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GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES

Em um paradigma mais antigo, o da Administração de Recursos Humanos


(ARH), as pessoas eram vistas como mais um recurso. Na Gestão de Pessoas, elas
são vistas como parceiras, colaboradoras ativas.

A administração de pessoas evoluiu durante 3 eras até chegar ao estágio


atual. A era da industrialização clássica, entre os anos de 1900 a 1950, foi marcada
pelas relações industriais. A era da industrialização neoclássica, entre os anos de
1950 e 1990, marcou o conceito de Administração de Recursos Humanos. Após
1990, com o advento da era da informação, firmou-se o conceito de Gestão de
Pessoas.

Essa evolução modificou totalmente o modo de pensar e agir das


organizações. Ela se iniciou no formato de trabalho, passando pelo nível de
atuação, comando de ação, tipo de atividade e principais atividades, chegando, até
mesmo, à missão da área.

O processo de gestão de pessoas nas empresas passou a ser mais centrado nas
pessoas e nos talentos. Esse processo já é iniciado durante a fase de recrutamento e
seleção, ou seja, já assimilando talentos com um conjunto de políticas e práticas
definidas por uma organização para orientar comportamentos, relações e
resultados das pessoas de forma corporativa. Com a contratação, existem diversas
formas de potencialização de talentos, tais como treinamento profissional, planos
de carreira, planos de cargos e salários e benefícios.

A Gestão de Pessoas atua na área do subsistema social, e há na organização


também o subsistema técnico. A interação da gestão de pessoas com outros
subsistemas, especialmente o técnico, envolve alinhar objetivos organizacionais e
individuais. As pessoas precisam ter competência para realizar as atividades e
entregas que possam contribuir com a organização, do contrário poderia haver
inúmeras consequências negativas nas mais diferentes áreas (financeira, por
exemplo). É também por isso que a área de gestão de pessoas sempre atua em
parceria com outras áreas.

A Era da Informação, de forte mudança e instabilidade, está trazendo o


modelo orgânico e flexível de estrutura organizacional, no qual prevalecem as
equipes multifuncionais de trabalho.

É a época da gestão de pessoas e com pessoas. No mundo de hoje, as


preocupações das organizações se voltam para a globalização, pessoas, clientes,
produtos/serviços, conhecimento, resultados e tecnologia. As mudanças e
transformações na área de RH são intensas e devido a isso, a gestão de pessoas
passou a ser uma área estratégica na organização.

Os aspectos fundamentais da moderna Gestão de Pessoas:

 As pessoas como seres humanos: personalidade própria – diferentes entre si


– conhecimento– história pessoal e particular – habilidades e competências
distintas.
 As pessoas como ativadores inteligentes de recursos organizacionais: as
pessoas como fonte de impulso próprio que dinamiza a organização e não como
agentes passivos, inertes e estáticos.

 As pessoas como parceiros da organização. Capazes de conduzi-la à


excelência e ao sucesso por meio de investimentos na organização: esforços –
dedicação – responsabilidade – comprometimento – riscos.

CONCEITOS

Hoje, sabe-se que as pessoas precisam ser felizes. Para que sejam produtivas,
as pessoas devem sentir que o trabalho é adequado às suas capacidades e que estão
sendo tratadas equitativamente. Desenvolver e manter qualidade de vida no
trabalho: qualidade de vida no trabalho (QVT) é um conceito que se refere aos
aspectos da experiência do trabalho, como estilo de gestão, liberdade e autonomia
para tomar decisões, ambiente de trabalho agradável, segurança no emprego, hora
adequadas de trabalho e tarefas significativas e agradáveis.

Um programa de QVT procurar estruturar o trabalho e o ambiente de


trabalho no sentido de satisfazer a maioria das necessidades individuais das
pessoas e tornar a organização um local desejável.

Administrar e impulsionar as mudanças: nas últimas décadas, houve um


período turbulento de mudanças sociais, tecnológicas, econômicas, culturais e
políticas. Os profissionais de ARH devem saber como lidar com mudanças se
realmente querem contribuir para o sucesso de sua organização. Manter políticas
éticas e comportamento socialmente responsável: toda a atividade de ARH deve
ser aberta, transparente, confiável e ética.

As pessoas não devem ser discriminadas, e os seus direitos básicos devem ser
garantidos.
A Gestão de Pessoas irá gerenciar o que as empresas tem de mais importante
que é o seu Capital Intelectual, um dos conceitos mais discutidos recentemente. Ele
é composto por três elementos:

 Capital Interno (estrutura interna):


 Conceitos, modelos, processos, sistemas administrativos e informacionais.
São criadas pelas pessoas e utilizados pela organização

 Capital Externo (estrutura externa):


 Relação com cliente e fornecedores, marcas, imagem e reputação.
Dependem de como a organização resolve e oferece solução para os problemas
dos clientes.

 Capital Humano (competências individuais):


 Habilidade das pessoas em agir em determinadas situações. Educação,
experiências, valores e competências.
A relação entre saúde e qualidade de vida parece clarificar o próprio senso
comum que nos diz que ter saúde é a primeira e a essencial condição para que
alguém possa qualificar sua vida como de boa qualidade. Mas o que parece óbvio e
claro nem sempre o é, na realidade. Tanto a concepção de saúde como a de
qualidade de vida comportam discussões e interpretações diversas.

Assim, da mesma forma que a paz não pode ser entendida tão somente como
a ausência de guerra, ter saúde não significa apenas não estar doente. Em uma
concepção mais ampla, como quer a Organização Mundial de Saúde, ter saúde
significa uma condição de bem estar que inclui não apenas o bom funcionamento
do corpo, mas também o vivenciar uma sensação de bem estar espiritual (ou
psicológico) e social, entendido este último - o bem estar social - como uma boa
qualidade nas relações que o indivíduo mantém com as outras pessoas e com o
meio ambiente.

Assim, esta concepção mais ampla de saúde aproxima-se do moderno


conceito de qualidade de vida, embora dele não venha a ser sinónimo. A expressão
"qualidade de vida" tem estado muito em moda, mas nem sempre tem sido
empregada na real acepção ou, ao menos, na acepção proposta e aceita pelos
estudiosos do assunto.

Confunde-se, frequentemente, uma boa qualidade de vida com uma vida


confortável do ponto de vista material; com uma vida plena de lazer e de viagens;
com férias frequentes em lugares maravilhosos e com pouco trabalho, obrigações e
aborrecimentos. Confunde-se também - ou pelo menos exige-se como condição sine
qua non - com um bom nível de cuidados com o corpo.

Este não é, entretanto, o conceito que os estudiosos têm do assunto


"qualidade de vida". Ela pode ser entendida como o nível alcançado por uma
pessoa na consecução dos seus objetivos de uma forma hierarquizada e
organizada. Uma vida humana é uma vida vivida de acordo com um plano.
Estabelecer um plano de vida é ser capaz de, sem que necessariamente o
executemos por inteiro, ao menos lutemos por ele, parece ser condição
indissociável de uma boa qualidade de vida e, também, da felicidade, dado que
estas duas condições - saúde e qualidade de vida - não sendo sinónimas, andam de
braços dados e são, a rigor, inseparáveis.

A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) deve se basear em sete pilares. Veja


quais são eles:

 Saúde e Esporte - Os cuidados com a saúde vão do check-up até uma


alimentação balanceada, de quatro em quatro horas, e uma prática esportiva pelo
menos três vezes por semana. Assim, a integridade física do executivo estará
garantida.
 Família/Afetividade - Atividades que promovam a harmonia no
relacionamento com pais, filhos, amigos e irmãos, namorados, noivos e maridos,
para se evitar a transferência para o ambiente de trabalho de problemas de
convivência no lar.
 Carreira e Vocação - Dedicação a atitudes empreendedoras no trabalho,
para se alcançar o sucesso, tais como iniciativa, persistência, criatividade e
liderança. Importante também fazer o marketing pessoal e administrar bem o
tempo.
 Cultura e Lazer - O autoconhecimento é o ponto chave. Deve-se aproveitar
o tempo livre com leituras, cursos, cinema. Não confundir horas de lazer com
férias. As férias estão incluídas nesse pilar, porém, devem ser encaradas como uma
fuga total das obrigações do trabalho.
 Sociedade e Comunidade -Atentar-se às práticas de networking e condutas
responsáveis socialmente, como voluntariado e atuação em causas comunitárias,
incluindo ética no trabalho.
 Bens e Possessões - Anseios e desejos do executivo. Parcimônia com
ambições, para que não se confunda com ganância. Estimular a vida material
dando valor aos bens que já possui, incluindo noções de gestão das finanças
pessoais.
 Mente e Espírito - Cuidar da espiritualidade no sentido de se aproximar das
pessoas e não confundir o conceito com religiosidade. Caráter, moral e coerência
são as posturas recomendadas.

OBJETIVOS

 Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão:


antigamente, a ênfase era colocada no fazer corretamente as coisas através dos
métodos e regras impostos aos funcionários para obter eficiência. O salto para a
eficácia veio com a preocupação em atingir objetivos e resultados.

 Proporcionar competitividade à organização: isto significa saber empregar


as habilidades e competências da força de trabalho. A função da ARH é fazer
com que as forças das pessoas sejam mais produtivas para beneficiar clientes,
parceiros e empregados.
 Proporcionar à organização pessoas bem treinadas e bem motivadas.
 Preparar e capacitar continuamente as pessoas é o primeiro passo. O
segundo é dar conhecimento às pessoas e não apenas dinheiro.
 Aumentar a auto-atualização e a satisfação das pessoas no trabalho:
Antigamente a ênfase era colocada nas necessidades da organização.

AMBIENTE ORGANIZACIONAL

Uma apreciação crítica do planejamento de RH aponta que ele precisa ser


mais amplo e abrangente no sentido de envolver aspectos do capital humano como
conhecimentos, habilidades e competências para tornar a organização bem-
sucedida. E para isso, é importantíssimo a avaliação do ambiente organizacional
pois ele influencia diretamente a maneira como a organização pretende gerenciar e
estabelecer suas políticas em relação às pessoas.
E para avaliar o ambiente organizacional, é necessário analisarmos a
situação do mercado de trabalho e mercado de recursos humanos.

Mercado de Trabalho/Emprego (vagas)


É constituído pelas ofertas de trabalho ou do emprego oferecidas pelas
organizações, em determinado lugar e em determinada época.

Mercado de Recurso Humanos (candidatos)


É constituído pelo conjunto de pessoa aptas ao trabalho, em determinado
lugar e em determinada época.

Muitas vagas e poucas pessoas


• As empresas terão que investir mais em recrutamento, pois precisam atrair as
pessoas.
• O processo de seleção será menos rigoroso.
• As empresas terão que investir mais em treinamento para compensar as
deficiências do processo de seleção.
• A rotatividade irá aumentar.
• O absenteísmo irá aumentar.
• Aumenta a competitividade entre as empresas que utilizam o mesmo tipo de mão
de obra.

Poucas vagas e muitas pessoas


• As empresas irão investir menos em recrutamento, pois as pessoas estão batendo
em sua porta.
• O processo de seleção será mais rigoroso.
• As empresas terão que investir menos em treinamento.
• A rotatividade irá diminuir.
• O absenteísmo irá diminuir.
• Diminuir a competitividade entre as empresas que utilizam o mesmo tipo de mão
de obra.

POLÍTICAS DE RECURSOS HUMANOS

As políticas de recursos humanos referem-se às maneiras pelas quais a


organização pretende lidar com seus membros e por intermédio deles atingir os
objetivos organizacionais, permitindo condições para o alcance de objetivos
individuais. Variam enormemente conforme a organização.

Cada organização desenvolve a política de recursos humanos mais adequada


à sua filosofia e às suas necessidades.

A rigor, uma política de recursos humanos deve abranger o que a


organização pretende acerca dos seguintes aspectos:

PROCESSO DE Quem deve Recrutamento


AGREGAR trabalhar na Seleção
PESSOAS organização Planejamento de RH
Processo de Integração
PROCESSO DE O que as pessoas Desenho de cargo
APLICAR farão na Análise e descrição
PESSOAS organização Avaliação de desempenho

PROCESSO DE Como recompensar Remuneração


RECOMPENSAR as pessoas na Benefícios soc.
PESSOAS organização
PROCESSO DE Como preparar e Treinamento
DESENVOLVER desenvolver as Desenvolvi./ de Pessoas
PESSOAS pessoas na Desenvolvi./Organizacional
organização Programas de mudanças
Programas de
comunicação
PROCESSO DE Como manter as Disciplina
MANTER PESSOAS pessoas Higiene
trabalhando Segurança
na organização Qualidade de vida
Relações sindicais
PROCESSO DE Como saber o que Banco de dados
MONITORAR as pessoas fazem Controles
PESSOAS na organização Sistemas de Informações
gerenciais

PROCESSO DE AGREGAR PESSOAS

Os processos de provisão estão relacionados com o suprimento de pessoas


para a organização. São os processos responsáveis pelos insumos humanos e
envolvem todas as atividades relacionadas com pesquisa de mercado,
recrutamento e seleção de pessoas, bem como sua integração às tarefas
organizacionais.

Trata-se de abastecer a organização dos talentos humanos necessários a seu


funcionamento.

RECRUTAMENTO DE PESSOAL

É o conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair candidatos


potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos na organização. Esse
processo de busca dos candidatos pode ser realizado dentro ou fora da empresa.

