Capítulo 4

O novo protocolo

Fazem dez minutos desde que o fogo começou, Rose tirou seu paletó por conta do calor
extremo, agora ela estar sentada ao lado da porta, de camiseta regata e suada, no canto mais
distante possível do fogo.

- Que inferno, os detectores de fumaça tinham que ficar tão longe? Malditos engenheiros
(Dando uma pequena risada).

Preciso fazer algo, já!

Rose levanta rapidamente e olha ao redor, não tem muita coisa entre a porta e a parede de
chamas, apenas o encanamento que fornece o gás.

Talvez se eu entortar o cano que está saindo o gás, ele possa abrir uma brecha de passagem!

Rose enrola sua mão com o paletó para evitar o calor. Ela aproxima-se do cano, o ar quente
está insuportável, estende sua mão o máximo possível para manter seu rosto longe das
chamas. Ao tocar, o cano estava mais quente que Rose previa, levando uma leve queimadura
no dedo e derrubando uma parte do paletó no fogo. Rapidamente o puxa apagando o fogo.
Nisso, ela vê que o tecido queimado gerou uma quantidade considerável de fumaça.

É isso!

Sem pensar duas vezes, rose joga seu pesado paletó nas chamas, criando uma nuvem negra de
fumaça que subia a rampa até a parte de cima do refeitório, atingindo com êxito os detectores
de fumaça.

Atenção, incêndio detectado no refeitório, saída de emergência obrigatória pela rampa,

obrigado!

O alarme de incêndio cortou o fornecimento de gás, água, energia e qualquer coisa que
pudesse alastrar o suposto “Fogo”. Mas a porta de saída mantinha-se fechada, pois o
protocolo de quarenta ainda estava em rigor.

As chamas param rapidamente, o metal do chão ainda está bastante quente...

- Não tenho tempo, o garoto estar só!

Com seus saltos na mão, Rose prepara um pulo digno de uma atleta olímpica. Ela dispara com
um impulso formidável.

Sucesso!

Caindo no outro lado, rolando no chão. Rose estava feliz por ter escapado; até lembrar que a
mulher sorridente ainda poderia estar lá encima. Olhando apreensiva e imóvel, não queria ir.

Hora vamos! Você é melhor que isso sua velha! Treinada em diferentes artes de lutas, você é
uma máquina de matar, aquela coisa não tem a menor chance! Além do mais, você ainda tem
uma arma... (A consciência estar a falar com Rose).

Pulando em um só pé, Rose coloca seus saltos.

Com calma sobe a rampa até o refeitório. Entrando, ela abaixa-se, andando lentamente entre
as cadeiras e por baixo das mesas.

Corpos mutilados estão espalhados aos montes pelo chão. O sangue escorrido toma conta do
piso. Rose não se importa muito, sempre foi durona.

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Grunhidos e som de mastigação.

Droga essa filha da puta estar aqui.

Com cautela, Rose vai emergindo sua cabeça entre as mesas. Estar muito escuro, o alarme de
incêndio cortou até às luzes de emergência. Olhando cuidadosamente para todos os lados, não
consigo vê-la...

Aí estar você!

A mulher sorridente estava agachada, selecionado alguns órgãos das últimas mulheres do
refeitório e comendo. Rose estar a observar, deduzindo o que teria acontecido por só ela não
ter sido atingida. Não demorou muito, pois só ela poderia ter uma individualidade que
dificilmente alguém poderia ter; pulmões artificiais, projetados para expelir qualquer
contaminação que entrar no corpo pelas vias respiratórias.

- Então essa coisa contamina o ar...

Rose derruba uma colher.

Repentinamente a mulher sorridente levanta a cabeça e olha diretamente para Rose.

Droga!

A mulher sorridente corre mancando, num estilo grotesco em sua direção. Rose entra
rapidamente embaixo de uma enorme mesa de jantar fincada ao chão. A criatura para em
frente a mesa, lentamente abaixa-se e com seu sorriso sádico, encara Rose.

Seu coração dispara, a criatura tenta entrar, mas seus braços e mãos são enormes. Então ela
coloca seu braço na tentativa de apanhar Rose. Sem sucesso.

Subitamente a coisa salta em cima da mesa.

Rose agora estava acompanhando seus passos através do som da mesa metálica vindo em sua
direção.

Ela sabe que estou aqui! Preciso engatinhar para o sentido oposto.

Lentamente, Rose vai em direção da criatura, logo, ambas irão se cruzar. Ela para subitamente
durante a passagem de Rose.

