos, o emprego dos seus métodos, para que não viessem, através deles,
prejudicar o seu rei”. A Igreja nascente era uma igreja separada. Recusava-se a transigir no poder e na
posição, não permitindo que o mundo e os seus recursos entrassem em seu ministério.
Zorobabel manteve o mesmo nível de separação intransigente. Embora os samaritanos da terra
declarassem que buscavam o Deus de Israel, não era verdade. A religião dos samaritanos era um culto
poluído, de modo que Zorobabel replicou: “Nada tendes conosco na edificação da casa a nosso Deus” (v.
3). O primeiro motivo para não cooperar era uma questão de doutrina.
A igreja atualmente não deveria jamais permitir-se a transigir com aqueles que defendem doutrinas
falsas. A pureza de doutrina deveria ser o fundamento básico para a comunhão. Se a igreja perde sua
posição de separação neste aspecto, perde a razão de sua existência.
Também havia uma razão ética para Zorobabel não cooperar com os samaritanos da terra. Ciro
responsabilizara os judeus de fazer a obra. Ele não pretendera que os samaritanos os ajudassem. Se
Zorobabel permitisse que estranhos participassem da obra, haveria uma violação de ética. Zorobabel
disse simplesmente que edificariam a casa “ao Senhor, Deus de Israel, como nos ordenou Ciro, rei da
Pérsia” (v. 3). transigência ética é a segunda força destrutiva na igreja. A doutrina e a ética andam de
mãos dadas. Se um indivíduo, uma igreja ou uma denominação podem enfrentar a pressão da
transigência nestes dois pontos principais, será capaz de manter o seu testemunho e o seu poder diante
de Deus.
O navio Olympic Bravery partiu em sua primeira viajem no dia 24 de janeiro de 1976. Quando o barco
teve de enfrentar uma tempestade, as máquinas, por algum motivo inexplicável, pararam, deixando-o à
deriva de um vento de 112 quilômetros por hora. A tripulação de trinta homens jogou duas âncoras para
proteger o navio contra o vento, mas as correntes de ambas se romperam. O navio deslocou 5
quilômetros, bateu contra as rochas de uma ilha e lentamente afundou.
As duas correntes das âncoras da igreja são a sã doutrina e a ética cristã. Sem elas, a igreja certamente
vai bater contra rochas da destruição.
Priscila J. Owens
Quando a transigência não funcionou para impedir a oh,a dos peregrinos judeus, o povo da terra tomou
medidas mais fortes para impedi-los. Começaram a atormentá-los na obra propriamente dita da
construção. Isto, sem dúvida, envolvia ameaças aos operários que transportavam madeira e os pedreiros
que preparavam as pedras, além de importunação verbal.
Esta espécie de ataque a igreja tem enfrentado desde o tempo de Paulo. Em II Timóteo 4: 14-17, ele
conta: “Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males”. Ele também disse: “Na minha primeira defesa
ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram”. Sua conclusão final, entretanto, foi a gloriosa
vitória que ele encontrou na provisão divina, quando disse: “Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de
forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a
ouvissem; e fui libertado da boca do leão”. Não tema, meu amigo. Deus permanecerá ao seu lado
quando as tempestades da perseguição sobrevierem. Essa esperança está à disposição de cada indivíduo
sacudido pelas tempestades, que está à procura de alívio e refúgio.
Impedidos pela Legislação (Esdras 4: 6-24).
O ataque final que provocou uma pausa desagradável no trabalho do Templo foi o apelo às autoridades
governamentais. Os samaritanos escreveram uma carta ao rei da Pérsia, contendo distorções da verdade
e insinuações de que os judeus estavam, na verdade, pretendendo prejudicar os reis da Pérsia. Uma carta
chegou a Jerusalém, enviada por Artaxerxes, que ordenou que o trabalho fosse interrompido.
É difícil saber se os judeus tiveram algum outro recurso; mas, por causa do medo, interromperam a
construção. Durante quatorze anos os alicerces permaneceram intactos, até o segundo ano do reinado de
Dano. Os inimigos tiveram uma vitória temporária. Sem dúvida, regozijaram-se com o seu sucesso e
ridicularizaram os pobres judeus que ficaram morando no meio dos entulhos, sem um lugar permanente
para oferecer sacrifícios ou invocar o nome de Jeová.
Através das gerações, o povo de Deus tem sofrido semelhantes contratempos quando Satanás e o mundo
triunfam por algum tempo. Embora freqüentemente oprimida e perseguida, forçada a se esconder
debaixo da terra por um governo antagônico ou privada de seu manual, a Bíblia, a Igreja tem sempre
continuado triunfante. Batalhas são perdidas, mas a guerra será vencida pelo Rei dos reis e Seu grande
exército, a Igreja. “Em todas estas cousas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que
nos amou” (Rm. 8:37).
Capítulo 3
DE VOLTA AOS ALICERCES
Texto Bíblico: Esdras 5: 1-6: 22.
Versículo para Memorizar: “Os fïlhos de Israel, os sacerdotes, os levitas e o restante dos exilados
celebraram com regozijo a dedicação desta casa” (Esdras 6: 16).
Ës vezes, torna-se necessário e importante que os atletas recordem os princípios básicos do seu jogo. É
possível envolver-se em competições todos os dias, mas esquecer-se dos princípios básicos que tornam o
jogo bem sucedido. Conseqüentemente, organizam-se seminários, cursos e acampamentos para aqueles
que desejam retornar aos fundamentos básicos. Aproveitando-se desta espécie de treinamento, um atleta
geralmente é capaz de melhorar o seu jogo e avançar na direção da vitória.
O mesmo acontece com a vida cristã e como ministério. Quando o cristão enfrenta a sociedade pecadora,
ou as gritantes necessidades de um ministério, geralmente ficam tão absorvidas com as tarefas que se
esquece dos alicerces dados por Deus para tornar sua vida e seu ministério um sucesso. A comunidade
judia de Zorobabel ficou parada durante quatorze anos, quando foram impedidos pelos samaritanos que
tiveram sucesso em influenciar as autoridades a fim de que a obra do Templo fosse interrompida.
Preparativos para a Vitória (Esdras 5: 1, 2).
Depois da morte de Josué, Israel caiu em pecado. Os israelitas perderam sua posição separada e ficaram
sob o poder dos cananeus e outros habitantes da terra. Eles começaram a adorar a Baal e Astarote. A ira
de Deus voltou-se contra eles, e Ele os entregou na mão dos saqueadores. Como acontece na vida dos
atletas, o jogo de Israel estava decaindo. Precisavam de um seminário, alguém que os treinasse.
Precisavam de uma palavra de Deus.
Juizes 2: 16 diz: “Suscitou o Senhor juizes, que os livraram da mão dos que os pilharam”. Depois de
cada livramento e exaltação, Israel caía de novo no pecado e começava de novo a adorar outros deuses.
Quando sua corrupção chegava às profundezas, os israelitas tornavam a clamar a Deus pedindo
livramento. Deus levantava outro juiz que os tirava dos seus problemas. Este processo de treinamento e
retreinamento de Israel ocorreram sete vezes no Livro de Juizes. Mas esse padrão não mudou através
dos séculos.
Deus sempre levantou homens que treinassem os Seus quando perdiam o zelo, relaxavam na separação
ou pioravam em sua capacidade de realizar o ministério. Deus usa estes grandes homens como líderes de
seminário ou treina:ores para levar Seu povo de volta ao lugar da produtividade. Os profetas Ageu e
Zacarias foram homens assim. Profetizaram aos judeus que estavam em Jerusalém. O texto de Esdras
não diz o que pregaram,mas os livros que escreveram registram a mensagem que apresentaram a
Zorobabel e ao povo da terra.
O livro de Ageu começa declarando a época da profecia de Ageu. Foi no segundo ano do rei Dano e,
assim, corresponde ao período de Esdras, capítulo 5. Ageu 1: 1 diz que ele profetizou para Zorobabel e
Josué. Todo o Livro de Ageu consta de apenas dois curtos capítulos.
Você deveria procurar o Livro de Ageu e ler a sua profecia. Observe as coisas básicas ensinadas. Aquela
gente não tinha capacidade de realizar o propósito para o qual viera a Jerusalém. Logo no começo, fê-los
lembrar que tinham vindo satisfeitos para morar em casas boas e não fazer o esforço necessário para a
construção do Templo. Eles não se encontravam nas profundezas do pecado. Simplesmente estavam
tomados de letargia. Este pecado é provavelmente um dos motivos mais freqüentes para o fracasso na
vida pessoal e no ministério, O povo de Deus simplesmente está satisfeito com tudo o que possui e não
deseja lutar e suar paia execução do programa de Deus.
No capítulo 2, Ageu dirigiu-se àqueles que tinham visto o primeiro Templo edificado por Salomão.
Quando comparou aquele Templo com o atual, disse que o Templo atual era, em comparação, “como
cousa de nada aos vossos olhos” (Ageu 2: 3). Contudo, ele lhes lembrou que o tamanho do edifício não
era importante. Ensinou-lhes que a glória de Deus encheria a casa e que a glória do Templo que estava
sendo edificado seria maior do que a glória do Templo de Salomão.
A grande exortação final de Ageu falava das impurezas do povo. Ele lembrou aos israelitas que, assim
como os sacerdotes ficavam contaminados quando tocavam em coisas impuras, assim também os filhos
de Israel ficavam contaminados porque participavam de coisas que não estavam de acordo com a
vontade de Deus.
Estas três verdades básicas são raízes que produzem o verdadeiro sucesso na vida de qualquer crente.
Devemos constantemente nos lembrar que não podemos ficar acomodados com a nossa situação. Nossa
tendência é viver em casas lindas com carpetes macios. Desfilamos em nossa comunidade com o melhor
carro que podemos comprar usando as roupas mais bonitas, mas pouco nos preocupamos com os
programas e construções de Deus. Precisamos reavaliar nossas atitudes para com o dinheiro e as
propriedades em geral, a fim de focalizar as coisas importantes que vão durar até a eternidade.
As pessoas mais idosas do tempo de Esdras, que se lembravam da glória do primeiro Templo e achavam
que o tempo gasto na construção do novo Templo não era bem aproveitado, servem para nos fazer
lembrar que qualquer projeto em que nos envolvemos terá uma glória especial se Deus estiver nele.
Talvez não seja tão grande como o projeto de outra pessoa; mas, quando o Espírito de Deus manifesta a
glória de Deus, é um lugar especial. Quer a nossa igreja seja grande ou pequena, quer nosso ministério
seja local ou nacional isso não determina o seu valor aos olhos de Deus. Se Deus está nele, é glorioso.
Muitos anos atrás, um garotinho ia, ocasionalmente, do outro lado do vale, até uma caixa dágua de
concreto, levando uma escova de aço para limpar o filtro no fim do encanamento que levava água para a
sua fazenda, uns 92 metros adiante. A água era extremamente fria e, uma vez, ele simplesmente
desparafusou o filtro, deixando que a água corresse livremente para dentro do cano.