O recrutamento requer um cuidadoso planejamento, que constitui uma


seqüência de três fases, a saber:

 Pesquisa Interna: O que a organização precisa: Pessoas necessárias para a


tarefa organizacional. Desenho do cargo, análise e descrição.
 Pesquisa Externa: O que o mercado de RH pode oferecer: Fontes de
recrutamento a localizar e alvejar.
 Técnica de recrutamento a aplicar: O planejamento do recrutamento tem,
pois, a finalidade de estruturar o sistema de trabalho a ser desenvolvido.

Meios de recrutamento:

O mercado de recursos humanos é constituído de um conjunto de candidatos,


que podem estar aplicados ou empregados (trabalhando em alguma empresa) ou
disponíveis (desempregados). Os candidatos aplicados ou disponíveis podem ser
tanto reais (que estão procurando emprego ou pretendendo mudar de emprego)
como potenciais (que não estão interessados em procurar emprego).
TIPOS DE RECRUTAMENTO

RECRUTAMENTO INTERNO - quando, havendo determinada vaga, a


empresa procura preenchê-la através do remanejamento de seus empregados, que
podem ser promovidos ou transferidos.

Vantagens do Recrutamento Interno:


• Aproveita melhor o potencial humano da organização
• É mais econômico, mais rápido
• Apresenta maior índice de validade e de segurança
• É uma fonte poderosa de motivação para os empregados
• Incentiva a permanência e a fidelidade dos funcionários
• Probabilidade de melhor seleção, pois os candidatos são bem conhecidos

Desvantagens do Recrutamento Interno:


• Pode bloquear a entrada de novas idéias, experiências e expectativas.
• Se a organização não oferecer oportunidades de crescimento no momento
adequado, corre o risco de frustrar os empregados em suas ambições, trazendo
conseqüências como apatia, desinteresse ou o desligamento da organização, a fim
de aproveitar oportunidades fora dela.
• Pode gerar conflito de interesses
• Quando administrado incorretamente, pode levar à situação denominada
“Princípio de Peter”:. Á medida que um empregado demonstra competência em
um cargo, a organização promove-o sucessivamente até o cargo em que ele, por se
mostrar incompetente, estaciona.

RECRUTAMENTO EXTERNO - realizado com candidatos vindos de fora


da empresa.

Vantagens do Recrutamento Externo:


• Traz “sangue novo” e experiências novas para a organização
• Renova e enriquece os recursos humanos da organização
• Aumenta o capital intelectual ao incluir novos conhecimentos e destrezas.

Desvantagens do Recrutamento Externo:


• É geralmente mais demorado do que o recrutamento interno.
• É mais caro e exige inversões e despesas imediatas com anúncios, jornais,
honorários de agências de recrutamento.
• Em princípio, é menos seguro do que o recrutamento interno.
• Reduz a fidelidade dos funcionários ao oferecer oportunidades a estranhos.
• Geralmente, afeta a política da empresa, influenciando as faixas salariais
internas, principalmente quando a oferta e a procura de recursos humanos estão
em situação de desequilíbrio.
• Afeta negativamente a motivação dos atuais funcionários da organização.

RECRUTAMENTO MISTO – Quando é permitido que funcionários da


empresa e pessoas de fora se candidatem ao cargo, aproveitando assim as
vantagens dos dois recrutamentos anteriores.
Técnicas de recrutamento
O recrutamento externo utiliza várias e diferentes técnicas para influenciar e
atrair candidatos. Trata-se de escolher os meios mais adequados para ir até o
candidato desejado – onde quer que ele esteja – e atraí-lo para a organização:

 Anúncios em jornais e revistas especializadas: jornais locais e regionais


(gerentes, supervisores e funcionários); jornais mais populares (empregados
especializados) e revistas especializadas (cargo muito específico).

Especialistas em propaganda salientam que o anúncio deve possuir quatro


características:

A.I.D.A.: A (atenção pelo tamanho), I (deve despertar o interesse por sua


natureza desafiadora), D (aumentar o interesse apresentando as vantagens:
satisfação – participação – desenvolvimento) A (deve provocar a ação: preencher a
ficha ou enviar CV).

Agências de recrutamento: as agências podem servir de intermediária para


fazer o recrutamento.
O processo de recrutamento culmina com o candidato preenchendo a sua
proposta de emprego ou apresentado seu curriculum vitae à organização. A
proposta de emprego é um formulário que o candidato preenche, anotando os seus
dados pessoais, escolaridade, experiência profissional, conhecimentos, endereço e
telefone para contatos. As organizações bem-sucedidas estão sempre de portas
abertas para receber candidatos que se apresentam espontaneamente, mesmo que
não tenham oportunidades a oferecer no momento.

HEADHUNTERS ( Caça – talentos) – são os profissionais que atuam no


mercado de trabalho para executivos, contratados por empresas para identificar e
indicar executivos de que elas precisam para preencher posições em aberto em
seus quadros superiores. Seu trabalho começa quando desenvolvem com a
empresa-cliente o perfil do profissional a encontrar, partindo em seguida para a
procura de executivos, no mercado, empregados ou não, que atendam ao desejado.
Os executivos que os “Headhunters” procuram podem estar no próprio Banco de
Currículos da Consultoria, na Internet, nas indicações de outros executivos, nos
candidatos que respondam a anúncios de jornal, nos assessorados de empresas de
“Outplacement” (é uma solução profissional, elaborada com o objetivo de conduzir
com dignidade e respeito os processos de demissão nas companhias. É um sistema
de ganha-ganha, que busca o beneficio de todos os envolvidos) ou trabalhando em
empresas e disponíveis para serem “caçados”.

SELEÇÃO DE PESSOAL

O recrutamento e a seleção de recursos humanos devem ser tomados como


duas fases de um mesmo processo.

A seleção de pessoal tem por objetivo básico escolher e classificar os


candidatos adequados às necessidades da organização - profissionais com perfil
aproximado ao perfil do cargo – adequando o homem ao cargo e buscando
eficiência e eficácia do homem no cargo - É a escolha da pessoa certa, para o cargo
certo.

A seleção é um processo de comparação entre duas variáveis: comparar o


perfil do candidato ( que se identifica através das técnicas de seleção) com o que é
exigido para o cargo ( essas informações virão da análise e descrição do cargo).

Base para a seleção de pessoas:

1. Descrição e Análise do cargo


Descrição : conteúdo do cargo
Análise: características, perfil, habilidades, talentos do ocupante do cargo
2. Técnica dos incidentes críticos (quais são os pontos críticos)
3. Análise do cargo no mercado

Técnicas de Seleção:

• Entrevista de seleção
• Provas de conhecimentos/capacidade
• Testes psicométricos
• Testes de personalidade
• Técnicas de simulação
• Técnica dos incidentes críticos

TIPOS DE ENTREVISTAS

Entrevista diretiva: determina o tipo de resposta desejada, mas não


especifica as questões, ou seja deixa as perguntas a critério do entrevistador.

Entrevista não-diretiva:é a entrevista totalmente livre, não especifica nem as


questões e nem as respostas requeridas

Entrevista de descrição comportamental: esse método busca, essencialmente,


verificar no repertório do candidato, as situações vividas por ele que sejam
próximas, similares às que ele provavelmente viverá na posição para a qual será
contratado. É a entrevista onde são solicitadas aos candidatos situações vividas e
suas reações como, por exemplo: você lembra de alguma situação onde teve que
enfrentar um cliente bastante irritado? Como reagiu? Para responder algo assim,
o candidato terá que pensar, precisará de um tempo, pois há um foco bastante
específico a ser respondido, ele terá que remontar ao passado, ou seja, a algo que
de fato viveu. Como ninguém traz para uma entrevista situações vividas decoradas
o tempo de resposta é fundamental, já que só mentindo o candidato conseguirá
responder rapidamente a uma pergunta assim, tão focada em situações.

O objetivo principal é o foco e não a criação de uma resposta pelo candidato.


Se remete a algo vivido, experimentado pela pessoa, busca uma situação e a
maneira que o candidato relacionou-se com ela. Uma coisa é aquilo que
acreditamos reagir, outra é a forma verdadeira como reagimos. A estrutura desse
tipo de entrevista evita que ele crie cenários que nunca existiram, tornando
hipotéticas soluções para as quais ele nunca vivenciou.
Acredita-se que o candidato buscará aplicar soluções semelhantes para
situações semelhantes. Com base em experiências já vividas e soluções já
apresentadas em situações análogas, pode-se dizer que, se ele resolveu assim uma
vez, tenderá a agir da mesma maneira em situações próximas a essas. Tratando-se
de pessoas isto não é uma garantia, mas as chances de que assim ocorra é muito
grande.

Provas ou Testes de Conhecimentos ou de Capacidade

A) Classificação quanto à maneira como as provas são aplicadas:


• Orais.
• Escritas – provas aplicadas por meio de perguntas e respostas escritas.
• Realização – provas aplicadas por meio da execução de um trabalho ou
tarefa, de maneira uniforme e com tempo determinado, como prova de digitação,
de desenho, de manobra de veículo ou usinagem de uma peça etc.

B) Classificação quanto á área de conhecimentos abrangidos:


• Provas gerais – provas que aferem noções de cultura geral ou generalidades de
conhecimento.
• Provas específicas – provas que pesquisam os conhecimentos técnicos e
Específicos diretamente relacionados ao cargo em Referência

C) Classificação quanto á forma como as provas são elaboradas:


• Provas tradicionais – provas do tipo dissertativo e expositivo.
• Provas objetivas – provas estruturadas na forma de testes objetivos, cuja
aplicação e correção são rápidas e fáceis.
• Provas mistas – provas que utilizam tanto perguntas dissertativas como
objetivas

Testes Psicométricos

Os testes psicométricos constituem uma medida objetiva e estandardizada de


amostras de comportamento das pessoas. Sua função principal é analisar essas
amostras de comportamento humano, examinando-as sob condições padronizadas
e comparando-as com padrões baseados em pesquisas estátisticas.

Testes de Personalidade

Servem para analisar os diversos traços de personalidade, sejam eles


determinados pelo caráter (traços adquiridos ou fenotípicos) ou pelo
temperamento (traços inatos ou genotípicos). Um traço de personalidade é uma
característica marcante da pessoa e que é capaz de distingui-la das demais.

Técnicas de Simulação

As técnicas de simulação procuram passar do tratamento individual e isolado


para o tratamento em grupos e do método exclusivamente verbal ou de execução
para a ação social.
Quociente de Seleção

O quociente de seleção (selection ratio) é o resultado da proporção entre o


número de pessoas admitidas e o número de candidatos submetidos às técnicas de
seleção. Á medida que o quociente de seleção diminui, aumenta sua eficiência e
seletividade. Em geral, o quociente de seleção sofre alterações provocadas pela
situação de oferta e procura no mercado de recursos humanos.

Q.S = No. De cand. Admitidos x 100


No. De can. Examinados

PROCESSO DECISÓRIO

As organizações selecionam as pessoas com quem irão trabalhar e estas onde


pretendem desenvolver o seu papel e aplicar os seus esforços, por isso que o
primeiro passo no processo de agregar pessoas é o recrutamento, ou seja, é a
divulgação das oportunidades disponibilizadas pelas empresas para que as pessoas
que possuam o perfil possam se encaminhar para a seleção (BERTONI, 2000).

O Mercado seria o espaço onde ocorre a oferta e a procura dos produtos,


englobando assim, o Mercado de trabalho que se constitui das ofertas de trabalho
oferecidas pelas organizações, e também por estas. O Mercado de Trabalho esta
em situação de procura quando as empresas estão frente a uma escassez de
pessoal, isto é, as pessoas são insuficientes para o preenchimento das vagas em
aberto, enquanto que na situação de oferta as oportunidades são menores que as
vagas, estando as organizações diante de um recurso fácil e abundante, que são o
grande número de pessoas em busca de um emprego. Hoje, também ocorre toda
uma evolução do perfil do profissional, porque anteriormente o grande número de
empregos se relacionavam as indústrias e atualmente se localiza na economia
informal. Já o Mercado de Recursos Humanos diz respeito as “pessoas que
oferecem habilidades, conhecimentos e destrezas” (CHIAVENATO, 1999. p.88).
Isto é, remete-se a quantidade e qualidade dos profissionais que encontram-se
abertos a uma nova oportunidade de trabalho, estejam eles ativos ou inativos.

A seleção seria um processo decisório entre os requisitos do cargo a ser


preenchido e o perfil das características dos candidatos que foram selecionados, e a
partir destas considerações tenta-se encontrar o candidato que mais se aproxime
do “ideal de qualificações”. Se não houvesse as diferenças individuais e se todas as
pessoas fossem iguais e reunissem as mesmas condições para aprender a trabalhar,
a seleção de pessoas seria totalmente desnecessária. Acontece que a variabilidade
humana é enorme: as diferenças individuais entre as pessoas, tanto no plano físico
(como estatura, peso, força, acuidade visual e auditiva, resistência a fadiga, etc.)
como no plano psicológico (como temperamento, caráter, inteligência, aptidões,
habilidades mentais, etc.) levam os seres humanos a se comportar diferentemente,
a perceber situações de maneira diversa e a se desempenhar de maneira distinta,
com maior ou menor e empregabilidade.

As pessoas diferem entre si tanto na capacidade para aprender uma tarefa


como na maneira de executá-la após a aprendizagem. A estimação apriorística
dessas duas variáveis – tempo de aprendizagem e nível de execução – é um aspecto
importante da seleção de pessoal. Quando completo, o processo seletivo deve
fornecer não somente um diagnóstico atual, mas principalmente um prognóstico
futuro a respeito dessas duas variáveis. Não apenas uma idéia atual, mas uma
projeção de como a aprendizagem e a execução se situarão a longo prazo.

