Sei sulla pagina 1di 41

Apostila de Refrigeração Industrial

HelpFrio
Consultoria e projetos
em Refrigeração Industrial

TREINAMENTO BÁSICO - REV 00.DOC - 1


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
Belo Horizonte, Setembro de 2017.

CAPACITAÇÃO TÉCNICA PARA SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO


INDUSTRIAL

Apostila de treinamento técnico nível Básico

Nome :....................................................................................

Empresa :...................................................................................

Telefone :....................................................................................

HELPFRIO
BELO HORIZONTE - MG

Consultor.: Eng. Everton S Alves


Fone..........: (31) 98611-6681
Email:........: everton.alves@helpfrio.com.br
Site............: www.helpfrio.com.br

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 2


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
SUMÁRIO: PÁGINA:
01- FLUIDOS REFRIGERANTES 4
1.1- CONCEITO 4
1.2- CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DOS REFRIGERANTES: 4
1.3- PRINCIPAIS FLUIDOS REFRIGERANTES 5
1.4- CLASSIFICAÇÃO DOS GASES SEGUNDO OS PROTOCOLOS DE KYOTO E MONTREAL 8
1.5- FUTURO DOS FLUIDOS REFRIGERANTES 9
1.6- COMPORTAMENTO DOS SISTEMAS COM OS RESPECTIVOS FLUIDOS 10
02- SEGURANÇA E IMPACTOS AMBIENTAIS (AMÔNIA - R717 - NH3) 12
2.1- IMPACTO AO MEIO AMBIENTE 12
2.2- IMFLAMABILIDADE 12
2.3- TOXIDADE 13
2.4- REATIVIDADE 14
2.5- PRECAUÇÕES PARA MANUSEIO DE AMÔNIA 15
2.6- TRATAMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS 16
03- CARGA TÉRMICA 17
3.1- DEFINIÇÃO 17
04- CONCEITOS E FUNDAMENTOS 17
4.1- CALOR 17
4.2- MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR 18
4.3- ENTALPIA 19
4.4- ENTROPIA 19
4.5- TEMPERATURA 20
4.6- VOLUME ESPECIFICO 20
4.7- PRESSÃO 20
05- CICLO DE REFRIGERAÇÃO 23
5.1- O CIRCUITO DE REFRIGERAÇÃO 23
5.2- DIAGRAMA PRESSÃO X ENTALPIA 23
5.3- O CICLO NO DIAGRAMA 24
5.4- VALORES DO CICLO DE REFRIGERAÇÃO 25
5.5- SISTEMA DE SIMPLES COMPRESSÃO 26
5.6- SISTEMA DE MULTIPRESSÃO COM DOIS ESTÁGIOS 27
5.7- EXEMPLOS DE DIAGRAMAS PRESSÃO X ENTALPIA 28
06- EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO (AMÔNIA) 30
6.1- EVAPORADOR 30
6.2- COMPRESSOR 31
6.3- CONDENSADOR 32
6.4- VÁLVULA DE EXPANSÃO (VÁLVULA DE REGULAGEM DE FLUXO) 33
6.5- SEPARADOR DE LIQUIDO 34
6.6- RESFRIADO INTERMEDIÁRIO 35
6.7- BOMBAS DE AMÔNIA 35
6.8- RESERVATÓRIO DE AMÔNIA 36
6.9- MANÔMETRO 36
6.10- VÁLVULA DE BLOQUEIO 37
6.11- VÁLVULA DE BLOQUEIO E RETENÇÃO 37
6.12- VÁLVULA DE EXPANSÃO E REGULAGEM DE FLUXO 38
6.13- FILTRO 38
6.14- VÁLVULA DE RETENÇÃO 39
6.15- BÓIA CONTROLADORA DE NÍVEL 39
6.16- VÁLVULAS DE SEGURANÇA 40
6.17- VÁLVULAS SOLENÓIDES 40

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 3


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
01- FLUIDOS REFRIGERANTES

1.1- Conceito

Fluidos refrigerantes são substâncias empregadas como veículos térmicos na realização dos ciclos de
refrigeração. Em ciclos de compressão a vapor, o refrigerante é o fluido de trabalho que alternadamente
vaporiza e condensa quando absorve e libera energia térmica. Um refrigerante satisfatório deveria possuir
certas propriedades químicas, físicas e termodinâmicas que faz o seu uso seguro e econômico, no
entanto, não existe um refrigerante ideal. As largas diferenças entre as condições operacionais e as
exigências das várias aplicações fazem com que o refrigerante ideal seja uma meta impossível de se
alcançar. Então, um refrigerante só se aproxima das condições ideais somente quando suas propriedades
satisfazem as condições e exigências de uma determinada aplicação.

1.2- Características desejáveis dos refrigerantes:

• O refrigerante não deve ser inflamável ou explosivo;

• Os coeficientes de transferência de calor e a viscosidade devem contribuir para boas


proporções de transferência de calor.

• O refrigerante deve ser facilmente detectado por indicadores, possibilitando localizar


o vazamentos no sistema.

• Não tóxico em seu estado puro ou quando misturado com o ar e também, não deve
contaminar alimentos ou outros produtos armazenados no espaço refrigerado se
ocorrer um vazamento no sistema.

• As pressões correspondentes às temperaturas disponíveis com os meios de


condensação normais não devem ser excessivas, para assim eliminar a necessidade de
construção extremamente pesada.

