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A autora inicia seu livro falando de sua trajetória de formação. Ficava incomodada com a reação
natural das mães sobre a repetência dos alunos.
Descobriu que o fracasso das crianças tinha ligação direta com a escola pública. Iniciou seus
trabalhos referenciando -se em Emília Ferreiro.
No início da carreira verificou que eram os professoresque selecionavam o que era fácil e difícil
para os alunos. De acordo com pesquisas realizadas por Emília Ferreiro e Ana Teberosky e
colaboradoras, ficaram evidentes os problemas que a metodologia embutida nas cartilhas criava
para as crianças.
Telma Weisz coloca que as crianças constroem hipóteses sobre a escrita e seus usos a partir da
participação em situações nas quais os textos têm uma função social de fato, frequentemente as
mais pobres são as que as hipóteses mais simples, pois vivem poucas situações desse tipo.
É importante conciderar que todas as crianças têm um conhecimento prévio, que antecede sua
entrada na escola.
É preciso que o professor possibilite ao aluno mostrar o que sabe e amplie seus conhecimentos.
Para intervir na aprendizagem dos alunos o professor precisa terclareza das construções que
estão pro trás da aprendizagem dos alunos.
Segundo a concepção construtivista todo conhecimento precisa ser construído, e muitas teorias
aparecem sobre desenvolvimento e aprendizagem.
A construção de um novo olhar sobre a aprendizagem começou com Piaget, que apresentou um
modelo claro do processo geral de construção do conhecimento, abrindo a possibilidade de
estudar, posteriormente a construção de conhecimento específico.
Mais do que apontar o erro, o professor precisa pesquisar o motivo que levou a criança responder
determinada questão.
É importante considerar que o conhecimento prévio dos alunos não deve ser confundido com
conteúdo já ensinado pelo professor. É preciso perceber como a criança pensa sobre o conteúdo
apresentado.
Para compreender a ação pedagógica dos professores é preciso ter clareza do qeu a embasa.
TRECHO
Ao montar uma situação de avaliação, o professor precisa ter clareza sobre as diferenças que
existem entre situações de aprendizagem e situações de avaliação. Exemplo, o Ditado! Um ditado
pode ser uma situação de aprendizagem para alunos que ainda não escrevem
convencionalmente e também uma situação de avaliação do seu conhecimento sobre a escrita.
Se o objetivo é descobrir o que cada aluno sabe, quem dita é o professor, e o ditado será uma
tarefa individual e que não permita ao aluno recorrer a fontes de consulta nem ao intercâmbio de
informação entre colegas. No entanto, se o objetivo for a aprendizagem, todas essas restrições
caem por terra.
É importante que o professor registre o seu trabalho por escrito, porque isso o levará a construir
uma prática de reflexão - As modalidades de reflexão sobre a prática estão articuladas à ideia d
documentação, a qual permite trazer a prática para o espaço de discussão e reflexão a posteriori,
ampliando a possibilidade de contato com a realidade da sala de aula e construindo uma
metodologia de tematização da prática apoiada em diferentes suportes de registro. - Todas as
escolas deveriam produzir coletivamente um documento para difundir as características de seu
projeto pedagógico - No caso da formação continuada e, principalmente, da produção de um
projeto educacional pela escola, creio que dois instrumentos são particularmente importantes: -
Documentação da prática da sala de aula e a reflexão coletiva da equipe da escola em torno dela;
- A exigência de comunicar o processo de elaboração desse projeto educacional coletivo por
escrito - Se a sociedade quer um ensino com qualidade terá de assumir que isso implica um
professor mais bem qualificado e remunerado.
O diálogo entre o ensino e a aprendizagem -Telma Weisz com ana Sanchez- Editora Ática
É equivocada a expectativa de que o aluno poderá receber qualquer ensinamento que o professor lhe
transmita exatamente como ele lhe transmite. O professor é que precisa compreender o caminho de aprendizagem
que o aluno está percorrendo naquele momento e, em função disso, identificar as informações e as atividades que
permitam a ele avançar do patamar de conhecimento que já conquistou para outro mais evoluído. Ou seja, não é o
processo de aprendizagem que deve se adaptar ao de ensino, mas o processo de ensino é que tem de se adaptar
ao de aprendizagem. Ou melhor: o processo de ensino deve dialogar com o de aprendizagem.
Nesse diálogo entre professor e aprendiz, cabe ao professor organizar situações de aprendizagem. Mas o
que vem a ser isso? Elas consistem em atividades planejadas, propostas e dirigidas com a intenção de favorecer a
ação do aprendiz sobre um determinado objeto de conhecimento, e essa ação está na origem de toda e qualquer
aprendizagem.
Não basta, no entanto, que sejam planejadas, propostas e dirigidas para constituírem automaticamente boas
situações de aprendizagem para os alunos. Para terem valor pedagógico, serem boas situações de aprendizagem,
as atividades propostas devem reunir algumas condições, respeitar alguns princípios. Boas situações de
aprendizagem costumam ser aquelas em que:
● os alunos precisam pôr em jogo tudo o que sabem e pensam sobre o conteúdo que se quer ensinar;
● os alunos têm problemas a resolver e decisões a tomar em função do que se propõem produzir;
● o conteúdo trabalhado mantém suas características de objeto sociocultural real, sem se transformar em
objeto escolar vazio de significado social.
É certo que nem sempre é possível organizar as atividades escolares considerando simultaneamente esses
quatro pressupostos pedagógicos. Isto é algo que depende muito do tipo de conteúdo a ser trabalhado e dos
objetivos didáticos que orientam a atividade proposta. Mas os princípios acima apontam uma direção, e é esta
direção que convém não perder de vista.
Alunos põem em jogo tudo o que sabem, têm problemas a resolver e decisões a tomar
Juntos, os dois primeiros pressupostos formam o pano de fundo de uma proposta didática baseada na
concepção de aprendizagem como construção. Nesse sentido, “pôr em jogo” o conhecimento que se tem não
significa simplesmente usá-lo, mas arriscar-se: o aprendiz precisa testar suas hipóteses e enfrentar contradições,
seja entre as próprias hipóteses, seja entre o que consegue produzir sozinho e a produção de seus pares ou entre
o que pode produzir e o resultado tido como convencionalmente correto. Ao falar em “problemas a resolver” não se
está pensando em problemas matemáticos nem em perguntas para as quais se deve encontrar respostas. O
conhecimento só avança quando o aprendiz tem bons problemas sobre os quais pensar. É isso que justifica uma
proposta de ensino baseada na idéia de que se aprende resolvendo problemas.
Construir situações que se orientem por esses pressupostos exige do professor competência para
estabelecer os desafios adequados para seus alunos, que são os que ficam na interseção entre o difícil e o
possível. Se a proposta é difícil demais e impossível de realizar, o desafio não se instaura para o aprendiz, pois o
que está posto é um problema insolúvel no momento. Se a proposta é possível mais fácil demais, não há sequer
desafio colocado. Portanto, o desafio do professor é armar boas situações de aprendizagem para os alunos:
atividades que representem possibilidades difíceis, mas coloquem dificuldades possíveis.