Pode-se definir três modelos de escolha do candidato:

 Modelo de Colocação: onde só há uma vaga e um único candidato para


preenchê-la;
 Modelo de Seleção: onde há uma vaga e vários candidatos para preencher
esta;
 Modelo de Classificação: onde existe várias vagas para respectivamente
vários candidatos.

PROCESSO DE APLICAR PESSOAS

São os processos utilizados para desenhar as atividades que as pessoas irão


realizar na empresa, orientar e acompanhar seu desempenho. Incluem desenho
organizacional e desenho de cargos, análise e descrição de cargos, planejamento e
alocação de Recursos Humanos (RH), plano de carreiras, orientação às pessoas e
avaliação do desempenho e disseminação da cultura organizacional .

Análise e Descrição dos cargos – é um processo ordenado das tarefas ou


atribuições inerentes ao mesmo, que fornece informações para área de
recrutamento e seleção.

- Análise: é uma informação do que o ocupante do cargo faz e os conhecimentos,


habilidades e capacidades que ele precisa para desempenhar o cargo
adequadamente. A diferença entre descrição do cargo e análise do cargo: descrição
do cargo focaliza o conteúdo do cargo (o que o ocupante faz, quando faz, como faz,
onde faz e por que faz), a análise de cargo procura determinar quais os requisitos
físicos e mentais que o ocupante deve possuir, as responsabilidades que o cargo lhe
impõe e as condições em que o trabalho deve ser feito.
Procura determinar os requisitos físicos e mentais que o ocupante deve
possuir, os talentos, habilidades e as responsabilidades que o cargo exige.

- Descrição dos Cargos: significa relacionar o que ocupante faz, como faz, sob
quais condições faz e por que faz. A descrição de cargo é um retrato simplificado
do conteúdo e das principais responsabilidades do cargo. O formato comum de
uma descrição de cargo inclui o título do cargo, o sumário das atividades a serem
desempenhadas e as principais responsabilidades do cargo. Descrição de cargo é
um documento escrito que identifica, descreve e define um cargo em termos de
deveres, responsabilidades, condições de trabalho e especificações.

- Desenho de Cargo - é criar um cargo, dentro da estrutura organizacional,


especificando o conteúdo, os métodos de trabalho e as relações com os demais
cargos, no sentido de satisfazer os requisitos tecnológicos, sociais, pessoais e
organizacionais de seu ocupante.

DESENVOLVIMENTO E TREINAMENTO
O processo de integração consiste em um treinamento intensivo aos novos
funcionários, tem por objetivo diminuir o prazo de integração na empresa de 6
(seis) meses para 2 (dois) meses. Segundo estudos realizados por psicólogos, um
novo funcionário leva seis meses para se adaptar a nova filosofia empresarial, a
cultura empresarial e as políticas de recursos humanos, além de adaptar-se ao
novo chefe imediato, aos novos colegas de trabalho, bem como adaptar-se ao
ambiente e clima empresarial.

Com o processo de integração o prazo de adaptação do novo funcionário cai


para 1/3 (um terço).

A modernização da entidade deve começar pelas pessoas que nelas


trabalham. A modernização passa antes pela cabeça das pessoas e pela sua
competência para chegar posteriormente às máquinas, equipamentos, métodos,
processos, produtos e serviços. Estas são as consequências da modernização. O
produto final dela, mas não a sua origem. O impulso alavancador da modernização
está nas pessoas, nas suas habilidades e conhecimentos, na sua criatividade e
inovação, na sua inteligência e na sua competência.

Se encararmos as pessoas como recursos - isto é, recursos humanos - a


primeira conclusão que se tira é a de que elas constituem os Únicos recursos
eminentemente vivos e dinâmicos com que a empresa pode contar. Na realidade, as
pessoas apresentam uma incrível aptidão para o desenvolvimento.
Desenvolvimento é a capacidade de aprender novas habilidades, obter novos
conhecimentos e modificar atitudes e comportamentos. E uma aptidão permite
uma formidável ampliação da competência profissional de cada pessoa. A Aptidão
para o desenvolvimento pode e deve ser incrementada para o proveito de ambas as
partes: pessoas e entidades. O treinamento faz parte do desenvolvimento das
pessoas. Em outras palavras, o treinamento é um aspecto específico do
desenvolvimento pessoal. E este, por seu lado, é um aspecto específico do
desenvolvimento organizacional.

O desenvolvimento organizacional (DO) é a mudança planejada da


organização, seja da sua cultura, seja da sua dinâmica, seja da sua estrutura
organizacional. O DO parte de uma visão macroscópica e sistêmica da organização
empresarial para melhorar a eficiência e a eficácia da empresa por meio de
intervenções construtivas na estrutura e nos processos organizacionais. Muitas
vezes o DO privilegia a mudança no comportamento organizacional em relação à
mudança estrutural da organização, outras vezes procura compatibilizar
mudanças comportamentais com mudanças estruturais. No fundo, o DO visa a
modificar o ambiente organizacional - a estrutura e a cultura organizacionais -
dentro do qual as pessoas trabalham.

O desenvolvimento de pessoal é um programa de longo prazo para prover o


crescimento profissional das pessoas por meio de condições externas capazes de
realizar gradativamente as potencialidades humanas.

Treinamento
- Programas de curto prazo
- Imediatismo nos resultados
- Preparação para o cargo

Desenvolvimento de pessoas

- Programas de médio prazo


- Resultados mediatos
- Preparação para a carreira

Desenvolvimento organizacional

- Programas de longo prazo


- Abordagem sistêmica
- Mudança planejada da organização

Enquanto o desenvolvimento organizacional é sistêmico e abrangente, o


desenvolvimento de pessoal é orientado para a carreira de cada pessoa e o seu
contínuo desdobramento frente a objetivos de longo prazo. Já o treinamento parte
de uma visão microscópica e de curto prazo. O treinamento é o ato intencional de
fornecer os meios para proporcionar a aprendizagem. Aprendizagem é uma
mudança no comportamento humano decorrente de novos conhecimentos, novas
habilidades, novas atitudes e novos conceitos.

Assim, o treinamento pode envolver quatro tipos de mudanças de comportamento,


a saber:

• Transmissão de informações: é o tipo mais simples de mudança de comportamen-


to - a simples transmissão de informações pode aumentar o conhecimento e a
habilidade das pessoas. Muitos programas de treinamento estão preocupados com
o conteúdo, isto é, com informações ou conhecimentos que devem ser transmitidos
e compartilhados entre as pessoas. Normalmente, esses conhecimentos ou
informações se referem a dados genéricos sobre a empresa, seus produtos ou
serviços, sua estrutura organizacional, suas políticas e diretrizes, suas regras e seus
regulamentos etc. Com esses conhecimentos ou informações objetiva-se preparar
as pessoas para a execução imediata das diversas tarefas peculiares ao cargo
ocupado, quando este é simples e pouco complexo.
• Desenvolvimento de habilidades: muitos programas de treinamento estão volta-
dos para melhorar ou desenvolver habilidades e destrezas necessárias à execução
ou operação das tarefas requeridas pelo cargo ocupado. Trata-se de um trei-
namento orientado diretamente para a operação de equipamentos, máquinas,
ferramentas, isto é, para as tarefas e operações a serem executadas.
• Desenvolvimento ou modificação de atitudes: geralmente a mudança de atitudes
negativas para atitudes mais favoráveis, conscientização para determinados as-
pectos do comportamento pessoal, desenvolvimento da sensibilidade (dos gestores
ou de pessoas que lidam com o público) quanto aos sentimentos e às reações das
outras pessoas. Pode também envolver a aquisição de novos hábitos e atitudes,
principalmente em relação a clientes ou usuários.
• Desenvolvimento de conceitos: é o treinamento conduzido no sentido de elevar o
nível de abstração e conceitualização de ideias e filosofias, seja para facilitar a
aplicação de conceitos na prática administrativa, seja para elevar o nível de ge-
neralização desenvolvendo pessoas que possam pensar em termos globais e amplos.

O treinamento - como todas as atividades voltadas para as pessoas - é uma


responsabilidade de linha e uma função de staff. Em outras palavras, o
treinamento é uma responsabilidade gerencial. Para auxiliar os gestores nesse
mister, a entidade pode proporcionar assistência especializada por meio do órgão
de recursos humanos. Mais especificamente, por meio do órgão de treinamento.
Assim, a área de RH ou o órgão de treinamento pode assessorar - função de staff-
cada gestor com os meios especializados, com recursos instrucionais, com
programas preparados, com material didático, etc. destinados a facilitar a tarefa
de treinar o pessoal. Mas, de qualquer maneira, o conceito de treinamento está
implícito na tarefa gerencial em todos os níveis ou áreas. O gestor pode até delegar
a tarefa de treinar sua equipe a terceiros, mas não pode desincumbir-se da
responsabilidade em relação ao treinamento. É o gestor que deve cuidar para que
sua equipe receba treinamento adequado continuamente. O treinamento é algo
constante e incessante. Treinar uma vez na vida não significa nada. O treinamento
é uma contínua redução da dissonância e uma constante busca da eficiência e da
eficácia das pessoas. Como consequência, uma constante busca da competência
profissional. Como resultado final, o alcance da excelência é o sucesso pessoal e
organizacional.

O treinamento é um processo cíclico composto de quatro etapas:

1. Levantamento das necessidades de treinamento.


2. Programação do treinamento para atender às necessidades.
3. Implementação e execução do treinamento.
4. Avaliação dos resultados do treinamento.

Essas quatro etapas formam um processo cíclico e; recorrente. Cada uma das
quatro etapas do treinamento merece algumas conceituações preliminares.

LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES DE TREINAMENTO

É a etapa do diagnóstico das necessidades e carências de treinamento.


Constitui o diagnóstico preliminar dos problemas que devem ser removidos por
meio do treinamento. O levantamento das necessidades pode ocorrer em três
diferentes níveis de análise, a saber:

• Análise da organização: envolve a análise da entidade como um sistema, como


uma totalidade para verificar a situação, os objetivos organizacionais e as neces-
sidades globais de competências e habilidades, enfim, a estratégia da entidade para
a partir dela estabelecer a estratégia para o treinamento das pessoas. Os objetivos
da entidade, os planos de expansão ou de encolhimento, o lançamento de novos
serviços, etc. constituem quase sempre novas necessidades de treinamento.
• Análise departamental: envolve a análise de cada área da entidade como um sub-
sistema, para verificar os objetivos departamentais, as necessidades de compe-
tências e habilidades para detectar as necessidades de treinamento a serem su-
pridas. Os objetivos do departamento, os planos de aumento de eficiência e de
eficácia, os resultados da avaliação do desempenho do pessoal quase sempre
constituem novas necessidades de treinamento.
• Análise das tarefas e operações: envolve a análise das tarefas e operações de cada
cargo para verificar os requisitos que o cargo exige de seu ocupante e as compe-
tências e habilidades que este deve possuir. A diferença entre os requisitos que o
cargo exige do ocupante e as suas habilidades atuais constituem a diferença que
representa uma necessidade de treinamento.

Na realidade, o diagnóstico de treinamento significa um esforço de


manutenção corretiva das carências de conhecimentos, habilidades, destrezas e
competências que são necessárias para o desempenho das atividades. As entidades
bem sucedidas se preocupam mais com a manutenção preventiva: antecipar-se a
essas carências, promovendo o treinamento antes - e não depois - que novos
conhecimentos, habilidades e competências se tornem necessários e
imprescindíveis.

PROGRAMAÇÃO DO TREINAMENTO

Feito o diagnóstico segue-se a terapêutica, ou seja, a escolha e a prescrição


dos meios de tratamento para sanar as necessidades e carências indicadas ou
percebidas. Em outras palavras, feito o levantamento das necessidades de
treinamento passa-se à programação do treinamento

Programar treinamento é estabelecer previamente os itens do quadro a seguir.

Cada um dos itens apresentados deve ser dimensionado para, no conjunto,


proporcionar condições de implementação do treinamento da maneira mais
eficiente e eficaz possível e, com isso, remover ou suprimir as necessidades de
treinamento ao custo mais baixo.

1. O que deve ser ensinado – Conteúdo do treinamento


2. Quem deve aprender – Treinando ou aprendizes
3. Como se deve ensinar – Métodos e recursos instrucionais
4. Quem deve ensinar – Treinador ou instrutor
5. Onde deve ser ensinado – Local de treinamento
6. Quando deve ser ensinado – Época ou periodicidade

Existem muitos recursos pedagógicos, didáticos e instrucionais que podem


ser utilizados como apoio ao treinamento. Destacam-se os recursos auditivos e
audiovisuais, que envolvem gravações de áudio, videoteipe, videocassete e
multimeios; recursos visuais, como slides, transparências, fotos, desenhos, quadro
de giz, imantógrafo (pincéis hidrográficos), flip chart, álbumn seriado (diversas
folhas impressas sustentadas por um cavalete), cartazes; teleconferências;
comunicações eletrônicas; e-mail; e tecnologia de multimídia.

