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Legislação Urbana (Aula 01)

Engª Marcella Thomé


│Legislação Urbana
O que é? Para que é e para quem serve?
É “o conjunto de leis e normas que existe para se
estabelecer limites às ações humanas que interferem no
espaço urbano e na qualidade de vida na cidade. Essas
ações estão relacionadas com as necessidades próprias
de uma vida em um centro urbano, como moradia,
educação, saúde, locomoção, alimentação de lazer.”
│ A legislação Urbana no
Brasil
Em 1988, com a nova Constituição Federal o plano diretor se tornou uma
ferramenta de ordenação da função social da cidade e da propriedade.
Dentro da visão de equidade social e gestão democrática, o plano diretor
assumiu os seguintes objetivos:

• ORDENAR o crescimento da cidade e compatibiliza-lo com a infraestrutura de


maneira justa;
• ESTIMULAR a participação da população na defesa dos interesses da cidade;
• PROTEGER o meio ambiente, garantir a adequada do patrimônio natural,
cultural e construído ;
• PROMOVER o cumprimento da função social da propriedade urbana;
• MELHORAR o acesso da população à terra, à habitação, ao trabalho e à
infraestrutura;
O Estatuto da Cidade é a denominação que recebe a Lei
n°10.257 de 10 de julho de 2001, que regulamenta os
artigos 182 e 183 da Constituição Federal.

• Regular o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-


estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.
• Determinar diretrizes para orientar o crescimento urbano, o uso e a ocupação do solo
de maneira a criar uma sociedade mais justa e sustentável..
O Estatuto determina que todos (governo e população)
se unam em prol do desenvolvimento, devendo, cada um,
fazer a sua parte:

• Governo: utilizar de maneira adequada os recursos disponíveis para investir em


infraestrutura. Adotando padrões de produção, consumo de bens e serviços
compatíveis com os limites de sustentabilidade. Determinar leis e normas que
regularizem o uso e a ocupação do solo de forma inteligente e protejam a população de
riscos, como catástrofes naturais;
• União: Legislar normas gerais de direito urbanístico, promover programas de
construção de moradias e melhorias nas condições habitacionais e de saneamento
básico, além de determinar diretrizes e planos para promover o desenvolvimento
urbano (habitação, saneamento e transporte) e ordenação do território;
• População: Participar das decisões. Audiências públicas serão realizadas para
discutir projetos, planos e programas com potencial dano ao meio ambiente natural ou
construído, ou ainda à segurança e/ou ao conforto da população.
O Estatuto da cidade: Principais Diretrizes

• Gestão democrática: através dos órgãos colegiados de política urbana; debates,


audiências e consultas públicas; iniciativa popular de projeto de lei; gestão orçamentária
participativa nos municípios.
• Cidade Sustentável: no âmbito econômico, social e ambiental. Buscando a proteção, a
preservação e a recuperação do meio ambiente natural e construído, e do patrimônio
cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico. E o desenvolvimento integrado
das atividades urbanas às rurais.
• Uso e Ocupação correto do Solo: planejamento e controle da distribuição populacional
e suas atividades para evitar os impactos negativos do crescimento urbano sobre o meio
ambiente (realizando regularização fundiária e urbanização onde for necessário),
reduzindo os custos e aumentando a oferta de lotes e de unidades habitacionais. Evitar o
uso incorreto dos imóveis urbanos, a distribuição próxima de atividades incompatíveis e os
adensamentos populacionais ou atividades que possam sobrecarregar a infraestrutura
urbana ou ainda gerar tráfego intenso.
O Estatuto da cidade: Instrumentos da política
urbana

O Poder Público poderá utilizar alguns recursos para promover o desenvolvimento das
cidades e regiões. Como:

