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PEDRO CEZAR JOHNSON RODRIGUES DE BRITTO

MODELOS CONTEMPORÂNEOS DE GESTÃO

PARADIGMAS HISTÓRICOS DA HUMANIDADE

Pelo PARADIGMA ANTIGO, tínhamos uma visão animista – visão de mundo em


que entidades não-humanas (animais, plantas, objetos inanimados ou fenômenos)
possuem uma essência espiritual – e irracional. Dentro deste paradigma, a humanidade
da ANTIGUIDADE atribuía a todos os elementos do cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos
os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres
vivos (animais, árvores, plantas) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia,
noite) um PRINCÍPIO VITAL E PESSOAL, chamado de "ANIMA". Para essas pessoas, todos
esses elementos são passíveis de possuírem sentimentos, emoções, vontades ou
desejos, e até mesmo inteligência.

A palavra anima (“ânima”) ou sua variação animus são originários do latim, e


tanto animus como anima podem ser traduzidos por "alma" ou "mente", dependendo
do contexto em que se encontram. A raiz latina animus é cognato em grego de anemos,
vento, respiração; e do sânscrito aniti, ele respira. Em italiano e espanhol, a palavra
ânima é traduzida como "alma".

Pelo PARADIGMA MEDIEVAL (época das religiões monoteístas) temos a IGREJA –


e a verdade é dada pela BÍBLIA. A “visão” humana é limitada pelos seus próprios sentidos
humanos como limitante, pois não há instrumentos amplificadores dos sentidos, como
o telescópio ou microscópio, por exemplo.

É interessante ressaltar a criação do “PURGATÓRIO” pela IGREJA oficial da época,


que foi criado com a intenção de PUNIR AVARENTOS (pessoas que buscam o lucro,
gananciosos), mas que, ano entanto, levavam e doavam dinheiro para a IGREJA. E
através deste purgatório, suas almas poderiam ser salvas a longo prazo.

É também interessante analisarmos a palavra “REILIGIÃO” – que vem do latim


“RELIGARE”, que por sua vez significa simplesmente “religar” – ou seja, imagina-se que
um ser está DESLIGADO e precisa-se LIGAR-SE ou RELIGAR-SE nas coisas divinas.

CADERNO/NOTAS DE AULA do curso MODELOS CONTEMPORÂNEOS DE GESTÃO por PEDRO BRITTO –


curso ofertado pela FAF/UERJ em 2017.1 e ministrado pelo Professor ANTONIO LUIZ MEDINA
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Um adendo importante consiste no PARADIGMA DAS REENCARNAÇÕES, em que


a resposta de Buda resolve este problema: “depois que atravessa o rio, abandona-se o
barco”.

Se você atravessar o rio e chegar na outra margem, você não vai sair
carregando a jangada nas costas, não é? O budismo tem uma porta de saída
para ele, porque ele também não quer ser aprisionador. Então, também como
método de prática, é claro que você pratica, pratica, pratica e parece que
nunca tem fim, não tem fim. Mas está dito que se você chega ao fim, você
não precisa do budismo. Se chegar na outra margem, você precisa abandonar
o barco (o método), senão você não sai andando: fica preso lá na jangada.
Essa é a analogia relatada por Buda. (CENTRO DE DHARMA ZEN SOROCABA.
Budismo e Religião (2): Abandonar o Barco. [ONLINE]. Disponível em:
<https://opicodamontanha.blogspot.com.br/2017/04/budismo-e-religiao-2-
abandonar-o-barco.html> Acesso em: 12 set. 2017).

Com o movimento do RENASCIMENTO, temos então a ruptura do PARADIGMA


MEDIEVAL para entramos no PARADIGMA DA IDADE MODERNA – quando passam a
existir instrumentos e aparelhos que possibilitaram o questionamento das verdades da
Igreja.