• O refrigerante deve ser compatível com os óleos lubrificantes usuais, e não devem
alterar sua efetividade com lubrificantes.

• O refrigerante não deve ser corrosivo para os metais usualmente empregados em um


sistema de refrigeração e devem ser quimicamente estáveis.

• O refrigerante deve ser facilmente disponível, de custo baixo, ambientalmente seguro,


não contribuir para a destruição da camada de ozônio ou para aumentar o efeito
estufa e ser de fácil manuseio.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 4


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
1.3- Principais fluidos refrigerantes

Diversas substâncias foram utilizadas como fluidos refrigerantes até que, por volta de 1930, começaram a
ser usados os CFC s (clorofluorcarbonos), como o R12. Durante muitos anos eles foram considerados a
solução ideal para a refrigeração, por suas características técnicas, flamabilidade e toxicidade zero. Mas,
décadas depois, pesquisadores mostraram que essa substância tinha impacto direto na redução da
camada de ozônio da atmosfera, responsável por filtrar a radiação solar e fundamental para a vida
terrestre. Essa descoberta levou a um acordo internacional para controlar o seu uso e estabelecer metas
para a sua eliminação gradual. Foi o Protocolo de Montreal, que resultou no fim da produção de CFC s em
todo o mundo. Com isso, começou a busca por alternativas.

Entre os fluidos refrigerantes sintéticos, destacaram-se:

HCFC s (hidroclorofluorcarbonos),como o R22;


HFC s (hidrofluorcarbonos), como o R134a.

• Blends, que são misturas de vários fluidos refrigerantes, como:

• Blends de HCFC s e HFC s: R401a, R401b, R409a;


• Blends só de HFC s: R404A,R407C, R410A, R508b.

Os HCFC s foram muito utilizados e hoje ainda é comum ver sistemas de refrigeração com o R22, por
exemplo. Porém, os HCFC s agridem a camada de ozônio, devido ao seu ODP (Potencial de destruição da
camada de ozônio).

Os HFC s, por sua vez, mesmo que não gerem impacto sobre a camada de ozônio, passaram a enfrentar
restrições por causa de outra característica negativa: o seu alto potencial de aquecimento global (GWP).
Os mesmos problemas valem para os diversos tipos de blends (mesclas), por serem compostos em sua
maioria por frações de HCFC s e HFC s. Pensando em refrigerantes do futuro, buscaram-se alternativas
com ODP zero e com baixo GWP. As melhores opções encontradas foram os chamados fluidos
refrigerantes naturais:

Refrigerantes naturais :CO2 (dióxido de carbono) ou R744; Amônia (NH3) ou R717.

HCs (hidrocarbonetos), como: R600a ou isobutano, R290 ou propano;


.
Entre essas opções, devido às suas propriedades físico-químicas, o uso dos hidrocarbonetos vem se
consolidando e conquistando espaço crescente em todo o mundo. São uma solução boa do ponto de vista
técnico e que se torna ainda melhor por não causar impacto ao meio ambiente. O R600a, ou isobutano, é
indicado para equipamentos domésticos e aplicações comerciais pequenas, e vem substituindo o R134a.
Já o R290 ou propano, é uma alternativa para a aplicação comercial leve, e está substituindo diversas
aplicações com R134a, R404A e, em alguns casos, R22. Além da melhoria de eficiência do sistema de
refrigeração que seu uso proporciona as cargas de R600a e R290 são 40% a 60% menores do que as
cargas de R134a e R404A. Ainda existe certa resistência ao seu uso, principalmente pela preocupação
com a sua flamabilidade, mas todo o circuito elétrico desses produtos é adequado aos gases inflamáveis
para evitar geração de faíscas e a carga de gás está limitada a 150 g. Na medida em que se divulgam
mais informações, essa insegurança vem sendo superada.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 5


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
1.3-1. Hidrocarbonetos:

A utilização é segura ?

Basta lembrar que, em mercados exigentes como a Europa, esses dois gases (R600a e R290) são
utilizados há muitos anos, sem que se registrem acidentes provocados por eles. Deve ser destacado que a
carga de hidrocarboneto em um refrigerador é muito pequena, ficando por volta de 80 gramas para
sistemas domésticos, e até 150 g para sistemas comerciais. É só comparar: a massa de hidrocarboneto de
um refrigerador é de cerca de 1% do total existente em um botijão de gás de 13 kg, que é comumente
usado em cozinhas.

Ao fazer manutenção em sistemas com fluidos inflamáveis, lembre-se de algumas precauções:

Nas operações de solda, todo o refrigerante do sistema precisa ser liberado em um ambiente bem
ventilado ou recolhido em um recipiente fechado.

A tubulação deve estar totalmente isenta de isobutano ou propano antes do uso do maçarico de solda, ou
estar lacrada com alicate de pressão para fazer a selagem do tubo de processo.

É necessário também estar atento aos dispositivos elétricos, que devem ser adequados à flamabilidade
desses fluidos.

*** Imagens meramente ilustrativas

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 6


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 7
WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
1.4- Classificação dos gases segundo os protocolos de kyoto e Montreal

*** imagem ilustrativa

ODP: sigla de ozone depletion potential, ou potencial de destruição da camada de ozônio. O ODP de uma
substância mostra qual é o dano que ela pode causar à camada de ozônio, em relação ao CFC -11. Esse
índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de zero, menor o impacto na camada de ozônio.