Em sua mente infantil achou que seria muito melhor deixar o cano livre para que a água nunca mais
fosse impedida de fluir para dentro do cano. Pouco tempo depois, um sapo pulou dentro do reservatório
e foi sugado pelo cano. O fluxo de água foi totalmente impedido.
Exatamente como o sapo impediu que a água corresse pelo cano, o pecado na vida dos judeus em
Jerusalém impediu que terminassem o Templo. E da mesma maneira, os crentes hoje descobrem que os
céus estão fechados porque não confessaram nem abandonaram os seus pecados.
A prática da vitória (Esdras 5: 3-6: 12).
Depois que os profetas Ageu e Zacarias terminaram de pregar, o povo estava preparado para um segundo
assalto à obra diante deles. Voltaram ao local do Templo e começaram a tirar o pó de cima dos alicerces
abandonados há quatorze anos e iniciaram a preparar as pedras para a reconstrução das paredes.
O governador da terra veio imediatamente fazer perguntas sobre o seu trabalho. Os judeus
provavelmente suspeitavam que ele pretendia novamente prejudicar o seu empreendimento “Porém os
olhos de Deus estavam sobre os anciãos dos judeus, de maneira que não foram obrigados a parar”
(Esdras 5:5). Os judeus ouviram a voz de Ageu e Zacarias. Seus corações foram corrigidos; por isso, sua
segunda tentativa de reconstrução do Templo não precisou ser interrompida.
Os versículos que se seguem dão-nos a história da entrevista do governador com os judeus, sua carta a
Dano e o decreto de Dano permitindo que concluíssem o Templo.
Paulo advertiu Timóteo, dizendo que “todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão
persegui- dos” (II Tm. 3: 12). Mas Paulo não usou isso como desculpa para desistir ou ficar calado na
execução da vontade de Deus. Mais tarde, ainda admoestou Timóteo: “Tu, porém, permanece naquilo
que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste” (II Tm. 3: 14). Do mesmo
modo, deveríamos continuar avançando sem demora. Quando recordamos os fundamentos básicos,
podemos depender de Deus para cuidar de nós de acordo com a Sua perfeita vontade.
Depois que Henry Martyn serviu como missionário na Índia por muitos anos, anunciou que ia à Pérsia.
Médicos o aconselharam a deixar a Índia porque o calor estava prejudicando a sua saúde. O calor na
Pérsia era ainda mais severo do que na Índia. Quando seus amigos disseram que morreria na Pérsia,
Martyn respondeu: “Então morrerei por meu Mestre”.
Viajou para a Pérsia, estudou a língua persa e trabalhou numa tradução persa do Novo Testamento e
Salmos. Completou a tradução persa do Novo Testamento e Salmos em nove meses e, então, foi
informado que não poderia distribuí-Ia sem a permissão do xá. Viajou 960 quilômetros até Teerã, apenas
para não receber permissão de ver o xá. Imediatamente partiu para uma viagem adicional de mais de 640
quilômetros à procura do embaixador britânico que lhe deu as credenciais necessárias.
Cansado, mas determinado, Martyn viajou de noite no lombo de uma mula, descansando de dia por
causa do calor sufocante. De posse de suas credenciais foi capaz de avistar- -se com o xá que lhe deu
permissão para distribuir as Escrituras.
Dez dias mais tarde, tendo realizado sua tarefa, morreu na Turquia. Seu diário registrava sua satisfação
em ter concluído a tarefa apesar do calor, das atitudes negativas dos seus companheiros missionários e
da inacessibilidade do xá. Ele não era um perdedor.
Do mesmo modo, nós também devemos avançar com determinação.
Uma corrida perfeita (Esdras 6: 13, 14).
No devido tempo, o Templo foi terminado. Esdras 6: 14 diz: “Edificaram a casa e a terminaram segundo
o mandado do Deus de Israel, e segundo o decreto de Ciro, de Da- rio, e de Artaxerxes, reis da Pérsia”.
Pesares, lágrimas e de moras finalmente ficaram para trás, e os projetos da celebração já se antecipavam.
Mandou-se avisar a todo Judá que as pedras finais estavam sendo colocadas e que o trabalho interno
estava sendo concluído. O ar se enchia de expectativa e o povo se aprontava para a dedicação deste
edifício.
O culto de dedicação (Esdras 6: 15-22).
Uma cidadezinha que possuía um despretensioso colégio organizou uma equipe de futebol que
conseguiu ser a campeã por dois anos consecutivos. No final do segundo a no, sendo novamente
campeões, decidiram celebrar. Muitos dos que deram início à equipe iam se formar naquele ano.
Sua noite de celebração transformou-se em uma selvagem e hilariante bebedeira. Nas primeiras horas da
manhã, quando se dirigiam para casa, dois deles deram uma batida num outro carro que vinha no sentido
contrário em uma curva fechada. Um deles ficou aleijado para o resto da vida e o outro foi
instantaneamente morto. Esse é o padrão de celebração do mundo. Para o povo de Deus, a celebração de
uma vitória se transforma no exercício de piedosa alegria e dedicação àquele que deu o poder e a
determinação para realizar aquilo.
Zorobabel e seus amigos realizaram uma alegre festa de dedicação da casa de Deus. Para demonstrar sua
gratidão a Deus, ofereceram sacrifícios de uma centena de novilhos, duzentos carneiros e quatrocentos
cordeiros, O grande número de sacrifícios indicava a gratidão que sentiam pela fidelidade que Deus
tivera em assisti-los.
Depois do culto da dedicação propriamente dito, os judeus começaram a comemorar a Páscoa. Era
apropriado que concluíssem esta grande celebração lembrando-se de sua redenção da escravidão do
Egito. Poderiam bem cantar junto com o autor do hino:
Charles Wesley
Capítulo 4
PREPARATIVOS PARA O CULTO
Texto Bíblico; Esdras 7: 1-28.
Versículo para Memorizar “Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a lei do Senhor e para
a cumprir e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos” (Esdras 7: 10).
De que se constitui a perfeita adoração? Esta pergunta provavelmente será respondida de diferentes
maneiras pelas pessoas que leram estas palavras. O dicionário diz; “Ato de adorar; prestar culto a Deus;
prestar honras divinas, venerar; realizar atos de homenagens ou adoração, especialmente realizar cultos
religiosos” Com uma definição tão vasta é possível que o ato de adoração assuma as mais variadas
manifestações.
As igrejas realizam seus cultos de adoração de diversas maneiras Alguns são espontâneos Outros,cheios
de ritual. A ordem e a atitude de um culto de adoração certamente é importante O Salino 95: 6 e 7 diz’
“Vinde, adoremos e prostemo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou Ele é o nosso Deus, e nós
povo do seu pasto, e ovelhas de sua mão”. A reverência e o temor são partes vitais da adoração.
Napoleão disse; “Se Sócrates pudesse entrar neste recinto, deveríamos nos levantarem sua honra; mas se
Jesus Cristo entrasse, deveríamos cair de joelhos em adoração”. Provavelmente, muito daquilo que
chamamos de adoração não é adoração coisa nenhuma. É apenas uma questão de ir à igreja para cantar,
estudar e comungar.
Duas exigências importantes para a adoração perfeita encontram-se ilustradas no sétimo capítulo de
Esdras. Referem-se á liderança na adoração e as provisões para a adoração. As Escrituras estabelecem
padrões muito altos para aqueles que são separados para dirigir os cultos de adoração a Deus. Em 1
Timóteo 3 e Tito 1, encontramos padrões extremamente altos para os pastores que têm a
responsabilidade de liderar a igreja na adoração. Suas vidas têm de estar acima de qualquer reprovação e
suas famílias têm de ser obedientes e piedosas. Não devem ser vítimas de problemas sociais. E sua
reputação deve ser imaculada. No Velho Testamento, os sacerdotes tinham de ser segundo exigências
especiais. Não podiam ter defeito físico. Suas famílias também deviam ter boa reputação.
A liderança assumida por pessoas que não estão espiritualmente qualificadas leva o povo de Deus por
um caminho descendente. Quer a liderança seja da igreja local ou de qualquer outra organização cristã, é
necessário que os seus líderes sejam altamente qualificados em diversos setores, O capítulo 7 do Livro
de Esdras discute quatro áreas específicas da vida de Esdras nas quais suas qualificações eram
excelentes.
A história de sua família o qualificava para a liderança (Esdras7; 1-5).
Esdras foi descrito como sendo filho de Seraias Sua genealogia podia ser traçada até Arão. Os
antecedentes de sua família o qualificavam corno sacerdote em Israel.
A liderança do Novo Testamento não fica desqualificada para o ministério por causa de antecedentes
familiares. Contudo, a família do líder cristão é extremamente importante. Primeira Timóteo 3: 2 fala da
família de um pastor quando diz que ele deve ser “esposo de uma só mulher”. Mais adiante diz que ele
deve ser um homem que “governe bem a sua própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o
respeito; (pois se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus’?)” (vs. 4,
5). É absolutamente essencial que a família de um homem que deseja liderar a adoração esteja em
ordem. Deus instituiu a família como a primeira instituição dada à humanidade. Se a família de um líder
não estiver em ordem, ele não está capacitado a liderar o povo de Deus em adoração.
Deus contou a Samuel que agiria contra Ele de maneira severa (1 Sm. 3: 11). O motivo foi o seguinte:
“Porque já lhe disse que julgarei a sua casa para sempre, pela iniqüidade que ele bem conhecia, porque
seus filhos se fizeram execráveis, e ele os não repreendeu” (1 Sm. 3: 13). Portanto um líder da igreja que
tiver consciência de uma família desordenada e filhos desobedientes, não basta simplesmente que chore
por causa disso. Tem de enfrentar o fato de que Deus não quer que continue liderando a adoração.
Capacidade pessoal (Esdras 7: 6).
Esdras foi descrito como sendo um escriba versado na lei de Moisés Ele é a primeira pessoa nas
Escrituras chamada de escriba. Os escribas eram estudiosos da lei que ensinavam o povo num período
em que os profetas estavam em declínio. Estando consciente de quem era Deus e quais os Seus desejos,
Esdras estava em boa posição de liderar o povo na adoração.
Os líderes cristãos de nossa geração também precisam ter um conhecimento exato da Palavra de Deus,
se quiserem liderar o povo de Deus na adoração e no louvor. Grande parte do emocionalismo frívolo que
existe nas igrejas de todo o mundo não é adoração. Não se baseia no estudo exato e completo da Palavra
de Deus. Há pouco respeito por Sua soberania, santidade, imutabilidade e caráter misericordioso.
Sem uma análise consistente das Escrituras, o homem é elevado e Deus é destronado. A experiência
humana é colocada acima da honra de Deus. Hinos e meditações refletem os desejos subjetivos e as
necessidades humanas em lugar de exaltar o Deus do céu e da terra. Pois, para que haja uma verdadeira
adoração, os líderes da igreja devem pintar quadros vivos do Deus da Bíblia nos muros das mentes
daqueles que o desejam adorar.
Bons amigos (Esdras 7: 7).