Para que o aluno possa pôr em jogo o que sabe, a escola precisa autorizá-lo e incentivá-lo a acionar seus
conhecimentos e experiências anteriores fazendo uso deles nas atividades escolares. Essa autorização não pode
ser apenas verbalizada pelo professor: é importante que ele prepare as atividades de maneira que isso seja de fato
requisitado.
Certa vez, uma professora que iniciava um trabalho sobre os pólos com seus alunos perguntou a eles o que
sabiam sobre os pingüins. Foi um alvoroço, mas um menino que tinha se mudado para aquela escola naquele ano
não falou nada. A professora então se dirigiu a ele e perguntou:
“Sim.”
“Nada.”
“Como, nada? Algo você deve saber: como ele é, em que tipo de lugar ele mora.”
“Não tem importância, aqui ninguém ainda estudou isso na escola, mas a gente aprende muitas coisas fora da
escola.”
“Eu não, só o que eu sei é o que eu vi nos programas da TV Cultura e nos desenhos.”
A valorização dos saberes construídos fora das situações escolares é condição para que os alunos tomem
consciência do que e de quanto sabem. Esses, ou quaisquer conhecimentos que tenham, não são
necessariamente conscientes, sistematizados ou corretos do ponto de vista adulto. Mas é certo que eles ”estão em
jogo” quando se aprende na escola, principalmente quando as propostas de ensino são planejadas para que assim
seja.
Se em uma situação de aprendizagem da multiplicação, por exemplo, o professor tem como objetivo que
seus alunos façam uso dos saberes que possuem e que realizem operações de forma mais econômica, deve
propor atividades em que essas operações vão se tornando mais complexas, levando-os, de fato, a pôr em uso o
que sabem, ao mesmo tempo que observam outras formas de resolução que não as próprias. O professor pode
agrupar os alunos em duplas para participarem de um jogo como o descrito a seguir, de maneira que fiquem juntos
um aluno que realiza a operação utilizando procedimentos mais econômicos e outro que não. Jogos que colocam
em questão a agilidade na resolução dos cálculos requerem, dos que usam estratégias pouco avançadas, um
esforço para aprender outras mais rápidas, que permitam ganhar tempo.
Regras: o jogo envolve dois jogadores. Cada um deve pôr a mesma quantidade de palitos em cada caixinha.
Pode usar 2,3,4, até 9 caixinhas, e só pode colocar até 9 palitos de fósforo em cada uma. Deve preparar escondido
a jogada que será proposta ao oponente e colocar os palitos nas caixinhas para que ele diga quantos existem no
total – esse é o problema que a ele é colocado. Um deles pega, por exemplo, 4 caixinhas e põe 5 palitos em cada.
O oponente terá de dizer quantos palitos há ao todo sem tirar os palitos das caixas para contar. Quem acertar
ganha 1 ponto.
Pontos: ganha pontos quem conseguir dar a resposta correta. Se o que está na posição de dar a resposta
errar, o que propôs o desafio deve saber a resposta, caso contrário perde um ponto.
Vencedor: ganha o jogo aquele que tiver mais pontos no final de 10 rodadas (ou outra quantidade que se
combine previamente).
Um dos aspectos interessantes desse jogo é que o parceiro que propõe o desafio tem sempre de saber o
resultado, porque se não souber e tiver de conferir o outro vai ver, já que estão de frente um para o outro.
Geralmente, as crianças começam propondo cálculos com números baixos: duas caixinhas com 3 palitos cada
uma, 3 caixinhas com 2 palitos cada. À medida que vão se soltando, propõem coisas cada vez mais complexas.
Adoram 9 vezes 9 ou 8 vezes 8. Uma das descobertas que fazem é que, assim como os dobros, os “quadrados”
têm que ser memorizados, para facilitar. E começam a construir estratégias de multiplicação: 9 caixinhas com 9
palitos é o mesmo que 10 caixinhas com 9 palitos, menos 9 palitos; 8 caixinhas com 9 é igual a 81 (que já sabe de
cor), menos 9.
No entanto, o fato de se tratar de um jogo não garante, em si, que a situação de aprendizagem seja
interessante: existem jogos que são extremamente enfadonhos, outros que não desafiam, por serem muito fáceis
ou muito difíceis.
A vantagem que um jogo do tipo descrito acima apresenta para quem está aprendendo multiplicação é o
fato de configurar uma situação em que a agilidade no uso do tempo de resolução é um fator importante: o jogo fica
mais interessante se as estratégias forem rápidas. Isso vai fazendo com que a tabuada seja aprendida de forma
inteligente. A limitação do tempo – que é sempre uma variável em que qualquer atividade humana – é importante
na construção de estratégias aritméticas mais avançadas. Quando se restringe o tempo, as estratégias têm de se
tornar mais econômicas, e isso, por sua vez, exige um aprofundamento em relação à natureza da operação que
está sendo realizada e às suas propriedades.
Em qualquer área de conhecimento é possível organizar atividades que representem problemas para os
alunos e que demandem o uso do que sabem para encontrar soluções possíveis.
Voltando aos princípios: quando dizemos que os alunos devem ter problemas a resolver e decisões a tomar
em função do que se propõem produzir, estamos nos referindo a uma questão de natureza ideológica, que tem
enormes conseqüências de natureza pedagógica (e vice-versa). Não adianta lamentar que a maioria dos alunos
tenha como único objetivo em sua vida escolar tirar boas notas e passar de ano, pois é a escola quem lhes ensina
isso. Ensina em atos, quando propõe tarefas cujo sentido escapa à criança e, frequentemente, ao próprio professor.
É fundamental que os professores que têm compromisso político compreendam que é a alienação que educa para
a alienação. Quando falo de tarefas cujo sentido escapa à criança, não estou me referindo a tarefas chatas,
cansativas, e não estou propondo que se transforme a escola num parque de diversões. Aprender envolve esforço,
investimento, e é justamente por isso que em cada atividade os alunos devem ter objetivos imediatos de realização
para os quais dirigir o esforço de equacionar problemas e tomar decisões. Estes objetivos não precisam em ergir do
seu interesse nem devem ser decididos por eles. Propostos pelo professor, constituem parte da própria estrutura da
atividade, de tal forma que os alunos possam apropriar-se tanto dos objetivos quanto do produto do seu trabalho.
Vou dar um exemplo. A produção de texto, ou, como é mais conhecida, a redação, é uma atividade presente
em qualquer tipo de proposta pedagógica. O que varia é o momento em que se considera a criança apta a redigir
textos.
A discussão sobre se é necessário escrever convencionalmente ou não para começar a produzir textos
envolve questões tanto do campo da lingüística (o que é um texto) quanto do campo da pedagogia (é necessário
aprender para poder redigir ou é necessário redigir para poder aprender?). Mas nossa questão nesse momento não
é essa, e sim o sentido do ato de redigir para o aluno.
Creio que ninguém discordaria que escrever para que o texto seja lido é completamente diferente de
escrever para que ele seja corrigido. São dois sentidos distintos que transformam o que aparentemente é a mesma
atividade, a redação, em duas atividades completamente diferentes. A própria correção, como uma outra atividade,
ganha sentido quando é tratada como um esforço de buscar maior legibilidade e permite ao aluno compreender que
é necessário escrever dentro de padrões convencionais, não para agradar ao professor, e sim para que o texto
possa ser lido com facilidade.