GWP: sigla de global warming potential, ou potencial de aquecimento global. É a medida que mostra
quanto uma determinada massa de um gás de efeito estufa contribui para o aquecimento global (ou qual a
sua capacidade de reter calor na atmosfera), em relação a mesma massa de gás equivalente de CO 2. O
valor do GWP é sempre calculado para um determinado período de tempo (como 20, 50 ou 100 anos). O
CO 2 é o gás de referência para o cálculo, sendo que o seu GWP é 1 por padrão. Os demais são
calculados em relação ao CO 2. Quanto maior o GWP, maior o impacto sobre o aquecimento global.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 8


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
1.5- Futuro dos fluidos refrigerantes

*** imagem ilustrativa

• O Protocolo de Montreal debate sobre substâncias que empobrecem a camada de


ozônio é um tratado internacional em que os países signatários comprometem-se a
substituir as substâncias que demonstrarem potencial para a destruição da camada
de ozônio a partir de 16 de Setembro de 1987 e entrou em vigor em 1 de Janeiro de
1989.
• O protocolo de Kyoto foi assinado no ano de 1997, essa convenção serviu para
firmar o compromisso, por parte dos países do norte (desenvolvidos), em reduzir a
emissão de gases com potencial de efeito estufa (aquecimento global). O Protocolo
de Kyoto não apenas discute e implanta medidas de redução de gases, mas também
incentiva e estabelece medidas com intuito de substituir produtos oriundos do petróleo
por outros que provocam menos impacto.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 9


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
1.6- Comportamento dos sistemas com os respectivos fluidos

1.6-1. Amônia - R717 - NH3

Prós
• Não destrói a Camada de Ozônio (ODP)
• Não contribui para o Aquecimento Global (GWP)
• Substância 100% natural e de reduzido tempo de vida (menos de 14 dias)
• Fonte disponível na atmosfera
• Seu custo de aquisição é baixo
• Fácil separação com o óleo
• Alto coeficiente de performance
• Excelente característica na transferência de calor
• Insensível com a umidade no sistema
• Cheiro forte (monitoramento simples de vazamentos)
• Alto calor latente de evaporação (7 vezes mais que o R22 nas condições de -
10ºC/40ºC)
• Requer menores diâmetros de tubulação / bombas de refrigerante / dispositivos de
controle
• níveis moderados de temperatura & pressão de operação;

Contras
• Alta toxidade;
• Explosiva dentro de concentrações de 15 a 28% em volume no ar;
• Alta condutibilidade elétrica;
• Compatibilidade limitada com materiais (incluindo cobre ou liga de cobre e plásticos).

1.6-2. Blends - R404A

Prós
• Não destrói a Camada de Ozônio (ODP);
• Fácil separação com o óleo;
• Alto coeficiente de performance;
• Boas característica na transferência de calor;
• níveis moderados de temperatura & pressão de operação.
Contras
• Contribui para o Aquecimento Global
• Alto custo de aquisição
• Sensível com umidade no sistema.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 10


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
1.6-3. Hidrocarbonetos - R290 - PROPANO, R1270 - PROPILENO

Prós
• Longa tradição em sistemas de refrigeração petro-químico;
• Não destroem a Camada de Ozônio (ODP);
• Baixo Potencial de Aquecimento Global (GWP);
• Quimicamente inativo, baixa toxidade;
• Compatibilidade favorável com os materiais;
• Boa capacidade de refrigeração e consumo de energia “equivalente” aos refrigerantes
halogenados;
• níveis moderados de temperatura & pressão de operação.

Contras
• Alta inflamabilidade e explosividade “Classe de Risco A3”
• Medidas específicas de segurança (requer normas de segurança)
• Maior custo de investimento
• Maior responsabilidade (projeto, instalação, operação & manutenção!!)
• Características de lubrificação desfavoráveis
• Maior desgaste das partes móveis & redução da vida útil
• Medidas adicionais poderão ser necessárias para grau de viscosidade do óleo,
bombas e trocadores mais resistentes.

1.6-4. Dióxido de carbono - R744 - CO2

Prós

• Baixo custo do refrigerante,


• Redução da carga de refrigerante
• Redução dos diâmetros da tubulação
• Atóxico e não inflamável
• Fonte disponível na natureza, 100% natural
• Não destrói a Camada de Ozônio (ODP)
• Baixo Potencial Aquecimento Global (GWP, referência para outros gases)

Contras
• Necessário um nível técnico mais elevado para realização do serviço de instalação,
manutenção e operação do sistema,
• Perda potencial da eficiência do sistema em caso de uma elevação na temperatura do
estágio de alta
• Aumento da pressão CO2 em caso da parada total da instalação, podendo provocar
perda refrigerante
• Necessário utilizar controles extra de segurança (válvulas segurança, sensores CO2,
etc.)

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 11


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
02- Segurança e impactos ambientais (Amônia - R717 - NH3)

2.1- Impacto ao meio ambiente

• Amônia não destrói a camada de ozônio e, por ter um tempo de vida muito curto na
atmosfera (máximo 15 dias), também não contribui para o efeito estufa.

• Devido às suas excelentes propriedades termodinâmicas, a Amônia requer menos


energia primária para produzir uma certa capacidade de refrigeração do que quase
todos os outros refrigerantes, de forma que o efeito indireto do aquecimento global
(expresso na equação do TEWI – Total Equivalent Warming Impact), que considera
ainda o consumo de energia do ciclo de refrigeração, também é um dos mais baixos
disponíveis.

