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Carlos Mosquera1, Lorena Barolo Fernandes2, Mariana Arruda3, Gastão O.F. da Luz 4
RESUMO - Há muito tempo que a Escola Regular (ER) e, hoje, Escola Inclusiva (EI)
busca parcerias na forma de novas ações pedagógicas, para superar os atrasos que a
mesma sofre durante décadas. São muitos os modelos de estratégias já aplicadas nas
escolas que fracassaram e poucas ainda resistem. Não só pelo fato de que as novas
tecnologias ainda não foram assimiladas pelas escolas, mas também pelo fato de que
ainda há inseguranças nos avanços dos novos recursos. A neurociência cognitiva (NC)
se apresenta atualmente como uma inspiração para esta “nova parceria” que se bem
compreendida, pode facilitar a aplicação de novos modelos pedagógicos. O objetivo dessa
revisão é discutir as possibilidades da NC em colaborar com a EI, e principalmente, se
isso pode acrescentar no trabalho educativo com alunos deficientes visuais. Optou-se, na
metodologia da revisão, selecionar os artigos e trabalhos na internet em geral e revistas
especializadas. Os descritores usados foram: deficiência visual, neurociência cognitiva,
plasticidade cerebral, escola inclusiva e escola para cegos. A busca foi realizada entre os 52
anos 2013 a 2015. A justificativa centra-se na necessidade em apresentar um tema ainda
pouco discutido e importante na EI. Os resultados encontrados confirmam a importância
de assumir as parcerias na EI, oferecendo assim, novas propostas pedagógicas, além de
proporcionar uma dinâmica mais interessante para todos.
Carlos Mosquera1, Lorena Barolo Fernandes2, Mariana Arruda3, Gastão O.F. da Luz 4
ABSTRACT - For a long time the Regular School and today the Inclusive School have
been seeking partnerships in the form of new pedagogical actions to overcome the delays
that it has suffered for decades. There are many models of strategies already implemented
in schools that have failed, and few that are still resisting. Not only by the fact that new
technologies have not yet been assimilated by schools, but also by the fact that there are still
uncertainties in the advances of new resources. Cognitive neuroscience is now presented
as an inspiration for this “new partnership”, which, if well understood, can facilitate the
implementation of new pedagogical models. The objective of this review is to discuss the
possibilities of cognitive neuroscience in supporting the Inclusive School, and especially
if it can add to the educational work with visually impaired students. In the methodology
review, articles and papers were selected on the Internet in general and from specialized
magazines. The keywords used were: visual impairment, the blind, cognitive neuroscience,
brain plasticity, inclusive school and school for the blind. The search was carried out between 53
the years 2013 to 2015. The justification is the need to present a topic not yet discussed
in the Inclusive School. The results confirm the importance of cognitive neuroscience in
education for the visually impaired, mainly because this partnership explains and shows
new ways for a more inclusive learning.
Com a EI2, principalmente desde os anos 1990, a situação não é diferente; por
isso mesmo, a neurociência continua sendo uma esperança. Quando direcionamos
o tema para a deficiência visual (DV), que envolve não apenas o aparelho ocular, mas
principalmente as estruturas nervosas e cerebrais, o envolvimento da Neurociência
com a EI aumenta exponencialmente.
Luz sugere com essa citação, que o debate para outra praxe educacional é 54
urgente e exigente em termos de uma visão de Curriculum Vitae, o que é diferente
de somente manter escolas no Brasil.
Não somos uma “tábula rasa”, (PINKER, 2002) como se acreditava desde
Aristóteles, e por muito tempo, talvez grande parte do século XX os especialistas
intuíam que a “página em branco” era preenchida com as experiências da vida. E
por isso mesmo, a escola da época, era a principal responsável para ensinar. As
percepções errôneas sobre aprendizagem não ficaram aí: acreditava-se também,
que o uso da linguagem era vital para o pensamento abstrato, ou seja, os bebês e as
pessoas surdas não podiam aprender, segundo esta lógica. (PERLIN; STROBEL,
p.27, 2014).
3 J.M. Hunt, Intelligence and Experience (Nova York: Ronald Press, 1961).
4 McDonnell Foundation, Escola Latino Americana de Ciências Educacionais, Cognitivas e
Neurais (http://www.laschool4education.com/).
Alguns estudos mostram que os bebês podem enxergam desde que nascem
e já podem contar até três à partir dos cinco meses. Tais pesquisas desenvolveram
métodos apropriados para conhecer como os bebês enxergam, dentre elas o
método expectativa visual (CANFIELD e SMITH, 1996), que ajuda a compreender
como as crianças se desenvolvem, e naturalmente, como aproveitar os estímulos
externos para favorecer o desenvolvimento e crescimento das crianças.
Isso confirma como o cérebro responde aos estímulos recebidos, que por
sua vez transforma estas informações em um novo aprendizado.
O que vem a ser esse “suporte” na EI? Nada mais do que a individualidade
corporificada, como cita Cratty (1982); é a necessidade das crianças cegas
conhecerem seus corpos e a relação entre sua partes, “assim como a relação que
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seu corpo guarda com o espaço que a rodeia.” A escola precisa, antes de mais
nada, incentivar a “corporificação” das imagens, sejam elas reais ou abstratas, para
que muitos conceitos, deixem de ser simplesmente “invisíveis”.
Por isso mesmo, é provável que a música seja um dos processos mais
importantes para aprendizagem, pois conecta-se perfeitamente com os estímulos
externos e o funcionamento cerebral.
Não só isso é suficiente para que haja uma integração entre a “EI x NC”. É
preciso que as duas partes reconheçam a necessidade de novos conhecimentos,
do envolvimento do professor, do acolhimento, do respeito às diferenças, de uma
Conclusão
Portanto, os estudos nessas duas áreas (EI e NC) devem continuar, sem
esquecer que o professor e a família, continuam sendo os principais facilitadores
cerebrais de seus alunos e filhos.
REFERÊNCIAS