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Tributação do Património

IMI, IMT e Imposto do Selo

Vítor Campos
PROGRAMA
Tributação do Património
1. Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)
1.1 Incidência real, subjetiva e temporal no IMI
1.2 Prazos
2. Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (AIMI)
2.1 Incidência objetiva, subjetiva, temporal
2.2 Taxas
2.3 Liquidação
2.4 Isenções
2.5 Avaliação
3. Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT)
3.1 Incidência
3.2 Regras Gerais
3.3 Regras Específicas
3.4 Isenções 2
PROGRAMA
Tributação do Património
4. Imposto do Selo (IS)
4.1 Aquisições do direito de propriedade sobre imóveis - Verba 1.1
4.2 Aquisição gratuita de bens, incluindo por usucapião - Verba 1.2
4.3 Arrendamentos e subarrendamentos - Verba 2
4.4 Garantias – Verba 10
4.5 Jogos – Verba 11
4.6 Operações financeiras – Verba 17
4.7 Seguros – Verba 22
4.8 Transferências onerosas de atividades ou exploração de serviços - Verba 27
4.9 Isenções (2 exemplos)

3
1. Imposto Municipal sobre
Imóveis (IMI)

4
1.1 Incidência real, subjetiva e
temporal no IMI

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Incidência Real
O IMI incide sobre o VPT dos prédios:

Prédios Rústicos
Artigo 3.º do CIMI

Espécies de prédios
Prédios Urbanos Artigo 4.º do CIMI urbanos
Art.º 6.º do CIMI

Prédios Mistos Artigo 5.º do CIMI


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Incidência Pessoal
Proprietário
Quem tal figure ou deva figurar na matriz,
em 31 de Dezembro, ou, na falta de
Usufrutário inscrição matricial, quem em tal data
Art.º 8º do CIMI

tenha a posse do prédio – n.º 4 do artigo


8º do CIMI
Superficiário
Quem tenha o uso e fruição do
Proprietário sob prédio, à data 31 de Dezembro
condição resolutiva do ano a que o mesmo respeitar
Imposto devido pela própria
Herança indivisa
herança pelo respetivo cabeça de
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casal
Página do manual: 14

Exemplo 1

A é proprietário de um prédio rústico e cede-o


por contrato de comodato a A, Unipessoal, Lda.,
para no prédio, a sociedade comercial, construir
as suas instalações comerciais e industriais.

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Página do manual: 18

Exemplo 2
Em 08.01.2019 uma empresa adquiriu um prédio

industrial e a vendedora, entretanto ficou insolvente,

antes da administração da empresa compradora encerrar

as contas do período de 2018.

Se a adquirente pagar o IMI em nome da insolvente, pode


o mesmo ser considerado gasto fiscal, na determinação do
lucro tributável, de 2018?

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Página do manual: 18

Exemplo 3

Se a adquirente pagar o IMI em nome da

insolvente, em 2019, pode o mesmo ser

considerado gasto fiscal, na determinação do

lucro tributável, de 2019?

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1.2 Prazos
Início de tributação
a) Do ano, inclusive, em que o prédio deva ser classificado
como tal;

b) Do ano seguinte ao do termo da situação de isenção,


salvo se, estando o sujeito passivo a beneficiar de isenção,
venha a adquirir novo prédio para habitação própria e
N.º 1 do Artigo 9º do
CIMI permanente e continuar titular do direito de propriedade do
prédio isento, caso em que o imposto é devido no ano em que
o prédio deixou de ser habitado pelo respetivo proprietário;

c) Do ano, inclusive, da conclusão das obras de edificação,


de melhoramento ou de outras alterações que hajam
determinado a variação do VPT de um prédio.
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Início de tributação
d) Do quarto ano seguinte, inclusive, àquele em que
um terreno para construção tenha passado a figurar no
inventário de uma empresa que tenha por objeto a

N.º 1 do Artigo 9º do construção de edifícios para venda - alínea d) do nº 1 do


CIMI artigo 9º do CIMI;

e) Do terceiro ano seguinte, inclusive, àquele em que


um prédio tenha passado a figurar no inventário de uma
empresa que tenha por objeto a sua venda - alínea e) do
nº 1 do artigo 9º do CIMI
13
Matrizes Prediais - Prazos
Artigo 13º do CIMI

❖ Por norma, 60 dias a contar da ocorrência dos factos que justificam a


sua apresentação

❖ No caso de verificação de um evento determinante da cessação de uma


isenção - [alínea g) do nº 1 do artigo 13º do CIMI] -, 30 dias a contar da
verificação desse evento – 1ª parte do nº 5 do artigo 13º do CIMI e
artigo 9º do EBF
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Página do manual: 22

Exemplo 4
A não sujeição a imposto sobre o rendimento das pessoas

singulares abrangidas pelo Art.º 5º do Regime Transitório,

numa futura alienação onerosa, pelo proprietário, devida

pela aquisição de um prédio rústico em 1988 e a sua

divisão posterior, na vigência do CIRS, em vários prédios

rústicos. O que fazer em IMI e em IRS?

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Página do manual: 27

Exemplo 5
Uma empresa, com o objeto de compra e venda de
imóveis, adquiriu em 05 de janeiro de 2019, um prédio,
com destino a revenda, o qual foi registado na classe de
inventários, na conta de compras, subconta de
mercadorias.

Para beneficiar da não sujeição a IMI, o que deve fazer a


empresa?

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Página do manual: 27

Exemplo 5 (cont.)
Uma empresa, com o objeto de compra e venda de
imóveis, adquiriu em 05 de janeiro de 2019, um prédio,
com destino a revenda, o qual foi registado na classe de
inventários, na conta de compras, subconta de
mercadorias.

A partir de quando é devido o IMI?

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Página do manual: 27

Exemplo 5 (cont.)
Uma empresa, com o objeto de compra e venda de imóveis,
adquiriu em 05 de janeiro de 2019, um prédio, com
destino a revenda, o qual foi registado na classe de
inventários, na conta de compras, subconta de
mercadorias.

Em 10 de Janeiro de 2019 a empresa reclassificou o prédio


para Propriedades de Investimento.

Quais as consequências da alteração do destino?

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Página do manual: 27

Exemplo 5.1
Uma empresa, com o objeto de construção de prédios
para venda, adquiriu em 05 de janeiro de 2019, um
terreno para construção, com destino à construção de
prédios para venda, o qual foi registado na classe de
inventários, na conta de compras, subconta de matérias-
primas

Para beneficiar da não sujeição a IMI o que deve fazer?

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Página do manual: 27

Exemplo 5.1 (cont.)


Uma empresa, com o objeto de construção de prédios
para venda, adquiriu em 05 de janeiro de 2019, um
terreno para construção, com destino à construção de
prédios para venda, o qual foi registado na classe de
inventários, na conta de compras, subconta de matérias-
primas

A partir de quando será devido o IMI?

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Página do manual: 27

Exemplo 5.1 (cont.)


Uma empresa, com o objeto de construção de
prédios para venda, adquiriu em 05 de janeiro de
2019, um terreno para construção, com destino à
construção de prédios para venda, o qual foi
registado na classe de inventários, na conta de
compras, subconta de matérias-primas

Caso a empresa tivesse comunicado ao serviço de


finanças da área em que se situa o prédio no
prazo de 90 dias. Qual a consequência desta
comunicação? Em IMI/IRC?
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Página do manual: 28

Exemplo 5.1 (cont.)


Uma empresa, com o objeto de construção de
prédios para venda, adquiriu em 05 de janeiro de
2019, um terreno para construção, com destino à
construção de prédios para venda, o qual foi
registado na classe de inventários, na conta de
compras, subconta de matérias-primas.

O IMI devido nestas circunstâncias é relevante


fiscalmente na determinação do lucro tributável?
Quando?

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Página do manual: 28

Exemplo 5.1 (cont.)


Uma empresa, com o objeto de construção de
prédios para venda, adquiriu em 05 de janeiro de
2019, um terreno para construção, com destino à
construção de prédios para venda, o qual foi
registado na classe de inventários, na conta de
compras, subconta de matérias-primas.

O(s) IMI(s) que a empresa tem de suportar fora do


período de suspensão do imposto, enquanto
constrói o prédio são gastos do período, ou
capitalizáveis durante o período da construção do
prédio? 23
Página do manual: 28

Exemplo 5.1 (cont.)


Uma empresa, com o objeto de construção de
prédios para venda, adquiriu em 05 de janeiro de
2019, um terreno para construção, com destino à
construção de prédios para venda, o qual foi
registado na classe de inventários, na conta de
compras, subconta de matérias-primas.

Caso as empresas tivessem adquirido os prédios


referidos a vendedores, que já tivessem beneficiado
da não sujeição, quais eram as consequências?

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Página do manual: 28

Exemplo 5.1 (cont.)


Uma empresa, com o objeto de construção de
prédios para venda, adquiriu em 05 de janeiro de
2019, um terreno para construção, com destino à
construção de prédios para venda, o qual foi
registado na classe de inventários, na conta de
compras, subconta de matérias-primas.

Caso as empresas estejam domiciliadas em


territórios e regiões com regimes de tributação
claramente mais favoráveis (Portaria n.º 150/2004
de 13 de fevereiro, atualizada em 2017),
beneficiam desta não sujeição? 25
Página do manual: 28

Exemplo 5.1 (cont.)


Uma empresa, com o objeto de construção de prédios
para venda, adquiriu em 05 de janeiro de 2019, um
terreno para construção, com destino à construção de
prédios para venda, o qual foi registado na classe de
inventários, na conta de compras, subconta de matérias-
primas.

Caso a empresa inicialmente tivesse classificado o prédio


para venda e comunicado no prazo legal a não sujeição e
posteriormente altere o destino para a construção de
prédios para venda, pode convolar a não sujeição e
aumentar o prazo respetivo?

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Página do manual: 28

Exemplo 5.1 (cont.)


Uma empresa, com o objeto de construção de
prédios para venda, adquiriu em 05 de janeiro de
2019, um terreno para construção, com destino à
construção de prédios para venda, o qual foi
registado na classe de inventários, na conta de
compras, subconta de matérias-primas.

Caso ocorra o inverso também é possível a


convolação, com a respetiva diminuição do prazo?

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Página do manual: 28

Exemplo 5.1 (cont.)


Uma empresa, com o objeto de construção de
prédios para venda, adquiriu em 05 de janeiro
de 2019, um terreno para construção, com
destino à construção de prédios para venda, o
qual foi registado na classe de inventários, na
conta de compras, subconta de matérias-primas.

Após a construção do prédio para venda, a


empresa pode beneficiar da não sujeição para
venda do prédio construído e concluído? Onde
deve classificar o prédio concluído?
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Página do manual: 29

Exemplo 5.1 (cont.)


Uma empresa, com o objeto de construção de
prédios para venda, adquiriu em 05 de janeiro de
2019, um terreno para construção, com destino à
construção de prédios para venda, o qual foi
registado na classe de inventários, na conta de
compras, subconta de matérias-primas.

Estas não sujeições podem ser comunicadas e


deferidas para os sujeitos passivos sem
contabilidade organizada?

29
Página do manual: 29

Exemplo 6
Uma empresa, com o objeto de construção de
prédios para venda tem registado como ativo fixo
tangível um edifício industrial adquirido, em 05
de janeiro de 2012, e demoliu-o em 30 de
novembro de 2019, para construir outro edifício
com destino a venda.

Para beneficiar da não sujeição a IMI o que deve


fazer?

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Página do manual: 29

Exemplo 6 (cont.)
Uma empresa, com o objeto de construção de
prédios para venda tem registado como ativo fixo
tangível um edifício industrial adquirido, em 05
de janeiro de 2012, e demoliu-o em 30 de
novembro de 2019, para construir outro edifício
com destino a venda.

A partir de quando será devido o IMI?

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Página do manual: 30

Exemplo 6 (cont.)
Uma empresa, com o objeto de construção de
prédios para venda tem registado como ativo fixo
tangível um edifício industrial adquirido, em 05
de janeiro de 2012, e demoliu-o em 30 de
novembro de 2019, para construir outro edifício
com destino a venda.

Pode acumular na mesma empresa, a não


sujeição, contida nas alíneas d) e e) do n.º 1 do
artigo 9.º do Código do Imposto Municipal sobre
Imóveis?
32
2. Adicional ao Imposto Municipal
sobre Imóveis (AIMI)

33
2.1 Incidência objetiva, subjetiva,
temporal

34
Objetiva
Art.º 135º B CIMI

✓ O adicional ao IMI incide sobre a


soma dos VPT’s dos prédios
urbanos de que o sujeito passivo
seja titular – (n.º 1) Reportado a 1 de janeiro do ano
✓ São excluídos do adicional ao IMI a que respeita o AIMI
os prédios urbanos “comerciais”,
“industriais”, “para serviços” e
“outros” - (n.º 2)

35
Subjetiva
Art.º 135º A CIMI

✓ Pessoas singulares ou coletivas


proprietárias, usufrutuárias ou
superficiárias de prédios urbanos – (n.º 1)
✓ As heranças indivisas e quaisquer estruturas Reportado a 1 de janeiro do
ou centros de interesses coletivos sem
ano a que respeita o AIMI
personalidade jurídica que figurem nas
matrizes como sujeitos passivos de IMI são
equiparadas a pessoas coletivas (m.º2)

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Página do manual: 40

Exemplo 7
A sociedade X, S.A., é proprietária em
01.01.2019., de um terreno para construção, com
o VPT de 100.000 €, classificado em inventários,
para venda.

a) Em que situações não é sujeita a adicional de


IMI?

b) Sendo sujeita a adicional de IMI, quanto é que


paga de adicional de IMI.

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Página do manual: 40

Exemplo 8
A sociedade Y, S.A., é proprietária de vários imóveis em
01.01.2019, a saber:
1. Um prédio urbano habitacional, com o VPT de 1.000.000 €,
classificado em propriedades de investimento.
2. Um prédio urbano industrial, com o VPT de 2.000.000 €,
classificado em ativos fixos tangíveis.
3. Vários prédios rústicos, com o VPT de 10.000 €, classificados
em propriedades de investimento.
4. Um terreno para construção, com o VPT de 500.000 €,
classificado em inventários e onde se encontra a construir para
venda.

Determine o adicional de IMI que a sociedade tem de pagar em


2019.
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2.2 Taxas

39
Taxas – Pessoas Coletivas
Taxa Regra
0,40% Regra geral
Regras Específicas:
1. Quando o valor dos prédios detidos por pessoas coletivas forem afetos a uso pessoal
dos titulares do respetivo capital, dos membros dos órgãos sociais ou de quaisquer órgãos
de administração, direção, gerência ou fiscalização ou dos respetivos cônjuges,
ascendentes e descendentes (estes prédios devem ser identificados no anexo AIMI da
Modelo 22)
0,70% Taxa a aplicar a parcela do valor até 1 000 000 (euro)
Taxa marginal para a parcela do valor que exceda 1 000 000 (euro) e seja igual ou
1,00%
inferior a 2 000 000 (euro)
1,50% Taxa marginal para a parcela que exceda 2 000 000 (euro)

40
2. Para os prédios que sejam propriedade de entidades sujeitas a um regime fiscal mais
7,50%
favorável, a que se refere o n.º 1 do artigo 63.º-D da Lei Geral Tributária
Taxas – Pessoas Singulares
Taxa Regra

0,70% Regra geral (pessoas singulares e heranças indivisas)


Quando o valor tributável superior a superior a 1 000 000 (euro) e igual ou inferior
1,00% a 2 000 000 (euro), ou o dobro destes valores quando seja exercida a opção
prevista no n.º 1 do artigo 135.º-D
Quando o valor tributável superior a 2 000 000 (euro), ou o dobro deste valor
1,50%
quando seja exercida a opção prevista no n.º 1 do artigo 135.º-D

41
Sujeito passivo / situação Taxa
Pessoas coletivas 0,4%
Até 600 000 ---
Heranças indivisas
> 600 000 0,7%
Até 600 000 ---
> 600 000 e ≤ 1 000 000 0,7%
Tributação individual
> 1 000 000 e ≤ 2 000 000 1%
> 2 000 000 1,5%
Pessoas singulares
Até 1 200 000 ---
Opção pela tributação > 1 200 000 e ≤ 2 000 000 0,7%
conjunta > 2 000 000 e ≤ 4 000 000 1%
> 4 000 000 1,5%
Prédios detidos por pessoas coletivas afetos a uso Até 1 000 000 0,7%
pessoal dos titulares do respetivo capital, dos
membros dos órgãos sociais ou de quaisquer órgãos > 1 000 000 e ≤ 2 000 000 1%
de administração, direção, gerência ou fiscalização
ou dos respetivos cônjuges, ascendentes e > 2 000 000 1,5%
descendentes
Prédios propriedade de entidades sujeitas a um regime
fiscal mais favorável, a que se refere o n.º 1 do artigo 7,5% 42

63.º-D da LGT
Página do manual: 42

Exemplo 9
A e B são casados em comunhão de adquiridos, sendo que A é coletado para o
exercício da atividade de construção para venda. São proprietários dos
seguintes imóveis;
A e B – bens comuns:
1) Na atividade comercial tem terrenos para construção, com valor patrimonial
de 1.200.000 €, classificados em inventários, sendo que 200.000 € são não
sujeitos a IMI.
2) Um prédio urbano habitacional, com o VPT de 250.000€.
A – Bem próprio:
1) Um prédio urbano habitacional, com VPT de 100.000 €.

