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CONSTRUÇÃO COM SOLO CIMENTO

O solo-cimento é um material alternativo de baixo custo, obtido pela mistura de solo, cimento e um
pouco de água, em proporções adequadas. No início, essa mistura parece uma “farofa” úmida e que,
após compactação e cura, ela endurece e com o tempo ganha consistência e durabilidade suficiente
para diversas aplicações no meio rural e urbano.

O solo-cimento é uma evolução de materiais de construção do passado, como o barro e a taipa. Só que
as colas naturais, de características muito variáveis, foram substituídas por um produto industrializado e
de qualidade controlada: o cimento.

O uso do solo-cimento no Brasil vem, desde 1948, ajudando na satisfação de tais necessidades,
encontrando-se hoje já bastante difundido.

A presente comunicação relata aspectos técnico-econômico-sociais de alguns anos de trabalho com esta
modalidade de construção na CEPLAC/EMARC-URUÇUCA.

Nesses 26 anos de experiência na região cacaueira, destacam-se obras no meio rural e urbano, em
particular a construção de uma creche com 1.200 m2 em Juçari-BA, sendo a segunda maior obra em
solo-cimento no Brasil.

A técnica do solo-cimento é aplicada às construções das populações de baixa renda e foi introduzida na
comunidade da região cacaueira, por seu baixo custo e pela facilidade de assimilação do sistema
construtivo.

CAMPO DE APLICAÇÃO

Aplica-se a construção de solo–cimento é em: construção de paredes monolíticas, tijolos,


pavimento e o solo ensacado.

As paredes monolíticas são compactadas no próprio local, em camadas sucessivas, no sentido vertical,
com auxílio de formas e guias. O processo de produção assemelha-se ao sistema antigo de taipa,
formando painéis inteiriços, sem juntas horizontais.

Os tijolos de solo-cimento são produzidos em prensas, dispensando a queima em fornos. Eles só


precisam ser umedecidos, para que se tornem resistentes. Além de grande resistência, outra vantagem
desse tijolo é o seu excelente aspecto.

Os pavimentos também são compactados no local, com auxílio de fôrmas, mas em uma única
camada. Eles constituem placas maciças, totalmente apoiadas no chão.

O solo-cimento ensacado resulta da “farofa” úmida, colocada em sacos, que funciona com fôrma.
Depois de ter a sua boca costurada, esses sacos são colocados na posição de uso, onde são
imediatamente compactados individualmente.

VANTAGENS

O solo-cimento vem se consagrando como tecnologia alternativa por oferecer o principal componente da
mistura – o solo – em abundância na natureza, e geralmente disponível no local da obra ou próximo a
ela.

O processo construtivo do solo-cimento é muito simples, podendo ser assimilado por mão de obra não
qualificada.

Apresenta boas condições de conforto, comparáveis às construções de alvenaria de tijolos e ou blocos


cerâmicos, não oferecendo condições para instalações e proliferações de insetos nocivos à saúde pública,
atendendo às condições mínimas de habitabilidade.

É um material de boa resistência e perfeita impermeabilidade, resistindo ao desgaste do tempo e à


umidade, facilitando a sua conservação.

A aplicação do chapisco, emboço e reboco são dispensáveis, devido ao acabamento liso das paredes
monolíticas, em virtude da perfeição das faces (paredes) prensadas e a impermeabilidade do material,
necessitando aplicar uma simples pintura com tinta à base de cimento, aumentando mais a sua
impermeabilidade, assim como o aspecto visual, conforto e higiene.

SOLO-CIMENTO - MATERIAIS CONSTITUINTES

SOLO
O uso do solo no local da obra é sempre a solução mais econômica. Entretanto, se ele não servir, é
necessário fazer a correção granulométrica no solo encontrado (70% de areia grossa e 30 % de silte e
argila) misturando uniformemente e peneirados, obtendo-se o mesmo resultado ou então procurar um
solo adequado em outro local, denominado jazida, contanto que este local fique o mais próximo possível
da obra, por questões econômicas.

Os solos adequados são os chamados de solos arenosos, ou seja, aqueles que apresentam uma
quantidade de areia na faixa de 60% a 80 % da massa total da amostra considerada.