ISAAC NEWTON faz a RUPTURA ao DESCOBRIR LEIS que os movimentos se


submetem – e assim produz-se CIÊNCIA. Já DESCARTES funda a filosofia da IDADE
MODERNA – “eu penso, logo eu existo”. Tal PARADIGMA MODERNO serviu de base para
o CONTEMPORÂNEO, e o MODERNO pode ser resumido em função da ideia de que 𝐴 +
𝐵 = 𝐶, ou o paradigma do (“ou”).

Já em relação ao PARADIGMA MAIS CONTEMPORÂNEO, podemos fazer


referência ao início/metade do século XX, quando em torno de 1910 começou a ser
descoberto a FÍSICA QUÂNTICA, como também tivemos a TEORIA DA RELATIVIDADE,
CAOS, e COMPLEXIDADE – ou resumidamente, este seria o paradigma do (“e”). É
importante ser destacada o uso da individualidade dentro deste paradigma.

É importante ressaltarmos, que dentro do PARADIGMA MODERNO (de NEWTON


e DESCARTES) surgiram diversas áreas das ciências, como a PSICOLOGIA, ECONOMIA,
CIÊNCIAS CONTÁVEIS e ADMINISTRAÇÃO, por exemplo (esta última será enfatizada).

Em relação a ADMINISTRAÇÃO como ciência, houve uma melhora/atualização


dentro do PARADIGMA MODERNO. Genericamente, podemos apontar como “ADM 1.0”
como a Teoria da Administração proposta por Taylor, Fayol e Ford. Uma modernização,

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porém, ainda dentro deste paradigma moderno, seria genericamente uma “ADM 2.0” –
expressa através do TOYOTISMO.

No entanto, já temos uma “ADM 3.0” em que há ruptura do paradigma moderno


e evolui para o PARADIGMA CONTEMPORÂNEO – neste caso há uma mudança no
SISTEMA – quando são introduzidas novas tecnologias/ferramentas (sistemas, visão
sistêmica), como por exemplo, a INTERNET, o MUNDO GLOBAL, REDES SOCIAIS,
ROBÓTICA, INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, IMPRESSORA 3D.

Desta forma, com as novas tecnologias, ou NOVAS TECNOLOGIAS DE


INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (NTIC), não há mais necessidades de “grandes
empresas” como até os anos 2000 – assim, firmas podem ser mais “enxutas”, com
menos pessoas. Não há mais necessidade de uma empresa DINOSSAURO (ou
ORANGOTANDO) para se maximizar a eficácia ou eficiência – conforme proposto nos
modelos de “ADM 1.0” e “ADM 2.0”. Pelo modelo de “ADM 3.0” as firmas podem ser
como um bando de “GAZELAS” – que podem se juntar quando necessário.

Ocorre um processo de evolução de “ÁTOMOS” para “BITS” – um processo de


desmaterialização da realidade. Firmas que são bons exemplos da “ADM 3.0” seriam a
AMAZON, a AIR BNB e a UBER.

Retomando ao PARADIGMA MODERNO, a “MÁQUINA” seria o símbolo deste


paradigma – levando-se em conta a Revolução Industrial; desta forma, uma empresa
funciona como uma “máquina”, ou seja, engloba recursos humanos e recursos naturais
para gerir tal máquina. Quando estas organizações como “máquinas” evoluem para
ORGANIZAÇÕES COMO ORGANISMOS, estamos então no PARADIGMA
CONTEMPORÂNEO.

QUESTÃO (PARADIGMA) DA MUDANÇA DO PARADIGMA

Até então foi-se dito de evolução da perspectiva/ponto de vista da


vida/organizações como “máquinas” subdivididas em partes para se tornarem vistas
como ORGANISMOS vivos.