Determine o adicional de IMI que os cônjuges tiveram de pagar em 2019.


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Página do manual: 42

Resolução
→ Tributação separada

Pressuposto: Os bens comuns estão em nome de A


Valor tributável: (1.200.000 €-200.000 €) + 250.000 € + 100.000 € = 1.350.000 €
Dedução: 600.000 €
AIMI: 750.000 € x 0,7% = 5.250 €

→ Tributação conjunta

Valor Tributável:(1.200.000 € – 200.000 €) + 250.000 € + 100.000 € =1.350.000 €


Deduções: 1.200.000 € (600.000 € x 2 - Tributação conjunta n.º 1 do Art.º
135.º-D do CIMI)
AIMI: 150.000 € x 0,7% = 1.050 €

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Página do manual: 43

Exemplo 10
A viúva é cabeça de casal da herança por óbito de seu marido, onde constam
como herdeiros mais três filhos. Em nome da herança constam os seguintes
bens imóveis:
→ Na atividade de construção de prédios para venda, bens imóveis, com os
seguintes valores patrimoniais tributários, para a habitação, 3.000.000 €, para
o comércio, 2.000.000 € e para serviços 1.000.000 €.
→ A viúva é proprietária de bens imoveis, para a habitação, com o VPT de
2.500.000 €.
→ Dois dos filhos são proprietários de bens imóveis, para a habitação, em
compropriedade, no montante de 1.000.000 €.
→ O outro filho não tem bens imóveis.
Determine o adicional de IMI que a viúva e os filhos tiveram de pagar em
45
2019.
Página do manual: 43

Resolução
→ Tributação separada
Cabeça de casal:
Valor Tributável: 1.875.000 € + 2.500.000 € = 4.375.000 €
Deduções: 600.000 €
AIMI → 400.000 € x 0,7% + 1.000.000 x 1% + 2.375.000 x 1,5%= 48.425 €

Filho 1
Valor Tributável: 375.000 € + 500.000 € = 875.000 €
Deduções: 600.000 €
AIMI: 275.000 x 0,7% = 1.925 €

Filho 2
Valor Tributável: 375.000 € + 500.000 € = 875.000 €
Deduções: 600.000 €
AIMI: 275.000 € x 0,7% = 1.925 €

Filho 3
Valor Tributável: 375.000 €
Deduções: 600.000 € 46
AIMI: 0 €
Página do manual: 43

Resolução

→ Tributação conjunta

Herança: 3.000.000 €
Dedução: 600.000 €
AIMI: 400.000 € x 0,7% + 1.000.000 € x 1% +
1.000.000 x 1,5 % = 27.800 €

47
Página do manual: 43

Exemplo 11
A, solteiro, empresário em nome individual é
proprietário em 01.01.2019., de imóveis, com o
VPT de 550.000 €.
Qual o valor a pagar de AIMI?

Não tem de pagar, porque VPT < 600.000 €

48
Página do manual: 44

Exemplo 11 (cont.)
A, solteiro, empresário em nome individual é
proprietário em 01.01.2019., de imóveis, com
o VPT de 700.000 €. Qual o valor a pagar de
AIMI?

700.000 € - 600.00 € = 100.000 €


AIMI= 100.000 € x 0.7% = 700 €

49
Página do manual: 44

Exemplo 11 (cont.)
A, solteiro, empresário em nome individual é
proprietário em 01.01.2019., de imóveis, com o VPT
de 1.500.000 €. Qual o valor a pagar de AIMI?

Valor tributável: 1.500.000 €


1.000.000 € - 600.000 € = 400.000 € → 400.000 € x 0,7% = 2.800 €
1.500.000 € - 1.000.000 € = 500.000 € →500.000 € x 1% = 5.000 €
AIMI: 2.800 €+5.000 €= 7.800,00 €

50
Página do manual: 44

Exemplo 11 (cont.)
A, solteiro, empresário em nome individual é
proprietário em 01.01.2019., de imóveis, com o VPT de
2.500.000 €. Qual o valor a pagar de AIMI?

Valor tributável: 2.500.000 €


1.000.000 € - 600.000 € = 400.000 € →400.000 € x 0,7% = 2.800 €
2.000.000 € - 1.000.000 € = 1.000.000 € → 1.000.000 x 1% = 10.000 €
500.000 € x 1,5% = 7.500 €
AIMI:2.800 €+10.000 €+7.500 €= 20.300 €

51
Página do manual: 44

Exemplo 11 (cont.)
A, casado, empresário em nome individual era
proprietário em 01.01.2019., de imóveis, com o
VPT de 2.500.000 €. Qual o valor a pagar de
AIMI?

52
Página do manual: 44

Resolução
Valor tributável: 2.500.000 €

→ Tributação separada:

1.000.000 € - 600.000 € = 400.000 € → 400.000 € x 0,7% = 2.800 €


2.000.000 € - 1.000.000 € = 1.000.000 € → 1.000.000 € x 1% = 10.000 €
500.000 € x 1,5% = 7.500 €
AIMI:2.800 €+10.000 €+7.500 € = 20.300 €

→ Tributação conjunta:

2.000.000 € - 1.200.000 € = 800.000 € → 800.000 € x 0,7% = 5.600 €


500.000 € x 1% = 5.000 €
AIMI:5.600 €+5.000 € = 10.600 €

53
2.3 Liquidação

54
Liquidação/Pagamento
O adicional ao IMI é liquidado anualmente, pela AT, no mês
de junho do ano a que o imposto respeita (n.º 4), com base
Artigo 135.º-G nos VPT’s dos prédios e em relação aos sujeitos passivos que
constem das matrizes em 1 de janeiro do ano a que o
mesmo respeita (n.º 1).

O pagamento do adicional ao IMI é efetuado


Artigo 135.º-H no mês de setembro do ano a que o mesmo
respeita.

55
Página do manual: 45

Exemplo 12
A obteve rendimentos prediais de 180.000 € sujeitos a
retenção na fonte no montante de 15.000 €, no ano de
2019.

Todos os prédios estão arrendados e o somatório dos


valores patrimoniais tributários dos prédios totais de A é
de 3.000.000 €, sendo os habitacionais de 2.100.000 €.

Quanto pagou de AIMI, em 2019?

56
Página do manual: 45

Resolução
Valor tributável: 2.100.000 €

1.000.000 € - 600.000 € = 400.000 € → 400.000 € x 0,7% = 2.800 €


2.000.000 € - 1.000.000 € = 1.000.000 € → 1.000.000 € x 1% = 10.000 €
100.000 € x 1,5% = 1.500 €

AIMI∶ 2.800 € + 10.000 € + 1.500 € = 14.300 €

57
Página do manual: 46

Exemplo 12 (cont.)
A obteve rendimentos prediais de 180.000 € sujeitos a
retenção na fonte no montante de 15.000 €, no ano de
2019.
Todos os prédios estão arrendados e o somatório dos
valores patrimoniais tributários dos prédios totais de A é
de 3.000.000 €, sendo os habitacionais de 2.100.000 €.

O IMI pago em 2018 foi de 11.000 € e em 2019 de 12.000


€ e a pagar em 2020, 13.000 €.

No caso a A ser residente em território português, quanto


de IMI considera de dedução específica, na Categoria F?
58
Página do manual: 46

Exemplo 12 (cont.)
A obteve rendimentos prediais de 180.000 € sujeitos a
retenção na fonte no montante de 15.000 €, no ano de
2019.

Todos os prédios estão arrendados e o somatório dos


valores patrimoniais tributários dos prédios totais de A é
de 3.000.000 €, sendo os habitacionais de 2.100.000 €.

b) No caso de A ser residente em território português,


quanto de AIMI considera de dedução à coleta?

59
Página do manual: 46

Resolução
Tributação taxa especial – n.º 1 do Art.º 72º do CIRS
Rendimento bruto: 180.000 €
Dedução específica : 12.000 €
Rendimento líquido: 168.000 €
Coleta : 47.040 €
Dedução à coleta : 14.300 €
Imposto liquidado: 32.740 €
Retenção na fonte: 15.000 €
Imposto a pagar: 17.740 €

Com englobamento – taxas do Art.º 68º do CIRS


Rendimento bruto: 180.000 €
Dedução específica : 12.000 €
Rendimento líquido: 168.000 €
Coleta : 72.263,92 €
Dedução à coleta : 14.300 €
Imposto liquidado: 57.963,92 €
Retenção na fonte: 15.000 € 60

Imposto a pagar: 42.963,92 €


Página do manual: 46

Exemplo 12 (cont.)
A obteve rendimentos prediais de 180.000 € sujeitos a
retenção na fonte no montante de 15.000 €, no ano de
2019.
Todos os prédios estão arrendados e o somatório dos
valores patrimoniais tributários dos prédios totais de A é
de 3.000.000 €, sendo os habitacionais de 2.100.000 €.
O IMI pago em 2018 foi de 11.000 € e em 2019 de 12.000
€ e a pagar em 2020, 13.000 €.

No caso se A ser não residente em território português.

Quanto de IMI e de AIMI considera de dedução específica e


dedução á coleta?
61
Página do manual: 46

Exemplo 12 (cont.)
A obteve rendimentos prediais de 180.000 € sujeitos a
retenção na fonte no montante de 15.000 €, no ano de
2019.
Todos os prédios estão arrendados e o somatório dos
valores patrimoniais tributários dos prédios totais de A é
de 3.000.000 €, sendo os habitacionais de 2.100.000 €.
O IMI pago em 2018 foi de 11.000 € e em 2019 de 12.000
€ e a pagar em 2020, 13.000 €.

A obteve de rendimentos no exercício da atividade de


alojamento local de 150.000 €, no ano de 2019.
Quanto deduz ao rendimento bruto e quanto deduz à
coleta, de IMI e AIMI?
62
Página do manual: 49

Exemplo 13
A sociedade Y, Lda., obteve de rendimentos prediais 380.000 € dos
seguintes três imóveis, em 2019;

1) De um prédio urbano habitacional, com o VPT de 1.000.000 €,


classificado em propriedades de investimento – de rendimento bruto
150.000 € e de rendimento líquido 100.000 €.
2) Um prédio urbano industrial, com o VPT de 2.000.000 € classificado em
Inventários. – 110.000 €
3) Um prédio habitacional, adquirido em sistema de locação financeira,
com o VPT de 2.500.000 €. – de rendimento bruto 200.000 € e de
rendimento líquido 120.000 €

A sociedade encontra-se no regime geral de tributação somente com


estes rendimentos e obteve em 2019 um resultado antes de imposto de
100.000 € e o Contabilista Certificado tem dúvidas sobre, quanto ao
AIMI, se deve efetuar a dedução à coleta ou considerar o gasto relevante
63
fiscalmente?
Página do manual: 49

Resolução
Método pela dedução à coleta
AIMI:
Prédio urbano habitacional → AIMI: 1.000.000 € x 0,4% = 4.000 €

Prédio habitacional adquirido em sistema de locação financeira


Valor tributável (Art.º 135.º-B do CIMI):
2.500.000 € - 600.000 € = 1.900.000 €  AIMI: 1.900.000 x 0.4 % = 7.600 €,
encargo do locatário.
AIMI total: 4.000 € + 7.600 € = 11.600 €

Coleta:
15.000 € x 17 % = 2.550 €
85.000 € x 21 % = 17.850,00 €
2.550 € + 17.850 € = 20.400 €
Os rendimentos líquidos prediais dos prédios urbanos habitacionais são de
220.000 €
Limite de dedução: 220.000 € x 0,21 = 46.200 €
Dedução à coleta: 11.600 €, consequentemente deduz na totalidade na coleta. 64
Página do manual: 49

Resolução
Caso siga a regra geral da dedução ao rendimento:

RAI: 100.000 € – 11.600 €= 88.400 €


15.000 € x 17 % = 2.550 €
73.400 € x 21 % = 14.414 €

Coleta:2.550 €+14.414 €= 17.964 €


Pelo que é preferível deduzir à coleta, uma vez que 8.800 € é inferior a 17.964 €.

65
Página do manual: 51

Exemplo 13 (cont.)
A sociedade Y, Lda., obteve de rendimentos prediais 380.000 € dos
seguintes três imóveis, em 2019;
1) De um prédio urbano habitacional, com o VPT de 1.000.000 €,
classificado em propriedades de investimento – de rendimento bruto
150.000 € e de rendimento líquido 100.000 €.
2) Um prédio urbano industrial, com o VPT de 2.000.000 € classificado
em Inventários. – 110.000 €
3) Um prédio habitacional, adquirido em sistema de locação financeira,
com o VPT de 2.500.000 €. – de rendimento bruto 200.000 € e de
rendimento líquido 120.000 €

A sociedade encontra-se no regime especial de transparência fiscal,


sendo a mesma reduzida a dois sócios, somente com estes
rendimentos e obteve em 2019 um resultado antes de imposto de
100.000 €, como resolver?
66
Página do manual: 51

Resolução
A dedução no IRS é obrigatória à coleta nos sócios, logo imputação do RAI
de 100.000 € é efetuada, na falta de mais elementos, na proporção de
50% a cada sócio no montante de 50.000 €. Caso não tenha mais nenhum
rendimento, cada um dos sócios, de acordo com as taxas do artigo 68.º
do CIRS estes rendimentos da categoria B teriam a seguinte liquidação:

36.856 € x 0.28838 = 10.628,53 €


13.144 € x 0.45 = 5.914,80 €
Coleta:10.628,53 + 5.914,80 = 16.612,38 €
Dedução à coleta = 5.800 € (11.600 € ÷2)
Imposto liquidado = 10.812,38 €

O IRS liquidado pelos dois sócios seria de 10.812,38 € x 2 = 21.624,76 €


Mas se seguíssemos a regra geral, o AIMI seria gasto fiscal relevante e o
RAI seria de 88.400 €.
67
Página do manual: 51

Exemplo 13 (cont.)
A sociedade Y, Lda., obteve de rendimentos prediais 380.000 € dos
seguintes três imóveis, em 2019;

1) De um prédio urbano habitacional, com o VPT de 1.000.000 €,


classificado em propriedades de investimento – de rendimento bruto
150.000 € e de rendimento líquido 100.000 €.