Informação é tudo o que de fato “acrescenta”. Livros e outros materiais escritos informam, a intervenção do
professor informa, a observação de como uma colega resolve uma situação-problema informa, as dúvidas
informam, as dificuldades informam, o próprio objeto que os alunos se debatem para aprender, informa.
O conhecimento avança quando o aprendiz enfrenta questões sobre as quais ainda não havia parado para
pensar. Quando observa como os outros a resolvem e tenta entender a solução que os outros dão. Isso é o que
justifica a exigência pedagógica de garantir a máxima circulação de informação possível na classe. Significa
permitir que as perguntas circulem e as respostas também, e que cada aluno faça com isso – que é informação – o
que lhe é possível em cada momento. Para promover a circulação de informações é preciso que o professor aceite
que seu papel é o de um planejador de intervenções que favoreçam a ação do aprendiz sobre o que é objeto de
seu conhecimento. E que abra mão da posição de ser o único informante da classe – posição muitas vezes adotada
não por autoritarismo, mas para evitar que os alunos errem, pois, quando trocam livremente informações, expõem
uns para os outros suas hipóteses, muitas vezes erradas. A preocupação em evitar o contato do aluno com a
resposta errada é uma marca do modelo empirista de ensino e está relacionada à idéia de que ela vai se fixar em
sua memória.
As crianças frequentemente reproduzem o padrão de comportamento que os adultos têm com elas. Numa
classe onde o respeito intelectual com o processo de aprendizagem dos alunos é baixo, é comum eles se
vangloriarem dos seus saberes, gozarem e humilharem os outros quando dão respostas inadequadas. Numa
classe onde o professor cultiva a cooperação e o respeito intelectual, eles costumam fazer o mesmo com os
colegas. Quando o professor proporciona situações de intercâmbio e colaboração na sala de aula, eles podem
trocar informações entre si, discutir de maneira produtiva e solidária e aprender uns com os outros.
Para poder explicar para o colega que seu jeito de pensar está incorreto, o aluno precisa formular com
precisão e argumentar com clareza – e esta é uma situação muito rica para sistematizar seus próprios
conhecimentos. Quando se contradiz e percebe isso, pode reorganizar as idéias, e dessa forma seu conhecimento
avança.
Num ambiente de respeito e solidariedade, os alunos aprendem a dar as informações que julgam
importantes para o colega. Em uma sala de aula onde essa prática é adotada, não é raro vê-los oferecendo
informações parciais uns para os outros e escutar diálogos do tipo: “Agora pensa para ver se você descobre”,
“Repare bem que você encontra a resposta”. É comum, também, ver uma criança perguntando coisas do tipo: “Com
que letra começa padaria?” e tendo como resposta “É com a mesma letra do nome do Paulo” – uma resposta
bastante diferente de “Dá aqui que eu faço um p para você”, ou “Não está vendo que é o p?” E há, é claro, a
possibilidade de o aluno que perguntou ouvir de seu colega: “Padaria? começa com a” – e se dar por satisfeito. O
medo de que eles aprendam errado, numa hora dessas, faz com que muitos professores recuem e bloqueiem a
circulação de informação.
Uma classe é, de certa forma, uma microssociedade. E o professor estabelece o seu modo de
funcionamento, muito menos por ter montado um decálogo na parede – o que é muito interessante, desde que seja
discutido com os alunos, - mas, principalmente, por passar, através de seus próprios atos, quais as atitudes que
devem ser valorizadas, quais não, que formas de relação são bem aceitas, quais não. A classe incorpora isso tudo
porque o professor está no comando e é referência.
Os alunos, muitas vezes discutem, defendem suas opiniões. E a atitude diante do que consideram um não-
saber do outro tem a ver muito, também, com o temperamento de cada um. Há crianças que não discutem, mas
não arredam pé, outras até discutem, mas acabam cedendo. A questão central não é haver ou não discussão, mas
sim que cada um consiga formular o seu argumento a favor ou contra uma dada questão. Aprende-se muito quando
se está exposto a uma argumentação, e mais ainda quando se tem que defender um ponto de vista. O esforço de
comunicar uma idéia sempre faz avançar a compreensão e é altamente produtivo do ponto de vista da
aprendizagem.
A interação entre os alunos não é necessária só porque o intercâmbio é condição para o convívio social na
escola: ela é necessária porque informa a todos os envolvidos e potencializa quase infinitamente a aprendizagem.
WEISZ, Telma. O Diálogo entre o Ensino e a Aprendizagem. São Paulo: Ática, 1999.
A autora faz uma série de reflexões sobre o processo de aprendizagem das crianças,
discorrendo sobre seu trabalho como alfabetizadora na escola pública para extrair exemplos e
apresentar soluções. Na sua visão é possível criar um novo tipo de educador capaz de mudar o
rumo de suas ações, interpretar as respostas dadas pelos alunos e se corrigir.
Numa concepção construtivista de educação, o professor não é, nem tampouco pode ser, mero
espectador da construção de conhecimentos de seus alunos. Cabe a ele o papel de organizar as
situações de aprendizagens, as intervenções pedagógicas que auxiliem os alunos em suas
próprias construções, que considere seus conhecimentos e os mecanismos envolvidos nessa
construção, além das questões relacionadas à didática do objeto a ser ensinado e aprendido.
Estas são questões que rodam o cotidiano dos educadores compromissados com sua prática,
que esperam que seus alunos estejam envolvidos em uma realidade de sucesso escolar e não do
fracasso, como tem sido.
Não existem fórmulas mágicas, nem receitas a serem seguidas para que os professores possam
garantir que seus alunos aprendam. Mas, existem alguns pressupostos importantes, que
necessitam ser considerados no processo de ensino e aprendizagem e que podem auxiliar na
reflexão sobre como proceder para que a aprendizagem ocorra.
É fundamental que os professores consigam conhecer o que seus alunos sabem sobre o objeto
de conhecimento a ser ensinado e aprendido, pois é a partir da possibilidade de relacionar o novo
conhecimento com o conhecimento que possui que a aprendizagem ocorre. Assim, quando o
professor toma conhecimento sobre os conhecimentos prévios de seus alunos pode planejar
situações didáticas que tentem garantir a aprendizagem, ou seja, que permitam que o aluno
consiga estabelecer relações substantivas e não-arbitrárias entre o que aprendeu e o que já
conhecia.
As situações didáticas planejadas não podem considerar que o simples contato do aluno com o
objeto de conhecimento promova a aprendizagem, ou que a simples imersão do aluno em
ambientes informadores garanta o aprendizado. Caso isso ocorresse, não teríamos membros não
alfabetizados em comunidades letradas. A intervenção pedagógica deliberada é essencial para
que a aprendizagem ocorra, o professor deve planejar situações desafiadoras, ou seja, boas
situações de aprendizagem.
Segundo Weisz, as atividades planejadas pelos professores, para terem valor pedagógico e
serem boas situações de aprendizagem, devem considerar alguns princípios:
Os alunos precisam pôr em jogo tudo o que sabem e pensam sobre o conteúdo que se quer
ensinar:
Em uma atividade em que os alunos colocam seus conhecimentos de maneira que seja
desafiante, a resposta não podem ser de memórias, nem óbvias ou imediatas, devem mobilizar
os conhecimentos dos alunos para a construção da solução.