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No entanto, para este paradigma sobre mudança de paradigma – esta questão


em si será abordada de acordo com o paradigma moderno (“old”, não
contemporâneo). A escolha do uso deste método para levantar-se tal questão pode ser
considerada como um paradoxo (ou até mesmo uma ironia). Para o leitor, pode surgir a
simples pergunta: Por quê utilizar um “paradigma moderno” para se explicar a
mutação/evolução do “paradigma moderno para o contemporâneo”? Por que não
utilizar o próprio paradigma contemporâneo para explicar esta questão?1

Bem, o tema agora será sobre a MEDICINA CHINESA – um exemplo de


paradigmas diferentes, pois acredito que conheçamos bem o paradigma de nossa
MEDICINA OCIDENTAL (que abre o ser humano e vê cada pedaço como uma unidade, e
assim tenta-se entender nosso organismo e se criar curas para doenças através de
estudos biológicos e fármaco-químicos).

Uma das principais crenças chinesas (desenvolvidas) consiste em que TUDO


COMEÇA NA PRIMAVERA – e esta medicinalmente corresponderia ao fígado e vesícula
biliar que estaria em função da EMOÇÃO RAIVA (de uma ação arbitrária/imediata). Da
PRIMAVERA acredita-se que passamos para o VERÃO – que corresponderia ao coração
e intestino em função da EMOÇÃO DA ALEGRIA. A partir do VERÃO entraríamos numa
suposta estação “ALTO VERÃO” (ou ponto máximo do VERÃO) – que corresponderia ao
estômago, baço/pâncreas e em função da EMOÇÃO PREOCUPAÇÃO. Do ALTO VERÃO
segue-se para o OUTONO – representando os pulmões e intestino grosso em função da
EMOÇÃO TRISTEZA. Do OUTONO acredita-se que passaríamos para o INVERNO –
representando os rins e a bexiga em função da EMOÇÃO MEDO. Do inverno recomeça
o ciclo da NATUREZA DA VIDA (ou do movimento de translação de nosso planeta Terra
em torno de nosso Sol – do sistema SOLAR – podendo também ser representado como
um sistema orgânico/vivo).

Um dos PILARES desta MEDICINA ORIENTAL consiste na TEORIA DOS CINCO


ELEMENTOS – que foi primeiramente documentada na China no Período dos Estados
Guerreiros (221-476 a.c.) – apesar de aparentar ser algo de nosso tempo
contemporâneo; percebemos que esta questão do paradigma funciona de alguma

1
Uma brincadeira/jogo de palavras (ou jogo linguístico) /provocação do autor para descontrair .

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forma também atemporal. Segundo Ana Margarida Guilherme, esta teoria coexistiu
independentemente da teoria do Yin e Yang, mas foi durante a Dinastia Song (960-1279
d.C.) que começou a fusão entre os dois sistemas e que o sistema dos 5 elementos foi
utilizado para diagnóstico e tratamento de doenças pela primeira vez.

A TEORIA DOS 5 ELEMENTOS é um sistema filosófico aplicável não só à


medicina, mas a todas as outras coisas. Tudo pode se classificado de acordo
com esta teoria. Os 5 elementos podem ser entendidos como FASES OU
MOVIMENTOS DAS ENERGIAS Yin e Yang. As imagens dos elementos Água,
Madeira, Fogo, Terra, Metal representam as forças naturais que juntas formam
um ciclo dinâmico. (GUILHERME, Ana. Filosofia. [online]. Disponível em
http://www.medicinachinesapt.com/filosofia.html. Acesso em 17 set 2017).

Basicamente, a TEORIA DOS CINCO ELEMENTOS é associada a estas estações do


ano da seguinte forma:

 PRIMAVERA: elemento MADEIRA.


 VERÃO: elemento FOGO.
 ALTO VERÃO: elemento TERRA.
 OUTONO: elemento METAL.
 INVERNO: elemento ÁGUA.