2) Um prédio urbano industrial, com o VPT de 2.000.000 € classificado


em Inventários. – 110.000 €

3) Um prédio habitacional, adquirido em sistema de locação financeira,


com o VPT de 2.500.000 €. – de rendimento bruto 200.000 € e de
rendimento líquido 120.000 €

A sociedade é não residente, e mantém ou altera a sua posição?


68
Resolução
Os rendimentos prediais são tributados de acordo com as regras do IRS,
categoria F, conforme n.º 1 do artigo 56.º CIRC.
Manter os dados anteriores, aditando de rendas brutas – deduções
específicas que consideramos cerca de 200.000 € no qual se incluem
100.000 € do imóvel sujeito a AIMI e sem inclusão do AIMI.

RAI = 260.000 € (460.000 € – 200.000 €)


Taxa - n.º 4 do Artigo 87.º do CIRC = 260.000 € x 0.25 = 65.000 €

Limite = 220.000 € x 0,25 = 55.000 €


Dedução do AIMI à coleta de 11.600 €
Imposto liquidado: 43.400 € (55.000 € – 11.600€)

Nota: Como os rendimentos líquidos são apurados de acordo com as


regras do IRS, o AIMI dos prédios arrendados não é dedutível ao
rendimento (n.º 1 do artigo 41.º do CIRS). 69
Página do manual: 52

Exemplo 14
Z, Lda., tem sede num país constante da Lista Negra. Tem o seguinte
património imobiliário em Portugal, desde 2018 e até à presente data;

1) Um prédio urbano habitacional, com o VPT de 1.000.000 €.


2) Um prédio urbano industrial, com o VPT de 2.000.000 €. Do edifício
industrial recebe da sociedade Y, SA rendas mensais de 20.000 €.
O prédio habitacional é utilizado pela gerência da sociedade quando
vem a Portugal de férias no mês de agosto e no restante tempo
encontra-se em exploração em alojamento local, onde obteve no ano
findo, 200.000 €, de rendimentos.

Qual o montante de IMI e AIMI a que está sujeita a sociedade?


IMI: 3.000.000 € x 0.075 = 225.000 € - n.º 4 do artigo 112.º do CIMI
AIMI: 1.000.000 € x 0.075 = 75.000 € - n.º 5 do artigo 135.º-F do CIMI

70
Página do manual: 52

Exemplo 15
Forma de manifestação pela opção pela tributação
conjunta, no prazo referido no Art.º 135º - D do
CIMI.

O Art.º 135.º - M do CIMI, prescreve no seu n.º 1, que no prazo de 120


dias contados a partir do termo do prazo para pagamento voluntário do
imposto, que é até final de Setembro, podem os contribuintes manifestar
ou alterar as opções referidas nos artigos 135.º-D, nos termos aí previstos
e consoante referido no seu n.º 4, por declaração a apresentar
exclusivamente no Portal das Finanças, produzindo-se os respetivos
efeitos, ressalvando-se no n.º 2 do artigo 135.º-M do CIMI que “da
entrega dessas declarações não pode resultar a ampliação dos prazos de
reclamação graciosa, impugnação judicial, ou revisão do ato tributário
que seriam aplicáveis caso não tivessem sido apresentadas”.
71
Página do manual: 53

Exemplo 17
Para sujeitos passivos de IRC, é possível pedir o
reembolso do adicional do IMI e se sim em que
circunstancias concretamente?

72
2.4 Isenções

73
As isenções e outros benefícios fiscais previstos no EBF encontram-se nos
seguintes artigos:
 Entidades elencadas nas diversas alíneas do n.º 1 do artigo 44.º do EBF
 Prédios urbanos destinados à produção de energia a partir de fontes
renováveis (redução de taxa: 50%) – artigo 44.º-A do EBF
 Prédios urbanos com eficiência enérgica (redução de taxa até 25%) – nº
1 do artigo 44.º-B do EBF
 Prédios rústicos integrados em áreas classificadas que proporcionem
serviços de ecossistema não apropriáveis pelo mercado (redução de taxa
até 50%) – n.º 3 do artigo 44.º-B do EBF
 Prédios urbanos objeto de reabilitação (3 anos de isenção) – artigo 45.º
do EBF

74
Página do manual: 55

Exemplo 18
Reembolso de Impostos Municipal sobre Imóveis
(IMI) sobre prédios localizados em centros
históricos, classificados pela Unesco.

75
2.5 Avaliação

76
Segunda Avaliação de prédios urbanos
O Art.º 76º do CIMI complementa a avaliação, com o contraditório das
fixações efetuadas pelos peritos locais, assente em reclamações,
designadas de pedidos de 2.ª avaliação, a efetuar no prazo de 30 dias, a
contar da data em que tenham sido notificados, pelo sujeito passivo,
chefe dos serviço de finanças ou câmara municipal e o adquirente, com
um, de dois fundamentos:

1) Por erro na aplicação da fórmula

2) Quando o valor apurado é “distorcido relativamente ao


valor normal de mercado”. (pedido excecional e com efeitos
apenas nalguns impostos (IRS, IRC ou IMT)

77
Página do manual: 64

Exemplo 19
Reclamação dos valores tributáveis de terrenos
para construção, para efeitos de AIMI, num sujeito
passivo que exerce a atividade de construção de
edifícios e compra e venda de imóveis.

Por desatualização do valor patrimonial tributário, o


sujeito passivo pode reclamar, conforme a alínea a)
do n.º 3 do Art.º 130.º do CIMI, decorridos três anos
sobre a data de inscrição ou atualização do prédio
na matriz.
78
Página do manual: 64

Exemplo 20
Para sujeitos passivos de IRS, qual o período e
forma de pedir a isenção de IMI. (plataforma das
finanças e ou outras e meios disponíveis)

Os sujeitos passivos podem entregar pedido de


isenção de IMI na internet desde que tenham uma
senha de identificação, nos casos previstos nos n.º 1
e nº 2, do Art.º 46º do Estatuto dos Benefícios
Fiscais e nos restantes casos têm de o fazer
fisicamente no serviço de finanças onde se localiza
o prédio, de preferência em formulário para o
efeito. 79
3. Imposto Municipal sobre as
Transmissões Onerosas de Imóveis
(IMT)

80
3.1 Incidência

81
“O imposto municipal sobre as transmissões onerosas de
imóveis (IMT) incide sobre as transmissões de prédios
previstas nos artigos seguintes, qualquer que seja o título
porque se operem” – Artigo 1.º do CIMT

82
Número 1, do Art.º 2.º do CIMT

• Apenas estão sujeitas as transmissões de imóveis situados no território


nacional.

• É irrelevante a residência do adquirente, bem como o país ou


território onde tenha lugar o facto que determine ou titule a
transmissão

Três grandes categorias de atos:


1. Contrato de compra e venda
2. Entradas com imóveis para a realização de capital das sociedades
comerciais
3. Procurações irrevogáveis, contratos de promessa com cláusula de
livre cedência de posição contratual, tradição do imóvel
83
Página do manual: 65

Exemplo 21

Em dezembro de 2019, uma sociedade comercial


prometeu adquirir por 2.000.000 €, um imóvel para a sua
sede e fábrica, cujo valor patrimonial é de 2.300.000 €, e
adiantou a título de sinal, a importância de 100.000 €.
A sociedade paga IMT, pela celebração deste contrato?
Efetue o registo contabilístico do sinal?

84
3.2 Regras Gerais

85
A incidência objetiva: concretiza-se
Artigo 2.º CIMT sobretudo nas transmissões onerosas
de direitos reais de propriedade ou
figuras parcelares desse direito,
sobre bens imóveis

A incidência subjetiva: indica que


são sujeitos passivos do imposto, os
Artigo 4.º CIMT adquirentes, pessoas singulares ou
coletivas

86
n.º 1 do Art.º 12 CIMT

Artigo 17.º CIMT

A determinação do valor tributável, é efetuada É aplicada, genericamente:


principalmente pelo maior dos valores,
• o valor do ato ou contrato
• Prédios rústicos: 5%
• ou o valor patrimonial tributário.
• Prédios urbanos: 6,5%
No n.º 3 é dito, que havendo partes integrantes o
seu valor acresce ao VPT para comparação com o
valor declarado.

87
A iniciativa da liquidação:
Artigo 19.º CIMT Dos interessados, devendo ser promovida
oficiosamente sempre que os interessados não
o tomem nos prazos legais

Competência para a liquidação:


Artigo 21.º CIMT Serviços centrais da Autoridade Tributária e
Aduaneira

O pagamento é feito no dia da liquidação


Artigo 36.º CIMT ou no primeiro dia útil seguinte.

88
Página do manual: 69

Exemplo 22
Em dezembro de 2019, uma sociedade comercial adquiriu
por 2.000.000 €, um imóvel para a sua sede e fábrica,
cujo valor patrimonial é de 2.300.000 €. As despesas com
os documentos de compra e venda e registos totalizam
2.000 €.
A sociedade quanto pagou de IMT?
Efetue o registo contabilístico do IMT e da operação com
renúncia à isenção de IVA.

A sociedade pagou 2.300.000 € x 6,5% = 149.500 €

89
Página do manual: 70

Exemplo 24
A, Lda., adquiriu onerosamente em 02.01.2019, o usufruto
de um edifício comercial por 80.000 €, a uma pessoa
singular que tinha nesta data 60 anos.
O VPT do prédio é de 100.000 €.
Calcule o IMT a pagar e indique o registo a efetuar.

VPT da propriedade plena: 100.000 €.


Valor fiscal do usufruto = 30% x 100.000 € = 30.000 €
Valor declarado = 80.000 €, consequentemente é superior

IMT = 80.000 € x 6,5%

90
Página do manual: 70

Exemplo 25
A, Lda., adquiriu onerosamente o direito de superfície
perpétuo por 80.000 €, num terreno para construção a B,
Lda., com o VPT de 200.000 €.

Calcule o IMT a pagar e indique o registo a efetuar.

91
Página do manual: 70

Resolução
Hipótese: Perpétuo
Base legal: Artigo 13.º g) e f) CIMT

VPT – 200.000 €.
Valor do solo – 20% x 200.000 € = 40.000 €
Valor do direito de superfície = 200.000 € - 40.000 € =
160.000 €

Como o VPT do direito de superfície é superior ao valor


constante do ato ou do contrato, o IMT a pagar será de
160.000 € x 6,5% = 10.400 €

92
3.3 Regras Específicas

93
Integram ainda o
conceito de
transmissão de bens
imóveis (n.º 2, art.º 2.º)
94
a) As promessas de aquisição e de alienação
São equiparadas as promessas de aquisição e de alienação logo que
verificada a tradição para o promitente adquirente ou este o esteja a
usufruir, exceto para habitação própria e permanente, conforme alínea
a) do n.º 2 do artigo 2.º.

Esta hipótese pode configurar um possuidor em nome próprio que o


decurso do tempo pode levar à aquisição originária por usucapião.
Neste caso todos os cálculos do imposto seguem a regra geral, tendo os
promitentes adquirentes 30 dias seguintes à tradição, para solicitarem a
liquidação e pagamento do imposto.
95
Página do manual: 71

Exemplo 26
Uma sociedade comercial efetuou um contrato promessa
de compra e venda de um terreno para construção, pelo
valor de 1.000.000 €, tendo sinalizado o mesmo com
100.000 €.

O promitente vendedor, pessoa singular, deu autorização,


para a sociedade comercial poder avançar de imediato,
com os projetos, dando entrada nomeadamente dos
mesmos na autarquia.

Sendo devido IMT, diga quanto terá de pagar a sociedade e


indique o registo a efetuar.
96
Página do manual: 72

Exemplo 27
Uma sociedade comercial é inquilina de outra sociedade
comercial, desde janeiro de 2019.

Em dezembro de 2019 decidiram celebrar um contrato


promessa de compra e venda do prédio arrendado, um
edifício comercial, por 200.000 €, com o VPT de 210.000
€, tendo sinalizado a promessa com 20.000 €.

Sendo devido IMT, diga quanto e quando terá de pagar a


promitente adquirente e indique o registo a efetuar.

97
Página do manual: 73

Exemplo 28
Em janeiro de 2019 decidiram duas sociedades comerciais
celebrar um contrato promessa de compra e venda de um
prédio, por 200.000 €, com o VPT de 210.000 €, tendo
sinalizado a promessa com 20.000 €.

Em dezembro de 2019 decidiram efetuar um contrato de


arrendamento.

Sendo devido IMT, diga quanto e quando terá de pagar a


promitente adquirente e indique o registo a efetuar.

98
b) O arrendamento com cláusula de transferência dos
bens para o arrendatário
O arrendamento com cláusula de transferência dos bens para o
arrendatário é uma transmissão de bens imóveis quando todas as
rendas forem pagas, conforme a alínea b) do n.º 2 do artigo 2.º.

Esta transmissão segue as regras gerais, pois pretende-se


somente evitar o adiamento do pagamento do IMT, estando pago
o preço.

99
Página do manual: 74

Exemplo 29
Duas sociedades comerciais efetuaram um contrato de
locação-venda, em 2018, estipulando que durante cinco
anos, a inquilina pagaria a renda anual de 50.000 € e
assim que paga a última renda, se obrigavam a efetuar o
respetivo contrato de compra e venda, por 250.000 €,
sendo o VPT de 230.000 €, neste momento.

Sendo devido IMT, diga quanto e quando terá de pagar a


promitente adquirente e indique o registo a efetuar.

100
Página do manual: 74

Exemplo 30
Uma sociedade comercial não financeira efetuou um
contrato de locação financeira de um bem imóvel, por 10
anos, com rendas mensais de 20.000 €. O prédio era de
uma pessoa singular e foi transmitido à locadora por
1.500.000 €, sendo o VPT de 1.600.000 €.

Sendo devido IMT, diga quanto e quando terá o locatário


de pagar e indique o registo a efetuar, por este.

101
Página do manual: 76

Exemplo 31
Uma sociedade comercial não financeira efetuou um
contrato de locação financeira de um bem imóvel, por 10
anos, com rendas mensais de 20.000 €.

O prédio era sua propriedade jurídica e foi transmitido à


locadora por 1.500.000 €, sendo o VPT de 1.600.000 €.

Sendo devido IMT, diga quanto e quando terá o locatário


de pagar e indique o registo a efetuar.

102
c) Os arrendamentos ou subarrendamentos a longo
prazo

Os arrendamentos e subarrendamentos a longo prazo,


considerando-se como tais os que devam durar mais de 30
anos, quer a duração esteja estabelecida no início do
contrato, quer resulte de prorrogação, durante a sua
vigência, por acordo expresso dos interessados, e ainda que
seja diferente o senhorio, a renda ou outras cláusulas
contratuais, conforme a alínea c) do n.º 2 do artigo 2.º.

103
Página do manual: 77

Exemplo 32
A, Lda., efetuou um contrato de arrendamento em
01.12.2019, como inquilino, por 50 anos, com rendas
anuais de 2.000 €.
O VPT do prédio é de 20.000 €.

Sendo devido IMT, pelo locatário, diga quanto é de VPT ?

Qual o registo a efetuar?

104
Página do manual: 77

Exemplo 33
A, Lda., efetuou um contrato de arrendamento em
01.12.2008, como inquilino, por 50 anos, com rendas
anuais de 2.000 €. O VPT do prédio era nesta data de
20.000 €.

Em 01.01.2019, efetuou a compra do imóvel por 35.000


€, quando o VPT do prédio era de 56.000 €.

Sendo devido IMT, pelo locatário, diga quanto é de VPT?

Qual o registo a efetuar?

105
d) A aquisição de partes sociais ou de quotas nas
sociedades em nome coletivo, em comandita simples ou
por quotas
A aquisição ou amortização de partes sociais em sociedades
ou de quotas nas sociedades em nome coletivo, em
comandita simples ou por quotas, quando tais sociedades
possuam bens imóveis, quando por aquela aquisição, por
amortização ou quaisquer outros factos, um dos sócios fique
a dispor de pelo menos 75% do capital social, ou os sócios se
reduzam a dois, casados ou unidos de facto, conforme a
alínea d) do n.º 2 do Art.º 2.º.