• IPTU Progressivo no Tempo

• Parcelamento, edificação ou utilização compulsórias

• Desapropriação

• Direito de preempção
• Direito de superfície

• Operação Urbana Consorciada

• Transferência do direito de construir

• Estudo de Impacto de Vizinhança


│ A legislação Urbana no
Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro só expandiu seu
território além dos limites da área
central e começou a se transformar
radicalmente com a chegada da família
real portuguesa em 1808. Para atender a
esse crescimento populacional e por se
tratar de uma elite que, até então, não
existia na colônia, a cidade teve de
reformular seus padrões arquitetônicos e
sociais com reformas urbanísticas, a fim
de se adequar aos padrões das grandes
cidades europeias, já que passou a ser
capital de Império.
Um dos marcos principais no desenvolvimento e
expansão a cidade foi a implantação do
transporte público.

“ A necessidade de transportes urbanos público


nasceu com o crescimento das cidades, cujas
distâncias extremas não mais comportavam as
caminhadas a pé. O Rio de Janeiro, com sua
topografia tentacular, foi uma das grandes
cidades do mundo em que mais cedo essa
necessidade se fez sentir. Por isso, desde 1816,
apareceram os primeiros veículos públicos de
transporte urbano, as diligências de tração
animal, denominadas gôndolas. Entretanto, só
em 1856 houve a primeira tentativa para a
construção de uma linha de bondes, isto é,
carros tirados por animais sobre trilhos de
ferro.”
Fonte: TELLES, 1994, P.370
O primeiro plano urbanístico para a
Cidade do Rio de Janeiro data de 1875,
um pouco anterior à proclamação da
república, visando remodelar, embelezar,
melhorar as condições de saneamento da
cidade e atenuar a crise sanitária
buscando principalmente solucionar o
problema de inundações com a execução
de obras de canalização, drenagem,
alargamento e pavimentação de ruas. E
incluindo a vacinação obrigatória contra
a febre amarela.
Construído no ano 1892, o Túnel Velho contribuiu
diretamente para o desenvolvimento do bairro de
Copacabana. A obra, que foi comandada pelo engenheiro
Coelho Cintra, liga Botafogo a Copacabana entre as ruas
Real Grandeza e Siqueira Campos.e Siqueira Campos.
Sobre a formação das favelas, historiadores
comentam que:
“Os trabalhadores tinham dificuldades em
arcar com os elevados custos dos transportes
coletivos existentes na cidade. Os aluguéis
também eram obstáculo quase intransponível
ao mercado imobiliário formal, bastante
valorizado devido à forte especulação. Com a
necessidade de ficar próximo ao mercado de
trabalho, não restavam alternativas à
população, a não ser ocupar os morros
localizados nas proximidades da cidade velha.
A procura insistente por moradias agravava o
déficit habitacional no Rio de Janeiro, dessas
dificuldades surge a alternativa popular de
autoconstrução.”

Fonte: Santana, Soares, 2009, p.2.


Com o fim do período colonial, a cidade
pretendia se modernizar e ingressar na
economia internacional, atraindo
investimentos externos.
A partir dos anos 20, com o processo de
industrialização do país, o Rio de
Janeiro, então capital da república,
passa a sofrer grandes transformações Avenida Central após reforma urbana de Pereira Passos
em seu espaço urbano. A atividade
industrial tende a concentrar-se nos
centros urbanos e os empregos criados
pelas fábricas estimulam o deslocamento
das populações rurais para a cidade.
É desta década o segundo plano da cidade, o Plano Agache, que também buscava embelezar a
cidade e criava diversas regras para as edificações e para a ocupação ordenada dos espaços,
separando áreas para moradia, comércio ou indústrias.

Esplanada do Castelo e Ponta do Calabouço (Plano Agache)


Por esta época surgem ainda os
primeiros regulamentos para a
construções de prédios (os arranha-céus),
pois a nova tecnologia do concreto
armado começava a ser utilizada.
O primeiro grande código de obras, que
reunia todas as regras para as
construções e a ocupação da cidade foi
editado a partir deste plano, em 1937 e,
ainda hoje, influencia a legislação
urbanística:
De 1930 à 1950....