Em outras palavras, através desta teoria temos então o CICLO DA CRIAÇÃO DA


ENERGIA – o que significa que começamos com a MADEIRA; daí através do FOGO
transformamos a MADEIRA em TERRA – que por final esta se transforma no METAL, e
no inverno este derrete transformando-se em ÁGUA. Do POTENCIAL ENERGÉTICO da
ÁGUA surge novamente a MADEIRA – assim como as plantas florescem na terra na
Primavera. Assim temos um perfeito ciclo de transformação da energia – tanto de
amadurecimento do elemento madeira para a energia fluorescente do fogo, quanto pela
diminuição da energia do fogo transformando-se em energia de terra (ou até mesmo da
Terra) – há momentos em que a energia se CONDENSA e momentos em que a energia
se EXPANDE, momentos em que a energia se CONTRAI e momentos em que a energia
se DESCONTRAI. E no final tudo gira (eu diria que vivemos em uma ‘função seno’, em
que π seria nossa medida de tempo/vida).

A partir do ciclo da criação da energia, temos o FLUXO DO DIA, e o FLUXO DOS


TEMPOS DA VIDA. Ao mesmo tempo também há meios de DESTRUIÇÃO DA ENERGIA –
caso o fluxo de energia que concentramos desobedeça esta ordem natural, conforme

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ilustração abaixo disponibilizada por Ana Margarida Guilherme no site informado


anteriormente.

FOGO

O CICLO DESTRUTIVO nesta ilustração é dado pelo formato de um PENTAGRAMA


– onde, por exemplo, o “fogo destrói o metal”, ou ainda a “água que apaga o fogo”, ou
a “uma barra de metal quebra fisicamente a madeira”. A principal diferença que vejo
entre o CICLO CONSTRUTIVO e o CICLO DESTRUTIVO consiste que no primeiro a
mudança dos elementos ocorre por transformação da energia – enquanto no segundo,
ocorre pelas próprias leis de fenômenos químicos e físicos naturais.

A grande questão da GESTÃO CONTEMPORÂNEA compreende em como


passarmos da visão egocêntrica para a visão ecocêntrica.

A palavra/elemento “ECO” vem de origem grega da palavra “OIKOS” que


significa/expressa casa, “lar, domicílio, meio ambiente”. Segundo Sérgio Nogueira,

Na sua origem, portanto, ECONOMIA é a arte de bem administrar a casa. Hoje é


a ciência que trata da produção, distribuição e consumo de bens. É a
administração do sistema produtivo de um país ou região, ou seja, da “casa” em
que vivemos. Daí a ecologia que é o estudo (“=logia”) das relações entre os seres
vivos e o meio (“=eco”) em que vivem. Não devemos confundir com “eco” de
ecocardiografia e de ecoencefalograma. Nessas palavras, o elemento “eco” vem
do grego ECHOS e significa “som, eco”. (NOGUEIRA, Marcelo. Você sabe qual é a
origem da palavra economia? Publicado em 20 mar 2013, [online]. Disponível em
http://g1.globo.com/educacao/blog/dicas-de-portugues/post/voce-sabe-qual-
e-a-origem-da-palavra-economia.html. Acesso em 17 set 2017. Grifos do autor).

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O egocentrismo é definido no dicionário online https://www.significados.com.br


como uma condição ou estado de espírito do EGOCÊNTRICO. Tem origem no grego,
sendo a junção de EGÔN e KÊNTRON, que significa "eu no centro".

O EGOCENTRISMO consiste em uma exaltação excessiva da própria


personalidade, fazendo com que o INDIVÍDUO SE SINTA COMO O CENTRO DA
ATENÇÃO. Uma pessoa egocêntrica não consegue demonstrar empatia, ou seja,
não consegue colocar no lugar do outro, porque está constantemente ocupado
com os seu "eu" e com os seus próprios interesses. Um indivíduo egocêntrico é
também egoísta, porque pensa só em si ou pelo menos pensa em si mesmo em
primeiro lugar. [...]. O egocentrismo é frequentemente relacionado com a
egolatria e narcisismo, ou seja, adoração de si próprio. (Significado de
Egocentrismo. Dicionário online. Disponível em:
https://www.significados.com.br/egocentrismo).