O proporcionamento dos constituintes é função do tipo de solo escolhido.


O Estudo Técnico – Dosagem das Misturas de Solo-Cimento – Normas de Dosagem e Métodos de Ensaio,
da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), através de diferentes parâmetros relativos ao solo,
tais como sua granulometria, índices físicos, etc., define os teores de cimento que aplicam aos diferentes
tipos de solos. Os resultados finais são obtidos através de ensaios de resistências à compressão simples e
de durabilidade por molhagem e secagem.

O resultado final do estudo de dosagem é apresentado na forma de teor de cimento (relação entre a
quantidade de cimento e a de solo seco, em massa). Este teor, muitas vezes de pouca utilidade para fins
de obra, pode ser transformado em traço volumétrico, por exemplo: 1 parte de cimento para 12 a 15
partes de solo, em volume.

Quando o volume de obra é pequeno, existem testes práticos para a avaliação das características
granulométricas de um solo. Alguns deles são, teste da caixa e o da garrafa.

PREPARO DO SOLO-CIMENTO

Dosagem solo-cimento
Nas obras de pequeno porte é usado um traço padrão entre 1 para 12 até 1 para 15 (uma parte do
cimento para outras partes de areia), que é um solo arenoso aprovado pelos testes práticos. Em obras de
grande porte, o solo-cimento chega a ser produzido em usinas de misturas. Em obras de pequeno porte, a
mistura é manual. Betoneira não serve para preparar o solo-cimento.

Mistura Manual do solo-cimento


a)Passe o solo por uma peneira de malha ABNT 4,8 mm;
b)Esparrame o solo sobre uma superfície lisa e impermeável, formando uma camada de 20cm a 30cm.
Espalhe o cimento sobre o solo peneirado e revolva-o bem, até que a mistura fique com uma coloração
uniforme, sem manchas de solo ou de cimento;
c)Espalhe a mistura numa camada de 20cm a 30cm de espessura, adicione água aos poucos (usando um
regador com “chuveiro”) sobre a superfície e misture novamente. Os componentes do solo-cimento podem
ser misturados até que o material pareça uma “farofa” úmida, de coloração uniforme da cor do solo
utilizado, embora levemente escurecida, devido à presença da água. Na prática, a umidade da mistura é
verificada através de procedimentos simplificados, baseados na coesão apresentada pela massa fresca.
Quando a amostra está seca, não existe a formação de um bolo compacto, com marca nítida dos dedos
em relevo, ao apertarmos na mão a massa de forma energética. Outro método complementar muito
utilizado consiste em deixar cair o bolo formado, de uma altura aproximadamente de um metro, sobre o
chão. No impacto o bolo deverá se desmanchar, não formando uma massa única e compacta. Se houver
excesso de água, a massa manterá úmida e rígida após o impacto, fato não desejável. A mistura do solo-
cimento começa a endurecer rapidamente, por isso, ele deve ser usado, no máximo, duas horas após o
preparo. Portanto, evite preparar mais solo-cimento que possa utilizar nesse intervalo de tempo.

FERRAMENTAS NECESSÁRIAS

BÁSICAS: cavador, enxada, enxadete, regador, pá, picareta, cordão de nylon, martelo, escala numérica,
serrote, colher de pedreiro, balde, nível de bolha, mangueira de nível, esquadro, carro de mão, prumo,
peneira com malha de 4,8mm.
ESPECIAIS: fôrmas para compactação de paredes e para estacas de concreto, com parafusos específicos.

COMENTÁRIOS FINAIS
As possibilidades de aplicação do solo-cimento na área rural e urbana estão longe de serem esgotadas.

Por ser um processo de fácil assimilação por qualquer pessoa, utilizando somente materiais locais, não
necessitando de energia de qualquer natureza para sua produção, nem mesmo animal, a tecnologia de
solo-cimento certamente se constitui no processo que permitirá uma verdadeira revolução nas
construções rurais e urbanas brasileiras, pois associa um baixo custo a uma elevada qualidade.

A EMARC-URUÇUCA dispõe de informações específicas sobre as diferentes aplicações do solo-cimento,


disponibilizando-se para fornecer maiores detalhes das técnicas construtivas.

Efren De Moura Ferreira Filho

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