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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE – UFS

LUCIANA AMORIM SANTANA

RESENHA SOBRE O DOCUMENTÁRIO “ A CORPORAÇÃO”

São Cristóvão
2018
A corporação (The Corporation) é um documentário canadense lançado em 2003,
dirigido por Jennifer Abbott e Mark Achbar e foi baseado no livro “The Corporation: The
Pathological Pursuit of Profit and Power” escrito por Joel Bakan. 1 O foco do
documentário é criticar o surgimento e todo o desenvolvimento das corporações que são
movidas pelo lucro crescente, sem considerar os danos futuros e, até mesmo, presentes a
toda a população mundial.

As corporações incialmente surgem apenas visando atender alguns interesses do


Estado que atendiam ao bem comum, a exemplo de construções civis e entre outros.
Porém, ao inserir no ordenamento legal, a igualdade entre as pessoas, através do direito
que garante a todos a posse de propriedade, surge uma brecha e os advogados das futuras
grandes corporações se apropriam dela e alcançam um suporte legal para o
desenvolvimento delas. Ou seja, uma lei que surge para unir as pessoas negras e brancas,
possibilita também a ascensão da corporação como uma pessoa jurídica que é dotada de
direitos, como o de possuir uma propriedade.

A partir disso, uma instituição que irá comandar todo o sistema capitalista, o
mundo, seja direta ou indiretamente, e visará apenas a ganância insaciável,
desconsiderando todos os prejuízos ambientais futuros e as externalidades, que são
consequências das ações das corporações que não recaem sobre elas, mas sobre a
sociedade que não está envolvida no sistema corporativo. Além de gerar danos
irreparáveis a toda sociedade, as corporações também são alvos de escândalos de
corrupção, o sistema de negócios trata essas empresas como as “bad apples” do mundo
dos negócios, mas, na verdade, ao analisar profundamente os sistemas corporativos
percebe-se que a desonestidade é muito mais regra que exceção.

Um dos pontos cruciais do documentário é a exposição de ambos os lados da


história: os sócios das grandes corporações e as pessoas que são vítimas de todo esse
processo individualista. Do lado dos grandes corporativos, eles enxergam o seu trabalho
como uma possibilidade de salvação e de transformação de vida, já que é melhor ganhar
muito pouco, pois a única coisa que os cidadãos dos países marginalizados têm a oferecer
é a mão de obra barata, em más condições de trabalho a passar fome, não? No entanto,
pela ótica do trabalhador explorado, o salário ofertado permite a ele condições precárias
de vida, sem a mínima noção de dignidade. No geral, de um lado estão aqueles que tem

1
Disponível em: <http://thecorporation.com/> Acesso em: 18 de setembro de 2018
muito e querem cada vez mais e, do outro, estão os que não tem nada e sonham em ter
algo que seja, minimamente, diferente do nada.

As corporações são instituições paradoxais, pois, ao passo que criam riquezas,


destroem e geram grande mal a toda sociedade. Entre diversos males gerados dois
merecem ser analisados: os danos à saúde e os prejuízos ao ambiente. Ao focar de forma
demasiada no lucro, os administradores das empresas não se importam com a inserção de
produtos que possam causar danos à saúde humana, a exemplo da produção de alimentos
de origem animal: inserir substâncias danosas na corrente sanguíneas dos animais a fim
de acelerar o seu desenvolvimento é um dos métodos utilizados, já que o resultado será
alcançado em um breve período de tempo e o lucro poderá ser consideravelmente
ampliado, mesmo que isso custe a saúde de inúmeras pessoas. Além dos danos à saúde, a
qualidade de vida da sociedade tende a decrescer graças a atuação das corporações, pois
elas atuam extraindo recursos naturais sem preocupação com as gerações futuras e com
as possíveis consequências da ausência desse recurso. Assim, as corporações enxergam
nos desastres ambientais uma oportunidade de ampliação do lucro. Em aspectos gerais, o
incentivo à manutenção do consumo dos serviços e produtos oferecidos pelas corporações
pode ser traduzido em um trocadilho americano: o Buy (a compra) será transformado em
Bye (adeus).

Portanto, visando sustentar o império das corporações no mundo e ignorar todos


os danos gerados por elas, a publicidade e a propaganda são armas importantíssimas na
atuação a favor delas. Através dela, o consumo é incentivado, pois ela possui domínio
sobre o psicológico humano, controlando e estimulando o consumo irreflexivo. No geral,
o sistema de corporações precisa ser superado, o mundo deve adotar uma organização de
negócios que seja a favor do mundo e da sociedade e não do lucro individual de uma
burocracia limitada. Atualmente, o sistema mundial é controlado por um grupo limitados
de pessoas homogêneas, assim, há poucas pessoas, com um grande poder econômico e
político nas mãos, favorecendo as atitudes em nome de uma classe minoritária,
desconsiderando o bem comum geral.

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