Quando Esdras preparou-se para ir a Jerusalém, um pequeno contingente foi com ele. As categorias de
pessoas representadas foram os sacerdotes, os levitas, os cantores, os porteiros e os servidores do
Templo. Eram pessoas envolvidas no ministério da adoração. Os sacerdotes eram descendentes de Arão.
Os levitas eram membros da tribo de Levi, cujas responsabilidades envolviam o transporte do
Tabernáculo no deserto e serviços generalizados relacionados com a adoração. Os cantores, tal como os
sacerdotes, eram levitas, mas faziam a música do Templo. Os porteiros eram carregadores e os serviçais
também serviam no Templo.
Os companheiros deste grande líder da adoração eram homens que podiam ajudar na adoração. Ele não
pegou um grupo de pessoas que fossem carnais ou interessadas em outras coisas da vida. “Eram
pássaros da mesma plumagem”. As pessoas que cercavam Esdras eram gente relacionada com o Templo.
Estavam interessadas em adoração.
Os diáconos freqüentemente brincam sobre os maus hábitos que seus filhos adquirem com os filhos do
pastor. Os pastores, por outro lado, invertem a brincadeira, reclamando que os seus filhos é que
adquirem maus hábitos dos garotos dos diáconos. Creio que pastores e diáconos piedosos não falam
sério quando brincam assim. As famílias dos pastores e dos diáconos devem aprender como adorar a
Deus mais eficazmente umas das outras e devem cooperar na orientação do povo da congregação na
adoração do Deus santíssimo. Todos os amigos dos pastores e dos diáconos deveriam ser gente piedosa
que se lhes juntassem diante de Deus em adoração e louvor. Deveriam ser cuidadosos para não se
misturarem com pessoas do mundo que distorcem seus pensamentos e pervertem suas convicções.
Lidie H. Edmunds
Esdras estava bem qualificado para dirigir a adoração em Jerusalém. Contudo, havia alguns outros
elementos essenciais necessários para que os cultos de adoração fossem como deviam ser. Deus permitiu
que Esdras se certificasse de que essas coisas estavam presentes.
Potencial humano (Esdras 7: 13).
A Babilônia, como o mundo secular de hoje, tinha muitos atrativos para os filhos de Deus. Havia
pouquíssimos que realmente estivessem interessados em servir o Senhor na distante terra da Palestina.
Os exilados tinham aprendido a desfrutar do conforto na Babilônia; e deixar tudo o que tinham
adquirido, além dos prazeres e da abundância da terra, para fazer uma viagem de 1.440 quilômetros até a
perturbada Jerusalém, exigia um nível especial de espírito pioneiro além de submissão à voz de Deus.
Contudo, Esdras transmitiu o decreto de Artaxerxes ao povo com o pedido para que todo aquele que
quisesse ir estivesse preparado. Ele foi muito cuidadoso em obter os devidos representantes para cada
um dos grupos necessários a fim de realizar a adoração no Templo. Ele não ficou satisfeito até que
arranjou uma representação completa daqueles que eram necessários. Esdras 8: 1-20 dá uma lista
completa das pessoas que foram com ele.
Não é o plano de Deus fazer a Sua obra com metade das pessoas necessárias. Com demasiada freqüência
arranjamos um contingente deficiente de professores e obreiros quando deveríamos procurar
cuidadosamente e com oração por aqueles que Deus estabeleceu para a realização de Sua obra.
Infelizmente, muitas vezes, nossos cultos de adoração e as ordenanças do batismo e da Ceia do Senhor
são realizados por pessoas não qualificadas que cumprem suas obrigações de modo inadequado e
embaraçoso. Pianista que desafina bandejas da Ceia que batem umas nas outras, brincadeiras impróprias
e falta de preparo não têm lugar no culto de adoração. Pessoas qualificadas que tenham estudado suas
responsabilidades e praticado seu ministério devem liderar o povo de Deus na adoração. O potencial
humano é uma parte importante do culto de adoração. Sem ele, torna-se difícil um grupo de pessoas
reunirem-se para adorar o seu Deus de maneira adequada.
Dinheiro (Esdras 7: 14-23).
A adoração no tempo de Israel incluía a oferta de novilhos, carneiros, cordeiros e libações no altar da
casa de Deus. Era preciso considerável quantia de dinheiro para comprar essas ofertas, como também os
vasos associados com a prestação do culto. Essas coisas tinham de ser oferecidas livre e
espontaneamente pelo povo. Neste caso particular, Artaxerxes e seus setenta conselheiros decidiram
contribuir para o ministério do Templo em Jerusalém. Esta muito benévola provisão da parte de
Artaxerxes é uma indicação de que, quando Deus opera no coração de um homem, o financiamento vem
de muitas fontes para a realização do que Deus quer. Artaxerxes resumiu o seu desejo de contribuir no
versículo 23, quando disse: “Tudo quanto se ordenar, segundo o mandado do Deus do céu, exatamente
se faça para a casa do Deus do céu”.
F’ preciso que o povo de Deus desta geração perceba que tem uma grande responsabilidade no uso de
cada centavo da riqueza que têm, e deve fazê-lo de acordo com a vontade de Deus. Deus proibe que
desperdicem o seu dinheiro, abusando. dele ou usando-o de maneira imprópria na satisfação da carne, na
glorificação do homem ou edificação de monumentos humanos.
O dinheiro usado na adoração a Deus não é um dinheiro desperdiçado. Os judeus ofereciam milhares de
sacrifícios no culto prestado a Deus; e, de maneira igual, nós devemos estar prontos a oferecer grandes
somas de dinheiro para servir a Deus. Talvez uma das manifestações mais óbvias de culto ocorra quando
se passa o prato das ofertas. Se um homem adora o seu Deus, vai contribuir para Ele — não apenas com
o que lhe sobrar, mas com uma grande porção de sua riqueza.
Privilégios especiais (Esdras 7: 24-26).
Um dos privilégios mais significativos que Esdras teve, na qualidade de líder da adoração em Jerusalém,
foi o poder de julgar. Recebeu autoridade para até enunciar sentença de morte. Um poder assim tão
impressionante nos faz lembrar que o nosso Deus também é Deus de justiça. Lembramo-nos da morte de
Ananias e Safira em Atos 5: 1-11.
As pessoas, nas igrejas de nossa geração, que aprenderam que os padrões do passado estão fora de moda
e que agora há uma nova liberdade moral e doutrinária, foram logradas. Estas vítimas do erro estão
sendo roubadas do privilégio de participar de uma adoração íntima a Jeová. A permissividade e a
adoração não andam juntas. A ego-centralidade do hedonismo não deixa lugar para a adoração a Deus.
Quando, hoje de manhã, você comparecer ao culto de adoração de domingo, ore pelos líderes da igreja.
Peça a Deus que faça deles tudo o que deveriam ser. Certifique-se de que você está contribuindo para o
culto de adoração com a sua atitude. Não cochiche, não ria, nem ignore a mensagem. Dê sua oferta
como ato de adoração. Preste atenção especial às palavras dos hinos. Finalmente, verifique se o seu
coração está livre de contaminação do pecado que faz separação entre você e o seu Deus.
Capítulo 5
ORE E VÁ
Texto Bíblico: Esdras 8: 1-36.
Versículo para Memorizar: “Quero, portanto, que os varões orem em todo lugar, levantando as mãos
santas, sem ira e sem animosidade” (1 Tm. 2:8).
A viagem de 1.440 quilômetros da Babilônia até Jerusalém levou quatro meses, fazendo 16 quilômetros
por dia. Foi um esforço tremendo para um grupo de pessoas que não estavam costumadas a viajar.
Esdras estava preocupado com que se fizessem preparativos adequados a fim de que tudo desse certo.
Sem um planejamento prévio, qualquer expedição, por mais simples que seja, torna-se um peso.
Freqüentemente, os objetivos não são alcançados quando não se fazem os devidos preparativos, tanto
físicos como espirituais.
Esdras reuniu os voluntários em Aava onde acamparam em barracas por três dias.
Escolhendo as pessoas (Esdras 8: 1-20).
A primeira coisa que Esdras fez depois que chegou a Aava foi uma lista de pessoas que viajariam com
Ele. Este foi o primeiro registro oficial dos voluntários e suas famílias. As Escrituras nos dizem quem
era o chefe de cada família. Um estudo cuidadoso da genealogia do capítulo 2 de Esdras revela que
muitas pessoas que viajavam no segundo grupo eram parentes daqueles que fizeram a primeira viagem
com Zorobabel. Depois de décadas de separação, algumas dessas pessoas estavam fazendo a viagem
para se reunirem com primos, tios e tias.
É muito freqüente acontecer isto entre as famílias também hoje em dia. Alguns membros da família
aceitam o Senhor Jesus Cristo e andam com Ele. Depois, outros o aceitam muitos anos mais tarde. Mas,
quando isso acontece, há regozijo, comunhão renovada e troca de confidências. Muitos de nós nos
lembramos de tais experiências com alegria e ação de graças. Outros de nós estamos muito cônscios de
que fizemos a viagem à cruz sozinhos e que grande parte de nossa família jamais deixou o cativeiro do
pecado.
Esdras não ficou totalmente satisfeito com a lista dos voluntários. Descobriu que não havia nenhum filho
de Levi presente. A Bíblia não diz por que os levitas não se apresentaram como voluntários para a
viagem a Jerusalém. Talvez, como muitos dos seus irmãos, tivessem se estabelecido e desfrutassem de
uma vida confortável na Babilônia e não sentisse nenhum desejo de enfrentar as dificuldades da vida e
do ministério em Jerusalém. Talvez não estivessem satisfeitos com as notícias que tinham recebido sobre
o novo Templo. Considerando que não tinha a grandeza do Templo de Salomão, talvez achassem que
estava aquém de sua dignidade
fazer a longa viagem para ministrar numa casa de Deus menos encantadora. Fossem quais fossem suas
razões, não se ofereceram para ir. Foram como veteranos de guerra realizando batalhas com soldadinhos
de chumbo. Um deles disse uma vez: “O grande atrativo é a guerra sem bestialidade”.
Infelizmente, temos muitos soldadinhos de chumbo na igreja de hoje. Pregadores, professores e líderes
freqüentemente sabem tudo sobre as batalhas do passado e contam os acontecimentos de cor; mas eles
não querem participar do conflito. Sabem tudo sobre Satanás e suas hostes, mas não lhe resistem.
Entendem de estratégia missionária, mas não querem fazer uma viagem ao campo missionário.
As palavras deste hino deviam ser ouvidas e obedecidas:
Levantai-vos, homens de Deus!
Deixai as coisas menos importantes;
Entregai-vos de coração, alma, mente e forças
Para o serviço do Rei dos reis.
William Pierson Merril
Quando Esdras certificou-se de que tinha tudo que era necessário para o povo realizar a obra do
ministério em Jerusalém, fez uma pausa para uma coisa adicional importante. Esdras não tinha um
guarda pessoal que o acompanhasse através das terras perigosas a caminho de Jerusalém. E sentia-se
muito embaraçado em pedi-lo ao rei, uma vez que havia declarado: “A boa mão do nosso Deus é sobre
todos os que o buscam, para o bem deles; mas a sua força e a sua ira contra todos os que o abandonam”
(8: 22).