De bruços, Rose também para. Seus olhos estão trêmulos, engolindo seco.

Uma enorme garra perfura a mesa.

Rose desvia da investida, e logo, mais perfurações acontecem para tentar mata-la.
Engatinhando rápido, ela tenta sair debaixo da mesa, sendo seguida por enormes garras.
Quando estar próxima da ponta da mesa, as garras fincam em sua frente. Rose volta, caindo
de bunda para desviar.

Rose olha para cima, e através das perfurações, a mulher sorridente estava a observar com
seus olhos negros. Não havia mais escapatória.

Com um leve movimento de chute, Rose ativa uma lâmina que sai do seu salto. Curvando-se
habilmente, ela chuta a lâmina no olho da criatura, que começa a gritar de dor.

Saindo debaixo da mesa, Rose começa correr sem rumo...

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As luzes ascendem, a estação estar operante novamente.

Atenção, a contenção da quarentena falhou. Protocolo Napalm iniciado.

O que? A estação estar operante novamente? Então a porta de saída...

Rose vira-se em direção a rampa, a porta antes lacrada, agora estar aberta. Irritada, a criatura
começa a persegui-la.

Uma corrida frenética se inicia. Rose joga seus saltos para obter vantagem. Mas a criatura
também é bem rápida. Ambas saem do refeitório e chegam no hangar da maquete. Com toda
velocidade que vinha, Rose pula na grande maquete da estação e começa escalar o que seria a
zona hospitalar. A criatura chega em seguida, olhando rose chegar ao topo. Com sua cara
sorridente, ambas se encaram. Ao tentar escalar, a criatura é surpreendida por androides que
começam a atacar.

Androides atacando? Pensei que isso não pudesse existir. Eles são criados para satisfazer
nossas necessidades.

A mulher sorridente começa a trucidar um androide, mas sem ver, outro a agarra por trás, e
das mãos, emerge um enorme espeto que fica na barriga da criatura, fazendo a gritar de dor.

Mais androides aproximam-se, a criatura não tem escolha a não ser se retirar o mais rápido
possível.

Rose assistia tudo de cima, excitada por estar a salvo.

Agora já posso descer.

Ao colocar uma perna para iniciar a descida, algumas pessoas escondidas logo abaixo no
recinto aparem para comemorar. Rose para a descida, e volta a observar.

- Isso aí latas de lixo! Estamos salvos graças a vocês! (Um homem pondo o braço sobe o
pescoço do androide).

O androide vira repentinamente seu rosto para de ficar cara a cara com o homem. Aos poucos,
as pessoas percebem que os olhos dos androides, que outrora era similar ao humano, agora
estavam completamente brancos e brilhantes.

O homem para de sorrir, e antes que pudesse tirar seu braço, o androide pegá-lo pela cabeça,
levantado do chão com uma mão só. Todos no recinto estavam apavorados e sem entender,
nunca tinham visto tal comportamento.

O homem começa a gritar de dor, a mão do androide machucava seu rosto. E na velocidade de
um tiro, o espeto da mão perfura a cabeça do homem, o matando instantaneamente. O
androide joga o corpo morto com os olhos revirados de lado e parte em direção aos outros
sobreviventes.

Rose assistia tudo abaixada para não ser vista lá de cima. Não estava acreditando que
androides poderiam fazer isso, muito menos estarem o tempo inteiro com armas brancas
dentro do braço, era contra as diretrizes planetárias! Subitamente sua ficha cai...

- Então esse é o protocolo Napalm...

- Matar qualquer coisa que se mexer.

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Cansada de ver a morte, Rose deita-se de barriga para cima e fecha os olhos, até os gritos do
genocídio pararem. Repentinamente ela arregala os olhos.

-Chin!

Ele estar correndo mais perigo ainda!

Em seguida o sentimento de tristeza toma conta do seu corpo.

Quem eu quero enganar, ele é só uma criança, deve estar morto uma hora dessas... Não! Não!
Rose! (Colocando sua cabeça entre as pernas e mãos na cabeça). Você tem que acreditar!
Minha história não vai se repetir! Prometi que enquanto viver, iria protegê-lo!

Confiante, Rose levanta.

Preciso chegar na ponte de comando! Irei usar os detectores das câmeras para encontrá-lo.
Por lá ainda posso buscar ajuda de como parar os androides.

Rose desce com cuidado, dando um pequeno pulo no chão. Olhando para os lados, não haviam
sinais de perigo. Ela adentra a porta que leva a zona habitacional sul, após, estava a ponte de
comando.