Esse modelo de ensino pressupõe uma intervenção de natureza própria. Esse modelo refere-se à
utilização, como núcleo das situações de aprendizagem, de situações-problema.
Aqui ressurge o modelo de aprendizagem proposto pela escola nova. Aprender a aprender
significa saber buscar informações por meio do computador, ter capacidade para estabelecer
relações inteligentes entre os dados, as informações e os conhecimentos já construídos.
O professor deve se preocupar com o que o aluno sabe sobre aquilo que ele ensinou mas
também com o ponto de vista do aprendiz, porque é esse o conhecimento necessário para fazer o
aluno avançar do que ele já sabe para o que não sabe.
Todas as crianças sabem muitas coisas, só que essas sabem coisas diferentes dos outros.
Tudo depende da valorização que certas aprendizagens assume nas comunidades de origem de
cada criança. Depende da cultura da família e do seu ambiente
USOS DA AVALIAÇÃO
A coisa começa a ir por água abaixo, porém, quando a "aceleração" - ou recuperação - não
corresponde às expectativas. "O problema é que as salas de aula continuam divididas entre os
alunos "que vão" e "os que não vão", com uma pequena diferença: todos passam de ano, mas só
alguns vão aprender, admite Telma. O drama de crianças que não sabem ler e escrever repete-se
hoje se em qualquer escola localizada em regiões pobres, garantem os próprios professores. Eles
reclamam pelo fato de não poder "reprovar ninguém" e dizem não tornar públicos os casos de
analfabetismo porque as secretarias de educação costumam abrir sindicância "para apurar os
fatos" e somente os professores acabam penalizados, enquanto o governo nunca cumpre a sua
parte.
Na rede normal de ensino, não se sabe se, hoje, o professor está preparado para conseguir bons
resultados de seus alunos. "Se ele estiver, ele consegue. A gente sabe que isso é possível, mas
não fácil. Exige um preparo profissional, que infelizmente ainda não está disponível para os
professores"
Quando se fala da importância de o professor compreender o que seus alunos sabem ou não
sabem para poder atuar, a questão é mais complexa do que parece.
Pensa-se sempre que é preciso ter uma boa noção daquilo que os alunos sabem do ponto de
vista do conteúdo a ser aprendido, vista da perspectiva do adulto, ou seja, de como os adultos
vêem a matéria que está sendo ensinada.
Pensar e propor a formação do professor como pesquisador pode causar certo estranhamento.
Este estranhamento é fruto da divergência criada entre teoria e prática, entre pensar e fazer, que
leva à falsa impressão de que a docência se caracteriza pela aplicação de metodologias
formuladas em alguma instância "superior" à sala de aula, fazendo da sala de aula o lócus da
ação, como se o agir desobrigasse o pensar. Como afirma Weisz. Esta visão permanece
dominante na formação de professores.
A formação que se organiza através de uma inicial construção de conceitos sobre o ensino e
sobre a aprendizagem, conduz a futura ação docente, pela observação de práticas diversas e
pela atuação dos alunos, transformando-os em construtores do próprio saber.
Como essa possibilidade hoje em dia está fora não só de nosso alcance, é hora de começar a
pensar, com maior profundidade, como agir para democratizar, de fato, o acesso à informação e
às possibilidades de construção do conhecimento. Na verdade, o conhecimento se constrói
freqüentemente por caminhos diferentes daqueles que o ensino supõe.
No movimento de refletir sobre a dinâmica pedagógica, é importante ter como referência a prática
cotidiana e assim apropriar de conhecimentos sobre o processo ensino-aprendizagem.
Dado o modelo autoritário de transmissão de conhecimentos que tem sido dominante nas escolas
ao redor do mundo, os professores-pesquisadores irão ensinar de uma maneira mais
democrática, centrada no aprendiz; se eles tomarem como experiência uma reorientação
conceitual fundamental sobre seus papéis e sobre a natureza do ensino e da aprendizagem.
Se o professor procura inovar sua prática, adotando um modelo de ensino que pressupõe a
construção de conhecimento sem compreender suficientemente as questões que lhe dão
sustentação, corre o risco grave, no meu modo de ver, de ficar se deslocando de um modelo que
lhe é familiar para o outro, meio desconhecido, sem muito domínio de sua própria prática,
"mesclando", como se costuma dizer.
Quando analisarmos a prática pedagógica de qualquer professor vemos que, por trás de suas
ações, há sempre um conjunto de idéias que as orienta. Mesmo quando ele não tem consciência
dessas idéias, dessas concepções, dessas teorias. Eles estão presentes.
Os professores colocam muito bem a prisão do livro didático e dos recursos escassos que
empobrecem o processo ensino aprendizagem.
Neste contexto, é que se depara com a acomodação de profissionais da educação, que tem como
única preocupação o ensino, isto é, o simples repasse e reprodução do conhecimento. É
necessário que o professor seja um pesquisador, figura importante na produção do saber,
deixando de ser autoridade que detém o conhecimento, para ser aquele que compartilha e
vivência, auxiliando o aluno na descoberta, desafios e busca de soluções.
Conclusão
Em O Diálogo entre o Ensino e a Aprendizagem, Teima Weisz diz que muitos alunos não
demonstram estar à vontade na escola, sendo por vezes indicados como portadores de
dificuldades de aprendizagem. Mas muitos problemas apontados por professores como sendo de
"aprendizagem" são, na verdade, "problemas de ensinagem" ou falta de conhecimento científico
que gera uma postura "adulto cêntrico", em que se concebe a aprendizagem a partir da própria
concepção do adulto que já domina o conteúdo. Com isso não se enfoca apenas o trabalho do
professor, pois sabemos que a família tem um papel importante neste processo, como
instrumento de ajuda ou como empecilho para o desenvolvimento educacional.
O livro “O diálogo entre o Ensino e Aprendizagem”, Telma Weisz fala sobre sua primeira
experiência em sala de aula de forma reflexiva, o papel do professor e a concepção de
aprendizagem que predominavam nos anos 60, época de suas primeiras experiências
educacionais e as descobertas que fez através de estudos e reflexões.
Desde o inicio de sua trajetória, na educação, a autora já começou a pensar sobre o fracasso
escolar. Por que os alunos não conseguiam avançar? O que fazia com que houvesse tantas
repetências? A culpa etária nos alunos ou nos professores? Por que, mesmo empregando as
técnicas de ensino, parecia está apenas preenchendo tempo na sala de aula?
Para a autora, a escola parecia apenas classificar os alunos, em bons ou ruins _ Uma armadilha
para que os alunos com baixo rendimento continuassem com suas dificuldades, sem que
pudesse se sair bem.
A partir dessas reflexões concluiu que as informações e as ideias que circulavam na educação
não atendiam o problema do ensino. O professor continuava chegando para atuar, com as
mesmas insuficiências, com as quais chegaram a outras épocas. Desde então, Telma trabalhou
em busca de melhorar a educação. Atou um compromisso principalmente com as crianças vítima
do fracasso escolar.