A cidade teve um crescimento tentacular principalmente pelos


condicionantes físicos, provocando um aumento das distâncias entre o
local de trabalho e residência. Entretando, tal crescimento não foi
acompanhado de melhoria do transporte coletivo de massa. Isso acabou
provocando a ocupação de áreas de possíveis riscos, como morros
íngremes, mangues, por parte da população mais pobre, de forma a
garantir a proximidade aos seus trabalhos e evitar grandes
deslocamentos.
Em 1960 a capital do país é transferida para Brasília e o Rio de Janeiro perde muitas de suas
principais funções, ligadas à administração pública. Para que a cidade possa se adaptar à sua
nova condição e então receber mais recursos financeiros, é transformada em Estado da
Guanabara.
Aterro do Flamengo em 1968
Plano Doxiadis
Plano Doxiadis
Plano Doxiadis
Plano Doxiadis
A partir da fusão dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, em 1975, a cidade
passa a ser capital do novo estado.
Garantido pela Constituição Federal de 1988 e
em clima de abertura democrática e
participação popular, foi elaborado o Plano
Diretor Decenal do Rio de Janeiro –LC nº
16/92.
O Plano Diretor estabelece instrumentos e
regras para o planejamento, visando distribuir
mais justamente os recursos aplicados na
cidade. Funciona como uma carta de
princípios para o planejamento urbano que,
com as constantes e rápidas transformações
da sociedade, torna-se cada vez mais
importante para fazer frente às desigualdades
econômicas e sociais nas cidades.
O Plano Diretor Decenal da cidade do Rio de Janeiro foi sancionado em fev/2011
(LC 111/2011).Uma das principais diretrizes do Plano prevê a divisão da cidade em
Macrozonas, que orientarão políticas de desenvolvimento.
Divisão das Macrozonas

CONTROLADA - Zona Sul e parte do Centro

INCENTIVADA - Zona Norte e parte de Jacarepaguá

ASSISTIDA - Zona Oeste situada entre Bangu e Sepetiba

CONDICIONADA - Barra, Recreio, Guaratiba e Vargem Grande


O Plano Diretor apresenta cinco instrumentos gerais de regulação urbanística,
edilícia e ambiental como mecanismos que auxiliam no planejamento do uso e
ocupação do solo no território municipal e define prazos para a elaboração das leis que
regulam estes instrumento.
Em atendimento ao disposto no Plano Diretor, o Poder Executivo Municipal enviou à
Câmara Municipal do Rio de Janeiro em Abril de 2013 os Projetos de Lei Complementar
destes cinco instrumentos, revisados em 2018.
LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

LEGISLAÇÃO EM VIGOR
• Lei 111/11 -Plano Diretor.
• Decreto 322/76 –Regulamento de Zoneamento.
• Planos de Estruturação Urbana (PEUs) e outras legislações locais.
• Áreas de Especial Interesse (AEIs).
• Normas Específicas.

LEGISLAÇÃO AGUARDANDO APROVAÇÃO


• LUOS (PLC 57/2018): É a lei que estabelece conceitos e regras para organizar a ocupação do espaço
urbano de toda a cidade, tendo como condicionantes a infraestrutura e a preservação da paisagem
natural e edificada. As regras gerais estabelecidas por esta Lei são aplicadas nos Planos de
Estruturação Urbana (PEUs).
LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO

LEGISLAÇÃO EM VIGOR
• Decreto 3800 de 20 de abril de 1970.
• Lei Federal Nº 6766 de 19 de dezembro de 1979.
• Resolução nº 728/2007.