106
O IMT é devido pelo sócio, por o legislador ficcionar a
aquisição de bens imóveis a seu favor, artigo 4.º,
constituindo-se obrigação do mesmo solicitar a liquidação e
pagar o IMT, com obrigação na data da aquisição, solicitar a
liquidação deste ato, conforme n.º 1, do artigo 22.º e com
pagamento na data da liquidação ou no 1º dia seguinte, n.º
1 do artigo 36.º, ambos do CIMT.

O nascimento da obrigação tributária constitui-se no


momento que ocorrer a transmissão, n.º 2 do artigo 5.º.
Sendo o valor tributável calculado pela regra 19.ª do n.º 4
107

do artigo 12.º, pelo maior dos valores.


Página do manual: 79

Exemplo 34
A, pessoa singular adquiriu onerosamente 80% das
ações de uma sociedade comercial por ações, que
é titular de um imóvel.

É devido IMT?

Não.
Adquiriu ações…

108
Página do manual: 79

Exemplo 35
A, pessoa singular adquiriu onerosamente 80% das
quotas de uma sociedade comercial por quotas,
que é titular de um imóvel.

É devido IMT?

Sim.

109
Página do manual: 80

Exemplo 36
A, pessoa singular adquiriu gratuitamente 80% das
quotas de uma sociedade comercial por quotas,
que é titular de um imóvel.

É devido IMT?

Não.

110
Página do manual: 80

Exemplo 37
A, pessoa singular é titular de 80% das quotas de
uma sociedade comercial por quotas, que é titular
de um imóvel e vai adquirir onerosamente mais
10% de quotas.

É devido IMT?

Sim.

111
Página do manual: 81

Exemplo 38
A e B são os únicos sócios da sociedade comercial
por quotas, que é titular de um imóvel. B vende a
C a sua quota. C é casado com A.

É devido IMT?

Sim.

112
Página do manual: 81

Exemplo 39
A e B são os únicos sócios de uma sociedade
comercial por quotas, que é titular de um imóvel,
com um capital de 5.000 €.

A e B decidem aumentar o capital social da


sociedade comercial, para 50.000 €, a efetuar em
dinheiro, por A.

É devido IMT?
Sim.
113
Página do manual: 81

Exemplo 40
A, Lda. e B, Lda., são as únicas sócias da sociedade
comercial por quotas C, Lda., que tem um imóvel, prédio
urbano, no seu ativo, mensurado pelo valor líquido
contabilístico de 700.000 € e com o VPT de 800.000 €.

A, Lda., adquire onerosamente a quota a B, Lda., por


1.000.000 €.

Sendo devido IMT, diga quanto terá de pagar a sociedade


A, Lda., e indique o registo a efetuar?

IMT: 800.000 € x 6,5 % = 52.000 €


114
Página do manual: 82

Exemplo 41
Duas sociedades adquiriram em conjunto as ações de uma
sociedade anónima detentora de imóveis, em que uma das
acionistas ficou a ser detentora de 74% das ações, e as
acionistas pretendem, a curto prazo transformar a
sociedade adquirida, do tipo de sociedade anónima, em
sociedade por quotas.

No entanto uma das adquirentes subscreverá e realizará


um aumento de capital e ficará detentora de 75% do
capital e pergunta-se, se este aumento de capital é sujeito
a IMT sobre os imóveis que constituem património da
sociedade adquirida?
115
Página do manual: 82

Exemplo 42
Uma sociedade comercial por quotas “X”, com bens
imóveis no seu ativo, tem o seu capital social, dividido em
três quotas, uma de 70%, sendo titular uma pessoa física e
mais duas quotas próprias, num total de 30%, uma de 5% e
outra de 25%.

O sócio, pessoa física, pretende adquirir as duas quotas


próprias e transformar a sociedade comercial por quotas,
em unipessoal por quotas.

Quais as implicações em IMT?

116
e) A aquisição de unidades de participação em fundos de
investimento imobiliário fechados de subscrição particular

A aquisição de unidades de participação em fundos de


investimento fechado de subscrição particular, quando:
→ Um dos titulares ou dois casados, ou unidos de facto,
fiquem a dispor de pelo menos 75% das unidades de
participação, conforme alínea e) do n.º 2 do artigo 2.º.
O IMT é devido pelo participante, por o legislador ficcionar a
aquisição de bens imóveis a seu favor, artigo 4.º.
O nascimento da obrigação tributária constitui-se no momento
que ocorrer a transmissão, n.º 2, do artigo 5.º. 117
O valor tributável é calculado pela regra 19.ª do n.º 4 do
artigo 12.º, pelo maior dos seguintes valores; o VPT
correspondente à quota ou pelo valor total desses bens,
consoante os casos, preferindo em ambas as situações o valor
do balanço, se superior.
O participante constitui-se na obrigação de solicitar a
liquidação e pagar o IMT, e com obrigação na data da
aquisição, solicitar a liquidação deste ato, conforme n.º 1 do
artigo 22.º e com pagamento na data da liquidação ou no 1º
dia seguinte, n.º 1 do artigo 36.º, ambos do CIMT.
118
Equiparação a
transmissão onerosa
(n.º 3, art.º 2.º)

119
a) Celebração de contrato-promessa de aquisição e alienação
de bens imóveis, com cláusula de cedência de posição
contratual
A celebração de contrato promessa de aquisição e alienação de bens
imóveis, com cláusula de cedência de posição contratual, atribuída ao
promitente comprador, inicial ou posterior, alínea a) do n.º 3 do artigo
2.º.
São sujeitos passivos os promitentes e os sucessivos promitentes
adquirentes, conforme alínea b) e e) artigo 4.º.
Pela regra 18.ª do n.º 4 do artigo 12.º, o valor tributável incide sobre a
parte paga pelo promitente adquirente ao promitente alienante.
Na aplicação das taxas temos de observar o disposto no n.º 5 do artigo
17.º.
A liquidação do IMT precede a celebração do contrato, n.º 1 do artigo
22.º, sem prejuízo da sua reformulação posterior, pelo n.º 3 e na
cobrança segue o n.º 1 do artigo 36.º.
120
Página do manual: 85

Exemplo 43
A, Lda., celebrou como promitente vendedor, um contrato
promessa de compra e venda com A, em 02 de dezembro
de 2019, de um prédio urbano destinado exclusivamente à
habitação, com o VPT de 180.000 €, pelo preço de
200.000 €, com cláusula de cedência de posição
contratual (contratos para pessoa a nomear) mediante o
pagamento de um sinal de 50.000 €.

Sendo devido IMT, diga quanto terá de pagar A?

IMT: 50.000 € x 6,5 % = 3.250 €.

121
Página do manual: 85

Exemplo 44
A, Lda., celebrou como promitente vendedor, um contrato
promessa de compra e venda com B, Lda., em 02 de
dezembro de 2019, de um prédio urbano destinado
exclusivamente à habitação, com o VPT de 180.000 €,
pelo preço de 200.000 €, com cláusula de contratos para
pessoa a nomear mediante o pagamento de um sinal de
50.000 €.
Sendo devido IMT, diga quanto terá de pagar B, Lda.?
Registe-o.
122

IMT: 50.000 € x 6,5% = 3.250 €


Página do manual: 70

Exemplo 42 (cont.)
A, Lda., celebrou como promitente vendedor, um contrato
promessa de compra e venda com B, Lda., em 02 de
dezembro de 2019, de um prédio urbano destinado
exclusivamente à habitação, com o VPT de 180.000 €, pelo
preço de 200.000 €, com cláusula de contratos para pessoa a
nomear mediante o pagamento de um sinal de 50.000 €.

B, Lda., cede a posição contratual a C, Lda., pelos mesmos


50.000 €.

Sendo devido IMT, diga quanto terá de pagar C, Lda?


Registe-o?

Pode B, Lª ser reembolsado do IMT pago? 123


b) Cessão de posição contratual
Considera-se como uma transmissão onerosa a cessão de
posição contratual, no exercício do direito conferido pelo
contrato promessa de aquisição e alienação, na alínea b) do
n.º 3 do artigo 2.º.
É uma situação idêntica à da alínea a).
São sujeitos passivos os promitentes e os sucessivos
promitentes adquirentes, conforme alínea e) do Art.º 4.º.
O valor tributável incide sobre a parte paga pelo promitente
adquirente ao promitente alienante, regra 18.ª do n.º 4 do
artigo 12.º.
Na aplicação das taxas temos de observar o disposto no n.º 5
do artigo 17.º.
A liquidação do IMT precede a cessão da posição contratual,
n.º 1 do artigo 22.º. 124
c) Outorga de procuração que confira poderes de
alienação de bem imóvel ou partes sociais ou
unidades de participação
A outorga de procuração irrevogável, que confira poderes de
alienação de bens imóveis ou de partes sociais previstas na
tributação, por renúncia ao direito de revogação ou cláusula de
natureza semelhante, o representante deixe de poder revogar
a procuração, conforme alínea c) do n.º 3 do artigo 2.º.
O imposto é devido pelo procurador, conforme alínea f) do
artigo 4.º, inicialmente, sem isenção ou redução de taxas.
A determinação do valor tributável rege-se pelo n.º 1 do artigo
12.º.
Quanto à aplicação das taxas, liquidação e cobrança devemos
verificar o artigo 17.º, o n.º 1 do artigo 19.º e n.º 2 do artigo
22.º, e o n.º 1 do artigo 36.º, respetivamente. 125
d) Outorga de instrumento com substabelecimento
de procuração
A outorga de instrumento com substabelecimento de
procuração com os poderes e efeitos previstos na alínea
anterior, é equiparado também a transmissão onerosa,
conforme alínea d) do n.º 3 do artigo 2.º.
Quanto à incidência subjetiva, determinação do valor
tributável, aplicação de taxas, liquidação e cobrança, segue os
artigos referidos na alínea anterior.

126
Página do manual: 91

Exemplo 45
A, Lda., em 02 de dezembro de 2019 outorgou com B,
uma procuração, com poderes de alienação de um prédio
que possuía no seu ativo, com o VPT de 150.000 €.
Sendo devido IMT, diga quanto terá de pagar B?

127
Página do manual: 91

Exemplo 46

A, Lda., em 02 de dezembro de 2019 outorgou


com B, uma procuração irrevogável, com poderes
de alienação de um prédio urbano, que possuía no
seu ativo, com o VPT de 150.000 €.
Sendo devido IMT, diga quanto terá de pagar B?

128
e) Cedência de posição contratual ou ajuste de
revenda
A cedência de posição contratual ou ajuste de revenda, por parte
do promitente adquirente num contrato promessa de aquisição e
alienação, vindo o contrato definitivo a ser celebrado entre o
primitivo alienante e o terceiro é sujeito a IMT, conforme alínea e)
do n.º 3 do artigo 2.º.
Segundo o n.º 4, não é aplicável sempre que o contrato definitivo
seja celebrado com terceiro nomeado ou com sociedade em fase
de constituição no momento em que o contrato promessa é
celebrado e que venha a adquirir o imóvel, desde que o promitente
adquirente seja titular do seu capital social.

129
Página do manual: 93

Exemplo 47
A, Lda., celebrou com B, Lda., contrato promessa de
compra e venda de um prédio, por 200.000 €, com sinal
de 50.000 €, com VPT de 180.000 €, cláusula de pessoa
nomeada. No 5º dia seguinte à celebração do contrato A,
Lda., contraente originário, compareceu no serviço de
finanças, onde apresentou declaração escrita com a
identificação completa do terceiro para quem contratou e
que não houve lugar ao pagamento ou recebimento de
qualquer valor para além do sinal.

É devido IMT, por quem? Que registo efetuar.

130
Página do manual: 93

Exemplo 48
A, Lda., celebrou em novembro de 2018, contrato
promessa de compra e venda de um prédio, por 200.000
€, com VPT de 180.000 €, com B e recebeu de sinal a
importância de 20.000 €. B posteriormente constituiu a
sociedade comercial, A, Unipessoal, Lda., para onde
pretende transmitir a sua posição contratual.

É devido IMT, por quem?

131
São sujeitas a IMT,
também
(n.º 5, art.º 2.º)

132
São sujeitas a IMT também
Conforme n.º 5 do artigo 2.º, em virtude do disposto no n.º 1, é
sujeito a IMT:

a) A resolução, invalidade ou extinção do contrato


de compra e venda
A resolução, invalidade ou extinção, por mútuo acordo das
partes, do contrato de compra e venda ou de troca de bens, e as
do respetivo contrato promessa de compra e venda, quando
neste último caso, ocorrerem depois de passados 10 anos, sobre
a tradição ou posse, alínea a) do n.º 5 do artigo 2.º. 133
b) As permutas
As permutas, pela maior das seguintes diferenças: a
declarada de valores ou a verificada entre os valores
patrimoniais tributários, alínea b) do n.º 5 do artigo 2.º.
O imposto é devido pelo permutante que recebe o bem de
maior valor, alínea c) do artigo 4.º.
A determinação do valor tributável, segue a regra 4.ª do n.º 4
do artigo 12.º, pela maior das diferenças, declarada de
valores ou valores patrimoniais tributários, conforme for
maior.
As taxas, a liquidação e a cobrança, conforme artigo 17.º, n.º
1 do artigo 19.º e 22º, e o n.º 1 do artigo 36.º,
respetivamente.

134
Página do manual: 95

Exemplo 49
A efetuou um contrato de permuta com B, entregando
o prédio 1, e recebendo em troca o prédio 2, que
avaliaram em 190.000 € e 200.000 €,
respetivamente.

Os VPT’s dos prédios são de 210.000 € e 195.000 €,


respetivamente.

Por quem é devido o IMT, quando e qual o valor


tributável?
135
Página do manual: 95

Exemplo 49 (cont.)
A efetuou um contrato de permuta com B,
entregando o prédio 1, e recebendo em troca o
prédio 2, que avaliaram em 190.000 € e 200.000
€, respetivamente.

Os VPT’s dos prédios são de 200.000 € e 195.000


€, respetivamente.

Qual o valor do IMT, a pagar e por quem?

136
Página do manual: 96

Exemplo 50
A, Lda., efetuou um contrato de permuta com B,
Lda., entregando o prédio 1, e recebendo em
troca o prédio 2, que avaliaram em 200.000 € e
190.000 €. Os valores patrimoniais dos prédios
são de 190.000 € e 205.000 €.

Qual o valor do IMT, a pagar e por quem?


Efetue os registos contabilísticos, em A, Lda., e B,
Lda.

137
Página do manual: 96

Exemplo 51
A, Lda., efetuou um contrato promessa de
permuta com B, Lda., entregando o prédio 1, e
recebendo em troca o prédio 2, que avaliaram em
200.000 € e 190.000 €. Os valores patrimoniais
dos prédios são de 190.000 € e 205.000 €.

É sujeito a IMT?

138
Página do manual: 96

Exemplo 52
A, Lda., efetuou um contrato promessa de permuta com
B, Lda., entregando o prédio 1, e recebendo em troca o
prédio 2, que avaliaram em 200.000 € e 190.000 €,
recebendo de imediato A, Lda., a importância a que
tinha direito. Os valores patrimoniais dos prédios são de
190.000 € e 195.000 €. A, Lda., tomou de imediato
posse do prédio 2.

Qual o valor do IMT, a pagar e por quem? Efetue os


registos contabilísticos, em A, Lda., e B, Lda.?

IMT: 195.000 € x 6,5 %


139
Página do manual: 97

Exemplo 53
A, Lda., efetuou um contrato de permuta com B, Lda.,
entregando um terreno para construção, e recebendo em
troca duas frações autónomas, a construir, tendo atribuído
ao terreno para construção, o montante de 1.000.000 € e
sabe-se que o VPT é de 1.100.000 € e das duas frações o
valor de 500.000 €, a cada uma.