Com o estudo que fez a partir das autoras Emilia ferreiro e Ana Teberosky, descobriu que as
crianças começam a construir seus conhecimentos desde muito cedo, e quando não escrevem de
forma alfabética procura uma lógica para explicar o que ainda não compreendem, elaborando
hipóteses sobre o funcionamento da escrita. As crianças constroem suas hipóteses de escrita a
partir de seu contato com os textos que circulam socialmente, portanto, as crianças mais pobres
tendem a construírem hipóteses mais simples devido a sua pouca participação com os textos
sociais.
A partir dessas hipóteses o professor pode usar a favor do aluno, criando condições para que ele
possa continuar aprendendo. Esse primeiro conhecimento que a criança demonstra ao fazer suas
hipóteses, a autora chama-o de conhecimento prévio, o novo conhecimento servirá como um
aprofundamento do que ele já conhece.
O professor precisa saber o que o aluno sabe e o que ele ainda precisa aprender para planejar
ações que desafiam-os e façam com eles avancem em seus saberes. O importante não é o
professor ensinar, mas sim, oferecer pistas e desafios para que o conhecimento seja construído
pelo aprendiz. E para isso, o conhecimento prévio que os alunos têm sobre um tema ou conteúdo
é um passo necessário que deve ser valorizado no processo de ensino e aprendizagem.
O conhecimento que o aluno tem sobre a escrita em cada nível é importante e deve ser
reconhecido pelo professor para que haja avanços em relação a escrita.
O professor deve ter cuidado para não confundir o que o aluno sabe com o que lhe foi ensinado.
Para isso, devem ficar atento às reflexões que os alunos fazem.
Outro aspecto abordado por Telma Weisz é o “erro” do aluno. Pois, a partir do erro, o professor
tem a oportunidade de saber o que o aluno sabe, e o que deve ser feito em relação as
intervenções necessárias para que ele avance. O aluno precisa saber que atrás das coisas que
aprende existe uma lógica e é esse esforço que impulsiona na construção do conhecimento. Por
isso, o professor nunca deve desconsiderar o esforço do aluno.
O trabalho em grupo ou duplas, quando bem planejado permite ao professor conhecer os saberes
e raciocínios dos alunos, através da observação das trocas que eles fazem. Essa situação
favorece a aprendizagem dos alunos, uma vez que considera o que ele já sabe e as condições do
meio. Quando a criança observa os procedimentos de um colega mais avançado, ela constrói a
lógica necessária para aprender.
As diferentes culturas, às quais as crianças fazem parte colaboram para conhecimentos
diferentes, por isso o professor precisa entender que as crianças que pertencem a um nível de
cultura valorizado pela escola terão mais facilidade de aprender, pois no dia-a-dia presenciam
práticas adotadas pela escola como a leitura e a escrita, enquanto que aquelas que não convivem
em um ambiente de leitura e escritas terão mais dificuldade. Assim, cabe a escola atender as
necessidades de cada um, oferecendo oportunidades de aprendizagem, de modo a contribuir
para o sucesso escolar de cada aluno.
A escola deve ser um espaço de inclusão social e não de exclusão. Por isso, o professor deve
garantir que todos os alunos participem da cultura em todas as possibilidades.
Não existe receita pronta para o trabalho em sal de aula, como acreditava o modelo tecnicista dos
anos 70, que foi responsável pela baixa qualificação de professores.
O ensino deve esta ligada com o processo de aprendizagem do aluno, onde este deve ser
adaptado para que o aluno possa se desenvolver em suas dificuldades. Por isso o professor deve
compreender o caminho e as dificuldades que o aluno esta percorrendo, só a partir daí o
professor irá perceber as dificuldades que o aluno enfrenta e para que possa assim, trabalhar
com esse ele e as atividades que será permitida ao aluno com tal dificuldade, permitindo assim
que o aluno avance e que possa conquistar outros conhecimentos e novas descobertas. Para que
isso aconteça é muito importante que o professor organize diferentes situações como
planejamento e atividades diferenciadas, que venha ajudar o aluno a avançar em suas
dificuldades.
O aluno precisa expor suas hipóteses e aprender a enfrentar sua contradição, seja de suas
próprias hipóteses ou de sua própria produção. Sendo uma escola construtivista é muito
importante incentivar os alunos acionando seu conhecimento prévio, para que possa expor suas
ideias e fazer uso delas nas atividades escolares e em outras situações dentro ou fora da escola.
O professor precisa está atento aos conhecimentos que o aluno já possui e os que vão adquirindo
quando fica frente a situações-problema, nos quais havia passado anteriormente. Essa situação
acontece quando o professor deixa de ser o único informante da classe e abre situações onde
cada um expõe seus saberes, para que possa assim uns aprender com os outros. Para que isso
aconteça é preciso incentivar o aluno para que haja essa troca de aprendizagem e que respeite a
opinião do colega. O conteúdo escolar também deve está ligado ao objeto sociocultural real do
aluno, para que possa assim ajudar em todas as áreas.
A tradição escolar normalmente é a correção realizada longe dos alunos na quais os erros são
assinalados para que os alunos corrijam como a mais importante (concepção empirista ou
quando se trata de um texto quando tem que ser passado a limpo, corrigido esse erro poderá ficar
fixado na memória do aluno).
A ideia do erro construtivo fascinou muitos educadores que começam a ver de outras formas os
textos escritos dentro de um sistema, silábico, e mesmo os de escrita alfabética. Os erros devem
ser corrigidos no momento certo e o professor deve valorizar o conhecimento que o aluno tem e
intervir para que ele avance em seus conhecimentos.
Telma weisz ressalva a importância de se fazer avaliação diagnóstica a cada conteúdo novo
apresentado aos alunos. Segundo a autora é preciso ter claro o que o aluno já sabe no momento
em que lhe é apresentado um conteúdo novo.
Do ponto de vista da autora, mesmo após a avaliação inicial imbricados aos conhecimentos
prévios dos alunos é imprescindível que o educador faça uso de outros instrumentos de avaliação
para certificar o que os alunos absorveram, uma vez que o conhecimento não é construído de
forma igual por todos.
Ao preparar uma situação de avaliação, o professor precisa saber as diferenças que existem
entre situações de aprendizagem e situações de avaliação.
Outro instrumento na visão de Weisz seria uma avaliação de percurso – que, neste caso pode ser
formativa ou processual e podendo ser realizada durante o processo de aprendizagem. Neste
caso será possível saber se os alunos estão aprendendo com as situações didáticas propostas.
A autora acredita que quando se avalia a aprendizagem do aluno também se verifica a prática do
professor, ou seja, é possível rever e refletir sobre a sua atuação e dar um novo direcionamento
rumo à superação das dificuldades.
Esta, por sua vez está como sendo insuficiente para o profissional desempenhar a sua tarefa no
ambiente escolar. Neste mesmo capitulo vem destacando a importância e a necessidade de se
pensar uma formação continuada, já que todos anseiam por uma qualidade de um trabalho
pedagógico consistente.
Assim sendo é necessário que o professor elabore e reflita permanentemente sua pratica
pedagógica.