Esdras sabia que poderia depender do Senhor; por isso, reuniu o povo todo e declarou um período de
jejum e oração. Ele não se colocou simplesmente junto às margens do rio para dizer a Deus: “Eu sei que
Tu és soberano e capaz de cuidar de nós; por isso, vou simplesmente entregar-te a situação e esquecê-
la”. Ele convocou o povo para jejuar e orar com fervor e submissão.
Abster-se de alimento e outros prazeres era uma indicação da seriedade do povo. Não era um tipo de
oração petulante e improvisada. Em todo o Velho Testamento encontramos homens e mulheres de Deus
que jejuavam quando enfrentavam uma crise e quando precisavam da mão de Deus para ajudá-los em
sua provação.
No Novo Testamento temos diversas palavras gregas para oração. Entre elas há uma que indica pedido
fervoroso. É o tipo de palavra que usaríamos com jejum. Tiago 5: 16 diz: “Muito pode, por sua eficácia,
a súplica do justo”. Esta oração fervorosa é a oração da qual estamos falando. A mesma palavra foi
usada em 1 Pedro 3: 12: “Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos e os seus ouvidos estão
abertos às suas súplicas”.
Os pais de João Batista não tiveram filhos até muito tarde em suas vidas. Zacarias pediu um filho.
Finalmente, com a idade avançada, um anjo lhe apareceu dizendo: “Não temas, porque a tua oração foi
ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho a quem darás o nome de João” (Lc. 1: 13). A palavra
usada para oração neste versículo é aquele que indica oração fervorosa.
Os cristãos são freqüentemente culpados de orar com neutralidade. Delicadamente apresentam o seu
caso a Deus, então, sem convicção ou emoções, esquecem o assunto. Embora a confiança no Deus vivo
seja essencial, é preciso lembrar que nosso relacionamento com o Pai é muito parecido com o
relacionamento de uma criança com o seu pai humano. A seriedade da intenção de uma criança e a
importância de sua necessidade levará um pai a reagir diante do seu pedido.
A parábola do homem que foi à procura do seu amigo à meia-noite em busca de três pães, apenas para
descobrir que seu vizinho já se encontrava dormindo com todos os seus filhos, foi usada para ensinar aos
discípulos que Deus se comove quando continuamos pedindo, buscando e batendo à porta do céu (Lc.
11: 5-10). A declaração direta da passagem é: “Se não se levantar para dar-lhos, por ser seu amigo,
todavia o fará por causa da importunação, e lhe dará tudo o que tiver necessidade”. Oração justa e
fervorosa leva Deus a agir.
Sabemos que Deus é absolutamente soberano e opera segundo a Sua vontade aqui na terra; mas, de certo
modo, Ele atende ao clamor dos homens e mulheres que se prostram diante dele. O jejum sacrifical
torna-se um instrumento na mão de um homem santo para pôr em ação o poder do Deus Todo-poderoso.
Uma das ilustrações mais significativas da oração fervorosa encontra-se em Mateus 15: 21-28, onde o
Senhor Jesus Cristo e os Seus discípulos encontraram-se com a mulher Cananéia. Ela se aproximou dele
pedindo ajuda porque tinha uma filha perturbada por demônio. O registro nos diz que ela seguiu os
discípulos, importunando-os. Jesus chegou a informá-la que viera à procura das ovelhas perdidas da casa
de Israel, mas ela ficou inflexível no seu pedido de ajuda, gritando: “Senhor, ajuda-me”. Ele a informou
que não era adequado que lhe concedesse esta bênção uma vez que fora enviado apenas a Israel. Mas ela
continuou implorando e pedindo que lhe concedesse uma migalha de sua bênção. A resposta de Jesus
foi: “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres”.
Sua oração baseava-se na fé. Súplicas fervorosas que não têm raízes firmemente estabelecidas numa
vida de fé têm pouco valor. Mas quando um homem justo, cheio de fé e seriedade em suas orações
aproxima-se de Deus, pode esperar resultados de sua permanência diante do trono da graça.
O padrão comum entre os cristãos modernos é de inventar um método melhor para execução da obra de
Deus, incluindo propaganda inteligente ou levantamento de fundos mais eficaz com ênfase maciça sobre
a capacidade dos homens. Esdras e seus amigos não dependeram de sua própria esperteza ou da proteção
de Artaxerxes. Lançaram-se sobre a proteção de Deus. No foi simples formalidade religiosa. Foi um
item de alta prioridade no qual substituíram o seu próprio poder e o poder do rei pelo poder do Deus
onipotente.
Protegendo as riquezas (Esdras 8: 24-31).
Antes que Esdras começasse a viagem, selecionou menos que vinte e cinco homens para se
responsabilizarem pelos tesouros que Artaxerxes e outros deram ao povo. Ele estava preocupado em que
não houvesse roubos ou perdas dessas valiosas propriedades a caminho da Palestina. Deus está
vitalmente preocupado com o uso ou abuso das riquezas, especialmente quando foram entregues para a
obra do Senhor.
Perder ou roubar dinheiro que foi entregue para o serviço de Deus é um grave pecado. No caso de
Ananias e Safira, Deus os matou simplesmente porque mentiram sobre a extensão de sua oferta.
As igrejas deveriam ser extremamente cautelosas na administração do dinheiro da Igreja. Jamais deveria
ser relegado aos cuidados de um só indivíduo que possa ser tentado a apropriar-se ou roubar uma parte
dele. Os anais da história da igreja estão cheios de registros de pastores e leigos que tiraram dinheiro dos
cofres da igreja para seu uso pessoal.
Esdras designou menos que vinte e cinco homens. Depois, transmitiu-lhes ordens cuidadosas para que
protegessem a riqueza. Ele manteve registro de tudo que fora entregue em suas mãos; e sua ordem foi:
“Vigiai-os e guardai-os até que os peseis na presença dos principais sacerdotes e dos levitas e dos
cabeças de famílias de Israel,em Jerusalém, nas câmaras da casa do Senhor” (Esdras 8: 29). Nem havia
possibilidade de negócios fraudulentos porque os tesoureiros foram cuidadosamente escolhidos e foram
feitos registros exatos de quanto cada homem recebeu para guardar. Embora fossem homens fiéis,
Esdras confiou desconfiando. Estabeleceu um plano exato para protegê-los de observações injuriosas
como de sua própria tentação de roubar.
Depois que Esdras preparou-se cuidadosamente em Aava, convocando recrutas adicionais, passando o
tempo em jejum e oração e designando tesoureiros, partiram. Aparentemente, a viagem não teve sérias
delongas ou dificuldades. Esdras 8:31 diz: A boa mão do nosso Deus estava sobre nós, e livrou-nos da
mão dos inimigos e dos que nos armavam ciladas pelo caminho”. Seu planejamento e orações fizeram
efeito, e Esdras tomou o cuidado de registrá-lo em seu livro. Ele sentiu-se grato pelo livramento de Deus
das coisas que não aconteceram.
Muitos de nós deixam de agradecer a Deus pelas coisas que nunca aconteceram: pela pobreza que não
sofremos, pelos acidentes que não temos e pelas enfermidades que não passamos. Somos propensos a
considerar a proteção de Deus como coisa garantida e deixamos de lhe agradecer pelo Seu contínuo
cuidado para conosco.
Apresentações em Jerusalém (Esdras 8:32-36).
Três dias depois de sua chegada em Jerusalém, Esdras e o seu grupo de viajantes foram à casa de Deus.
Levavam três tipos de coisas que deviam ser apresentadas a Deus: prata, ouro e os vasos que pertenciam
ao Templo. Também ofereceram sacrifícios, inclusive holocaustos e ofertas pelo pecado. Além de suas
ofertas ao Senhor, entregaram aos governadores e vice-governadores as ordens especiais recebidas do
rei. Tinham chegado ao fim da viagem. Fora planejada e executada com sucesso, O propósito de Deus e
os pianos dos homens mesclaram-se produzindo outra vitória. Esdras conhecia o segredo da oração junto
com a ação. Ele possuía a capacidade de motivar e dirigir as pessoas, como também de manter um
espírito contrito e dependente de Deus. Como resultado, a obra de Deus progrediu sob a sua liderança,
porque a mo de Deus repousava sobre ele.
rança, porque a mão de Deus repousava sobre ele.
Esdras representava as mais excelentes qualidades de liderança. Que Deus nos conceda a submissão e a
determinação de andar nos passos dele.
Capítulo 6
IMPEDIMENTOS À ADORAÇÃO
Texto Bíblico: Esdras 9: 1-10: 44.
versículo para Memorizar: “Agora, pois, fazei confissão ao Senhor Deus de vossos pais, e fazei o que
é do seu agrado; separai-vos dos povos de outras terras, e das mulheres estrangeiras”(Esdras 10:11).
A Catedral Metropolitana na Cidade do México é uma igreja centenária, O período de sua construção foi
de dois séculos e meio. De acordo com uma notícia jornalística, os arquitetos do governo calculam que,
dentro de vinte anos, esta gigantesca estrutura que se encontra na praça principal da cidade virá abaixo.
Todo o edifício está afundando, mas o assoalho sob a torre que fica a oeste está 77 cm mais baixo do que
a outra extremidade e está baixando numa proporção de quase 2, 5 cm por ano. A razão dessa inclinação
é estranha. Quando os conquistadores da Espanha construíram uma igreja no local da atual catedral,
derrubaram um velho templo asteca e usaram suas pedras para o alicerce. Mais tarde, quando a catedral
foi construída, apenas o lado leste ficou em cima das grandes pedras do templo asteca. O restante foi
construído sobre o sedimento macio do lago seco que compreende a maior parte do solo sob a Cidade do
México. Não tendo alicerces fortes sob aquela parte da catedral, ela continua afundando.
Quando Esdras chegou à cidade de Jerusalém, ele descobriu que as pedras fundamentais da comunidade
judia estavam deteriorando-se. Os israelitas tinham se comprometido com o povo da terra, fazendo
casamentos mistos. Esdras sabia que tinha de resolver este problema imediatamente, ou a adoração não
poderia ser feita apropriadamente e a comunidade judia fracassaria novamente por causa do seu pecado.
Como a catedral na Cidade do México, seu destino era certo, a não ser que alguma coisa fosse feita para
fortalecimento dos alicerces.
Enfrentando o compromisso (Esdras 9: 1-4).
Os príncipes dos judeus foram à procura de Esdras contando que muitas pessoas estavam envolvidas nas
abominações dos habitantes da Palestina. Os que estavam envolvidos incluíam sacerdotes, levitas e o
povo em geral. Esdras 9: 2 revela que os príncipes e os governadores eram os mais flagrantes
transgressores.