Além do apoio dos recursos pedagógicos, a seleção de estratégias


instrucionais é outro passo importante. Estas podem ser mescladas às técnicas
individuais e grupais, dependendo da situação em questão. Dentre algumas
técnicas, podem ser utilizadas:

 Seminários: preparação prévia de um tópico para discussão, sendo que o


instrutor é responsável por organizar as discussões, levando o grupo a formular
algumas conclusões.
 Workshop: o instrutor apresenta informações e o grupo aplica as
informações a uma situação real, sob a supervisão do instrutor, aplicando-se ao
desenvolvimento de habilidades cognitivas, psicomotoras e afetivas.
 Técnicas de simulação: o comportamento a ser exibido após a
aprendizagem deve ser praticado adequadamente durante o processo de
instrução por meio de atividades práticas. A simulação pode ser de domínio
cognitivo, quando envolve a tarefa de solução de problemas de planejamento de
estratégias ou de tomada de decisões; de domínio psicomotor, que apresenta
como vantagens a eliminação dos perigos do treinamento em serviço e as
possíveis perdas da produtividade, proteção de equipamentos caros e sensíveis
contra o manuseio de pessoas inexperientes; de domínio reativo, que envolve as
reações frente a fenômenos sociais, desenvolvendo atitudes e valores; e as de
domínio interativo, que envolvem situações de conflito interpessoal ou de
autoridade/ responsabilidade para desenvolver habilidades interativas como
liderança, supervisão, entrevista.

 Estudo de caso: é uma forma de simulação voltada para o fornecimento de


oportunidades de participação no mesmo tipo de processo decisório que o
trabalho futuro exigirá. Os dados podem ser extraídos de casos reais, inventados
ou adaptados. Existem, aqui, dois pontos importantes a ser considerados:

a) evitar pensar numa única solução ideal, pois às vezes não existe solução ideal,
apenas aspectos positivos e negativos de cada solução possível;
b) analisar as decisões e o processo que foi seguido para tomá-las.

 Jogos: simula a realidade e envolve a competição entre os indivíduos, a fim


de aumentar o interesse e a motivação entre os participantes.
 Dinâmicas de grupo: utilizam a interação entre os membros do grupo como
principal meio de ensino. Envolve técnicas que promovem a solução criativa
de problemas complexos e técnicas que estimulam a auto-análise e o
aumento da sensibilidade.

 Aulas expositivas: o treinador apresenta as informações, enquanto os


treinandos adotam uma postura mais passiva, predominantemente como
ouvintes. A vantagem é que se consegue transmitir uma grande quantidade de
informações num curto espaço de tempo. A principal desvantagem é que as aulas
podem tornar-se cansativas, prejudicando o grau de absorção dos conteúdos.

IMPLEMENTAÇÃO DO TREINAMENTO

Constitui o terceiro passo do processo cíclico do treinamento. Refere-se à


aplicação da terapêutica planejada. Em outras palavras, significa a execução da
programação do treinamento nas pessoas ou nas áreas que apresentam sinais de
necessidade de treinamento.
Frequentemente, a execução do treinamento cabe ao gestor ou à própria
pessoa que apresente sintomas de necessidade de treinamento. Na realidade, o
treinamento é uma responsabilidade de linha e uma função de staff. A assessoria
de RH pode, em função do levantamento das necessidades, planejar ou projetar
uma programação de treinamento para que sua execução possa ser aplicada no
próprio local pelos gestores ou pelos servidores carentes. Ou ainda por meios
externos.

AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO TREINAMENTO

É a etapa final do processo. Serve para verificar se os sintomas


desapareceram ou se ainda persistem. Ou seja, se diagnóstico, terapêutica e sua
aplicação foram bem sucedidos ou se algum deles falhou. Da mesma maneira como
foi feito o levantamento das necessidades de treinamento em três níveis de análise,
a avaliação dos resultados deve cobrir igualmente o nível organizacional, o nível
departamental e o nível individual dos cargos e tarefas.

Muitos gestores se frustram com resultados sofríveis de certos programas de


treinamento. Quase sempre o gestor deixa de decidir sobre os resultados a alcançar
para então decidir como chegar até lá, ou seja, definir os objetivos do treinamento
e depois escolher a estratégia mais adequada para alcançá-los. O treinamento é um
meio para se chegar a um fim, mas não é o fim em si mesmo. O propósito da
entidade não é ter treinamento, mas pessoas treinadas e habilitadas. O treinamento
somente pode ser solicitado face a duas situações: há algo que a equipe não sabe
como fazer ou a equipe precisa estar apta a executar. Se a equipe já sabe como
fazer ou está apta a um determinado trabalho, não há necessidade de treinamento.
O treinamento por qualquer outra razão é totalmente desnecessário e não vai
melhorar nada. O treinamento é indispensável quando a equipe precisa saber algo
que não sabe.

FOCO NO DESEMPENHO

Mas, se o treinamento é um meio para alcançar determinado fim, qual é


afinal o seu objetivo fundamental? O desempenho das pessoas e da equipe. A
contribuição de cada pessoa ou equipe para o sucesso da entidade somente é
possível através do desempenho. O treinamento serve para melhorar o
desempenho e é através do desempenho que os objetivos e resultados são
alcançados.

O desempenho das pessoas e da equipe requer quatro condições conjuntas:

• Habilidade: se uma equipe não tem habilidade para executar, ela não pode fazer,
mesmo que receba prêmios, conselhos ou ameaças. As habilidades são desen-
volvidas e aprimoradas através do aprendizado e da prática. O treinamento está
atrás disso.
• Oportunidade para atuar: de nada adianta treinar se não se oferecer
oportunidade de desempenhar o que foi aprendido. Sem oportunidade não há
desempenho. A oportunidade de desempenhar envolve:
1. Permissão para atuar: se a equipe não pode fazer algo então não adianta
treinar. A permissão significa delegar autoridade ou eliminar barreiras ou dis-
criminações. Urna equipe treinada pode ser vítima de críticas ou gozações por
outras equipes. Além disso, quanto maior o tempo entre aprender e executar
tanto maior a probabilidade da habilidade aprendida ser esquecida. Se a
habilidade não for exercitada, ela vai se deteriorar.
2. Informação sobre expectativas: se a equipe não sabe o que se espera dela o
treinamento pode ser em vão. A equipe deve ser informada a respeito do que se
espera dela e das novas habilidades aprendidas.

3. Recursos necessários para o desempenho: de nada adianta treinar se a


equipe não tem o instrumental ou equipamento necessário. Sem o instrumento o
violonista não pode tocar uma música no violão.

• Auto-eficácia: refere-se ao julgamento que cada pessoa faz a respeito de


suas habilidades para fazer algo. A auto-eficácia não se refere às habilidades reais
que a pessoa possui, mas à percepção que ela tem a respeito do poder de suas ha-
bilidades. Pessoas com baixa auto-eficácia não acreditam que podem fazer coisas
que elas podem realmente fazer. E assim, correm o risco de nem ao menos tentar
fazer. O desenvolvimento de uma habilidade precisa ser acompanhado pelo
desenvolvimento de sua auto-eficácia. Mas fuja de pessoas com elevada auto-
eficácia e nenhuma habilidade para fazer algo. A prática do treinamento não é
suficiente quando deixa de incentivar a auto-eficácia das pessoas.
• Auto-eficiência: é a capacidade do individuo de influenciar o seu comportamento
em função dos seus objetivos.
• Ambiente de apoio: o treinamento requer um ambiente favorável que estimule o
desempenho desejado e desencoraja o indesejado. A equipe deve trabalhar com
encorajamento e confiança para poder ter condições de colocar em prática aquilo
que aprendeu.

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

É um conjunto de atividades relacionadas à identificação, mensuração e


gestão do desempenho das pessoas na organização.

Características:
• Deve ser comunicada
• Foco no comportamento
• Progressivo
• Impessoal
• Corretivo em vez de punitivo

Quem deve avaliar o desempenho: a avaliação do desempenho é um processo


de redução da incerteza e, ao mesmo tempo, de busca de consonância. A avaliação
reduz a incerteza do funcionário ao proporcionar retroação a respeito do seu
desempenho. Na realidade, a avaliação do desempenho deve mostrar ao
funcionário o que as pessoas pensam a respeito do seu trabalho e da sua
contribuição à organização e ao cliente.
Auto-avaliação do desempenho: nas organizações mais abertas e
democráticas, é o próprio indivíduo o responsável pelo seu desempenho e sua
monitoração, com a ajuda do seu superior. O superior fornece os parâmetros.

O gerente: na maior parte das organizações, cabe ao gerente a


responsabilidade de linha pelo desempenho dos seus subordinados e pela sua
constante avaliação e comunicação dos resultados. O órgão de RH entra com a
função de staff de montar, acompanhar e controlar o sistema, enquanto cada
gerente mantém sua autoridade de linha avaliando o trabalho dos subordinados
por meio do sistema.

A equipe de trabalho: nesta modalidade, é a própria equipe de trabalho que


avalia o desempenho de cada um de seus membros e programa com cada um as
providências necessárias para sua melhoria

A avaliação do desempenho pode ter os seguintes objetivos:


- adequação do individuo ao cargo;
- treinamento;
- promoção;
- incentivo salarial ao bom desempenho;
- melhoria das relações humanas;
- estimulo à maior produtividade, etc.

Vamos ver agora um resumo das principais técnicas e métodos de avaliação


de desempenho tradicionais, com suas vantagens e desvantagens:

a) Relatórios: Constituem os procedimento mais simples de avaliação de


desempenho. Têm lugar quando os chefes são solicitados a dar seu parecer sobre a
eficiência de cada empregado sob sua responsabilidade.
Vantagens: rapidez, favorecem a livre expressão e deixam documentada a opinião
emitida.
Desvantagens: são incompletos, favorecem o subjetivismo, podem deixar dúvida
quanto ao significado dos termos empregados e dificultam a tabulação dos dados
obtidos.
b) Escalas gráficas: É um formulário de dupla entrada, no qual as linhas
representam os fatores que estão sendo avaliados e as colunas o grau de avaliação.
Os fatores correspondem às características que se deseja avaliar em cada
funcionário e devem ser definidos de maneira clara, sintética e objetiva. Os graus
de variação indicam quão satisfatório é o desempenho do empregado em relação a
cada um dos fatores.
Vantagens: método simples, não exige treinamento intenso dos avaliadores, fácil
tabulação, apresenta mais objetividade que os relatórios.
Desvantagens: Apenas classifica os funcionários em bons, médios ou fracos, sem
oferecer maiores esclarecimentos acerca das necessidades de treinamento e
potencial de desenvolvimento.
c) Escolha forçada: Consiste em avaliar o desempenho dos indivíduos mediante a
escolha de frases que descrevem seu desempenho individual. O avaliador recebe
formulários organizados em blocos de duas ou quatro frases. Em cada bloco ele
deverá forçosamente escolher uma ou duas que melhor se aplicam ao desempenho
do funcionário.
Vantagens: é reconhecida como um método que proporciona resultados bastante
confiáveis, pois minimiza a influência da subjetividade do avaliador.
Desvantagens: sua elaboração é muito complexa e não proporciona maiores
informações sobre os pontos fortes do avaliado.
d) Distribuição forçada: consiste em colocar os funcionários em determinada
categoria e avaliá-los segundo determinado padrão. Esse método é muito limitado,
pois é baseado na comparação e tem como premissa que em um grupo sempre
haverá funcionários bons, ruins e médios. Como aplicar um método desse tipo em
uma ótima equipe sem cometer injustiças?
e) Pesquisa de campo: é desenvolvida com base em entrevistas feitas por
especialistas em gestão de pessoas aos supervisores. A partir delas avalia-se o
desempenho dos subordinados e procura-se identificar as causas do desempenho
deficiente, bem como propor ações corretivas.

Vantagens: é um método bastante abrangente, pois conduz a avaliação a um


entrosamento com treinamento, planos de carreira e outros processos de gestão de
pessoas.
Desvantagem: custo elevado para manutenção dos especialistas que realizam as
entrevistas e lentidão do procedimento.
f) Comparação binária: método em que cada indivíduo do grupo é comparado com
cada um dos outros elementos do grupo em relação a diversos fatores de
desempenho.
Vantagem: aplicação simples.
Desvantagens: muito baseado em comparação, esclarece pouco a respeito dos
comportamentos que caracterizam as diferenças individuais no trabalho.
g) Frases descritivas: apresenta semelhança com o método da escolha forçada.
Nele, o avaliador, de posse de um formulário contendo certo número de frases,
indica as que não e as que correspondem ao desempenho de seus subordinados. É
tido como um método pouco preciso.
h) Auto-avaliação: é o método pelo qual o empregado avalia seu próprio
desempenho. Pode assumir a forma de relatórios, escalas gráficas e até frases
descritivas. Só apresenta validade quando aplicado a grupos com notório grau de
maturidade profissional.
i) Incidentes críticos: consiste no destaque de características ou comportamentos
extremos (incidentes críticos), que são desempenhos altamente positivos ou
negativos. O método não leva em conta o desempenho normal, preocupa-se apenas
com os excepcionais, sejam eles bons ou ruins. Assim, os pontos fortes e fracos de
cada funcionários são levantados a partir de seus incidentes críticos.
j) Avaliação 360º
Nos métodos de avaliação tradicionais o funcionário é avaliado apenas pelo seu
chefe imediato. Quando muito, ocorre também uma auto-avaliação. Já a avaliação
360 graus inclui, além da autoavaliação, a avaliação dos pares, subordinados e
superiores. O funcionário costuma ser avaliado também por pessoas externas à
organização, como os clientes, fornecedores e parceiros.
l) Avaliação participativa por objetivos (APPO). Esse método de avaliação
participa ativamente o funcionário e o seu gerente. Esses métodos seguem seis
etapas:
 Formulação de objetivos consensuais: o desempenho deverá estar focalizado
no alcance desses objetivos e sua avaliação dependerá diretamente disso.
 Comprometimento pessoal quanto ao alcance dos objetivos conjuntamente
formulados: aceitação plena dos objetivos – se celebra uma espécie de contrato
formal ou psicológico – situação sino qua non.
 Negociação com o gerente sobre a alocação dos recursos e meios necessários
para o alcance dos objetivos: é uma forma de custo para alcançar os objetivos.
 Desempenho: o desempenho constitui a estratégia pessoal escolhida pelo
indivíduo para alcançar os objetivos pretendidos.
 Constante monitoração dos resultados e comparação com os objetivos
formulados: sempre que possível, o próprio avaliado deverá fazer sua auto-
avaliação, isto é, saber monitorar os resultados e compará-los com os objetivos
traçados.
 Retroação intensiva e contínua avaliação conjunta: muita informação de
retroação e, sobretudo, suporte de comunicação para reduzir a dissonância e
incrementar a consistência.