(6) usar a informação efetivamente para resolver o problema. Cunningham et al. (l993)
apresentam alguns princípios para a elaboração de ambientes informatizados fundamentados na
Aprendizagem baseada em Problemas. Esses ambientes:
(5) encorajam e oferecem a possibilidade de uso de múltiplas formas de representação além dos
meios tradicionais, para enriquecer o olhar do aluno sobre a realidade dos problemas estudados,
na medida em que cada meio tem sua especificidade e linguagem e, portanto, oferece um olhar
específico e parcial da realidade;
(6) encorajam a autoconscientização sobre o processo de construção de conhecimento, a
compreensão de como o aluno aprende e toma decisões e a capacidade de explicar por que e
como um determinado problema foi resolvido, isto é, possibilitando a formação de uma atitude
“reflexiva” em relação aos fenômenos e problemas do mundo real (extensão de atividades
metacognitivas).
Jonassen (1998) recomenda que o problema proposto não seja totalmente estruturado,
permitindo que alguns aspectos sejam definidos pelo aluno. Desse modo, não devem ser
apresentadas metas explícitas e formais, nem princípios gerais para descrever ou prever
circunstâncias do caso. Múltiplas soluções devem ser aceitas e múltiplos critérios de avaliação
das soluções são necessários. Não devem ser dados de antemão os conceitos e princípios úteis,
nem como estes se organizam para solucionar o problema. O julgamento sobre o problema e a
defesa da posição pessoal devem ser solicitados ao aluno.
Com base no argumento de que o estudante deveria ter maior responsabilidade sobre suas
experiências de aprendizagem, há autores construtivistas que acreditam que o próprio aluno
deveria escolher os problemas a serem estudados. Nesse caso, o papel do professor seria o de
ajudá-lo a gerar problemas relevantes e interessantes para sua realidade.
Mas, como isso se realiza na prática pedagógica? Como realmente realizar intervenções
pedagógicas adequadas para que os alunos avancem em seus conhecimentos? O que se deve
levar em conta para que a aprendizagem realmente ocorra?
Estas são questões que rodam o cotidiano dos educadores compromissados com sua prática,
que esperam que seus alunos estejam envolvidos em uma realidade de sucesso escolar e não do
fracasso, como tem sido.
Não existem fórmulas mágicas, nem receitas a serem seguidas para que os professores possam
garantir que seus alunos aprendam. Mas, existem alguns pressupostos importantes, que
necessitam ser considerados no processo de ensino e aprendizagem e que podem auxiliar na
reflexão sobre como proceder para que a aprendizagem ocorra.
É fundamental que os professores consigam conhecer o que seus alunos sabem sobre o objeto
de conhecimento a ser ensinado e aprendido, pois é a partir da possibilidade de relacionar o novo
conhecimento com o conhecimento que possui que a aprendizagem ocorre. Assim, quando o
professor toma conhecimento sobre os conhecimentos prévios de seus alunos pode planejar
situações didáticas que tentem garantir a aprendizagem, ou seja, que permitam que o aluno
consiga estabelecer relações substantivas e não-arbitrárias entre o que aprendeu e o que já
conhecia.
As situações didáticas planejadas não podem considerar que o simples contato do aluno com o
objeto de conhecimento promova a aprendizagem, ou que a simples imersão do aluno em
ambientes informadores garanta o aprendizado. Caso isso ocorresse, não teríamos membros não
alfabetizados em comunidades letradas.
Segundo Weisz, as atividades planejadas pelos professores, para terem valor pedagógico e
serem boas situações de aprendizagem, devem considerar alguns princípios:
Os alunos precisam pôr em jogo tudo o que sabem e pensam sobre o conteúdo que se quer
ensinar:
Em uma atividade em que os alunos colocam seus conhecimentos de maneira que seja
desafiante, a resposta não podem ser de memórias, nem óbvias ou imediatas, devem mobilizar
os conhecimentos dos alunos para a construção da solução.
Os alunos têm problemas a resolver e decisões a tomar em função do que se propõem a
produzir:
A aprendizagem por resolução de problemas não se restringe aos problemas matemáticos, mas
se relaciona à ideia de que o conhecimento avança à medida que o aluno tem bons problemas
sobre os quais pensar.
Esse modelo de ensino pressupõe uma intervenção de natureza própria. Esse modelo refere-se à
utilização, como núcleo das situações de aprendizagem, de situações-problema.
Aqui ressurge o modelo de aprendizagem proposto pela escola nova. Aprender a aprender
significa saber buscar informações por meio do computador, ter capacidade para estabelecer
relações inteligentes entre os dados, as informações e os conhecimentos já construídos.
EXERCÍCIOS
3) O que Weiss (2000) entende como sendo “o conjunto dinâmico que estrutura os
conhecimentos que o sujeito já possui, os estilos usados nessa aprendizagem, o ritmo e áreas de
expressão da conduta, a mobilidade e o funcionamento cognitivos, os hábitos adquiridos, as
motivações presentes, as ansiedades, defesas e conflitos em relação ao aprender, as relações
vinculares com o conhecimento em geral e com o objeto de conhecimento escolar, em particular,
e o significado da aprendizagem escolar para o sujeito, sua escola e sua família”, chama-se:
6) Segundo Weisz, o professor que pretende se qualificar melhor para lidar com a aprendizagem
dos alunos precisa estudar e desenvolver uma postura investigativa. Para a autora, se o professor
quiser trabalhar com o modelo de ensino por resolução de problemas, com uma concepção
construtivista da aprendizagem, precisa saber que
(A) as ideias prévias são pré-requisitos para aprendizagem. (B) o conhecimento é apreendido
pela repetição do que já foi ensinado. (C) o que o aluno já sabe não é sinônimo do que já lhe foi
ensinado. (D) ensino e aprendizagem são dois processos que se confundem. (E) o processo de
aprendizagem deve se adequar ao de ensino.
7) Weisz (2002) compreende a relação entre o ensino e a aprendizagem como um diálogo entre
processos protagonizados por diferentes sujeitos. Destaca a necessidade da avaliação e os bons
usos que se pode fazer dela, quando se concebe a relação entre o ensino e a aprendizagem
numa ótica construtivista. Nesse sentido, a autora analisa que, no processo de alfabetização, a
atividade de ditado
(A) corrigir os erros da criança, pois aprender é substituir respostas erradas por certas. (B)
marcar no trabalho do aluno o que ele errou para que o erro seja corrigido. (C) desconsiderar os
conhecimentos do aluno, assinalando os seus erros. (D) deixar que a própria criança vá
identificando e corrigindo os seus erros. (E) atuar para ajudar a criança a transformar suas ideias
sobre a escrita.
9) Discutindo sobre o diálogo entre ensino e aprendizagem, e entre seus respectivos sujeitos,
Telma Weisz (1999) enfatiza a distinção entre esses dois processos. Afirma que eles não se
confundem, embora se comuniquem. De acordo com a autora, em razão da distinção entre os
dois processos, para o avanço da aprendizagem do aluno é preciso que
(A) ele receba o conhecimento tal como foi transmitido, pois isso viabiliza seu diálogo com o
professor. (B) ele esteja motivado para aprender, o que estimula a busca de informações e
dados, o que é fundamental para continuar aprendendo. (C) o professor organize situações de
ensino que estimulem os alunos que sabem mais a ensinar os que sabem menos. (D) as
atividades de ensino estejam centradas na circulação de informações corretas, para assegurar a
correta aprendizagem do aluno. (E) o professor compreenda o percurso que o aluno está
fazendo e, em função disso, proponha situações de ensino que permitam a ele continuar
aprendendo.