Ela chega ao corredor bifurcado, em sua direta estava a enorme porta de acesso para zona
habitacional Sul, e seguindo mais a frente, a ponte de comando.

Escondida contra a parede, havia um problema. Androides estão na porta da zona sul tentando
entrar para matar humanos, que tapavam a passagem com móveis e objetos pesados.

Tenho uma ideia, um pulso eletro magnético talvez os desabilitassem por um curto período de
tempo, o suficiente pra passar correndo entre eles.

Em uma leve memória, Rose lembra das suas aulas na enorme mansão do empreiteiro, em que
aprendia todo tipo de “Vantagens” para ser a guarda costas perfeita. Um dos seus professores,
senhor Yushiro, de tecnologia, a ensinava como desativar eletrônicos em área com uma bomba
eletromagnética caseira.

Os seguintes itens vinham em sua mente:

• Uma Hiper bateria

• Fio de cobre
• Papelão
• Flash de qualquer aparelho celular
• Fita isolante
• Núcleo de ferro
• Chave elétrica
• Solda e ferro de soldagem
• Antena

Rose volta e olha um mapa na parede da região.

- Aqui!

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O novo protocolo

Apontando para o setor de engenharia mais próximo. Virando a direita no corredor e chegando
no final dele, desce uma escada circular, até uma porta com o nome “Somente funcionários”.
Ela adentra.

Na engenharia, Rose pega todos os materiais necessários. Sentando no chão com as pernas
cruzadas, ela monta a bomba.

- Parfait! (Rose admira a bomba).

Ela volta ao corredor bifurcado, jogando a bomba que sai deslizando no chão até parar no pé
de um androide, que para de atacar as pessoas e olha a bomba. Após alguns segundos ela
explode. Causando uma enorme anomalia eletromagnética em área, desativando os androides.

Rose dispara em linha reta com toda velocidade, passando pelos androides e as pessoas que
estavam tentando entender o que tinha acontecido. Aproveitando a situação, as pessoas saem
da zona sul em sentido oposto da Rose.

- Valeu aí moça! (Agradece uma adolescente, virando-se enquanto corria).

Nesse momento os androides começam a inicializar. Rose da um leve tropeço de medo para
trás e parte em direção a ponte de comando.

A ponte fica entre a zona habitacional sul e o prédio de tecnologia. Uma enorme cabine circular
com outra pequena encima. Onde os controladores da estação tinham uma privilegiada visão
do que acontecia diariamente.

Rose chaga a um corredor todo iluminado de luz branca, do teto ao chão. Que antecedia a
ponte. Ela diminui o passo, o corredor branco agora está manchado de vermelho. Os
funcionários da ponte estão aos montes mortos.

O inferno deve-se parecer com isso.

Rose começa a pular os corpos em direção a porta da ponte, a dois metros da entrada, ela ouve
um homem tossir ao seu lado. Rose rapidamente olha a sua direta. Era um velho barbudo,
usava farda de engenharia da ponte.

- Cof! Cof! Teria um cigarro pra esse velho? (Quase morrendo, chama a atenção de Rose)

- Infelizmente não senhor, estavam no meu paletó, que provavelmente estar no inferno agora.

O velho rir.

- O inferno já é aqui moça.

- Senhor, preciso parar o Protocolo Napalm, você poderia me ajudar com essa informação?

- Esses malditos da OMNES inseriram esse protocolo bem escondido na inteligência artificial da
estação. Nem nós sabíamos.

Rose olha despontada pro lado.

- Mas há uma chance, no computador central, você pode desligar todos os sistemas da
estação. E religar os sistemas individuais manualmente, para que a inteligência artificial não
seja ligada, deixando os androides inoperantes.

- Como faço isso? (Questiona Rose com toda atenção)

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- Aqui no meu bolso direito do jaleco, pegue!

Rose tira um chaveiro, contendo cinco chaves antigas, que no passado, abriam cadeados ou
portas.

- Essa aqui! Ela abre uma porta preta de metal dentro da ponte, atrás dessa porta, encontra-se
alavancas, cada uma liga um sistema individual da estação.

- Obrigado senhor, voltarei com ajuda pra você, prometo! (Rose levanta apressada).

- Não se preocupe comigo, sempre fui duro na queda (Inclinando sua cabeça na parede).

Rose sorri.

Entrando na ponte, Rose vê a estação num ângulo de trezentos e sessenta graus. Rapidamente
vai no computador central e começa procedimento de desligamento.

Tudo se apaga na estação.

Rose começa flutuar, não havia mais gravidade artificial.