2.2- Imflamabilidade

• A Amônia é considerada um fluido inflamável, porém em uma faixa muito restrita. Os


limites de inflamabilidade da Amônia na pressão atmosférica são 15-16% (Limite
Inferior) e 25-28% (Limite Superior) em volume no ar, com ponto de ignição de 651ºC.
Esses limites associados ao baixo calor de combustão, reduzem em muito o potencial
de inflamabilidade da Amônia. Conforme o ANSI/ASHRAE 34-2007 a Amônia é
classificada como um fluido do Grupo B2 (alta toxicidade e baixa inflamabilidade).
Quando a sala de máquinas atende os requisitos de ventilação do ANSI/ASHRAE 15-
2007 e da NBR 16069 (Seções 8.11 e 8.12) ou do ANSI/IIAR 2-2008 (Section 13.2),
esta não será classificada como área explosiva (conforme Zona 2, Grupo IIA da NBR
IEC 60079-10 ou Classe I, Grupo D, Divisão 2 do NFPA 70-2002 ) Na faixa de
concentração entre 15% e 28% podem ocorrer explosões em espaços fechados,
apresentando propagação horizontal. Contudo, uma vez que a energia e a
temperatura de ignição são relativamente altas, estas explosões só ocorrem em
operações de corte ou solda em vasos purgados incompletamente, ou por centelhas
elétricas de alta energia em locais mal ventilados. Com a mistura Amônia–Ar dentro
dos limites de flamabilidade e na temperatura de auto-ignição de 651ºC.

• Em ambientes fechados sem ventilação adequada é possível obter a ignição de uma


mistura Amônia-ar dentro dos limites de flamabilidade através de uma faísca elétrica,
ou de uma chama constante. Portanto, um ambiente fechado representa um perigo de
incêndio, e neste caso, a sala deve ser projetada para uma ventilação que atenda
requisitos mínimos de dispersão. O IIAR Bulletin 111 – 2002 , trata das
recomendações necessárias para um projeto adequado para ventilação de salas de
máquinas em ambientes fechados.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 12


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
2.3- Toxidade

• A Amônia, seja na fase gasosa ou líquida é um produto extremamente irritante. O odor


agressivo provocado pela Amônia é uma característica significativa. Devido à grande
facilidade em se dissolver na água, a Amônia acaba se impregnando na pele, na
mucosa das narinas, na garganta e nos olhos. Isto provoca uma irritação muito forte.

• Em concentrações mais altas ocorre um efeito corrosivo na mucosa das narinas


provocando além da dificuldade da respiração, dor no peito, tosse e dispnéia. Em
concentrações muito altas, pode provocar parada respiratória e, mesmo depois de
horas da exposição, pode ocorrer endema pulmonar. Mas se logo após os sintomas
desaparecem (tosse, dor no peito) isto indica que não há maiores riscos.

• A NR-15, estabelece que o valor Limite de Tolerância de exposição de um trabalhador


a um ambiente contaminado com Amônia, durante uma jornada de trabalho semanal
de 48 horas, é de apenas 20 ppm em volume no ar. Os valores limites na maioria dos
outros países está entre 25-35 ppm (40 horas) e um limite máximo de exposição 35-
50 ppm por 15 minutos durante a jornada de trabalho. O valor estabelecido como
limite de risco de vida imediato, de qualquer pessoa exposta a um ambiente com
Amônia por mais de 30 minutos, é de 500 ppm.

• Amônia líquida ou o gás a baixa temperatura podem causar fortes queimaduras na


pele caso não haja nenhuma proteção. Também a solução água - Amônia pode
provocar queimaduras devido ao pH alto da solução. Portanto, após uma purga de
Amônia em um tanque com água, deve-se tomar muito cuidado com o esvaziamento
do mesmo.

• Normalmente seu odor característico e desagradável propicia amplo aviso antes que
qualquer condição perigosa exista. Pode ser detectada pelo olfato humano já a partir
de 10 ppm, mas os operadores de plantas acabam se acostumando com
concentrações de até 100 ppm sem efeitos desagradáveis.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 13


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
• O quadro a seguir apresenta as conseqüências provocadas por vazamentos em
várias concentrações de Amônia no ar ambiente.

2.4- Reatividade

• A Amônia é uma base muito forte e reage com ácidos e gases ácidos para formar sais
amoniacais. O calor resultante dessa neutralização é considerável, e as reações
podem se tornar violentas, requerendo meios imediatos de resfriamento.

• A Amônia, em presença de água, dissolve muitos óxidos e hidróxidos metálicos, bem


como muitos sais que são insolúveis em água. Reage prontamente com muitas
substâncias orgânicas e inorgânicas e sua reatividade é considerada um fator
principal quando se trata de estocagem e transporte.

• Da reação com halogênios, hipocloritos, mercúrio, ácido nítrico, óxidos de nitrogênio e


alguns compostos orgânicos podem se formar compostos instáveis e explosivos.
Certos óxidos metálicos, notadamente contendo prata, mercúrio, chumbo e cádmio
podem formar nitretos ou azetos, que podem explodir após secar.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 14


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
• O cobre e todas as suas ligas, zinco e cádmio são prontamente atacadas pela
Amônia. A Amônia, bem como diversos outros compostos nitrados causam grave
corrosão sob tensão no cobre e em todas as ligas a base de cobre, que devem
portanto serem evitadas para o contato com qualquer fluido contendo mesmo ínfimas
quantidades de Amônia.