Qual o valor do IMT, a pagar e por quem? Efetue os


registos contabilísticos, em A, Lda., e B, Lda.?

140
c) Excesso de quota-parte

O excesso da quota parte em atos de partilhas e nos de


divisão de coisa comum, bem como a alienação da herança
ou quinhão hereditário, conforme alínea c) do n.º 5 do
artigo 2.º.
Segundo o n.º 6 do artigo 2.º, o disposto nesta alínea não se
aplica, sempre que o excesso da quota parte:
→ resultar de ato de partilha por efeito de dissolução do
casamento;
→ que não tenha sido celebrado sobre o regime de separação
de bens (sobre o excesso recai o imposto do selo da verba 1.1
– circular 10/2009).

141
Página do manual: 100

Exemplo 54
Em 01.08.2019, A faleceu e deixou como
herdeiros, o cônjuge B e seu filho. Ambos, os
herdeiros decidiram em 02.12.2019., partilhar o
único bem comum herdado, um prédio, a favor do
filho.

Nesta partilha, existe lugar a IMT?

142
Página do manual: 101

Exemplo 55
Em 01.08.2019, A faleceu e deixou como herdeiros,
quatro filhos. Todos, os herdeiros decidiram em
02.12.2019., partilhar os prédios, do seguinte modo.
Nesta partilha, existe lugar a IMT?

Prédios VPT Valor declarado Herdeiros Tornas a pagar Tornas a receber

Urbano 1 000 000 € 1 200 000 € 1


Urbano 2 000 000 € 2 100 000 € 2 940 000 €
Urbano 1 500 000 € 1 400 000 € 3 200 000 €
Rústico 1 000 € 40 000 € 2
Rústico 1 000 € 60 000 € 4 1 140 000 €
Total 4 502 000 € 4 800 000 €
143
d) Venda ou cessão do direito de determinadas
águas
É sujeita a IMT a venda ou cessão do direito a
determinadas águas, ainda que sob a forma de autorização
para as explorar ou para minar em terreno alheio,
conforme alínea d) do n.º 5 do artigo 2.º.

O VPT é calculado conforme a regra 12.ª do n.º 4 do artigo


12.º.

144
e) As entradas dos sócios com bens imóveis para a realização
do capital, as entregas de bens imóveis na participação de
fundos, adjudicação dos bens imóveis aos sócios na liquidação
de sociedades ou no reembolso decorrentes de fundo de
investimento imobiliário

É igualmente sujeita a IMT a realização do capital social com


bens imóveis das sociedades comerciais ou civis sob a forma
comercial ou das sociedades civis a que tenha sido legalmente
reconhecida personalidade jurídica e, bem assim, a adjudicação
aos sócios na liquidação dessas sociedades e a adjudicação de
bens imóveis como reembolso em espécie de unidades de
participação decorrente da liquidação de fundos de
investimento imobiliário fechados de subscrição particular.
O VPT é, também, calculado conforme a regra 12.ª do n.º 4 do
artigo 12.º. 145
Página do manual: 103

Exemplo 56
A sociedade A, Lda., com atividade de compra e venda de
prédios para revenda e construção de prédios para venda,
vai aumentar o capital social, com a entrada de três novos
sócios,
o sócio A, com imóveis com o VPT de 2.000.000 €, que
entrarão para a sociedade, pelo valor de 2.100.000 €, e
com destino à construção,
o sócio B, com imóveis com o VPT de 1.500.000 €, que
entrarão para a sociedade por 1.800.000 €, e com destino
a venda
e o sócio C, em dinheiro, no montante de 1.500.000 €.

Há lugar a IMT?
146
f) Entradas dos sócios com bens imóveis para a
realização do capital nas restantes sociedades civis

As entradas dos sócios com bens imóveis para a realização do


capital das restantes sociedades civis, na parte em que os
outros sócios adquirem comunhão, ou qualquer outro direito,
nesses imóveis, bem como, nos mesmos termos, as cessões de
partes sociais ou de quotas ou admissão de novos sócios,
conforme alínea f) do n.º 5 do artigo 2.º.

147
g) Transmissão de bens imóveis por fusão ou
cisão
A transmissão de bens imóveis por fusão ou cisão das sociedades
comerciais ou civis sob a forma comercial ou das sociedades civis a que
tenha sido legalmente reconhecida personalidade jurídica, ou por fusão
de tais sociedades entre si ou com sociedade civil, bem como por fusão
de fundos de investimento imobiliário fechados de subscrição particular,
alínea g) do n.º 5 do artigo 2.º.
O sujeito passivo é a incorporante, seguindo a regra gral do artigo 4.º.
Relativamente ao valor tributável, o valor patrimonial tributário de
todas as sociedades ou dos fundos de investimento objetos de fusão ou
cisão, ou sobre o valor por que esses bens entrarem para o ativo das
sociedades, ou dos fundos de investimento, se for superior, de acordo
com regra 14.ª do n.º 4 do Art.º 12.º.
148
No artigo 60.º do EBF, temos um regime de neutralidade fiscal, aplicado às
operações em que intervenham, como beneficiárias:
1) empresas com sede, direção efetiva ou domicílio em território português
(fiscalidade nacional);

2) empresas com sede, direção efetiva ou domicílio noutro Estado membro


da União Europeia (fiscalidade comunitária); e

3) empresas com sede, direção efetiva ou domicílio no Estado em relação


ao qual vigore uma convenção para evitar a dupla tributação sobre o
rendimento e o capital celebrada com Portugal, com exceção das
entidades domiciliadas em países, territórios ou regiões com regimes de
tributação privilegiada, claramente mais favoráveis, constantes de lista
aprovada por portaria do membro do Governo responsável pela área das
finanças (fiscalidade internacional).
149
As operações de reestruturação contempladas são apenas as seguintes,
conforme n.º 3 do artigo 60.º do EBF:

1) A fusão de sociedades, empresas públicas ou cooperativas;

2) A incorporação por uma sociedade do conjunto ou de um ou mais ramos


de atividade de outra sociedade;

3) A cisão de sociedade, através da qual:

i) Cisão-constituição ou cisão-fusão, uma sociedade destaque um ou mais


ramos da sua atividade para com eles constituir outras sociedades ou para
os fundir com sociedades já existentes, mantendo, pelo menos, um dos
ramos de atividade; ou
ii) Cisão-dissolução, uma sociedade se dissolva, dividindo o seu património
em duas ou mais partes que constituam, cada uma delas, pelo menos, um
ramo de atividade, sendo cada uma delas destinada a constituir uma nova
sociedade ou a ser fundida com sociedades já existentes ou com partes do
património de outras sociedades, separadas por idênticos processos e com
150
igual finalidade.
Operações de acordo de cooperação (Sujeitos):
1) A constituição de agrupamentos complementares de
empresas (ACE) ou de agrupamentos europeus de interesse
económico (AEIE), nos termos da legislação em vigor;

2) A constituição de pessoas coletivas de direito privado sem


fim lucrativo, mediante a associação de empresas públicas,
sociedades de capitais públicos ou de maioria de capitais
públicos, de sociedades e de outras pessoas de direito
privado;

3) A celebração de contratos de consórcio e de associação em


participação, nos termos da legislação em vigor, 151
Benefícios fiscais (n.º 1 do artigo 60.º do EBF)
Os atribuídos são:
1) Isenção do imposto municipal sobre transmissões onerosas de imóveis,
relativamente aos imóveis não habitacionais e, quando afetos à atividade exercida
a título principal, aos imóveis habitacionais, necessárias às operações de
reestruturação ou aos acordos de cooperação;

2) Isenção do imposto do selo, relativamente à transmissão dos imóveis referidos


na alínea anterior, ou à constituição, aumento de capital ou do ativo de uma
sociedade de capitais necessários às operações de reestruturação ou aos acordos
de cooperação;

3) Isenção dos emolumentos e de outros encargos legais que se mostrem devidos


pela prática dos atos inseridos nos processos de reestruturação ou de cooperação.

152
Obrigações acessórias
Para ser emitido o documento único de cobrança, a zero, pelo serviço
de finanças, a sociedade beneficiária tem de apresentar-lhe,
documentação que permita aferir o tipo de operação de reestruturação,
nomeadamente se cai ou não na alçada do n.º 6 do artigo 60.º, com
identificação da contribuidora e projeto de reestruturação.

Cláusula de salvaguarda (n.º 6 do artigo 60.º do EBF):


O disposto no presente artigo não é aplicável quando se conclua que as
operações abrangidas pelo mesmo tiveram como principal objetivo ou
como um dos principais objetivos obter uma vantagem fiscal, o que pode
considerar-se verificado, designadamente, quando as operações não
tenham sido realizadas por razões económicas válidas e não reflitam
substância económica, tais como o reforço da competitividade das
empresas ou da respetiva estrutura produtiva, procedendo-se então, se
for caso disso, às correspondentes liquidações adicionais de imposto,
majoradas em 15 %.
153
Como esta isenção é de reconhecimento automático, o conjunto
de elementos probatórios previstos no n.º 8 do artigo 60.º do
EBF, tem de fazer parte do dossier fiscal da empresa beneficiária
da isenção, para permitir o controlo à posteriori.

Do dossier fiscal, devem constar, nomeadamente;


a) Projeto de fusão ou cisão quando exigido pelo Código das Sociedades
Comerciais;
b) Estudo demonstrativo das vantagens económicas da operação;
c) Decisão da Autoridade da Concorrência, quando a operação esteja
sujeita a notificação nos termos da Lei n.º 192/2012, d 08.05.
d) Documento comprovativo da sede, direção efetiva ou domicílio fiscal da
entidade contribuidora, no caso de ser um não residente.

154
Divulgação:
Estas reestruturações ou acordos de cooperação devem ser
divulgados, por exigência da Estrutura Concetual, do Sistema
de Normalização Contabilística.

As demonstrações financeiras têm por objetivo o de proporcionar informação


acerca da informação financeira, do desempenho e das alterações na posição
financeira de uma entidade que seja útil a um vasto leque de utentes na
tomada da decisão, § 12.

Para ser útil, a informação tem de ser relevante para a tomada da decisão. A
informação tem a qualidade da relevância quando influencia as decisões
económicas dos utentes ao ajudá-los a avaliar acontecimentos passados,
presentes ou futuros ou confirmar, ou corrigir, as suas avaliações passadas, §
26.
155
A relevância da informação é afetada pela sua natureza e
materialidade. Nalguns casos, a natureza da informação é por si
suficiente para determinar a sua relevância, § 29.

Os utentes têm de ser capazes de comparar as demonstrações


financeiras de uma entidade ao longo do tempo a fim de identificar as
tendências na sua posição financeira e no seu desempenho, § 39.

156
Página do manual: 110

Exemplo 57
A, Lda., com o objeto de compra e venda de bens imóveis
pretende fundir-se com B, Lda., (fusão por incorporação de
B, Lda. em A, Lda.) com o mesmo objeto e ambas têm
prédios no seu ativo.

Há lugar a IMT?

157
Página do manual: 110

Exemplo 58
A, Lda., com o objeto de compra e venda de bens imóveis
pretende fundir-se com B, Lda. (fusão por incorporação de
A, Lda. em B, Lda.), com o objeto de construção de
prédios para venda e ambas têm prédios no seu ativo.
Objetos diferentes.

Há lugar a IMT?

158
Página do manual: 111

Exemplo 61
A, Lda., com o objeto de compra e venda de bens
imóveis pretende cindir-se em B, Lda., (cisão por
destaque de património imobiliário de A, Lda. em
B, Lda.) com o mesmo objeto e ambas têm
prédios no seu ativo.

Há lugar a IMT?

159
Página do manual: 111

Exemplo 62
A é uma sucursal em Portugal, de A, Lda., de
direito francês, e vai entrar com o
estabelecimento a funcionar em Portugal, onde
consta um imóvel, onde exerce a sua atividade
empresarial, para a constituição da sociedade
comercial unipessoal, por quotas, A, Unipessoal,
Lda. (subsidiária), de direito português.

Há lugar a IMT? IS?

160
Página do manual: 114

Exemplo 63
A fusão de dois fundos de investimento imobiliário
detidos a 100% pela mesma entidade podem
beneficiar dos benefícios fiscais previstos no Art.º
60º do EBF?

161
Página do manual: 115

Exemplo 64
A, Lda. tem por sócia B, Lda. e B, Lda. tem por
sócia C, Lda.

No PER (Processo Especial de Revitalização) de A,


Lda. ficou acordado que esta será extinta e vai
transmitir o seu património a C, Lda., vindo esta a
cessar a sua atividade.

Consequências em IMT?

162
3.4 Isenções

163
Isenções automáticas
Estão isentos de IMT, automaticamente, pelo n.º 8 do artigo 10.º:
 O Estado, as Regiões Autónomas, as autarquias locais e as associações
e federações de municípios públicos, Art.º 6º, alínea a);
 As constantes de acordo entre o Estado e quaisquer pessoas, de
direito público ou privado, que são mantidos na respetiva lei, alínea
c) do artigo 6.º;
 As pessoas coletivas de utilidade pública administrativa e de mera
utilidade pública, e IPSS, quanto aos bens destinados, direta e
imediatamente, à realização dos fins estatutários, alínea d) e e) do
artigo 6.º. Esta isenção caduca, se os imóveis forem alienados ou lhes
for dado outro destino sem autorização prévia do Ministro das
Finanças, n.º 1 do artigo 11.º;
 As aquisições de prédios individualmente classificados como de
interesse nacional, de interesse público ou de interesse municipal nos
termos da legislação aplicável, alínea g) do artigo 6.º.
164
Isenções – Artigo 7º
 As aquisições de prédios para revenda, podem ser isentas,
pelo n.º 2 do artigo 7.º, onde está estabelecido como
regime regra, o de liquidação e pagamento do imposto, e
como exceção, na parte final, os casos em que o
adquirente exerce normal e habitualmente a atividade
de comprador de prédios para revenda.
 O que se considera, quando o adquirente comprove o seu
exercício no ano anterior mediante documento único de
cobrança a zero, o que certifica que foi adquirido para
revenda ou revendido algum prédio antes adquirido para
esse fim, conforme n.º 3, do mesmo diploma.

165
 Como requisitos, temos, com liquidação e reembolso a final:
1. Que a aquisição do imóvel tenha como finalidade ou destino, a sua
revenda;
2. Que no documento da aquisição fique expresso que o imóvel se destina
a revenda;
3. Que a revenda se concretize no prazo de 3 anos, contado da data da
aquisição;
4. Que antes da aquisição tenha sido apresentada a declaração prevista
nos artigos 112.º do CIRS ou 118.º do CIRC;
5. Que na revenda a efetuar, a entidade adquirente não destine o imóvel a
revenda;
6. Que ao bem não tenha sido dado destino diferente;
7. Contabilização da aquisição e até à revenda em ativos correntes,
inventários, mercadorias;
8. Inexistência de dívidas ao Estado, Segurança Social, Câmara Municipal,
ou se reclamadas ou impugnadas que se encontre assegurado o 166

pagamento.
Caducidade da isenção – Artigo 11º

 O n.º 5 do artigo 11.º do CIMT consigna três factos


determinantes para os prédios deixarem de beneficiar da
isenção de IMT na aquisição de prédios para revenda:
1. Quando aos prédios adquiridos for dado destino diferente
da revenda;
2. Quando os prédios não forem revendidos no prazo de três
anos;
3. Nas situações que tenham sido revendidos e a empresa
adquirente os tenha destinado, também ela a revenda.

167
Caducidade da isenção – Artigo 11º
 Acontecendo um dos factos descritos, a empresa que
beneficiou da isenção de IMT por aquisição de prédios
para revenda e logo que ocorra o primeiro, deve solicitar
à Autoridade Tributária no prazo de 30 dias a liquidação
do imposto devido, conforme determina o n.º 1 do artigo
34.º do CIMT.
 Esta regra especial, de obrigação de liquidação e
pagamento do imposto é determinante para a contagem
do início do prazo de caducidade da liquidação (oito
anos), do n.º 1 do artigo 35.º e do prazo de prescrição
(oito anos), do n.º 1 do artigo 40.º, ambos do CIMT.