PROCESSO DE RECOMPENSAR PESSOAS

A administração de salários é o conjunto de normas e procedimentos que


visam a estabelecer e/ou manter uma estrutura de salários eqüitativa e justa na
organização. Se estabelece o salário em função do cargo, buscando regularizar e
reduzir a subjetividade das chefias na administração salarial.

A empresa efetuará sua política salarial buscando manter o equilíbrio:


• Interno: em relação aos demais cargos dentro da própria organização. É
alcançado através da avaliação e classificação de cargos (assentadas sobre um
prévio programa de descrição e análise de cargos);
• Externo: em relação aos mesmos cargos em outras empresas do mercado. É
alcançado através da pesquisa salarial.

Trabalho e salário

• O salário representa para as pessoas uma transação das mais complicadas, pois
quando uma pessoa aceita um cargo ela está se comprometendo a uma rotina
diária, a um padrão de atividades e a uma ampla faixa de relações interpessoais
dentro de uma organização, para tanto, recebendo salário.

O salário é a fonte de renda que define o padrão de vida de cada pessoa, em


função do seu poder aquisitivo.

Convém lembrar que, para o empregado, o trabalho é muitas vezes


considerado um meio para atingir um objetivo intermediário, que é o salário. Com
o salário, muitos objetivos finais podem ser alcançados pelo indivíduo.
• Para as organizações o salário representa a um só tempo, um custo e um
investimento. Custo porque o salário se reflete no custo do produto ou do serviço
final. Investimento, porque representa aplicações de dinheiro em um fator de
produção – o trabalho – como uma tentativa de conseguir um retorno maior a
curto ou a médio prazo.
Além disso, há que se ressaltar que, em uma organização, cada função ou
cada cargo tem o seu valor.

• Salário: é o valor efetivamente pago ao funcionário pelo seu trabalho


desenvolvido dentro da organização;
• Remuneração: é quanto o cargo vale de acordo como processo de avaliação do
mesmo;
• Salário Direto: é a quantia em dinheiro recebida pelo funcionário ao final de cada
mês;
• Salário Indireto: são benefícios concedidos aos funcionários pela empresa, que
acrescentam valores ao salário tais como: plano de saúde, pagamento integral ou
parcial de curso superior, pagamento de cursos de idiomas, fornecimento de tickets
restaurantes, tickets alimentação, pagamento integral ou parcial de escola para os
filhos doS funcionários, etc;
• Salário Nominal: é o salário bruto sem os devidos descontos:
- Representa o volume de dinheiro fixado em contrato individual pelo cargo
ocupado;
- Quando se tem uma economia inflacionaria, este salário, quando não é atualizado
periodicamente, sofre erosão.
• Salário Real: é o valor recebido pelo funcionário, após os devidos descontos.

Política salarial
É o conjunto (dinâmico) de princípios e diretrizes da empresa em relação à
remuneração dos empregados, levando em conta benefícios sociais, estímulos e
incentivos ao desempenho, oportunidades de crescimento, garantia de emprego,
etc,.

E tem como objetivo principal regularizar e reduzir a subjetividade das


chefias na administração salarial. Além de:

1) Remunerar cada empregado com o valor do cargo que ocupa;


2) Recompensá-lo adequadamente pelo seu desempenho e dedicação;
3) Atrair e reter os melhores candidatos para os cargos;
4) Ampliar a flexibilidade da organização, dando-lhe mobilidade de pessoal e
racionalizando o desenvolvimento e o plano de carreira;
5) Obter dos seus empregados a aceitação dos sistemas de remuneração adotados;
6) Manter equilíbrio entre os interesses financeiros da organização e a sua política
de relações com os empregados;
7) Facilitar o processamento da folha de pagamento.

Elaboração de plano de cargos e salários

O processo de descrição de cargos é uma oportunidade para que todos na


empresa, Diretores, Gerentes e todas as pessoas envolvidas nessa tarefa possam
repensar a organização e redefinir as responsabilidades de cada cargo, com o
objetivo de facilitar e melhorar o desempenho da pessoa que está no cargo ou que
venha a ocupá-lo.
Todas as empresas desejam uma estrutura de cargos enxuta. O segredo de
uma estrutura enxuta está em uma combinação da definição das atribuições dos
cargos de cada área com a alocação da pessoa certa para cada cargo.

A avaliação de cargos é uma técnica de "medição" da importância relativa de


cada cargo. O resultado dessa medição será utilizado para definir o salário ou a
faixa salarial para cada cargo na empresa.

Durante o processo de avaliação de cargos, os tomadores de decisão da


empresa têm a oportunidade de discutir e rever as responsabilidades de cada
cargo. É comum Diretores de determinada área ter uma ideia diferente das
atividades que um gerente de outra área deveria fazer.

No processo de avaliação de cargos são analisadas oportunidades para


melhorar o desenho dos cargos e uniformizar o entendimento de Diretores,
Gerentes e Supervisores em relação à estrutura de cargos de todas as áreas da
empresa.

Outro benefício importante desse processo é que todos têm uma visão clara
da natureza das tarefas de cada cargo. Essa percepção será valiosa quando se for
definir o perfil do cargo para propósitos como recrutamento e seleção, promoção,
treinamento etc.

O sistema de avaliação de cargos não decide sobre os salários das pessoas da


sua empresa. Quem decide é você ou as pessoas que têm a responsabilidade por
gestão na empresa. O sistema não toma decisões, apenas facilita, orienta e
fundamenta a tomada de decisões.

O sistema de avaliação de cargos não revoga a lei da oferta e da procura no


mercado de salários. Exatamente ao contrário, a avaliação de cargos existe para
que se possa conhecer que salário o mercado paga para determinado cargo,
considerando o nível de competência e desempenho da pessoa que está no cargo na
empresa.

As faixas salariais resultantes do processo de avaliação de cargos não são


uma camisa de força. São apenas um "guia" para movimentar os salários das
pessoas, com muita flexibilidade. Não é bom ter limites? Mesmo dentro de limites
pode-se ser flexível e criativo.

Para orientar as decisões das pessoas que têm a atribuição de definir ou


alterar salários dentro da empresa, é recomendável a definição de algumas regras
básicas sobre o funcionamento do Plano de Cargos e Salários.

As Normas e Procedimentos do Plano de Cargos e Salários devem ser


objetivos e definir claramente os critérios e passos para:
• salários de admissão;
• alterações de salários:
• promoções;
• transferências;
• reajustes de mercado;
Na conclusão do processo de desenvolvimento do Plano de Cargos e Salários,
a empresa terá:
• estrutura de cargos bem definida, permitindo melhorar organograma e a
funcionalidade de todas as áreas da empresa.
• faixa salarial para cada cargo, permitindo administrar o salário de cada
funcionário conforme o seu desenvolvimento técnico e desempenho no cargo.
• Regras claras sobre o funcionamento do Plano de Cargos e Salários, facilitando
a aceitação, por parte dos funcionários, das Políticas da empresa nessa área.

Planos de carreira

Possuir identidade com uma organização é, além de se comprometer com sua


visão, gostar de sua missão, de seus objetivos e considerá-la importante.

O plano de carreira está relacionado com os objetivos profissionais do


indivíduo e suas aspirações pessoais de carreira.

Um plano de carreira orienta, estabiliza e integra as experiências


profissionais de uma pessoa. O planejamento de carreira é um processo contínuo
de interação entre o empregado e a organização visando atender aos objetivos e
interesses de ambas as partes.

As finalidades de um plano de carreira são:

• facilitar a tomada de decisões dos gestores e das pessoas e proporcionar a


visualização das oportunidades de crescimento existentes na organização;
• auxiliar o desenvolvimento pessoal e profissional das pessoas e da organização
de forma global;
• funcionar como alicerce para as demais atividades pertinentes à gestão de
pessoas, como Recrutamento e Seleção e Treinamento e Desenvolvimento; e
• assegurar o dinamismo e a transparência para quem está seguindo as exigências
de um dado plano de carreira. Saber os requisitos de forma transparente funciona
como um forte estimulante.

As vantagens de utilização de um plano de carreira são:

• Retenção de talentos: as pessoas se sentem motivadas a prosseguir na própria


organização, gerando uma diminuição da rotatividade (turn-over) de pessoal.
• Movimentação de pessoal eficaz e eficiente: dificilmente pessoas incapacitadas
serão remanejadas, promovidas para exercer tal função.
• Identificação do perfil necessário: não só voltado para as necessidades atuais da
organização, mas também para as futuras necessidades.

Existem algumas limitações na utilização de um plano de carreira. Pré-


requisitos muito rigorosos podem vetar pessoas capacitadas que não se enquadrem
em algumas das exigências. Além disso, as pessoas deverão procurar se enquadrar
a essa nova realidade ou procurar outra organização que melhor se adapte à sua
competência. A necessidade de permanente atualização do processo garante que a
posição da empresa esteja condizente com a realidade mutante da organização.
Pré-requisitos para a implementação:

• Possuir políticas e normas direcionadas para o planejamento de carreira: o


plano de carreira pode ser reelaborado, o que sugere a revisão de políticas e
normas.
• Ter um sistema de administração de carreiras: uma estrutura de carreira
responsável pela solidez
• Ter meios e modos de gerir orientados para o crescimento mútuo: criar e
utilizar instrumentos de avaliação de potencial e desempenho das pessoas, para se
alcançar o objetivo de promover pessoas certas para os lugares certos. É função do
gestor de pessoas atuar energicamente, demonstrando que o plano de carreiras
deve ser entendido pela organização como uma proposta também de crescimento
profissional, com a qual todos ganharão não somente aumentos salariais.

ABSEINTEÍSMO

Absenteísmo é a soma dos períodos em que os funcionários de uma


organização ou empresa ausentam-se, seja por falta, atraso, faltas justificadas,
férias, doenças e licenças de toda espécie ou a algum motivo interveniente. O índice
de absenteísmo pode ser calculado através da fórmula:

Absenteísmo = Horas perdidas x100


Horas planejadas
Rotatividade
Também denominado turnover, pode ser conceituado com a troca de pessoal
entre a organização e seu ambiente (entrada e saída)

O índice de rotavidade pode ser calculado pela fórmula:

A + D
Rotatividade = 2 .
Efetivo médio
A = Admissões
D = Demissões / desligamentos

Efetivo médio = Efetivo inicial + Efetivo final


2

COMPETENCIA INTERPESSOAL

Na busca constante da conquista da competência, o primeiro momento é a


competência técnica, mas no convívio em grupo desperta-nos há a necessidade de
desenvolver outra competência, que envolve interação, em situações de trabalho ou
de atividades, exigindo de todos indivíduos envolvidos nesse processo de interação.
"O processo de interação humana é complexo e ocorre permanentemente
entre pessoas, sob forma de comportamentos manifestos e não manifestos, verbais
e não verbais, pensamentos, sentimentos, reações mentais e/ou físico-
corporais."(Fela, 2002)
A comunicação como forma comum na interação humana, mesmo que seja
verbal ou não verbal, é importante no processo de interação, na busca do
entendimento, de entender e ser entendido requer esforços, conhecimentos,
convivência com o outro, mas a percepção, o auto conhecimento e a auto percepção
nos facilitam auxiliar no conhecimento, no convívio com o outro e compreender
outro com suas diferenças individuais.
O relacionamento interpessoal é e sempre será muito complexo, pois somos
indivíduos com sentimentos, emoções, necessidades e por isso, quando nos
relacionamos com as pessoas, que podemos simpatizar, sentir atrações, antipatizar,
competir e nos afeiçoar. Essas reações constituem o processo de interação pessoal.
"Competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente com relações
interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às necessidades de
cada uma e à exigência da situação."(Fela, 2002)
A competência técnica para desenvolver busca-se cursos, especializações,
experiência e conhecimento literário específico, mas o desenvolvimento da
competência interpessoal está na meta primordial no treinamento de laboratório.
Os componentes da competência interpessoal: são a percepção e a habilidade.
A percepção precisa ser treinada, que nos faz trocar através de técnicas, vivências
e jogos, com uso de exercícios, de receber e dar feedback, proporcionando o
crescimento pessoal com a auto percepção, auto-aceitação, auto conhecimento,
instrumento esse que possibilita a percepção real dos outros e da relação
interpessoal vivenciada por nós. A habilidade engloba a flexibilidade perceptiva e
comportamental onde se ver a situação de vários ângulos e atuar de forma criativa,
inovadora e não rotineira, que assim permite o indivíduo o desenvolvimento da
capacidade criativa e o menos convencional e a habilidade de dar e receber
feedback com a finalidade de se construir um relacionamento interpessoal
autêntico.
O relacionamento também é considerado como um dos componentes, refere-
se a compreender a questão humana dos indivíduos, envolvidos e integrantes no
grupo, a dimensão emocional-afetiva, que não podendo destacar o conteúdo
cognitivo e a relação afetiva no relacionamento interpessoal, o equilíbrio desses
componentes, fará com que o relacionamento humano, de maneira que ao lidar
com as diferenças individuais cria um clima entre as pessoas, podendo o
relacionamento interpessoal tornar-se autêntico, duradouro e harmonioso.
A competência interpessoal desenvolvida, favorece aos integrantes de um
grupo e ao relacionamento interpessoal satisfatório, quando exercida tais atitudes:
-Respeito às diferenças individuais (aceitação do eu e o outro);
-Comunicação efetiva;
-Feedback (produtivo, dar e receber);
-Controle emocional (equilíbrio);
-Autoconhecimento (auto percepção, auto aceitação, auto crítica);
Começamos a constatar que, quem não sabe dialogar prejudica o
desenvolvimento dos outros e de si mesmo, tende a reter informações, subestimar
os participantes do grupo e incentivar o individualismo. A questão fundamental é
que o relacionamento com outras pessoas, passe pelo relacionamento consigo
mesmo. A competência interpessoal requer uma capacidade de percepção, de auto
percepção e de auto crítica. Quem segue num grupo sem olhar para si, tende a
abandonar-se e abandonar os outros e o grupo.