Em relação ao ECOCENTRISMO, este se trata de uma linha política de filosofia


ecológica que apresenta um sistema de valores centrado na natureza, em oposição ao
antropocentrismo. Em dizeres amplos, onde o homem é membro da natureza,
compondo assim em seu meio natural de valor equitante aos animais. Desta forma, o
homem sendo parte da natureza, deve se comportar harmoniosamente e em equilíbrio
com a mesma. (WIKIPÉDIA).

Existe também o ETNOCENTRISMO, um conceito da Antropologia definido como


a visão demonstrada por alguém que CONSIDERA O SEU GRUPO ÉTNICO OU CULTURA
O CENTRO DE TUDO, portanto, num plano mais importante que as outras culturas e
sociedades.

O termo é formado pela justaposição da palavra de origem grega "ETHNOS" que


significa "nação, tribo ou pessoas que vivem juntas" e centrismo que indica o
centro. Um INDIVÍDUO ETNOCÊNTRICO considera as normas e valores da sua
própria cultura melhores do que as das outras culturas. Isso pode representar um
problema, porque frequentemente dá origem a preconceitos e ideias
infundamentadas. Uma visão etnocêntrica demonstra, por vezes,
desconhecimento dos diferentes hábitos culturais, levando ao desrespeito,
depreciação e intolerância por quem é diferente, originando em seus casos mais
extremos, atitudes preconceituosas, radicais e xenófobas. Este fenômeno
universal pode atingir proporções drásticas, quando culturas tecnicamente mais
frágeis entram em contato com culturas mais dominantes e avançadas. Alguns
exemplos de etnocentrismo estão relacionados ao vestuário. Um deles é o hábito
indígena de vestir pouca ou nenhuma roupa; outro caso é o uso do kilt (uma típica
saia) pelos escoceses. São duas situações que podem ser tratadas com alguma
hostilidade ou estranheza por quem não pertence àquelas culturas. (Significado
de Etnocentrismo. Dicionário online. Disponível em:
https://www.significados.com.br/etnocentrismo ).

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Tendo estes conceitos bem definidos de egocentrismo, etnocentrismo e


ecocentrismo, podemos ilustrar em círculos/conjuntos/subconjuntos os NÍVEIS DE
PERCEPÇÃO, conforme figura abaixo.

ECOCENTRISMO

ETNOCENTRISMO

EGOCENTRISMO

Através desta ilustração podemos perceber que um ser humano “egocêntrico”


possui uma visão muito limitada – é claro que esta figura está sem escala, caso tivesse,
o egocentrismo seria só um ponto dentro de um Universo. No entanto, um
“egocêntrico” pode ser também “etnocêntrico” – consegue dentro de seu ponto do
egocentrismo enxergar do lado de fora o campo do etnocentrismo. Em casos bem
pontuais, nada impede dele ter um insight/visão ecocêntrica. Já um ser humano
ECOCÊNTRICO por natureza consegue enxergar tanto os pontos de vistas do
etnocentrismo quanto do egocentrismo.

Em relação ao COSMOCENTRISMO, segundo Pedro Gomes, esta é uma posição


filosófica que afirma a prioridade do MUNDO NATURAL, o qual ocupa o lugar central e
fundamental na ordem da existência, sendo a natureza ou o mundo o ser mais
importante de toda a realidade, devendo ocupar então também o centro de referência
de toda explicação filosófica. Desta forma, o COSMO seria o centro do UNIVERSO – para
não se dizer que o Universo é o centro do Universo, apesar desta visão transcender entre
planos de existência. O homem seria apenas então um organismo vivo dentro do
organismo vivo que nos é conhecido e chamado de O Universo – da mesma forma que
o Planeta Terra pertence ao Sistema Solar, que faz parte de uma Galáxia.

De uma forma geral, a matéria é energia com informação, assim é interessante


termos uma visão de vida como um SISTEMA.

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Uma outra abordagem para a QUESTÃO DA MUDANÇA DE PARADIGMA, do


paradigma moderno para o paradigma contemporâneo (ou vulgarmente do paradigma
moderno/contemporâneo para o paradigma holístico contemporâneo) pode ser vista
ATRAVÉS DA VISÃO DO PRÓPRIO ÁTOMO, COMO UM ELEMENTO DA QUÍMICA.