- MOÇA! MOÇA! (Grita o senhor no corredor)

Rapidamente Rose desloca-se na gravidade Zero em direção a porta para ver o senhor.

Ela não acredita no que estar vendo, de olhos arregalados, seus membros começam a tremer.

A mulher sorridente estava lá, com o pescoço do senhor entre seus dentes. E antes que o velho
falasse algo a boca se fecha, o decepando.

- Desgraçada, eu virei uma questão de honra pra você?! (Grita Rose para criatura).

A mulher sorridente grita e parte pra matar. Rose se impulsiona pra cima, fazendo a criatura
passar reto e batendo nos computadores da ponte. Rose vê a entrada da cabine circular que
fica em cima da ponte, com um empurrão usando os pés contra a parede, ela chega. Girando
uma manivela, ela abre uma escotilha de acesso.

Ao entrar completamente, ela tenta fechar, quando a criatura num impulso forte se choca
contra a escotilha e quebrado a manivela. Agora, a entrada estava escancarada.

Rose sobe na cabine menor, na tentativa de ganhar tempo e pensar em algo para sobreviver.
Ela olha em volta, nas paredes, trajes espaciais decoram o local, no chão, alguns pequenos
tanques de nitrogênio, e no centro, a caixa preta da estação, onde contém todas as
informações da estação.

- É isso!

A mulher sorridente ainda na ponte, balança a cabeça tonta por ter batido tão forte. Logo se
recupera. Sem hesitar, salta na escotilha na caçada frenética a Rose.

Adentrando, ela encontra Rose vestida com traje espacial segurando um dos pequenos tanques
de nitrogênio com a mão direita, e na sua esquerda uma alavanca que serve para ejetar a
cabine no espaço para salvar a caixa preta em casos de acidente.

A mulher sorridente pula em sua direção.

- Quero ver você manter esse sorriso no rosto agora, sua filha da puta! (Abaixando a alavanca)

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Como uma bala, a cabine é disparada no espaço, agora tudo está girando e a porta quebrada
da escotilha sugava tudo pro espaço.

Rose é sugada junto com a criatura, ambas se batem na escotilha e são jogadas no espaço.
Nesse momento a criatura segura Rose num abraço forte.

Girando no espaço, a mulher sorridente morde o capacete do traje, como um compressor, ela
racha o vidro.

Sistemas apitam dentro do traje.

Rose num último ato de desespero, dispara um jato de nitrogênio no rosto da criatura, seguido
de um chute.

Ambas desprendem se, a criatura agora estava a adentrar a escuridão do espaço. Rose estava
girando sem rumo, então ela usa o nitrogênio para se estabilizar. Sucesso!

Ao olha pra trás, vê a criatura se afastando no profunda noite. Ela rir de felicidade...

Atenção, compressão do traje comprometida, volte imediatamente.

Com um disparo de nitrogênio, ela gera empuxo em direção a estação. Após 7 minutos livre no
espaço, ela bate contra a estação, segurando em barras de metal. Uma porta de
descompressão está logo acima.

-Descompressão bem sucedida. (Diz a voz eletrônica)

Rose larga o traje e vai em direção a ponte. Ao chegar, olha em volta procurando a porta preta
de metal que o senhor mencionou.

Ali estar!

Do outro lado da ponte num canto bem escondido. Com um salto, ela atravessa a ponte
chegando na porta. Das cincos chaves, a terceira foi a certa. Ao abrir, uma fileira de pequenas
alavancas, cada uma, um sistema individual da estação.

• Alimentação de gás. On/Off

• Alimentação de água. On/Off
• Gravidade artificial. On/Off
• Portas de emergência. On/Off
• Elevadores espaciais. On/Off
• Energia básica zona norte. On/Off
• Energia básica zona sul. On/Off
• Energia básica zona oeste. On/Off
• Energia básica zona leste. On/Off
• Energia básica cúpula arbórea de oxigênio. On/Off

Rose começa a ligar, um por um, de cima para baixo. E em poucos minutos a estação estava
operante, sobe restrições básicas, mas operante.

Agora com gravidade artificial, Rose corre para o sistema de câmeras. Usando o recurso de
reconhecimento aprimorado, ela da o comando para buscar o rosto de Chin pela estação.

Indivíduo encontrado

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Rose abrange um longo sorriso, que logo acaba quando o vídeo é revelado.

Chin estava inconsciente no chão da zona arbórea, sendo socorrido por dois indivíduos, um
homem e outra mulher.

Rose larga tudo e corre em direção a zona rotacional arbórea de oxigênio.

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