GESTÃO POR COMPETENCIAS


No mundo moderno, as organizações precisam se equipar com talentos e
competências para poder acompanhar a forte mudança e evolução. Saber alcançar
a competitividade não depende apenas de conquistar, reter, aplicar, desenvolver,
motivar e recompensar talentos, mas principalmente de gerir competências e
alcançar resultados significativos por meio delas.
Competência é a capacidade de utilizar o conhecimento para agregar valor e
fazê-lo acontecer na organização por meio da mudança e da inovação, mesmo em
situações desfavoráveis.
Competência significa a qualidade que uma pessoa possui e que é percebida
pelos outros. Não adianta possuir competências, é necessário que as outras pessoas
reconheçam sua existência. Elas são dinâmicas, mudam, evoluem, são adquiridas
ou perdidas.
A Gestão por competências é um programa sistematizado e desenvolvido no
sentido de definir perfis profissionais que proporcionem maior produtividade e
adequação ao negócio, identificando os pontos de excelência e os pontos de
carência, suprindo lacunas e agregando conhecimento, tendo por base certos
critérios objetivamente mensuráveis.
A correlação competências-resultados é altamente influenciada por variáveis
ambientais intervenientes.
Dica: A gestão por competências procura substituir o tradicional
levantamento de necessidades e carências de treinamento por uma visão das
necessidades futuras do negócio e de como as pessoas poderão agregar valor à
empresa.
Para Covey, as novas competências pessoais exigidas pelas empresas nos
novos ambientes de negócios são as seguintes:

1) Aprender a aprender: devem ter flexibilidade, apreensão e inovação.


2) Comunicação e colaboração: trabalho solitário e individual cede lugar ao
trabalho solidário e grupal.
3) Raciocínio Criativo e resolução de problemas: espera-se que os funcionários
descubram por si mesmos como agilizar e melhorar seu próprio trabalho.
4) Conhecimento tecnológico: o conhecimento está a serviço da equipe e não do
indivíduo isolado.
5) Conhecimento de negócios globais: a globalização está ampliando as fronteiras
do conhecimento das pessoas.
6) Desenvolvimento de liderança: capacitação das pessoas em termos de espírito
empreendedor e de liderança.
7) Autogerenciamento da carreira: as pessoas precisam assumir o compromisso de
assegurar que possuem as qualificações, o conhecimento e as competências
exigidas, tanto na atividade atual, como nas futuras.

Além disso, Stephen Covey garante: quem não der mais poder a seus
funcionários e não prepará-los melhor vai ter grandes dificuldades para enfrentar
a competição global. O novo paradigma deixa de ser o comando e o controle
autoritário e passa a ser o empowerment das pessoas e das equipes. Isso significa
alta confiança nas pessoas para que elas alcancem níveis elevados de criatividade,
inovação, qualidade, flexibilidade e velocidade. Confiabilidade é fundamental.
Covey propõe que as pessoas adotem os seguintes sete hábitos que as
ajudarão a ser cada vez mais eficazes:

1. Ser proativo: antecipar-se aos problemas. Este é um princípio de visão pessoal.


Ter responsabilidade e iniciativa.
2. Ter em mente o objetivo final: começar com o objetivo na mente e focar metas e
resultados. Este é um princípio de liderança pessoal.
3. Primeiro o primeiro: em primeiro lugar, o mais importante: estabelecer
prioridades e saber executá-las. Este é um princípio de administração pessoal.
4. Pensamento do tipo ganhar/ganhar com respeito mútuo e benefícios mútuos:
pensar sempre em vencer/vencer. Este é um princípio de liderança interpessoal.
5. Procurar primeiro compreender para depois ser compreendido: compreensão
recíproca. Este é um princípio de comunicação enfática.
6. Sinergia: saber ultrapassar conflitos e criar cooperação. Sinergizar é um princí-
pio de cooperação criativa.
7. Promover a renovação constante: isso significa mudar e mudar sempre para
melhorar continuamente, ou seja, afinar constantemente o instrumento. Este é um
princípio de auto-renovação equilibrada. É necessário recomeçar novamente de
dentro para fora.
Cada empresa precisa identificar, reunir e fortalecer suas competências para
poder competir com o sucesso. A identificação das competências organizacionais é
necessária para orientar as decisões quanto às atividades que são cruciais para o
sucesso da organização.
Categorias de competências
1) Competências essenciais: são as competências básicas e fundamentais para o
sucesso da organização em relação aos clientes, à sociedade e aos concorrentes.
Correspondem àquilo que cada organização sabe fazer melhor do que ninguém.
Cada organização precisa identificar e localizar as competências essenciais capazes
de levá-las ao sucesso.
2) Competências de gestão: são as relacionadas com a gestão de recursos –
financeiros, comerciais, produtivos, etc. Refere-se a como os recursos
organizacionais são utilizados e os processos mobilizados para obter os melhores
resultados. As competências e a gestão são fundamentais para sua eficiência
interna.
3) Competências organizacionais: são as relacionadas com a vida íntima da
organização. Referem-se ao aparato interno por meio do qual a organização se
articula e se integra para poder funcionar.
4) Competências pessoais: são as que cada indivíduo aprende e desenvolve em suas
atividades pessoais na organização. As organizações avaliam e definem quais são
suas competências essenciais – atuais ou exigidas – e daí, partem para suas
competências de gestão, competências organizacionais até chegar às competências
individuais por meio de um processo estratégico de desenvolvimento de competênci

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

Comportamento Organizacional:Motivação, Liderança e Desempenho.


Motivação
Em psicologia, motivação é a força propulsora (desejo) por trás de todas as ações
de um organismo.
Motivação é o processo responsável pela intensidade, direção, e
persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta.
A motivação é baseada em emoções, especificamente, pela busca por
experiências emocionais positivas e por evitar as negativas, onde positivo e
negativo são definidos pelo estado individual do cérebro, e não por normas sociais:
uma pessoa pode ser direcionada até à auto-mutilação ou à violência caso o seu
cérebro esteja condicionado a criar uma reação positiva a essas ações.

As Necessidades Humanas Básicas

A compreensão da motivação do comportamento exige o conhecimento das


necessidades humanas, por se tratar de um dos motivos internos mais importantes
que orientam o comportamento e o desempenho do indivíduo.

Em pesquisas realizadas por diversos autores, estudiosos da motivação


humana, constatou-se que existem certas necessidades humanas fundamentais e
também algumas cujas causas escapam ao próprio entendimento do homem. Essas
causas se chamam necessidades ou motivos e são forças conscientes ou
inconscientes que levam o indivíduo a apresentar um determinado
comportamento. Assim, a motivação se refere ao comportamento, que é causado
por necessidades de dentro do indivíduo e que é dirigido em direção aos objetivos
que podem satisfazer essas necessidades.

Ao longo de sua vida, o homem evolui por três níveis ou estágios de


motivação à medida que vai crescendo e amadurecendo, vai ultrapassando os
estágios mais baixos e desenvolvendo necessidades de níveis gradativamente mais
elevados. As diferenças individuais influem quanto à duração, intensidade e
fixação em cada um desses estágios; assim como na predominância de uma
necessidade sobre as demais.

Apesar dessas variâncias entre indivíduos ou grupos, temos uma forma de


generalização das necessidades humanas, estabelecidas através de categorias ou
hierarquia e propostas por estudiosos do assunto, como Maslow, por exemplo. A
hierarquia das necessidades segundo Maslow abrange:

• Necessidades Fisiológicas: ar, comida, repouso, etc.;


• Necessidades de Segurança: proteção contra o perigo ou provação;
• Necessidades Sociais: amizade, inclusão em grupos, etc.;
• Necessidades de Estimas: reputação, reconhecimento, auto-respeito, amor, etc;
• Necessidades de auto-realização: realização do potencial, utilização plena dos
talentos individuais, etc.

Segundo a teoria, as necessidades de nível mais baixo do indivíduo


precisam estar satisfeitas antes que ele pudesse se interessar pelas de nível
superior. Estudos feitos não sustentam claramente a questão da progressão nos
níveis hierárquicos, porém a sua grande contribuição é o reconhecimento e a
identificação da snecessidades individuais com o propósito d emotivar o
comportamento.
Motivação e Comportamento
O comportamento das pessoas dentro da organização é complexo, depende
de fatores internos (decorrentes de suas características de personalidade, como
capacidade de aprendizagem, de motivação, de percepção do ambiente externo e
interno, de atitudes, de emoções, de valores etc.) e externos (decorrentes do
ambiente que envolve as características organizacionais, como sistemas de
recompensas e punições, de fatores sociais, de políticas, de coesão grupal existente
etc.).

(CHIAVENATO, 1999), com a Teoria das Relações Humanas passou a


estudar a influência da motivação no comportamento das pessoas. Embora este
seja apenas um dos fatores internos que influenciam o comportamento humano, a
ele é dado tanta importância porque a motivação atua, em geral, sobre as
necessidades dos indivíduos, a fim de supri-las para atingir os objetivos, tanto
pessoais como organizacionais.

Essas necessidades humanas, tidas como forças ativas e impulsionadoras


do comportamento, apresentam uma enorme imensidão. Isso porque as pessoas
são diferentes entre si, possuem necessidades diferentes e estas, conseqüentemente,
produzem padrões de comportamento que variam de indivíduo para indivíduo.

Apesar de todas essas diferenças enormes, em pesquisas realizadas acerca


do comportamento humano, foi constatado que o processo que dinamiza o
comportamento humano é mais ou menos semelhante para todas as pessoas.

Baseando-se nos pressupostos de Chiavenato (1998, p. 76-77) podem ser


definidas três suposições para explicar o comportamento humano, das quais a
análise nos é válida, pois elas estão intimamente relacionadas com o processo de
motivação:

a) O comportamento humano é causado, ou seja, existe uma causalidade do


comportamento. Tanto a hereditariedade como o meio ambiente influem
decisivamente sobre o comportamento das pessoas. O comportamento é causado
por estímulos internos ou externos.

b) O comportamento é motivado, ou seja, há uma finalidade em todo


comportamento humano. O comportamento não é causal, nem aleatório, mas
sempre orientado e dirigido para algum objetivo.

c) O comportamento humano é orientado para objetivos pessoais. Subjacente


a todo comportamento existe sempre um impulso, um desejo, uma necessidade,
uma tendência, expressões que servem para designar os motivos do
comportamento.

Motivação e Desempenho

Sendo o comportamento humano fundamentalmente orientado por


objetivos, sejam eles conhecidos ou inconscientes, fica evidente a importância de se
associar atitudes motivacionais a esses objetivos.
Esses fatores motivacionais vão influir diretamente no comportamento do
indivíduo e, conseqüentemente, no seu desempenho dentro da organização.

Na verdade, tratam-se de três itens – motivação, comportamento e


desempenho – que se apresentam estreitamente ligados. O desempenho é uma
manifestação do comportamento humano nas organizações, podendo assim
também ser motivado pelo próprio indivíduo (motivos internos) ou pela situação
ou ambiente em que ele se encontra (motivos externos) (MAXIMIANO, 1995, p.
318).

Motivos internos

São as necessidades, aptidões, interesses e habilidades do indivíduo, que o


fazem capaz de realizar certas tarefas e não outras; que o fazem sentir-se atraído
por certas coisas e evitar outras; o que o fazem valorizar certos comportamentos e
menosprezar outros. Podem ser definidos ainda como os impulsos interiores, de
natureza fisiológica e psicológica, afetados por fatores sociológicos: necessidades,
frustração, aptidão, habilidades, atitudes e interesses.

Motivos externos

São os estímulos ou incentivos que o ambiente oferece ou objetivos que a


pessoa persegue porque satisfazem a uma necessidade, despertam um sentimento
de interesse porque representam a recompensa a ser alcançada.

 Frederick Herzberg

Os motivos externos podem ser divididos em duas categorias principais – o


trabalho e as condições de trabalho – segundo uma classificação feita numa teoria
proposta por Frederick Herzberg, que exerceu grande influência nos estudos sobre
a motivação (MAXIMIANO,1995, p. 318 e 326). Para Herzberg, a motivação das
pessoas depende de dois fatores:

a) Fatores Higiênicos: referem-se às condições que rodeiam o empregado


enquanto trabalha, englobando as condições físicas e ambientais do trabalho, o
salário, os benefícios sociais, as políticas da empresa, o tipo de supervisão recebido,
os regulamentos internos, as oportunidades etc.
b) Fatores Motivadores: referem-se ao conteúdo do cargo, as tarefas e aos
deveres relacionados com o cargo em si.