168
Página do manual: 126

Exemplo 65
A, Lda., constituída em 2019, adquiriu posteriormente um
imóvel, prédio urbano, por 1.000.000 €, com VPT de
1.100.000 €, é coletada pelo exercício da atividade de
compra, venda e revenda de imóveis, declarou no
documento de aquisição que o mesmo se destinava a
revenda, não tem dívidas fiscais e registou a aquisição em
ativos não correntes, inventários, sob o título de
mercadorias.

Paga IMT? Como o regista?

IMT: 1.100.000 x 6,5 %.


169
Página do manual: 127

Exemplo 66
A, Lda., constituída em 2018, adquiriu posteriormente
ainda um imóvel, prédio urbano, por 1.000.000 €, com
VPT de 1.100.000 €, é coletada pelo exercício da
atividade de compra, venda e revenda de imóveis,
declarou no documento de aquisição que o mesmo se
destinava a revenda, não tem dívidas fiscais e registou a
aquisição em ativos não correntes, inventários, sob o
título de mercadorias, tendo pago o IMT. Em 2019
revendeu o imóvel por 1.200.000 €, sem ser novamente
para revenda, mantendo-se o VPT.

O que sucede ao IMT? Indique as correções no Quadro 07,


da declaração modelo 22, de IRC?
170
Página do manual: 127

Resolução
No Quadro 07, da declaração modelo 22, de 2018, abate o ativo
por imposto diferido, criado: 100.000 x 0,21 = 21.000 €.

No Quadro 07, da declaração modelo 22, de 2019, abate


100.000 €, diferença entre o VPT, 1.100.000 € e o valor
declarado na aquisição, preço de compra, 1.000.000 € e
acresce o ativo por imposto diferido, revertido, de 100.000 x
0,21 = 21.000 €.

171
Página do manual: 127

Exemplo 67
A, Lda., constituída em 2018, adquiriu posteriormente em
2018 um imóvel, prédio urbano, por 1.000.000 €, com
VPT de 1.100.000 €, é coletada pelo exercício da
atividade de compra, venda e revenda de imóveis,
declarou no documento de aquisição que o mesmo se
destinava a revenda, não tem dívidas fiscais e registou a
aquisição em ativos não correntes, inventários, sob o
título de mercadorias, tendo pago o IMT. Em 2019
revendeu o imóvel por 1.200.000 €, novamente para
revenda, mantendo-se o VPT.

O que sucede ao IMT? Indique as correções no Quadro 07,


da declaração modelo 22, de IRC?
172
Página do manual: 127

Resolução

No Quadro 07, da declaração modelo 22, de 2018, abate o


ativo por imposto diferido, criado:100.000 x 0,21 = 21.000 €.

No Quadro 07, de 2019, da declaração modelo 22, abate


100.000 €, diferença entre o VPT, 1.100.000 € e o valor
declarado na aquisição, preço de compra, 1.000.000 € e
acresce o ativo por imposto diferido, revertido, de 100.000 x
0,21 = 21.000 €.

173
Página do manual: 128

Exemplo 68
A, Lda., constituída em 2019, adquiriu posteriormente,
ainda em 2019, ainda um imóvel, prédio urbano, por
1.000.000 €, com VPT de 1.100.000 €, é coletada pelo
exercício da atividade de compra, venda e revenda de
imóveis, declarou no documento de aquisição que o
mesmo se destinava a revenda, não tem dívidas fiscais e
registou a aquisição em ativos não correntes, inventários,
sob o título de mercadorias, tendo pago o IMT. Em 2019
alterou a classificação contabilística, para trabalhos e
obras em curso.

O que sucede ao IMT?


174
Página do manual: 128

Exemplo 69
A, Lda., constituída em 2018, adquiriu posteriormente em
2019 um imóvel, prédio urbano, por 1.000.000 €, com
VPT de 1.100.000 €, tinha exercido no ano anterior a
atividade de compra de e venda prédios para revenda, é
coletada pelo exercício da atividade de compra, venda e
revenda de imóveis, declarou no documento de aquisição
que o mesmo se destinava a revenda, não tem dívidas
“fiscais” e registou a aquisição em ativos não correntes,
inventários, sob o título de mercadorias.

Paga IMT? Como o regista?

175
Página do manual: 130

Exemplo 70
A, Lda., constituída em 2018, adquiriu posteriormente em
2019 um imóvel, prédio urbano, por 1.000.000 €, com VPT
de 1.100.000 €, tinha exercido no ano anterior a atividade
de compra de e venda prédios para revenda, é coletada pelo
exercício da atividade de compra, venda e revenda de
imóveis, declarou no documento de aquisição que o mesmo
se destinava a revenda, não tem dívidas fiscais e registou a
aquisição em ativos não correntes, inventários, sob o título
de mercadorias.
Subsequentemente A, Lda., arrendou o imóvel, pelo período
de 2 anos.
Considera-se destino diferente e com consequente
liquidação de IMT?
176
Página do manual: 130

Exemplo 71
A, Lda., constituída em 2018, adquiriu posteriormente em 2019 um
imóvel, prédio urbano em propriedade indivisa, por 1.000.000 €, com
VPT de 1.100.000 €, tinha exercido no ano anterior a atividade de
compra de e venda prédios para revenda, é coletada pelo exercício da
atividade de compra, venda e revenda de imóveis, declarou no
documento de aquisição que o mesmo se destinava a revenda, não
tem dívidas fiscais e registou a aquisição em ativos não correntes,
inventários, sob o título de mercadorias.
Subsequentemente A, Lda., constitui propriedade horizontal no
prédio.
Considera-se destino diferente e com consequente liquidação de IMT?
177
Página do manual: 131

Exemplo 72
A, Lda., constituída em 2018, adquiriu posteriormente em 2019 um
imóvel, prédio urbano em propriedade indivisa, por 1.000.000 €, com
VPT de 1.100.000 €, tinha exercido no ano anterior a atividade de
compra de e venda prédios para revenda, é coletada pelo exercício da
atividade de compra, venda e revenda de imóveis, declarou no
documento de aquisição que o mesmo se destinava a revenda, não
tem dívidas fiscais e registou a aquisição em ativos não correntes,
inventários, sob o título de mercadorias.
Subsequentemente constitui propriedade horizontal no prédio depois
de efetuar obras?
Considera-se destino diferente e com consequente liquidação de IMT?
178
Página do manual: 131

Exemplo 72 (cont.)
A, Lda., constituída em 2018, adquiriu posteriormente em 2019 um
imóvel, prédio urbano em propriedade indivisa, por 1.000.000 €, com
VPT de 1.100.000 €, tinha exercido no ano anterior a atividade de
compra de e venda prédios para revenda, é coletada pelo exercício da
atividade de compra, venda e revenda de imóveis, declarou no
documento de aquisição que o mesmo se destinava a revenda, não tem
dívidas fiscais e registou a aquisição em ativos não correntes,
inventários, sob o título de mercadorias.
Subsequentemente constitui propriedade horizontal no prédio depois
de efetuar obras, tendo o VPT do prédio passado a ser de 1.120.000 €.
Qual o valor de aquisição a considerar para efeitos de IRC?
179
Página do manual: 132

Exemplo 73
A, Lda., constituída em 2018, adquiriu posteriormente em
2019 um imóvel, prédio urbano em propriedade indivisa, por
1.000.000 €, com VPT de 1.100.000 €, tinha exercido no ano
anterior a atividade de compra e venda prédios para revenda, é
coletada pelo exercício da atividade de compra, venda e
revenda de imóveis, declarou no documento de aquisição que o
mesmo se destinava a revenda, não tem dívidas fiscais e
registou a aquisição em ativos não correntes, inventários, sob o
título de mercadorias.
Subsequentemente A, Lda., reclassificou o prédio para ativo
fixo tangível?
Considera-se destino diferente e com consequente liquidação
de IMT?

180
Página do manual: 132

Exemplo 74
A, Lda., constituída em 2018, adquiriu posteriormente em
2019 um terreno rústico, por 1.000.000 €, com VPT de 100.000
€, tinha exercido no ano anterior a atividade de compra e
venda prédios para revenda, é coletada pelo exercício da
atividade de compra, venda e revenda de imóveis, declarou no
documento de aquisição que o mesmo se destinava a revenda,
não tem dívidas fiscais e registou a aquisição em ativos não
correntes, inventários, sob o título de mercadorias.
Aprovou projeto de loteamento, ainda em 2019, tendo cedido,
para domínio público, 30%, da área total do prédio rústico.
Considera-se destino diferente a cedência para domínio público
e com consequente liquidação de IMT?

181
Página do manual: 133

Exemplo 75
A, Lda., constituída em 2015, adquiriu posteriormente em
01.12.2016 um terreno rústico, por 1.000.000 €, com VPT de
100.000 €, tinha exercido no ano anterior a atividade de
compra de e venda prédios para revenda, é coletada pelo
exercício da atividade de compra, venda e revenda de imóveis,
declarou no documento de aquisição que o mesmo se destinava
a revenda, não tem dívidas fiscais e registou a aquisição em
ativos não correntes, inventários, sob o título de mercadorias.
Aprovou projeto de loteamento, ainda em 01.06.2017, tendo
cedido, para domínio público, 30%, da área total do prédio
rústico.
Vendeu, até ao final do mês de Novembro de 2019, lotes
representativos de 40% da área total do prédio rústico.
Que obrigações tem a sociedade e quais os registos a efetuar,
quanto ao IMT?
182
Página do manual: 134

Exemplo 76
A, Lda., constituída em 2018, adquiriu posteriormente em
2019 um imóvel, prédio urbano em propriedade indivisa, por
1.000.000 €, com VPT de 1.100.000 €, tinha exercido no ano
anterior a atividade de compra e venda de prédios para
revenda, é coletada pelo exercício da atividade de compra,
venda e revenda de imóveis, declarou no documento de
aquisição que o mesmo se destinava a revenda, não tem dívidas
fiscais e registou a aquisição em ativos não correntes,
inventários, sob o título de mercadorias.
Subsequentemente A, Lda., em 02.12.2019, revendeu-o,
novamente para revenda.
Considera-se destino diferente e com consequente liquidação
de IMT?

183
Página do manual: 134

Exemplo 77
A, Lda., constituída em 2018, adquiriu posteriormente em
2019 um imóvel, prédio urbano, por 1.000.000 €, com VPT de
1.100.000 €, tinha exercido no ano anterior a atividade de
compra e venda de prédios para revenda, é coletada pelo
exercício da atividade de compra, venda e revenda de imóveis,
declarou no documento de aquisição que o mesmo se destinava
a revenda, não tem dívidas fiscais e registou a aquisição em
ativos não correntes, inventários, sob o título de mercadorias.
Subsequentemente A, Lda., mobiliou-o e colocou-o em
alojamento local.
Considera-se destino diferente e com consequente liquidação
de IMT?

184
Página do manual: 135

Exemplo 78
A emitiu, a favor de A, Lda., na pessoa dos gerentes, em
01.04. 2019, uma procuração irrevogável, para venda,
pelo valor de 1.000.000 €, de um imóvel destinado a fins
habitacionais, com o VPT de 1.100.000 €. Em
01.12.2019., A, Lda., que exerce a atividade de compra
de prédios para revenda e reúne os requisitos de isenção
do Art.º 7º, os gerentes efetuaram contrato de compra e
venda com a sociedade.

Existe sujeição e pagamento de IMT?

185
Página do manual: 135

Exemplo 79
B, pessoa singular, emitiu, a favor de A, Lda., na pessoa
dos gerentes, C e D, em 01.04.2016, uma procuração
irrevogável, para venda, pelo valor de 1.000.000 €, de um
imóvel destinado a fins habitacionais, com o VPT de
1.100.000 €. Em 01.12.2016., A, Lda., que exerce a
atividade de compra de prédios para revenda e reúne os
requisitos de isenção do Art.º 7.º, adquiriram o direito
imobiliário com base na procuração.
Até 01.12.2019. a sociedade não revendeu o imóvel tendo
o revendido em 11.12.2019.

Deve ou não a contabilidade reconhecer o IMT se a


sociedade A, Lda não solicitar a liquidação do imposto?
186
4. Imposto do Selo (IS)

187
4.1 Aquisições do direito de
propriedade sobre imóveis
- Verba 1.1

188
Factos sujeitos à verba:

• Aquisição onerosa do direito de


propriedade (ou figuras
parcelares desse direito) sobre
Sujeito passivo:
imóveis
• Os adquirentes dos bens
• Aquisição por doação do direito
imóveis (art.º 2º, nº 3)
de propriedade (ou figuras
parcelares desse direito) sobre
Encargo do imposto:
imóveis
• Adquirentes dos bens (art.º 3º,
• Resolução, invalidade ou nº 1 e nº 3, al. a), parte final)
extinção, por mútuo consenso,
daqueles contratos.

Factos não sujeitos à verba:

• Aquisição de imóveis por


sucessão ou usucapião 189
Valor tributável:
▶ O valor do ato/contrato ou valor
patrimonial, consoante o que for maior

Aplicam-se as regras de determinação da


matéria tributável do CIMT
(art.º 9º, nº4 )

Regra Geral, o IMT incide sobre o valor


constante do ato ou do contrato ou sobre o
valor patrimonial consoante o que for maior
(art.º 12º, nº1 do CIMT)

Taxa:
0,8% - sobre o valor da aquisição
190
Liquidação: (art.º 23º, nº 4 e nº 5)

▶ Aquisição onerosa

Aplicam-se as regras do art.º 19º e seguintes


do CIMT
Regra Geral – antes do ato

▶ Aquisição por doação

1) Pessoa singular
Aplicam-se as regras do art.º 25º
→ Depois do ato, conjuntamente com a
verba 1.2

2) Pessoa coletiva (sujeito passivo de IRC,


ainda que dele isenta)
→ Não há sujeição à verba 1.2 e quanto a
esta verba, antes do ato.
191
Página do manual: 141

Exemplo 80
A doou a seu filho um imóvel, com o VPT de 500.000 €,
que o último afetou à sua habitação própria e
permanente.
Esta doação é sujeita a Imposto do Selo? Quanto paga?

Imposto: 500.000 € x 0,8 % = 4.000

192
Página do manual: 141

Exemplo 81
A doou à sociedade A, Lª., da qual é sócio um imóvel, pelo
valor declarado de 480.000 €, com o VPT de 500.000 €.
Esta doação é sujeita a Imposto do Selo? Quanto paga?
Efetue o registo.

Imposto: 500.000 € x 0,8 % = 4.000 €

193
Página do manual: 142

Exemplo 82
A adquiriu por usucapião, documento de justificação de
02.12.2019., um imóvel, que lhe tinha sido transmitido
gratuitamente por seus pais, sem título.

Esta doação é sujeita a Imposto do Selo? Quanto paga?

Não é sujeita pela verba 1.1.

194
Página do manual: 142

Exemplo 83
A sociedade A, Lª., construiu as suas instalações num
terreno, então rústico, que tinha adquirido desde há mais
de 20 anos e efetuou o registo predial, por documento de
justificação de usucapião, onde constou o valor declarado
de 48.000 €, tendo o prédio construído o VPT de 500.000 €.

É sujeita a imposto do selo ?

A aquisição por usucapião não é sujeita à verba 1.1

195
4.2 Aquisição gratuita de bens,
incluindo por usucapião - Verba
1.2

196
Factos sujeitos a imposto:

• Aquisição gratuita de
quaisquer bens por doação,
herança ou usucapião

Sujeito passivo:

• Pessoas singulares para


quem se transmitem os
bens.