• A Amônia anidra também pode causar corrosão sob tensão no aço-carbono, portanto,
é requerido o uso de chapas de aço carbono adequadas para sistemas de
refrigeração com Amônia. Em qualquer caso, a contaminação com ar, óleos, dióxido
de carbono, etc, agrava sensivelmente o problema; em compensação, a adição de
pequena quantidade de água inibe a corrosão sob tensão.

• O Teflon, a Buna N, o Neoprene e as Borrachas Butílicas e Nitrilicas são polímeros


aceitáveis para serviços com Amônia, particularmente como vedação. Resinas de
poliéster, borrachas polisulfonadas, viton, e resinas fenólicas não devem ser usadas.
PVC não plastificado é aceitável, mas com temperaturas inferiores a 0ºC se torna
quebradiço.

2.5- Precauções para manuseio de amônia

• EPIs – Equipamentos de Proteção Individual – não substituem condições seguras de


trabalho, mas certas operações podem exigir alguma proteção mínima, enquanto que
situações de emergência demandarão um alto grau de proteção pessoal.

• Qualquer pessoa que eventualmente tenha que usar estes equipamentos deve estar
totalmente treinada e conhecer suas limitações. A seguir algumas recomendações
sobre o uso de EPIs e precauções em operações de manuseio com Amônia:

• Óculos ampla - visão e luvas, de Neoprene ou borracha, são os equipamentos


mínimos a serem usados por qualquer pessoa trabalhando numa planta aberta, em
condições normais;

• Para as operações de drenagem de óleo, purgas, retirada de amostras, deve-se


proteger o corpo contra respingos e projeções, botas de borracha, luvas e além disso
usar máscara panorâmica para proteção respiratória. Em alguns casos será
necessário o uso de avental de PVC ou borracha clorobutílica;

• Use, sempre que for trabalhar com Amônia, máscaras com o • filtro apropriado e
dentro do prazo de validade;

• O local de trabalho deverá ter ventilação adequada;


• Saiba onde se encontram os sistemas de respiração autônoma e como usá-Ios. No
caso de uma emergência, deve-se usar equipamento de respiração autônoma, que
proporciona a proteção total necessária numa manobra de resgate ou controle de
situações críticas;

• Ao mais leve cheiro de Amônia, coloque máscara e procure o vazamento, avisando a


manutenção e interditando a área;

• Evitar que pessoas com doenças na visão e/ou pulmões transitem pela área e muito
menos trabalhem neste local;
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 15
WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
• Quando houver Amônia líquida em tubulações ou vasos, esta deverá ser totalmente
evaporada antes de qualquer serviço nestes itens, deixando a área livre e demarcada
durante a operação;

• O supervisor de segurança deverá autorizar os serviços de manutenção mediante


uma permissão para trabalho;

• Manter quaisquer outros compostos gasosos afastados da Amônia, tais como Cloro,
GLP, ácidos, etc.

2.6- Tratamento de primeiros socorros

• É importante que em todos os atendimentos os socorristas estejam usando proteção


respiratória adequada e removam a vítima do local para uma área livre e
descontaminada mais próxima possível, e solicitem imediatamente a assistência
médica e ambulância.

• No caso do produto ter atingido os olhos a rapidez será vital. Os olhos devem ser
lavados com solução lava-olhos ou água durante no mínimo 10 minutos. Se não
houver serviços médicos disponíveis a lavagem deve continuar por mais 20 minutos.

• No caso do produto ter atingido a pele, as roupas que tiverem entrado em contato com
o produto devem ser removidas e as partes do corpo atingidas devem ser lavadas
abundantemente.

• No caso de inalação de vapores, o acidentado deve ser colocado diretamente no solo


para um possível tratamento de respiração artificial e/ou massagens cardíacas. Caso
a respiração esteja dificil, aplicar oxigênio com aparelho de respiração controlada. Se
a vítima parou de respirar, aplicar respiração artificial. No caso de parada cardíaca,
aplicar massagem cardíaca externa.

• No caso de ingestão, forneça grandes quantidades de água para beber se a vítima


ainda estiver consciente. Não induza o vômito.

• Um tratamento sintomático e de fortalecimento geral será necessário após a fase


crítica da intoxicação. As conseqüências de uma intoxicação com Amônia não
ultrapassam normalmente mais do que 72 horas, mas as lesões oculares poderão ser
permanentes. Se a exposição for severa, o paciente deverá ser mantido em
observação médica por no mínimo 48 horas, uma vez que existe a possibilidade de
edema pulmonar retardado.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 16


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
03- CARGA TÉRMICA

3.1- Definição

Quantidade de calor que deve ser adicionada ou removida de um ambiente, câmara ou equipamentos
para que se controle a sua temperatura.

Fatores que influenciam na carga térmica:

O tempo de resfriamento
do Produto

04- CONCEITOS E FUNDAMENTOS

4.1- Calor

"Termodinamicamente, o calor é definido como energia em trânsito de um corpo para outro como
resultado de uma diferença de temperatura entre os dois corpos".