A participação nas práticas pagãs aconteceu porque os judeus tinham se casado com as mulheres da
terra. Desde o tempo em que Zorobabel tinha chegado à terra, os judeus começaram a se adaptar ao povo
que os rodeava. No princípio, ficaram distantes e separados. Não entendiam a língua deles e perceberam
que seu modo de vida era ímpio. Mas, com o passar dos anos, ficaram cada vez mais amigos, vendendo
e comprando em seus mercados, emprestando ferramentas e conversando nas ruas. Seus filhos
brincavam juntos e, finalmente, depois de crescidos, apaixonaram-se e casaram-se. A separação tomou-
se completamente ineficaz. Os pagãos ímpios com o seu culto pagão já não pareciam mais tão repulsivos
aos adoradores de Jeová.
As vezes, a adaptabilidade é uma força mais destrutiva do que auto-preservativa. A rã, sendo um animal
de sangue frio, adapta sua própria temperatura à temperatura que a rodeia. Sob muitas circunstâncias sua
capacidade de adaptar-se à temperatura ambiente ajuda na sobrevivência. Mas se uma rã for colocada
sobre uma frigideira com água e for colocada sobre o fogão, sua adaptabilidade não a prevenirá de que a
água está ficando quente demais para ela continuar com vida. Ela fica nadando na água quente até que
finalmente é cozida sem a mais leve suposição de que deveria fugir.Os filhos de Israel estavam
envolvidos no mesmo processo. Estavam simplesmente se adaptando à situação sem perceber que
estavam cometendo um erro fatal.
Os cristãos de hoje caem na mesma armadilha. Trabalham no mundo, vão à escola no mundo, compram
e vendem no mundo. Freqüentemente, divertem-se no mundo e fazem intercâmbios com o mundo em
níveis sociais agradáveis. Já não sentem mais repulsa pela linguagem ou música do mundo e são
finalmente absorvidos pela comunidade. Seus filhos brincam com os filhos do mundo, apaixonam-se e
casam-se com eles. Conseqüentemente, esquecem o seu compromisso com Cristo.
Embora seja necessário trabalhar no mundo, fazer compras no mundo e talvez até ir à escola no mundo,
não é essencial divertir-se no mundo. Sempre que um cristão começa a participar dos prazeres ou
recreações no nível do mundo, quando coisas tais como a música contemporânea ou a televisão passam
a ser fontes constantes de prazer em um lar, está armado o palco para a transigência e a derrota. Os
prazeres do mundo deveriam ser repulsivos para o cristão. Ele deveria encontrar satisfação e prazer em
Jesus Cristo e no viver para o seu Deus.
Quando Esdras ouviu a notícia sobre os casamentos mistos com o povo da terra, reagiu rasgando suas
roupas e arrancando o seu cabelo. Ficou horrorizado com aquela falta de santidade.
Nos dias de hoje, quando o padrão moral tem descido tanto, damos alta prioridade para a satisfação das
necessidades físicas e pouca ênfase no atendimento da vontade de Deus. O resultado é “viva e deixe
viver”, uma filosofia com pouco alvoroço e nenhum luta contra os pecados do povo, dentro ou fora da
igreja.
Com Esdras foi diferente. Ele manteve sua santificação através dos anos na Pérsia. Agora, quando
retornava à sua terra, vendo que os outros estavam envolvidos em pecados de transigência, reagiu
imediatamente.
O dia todo Esdras ficou sentado estupefato. Mas, ao entardecer, caiu de joelhos e estendeu suas mãos na
direção do Deus dos céus e da terra. A visão que tinha da pureza de Deus fé-lo ficar envergonhado. Ele
não podia levantar o rosto para o céu. Ele tinha um espírito quebrantado e contrito quando cofessou os
crimes do seu povo ao Rei do Universo.
Os pecados do povo fizeram este homem de Deus ficar com medo. Muitos outros reuniram-se com ele,
tremendo de medo quando perceberam o castigo que mereciam por causa da infidelidade do povo.
Muito pecado dentro da igreja fica inconfessado. Os cristãos nem sempre reconhecem seu pecado; se o
fazem, deixam de confessá-lo a Deus. O grande desejo do coração do crente deveria ser a comunhão
com o seu Deus. Ele não deveria nunca permitir que o pecado interrompesse esta comunhão. Se ele
medir seus pecados segundo a justiça de Deus, a vastidão do grande abismo entre ele e Deus, mais o
reconhecimento do juízo de Deus, produzirão temor em sua vida e o impulsionarão à confissão.
Abandonando o comprometimento (Esdras 10: 144).
Não basta a confissão. Esdras idealizou um plano bem definido para remover o pecado da transigência
do meio dos filhos de Israel. Arrependimento verdadeiro e confissão que produz mudanças.
O crente que peca o mesmo pecado dia após dia e, então, corre em busca de misericórdia, antes de
colocar a cabeça no travesseiro, confessando o seu pecado, só para levantar-se no dia seguinte e repetir o
mesmo pecado sem nenhuma mudança de comportamento, não entende as implicações bíblicas do
arrependimento e da confissão.
A proposta do plano (Esdras 10: 14).
A solução do problema do casamento misto pode, à primeira vista, parecer racial. A decisão foi: “. . .
despediremos todas as mulheres, e os seus filhos, segundo o conselho do Senhor, e o dos que tremem ao
mandado do nosso Deus; e faça-se segundo a lei” (Esdras 10: 3).
Quando homens e mulheres foram salvos na igreja de Corinto, tiveram dúvidas sobre se deveriam
permanecer com seus cônjuges incrédulos. Talvez alguns até se separassem de seus companheiros não
salvos. Por causa disto, Paulo, sob a orientação do Espírito Santo de Deus, deu-lhes a seguinte ordem,
em 1 Coríntios 7: 12 e 13: “Se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele,
não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o
marido”. Esta ordem do Novo Testamento parece tratar de maneira diferente o casamento com
incrédulos. Deus não pretende que um cristão se divorcie de seu cônjuge simplesmente porque a outra
pessoa é incrédula. A regra no Novo Testamento é:
“Se você estiver casado com incrédulo, continue casado”.
O Novo Testamento é muito explícito, entretanto, em seus ensinamentos quando diz que um cristão não
deveria casar-se com um incrédulo. É preciso haver separação. “Não vos ponhais em jugo desigual com
incrédulos; porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? ou que comunhão da luz
com as trevas?” (II Co. 6:14). No tempo de Esdras, a pureza religiosa e ética do povo estava em jogo.
Deus estava formando Israel, a Sua nação escolhida. Ele desejava manter a pureza da nação e a pureza
da fé. Os cristãos não deveriam casar-se com incrédulos.
Um voto (Esdras 10:6-12).
Quando um plano foi elaborado, tornou-se necessário que o povo lhe desse consentimento público.
Esdras reuniu os israelitas e apresentou-lhes o voto que desejava que tomassem. Fê-los lembrar de sua
transgressão e, então, advertiu-os de que deviam confessar ao Senhor Deus, fazer a vontade dele e
separar-se do povo da terra e das esposas estrangeiras.
Uma forte convicção caiu sobre a congregação; por isso responderam com voz alta: “Assim seja;
segundo as tuas palavras assim nos convém fazer” (Esdras 10: 12). Confissão pública de pecados
particulares, às vezes resulta em prejuízo. Mas confissão pública de pecados públicos é essencial.
Tornou-se necessário que fossem a um lugar público para fazer um voto público de que fariam a vontade
de Deus na questão de sua separação. O compromisso público é útil. Atender a um apelo indo à frente
dando um testemunho público, geralmente resolve o problema da decisão na vida de uma pessoa que
está sob a convicção do Espírito Santo de Deus.
O crente não deveria nunca envergonhar-se de seu compromisso pessoal com Deus. O Apóstolo Paulo
disse: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele
que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm. 1: 16). E nosso Senhor disse em Lucas 12: 8, 9:
“Todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do homem o confessará diante dos
anjos de Deus; mas o que me negar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus”.
Ação cumprida (Esdras 10: 13-17).
Tantas pessoas estavam envolvidas no pecado do casamento misto que não foi tarefa fácil determinar
exatamente eorno poderiam se descartar de todas as esposas. Como conseqüências, foram marcadas
reuniões com os anciãos e juízes da cidade para que o assunto fosse resolvido de maneira adequada.
Levou dois meses para que todos os casos fossem ouvidos e providências adequadas fossem tomadas.
Como em todas as demais áreas da vida cristã, quando é necessário quebrar o relacionamento com o
mundo, é preciso fazê-lo da maneira certa. Não há lugar no programa de Deus para transações malfeitas
e prejudiciais. Tudo devia ser feito com decência e ordem, mas sem transigência ou fraqueza. Uma
atitude franca de manter a vida do cristão limpa honra a Deus e recompensa a qualquer um que estiver
envolvido.
Não sabemos exatamente como as esposas foram despedidas, ou o que aconteceu com elas depois da
separação. Sabemos que o povo foi fiel e executou a vontade de Deus sob a orientação dos anciãos e
juízes. Deve ter sido um dia cheio de tristeza quando os homens separaram-se de suas famílias para
satisfazer as exigências do seu Deus. Contudo, Deus não podia ser acusado da situação, pois foram os
judeus que tinham transgredido e eram responsáveis pelo sofrimento e pesar que resultaram.
Em períodos de crescente transigência e ilusão, as famílias cristãs devem, com entusiasmo e alegria,
manter-se separadas do mundo. Mães e pais devem ter o cuidado de manter um lar piedoso com padrões
claros e explícitos. Devem sempre confirmar o que fazem com base nas Escrituras, fornecendo
evidências suficientes para os seus filhos e a razão da esperança que há neles, A piedade familiar produz
virtude pública.
Registrando os resultados (Esdras 10: 1844).
Talvez pareça injusto que Deus mandasse registrar nos anais das Escrituras os nomes daqueles que
foram apanhados neste terrível pecado. Deus perdoa todos os homens, mas Ele no deixa de registrar na
Palavra eterna. Este registro deveria fazer cada um de nós se lembrar do cuidado que devemos ter em
nossas atitudes; pois um dia, nós também enfrentaremos o registro de nossas vidas. Podemos estar
perdoados como os homens de Israel, mas seremos lembrados de nossas terríveis transgressões.
Capítulo 7
MOTIVADO POR DEUS
Texto Bíblico: Neemias 1:1-11.
Versículo para Memorizar: “Mas se vos converterdes a mim e guardardes os meus mandamentos, e os
cumprirdes, então, ainda que os vossos rejeitados estejam pelas extremas do céu, de lá os ajuntarei e os
trarei para o lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome” (Ne. 1: 9).
O Livro de Neemias é um dos mais importantes manuais escritos sobre a questão da liderança. Este
estudo, entretanto, não é um remédio infalível para o fracasso. É possível pegar um conjunto de idéias
sobre liderança, aplicá-las a um cristão medíocre e continuar como um cristão medíocre. Bons princípios
de liderança são necessários; mas o cristão deve entender que, para ter sucesso como cristão, é preciso
que primeiro e relacione devidamente com o Senhor Jesus Cristo. Ele deve ser submisso a Deus em sua
vida antes de ser um líder piedoso. Quando um cristão é genuinamente bom, pode receber grandes
princípios, pô-los em prática em sua vida e tornar-se um líder eficiente.