10) “[...], ao contrário, trouxe o mundo social para dentro da escola, herança maravilhosa que nos
deixou. Foi um dos primeiros a reiterar a importância do trabalho do aprendiz e, como Dewey, o
papel educativo de desenvolver projetos com os alunos como, por exemplo, escrever, imprimir e
distribuir um jornal escolar. [...]”. (WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem, p.
28). A qual educador o texto se refere?
“Quando analisamos a prática pedagógica de qualquer professor vemos que, por trás de suas
ações, há sempre um conjunto de ideias que as orienta. Mesmo quando ele não tem consciência
dessas ideias, dessas concepções, dessas teorias, elas estão presentes.” (WEISZ, Telma. O
diálogo entre o ensino e a aprendizagem, p. 47). A teoria empirista é apenas uma dessas ideias
que a autora fala. Desse modo, descreva essa teoria de forma objetiva.
12) A transcrição a seguir é parte de uma atividade na qual um(a) professor(a) pediu a um aluno
de quinto ano para recontar a fábula “O bicho folhagem”: Dizem que todo os bixo da mata tinha
muito medo da onça porque ela é muito forte. Mais o macacu o jabuti e o coelhu é muito espertu
porque mesmu sem ganha dela na forsa eles foi capais di vence pela astusia e aí ela fico com
muita raiva deles. Com base em Weisz (2002), esse aluno não apresenta:
13) Para ensinar seus alunos do primeiro ano a ler e a escrever, uma professora desenvolve
atividades de escrita por meio do ditado para explorar as famílias silábicas e seus respectivos
sons. Baseando-se em Weisz (2002), pode-se afirmar que o modelo de ensino adotado por essa
professora é o:
A docência nos dias contemporâneos não é mais uma profissão com função de transmissão de
conhecimentos como fora antes. A docência hoje se da na relação, na interação, na convivência,
na cultura do contexto, na heterogenidade social dos sujeitos envolvidos no processo (discente,
docentes, comunidade, especialistas). Do professor, hoje se exige posturas, comportamentos e
destrezas diferenciadas: uma nova competência contemporânea para animar, mediar, informar,
formar e transformar.
Nessa perspectiva, os professores devem acessar uma formação que lhes proporcione o
exercício da reflexão coletiva, uma reflexão que possibilite aos mesmos uma efetiva participação
na análise, na compreensão e na proposição do conteúdo e do processo de seu trabalho. Uma
reflexão crítica e fundada que os dote da capacidade de enfrentamento da convivência em
tempos de mudança e de incertezas.
A profissionalização dos professores, necessária como processo qualificador para atuação efetiva
e de qualidade em contexto sócio-culturais e econômicos heterogêneos e em constante mudança,
tem no exercício da inovação um de seus elementos propulsores. Inovar no sentido de refletir
sobre a ação, analisando-a para propor-lhe alterações. Um inovar centrado na ação coletiva
capaz de comprometer a todos com o seu processo de projetar, desenvolver e avaliar, corrigindo
desvios e disseminando os acertos. Uma inovação cujo processo resulte na produção de
conhecimento, de saberes pedagógicos. Produção de saberes que desviem esses profissionais
da posição histórico social de executores, transmissores, para o papel de sujeitos autores do
saber, do conhecimento, da posição de coadjuvante para a de protagonista.
A docência, segundo Imbernón, só poderá ser vista como uma profissão se seu exercício e os
conhecimentos dela derivados estiverem a serviço da mudança e da dignificação da pessoa, em
razão da especificidade da sua natureza.
Imbernón propõe a discussão sobre a profissão docente frente aos novos tempos – globalização,
mundialização, sociedade do conhecimento e da informação – a partir de três idéias
fundamentais, quais sejam a existência ou não de um conhecimento autônomo do professorado;
a imutabilidade do conhecimento escolar frente aos diversos campos do saber nos dias atuais e,
o avanço da profissão docente no campo das idéias e das palavras que não no das práticas
alternativas de organização.
Por outro lado, o conhecimento escolar e a cultura que caracteriza esse ambiente, erigem em
torno do conhecimento ai trabalhado uma couraça dificultadora de incorporações, de
reformulações ou de transformações, levando a existência de um corpo de saberes e de uma
linguagem exclusiva desse ambiente, apartada das linguagens e das dinâmicas da vida social.
Tal característica trava a mutabilidade do conhecimento incorporado as práticas escolares,
tornando a instituição e os saberes de seus profissionais descontextualizados e, e no mais das
vezes, desvalorizados.
Esse desenvolvimento profissional precisa considerar o indivíduo, mas também não pode perder
de vista a dimensão coletiva da categoria. Essa dimensão, cujo desenvolvimento conjunto tem o
potencial de agregar e integrar fatores e processos que ao serem implementados melhoram as
condições de trabalho, desenvolvem conhecimento, atitudes e habilidades, resulta no
desenvolvimento da instituição e de seu pessoal.
A formação como processo de reflexão estende-se ao terreno das capacidades, das habilidades e
atitudes para questionar, de modo permanente, os valores e as concepções de cada professor(a).
Seu exercício mexe com a dimensão pessoal de cada sujeito, com suas particularidades, com
seus anseios, com seus medos, com suas deficiências e, tê-la exposta ao coletivo requer um
doloroso exercício de abertura e, consequentemente, a aquisição de um conjunto complexo de
tolerância a esse tipo de investida. Não é, pois, tarefa simples e, nem todos os sujeitos envolvidos
se encontram em condições de viverem o processo. A sistematicidade de experimentação desse
processo pessoalmente ou, vivida por meio da observação do outro, possibilita aos poucos a
aquisição de um estado psicológico para se predispor a ter sua pratica e suas concepções
questionadas, em razão desse sujeito ter construído as condições subjetivas para defender
posições ou ter abertura para aceitar suas inadequações.
A formação permanente deve ter no contexto seu marco preferencial de conteúdo. Ela,
necessariamente, precisa se afastar das orientações de fundo instrumental ou técnico, no qual,
procedimentos formulados por especialistas e assessores são oferecidos aos professores.
Também não pode focar de modo predominante as práticas de bons professores utilizando seus
modos de ação, como se o mesmo pudesse ser aplicado a qualquer contexto, desconsiderando a
cultura, a história, condições econômicas que os particulariza. A formação com enfoque na
racionalidade instrumental e na racionalidade prática (Medeiros, 2005. Pereira, 2002), impõe ao
professor o papel de reprodutor transmissor de saberes e técnicas formuladas exteriormente a
seus contextos. Ela é uma formação alienante que desmotiva e, em muitas ocasiões provoca no
próprio professor a assunção da responsabilidade pelo fracasso, pelo malogro do sistema
educacional.
Os processos de formação continuada e de formação inicial, pelo que aponta estudos das ultimas
décadas, deve voltar-se para a racionalidade crítica (Medeiros, 2005; Pereira, 2002, Imbernón,
2004; Habermas, 1987) que se utilize do contexto e do local de trabalho para, num exercício de
reflexão coletiva e de pesquisa ação colaborativa, produza os saberes necessários a superação
dos problemas que afetam o trabalho e a prática docente.