4.1-1. Calor sensível e calor latente

"O calor transferido entre substâncias pode produzir uma mudança na fase da substância ou uma
mudança de temperatura da mesma. Quando um calor absorvido ou cedido por um material causa a
mudança de temperatura o calor é denominado calor sensível, enquanto que a energia que causa ou
acompanha a mudança de fase é conhecida como calor latente".
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 17
WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
*** imagem ilustrativa

4.2- Mecanismos de Transferência de calor

4.2-1. Condução

A condução ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em contato físico direto.
Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é transferida por colisões entre
átomos e moléculas vizinhas. O calor flui das temperaturas mais altas (moléculas com maior energia
cinética) para as temperaturas mais baixas (moléculas com menor energia cinética). A capacidade das
substâncias para conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente. Via de regra, sólidos são
melhores condutores que líquidos e líquidos são melhores condutores que gases.
4.2-2. Convecção

A convecção somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor dentro de um


fluído através de movimentos do próprio fluído. O calor ganho na camada mais baixa da atmosfera
através de radiação ou condução é mais freqüentemente transferido por convecção. A convecção
ocorre como conseqüência de diferenças na densidade do ar. Quando o calor é conduzido da superfície
relativamente quente para o ar sobrejacente, este ar torna-se mais quente que o ar vizinho. Ar quente é
menos denso que o ar frio de modo que o ar frio e denso desce e força o ar mais quente e menos denso
a subir. O ar mais frio é então aquecido pela superfície e o processo é repetido.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 18


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
4.2-3. Radiação

A radiação consiste de ondas eletromagnéticas viajando com a velocidade da luz. Como a radiação é a
única que pode ocorrer no espaço vazio, esta é a principal forma pela qual o sistema Terra-Atmosfera
recebe energia do Sol e libera energia para o espaço.

*** imagem ilustrativa


4.3- Entalpia

Entalpia, por vezes referida como entalpia absoluta, é uma grandeza física definida no âmbito da
termodinâmica clássica de forma que esta meça a máxima energia de um sistema termodinâmico,
teoricamente passível de ser deste removida na forma de calor. É particularmente útil na compreensão
e descrição de processos isobáricos. A pressão constante as variações de entalpia encontram-se
diretamente associadas às energias recebidas pelo sistema na forma de calor, estas facilmente
mensuráveis em calorímetros.

4.4- Entropia

A entropia é uma grandeza termodinâmica que mensura o grau de irreversibilidade de um sistema,


encontrando-se geralmente associada ao que se denomina por "desordem" de um sistema
termodinâmico. Em acordo com a segunda lei da termodinâmica, trabalho pode ser completamente
convertido em calor, e por tal em energia térmica, mas energia térmica não pode ser completamente
convertida em trabalho.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 19


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
4.5- Temperatura

Temperatura é a grandeza que caracteriza o estado térmico de um corpo ou sistema. Fisicamente o


conceito dado a quente e frio é um pouco diferente do que costumamos usar no nosso cotidiano.
Podemos definir como quente um corpo que tem suas moléculas agitando-se muito, ou seja, com alta
energia cinética.

*** imagem ilustrativa

4.6- Volume especifico

Uma dada amostra de uma substância de massa m (kg) ocupa um volume V (m³). A relação massa por
volume tem o nome de massa específica e a relação volume por massa tem o nome de volume específico
e, obviamente, uma grandeza é a inversa da outra.

4.7- Pressão

O termo pressão é utilizado em diversas áreas da ciência como uma grandeza escalar que mensura a
ação de uma ou mais forças sobre um determinado espaço, podendo este ser líquido, gasoso ou
mesmo sólido.

*** imagens ilustrativas


SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 20
WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 21
WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
4.7-1. pressão atmosférica

Pressão atmosférica é o peso que o ar exerce sobre a superfície terrestre. Sua manifestação está
diretamente relacionada à força da gravidade e à influência que essa realiza sobre as moléculas
gasosas que compõem a atmosfera. Assim, a pressão atmosférica sofre variações conforme as
altitudes e as condições de temperatura do ar.

Quanto maior a altitude de um dado relevo, isto é, quanto mais elevado ele estiver em relação ao nível
do mar, menor será a pressão atmosférica. Isso ocorre porque a força da gravidade mantém a maior
parte do ar próxima à superfície, o que explica o fato de grandes cadeias de montanhas apresentarem
um ambiente mais rarefeito.

As temperaturas, por sua vez, também são fatores decisivos sobre os níveis de intensidade da pressão
atmosférica. Quimicamente falando, quando as substâncias estão mais frias, as moléculas agrupam-se,
e quando as substâncias estão mais quentes, as moléculas afastam-se. Por isso, nas zonas da Terra
em que as temperaturas encontram-se menos elevadas, as moléculas de ar unem-se, ficando mais
densas e, portanto, mais pesadas, aumentando a pressão. Quando as temperaturas se elevam, as
partículas se afastam, o ar fica menos denso e a pressão diminui.

*** imagens ilustrativa


SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 22
WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
05- Ciclo de refrigeração

5.1- O circuito de refrigeração

Para diminuir a temperatura é necessário retirar energia térmica de determinado corpo ou meio. Através
de um ciclo termodinâmico, calor é extraído do ambiente a ser refrigerado e é enviado para o ambiente
externo. A refrigeração não destrói o calor, que é uma forma de energia. Ela apenas o move de um
lugar não desejado para outro que não faz diferença.

A Figura 01 abaixo dá o esquema do circuito clássico de refrigeração.