197
Encargo do imposto:

a) Nas sucessões por morte, o imposto é


devido pela herança, representada pelo
cabeça de casal, e pelos legatários;
b) Nas restantes transmissões gratuitas,
incluindo as aquisições por usucapião, o
imposto é devido pelos beneficiários da
transmissão, donatários e usucapientes.

198
Isenção de Imposto do Selo:

O imposto sobre as sucessões e


doações, vestido de imposto do
selo, perde a sua dimensão,
quando este constitua encargo
do:
✓ cônjuge;
✓ descendente;
✓ ascendente;
✓ unido de facto.

199
REGRA GERAL

Valor Tributável

❖O valor tributável nas transmissões gratuitas, segue a regra


geral, n.º 1 do artigo 9.º, e do artigo 13.º a 21.º, com as
deduções específicas, do artigo 20.º do CIS.

200
REGRAS ESPECÍFICAS – BENS IMÓVEIS

Valor Tributável

❖ Quanto aos imóveis, n.º 1 do artigo 13.º, os inscritos na matriz,


considera-se o VPT determinado nos termos do CIMI à data da
transmissão, e nos casos dos omissos ou inscritos sem VPT, o
resultante da avaliação.
❖ Quanto aos imóveis e direitos não inscritos, n.º 2 do artigo 13.º, o
valor declarado ou o resultante da avaliação consoante o que for
maior.
❖ Os bens expropriados antes da liquidação, o valor é o da
indemnização, n.º 3 do artigo 13.º.
❖ Na determinação dos valores patrimoniais tributários de bens imóveis
ou de figuras parcelares do direito de propriedade, seguem-se as
regras previstas no CIMT para as transmissões onerosas, n.º 4 do artigo
13.º. 201
REGRAS ESPECÍFICAS – BENS MÓVEIS

Valor Tributável

Quanto aos automóveis, motociclos, aeronaves de turismo


e barcos de recreio, n.º 2 do artigo 14.º, determina que são
considerados, o valor de mercado ou o determinado nos
termos do n.º 7 do artigo 24.º do CIRS, consoante o que for
maior.

202
Página do manual: 151
Exemplo 84
A, faleceu e deixou um sobrinho como seu
herdeiro. Do acervo da herança consta a
participação social de 100% na sociedade
comercial unipessoal, por quotas A, Unipessoal,
Lda.
O capital próprio da sociedade era de 100.000 €,
no último balanço aprovado, em 31.03.2019, sem
entrar em conta com impostos diferidos.
Determine o capital próprio corrigido, para
efeitos de imposto do selo, de acordo com a
informação seguinte:
203
Página do manual: 152
Exemplo 84 (cont.)
1) No ativo, consta uma máquina adquirida em 2016, por
100.000 €, com taxas de depreciação no Decreto
Regulamentar 25/2009, de 14.09., de 12,5% e que vem
sendo depreciada na base da taxa de 15%.

Em termos fiscais, nos impostos sobre o rendimento, caso o ativo esteja


submetido ao método de depreciação linear, a máquina está subavaliada;

No ativo – 100.000 € x 3 anos (2016;2017;2018) x 2,5% ((15% (praticada)-


12,5% (fiscal)) = 7.500 € e deste excesso resulta uma diminuição do
imposto sobre o rendimento a pagar no futuro, que constitui um ativo por
imposto diferido de 1.575 € (7.500 € x 21 %);

Nota: nos nossos cálculos utilizamos a taxa de IRC de 21%.

204
Página do manual: 152
Exemplo 84 (cont.)
2) No ativo consta igualmente uma viatura ligeira de
passageiros adquirido em 2017, com o valor de aquisição
de 50.000 € e que vem sendo depreciada com base na
taxa de 10%.

Viatura ligeira de passageiros – nos mesmos termos, a viatura está


sobreavaliada;

No ativo – 50.000 € x 2anos (2017;2018) x 2,5% (praticada- fiscal, quota


mínima) = 2.500 € e desta quota perdida resulta no futuro um imposto
sobre o rendimento a pagar, de 525 € (2.500 € x 21 %) e ainda uma taxa
de tributação autónoma 875 € (2.500 x 35%).

205
Página do manual: 152
Exemplo 84 (cont.)
3) No passivo consta uma provisão judicial para processo
judicial em curso, constituída, da exigência efetuada por
um empregado, de uma indemnização de 30.000 €, por
despedimento, por a sociedade ter sido citada em
15.01.2019.

Provisão para processo judicial em curso – nos mesmos termos, a provisão


por acontecimento subsequente à data do balanço, não produz efeitos
fiscais neste último balanço, e acresce ainda que a indemnização por
cessão de emprego apenas releva fiscalmente no momento em que for
paga ou colocada à disposição, conforme n.º 12 do Art.º 18.º do CIRC.

O passivo fiscal está sobreavaliado, em 30.000 € e neste cálculo deve ser


deduzido o imposto que no futuro será relevante fiscalmente, 6.300 €
(30.000 € x 21 %).
206
Página do manual: 152

Exemplo 84 (cont.)
4) A sociedade tem nos ativos fixos tangíveis, a fábrica
registada pelo valor líquido contabilístico de 250.000 €,
mas o VPT do prédio é de 290.000 €.
A diferença entre o VPT e o valor do ativo líquido constitui fiscalmente
uma reserva potencial, de 40.000 €, deduzida do efeito fiscal, inerente à
diferença temporária, dos impostos sobre o rendimento, de 8.400 €
(40.000 € x 21 %).
Para aumentar a fiabilidade, o que não fizemos, na estimativa do imposto
diferido, podíamos introduzir no cálculo do valor líquido contabilístico, o
coeficiente de desvalorização monetário.

Este valor tributável em imposto do selo servirá de cálculo na mais ou


menos valia fiscal, no imposto sobre o rendimento das pessoas singulares,
como valor de aquisição, conforme Art.º 45º deste último imposto.
207
Página do manual: 152

Capital próprio inicial 100 000,00 €


Quota excessiva (máquina) 7 500,00 €

Acrescer Imposto quota perdida 1 400,00 €

Provisão processo judicial 30 000,00 €

Reavaliação terreno 40 000,00 €

Imposto quota excessiva 1 575,00 €

Quota perdida (viatura) 2.500,00 €


Deduzir
Imposto provisão 6 300,00 €

Imposto reserva potencial 8 400,00 €

Capital próprio corrigido 160 125,00 €


208
Página do manual: 152
Exemplo 85
Numa herança, consta um estabelecimento comercial,
localizado numa zona com coeficiente de localização de 3,
tendo o cabeça de casal atribuído o valor de 50.000 €, por
não ter contabilidade organizada, e ao qual está afeto um
veículo automóvel adquirido em 2016, por 50.000 € + IVA
e com valor comercial de 25.000 €. Os resultados líquidos
foram nos últimos três anos de 36.000 €.

Determine o valor tributável para efeitos do imposto do


selo do estabelecimento comercial?

Este valor tributável serve para efeitos de cálculo, dos


herdeiros ou legatários, nos impostos sobre o rendimento?
209
Página do manual: 152

Resolução
Valor tributável autónomo: ((Valor de aquisição de viatura de turismo x
1,23) - (1-Depreciação acumulada)) calculada com referência a
31.12.2018.

Exemplificando: 50.000€ x 1,23 x 0,55 = 33.825 €.

O estabelecimento tem um cálculo do valor tributável, estabelecido na


alínea c) do n.º 2 do Art.º 16.º do CIS: 36.000 € x 10

Exemplificando: 36.000 € x 10 = 360.000 €.

Este valor tributável do estabelecimento serve exclusivamente para


efeitos do imposto do selo.

210
Página do manual: 153

Exemplo 86
Numa herança, consta uma quota, de uma pessoa singular,
numa sociedade por quotas, em transparência fiscal, que
nos últimos três anos tem tido uma matéria coletável
constante, de 200.000 €. O autor da herança desde à
muito, que não tinha rendimentos imputados, sujeitos a
IRS. A sede social, da sociedade é numa zona de
coeficiente de localização 3 e o seu funcionamento em
escritórios, numa zona de coeficiente de localização 1,5.

Determine o valor tributável para efeitos do imposto do


selo da sociedade?

Imposto: 200.000 € x 7 = 1.400.000 €.


211
Página do manual: 153

Exemplo 87

Uma mãe herdou vários imóveis e pretende doá-los a seu


filho.

Seguidamente seu filho, casado no regime de comunhão


de adquiridos pretende doar 50% dos prédios a sua
esposa.

Quais os impostos a que ficam sujeitos os transmitentes e


adquirentes?

212
4.3 Arrendamentos e
subarrendamentos - Verba 2

213
Factos sujeitos a imposto:

▶ O contrato
▶ Os contratos-promessa com entrega do bem locado
▶ Os aumentos de renda por revisão do contrato

214
Sujeito passivo:
▶ Locador e Sublocador - art.º 2º, nº 1, al. g)
Em caso de pluralidade de locadores - aquele que proceder à apresentação da
declaração prevista no art.º 60º do CIS ou o primeiro locador ou sublocador
identificado na referida declaração, quando apresentada por terceiro autorizado - art.º
2º, nº 5, al. a)

No arrendamento/subarrendamento de prédio pertencente a herança indivisa - a


herança indivisa representada pelo cabeça de casal

No arrendamento/subarrendamento de parte comum de prédio constituído em


propriedade horizontal - o condomínio representado pelo administrador - art.º 2º, nº
5, al. b)

215
Encargo do imposto:

▶ Locador e Sublocador - art.º 3º, nº 1 e nº 3, al. b)

Momento da obrigação:

▶ Na data do início do arrendamento, do subarrendamento, das alterações ou,


no caso de promessa, da disponibilização do bem locado - art.º 5º, nº 1, al. v)

216
Liquidação e pagamento

O imposto é sempre liquidado pela AT com base na declaração


modelo 2 e na sequência da sua submissão (art.º 23º, nº 8 do CIS)

Regra Geral: É imediatamente liquidado o imposto e emitido


documento único de cobrança (DUC), que deve ser pago até ao fim
do mês seguinte ao do início do arrendamento, do
subarrendamento, das alterações ou, no caso de promessa, da
disponibilização do bem locado (art.º 44º, nº 6 do CIS ).

217
Valor tributável:

▶ A renda mensal mais alta convencionada no


contrato
▶ Os aumentos convencionados por revisão
contratual

▶ Despesas da responsabilidade do locador


suportadas pelo locatário e que acrescem ao valor
da renda.

Taxa:
▶ 10% - sobre a renda/seu aumento
correspondentes a um mês/ou ao período da
sua duração, se inferior a um mês e sem
possibilidade de renovação ou prorrogação
218
Página do manual: 155

Exemplo 88
A, Lda., efetuou 01 de dezembro de 2019 com B, Lda.,
um contrato de arrendamento de um estabelecimento
comercial, com duração de 2 anos, pelo valor mensal de
1.000 €, no 1º ano e que seria aumentada para 1.500 €,
no 2º ano.

Quanto terá de pagar de Imposto do Selo? Registe-o.

1.500 € x 10 % = 150 €

219
Página do manual: 155

Exemplo 89
A, Lda., efetuou 01 de dezembro de 2017 com B, Lda.,
um contrato de arrendamento de um estabelecimento
comercial, com duração de 2 anos, pelo valor mensal de
1.000 €, no 1º ano e que seria aumentada para 1.500 €,
no 2º ano.

Em 02 de dezembro de 2019 decidiram renovar o contrato


por mais dois anos.

Haverá imposto do selo?

220
Página do manual: 156

Exemplo 90
Qual a posição de um Contabilista Certificado
quando nos seus “clientes” verifica a falta de
comunicação dos contratos de arrendamento,
subarrendamento e respetivas promessas, bem
como as suas alterações e cessação?

221
Página do manual: 156

Exemplo 91

Sujeição a imposto do Selo de contrato de


comodato de imóvel?

222
Página do manual: 156

Exemplo 92
Imposto de selo em contrato de cedência de
espaço em parque de estacionamento, um de
arrendamento e outro de cedência de espaço
publicitário?

223
4.4 Garantias – Verba 10

224
Factos não sujeitos à
verba:
Factos sujeitos à verba:
▶ Garantias
▶ Garantias das materialmente
obrigações, qualquer acessórias de contratos
que seja a sua natureza especialmente
ou forma tributados na Tabela e
que sejam constituídas
▶ Prorrogação do prazo da em simultâneo com a
obrigação garantida,
garantia
ainda que em
instrumento ou título
▶ Substituição da garantia diferente
- renovação do
contrato através da
▶ Reforço da garantia
substituição do objeto
da garantia ▶ -desde que não exista
aumento do valor
garantido
225
Sujeito passivo:

▶ Entidade concedente da garantia - art.º 2º, nº 1, al. b)

▶ Notários e outras entidades que autentiquem documentos particulares,


relativamente aos contratos em que sejam intervenientes, com exceção
das garantias concedidas por instituições de crédito ou outras entidades
financeiras - art.º 2º, nº 1, al. a)

Encargo do imposto:
▶ Cabe à entidade obrigada à sua apresentação - art.º 3º, nº 1 e nº 3, al. e)

226
Momento da obrigação:
▶ No momento da sua emissão - art.º 5º al. l)

▶ No momento da sua constituição - art.º 5º, al. a)

Taxas
▶ Garantias de prazo inferior a um ano - por cada mês ou fração…...0,04%
▶ Garantias de prazo igual ou superior a um ano ………………...…………..0,5%
▶ Garantias sem prazo ou de prazo igual ou superior a cinco anos..….0,6%

227
Página do manual: 158

Exemplo 93
A sociedade comercial A, Lda., adquiriu as suas instalações
industriais em 02.12.2019, pelo valor de 1.500.000 €,
tendo recorrido a um financiamento bancário. Na mesma
data e em simultâneo, constitui hipoteca, para cobrir as
responsabilidades do referido contrato de mútuo.

Esta garantia é sujeita a imposto do selo?

228
Página do manual: 158

Exemplo 94
A sociedade comercial A, Lda., celebrou ainda na mesma
data um contrato de financiamento bancário, no montante
de 2.000.000 €, com o mesmo banco, constituindo em
simultâneo uma hipoteca sobre alguns bens imóveis, para
garantir este financiamento e as outras responsabilidades
presentes e futuras até ao montante de 3.000.000 €.
Esta garantia é sujeita a imposto do selo? Registe-a no
apresentante.

3.000.000 x 0,6 % = 18.000 €

229
4.5 Jogos – Verba 11

230
Página do manual: 159

Exemplo 95
A, Lda., organizou um concurso para os seus
clientes, em que se habilitam a ganhar um
automóvel, no valor de 50.000 €, através de
cartões a sortear.
Qual o valor do imposto se selo a pagar? Registe o
facto.
O automóvel tem de ser anunciado pelo seu valor líquido do imposto.
Valor ilíquido do prémio = 50.000 € ÷ (100%-45%) = 90.909,09 €
Valor do imposto = 90.909,09 x 0,45 = 40.909,09 €

231
Página do manual: 159

Exemplo 95 (cont.)
A, Lda., organizou um concurso para os seus clientes, em
que se habilitam a ganhar um automóvel, no valor de
50.000 €, através de cartões a sortear.

a) B, Lda., foi o “feliz” contemplado do automóvel.

Registe o facto

232
Página do manual: 160

Exemplo 96
Uma escola privada reconhecida pelo Ministério da
Educação (CAE 85520) realizará um concurso dentro da
sua área de atividade e pretende atribuir 3 prémios entre
1500 e 5000 € e questiona se os prémios estão sujeitos a
imposto do selo e respetivo enquadramento.