Vamos fazer duas suposições básicas com referência à sua vida, enquanto estudamos Neemias: 1) Sua
vida espiritual é o que deveria ser, e você está devidamente relacionado com Deus; 2) você deseja ser
um líder. Se estas duas coisas são verdadeiras, você pode estudar o Livro de Neemias e descobrir
algumas coisas que o ajudarão a tornar-se um administrador eficiente de homens e mulheres. Você não
tem de permanecer na síndrome da mediocridade. Você pode sair dela e ser alguma coisa grande para
Deus. Tendo isto em mente, vamos começar a nossa viagem através deste primeiro capítulo de Neemias.
Capítulo 9
ADMINISTRADOR GERAL
Texto Bíblico: Neemias 3: 1-6: 14.
Versículo para Memorizar: “Inspecionei, dispus-me, e disse aos nobres, aos magistrados e ao resto do
povo: Não os tentais; lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos
filhos, vossas filhas, vossas mulheres e vossas casas” (Ne. 4: 14).
Apenas alguns poucos homens escolhidos são capazes de dirigir um reino ou uma organização
gigantesca. A capacidade de ver, ao mesmo tempo, o quadro geral e os detalhes mínimos, só a têm um
pequeno grupo de homens. Quando um homem assim também tem a capacidade de treinar o pessoal
para a execução da obra, ele merece o título de administrador geral. Conforme a vida de Neemias se
revela, capítulo após capítulo, torna-se evidente de que ele foi um dos homens que mereceu este título.
Responsabilidade delegada (Ne. 3: 1-32).
Há dois fatores básicos a considerar na questão da delegação de responsabilidades. O administrador
geral deve conhecer as tarefas a serem executadas e as pessoas que podem executá-las. Sem um
conhecimento destes dois fatores, um administrador fica impossibilitado de associar as pessoas com as
tarefas correspondentes.
Uma leitura do capítulo 3 nos revela que Neemias dividiu cuidadosamente o muro da cidade em
segmentos. Durante o período de observação do muro, sem duvida determinou quais os segmentos que
precisariam de excelentes artesões, como, por exemplo, os portões e as torres. Também observou que
porções do muro eram constituídas de pedras menores e onde os estragos eram menos extensos. Anotou
mentalmente os números aproximados de horas que seriam precisas para reconstruir cada porção. Seu
plano foi o de destacar pessoas ao longo do muro de modo que os mais capazes fariam as tarefas mais
difíceis e aqueles que tivessem menos conhecimentos ou menos músculos trabalhariam nos setores que
se adaptassem às suas capacidades.
O capítulo 3 começa com Eliazibe, o sumo sacerdote, e seus irmãos edificando a Porta das Ovelhas.
Perto deles trabalhavam os homens de Jericó e Zacur, filho de Inri. O registro continua, revelando que
cada homem e sua família trabalharam numa seção separada. Uma vez que Neemias conhecia a situação
do muro, e estava familiarizado com o povo, foi capaz de arranjar as pessoas ao longo do muro de
maneira satisfatória.
Os ourives, os perfumistas, os advogados, os sacerdotes e os inventores, todos trabalhavam juntos, cada
um no seu local. No versículo 12,lemos: “Ao lado dele reparou Salum, filho de Laés, maioral da outra
meia parte de Jerusalém, ele e suas filhas”. Considerando que Salum tinha filhas, devia estar trabalhando
numa seção especial do muro, onde não havia pedras grandes. Devia ser interessante estar perto dessa
parte do muro. Devia haver momentos em que os homens que trabalhavam de ambos os lados faziam
questão de ajudar as moças em seus esforços.
Talvez as moças levassem sanduíches extras todos os dias para atrair os homens de ambos os lados a fim
de que as ajudassem nos trabalhos mais pesados. Alguns talvez digam que uma coisa assim não poderia
acontecer nunca, mas essas pessoas que trabalhavam no muro eram seres humanos exatamente iguais a
nós. Eram influenciadas pelas pessoas ao seu lado. Tropeçavam em pedras e machucavam os dedos. No
meio de sua luta e trabalho, tinham um relacionamento interessante com os seus amigos. Mas o muro
subia e permaneceu por muitas gerações porque Neemias teve a capacidade de delegar responsabilidades
àqueles que podiam executar pequenas porções do trabalho.
Um dos motivos principais do fracasso em nossas igrejas e que os dirigentes não colocam as pessoas
certas nas tarefas certas. Não conhecem as tarefas nem entendem o que
envolvido nelas.
Um pastor tem a responsabilidade de conhecer e compreender as responsabilidades na Escola
Dominical, incluindo todos os departamentos. Ele deveria entender as responsabilidades dos tesoureiros
e diáconos para poder fazer uma exposição de tarefas, determinando o que tem de ser feito. Ele deveria
ser capaz de explicar àqueles que vão trabalhar com ele o que têm a fazer e como devem fazê-lo.
O pastor também deveria compreender o seu povo. Talvez os pastores creiam que qualquer pessoa na
igreja pode realizar qualquer tarefa. Mas não é assim. Deus colocou pessoas na igreja para a execução de
tarefas especiais. Deu- lhes certa capacidade na realização de tarefas específicas. O pastor não pode
conceder capacidade às pessoas; ele apenas conhece a capacidade delas e pode colocá-las no lugar certo.
Muitas vezes, as pessoas sentem-se frustradas e perturbadas porque não estão fazendo um trabalho que
poderiam executar com perfeição. Ë responsabilidade de o pastor ajudar essas pessoas a se colocarem na
execução de tarefas nas quais se sintam à vontade e que possam executar mais proveitosamente para a
Sua honra e glória. Isto pode exigir muita pesquisa, exame, avaliação e movimentação de pessoas; mas,
no final de tudo, terá valido à pena.
Em muitas igrejas, o pastor simplesmente pega uma revista de Escola Dominical e fica no saguão da
igreja à procura de alguém que possa lecionar uma classe. Entrega a revista a qualquer um que parece
estar alerta e lhe pede que dirija a classe. Essa pobre pessoa, geralmente despreparada e incapaz de
lecionar, é a vítima de outra tragédia espiritual.
Capítulo 10
NÃO DESISTA!
Texto Bíblico: Neemias 6: 15-8: 18.
Versículo para Memorizar: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há
de completá-la até ao dia de Cristo Jesus” (Fp 1: 6).
As estatísticas de nossas igrejas revelam uma grave falta de apoio aos novos convertidos. Muitas
decisões para Cristo são registradas, mas o que fica na rede do rol de membros da igreja é muito pouco.
Não há um apoio adequado nem doutrinamento para os novos convertidos. Aqueles que fazem decisões
ficam perdidos para as nossas igrejas porque não são visitados, assistidos, doutrinados.
Mesmo os gálatas já sofriam desse mal. Paulo os exortou em Gálatas 3: 1-3: “Ó gálatas insensatos!
Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero
apenas saber isto de vós:
recebestes o Espírito pelas obras da lei, ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo
começado no Espírito, estejais agora vos aperfeiçoando na carne?” Sem o devido apoio aos novos
convertidos, desperdiça-se grande parte de esforços.
O Apóstolo Paulo foi zeloso quanto à sua própria capacidade de dar apoio. Em! Coríntios 9: 24-27, ele
lembra os leitores de que nem todos que correm recebem o prêmio. Apenas aqueles que correm bem e
perseveram na corrida estão capacitados a vencer. Então, refletindo em sua própria vida cristã, ele disse:
“Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o
meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser
desqualificado”. Começar bem não basta. E preciso que haja um contínuo prosseguimento da vitória
inicial, ou o terreno ganho logo será perdido novamente.
Completando a tarefa (Ne. 6: 15-19).
Com equipamento sofisticado e tecnologia de alta potência, é preciso um ano para a construção de um
“Shopping Center”. Neemias, usando ajuda de leigos, sem ferramentas poderosas, completou a
construção dos muros de Jerusalém em cinqüenta e dois dias.
Muitas pessoas têm dito que seria impossível reconstruir 3,2 quilômetros do muro em tão curto período.
Uma combinação de fatores tornou-o possível. Quase todo o material para o projeto já se encontrava no
local. A obra foi bem distribuída entre pessoas qualificadas e os operários trabalhavam perto de suas
casas. Trabalharam muitas horas com dedicação fora do comum. Grande parte do muro não estava
completamente derrubado, e outras partes estavam sem dúvida, completamente intactas.
A reação do povo da terra foi negativa, exceto que reconheceram seu fracasso e perceberam que a obra
fora realizada pelo Deus dos judeus. Tobias não esqueceria todo o ódio que sentia por Neemias e os que
simbolizavam o sucesso de Neemias. De acordo com Neemias 6: 18, Tobias era “genro de Secanias,
filho de Ará; e seu filho Joana se casara com a filha de Mesulao, filho de Berequias”.
Tendo Tobias se casado com uma judia, alguns dos judeus sentiam que lhe deviam fidelidade e
conversaram com ele sobre Neemias. Depois falaram com Neemias sobre as boas obras de Tobias, na
tentativa de fechar a brecha que havia entre os dois homens, numa reconciliação. O coração de Tobias
não era justo. Ele não tinha lugar na comunidade judia. Seus motivos eram destrutivos, e ele usou sua
influência de família para proveito próprio na sua tentativa de intimidar Neemias.
A igreja precisa ter muito cuidado para não permitir
Capítulo 11
EM PASSO COM DEUS
Texto Bíblico: Neemias 9: 1-12:47
Versículo para Memorizar: “Levantando-se no seu lugar, leram no livro da lei do Senhor seu Deus
uma quarta parte do dia; em outra quarta parte dele fizeram confissão, e adoraram ao Senhor seu
Deus” (Ne. 9: 3).
Neemias 9-12 registram um dia extraordinário na experiência do remanescente que voltou à terra de
Judá. Eles completaram a tarefa monumental de levantar os muros e voltaram-se para a Palavra de Deus
em busca de orientação e conforto. A Festa dos Tabernáculos fora restaurada com muita alegria. Agora,
aguardavam a dedicação dos muros e o estabelecimento do culto e do trabalho na cidade santa.
Preparativos e consagração (Ne. 9: 1-38)
No dia vinte e quatro do sétimo mês do ano, reuniram- se vestidos de pano de saco e terra sobre si para
jejum e oração. Separaram-se do povo que os cercava, puseram-se de pé e confessaram os seus pecados.
Depois leram a Palavra de Deus juntos. Um quarto do dia liam a Palavra, para que Deus lhes falasse, e o
outro quarto passaram confessando os pecados e adorando o Senhor seu Deus. Foi um modelo excelente.
Deus lhes falava através de Sua Palavra, e eles falavam com Deus através de sua confissão e adoração.
Muitas pessoas oram todos os dias: quando se levantam de manhã, antes de cada refeição e, à noite,
antes de dormir. Também procuram a Deus pedindo orientação especial através do dia. Mas nunca
reservam tempo para a leitura da Palavra para que Deus possa falar-lhes. A revelação especial de Deus
ao homem é a Bíblia. É importante que a Bíblia seja lida e entendida. Segundo Reis 22 nos diz que
Hilquias, o sumo sacerdote, encontrou o Livro da Lei no Templo durante o remado de Josias. Levou-o
ao rei para lê-lo.