 Douglas McGregor
As teorias X e Y são duas visões opostas da natureza humana que se
repercutem no modo como devem ser geridos os colaboradores. Foram descritas
por Douglas McGregor, no final da década de 50.

Características da Teoría X

• Concepção tradicional de direção e controle;


• O ser humano tem uma aversão natural ao trabalho;
• A maioria da spessoas precisa ser controlada, dirigida, coagida e punida,
para que finalmente trabalhe;
• O homem é um ser carente, que se esforça para satisfazer uma hierarquia
de becessidades;
• O ser humano não consegue assumir responsabilidades;
• A participação dos funcionários é um instrumento de manipulção dos
mesmos;
• O líder adota um estilo autocrático

Características da Teoría Y

• ntegração entre objetivos A teoria de campo de Kurt


individuais e organizacionais; querer Lewin (CHIAVENATO, 1998) – que,
se esforçar fisicamente e mentalmente desde de 1935, já se referia em suas
no trabalho é uma atitude tão natural pesquisas sobre o comportamento
quanto descansar; social ao importante papel da
• A maioria das pessuas busca motivação – baseia-se em duas
naturalmente se auto-corrigir, para suposições fundamentais:
atingir os objetivos que propuserem
alcançar; a) O comportamento humano é
• O compromisso com um derivado da totalidade de fatos
objetivo depende das recompensas coexistentes.
que se espera receber com a sua b) Esses fatos coexistentes têm o
consecução; caráter de um campo dinâmico, no
• O ser humano não só aprende qual cada parte do campo depende de
a aceitar as responsabilidades, como uma inter-relação com as demais
passa a procurá-las; outras partes.
• A participação dos
funcionários é uma forma de Assim, afirma que o
valorizar suas potencialidades comportamento humano não depende
intelectuais como: imaginação, só do passado, ou do futuro, mas do
criatividade e engenhosidade; campo dinâmico atual e presente.
• O líder adota um estilo Esse campo dinâmico é o “espaço de
participativo. vida que contém a pessoa com seu
ambiente psicológico”. Foi Lewin que
instituiu o termo ambiente psicológico
• A teoria de Mc Clelland –
(ou ambiente comportamental) como
Estudando os fatores motivacionais,
sendo o ambiente tal como é
dividiu-os em três categorias:
percebido e interpretado pela pessoa
• Necessidade de realização:
e relacionado com as atuais
desenvolver tarefas e vencer desafios;
necessidades do indivíduo
• Necessidade de poder: (CHIAVENATO, 1998).
influenciar pessoas e sistemas
organizacionais;  Victor H. Vroom
• Necessidade de afiliação:
pertencer a um grupo e ser amado. O modelo contingencial de
motivação de Victor H. Vroom
 Teoria de campo de desenvolveu uma teoria da motivação
Lewin que reconhece a evidência de que
diferentes pessoas reagem de
diferentes maneiras, conforme a a solução de problemas, encontrar
situação em que estejam colocadas, desafios e atingir metas. As pessoas
enfatizando assim as diferenças querem sentir que seus esforços são
individuais. valorizados e que seu trabalho é o
diferencial que contribui para o
Segundo ele, existem três sucesso da empresa em que trabalha.
fatores que determinam em cada
indivíduo a motivação para produzir: O líder de hoje pode se
perguntar: “Quais as habilidades
a) Os objetivos individuais, ou seja, a essenciais que preciso ter para obter a
força do desejo de atingir objetivos. lealdade e o comprometimento da
b) A relação que o indivíduo percebe minha equipe? Como posso ser ainda
entre a produtividade e o alcance dos mais útil com cada pessoa do meu
seus objetivos individuais. time?”.
c) A capacidade de o indivíduo Responderei a essas questões
influenciar seu próprio nível de adiante, com a intenção de estimular
produtividade, à medida que acredita seu pensamento e suas ações,
poder influenciá-lo. desenvolvendo as habilidades
necessárias para adotar
 Teoria da expectação – Lawler comportamentos de liderança e ao
mesmo tempo se dar bem na prova de
Em seus trabalhos sobre Administração Geral, pois este tema é
motivação, Lawler encontrou fortes muito cobrado em concursos.
evidências de que o dinheiro pode
motivar o desempenho e outros tipos A fim de conquistar o
de comportamento, como o comprometimento de uma equipe, é
companheirismo e dedicação à necessário que o líder inspire – e não
organização. Porém, verificou-se que exija – respeito e confiança. Cada
o dinheiro tem apresentado pouca pessoa se compromete quando é
potência motivacional em virtude da tratada como se fizesse parte da
sua incorreta aplicação pela maior equipe – quando sabe que sua
parte das organizações contribuição é importante. Quando a
(CHIAVENATO, 1999). pessoa percebe que é considerada,
Em síntese, ele concluiu que o compreendida e reconhecida, sua
dinheiro pode ser poderoso percepção de comprometimento
motivador se as pessoas acreditarem cresce. Um líder que forma outros
haver ligação direta ou indireta entre lideres ensina que são seis os passos
desempenho e conseqüente aumento que criam condições para o
de remuneração. desenvolvimento da lealdade e do
Segundo Lawler, se essa comprometimento:
percepção for alcançada e
confirmada, as pessoas certamente 1. Comunicação franca e aberta
terão melhor desempenho tendo em 2. Envolvimento e potencialização dos
vista o resultado financeiro desejado. colaboradores
3. Desenvolvimento profissional e
Liderança pessoal dos colaboradores
Para o empregado de hoje, 4. Demonstrar o reconhecimento
ter sucesso significa alcançar a 5. Liderar com ética e imparcialidade
realização pessoal, social e financeira, 6. Promover o bem-estar no ambiente
ser interdependente, contribuir para de trabalho
A liderança nas empresas
Quando Fayol anunciou as pode ser de duas maneiras:
funções administrativas elas eram a) liderança decorrente de uma
representadas pela sigla POCCC função (cargo com autoridade de
(planejamento, organização, decisão)
comando, coordenação e controle). b) liderança como uma qualidade
Com o passar do tempo as funções de pessoal (conjunto de atributos e
comando e coordenação foram atitudes que tornam uma pessoa um
unificadas na letra D de direção. Esta líder.
função engloba atividades como a
tomada de decisão , a comunicação Teorias sobre liderança
com os subordinados, superiores e As teorias sobre liderança podem ser
pares, a obtenção, motivação e classificadas em três grandes grupos.
desenvolvimento de pessoal.
• Habilidade de delegar
1ª. Teoria dos traços de personalidade responsabilidade aos outros;
• Facilidade em supervisionar e
De acordo com esta teoria, já orientar pessoas;
desacreditada, o líder possuiria • Habilidade de estabelecer
características marcantes de prioridades;
personalidade que o qualificariam • Habilidade de planejar e
para a função. Essas características programar atividades em equipe.
eram: De acordo com os autores Hersey e
• Habilidade de interpretar Blanchard, somente eram líderes
objetivos e missões; potenciais quem possuía essas
• Facilidade em solucionar qualidades
problemas e conflitos;

2ª. Estilos de liderança

Esta teoria aponta três estilos de liderança: autocrática, democrática e


liberal. Ela está concentrada mais especificamente no modo como os líderes
tomavam decisões, e o efeito que isso produzia nos índices de produtividade e
satisfação geral dos subordinados.
AUTOCRÁTICA DEMOCRÁTICA LIBERAL
Apenas o líder fixa as diretrizes, As diretrizes são debatidas Há liberdade completa para as
sem qualquer participação do pelo grupo, estimulado e decisões grupais ou individuais,
grupo; assistido pelo líder; com participação mínima do líder;

O líder determina as providências e O próprio grupo esboça as A participação do líder no debate é


as técnicas para a execução das providências e as técnicas para pouca, esclarecendo que poderia
tarefas, cada uma por vez, na atingir o alvo solicitando fornecer informações desde que as
medida em que se tornam aconselhamento técnico ao pedissem;
necessárias e de modo imprevisível líder quando necessário,
para o grupo; passando este a sugerir duas ou
mais alternativas para o grupo
escolher. As tarefas ganham
nova perspectivas com os
debates;
O líder determina qual a tarefa que A divisão das tarefas fica a Tanto a divisão das tarefas, como a
cada um deve executar e qual o seu critério do próprio grupo e escolha dos companheiros, fica
companheiro de trabalho; cada membro tem liberdade de totalmente a cargo do grupo.
escolher seus companheiros de Absoluta falta de participação do
trabalho; líder;

O líder é Dominador e é "pessoal" O líder procura ser um O líder não faz nenhuma tentativa
nos elogios e nas críticas ao membro normal do grupo, em de avaliar ou de regular o curso
trabalho de cada membro. espírito, sem encarregar-se dos acontecimentos. O líder
muito de tarefas. O líder é somente faz comentários
"objetivo" e limita-se aos irregulares sobre as atividades dos
"fatos" em suas críticas e membros quando perguntado.
elogios.
produção foi simplesmente medíocre.
As experiências demonstram o As tarefas se desenvolviam ao acaso,
seguinte comportamento aos diferentes com muitas oscilações perdendo-se
tipos de liderança a que foram muito tempo com discussões mais
submetidos: voltadas para motivos pessoais do que
• LIDERANÇA AUTOCRÁTICA. O relacionadas com o trabalho em si.
comportamento dos grupos mostrou Notou-se forte individualismo
forte tensão, frustração e, sobretudo, agressivo e pouco respeito com
agressividade, de um lado, e, de outro, relação ao líder.
nenhuma espontaneidade nem
iniciativa, nem formação de grupos de • LIDERANÇA DEMOCRÁTICA.
amizade. Embora aparentemente Houve formação de grupos de
gostassem das tarefas, não amizade e de relacionamentos
demonstraram satisfação com relação cordiais entre os participantes. Líder
à situação. O trabalho somente se e subordinados passaram a
desenvolvia com a presença física do desenvolver comunicações
líder. Quando este se ausentava, as espontâneas, francas e cordiais. O
atividades paravam e os grupos trabalho mostrou um ritmo suave e
expandiam seus sentimentos seguro sem alterações mesmo quando
reprimidos, chegando a explosões de o líder se ausentava. Houve um nítido
indisciplina e de agressividade. sentido de responsabilidade e
comprometimento pessoal.
• LIDERANÇA LIBERAL. Embora a
atividade dos grupos fosse intensa, a

Grid Gerencial A preocupação com a


produção refere-se ao enfoque dado
Robert R. Blake e Jane S. pelo líder aos resultados, ao
Mouton (1989) procuraram desempenho, à conquista dos objetivos.
representar os vários modos de usar O líder com este tipo de preocupação
autoridade ao exercer a liderança empenha-se na mensuração da
através do Grid Gerencial. Esta quantidade e da qualidade do trabalho
representação possui duas dimensões: de seus subordinados.
preocupação com a produção e A preocupação com as pessoas
preocupação com as pessoas. diz respeito aos pressupostos e atitudes
do líder para com seus subordinados.
Este tipo de preocupação revela-se de procurem colaborar com entusiasmo
diversas formas, desde o esforço em (Blake e Mouton, 1989, p.14).
assegurar a estima dos subordinados e Cinco estilos básicos de uso de
em obter a sua confiança e respeito, até autoridade são definidos por Blake e
o empenho em garantir boas condições Mouton, eles criaram uma grade
de trabalho, benefícios sociais e outras gerencial para mostrar a preocupação
vantagens. com a produção e a preocupação com
O inter-relacionamento entre as pessoas são aspectos complementares
as duas dimensões do Grid Gerencial e não mutuamente excludentes. Os
expressa o uso de autoridade por um lideres foram dispostos em dois eixos, o
líder. eixo horizontal se refere à preocupação
Exemplo: Quando uma alta com a produção, enquanto o eixo
preocupação com as pessoas se associa vertical se refere à preocupação com as
a uma baixa preocupação com a pessoas. Cada eixo está dividido em
produção, o líder deseja que as pessoas nove graduações. A graduação mínima
se relacionem bem e sejam “felizes”, o é 1 e significa pouquíssima
que é bem diferente de quando uma preocupação por parte do
alta preocupação com as pessoas se administrador. A graduação máxima é
associa a uma alta preocupação com a 9 e significa a máxima preocupação
produção. O líder, aqui, deseja que as possível. A figura abaixo ilustra a grade
pessoas mergulhem no trabalho e gerencial.

Os cinco estilos do grid gerencial e seus significados.