LEGISLAÇÃO AGUARDANDO APROVAÇÃO


• LPS (PLC 56/2018): Esta Lei institui normas gerais que disciplinam o parcelamento
do solo no território municipal, tratando de diversos aspectos relativos a loteamentos,
desmembramentos de lotes e abertura de novas logradouros.
CÓDIGO DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO

LEGISLAÇÃO EM VIGOR
• Lei Nº1574/67
• Decreto 3800 de 20 de abril de 1970
• Outras normas específicas ( 50 normas em vigor aplicáveis à SMU, além de outras
aplicáveis aos demais órgãos envolvidos)

LEGISLAÇÃO AGUARDANDO APROVAÇÃO


• CLF (PLC 55/2018): O CLF define as normas para a execução de toda a obra de
construção, reconstrução total ou parcial, modificação, modificação de uso, acréscimo,
reforma e conserto de edificações em geral, marquises e muros, contenção do solo,
canalização e drenagem.
CÓDIGO AMBIENTAL

• LEGISLAÇÃO AGUARDANDO APROVAÇÃO


• CA (PLC 30/2013): Objetiva complementar a política municipal de meio ambiente,
definindo normas, critérios, parâmetros e padrões para o licenciamento ambiental;
para o controle, monitoramento e fiscalização ambiental da poluição do ar, hídrica,
sonora, do solo e subsolo, das áreas protegidas, da fauna e flora, da paisagem; e para
orientar as ações de sustentabilidade ambiental no âmbito do município –Sob a
coordenação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC).
CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES

LEGISLAÇÃO EM VIGOR
• Lei Complementar nº 198/2019
• Demais normas edilícias
• Normas do Corpo de Bombeiros -CBMERJ
• Normas técnicas em geral (qualidade, conforto, segurança e acessibilidade)

NOVA LEGISLAÇÃO APROVADA:


• COE (LC 198/2019): Aprovada pela Câmara Municipal em 18/12/2018, sancionada
pelo prefeito em 14/01/2019, republicada em 18/01/2019. Este Código institui normas
para a elaboração de projetos e para a construção, buscando garantir a preservação da
qualidade da paisagem da cidade e das suas edificações.
│Parâmetros Urbanísticos
Alguns Parâmetros Urbanísticos
• Afastamento frontal/ lateral/ fundos;
• Afastamento entre edificações;
• Edificações afastadas e não afastadas das divisas;
• PVI e PV;
• Taxa de Ocupação;
• Taxa de Permeabilidade;
• Índice de aproveitamento do terreno (IAT);
• Gabarito;
IAT – Índice de Aproveitamento do Terreno
O índice de Aproveitamento do Terreno é um número que, multiplicado pela área do lote,
indica a quantidade máxima de metros quadrados que podem ser construídos em um lote,
somando-se áreas de pavimentos, resultando na área total edificada permitida (ATE).

ATE = IAT X área do lote

**O IAT é definido por leis e decretos.


TO – Taxa de Ocupação
A Taxa de ocupação é a relação percentual entre a projeção da edificação e a área do terreno.
Ou seja, ela representa a porcentagem do terreno sobre o qual há edificação.

TAXA DE OCUPAÇÃO = área de projeção da edificação x 100


área do lote

*A TO é definido por leis e decretos.


Gabarito/Altura

Gabarito é o número máximo de pisos numa edificação, permitidos pela legislação. Altura é a
dimensão vertical medida desde a cota de soleira até o ponto mais alto do edifício.

*
*O Gabarito e/ou Altura é definido por leis e decretos, PAA’s, PAL’s e por órgãos de proteção
da paisagem urbana/histórica.
Afastamentos frontal

Afastamento frontal é a área livre na frente do lote.

*
*O Afastamento frontal é definido por leis e decretos, PAA’s e PAL’s.
Projeção da edificação

Dimensões máximas da projeção horizontal das edificações.

*
*O Polígonos máximo é definido por leis e decretos.
Tipologias

Em função o zoneamento, são definidos tipos de


edificações permitidas, limitando usos e a
volumetria.

*
*A tipologia é definida por leis e decretos.

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