Josias ouviu as palavras que penetraram em seu coração. Rasgou suas roupas e imediatamente buscou ao
Senhor. Como resultado, houve um dos maiores reavivamentos de todos os tempos.
As orações de um cristão devem ser enunciadas sob a orientação das Escrituras. Muitos cristãos oram
pedindo coisas absurdas. Pedem a Deus objetivos ou experiências que a Sua Palavra declara que elas
não podem ou não devem ter. Que conversa ridícula deve ser essa entre Deus e o crente que lhe fala, dia
após dia, sobre o seu desejo de ter alguma coisa que a Palavra de Deus tem clara e enfaticamente lhe
negado o privilégio de possuir. Deus deve ficar, lá no céu, perplexo diante do egoísmo, da ignorância e
do atrevimento dos homens que continuamente confessam o Seu nome e o adoram sem entender
exatamente a Sua mensagem escrita para eles.
Enquanto os judeus confessavam e adoravam, diversos dos levitas subiram nas escadas que davam para
a rua e começaram a clamar em alta voz ao Senhor seu Deus. Suas palavras ficaram registradas em
Neemias 9:5-38. Eles clamaram ao povo para que se levantasse e louvasse o Senhor para sempre.
Depois de exortar o povo a que se lhes unissem, eles recordaram a interação de Deus com o Seu povo
desde os dias de Abraão até aquele dia. Falaram do Seu poder e interesse pessoal neles. Falaram sobre
sua própria desobediência e do juízo e misericórdia de Deus. Quando concluíram seu grande louvor a
Deus, colocaram-$e sob o holofote de Sua misericórdia e graça, confessando seu pecado e implorando
que os abençoasse e se compadecesse deles.
Com base no que recapitulamos sobre Deus, sua nação e eles mesmos, prepararam-se para fazer uma
aliança honesta com Ele. Fizeram um voto com base no que entenderam da interação de Deus com Israel
no passado. Concordaram
em ser fiéis a Ele nas diversas áreas de seu comportamento pessoal e social a fim de receber as bênçãos
de Deus no meio deles. Através do estudo da Palavra de Deus e uma revisão de suas vidas,
compreenderam que a justiça exaltaria sua nação e o pecado significaria destruição e cativeiro.
Este padrão de revisão das obras operadas por Deus no passado, em um sermão, foi também usado pelos
pregadores do Novo Testamento. No primeiro sermão de Pedro, ele fez extensivas referências a Davi
antes de concluir sua mensagem, ocasião em que o povo sentiu-se tocado em seus corações e atendeu ao
convite de Pedro ao arrependimento. Estevão recordou muito da história de Israel, mostrando a interação
de Deus com eles, quando pregou diante do Sinédrio. Quando recordou as glórias de Deus e a
depravação do povo, seus ouvintes sentiram-se tocados.
Deus é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Podemos predizer Sua reação para com o nosso pecado,
vendo como Ele reagiu com os pecados das gerações passadas. Os pregadores fazem bem em usar
ilustrações bíblicas em seus sermões, mostrando como Deus lidou com justiça para com a humanidade
pecadora. Produz convicção e transformação porque o Espírito de Deus usa as Escrituras como alavanca
para levar os corações ao arrependimento e fazer novas alianças com Deus.
As palavras do Senhor a Salomão, em II Crônicas 7: 14, têm servido para convencer e modificar
multidões de corações: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e
se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a
sua terra”.
O ato da consagração (Ne. 10: 1-39).
A leitura e a recordação da Palavra foi poderosa. O povo ficou preparado para assinar uma aliança.
Disseram: “Estabelecemos aliança fiel, e o escrevemos; e selaram-na os nossos príncipes, os nossos
levitas e os nossos sacerdotes” (Ne. 9:38). O capítulo 10 registra essa aliança junto com aqueles que a
selaram. Essas pessoas foram tão sérias no que fizeram que estiveram prontas a assinar um compromisso
detalhado sobre como viveriam suas vidas. Segue-se uma lista das coisas sobre as quais concordaram:
1. Concordaram em obedecer a todos os mandamentos do Senhor (Ne. 10: 29).
2. Não permitiriam que seus filhos se casassem com os habitantes da terra (10: 30).
3. Não comprariam nem venderiam no dia do sábado
(10: 31).
4. Deixariam aterra descansar no sétimo ano (10:3 1).
5. Observariam a lei referente às dívidas (10: 31).
6. Separariam o terço de um ciclo para o serviço do Templo (10: 32).
7. Concordaram em tirar a sorte para determinar quem traria lenha para ser queimada sobre o altar (10:
34).
8. Concordaram em oferecer as primícias das colheitas e das árvores frutíferas de ano em ano. Também
dedicariam os primogênitos dos filhos e do gado de acordo com a lei de Moisés (10: 35, 36).
9. Concordaram que dariam seus dízimos aos levitas inclusive do trigo, do vinho e do azeite (10: 37-39).
Muitas igrejas locais têm pactos que os membros devem assinar. Seria sábio recordar esses pactos para
ver se a sua vida está de acordo com as promessas feitas neles. Tais promessas constituem uma
expressão válida de compromisso com Deus e não devem ser relaxadamente esquecidas como coisa sem
importância.
Cada homem no seu lugar (Ne. 11: 1-36)
Com base nas informações conseguidas na terra, como também sobre a localização desta, fez-se um
pedido para tirar a sorte a fim de que uma em cada dez famílias pudesse mudar-se para Jerusalém.
Depois que todos já se encontravam no seu devido lugar, fez-se um registro exato do local de habitação
de cada pessoa na terra. Novamente nossa atenção é chamada para o fato de que a manutenção de
registros é essencial.
Recordando o sacerdócio (Ne. 12: 1-26)
A longa lista dos sacerdotes registrada em Neemias, capítulo 12, inclui apenas aqueles sacerdotes e
levitas que foram para Jerusalém com Zorobabel, muitos anos antes, junto com os seus descendentes no
tempo de Neemias, o governador de Jerusalém. O registro simplesmente mostra a genealogia do
sacerdócio. Era imperativo que cada sacerdote fosse capaz de traçar sua genealogia para poder servir.
Nenhum sacerdote renegado poderia participar do ministério do Templo.Este registro era importante
como um passaporte ou o visto é para o viajante, ou como uma certidão de nascimento para um
indivíduo que deseja provar quem é. O sacerdote não podia exercer suas funções sem ela.
Da mesma maneira, um homem ou uma mulher que deseja servir ao Senhor não pode fazê-lo sem o
testemunho do Espírito Santo de que nasceu de novo.
Dedicando os muros (Ne, 12: 2743)
Tudo estava em ordem para o grande dia da dedicação. Os judeus tinham se separado do povo ímpio de
suas comunidades, tinham confessado os seus pecados, tinham lido as Escrituras e tinham ouvido as
fervorosas pregações. Fizeram uma aliança com Jeová de que seriam obedientes à lei. Foram feitas listas
exatas de todo o povo responsável. Estabe1eceu-os um sacerdócio genuíno. Nada poderia impedir a festa
da celebração piedosa e da dedicação dos muros de Jerusalém
Os músicos com seus instrumentos e os cantores juntaram e de Jerusalém e todos os arredores. Os
sacerdotes e levitas purificaram-se em preparação para seu ministério.
Os príncipes de Judá e os filhos dos sacerdotes — com trombetas e instrumentos musicais de todos os
tipos — subiram as escadas da cidade até a parte superior do muro.
Dividiram-se em dois grandes grupos, colocaram-se um diante do outro, dando graças e regozijando-se
diante do Senhor. Neemias e Esdras estavam presentes sobre o muro para esta ocasião especial de
gratidão ao Deus do céu e da terra. Mães, pais e filhos, todos se regozijavam tanto que o barulho foi
ouvido por cima das colinas do lado de fora dos muros.
Momentos de dedicação cheios de alegria são experiências que não se esquecem nunca. A dedicação de
um órgão ou de um templo são ocasiões especiais para o povo que fez esforços para a sua compra ou
construção. A dedicação ao Senhor substitui a satisfação egoísta de uma realização por um propósito
santo de que o instrumento ou edifício podem ser usados para a glória de Deus.
Não há nada tão precioso como uma reunião do pai com a mãe na maternidade depois do nascimento da
criança. A alegria e o entusiasmo de tão maravilhosa criação de Deus é irresistível. Como é maravilhoso
inclinar a cabeça junto com a mãe e o pai dedicando a criança recém-nascida ao Senhor Jesus Cristo
para que seja usada como Deus quiser. É igualmente excitante ver aqueles mesmos pais pedindo a Deus
ajuda para criar aquela criança, guardá-la, protegê-la e torná-la produtiva como serva de Deus. É uma
alegria ouvi-los simplesmente dedicando-se a si mesmos como guardiões ou responsáveis daquela vida
jovem, para nunca dizer ou fazer alguma coisa que possa prejudicar ou desiludir aquela criança. Esses
cultos informais de dedicação são experiências inesquecíveis.
Da mesma maneira, um homem de negócios precisa dedicar seus negócios ao Senhor, urna dona de casa
o seu lar, uma criança o seu quarto, uma congregação a sua igreja, um pastor o seu púlpito e um
carpinteiro a sua banca. Cada um deveria ser dedicado ao Senhor para servi-lo e ser usado por ele.
Quando Deus se encontra em nossos filhos, em nossos lares, em nossas igrejas e em nosso trabalho,
porque nós os dedicamos a Ele, serão usados por Ele de maneira sobrenatural para ganhar os perdidos e
edificar santos.
Restaurando a ordem do Templo (Ne. 12: 4447)
Conclusão da a dedicação, foi necessário que algumas questões referentes ao Templo e sua ordem
fossem resolvidas. Nesse Templo, como também no Templo de Salomão, diversas salas foram separadas
para servir de despensas para as ofertas do Templo, as primícias e os dízimos dos campos. Quando esses
artigos eram levados ao Templo, eram simplesmente colocados naquelas salas e guardados para uso
futuro.
Era necessário que fossem designadas pessoas para administrar aqueles depósitos a fim de que os
dízimos pudessem ser recebidos e distribuídos entre os sacerdotes e os levitas que tinham o direito de
usá-los para o seu sustento.
Durante o cativeiro, os sacerdotes e os levitas tiveram de trabalhar nos campos como toda gente. Não
foram sustentados pelas ofertas dos judeus. Anos depois de seu retorno a Jerusalém estavam novamente
dependendo das ofertas dadas por seus irmãos. Certamente aquele foi um período de renovação de fé e
consagração a Deus para aqueles homens, quando deixaram de lado suas ferramentas, voltaram dos
campos e passaram a depender completamente dos outros para se vestir e comer.
Todo Israel foi fiel ao compromisso assumido. Todos trouxeram porções destinadas aos sacerdotes e
levitas, para os cantores e outros músicos, todos os dias. Santificaram as coisas santas que pertenciam
aos levitas e as separaram para uso exclusivo deles.