Figura 01

Recebendo um trabalho externo, o compressor aumenta a pressão do gás, que se condensa pela troca
de calor com o ambiente. Ao chegar à válvula de expansão, o gás está na fase líquida e a perda de
carga devido ao estrangulamento reduz a pressão e o líquido é evaporado, retirando calor do meio que
se deseja refrigerar e reiniciando o ciclo ao retornar para o compressor.

5.2- Diagrama pressão x Entalpia


A Figura 02 abaixo é um exemplo típico do diagrama pressão x entalpia.

Figura 02
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 23
WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
A linha de líquido saturado marca o início da vaporização, ou seja, nela ainda há 100% de líquido e 0%
de vapor. E pontos à sua esquerda significam líquidos abaixo da temperatura de vaporização ou sub-
resfriados. A linha de vapor saturado marca o fim da vaporização e nela há 100% de vapor e 0% de
líquido. Pontos à direita são vapores acima da temperatura de evaporação, ou vapores superaquecidos.

Entre as duas linhas, há misturas de líquido e vapor e as proporções de cada são tanto maiores quanto
mais próximas das respectivas linhas de saturação. Considerando o vapor, as linhas verdes indicam
proporções constantes (a da esquerda, 10% de vapor e a da direita, 90% de vapor).

Notar que as linhas de temperatura constante são diferentes de acordo com a região do diagrama. Na
área do líquido, é uma reta praticamente vertical, devido à sua incompressibilidade. Na vaporização (ou
no processo inverso da condensação), é uma linha horizontal, uma vez que, sob pressão constante, há
somente troca de calor latente. Na parte gasosa, uma curva próxima do formato indicado.

5.3- O ciclo no diagrama

A Figura 03 mostra o ciclo de refrigeração no diagrama pressão x entalpia. É uma aproximação da


situação real, uma vez que, por exemplo, não são consideradas perdas de carga e trocas de calor nas
tubulações que ligam os dispositivos.

Figura 03

A condensação é isobarica (pressão constante) ocorre sob temperatura constante, com redução da
entalpia do fluido pela troca de calor com o ambiente.

A expansão é isentálpica (entalpia constante), com redução da pressão do fluido, que passa para a
região líquido + vapor (ponto D). Na evaporação isotérmica (temperatura constante) e isobárica, o
aumento de entalpia corresponde ao calor removido do refrigerador.

Na saída do compressor, o vapor está superaquecido e o resfriamento para o início da condensação


(BB') é também dado pelo condensador. Na saída do condensador, é comum o líquido estar sub-
resfriado (C) e não na saturação (C').

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 24


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
5.4- Valores do ciclo de refrigeração

A Figura 04 deste tópico contém o mesmo ciclo anterior, sem a representação gráfica dos dispositivos.
Desde que é um processo de fluxo contínuo, os valores de entalpia são específicos, isto é, por unidade
de massa de fluido (kJ/kg, kcal/kg, etc).

O efeito de refrigeração é a quantidade de calor removida do refrigerador, o que corresponde à variação


de entalpia no processo de evaporação. Assim,

Efeito de refrigeração = hA − hD

O trabalho de compressão é dado por:

Trabalho do compressor = hB − hA

O calor cedido pelo condensador é calculado por:

Calor rejeitado pelo condensador = hC − hB


(Notar que o valor é negativo, significando sentido contrário ao do efeito de refrigeração.)

O coeficiente de eficiência é a relação entre o efeito de refrigeração e o trabalho de compressão:

hA − hD
Coeficiente de eficiência =
hB − hA

Figura 04

Os ciclos reais, é claro, são um pouco diferente dos ideais. Além do sub-resfriamento do líquido (C'C), o
vapor na entrada do compressor está superaquecido, isto é, o ponto A não está exatamente na linha de
saturação. E os processos de condensação e evaporação não são perfeitamente isotérmicos, ou seja,
as linhas BC e DA são ligeiramente inclinadas.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 25


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
5.5- Sistema de simples compressão

A figura 05 abaixo apresenta de forma simplificada um sistema de simples estágio de compressão.

Figura 05

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 26


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
5.6- Sistema de multipressão com dois estágios

Figura 06

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 27


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
5.7- Exemplos de diagramas pressão x Entalpia

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 28


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 29
WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
06- Equipamentos e instrumentos do sistema de refrigeração (Amônia)

6.1- Evaporador

A evaporação é a etapa onde o fluido refrigerante entra na serpentina como uma mistura
predominantemente líquida, e absorverá calor do ar forçado pelo ventilador que passa entre os tubos
aletados. Ao receber calor, o fluido refrigerante saturado vaporiza-se, absorvendo calor latente e calor
sensível.

A imagem acima representa a função do evaporador no ciclo de refrigeração

Exemplos de evaporadores (Imagens ilustrativas)

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 30


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
6.2- Compressor

• A função do compressor é comprimir o fluido refrigerante, sempre no estado físico de


vapor, elevando a pressão do fluido. Em um ciclo ideal, a compressão é considerada
adiabática reversível (isoentrópica), ou seja, desprezam-se as perdas. Na prática
perde-se calor ao ambiente nessa etapa, porém não é significativo em relação à
potência de compressão necessária.

