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NOÇÕES DE CARTOGRAFIA
Objectivo:
Há cerca de 500 anos, ficou estabelecido que a Terra é essencialmente uma
esfera, embora como já vimos, alguns intelectuais já há cerca de 2000 anos
estivessem convencidos de isso . Mesmo os que estudavam a Terra como
plana, consideravam o céu como esférico.
A única forma de representar quase sem alterações a superfície terrestre,
embora com todos os defeitos e alterações pertinentes à transformação não
coerente de um geóide numa esfera, é sem dúvida a sua projecção numa
esfera ou globo, como por exemplo os que são utilizados nos liceus para o
ensino da geografia.
Uma projecção cartográfica é um projecto para reproduzir todas ou parte de
uma superfície redonda numa folha plana. Somente esta representação
permite uma armazenagem fácil e não dependem da escala a utilizar. Esta
operação é a operação mais difícil de conseguir dado que a superfície
terrestre não é planificável. Dado que tal não é possível fazer sem
deformação, o cartógrafo deve escolher qual a característica que deve
aparecer correctamente, em prejuízo das outras, ou contemporizar com
todas elas não aparecendo nenhuma correcta.
Os inúmeros sistemas existentes de representação cartográfica têm pois
cada um as suas vantagens e inconvenientes, sendo o critério de escolha de
cada um , função dos seguintes parâmetros:
características:
• Área
• Forma
• Escala
• Direcção
Tratamento Matemático
1 - Projecções Cilíndricas:
É o sistema de projecção de mapas mais conhecido é por certo o de
Mercator, uma das projecções cilíndricas.
A projecção Cilíndrica pode ser obtida, desdobrando parcialmente um
cilindro que envolva o globo que representa a terra, tangente ao Equador e
cujos meridianos são projectados desde o centro do globo. Se modificarmos
a posição do cilindro em relação ao eixo da Terra, poderemos obter uma
projecção obliqua ou uma transversa deixando os meridianos ou os
paralelos de serem linhas rectas.
a) Projecção de Mercator:
b) Projecção
Mercator
Transversa
Porque a projecção
directa Mercator
apresentava um
grande erro
(distorção) à medida
que se afastava do
equador, o
cartografo Johan
Heinrich Lambert
(1728- 1777) pensou rodar a posição da superfície cilíndrica de 90º a fazer
coincidir a mesma com um determinado meridiano. Ao fazê-lo , diminuiu a
área com deformação, dado que a superfície cilíndrica se adapta quase
perfeitamente ao elipsóide e numa pequena faixa de poucos graus de
longitude, pode-se considerar satisfatória essa deformação.
Este sistema é cilíndrico e conforme; o meridiano central, cada meridiano
afastado 90º do meridiano central e o equador, são linhas rectas. Os outros
meridianos e paralelos são curvas complexas. A escalaé verdadeira no
meridiano central ou ao longo de duas linhas rectas paralelas equidistantes
e paralelas ao meridiano central; estas são aproximadamente rectas no
elipsóide. A escala torna-se infinita, a 90º de distância do meridiano central.
Deste sistema derivou o sistema de projecção Transversa Mercator
Universal (UTM) , posto em execução em 1947, unicamente para usos
militares e aplicado a cartas em grande escala em todo o mundo, e que
acoplado com a quadrícula militar (QUTM), permite obter directamente
coordenadas rectangulares.
O sistema de projecção UTM é um sistema Mercator Transversa elipsoidal,
ao qual foram aplicados parâmetros específicos, com os meridianos centrais,
funcionando como eixos de coordenadas rectangulares de cada fuso. Para
tal a terra é dividida , entre as latitudes de 84º N e 80º S, em 60 fusos ,
com uma largura genérica de 6º em longitude . Os fusos são numerados de
1 a 60 no sentido Leste, a partir do anti- meridiano de Greenwich (180º de
Longitude). Existe ainda uma divisão em zonas quadrangulares completando
a divisão já feita em longitude, com outra de 8º em latitude; estes
quadrangulos são designados em cada fuso, por letras do alfabeto de C a X
(excepção ao I e O) e de Sul para Norte. Assim Lisboa está no fuso 29 e na
Zona S, cuja designação abrange toda a zona do quadrangulo definido pelas
latitudes 32º e 40º N e as longitudes 6º e 12º W . Cada um destes
quadrangulos é depois subdividido em quadrados de 100Km de lado
definidos por duas letras.
Desde as latitudes 84º N e 80º S, até aos respectivos pólos usa-se o
sistema de projecção conhecido por Estereográfico Polar Universal, ou UPS.
Cada ponto é localizado geograficamente no sistema UTM pelas suas
coordenadas X eY em metros, utilizando o meridiano médio como meridiano
central do fuso, sendo a sua escala reduzida para 0,9996 da verdadeira
escala.
As linhas com escala verdadeira são aproximadamente paralelas e a cerca
de 180 Km para Leste e Oeste do meridiano central. Entre as linhas a escala
é menor a escala é menor e para fora das linhas a escala é maior.
No hemisfério Norte , o ponto do equador que cruza com o meridiano
central é considerado a origem, tendo como X (E) o valor de 500 000 m e
como Y (N) o valor de 0(zero). Para o hemisfério Sul, o mesmo ponto
origem mantém o X= 500 000 m mas o Y passa a ter o valor de 1000 000
m .Em qualquer dos casos os valores crescem para Este e para Norte. Não
há portanto coordenadas negativas.
Este assunto será abordado mais detalhadamente quando se falar dos
sistemas de referenciação.
2 - Projecções Cónicas :
3- Projecções Azimutais :
4 – Projecções convencionais:
Não é conforme nem equivalente. Mostra todo o globo num círculo, sendo o
equador e o meridiano central rectos. Todos os outros círculos máximos são
arcos de círculo .É uma modificação de Mercator.
b) Projecção Sinusoidal:
SISTEMAS DE REFENCIAÇÃO
- Pelas coordenadas de dois dos seus pontos, (um dos quais normalmente o
pólo)
- Pela sua orientação: Esta pode ser feita relativamente ao Norte Cartográfico ,
Geográfico ou Magnético ou pela rigorosa marcação no documento dos dois
pontos que o definem quer no terreno, quer no documento da entidade
transmissora.
- Ângulo Polar:
Com vértice no polo e origem no semi-eixo polar. É sempre contado no
sentido dos ponteiros do relógio e expresso em graus inteiros com 3 dígitos,
utilizando-se o zero para ângulos entre 0 e 99.
- Distância :
Contada desde o pólo até ao ponto considerado. É expressa em quilómetros
e o seu valor indica por um número cuja parte inteira compreende 1 ou 2
dígitos, seguida da parte décimal, sempre com dois dígitos. A indicação da
distância faz-se imediatamente a seguir à do ângulo, sem qualquer ponto,
traço ou vírgula de separação.
N. Cartográfico
· B
53º
x ·
01630 m
X05301,63
As áreas da Terra que não são abrangidas pela representação UTM, isto é ,
a calote Norte(latitude superior a 84º N) e a calote Sul (latitude superior a
80º S), são representadas cartográficamente numa projecção azimutal
estereográfica polar (sistema de representação UPS).
Para podermos referenciar um ponto, situado em qualquer das calotes, a
partir das suas coordenadas rectangulares, define-se um sistema de eixos
coordenados rectangulares para cada calote, de acordo com o seguinte:
calote Norte
c) Quadrícula militar
Direcções de referência:
Por exemplo:
29TPE727795
M= -200Km
P= - 300Km
S 767. 652
Redes Geográficas
AZIMUTES E RUMOS
N-S Cartográfica
N-S Magnética
CARTAS