Ë esta altura, parecia que a obra de Neemias chegara a um fim frutífero e próspero. Tudo estava em
ordem. Ele terminara a sua carreira com alegria. Mas, o restante do Livro de Neemias registra a triste
história dos anos seguintes. Veremos que o povo de Deus está sujeito a se desviar; seu
entusiasmo se desvanece; sua energia some e sua dedicação se evapora. Sem uma contínua dependência
do Pai Celestial os filhos de Deus se esquecem dos votos de ontem e caem na armadilha de Satanás.
Martinho Lutero disse-o bem na letra do hino “Castelo Forte É Nosso Deus”.
Capítulo 12
QUANDO O POVO DE DEUS SE DESVIA
Texto Bíblico: Neemias 13: 1-31.
Versículo para Memorizar: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina, continua nestes deveres; porque,
fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1 Tm. 4:16).
Um despertador fiel pode viajar com você pela face da terra e consistentemente vai acordá-lo se você lhe
der corda e o acertar direitinho, O maior perigo está em você se descuidar dele, deixando de dar corda ao
alarme. Aí ele passa da hora em que você queria acordar sem dar sinal de vida.
O povo de Deus é muito parecido. Leva algum tempo para gastar a sua corda, mas depois esquece-se de
renová-la. Ë por isso que Deus deu a Sua Palavra escrita como fonte objetiva de revitalização e poder.
Foi por isso também que Ele deu pastores-professores à igreja para lhe pregar a imutável Palavra e para
exortar os seguidores do Rei dos reis a serem fiéis ao seu Senhor, mantendo sua formação de marcha.
Embora Neemias reconstruísse os muros de Jerusalém, os dedicasse e restabelecesse a cidade, no foi
garantia suficiente para o povo no se desviar de Deus. Ele chegou a Jerusalém no ano vigésimo do Rei
Artaxerxes para começar sua obra. Doze anos depois, de acordo com Neemias 13: 6, no trigésimo
segundo ano de Artaxerxes ele retornou à Pérsia por algum tempo. Sua influência deixou de ser sentida
na cidade. O povo esqueceu os seus votos. A situação começou a deteriorar. Alguns anos depois, quando
Neemias retornou a Jerusalém, encontrou a cidade em condições desprezíveis. O último capítulo de
Neemias registra alguns dos problemas e como Neemias os resolveu quando voltou à terra novamente.
Capítulo 13
OLHANDO PARA OS DOIS LADOS
Texto Bíblico: Daniel 2: 149.
Versículo para Memorizar: “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de
mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção
de filhos” (Gl. 4: 4, 5).
Terminando este livro, vamos voltar os olhos sobre Esdras e Neemias para avaliar os personagens
principais destes dois livros. Vamos examinar juntos as qualidades de liderança de Zorobabel, Esdras e
Neemias. Eles servirão de lâmpada no caminho desta revisão.
Relembrando
Zorobabel foi o primeiro grande líder que levou um grupo de judeus da Pérsia para Jerusalém num
esforço de reconstruir a cidade e restaurar a terra depois de setenta a- nos de cativeiro na Babilônia. Sete
características notáveis fizeram de Zorobabel um grande líder.
1. Outros o reconheceram como um grande líder (Esdras 2: 2). Depois de convocar os voluntários,
Zorobabel veio à tona como aquele que poderia levar o grupo dos judeus a Jerusalém. Não temos
registro de como ele foi escolhido, mas fica visível no texto que ambos, Artaxerxes e o povo da terra,
viram nele aquelas características que o qualificariam para o trabalho. A liderança sempre é
reconhecível. Em Atos, capítulo 6, quando surgiu a dificuldade referente às viúvas, os Doze Apóstolos
disseram aos discípulos: “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, Iieios do
Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço” (Atos 6: 3). Eles presumiram que as
qualidades de liderança necessárias ao desempenho da responsabilidade do diaconato seriam notadas
pelo povo da igreja. Isso aconteceu também com Zorobabel.
2 Ele participou pessoalmente da obra (Esdras 3: 2). Depois que 50.000 pessoas chegaram a Judá e se
estabeleceram nas cidades, Zorobabel determinou que era hora de começar a edificar um altar. Esdras
3:2 nos informa: “Levantou Jesua, filho de Jozadaque, e seus irmãos, sacerdotes, e Zorobabel, filho de
Sealtiel, e seus irmãos, e edificaram o altar do Deus de Israel, para sobre ele oferecerem holocaustos.
como está escrito na lei de Moisés, homem de Deus”. Ele não teve medo de envolver-se pessoalmente na
obra.
3. Ele delegou responsabilidades (Esdras 3:8). Quando a obra dos alicerces do Templo começou,
Zorobabel e seus companheiros designaram os levitas de vinte anos para cima para prosseguir na obra da
casa de Deus. Embora fosse capaz e tivesse vontade de trabalhar, ele sabia que o trabalho jamais poderia
ser realizado só por ele e os outros líderes. Para ser feito, tinha de ser distribuído entre o povo.
4. Ele manteve a separação (Esdras 4: 1-3). Zorobabel não se comprometeu com os samaritanos que
vieram oferecendo-se para ajudar na obra da reconstrução. Alguém já disse: “A posição lá em cima é
solitária”. Zorobabel demonstrou suas qualificações de líder pela sua prontidão em separar-se e ao seu
povo das influências do mundo à sua volta
5. Ele enfrentou a perseguição (Esdras 4:4). Quando o povo da terra perturbou os judeus com
intimidações e perseguições, ele continuou trabalhando na construção até que, finalmente, agiram
legalmente contra ele.
6. Ele reconheceu sua responsabilidade no atraso da obra devido à legislação do rei da Pérsia (Esdras 4:
23, 24). Embora seu primeiro compromisso fosse com Deus e o término da construção do Templo, não
ignorou a necessidade de obedecer às leis do seu rei. Uma das marcas de um grande líder é que ele
aceita a hierarquia da autoridade e joga de acordo com as regras.
7. Embora fosse impedido por algum tempo, foi reanimado pela Palavra de Deus e terminou o Templo
depois de quatorze anos após o seu início (Esdras 5: 1, 2, 15). Zorobabel não perdeu de vista o propósito
principal de sua presença em Jerusalém e fez uma segunda tentativa de completar o Templo. Depois de
ser entrevistado por Tatenai, o governador, e avaliado por Artaxerxes, finalmente pôde alcançar o seu
alvo. Zorobabel foi líder em todo o sentido da palavra. Embora não tenhamos oportunidade de avaliar
sua capacidade de planejamento, vêmo-lo liderando o povo na realização da tarefa que ele resolveu
executar para Deus.
4. Ele localizou com precisão sua tarefa e estabeleceu um limite de tempo apropriado para sua realização
(Ne. 2:4-6).
5. Ele delegou responsabilidades a outras pessoas em lugar de empenhar-se em sua realização sozinho
(Ne. 3: 1-32).
6. Ele tinha a capacidade de enfrentar a crítica e a conspiração. Ele não era facilmente logrado pela
astúcia ou malícia.
7. Ele foi capaz de manter um relacionamento harmonioso com os operários e motivá-los a que se
ajudassem mutuamente, como também a que dedicassem energia e tempo assombrosos á sua tarefa.
8. A notável característica de liderança de Neemias é que ele estava interessado e era capaz de lidar com
os pequenos detalhes de suas tarefas. Disraeli disse certa vez: “Eu quero energia naqueles pequenos
assuntos dos quais a vida consiste principalmente” O desprezo do trivial é causa de muita fraqueza.
Espontaneidade abundante e energia transbordante jamais tomam o lugar do interesse íntimo dos
pequenos detalhes pouco interessantes da vida. Com muita freqüência, o fracasso dos grandes homens
pode ser lançado sobre uma característica falta de interesse nos detalhes.
Muitos grandes homens que atingem uma esplêndida perfeição em seu trabalho e cujas vidas são
triunfos, não consideram nenhum detalhe trivial demais. A vida não pode constituir-se só de coisas
interessantes e bombásticas. Grande parte dela envolve o que é necessariamente velho e sem graça. Os
grandes líderes estão prontos a enfrentar o trabalho enfadonho e detalhado. Eles não desprezam as
pequenas coisas e não ficam impacientes quando têm de fazer as coisas corretamente
Os pregadores gostam de falar em generalidades e omitir os detalhes do ministério. Eles engrandecem os
maravilhosos acontecimentos que ocorreram nos altos das montanhas, e geralmente ficam fascinados
pelo romance do que é majestoso. Mas Deus não confinou a Sua revelação àquela espécie de coisas.
Geralmente é nos trechos sem graça, enfadonho e monótonos da vida que Deus fala com os homens e
mostra-lhes a Sua glória. O poder de examinar atentamente as coisas que não são interessantes produz a
glória de Deus e confere as recompensas que os líderes buscam.
Examinamos três grandes líderes, todos gigantes, com nenhum registro de pecado ou fracasso em suas
vidas. Que Deus nos ajude a cada um de nós moldar nossas vidas segundo estes superiores servos do
Deus Altíssimo.
Antecipando
Concluindo o Velho Testamento, Deus permitiu que as trevas cobrissem a Judéia até que a voz brilhante
de João Batista foi ouvida no deserto pregando o arrependimento e a vinda do Rei. Este período de
tempo geralmente é chamado de quatrocentos anos de silêncio.
A queda da Pérsia (333 A.C.)
Depois da morte de Artaxerxes em 423 A.C. , o poder da Pérsia diminuiu. Durante os últimos anos do
império persa, os judeus continuaram vivendo em Judá, como no tempo de Esdras e Neemias. O conflito
com os Samaritanos, ao norte, continuou.
O período grego (333-63 A.C)
Em 333 A.C. , um brilhante e jovem general chamado Alexandre subiu ao poder na Grécia. Ele foi capaz
de dominar as rebeliões do seu reino e logo marchou através da Ásia Menor, conquistando a maior parte
do Oriente Médio. Jadua, o sumo sacerdote de Jerusalém, recebeu Alexandre e lhe mostrou a profecia de
Daniel sobre o bode (Dn. 8). Ficou tão impressionado com a profecia que fez um voto de ser bondoso
para com Jerusalém e os judeus, jamais permitindo que fossem destruídos. Depois de sua morte, reinou a
confusão na Palestina. O Egito e a Síria lutaram pela posse da terra durante muitos anos. A maior parte
do tempo os Ptolomeus reinaram sobre Israel, permitindo-lhes viver em paz e adorar a Deus como 1
Que seis livros do Velho Testamento foram escritos de- queriam. Em 170 A.C. , Antíoco Epifânio subiu
ao poder. Pois do cativeiro da Babilônia? Ele era um homem violento que profanou o Templo e o
sacerdócio e saqueou Jerusalém. Ele perseguiu os judeus. Muitos deles morreram de fome ou foram
assassinados. Os judeus revoltaram-se contra Antíoco sob a liderança dos Macabeus e, finalmente, foram
capazes de restaurar o culto no Templo novamente.