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Igor Tiburcio Cavalcanti Silva – UNINASSAU – RECIFE

Matricula – 01200961 – Atividade Contextualizada

Redução da maioridade penal: Um desvio do problema de fato.

A constituição de 1988, em seu artigo 228, diz que “são penalmente inimputáveis os
menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial. ”,1 entretanto, a sociedade
em seu estado atual, onde a violência predomina em grande parte do pais, violência essa muitas
vezes cometidos por menores infratores, vem cada vez mais tendo a sensação de insegurança e
impunidade, sensação que muitas vezes é imputada a ineficácia e a falta de rigidez da lei para
com os menores.

O legislador constituinte, imbuído de muito boa vontade, decidiu por tratar os menores
de forma especial afim de lhe dar uma maior proteção frente a persecução penal do estado, ao
adotar o modelo biológico de maioridade penal criou um critério objetivo para identificar quem
seria ou não abrangido por esta proteção, seguindo a esteira do tratamento diferenciado para
com os menores o legislador criou as medidas socioeducativas, “nessa linha, as medidas
deveriam ser aplicadas para recuperar e reintegrar o jovem à comunidade”2.

O Estado, portanto, entendeu que aqueles que não tivessem alcançado tal idade não
estariam ainda aptos, biologicamente quanto psicologicamente, para serem imputados
penalmente por um crime, pois ainda não seriam totalmente desenvolvidos, não obstante não é
isso que vêm sendo analisado na sociedade, “a imprensa noticia com frequência o envolvimento
de menores em crimes hediondos, como homicídio qualificado, tráfico de entorpecentes,
estupro, extorsão mediante sequestro, latrocínio etc.”3, não abrindo espaço para a simples
ingenuidade do legislador.

Outrossim, não é segredo que a adolescência é de fato uma fase extremamente


conturbada, onde os sentimentos são confusos e afloram de forma que de uma raiva para um
total arrependimento são apenas questões de segundos, é evidente que alguém que conviva

1
SENADO FEDERAL. Constiuição. 1988. Disponível em: <
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf>. Acesso em: 29 de
abril de 2019.
2
CÉLICO, Dyanndra Lisita. A maioridade penal e suas implicações. JUSBRASIL, 2015. Disponível em: <
https://dyanndra.jusbrasil.com.br/artigos/237731447/a-maioridade-penal-e-suas-implicacoes>. Acesso em: 29 de
abril de 2019.
3
CÉLICO, Dyanndra Lisita. A maioridade penal e suas implicações. JUSBRASIL, 2015. Disponível em: <
https://dyanndra.jusbrasil.com.br/artigos/237731447/a-maioridade-penal-e-suas-implicacoes>. Acesso em: 29 de
abril de 2019.
nesse estado precisa de um amparo, ainda mais quando se trata da esfera penal, seria esse
amparo que as medidas socioeducativas buscam, entretanto, “lamentavelmente não ocorre, pois
ao serem executadas transformam-se em verdadeiras penas, completamente inócuas, ineficazes,
gerando a impunidade”4.

“É incontestável o grande número de menores que cometem atos infracionais encontra-


se entre aqueles de baixa ou nenhuma renda” 5adicionado ao fato das medidas socioeducativas
serem falhas, não criam um ambiente para a redução da maioridade penal, ao contrário, cria um
ambiente para maior proteção ao menor e melhoria das medidas socioeducativas.

4
CÉLICO, Dyanndra Lisita. A maioridade penal e suas implicações. JUSBRASIL, 2015. Disponível em: <
https://dyanndra.jusbrasil.com.br/artigos/237731447/a-maioridade-penal-e-suas-implicacoes>. Acesso em: 29 de
abril de 2019.
5
PESSANHA, Juliana Longo Braz. Redução da Maioridade Penal – Esse é o caminho. Escola da Magistratura
do Estado do Rio de Janeiro, 2009. Disponível em: <
http://www.emerj.tjrj.jus.br/paginas/trabalhos_conclusao/1semestre2009/trabalhos_12009/julianapessanha.pdf>.
Acesso em: 29 de abril de 2019.

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