A imagem acima representa a função do compressor no ciclo de refrigeração

Compressor alternativo (pistão) Compressor parafuso

Exemplos de compressores (Imagens ilustrativas)

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 31


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
6.3- Condensador

• A condensação é a etapa onde ocorre a rejeição de calor do ciclo. No condensador, o


fluido na forma de gás saturado é condensado ao longo do trocador de calor, que em
contato com o ar cede calor ao meio ambiente.

• A imagem acima representa a função do condensador no ciclo de refrigeração

Exemplo de condensador evaporativo (Imagem ilustrativa)

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 32


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
6.4- Válvula de expansão (válvula de regulagem de fluxo)

• A expansão é a etapa onde ocorre uma perda de pressão brusca, da pressão de


condensação para a pressão de evaporação. Em um ciclo ideal ela é considerada
isoentálpica, despreza-se as variações de energia cinética e potencial.

A imagem acima representa a função da válvula de expansão no ciclo de refrigeração

Registro de regulagem (válvula de expansão)

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 33


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
6.5- Separador de liquido

• Possuem a função principal de evitar o arraste de gotas de refrigerante no estado


líquido para o compressor. Em adição, servem para absorver flutuações no nível de
líquido, devido a distintas condições de operação. Contam com duas bóias de nível,
uma para alimentação de líquido, e outra para segurança. Construtivamente podem
ser do tipo horizontal ou vertical. Dotados de defletores e quebra-ondas para
direcionar e otimizar o escoamento do refrigerante, minimizando as perdas de
pressão, separando com eficácia o líquido, além de gerar o mínimo possível de
turbulência no interior do vaso. Projetados para alimentação de evaporadores por
bomba ou por gravidade. Propiciam drenagem adequada de óleo, podendo contar
com recipientes para acúmulo e purga do mesmo.

Imagem ilustrativa "Sistema bombeado"

imagem ilustrativa "Sistema por gravidade"

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 34


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
6.6- Resfriado intermediário

• O Resfriador intermediário é um vaso de pressão destinado a receber a descarga do


compressor que trabalha no sistema de baixa pressão, realizando o sub-resfriamento
da descarga do compressor. Também realizar a separação entre a amônia que esta
no estado de vapor e a amônia que está no estado liquido. Construtivamente podem
ser do tipo horizontal ou vertical.

Imagem ilustrativa

6.7- Bombas de amônia

• As Bombas de amônia tem a função de enviar o fluido refrigerante aos evaporadores


instalados nos ambientes refrigerados. Tem um papel fundamental no desempenho
do sistema de refrigeração industrial

Imagem ilustrativa

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 35


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
6.8- Reservatório de amônia

• O Reservatório de amônia é um vaso de pressão destinado a armazenar a amônia da


instalação frigorífica. Os reservatórios devem ser dimensionados para absorver
variações do nível de líquido devido a distintas condições de operação, além de poder
receber o líquido proveniente de partes da instalação, para paradas ou manutenção.

*** Imagem ilustrativa

6.9- Manômetro
A pressão manométrica é a medição da pressão em
relação à pressão atmosférica existente no local,
podendo ser positiva ou negativa.

Quando se fala em uma pressão negativa, em relação a


pressão atmosférica chamamos pressão de vácuo.

• A pressão absoluta é a pressão total de


um certo ponto ou lugar, ou seja, é o
somatório de todas as contribuições para o
aumento da mesma.

Podemos afirmar que:

Pabs = Pa+Pm ou Pm = Pabs - Pa

Onde:
Pabs = Pressão absoluta
Pm = Pressão manométrica
Pa = Pressão atmosférica
Imagem ilustrativa

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 36


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
6.10- Válvula de bloqueio

Válvula de bloqueio reta Válvula de bloqueio angular

• Função: Usada para interrupção de fluxo, isolamento de equipamentos em


determinados pontos da linha, sendo ideal para a maioria das aplicações em
refrigeração industrial.

6.11- Válvula de bloqueio e retenção

Válvula de bloqueio e retenção reta válvula de bloqueio e retenção angular

• Função: Funciona tanto como válvula de bloqueio quanto como retenção para
prevenir contra-fluxo.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 37


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
6.12- Válvula de expansão e regulagem de fluxo

Válvula de expansão reta Válvula de expansão angular

• Função: A válvula de expansão realiza uma perda de carga (pressão) brusca, da


pressão de condensação para a pressão de evaporação.

6.13- Filtro

Filtro com passagem reta Filtro angular

• Função: Utilizado para reter as possíveis impurezas do sistema de refrigeração.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 38


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
6.14- Válvula de retenção

válvula de retenção

• Função: Reter o fluxo do refrigerante em um sentido.

6.15- Bóia controladora de nível

Bóia eletromagnética

• Função: Utilizada para controlar o nível do fluido refrigerante dentro dos separadores
e resfriadores intermediários.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 39


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
6.16- Válvulas de segurança

Válvula de segurança dupla

• Função: As válvulas de alívio são aplicadas em vasos de pressão ou tubulações que


armazenam ou transportam líquidos, para que caso necessário estas atuem aliviando
a pressão do sistema.

6.17- Válvulas solenóides

Válvula solenóide

• Função: Usada para interrupção de fluxo de forma automática. Podem ser


normalmente aberta ou normalmente fechada.

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 40


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br
Tabela de unidades

SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL - REV 02.DOC - 41


WWW.HELPFRIO.COM.BR - FONE:(31) 98611-6681 - Belo Horizonte - MG - E-mail: everton@helpfrio.com.br

Potrebbero piacerti anche