Prémio : fator sorte

233
4.6 Operações financeiras
– Verba 17

234
Verba Factos sujeitos a imposto Exemplos

Utilização de crédito concedido a qualquer


Mútuos, Cessão de créditos ,
17.1 título
Factoring, Operações de Tesouraria
Prorrogações do prazo do contrato

Utilização de crédito ao consumo Créditos concedidos a consumidores


17.2 abrangidos pelo D.L. 133/2009, de 2
Prorrogações do prazo do contrato
de junho
Juros, comissões e outras contraprestações
17.3 cobradas por instituições de crédito e outras Juros de empréstimos
entidades financeiras

235
Factos não sujeitos (exemplos):
▶Cartões de crédito [não está sujeita a
utilização do crédito dentro do período
contratualmente fixado para o pagamento de
bens e serviços adquiridos]

▶Juros decorrentes de relações comerciais [não


estão sujeitos]

236
Factos sujeitos, mas isentos de imposto
(exemplos)
▶ Operações Financeiras, incluindo os respetivos juros, por
prazo não superior a um ano, exclusivamente destinadas a
cobrir carências de tesouraria [ isenções art.º 7º, nº 1, al.
g) e h) ]
▶ Empréstimos com caraterísticas de suprimentos, incluindo
os respetivos juros [ isenção art.º 7º, nº 1, al. i) ]
▶ Transferência, entre IC’s, de empréstimos para habitação
[ isenção art.º 7º, nº 1, al. j) ]
▶ Juros de empréstimos para habitação própria [ isenção
art.º 7º, nº 1, al. l) ]

237
Utilização do crédito
Valor Tributável (Verba 17.1 e 17.2)

▶ Crédito utilizado

Taxas (Verbas 17.1 e 17.2 - Em função do prazo, respetivamente)

▶ Crédito de prazo inferior a um ano - 0,04% e 0,07% - por cada mês ou fração

▶ Crédito de prazo igual ou superior a um ano - 0,5% e 0,90%

▶ Crédito de prazo igual ou superior a 5 anos - 0,6% e 1%

▶ Crédito sem prazo ou em conta corrente - 0,04% e 0,07% - sobre a média mensal

▶ Nota: A lei orçamental ultimamente tem majorado a verba 17.2 em 50%


238
Juros
Valor Tributável (Verba 17.3)

▶ Valor cobrado

Taxas (Verba 17.3)

▶ Juros - 4%

▶ Prémios e juros de letras tomadas, letras a receber por conta alheia, de


saques emitidos sobre praças nacionais ou de quaisquer transferências - 4%

▶ Comissões por garantias prestadas - 3%

▶ Outras comissões e contraprestações por serviços financeiros, incluindo as


taxas relativas a operações de pagamento baseadas em cartões - 4%
239
Página do manual: 162

Exemplo 97
Uma sociedade comercial por quotas emprestou dinheiro a
um sócio no montante de 200.000 €, em 02.12.2019. No
contrato de mútuo ficou estabelecido que o prazo é de um
ano e vence juro à taxa de 3%.
Quais as implicações em imposto do selo? Registe o facto.

200.000 € x 0,5 % = 1.000 €

240
Página do manual: 162

Exemplo 98
Em A, Lda., são normalmente efetuadas as seguintes
operações financeiras:

A, Lda., paga em média 1.000 €, de despesas do sócio-


gerente A, que este reembolsa no final do mês, por acerto
no saldo a receber do seu salário.

Quais as implicações em imposto do selo? Registe o facto.

IS= 1.000 € x 0,04 % = 0,4 €

241
Página do manual: 163

Exemplo 98 (cont.)
Em A, Lda., são normalmente efetuadas as
seguintes operações financeiras:

A, Lda., paga em média 1.000 €, de despesas do


sócio B, e este não reembolsa a sociedade.
Implicações em imposto do selo?

Registe o facto.

242
Página do manual: 163

Exemplo 99
A conta corrente que a sociedade Y, Lda., possui com o seu sócio A,
apresenta os seguintes movimentos em novembro de 2019:

Saldo
Data Movimentos Débito Crédito Saldo credor
devedor
01.11 Saldo inicial 100.000 €
transferência
06.11 200.000 € 100.000 €
bancária
transferência
12.11 200.000 € 100.000 €
bancária

Calcule o imposto do selo e efetue o registo.

243
Página do manual: 164

Exemplo 100
Y, Lda., é acionista única de A, S.A., ambas residentes em Portugal.
A conta corrente que a sociedade Y, Lda., possui com a sua acionista
A, S.A., apresenta os seguintes movimentos em novembro de 2019:

Data Movimentos Débito Crédito Saldo devedor Saldo credor


01.11 Saldo inicial 100.000 €
transferência
06.11 200.000 € 100.000 €
bancária
transferência
12.11 200.000 € 100.000 €
bancária

Calcule o imposto do selo e efetue o registo.


244
Página do manual: 165

Exemplo 101
Y. Lda, é acionista única de A, S.A., sendo a primeira residente em
Portugal e a segunda na Alemanha.
A conta corrente que a sociedade Y, Lda. possui com a sua acionista A,
S.A., apresenta os seguintes movimentos em novembro de 2019:
Saldo
Data Movimentos Débito Crédito Saldo credor
devedor
01.11 Saldo inicial 100.000 €
transferência
06.11 200.000 € 100.000 €
bancária
transferência
12.11 200.000 € 100.000 €
bancária

Calcule o imposto do selo e efetue o registo.

245
Página do manual: 165

Exemplo 102
Y, Lda., residente em Portugal é detida pela sócia única B, Lda., residente
em Espanha e esta é detida por A, S.A., residente na Alemanha.
A conta corrente que a sociedade Y, Lda., possui com a parte relacionada A,
S.A., apresenta os seguintes movimentos em novembro de 2019:
Saldo
Data Movimentos Débito Crédito Saldo credor
devedor
01.11 Saldo inicial 100.000 €
transferência
06.11 200.000 € 100.000 €
bancária
transferência
12.11 200.000 € 100.000 €
bancária

Calcule o imposto do selo e efetue o registo.


246
Página do manual: 166

Exemplo 103
Em novembro de 2019 venceu-se o empréstimo de
1.000.000 €, que B, S.A. tinha efetuado em novembro de
2015, a C, S.A., entidades relacionadas e decidiram
efetuar a prorrogação do empréstimo por igual período.
Ambas as sociedades são residentes em território
português.

Calcule o imposto do selo e efetue o registo.

IS = 1.000.000 € x 0,05 % = 5.000 €

247
Página do manual: 167

Exemplo 104
B, S.A., participa com 10 % no capital social de C, S.A.

Em novembro de 2019 venceu-se o empréstimo de


1.000.000 €, que B, S.A., tinha efetuado em novembro de
2015, a C, S.A., e as sociedades decidiram efetuar a
prorrogação do empréstimo por igual período.

Calcule o imposto do selo e efetue o registo.

248
Página do manual: 167

Exemplo 105
B, S.A., participa com 80% no capital social de C, S.A.

Em novembro de 2019 venceu-se o empréstimo de


1.000.000 €, que B, S.A., tinha efetuado em novembro de
2015, a C, S.A., e foi deliberado em ambas as sociedades,
que o empréstimo passava a não vencer juros e não tinha
prazo definido de reembolso.

Calcule o imposto do selo e efetue o registo.

249
Página do manual: 168

Exemplo 106
Uma sociedade (mãe) concede a uma outra sociedade
(filha) um empréstimo, isento do imposto do selo, pela
alínea i) do n.º 1 do Art.º 7º do CIS e existiu reembolso no
período de um ano.

Calcule o imposto do selo e efetue o registo.

250
Página do manual: 168

Exemplo 107
Uma sociedade (mãe) concede a uma outra sociedade
(filha) um empréstimo, isento do imposto do selo, pela
alínea h), do n.º 1 do Art.º 7º do CIS e não existiu
reembolso no período de um ano.

251
Página do manual: 168

Exemplo 108
Constituição de prestações suplementares e isenção em
imposto do selo?

Desconhecemos se a Autoridade Tributária efetuou alguma


liquidação oficiosamente do imposto de selo, sobre a
constituição de operações financeiras, designadas de
prestações suplementares.

252
Página do manual: 169

Exemplo 109
Cessão de crédito e o imposto do selo.

A, Ld.ª recebeu do seu cliente e de uma instituição


financeira, a comunicação, de que a totalidade das
faturas emitidas passavam a ser pagas pela
instituição financeira, na data do vencimento.

A, Ld.ª é sujeita a imposto do selo pelo pagamento


das faturas, por parte da instituição financeira?

253
Página do manual: 170

Exemplo 110
Faturação de comissões de gestão do fundo, por
uma sociedade de capital de risco a um Fundo de
Capital de Risco?
Existindo isenção em imposto sobre o valor acrescentado, n.º 27 do Art.º
9.º do CIVA, condição “sine qua non” para a incidência do imposto do
selo, conforme n.º 2 do Art.º 1.º do CIS, diremos como resulta da
previsão na Verba 17.3.4 da Tabela Geral do Imposto de Selo, que sujeita
a tributação “Outras comissões e contraprestações por serviços
financeiros (…)” e da verba 17.3 “(…) e quaisquer outras instituições
financeiras”, que estão reunidas as condições objetivas e subjetivas para
a sujeição em imposto do selo, o qual segundo a parte final da verba
17.3, é devido sobre o valor cobrado

254
Página do manual: 170

Exemplo 111
Imposto do selo sobre juros em operações
financeiras entre sociedades comerciais
associadas.
É sujeito a imposto do selo, se as sociedades
comerciais associadas forem instituições de crédito,
sociedades financeiras ou outras entidades a elas
legalmente equiparadas ou quaisquer outras
instituições financeiras, podendo nestas hipóteses,
beneficiar das isenções previstas nas alíneas e), g),
h) e i) do Art.º 7.º do CIS.

255
4.7 Seguros – Verba 22

256
Apólices de seguros
Nas apólices de seguros a taxa incide sobre o valor tributável constituído “sobre a
soma do prémio do seguro, do custo da apólice e de quaisquer outras importâncias que
constituem receita das empresas seguradoras, cobradas conjuntamente com esse
prémio ou em documento separado”, existindo diversas taxas, consoante o tipo de
seguro:
Verba Tipo de seguro Taxa

22.1.1 Seguro do ramo "cauções" 3%

22.1.2 Seguro do ramo "acidentes", "(…)" 5%


Seguro do ramo “Mercadorias
22.1.3. 5%
transportadas"
Seguros de "Embarcações" e de
22.1.4. 5%
"Aeronaves"
22.1.5. Seguros de quaisquer outros ramos 9%
257
Mediação de seguros
Verba Tipo de seguro Taxa
22.2 Comissões cobradas pela atividade de
mediação - sobre o respetivo valor líquido de 2%
imposto do selo

258
Facto Sujeito a Imposto: Mediação de Seguros

Sujeito passivo:
▶ Empresas seguradoras, alínea e), do n.º 1, do Artigo
2.º.

Encargo do imposto:
▶ Nas atividades de mediação, o mediador, alínea o), do
n.º1, do Artigo 3.º.

259
Momento da Obrigação:

→ Na data da ocorrência dos factos, alínea e), do n.º 1, do Artigo 5.º

Valor tributável:

▶Comissões cobradas pela atividade de mediação


Taxa:

▶2% - sobre o respetivo valor líquido do imposto do selo

260
Página do manual: 172

Exemplo 112
“Serviços de Gestão e intermediação” faturados
por um mediador de seguros ao tomador do
seguro (segurado)?

Não sendo os ditos serviços isentos de IVA, Art.º 9º,


n.º 28 não podem ser sujeitos a imposto do selo.

261
Página do manual: 173

Exemplo 113
Imposto do selo nos serviços de intermediação do
mediador?

Quanto a estes montantes, isentos de IVA, pelo n.º


28 do Art.º 9.º do CIVA, a mediadora de seguros
debita a companhia de seguros e credita a conta de
rendimentos.

262
Página do manual: 173

Exemplo 114
Uma mediadora de seguros com residência em Portugal
recebe comissões de seguros não vida por contratos de
seguros com risco no território nacional, efetuados noutro
estado membro da União Europeia, através de corretora
de seguros noutro Estado da União Europeia?

Os sujeitos passivos de facto, são os mediadores, a quem incumbe o


encargo do imposto, conforme alínea o) do n.º 3 do Art.º 3.º, e no caso,
como parece resultar da questão, de interesse económico comum a
vários titulares, o encargo é repartido proporcionalmente por todos eles,
n.º 2 do Art.º 3.º, ambos do Código do Imposto do Selo
O mediador português é responsável solidário pelo pagamento do
imposto do selo, n.º 3 do Art.º 42.º, do CIS, com a entidade que realizou
a operação.
263
Página do manual: 174

Exemplo 115
Caso a mediadora de seguros, seja solidariamente
responsável pela entrega do imposto de selo, quais os
procedimentos declarativos para o cumprimento da
obrigação?

O mediador tem de ter na sua posse elementos que


comprovem, que a entidade obrigada à retenção na fonte do
imposto do selo reteve o imposto do selo, sobre as comissões
para se desonerar da responsabilidade pelo pagamento do
imposto do selo à Fazenda Nacional.

264
4.8 Transferências onerosas de
atividades ou exploração de serviços
- Verba 27

265
Factos sujeitos a imposto:

• Trespasses de estabelecimento comercial,


industrial ou agrícola

• Subconcessões e trespasses de concessões


feitos pelo Estado, pelas Regiões Autónomas
ou pelas autarquias locais, para exploração de
empresas ou de serviços de qualquer natureza

266
Sujeito passivo:
▶ O trespassante, nos trespasses de estabelecimento comercial,
industrial ou agrícola - art.º 2º, nº 1, al. q)

▶ O subconcedente e o trespassante nas subconcessões e trespasses


de concessões feitos pelo Estado, pelas regiões autónomas ou
pelas autarquias locais - art.º 2º, nº 1, al. r)

Encargo do imposto:
▶ Os adquirentes daqueles direitos - art.º 3º, nº 1 e nº 3, al. v)

267
Momento da Obrigação:

→ Momento da assinatura do contrato - art.º 5º, al. a)

Valor tributável:

▶Valor da contraprestação do trespasse ou


concessão
Taxa:

▶5% - sobre o valor do contrato

268
Página do manual: 175

Exemplo 116
Em 02.12.2019, A, Lda., celebrou um contrato de
trespasse de estabelecimento comercial com B, Lda., pelo
montante de 150.000 € (com toda a mercadoria,
equipamento e direito ao arrendamento).

Sujeita a imposto do selo? Registe.

IS = 150.000 € x 5 % = 7.500 €

269
Página do manual: 175

Exemplo 117
Sujeição a Imposto do Selo por um contrato de
trespasse, sem contrato de arrendamento, da
sociedade “C”, para a sociedade “A” e por o
prédio ser de “B”?

Segundo a AT não existe sujeição a Imposto do


Selo.

270
4.9 Isenções (2 exemplos)

271
Página do manual: 176

Exemplo 118
Isenção do imposto de selo nas instituições religiosas
(94910 Atividades de Organizações Religiosas)?

Não existem benefícios específicos para as instituições religiosas, mas


lembramos o benefício genérico, que ocorre quando a atividade das
instituições religiosas for enquadrável na alínea d do Art.º 6.º do CIS,
“instituições particulares de solidariedade social e entidades a estas
legalmente equiparadas”, onde podem beneficiar da isenção do imposto
do selo, quando este constitua seu encargo.

Esta isenção do imposto do selo é uma isenção automática, não havendo


necessidade de a requerer, bastando, apenas, invocá-la perante as
entidades competentes para a sua liquidação e pagamento.

272
Página do manual: 178

Exemplo 119
Isenção de imposto do selo, quando constitua
encargo de associações sindicais?

Em imposto do selo, temos como isenção, somente o regime


consignado no n.º 1 do Art.º 60.º do Estatuto dos Benefícios
Fiscais, que passou a ser igualmente aplicável, com as
necessárias adaptações, às operações de fusão e cisão entre
associações sindicais, conforme n.º 14, na redação
introduzida pela Lei Orçamental n.º 71/2018, de 31.12.

273
Obrigado
pela atenção !

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