Newton achava que o átomo era uma pequena partícula sólida, mas não foi o
que os cientistas viram quando observaram um átomo pela primeira vez. O que eles
viram foi totalmente inesperado e chocante. Isto é, quando viram que era feito de coisas
ainda menores – um núcleo com elétrons girando em volta; e ainda que eles se
movimentam em regiões relativamente vastas de espaços vazio. Foi isto que chocou os
cientistas. O átomo é feito, basicamente, de espaço vazio. O tamanho deles é tão
distante de nossa noção normal de proporções que é muito difícil perceber os tamanhos
e distâncias relativo de suas partículas.

Por exemplo, para sabermos quantos átomos existem numa laranja teríamos de
aumentarmos a laranja até podermos vê-los – teríamos de aumentá-la até que ficasse
do tamanho da Terra – os átomos dela, então, ficariam do tamanho de cerejas. Seriam
miríades (numeral de origem grega significando dez mil) de cerejas, estreitamente
contidas dentro de uma laranja do tamanho da Terra.

Em relação ao átomo, se ele tivesse o tamanho de uma ilha por exemplo, o


núcleo ficaria do tamanho de uma pequena pedra e seria invisível, e os elétrons seriam
menores ainda (como grãos de areia), e todo o espaço entre eles e o núcleo estaria vazio.
Deste ponto de vista, podemos considerar que uma rocha sólida é composta de ‘esferas’
deste tipo, assim uma pergunta que os físicos se propuseram a descobrir está
relacionada ao que a torna tão sólida, o porquê não podemos atravessá-la, e o porquê
tudo não cai através de tudo.

Os físicos ao se depararem com os ‘absurdos fenômenos da física atômica’


tiveram de admitir que não tinham uma linguagem nem mesmo uma forma adequada
de pensar nas novas descobertas – sendo assim, foram obrigados a pensar em conceitos
radicalmente novos. Para entender o porquê a matéria é tão sólida precisaram desafiar
até as ideias convencionais sobre a existência da matéria; e após muitos anos de

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frustrações tiveram que admitir que a matéria não existe com certeza e em lugares
definidos, mas sim mostra tendências a existir.

Suponha que estejamos dentro de uma ilha que represente metaforicamente um


átomo, e daí queiramos observar um elétron lá fora. Não podemos dizer que ele está
num lugar definido, mas apenas que tem tendência a estar lá na frente em vez de lá nos
fundos, ou aqui à esquerda, ou ali, à direita. Em linguagem científica, não são faladas em
tendências, mas são faladas em probabilidades.

Um elétron não se mexe, nem fica parado num mesmo lugar – ele se manifesta
como um padrão de probabilidades espalhado pelo espaço, e a forma deste padrão
muda com o tempo, o que para a percepção humana, pode parecer movimento. Todas
as partículas subatômicas, elétrons, prótons, nêutrons manifestam essa estranha
existência entre potencialidade e realidade. Desta forma, no nível subatômico não há
objetos sólidos.

É claro que já temos ferramentas, do tipo “detector que localiza elétrons com
exatidão”. O estranho é que, quando se mede algo num elétron, ele está num
determinado lugar. No entanto, entre duas medições, não se pode dizer que está num
lugar ou que percorreu um caminho definido de um lugar a outro. Metaforicamente, um
elétron “só dá as caras” para ser medido – e entre duas medições não se sabe se ele está
em algum lugar ou mesmo se percorreu algum caminho definido. Neste sentido, o
elétron fica espalhado numa vasta região e que ao ser medido ele coagula num pequeno
ponto.

Sendo assim, a resposta à pergunta sobre o que torna uma rocha sólida, vai além
do poder da imaginação – não podendo ser explicada de forma visual ou através de
metáforas, mas apenas por equações.2

2
Texto sobre átomos inspirado no filme Mindwalk, de 1990.

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