A formação inicial do professor, segundo Imbernón (2004, p. 65) é mais do que “[...] aprender um
ofício no qual predominam estereótipos técnicos, e sim de aprender os fundamentos de uma
profissão, o que significa saber que se realizam determinadas ações ou se adotam algumas
atitudes, concretas, e quando e porque será necessário fazê-lo de outro modo”. Essa
aprendizagem profissional nada mais é que a iniciação sociológica à profissão, a qual não pode
prescindir da utilização da análise criteriosa dos problemas concretos que os professores reais
vivem nos seus contextos de trabalho. A atividade real dos professores, em toda sua
complexidade, deve se constituir em conteúdo de ensino principalmente na formação inicial.
A formação permanente tem como papel, oferecer ao professor a possibilidade de discutir, refletir
e propor conhecimentos no âmbito da moral e da ética, e possibilitar ao profissional o
desenvolvimento do conjunto de condições necessárias para que os mesmos assumam a
proposição de inovações frente aos problemas que o contexto impõe ao sistema educativo e a
seus agentes.
A pesquisa ação ou pesquisa colaborativa coloca o interior da escola como local privilegiado da
formação permanente. Contudo, apesar de constituir em lócus privilegiado da formação, há que
cuidar para não eliminar outras possibilidades e outros contextos (Fusari, 1997). Cursos,
congresso, seminários, encontros, possibilitam ao professor discutir e atualizar sua prática,
perpassá-la pela teoria, ressignificá-la. Permite sua atualização científica e cultural. No entanto, a
inovação pedagógica tem na formação no interior da escola sua maior fecundidade, visto ser esse
lócus o possibilitador de agregar à formação os benefícios da colegialidade, do compromisso de
todos os envolvidos, potencializado quando da oferta de um clima organizacional favorecedor por
parte da instituição.
O debate sobre qualidade de ensino, desde que considere a relatividade desse conceito, precisa
estar presente na formação do professor, seja ela inicial ou permanente.
Toda formação só tem razão de ser se estiver focada na melhoria da qualidade de ensino via
melhoria e aprimoramento profissional da categoria. Nossos problemas de formação de
professores – inadequação da formação inicial que não responde às necessidades dos sistemas
de ensino em constantes mudanças e, da formação permanente que, está mais voltada a
correção das distorções da formação inicial que, da necessária revisão das teorias, concepções e
atualização científica cultural e pedagógica dos docentes – ajudam a aprofundar o fosso da
inadequação da educação que ofertamos a população, especialmente a esmagadora maioria que
constitui as classes populares.
Por fim, a burocratização dos sistemas de ensino e a tendência intervencionista que neles se
propagam, cerceiam a autonomia dos professores quanto as decisões sobre o conteúdo e seus
processos de trabalho. Essa tendência, para além de seus aspectos alienantes, reduzem
drasticamente a autonomia da categoria. Sem poder de decisão sobre seu trabalho, vivem o
processo de desprofissionalização marcado pela proletarização, baixa retribuição, perda de
prestigio social, dificuldades em construir um estatuto profissional e, a vivência de crises
identitárias.
O grupo profissional deve assumir para si atribuições que lhes são próprias, como a defesa de
seus interesses políticos, construção de um estatuto profissional, exercerem influencia na
formulação de políticas educacionais, no empenho na reconstrução de uma nova representação
social da profissão. São esses atributos que não devemos delegar a outros agentes sociais que
não os próprios professores.
Imbernón propõe a discussão sobre a profissão docente frente aos novos tempos –
globalização, mundialização, sociedade do conhecimento e da informação – a partir de três idéias
fundamentais, quais sejam a existência ou não de um conhecimento autônomo do professorado;
a imutabilidade do conhecimento escolar frente aos diversos campos do saber nos dias atuais e,
o avanço da profissão docente no campo das idéias e das palavras que não no das práticas
alternativas de organização.
A existência de um corpo de conhecimento autônomo e próprio da docência é um tema
polêmico não só entre os próprios professores como entre os demais sujeitos sociais. Por lidar
com saberes gerados por outras áreas, principalmente no que diz respeito à função de
atualização científica, utilizando-se de conhecimentos metodológicos e didáticos produzidos pela
psicologia, sociologia, filosofia, a docência opera, perante a sociedade, como um trabalho no qual
a técnica se sobrepõe e, quando muito, pode ser mesclada com a criatividade. Os saberes
experienciais (Tardif, 2003) produzidos pelos docentes perante situações às quais os demais
saberes pedagógicos gerados pelas ciências ligadas a educação não deram conta, em razão de
sua circulação restrita entre poucos profissionais ou, pelo seu frequente fechamento no nível
individual, não são divulgados e consequentemente, não desfrutam da publicidade.
Por outro lado, o conhecimento escolar e a cultura que caracteriza esse ambiente,
erigem em torno do conhecimento ai trabalhado uma couraça dificultadora de incorporações, de
reformulações ou de transformações, levando a existência de um corpo de saberes e de uma
linguagem exclusiva desse ambiente, apartada das linguagens e das dinâmicas da vida social.
Tal característica trava a mutabilidade do conhecimento incorporado as práticas escolares,
tornando a instituição e os saberes de seus profissionais descontextualizados e, e no mais das
vezes, desvalorizados.
Outra característica presente na profissão docente, principalmente na dimensão
comunicativa desta para com seus próprios membros e para com a sociedade, está no conteúdo
e na forma do discurso utilizado. Toma para si um corpo de idéias e de pressupostos que sob um
exame mais detalhado, mostra-se ausente nas práticas efetivas. O discurso educativo se
apropriou de uma linguagem centrada nas tendências teóricas e nas idéias em moda, sem,
contudo incorporar tais concepções em sua práxis efetiva.
A formação inicial do professor, segundo Imbernón (2004, p. 65) é mais do que “[...]
aprender um ofício no qual predominam estereótipos técnicos, e sim de aprender os fundamentos
de uma profissão, o que significa saber que se realizam determinadas ações ou se adotam
algumas atitudes, concretas, e quando e porque será necessário fazê-lo de outro modo”. Essa
aprendizagem profissional nada mais é que a iniciação sociológica à profissão, a qual não pode
prescindir da utilização da análise criteriosa dos problemas concretos que os professores reais
vivem nos seus contextos de trabalho. A atividade real dos professores, em toda sua
complexidade, deve se constituir em conteúdo de ensino principalmente na formação inicial.
A formação inicial deve oferecer as bases para a construção do conhecimento
pedagógico especializado de uso restrito do professor. O seu caráter de socialização profissional
inicial deve abandonar a fundamentação em modelos de perspectiva técnico-instrumental e se
apoiar numa perspectiva crítico reflexiva.
A formação inicial, para além do provimento da sólida base de conhecimentos
científicos e cultural, precisa também prover o futuro professor(a) para o enfrentamento da
complexidade do ambiente escolar e dos sistemas educativos, o que se opera por meio da
observação do dia a dia da cultura escolar, da dinâmica da categoria e de seus movimentos
corporativos, assim como da sua militância política.