ESTILO SIGNIFICADO PARTICIPAÇÃO FRONTEIRAS


INTERGRUPAIS
1.1 Mínima preocupação com Pouco envolvimento e Isolamento. Falta de
a produção e com as comprometimento. coordenação intergrupal.
pessoas;
1.9 Enfatiza as pessoas, com Comportamento superficial e Coexistência pacífica. Grupos
mínima preocupação com a efêmero. Soluções do mínimo evitam problemas para
produção; denominador comum. manter harmonia.
9.1 Preocupação máxima com Não há participação das Hostilidade intergrupal.
a produção e mínima com pessoas. Suspeita e desconfiança
as pessoas; mútuas. Atitude de
ganhar/perder.
5.5 Estilo meio-termo. Atitude Meio caminho e acomodação Trégua inquieta.
de conseguir alguns que deixa todos descontentes. Transigência, rateios e
resultados sem muito acomodação para manter a
esforço; paz.
9.9 Estilo de excelência. Ênfase Elevada participação e Comunicações abertas e
na produção e nas pessoas. envolvimento. francas. Flexibilidade e
Comprometimento das atitude para o tratamento
pessoas. construtivo dos problemas.
• (1,1): a preocupação mínima com a
Veja essa mesma grade mais produção e com as pessoas
detalhada e como é a maneira que cada caracteriza o líder que desempenha
líder pensa e atua: uma gerência empobrecida. Este tipo
de líder, em geral, adota uma postura
passiva em relação ao trabalho,
fazendo o mínimo para garantir sua que os outros não estejam cometendo
permanência na organização. erros. Não abro mão de minhas
"Faço o suficiente para ir opiniões, atitudes e idéias, mesmo que
levando. Aceito os fatos, as crenças e as isto signifique rejeitar os pontos de
posições que me são fornecidos. Guardo vista alheios. Quando o conflito surge,
minhas opiniões para mim mesmo, mas procuro atalhá-lo ou fazer valer minha
respondo quando solicitado. Evito posição. Dou grande valor a tomar
tomar partido, não revelando minhas minhas próprias decisões e raramente
opiniões, atitudes e idéias. Permaneço me deixo influenciar pelos outros.
neutro ou tento manter-me fora do Assinalo fraquezas ou o fracasso em
conflito. Deixo os outros tomarem suas corresponder às expectativas"
decisões ou me conformo com o que
quer que aconteça. Evito fazer • (5,5): o meio-termo, ou seja, a
críticas". preocupação média com a produção e
com as pessoas caracteriza o líder que
• (1,9): a preocupação máxima com as vê as pessoas no trabalho dentro do
pessoas e mínima com a produção pressuposto do homem
caracteriza o líder que faz do organizacional. Este tipo de líder
ambiente do trabalho um clube busca o equilíbrio entre os resultados
campestre. Este líder busca sempre a obtidos e a disposição e ânimo no
harmonia de relacionamentos, mesmo trabalho.
que tenha que sacrificar a eficiência e "Tento manter um ritmo
a eficácia do trabalho realizado. constante. Aceito os fatos mais ou
"Tomo a iniciativa de ações menos pela aparência e investigo os
que ajudem e apóiem os outros. fatos, as crenças e as posições quando
Procuro fatos, crenças e posições que surgem discrepâncias óbvias. Expresso
sugiram estar tudo bem. Em benefício minhas opiniões, atitudes e idéias como
da harmonia, não me inclino a quem tateia o terreno e tenta chegar a
contestar os outros. Acato as opiniões, uma concordância por meio de
atitudes e idéias dos outros, embora concessões mútuas. Quando surge um
tenha restrições. Evito gerar conflitos, conflito, tento encontrar uma posição
mas se ocorrerem, tento acalmar os razoável, considerada conveniente pelos
ânimos, a fim de manter todos unidos. outros. Procuro tomar decisões
Busco tomar decisões que preservem as exeqüíveis que os outros aceitem. Dou
boas relações e estimulo os outros a “feedback” indireto ou informal sobre
tomarem decisões sempre que possível. sugestões para aperfeiçoamento".
Encorajo e elogio quando ocorre algo
positivo, mas evito dar um 'feedback' • (9,9): a máxima preocupação com a
negativo". produção e com as pessoas
caracteriza o líder que vê no trabalho
• (9,1): a preocupação máxima com a em equipe a única forma de alcançar
produção e mínima com as pessoas resultados, estimulando assim, a
caracteriza o líder que se utiliza da máxima participação e interação
autoridade para alcançar resultados. entre seus subordinados na busca de
Este líder, em geral, age de maneira objetivos comuns.
centralizadora e controladora. "Exerço esforço vigoroso e os
"Exijo de mim e dos outros. outros aderem entusiasticamente.
Investigo os fatos, as crenças e as Procuro e confirmo as informações.
posições, a fim de manter qualquer Solicito e dou atenção a opiniões,
situação sob controle e certificar-me de atitudes e idéias diferentes das minhas.
Reavalio continuamente meus próprios Blake e Mouton
dados, crenças e posições bem como os caracterizaram este último estilo como
dos outros, a fim de estar seguro da sua o mais apropriado para conseguir os
validade. Julgo importante expressar objetivos das organizações. Os
minhas preocupações e convicções. treinamentos realizados por eles em
Reajo a idéias melhores do que as programas de Desenvolvimento
minhas, mudando meu modo de Organizacional visavam a fazer com
pensar. Quando o conflito surge, que os líderes adotassem o estilo (9,9).
procuro saber seus motivos, a fim de Entretanto, pesquisas empíricas têm
solucionar as causas subjacentes. Dou revelado que nem sempre este tipo de
grande valor à tomada de decisões estilo de liderança é o mais indicado
certas. Procuro o entendimento e o para a eficiência e eficácia dos
acordo. Encorajo o “feedback” de mão- resultados.
dupla a fim de fortalecer a
operacionalidade".
este como um todo, dependendo do
3ª. Teorias Situacionais de liderança. nível de maturidade das pessoas que o
mesmo deseja influenciar.
Nesta teoria o líder pode A Liderança Situacional não só
assumir diferentes padrões de liderança sugere o estilo de liderança de alta
de acordo com a situação e para cada probabilidade para os vários níveis de
um dos membros da sua equipe. maturidade, como indica a
A Teoria Situacional surgiu probabilidade de sucesso das outras
diante da necessidade de um modelo configurações de estilo, se o líder não
significativo na área de liderança, onde for capaz de adotar o estilo desejável.
é definido a maturidade como a Estes conceitos são válidos em qualquer
capacidade e a disposição das pessoas situação em que alguém pretende
de assumir a responsabilidade de influenciar o comportamento de outras
dirigir seu próprio comportamento. pessoas. Num contexto geral, ela pode
Portanto, entende-se como Liderança ser aplicada em qualquer tipo
Situacional o líder que comporta-se de organizacional, quer se trate de uma
um determinado modo ao tratar organização empresarial, educacional,
individualmente os membros do seu governamental ou militar e até mesmo
grupo e de outro quando se dirigirem a na vida familiar.

As principais teorias situacionais são:


A escolha dos padrões de liderança
Modelo Contingencial
Teoria do Caminho - meta

A escolha dos padrões de liderança

De acordo com essa teoria, para que o administrador escolha qual o


padrão de liderança que desenvolverá em relação aos seus subordinados, ele deve
considerar e avaliar três forças.

1. Forças no administrador, como:

a) seu sistema de valores e convicções pessoais;


b) sua confiança nos subordinados;
c) suas inclinações pessoais a respeito de como liderar;
d) seus sentimentos de segurança em situações incertas.

2. Forças nos subordinados, como:

a) sua necessidade de liberdade ou de orientação superior;


b) sua disposição de assumir responsabilidade;
c) sua segurança na incerteza;
d) seu interesse pelo problema ou pelo trabalho;
e) sua compreensão e identificação do problema;
f) seus conhecimentos e experiência para resolver o problema;
g) sua expectativa de participação nas decisões.

3. Forças na situação, como:

a) o tipo de empresa, seus valores e tradições, suas políticas e diretrizes;


b) a eficiência do grupo de subordinados;
c) o problema a ser resolvido ou a complexidade do trabalho;
d) a premência de tempo.

Da abordagem situacional, pode-se o grau de favorabilidade de uma


inferir as seguintes proposições: situação. Segundo Hersey & Blanchard
a) Quando as tarefas são rotineiras e (1986), Fiedler enumerou como
respectivas, a liderança é geralmente variáveis determinantes deste último,
limitada e sujeita a controles pelo chefe, as relações pessoais entre os atores
que passa a se situar num padrão de organizacionais, o modo de
liderança próximo ao extremo esquerdo estruturação dos processos de trabalho
do gráfico. e, ainda, o poder inerente à posição
b) Um líder pode assumir diferentes hierárquica do líder.
padrões de liderança para cada um de O autor modera orientações
seus subordinados, de acordo com as comportamentais com factores
forças acima. situacionais de modo a prever a eficácia
c) Para um mesmo subordinado, o líder da liderança. A eficácia tanto pode ser
também pode assumir diferentes conseguida com uma mais elevada
padrões de liderança, conforme a orientação para a tarefa como com uma
situação envolvida. Em situações em mais elevada orientação para o
que o subordinado apresenta alto nível relacionamento – dependendo do
de eficiência, o líder pode dar-lhe maior contexto organizacional.
liberdade nas decisões, mas se o Existem alguns factores que
subordinado apresenta erros seguidos e determinam a eficácia da liderança:
imperdoáveis, o líder pode impor-lhe relação líder-liderado, o grau de
maior autoridade pessoal e menor estruturação da tarefa e a quantidade
liberdade de trabalho. de poder, por exemplo.
Quanto melhor for a relação
 Modelo Contingencial de Fiedler líder-liderados, mais elevada for a
estruturação das tarefas e elevado o
O modelo contingencial de poder decorrente da posição ocupada
Fiedler enuncia que a liderança eficaz é pelo líder, maior será o controle ou
função da correlação do estilo do líder e influência que o mesmo pode ter.
 Teoria do Caminho – Meta As pessoas estão satisfeitas com
seu trabalho quando acreditam que ele
No cerne da Teoria do levará a resultados desejáveis e
Caminho–Meta encontra--se a noção de trabalharão mais se sentirem que esse
que o propósito primordial do líder é trabalho dará frutos compensadores. A
motivar os seus seguidores,, conseqüência desses presupostos para a
esclarecendo as metas e os melhores liderança é que os liderados serão
caminhos para alcançá—las. Essa motivados pelo comportamento ou pelo
abordagem está baseada na teoria da estilo do líder à medida que esse estilo
expectativa da motivação. ou comportamento influenciam as
expectativas (caminhos para a meta) e
Segundo a teoria do caminho-- as valências (atratividade da meta)
meta ou objetivos, os líderes devem (CHIAVENATO, 1999)
aumentar o número e os tipos de
recompensas aos subordinados.. Além Essa teoria propõem quatro
disso, devem proporcionar orientação e estilos de comportamento, que podem
aconselhamento para mostrar como permitir aos lideres manipularem as
essas recompensas podem ser obtidas.. três variáveis motivacionais: liderança
Isso significa que o líder deve ajudar os diretiva, encorajadora, participativa e
subordinados a terem expectativas orientada para a realização. Veja o
realistas e a reduzir as barreiras que quadro a seguir.
impedem o alcance das metas.

Estilos de comportamento da Teoria do Caminho Meta (WAGNER III E


HOLLENBECK, 1999, cap.9, p. 262)

Liderança Características
Diretiva O líder é autoritário. Os subordinados sabem exatamente o que é
esperado deles, e o líder fornece direções específicas. Os subordinados
não participam na tomada de decisões.
Encorajadora O líder é amistoso e acessível e demonstra uma preocupação genuína
com os subordinados.
Participativa O líder pede e usa sugestões dos subordinados, mas ainda toma as
decisões.
Orientada para a O líder fiza metas desafiadoras para os subordinados e demonstra
realização confiança em que eles atingirão as metas.

Edward Hollander sugeriu que Pode-se entender a liderança


o processo de liderança é mais bem apenas por meio de uma avaliação das
compreendido como a ocorrência de características importantes dessas três
transações mutuamente gratificantes forças e dos modos pelos quais
entre líderes e seguidores dentro de um interagem. A liderança transacional
determinado contexto situacional. está baseada em um processo de troca
Seu modelo é conhecido como modelo na qual o líder provê recompensas em
transacional. troca do esforço de seguidores e
desempenho (Bass & Avolio, 1993).
Liderança é a junção dos três vetores: Bass (1995) claramente identifica
liderança transacional como sendo
Líderes - Seguidores - Situações
baseado em troca material ou A teoria do autor citado se
econômica. refere aos talentos do líder. De acordo
com ele, o líder eficaz deve combinar
 Teoria da Liderança quatro talentos: o cognitivo, o social e
Transformacional político, intrapsíquico e ético.

Em essência, a liderança O talento cognitivo abrange a


transformacional é o processo de capacidade do líder de interpretar o
construção do comprometimento mundo para entender os objetivos da
organizacional através do empresa onde atua. O talento social e
empowerment dos seguidores para político envolve a capacidade de
acompanhar esses objetivos. Ocorre entender a empresa como um sistema
quando os líderes elevam os interesses social. O talento intrapsíquico está
de seus empregados garantindo a vinculado a capacidade de perceber sua
aceitação dos propósitos e da missão do importância como líder, seu poder e os
grupo e estimulam seus empregados a perigos ocasionados pelas suas paixões
pensar além de seus interesses em prol e ambições, e o talento ético se refere à
dos interesses da organização. capacidade de discernir o certo do
Considerando os lideres errado visando o sucesso da
transacionais, segundo Bass (1997), esse organização.
tipo de liderançaocorre quando o líder
utiliza autoridade burocrática, foco na TRABALHO EM EQUIPE
realização da tarefa, erecompensas ou
punições. A formação de uma boa equipe
Os lideres transformacionais que conquiste excelentes resultados tem
preocupam-se com o progresso e o sido uma busca cada vez mais
desenvolvimento de seus seguidores. freqüente em qualquer tipo de
Eles se preocupam em transformar os organização. A tradicional reunião de
valores dos seguidores para suportar a pessoas em busca de objetivos comuns,
visão e os objetivos da organização. Isso que, no passado, era chamada de
cria um clima de confiança no qual a equipe, hoje é entendida como sendo,
visão pode ser compartilhada. na verdade, apenas agrupamentos, ou
Bass (1997) afirma que a grupos. A verdadeira equipe é aquela
liderança transformacional, assim que possui objetivos claros, sabe
como o carisma, tornou-se um tópico exatamente onde deve chegar, cresce
popular na literatura recente sobre enquanto equipe, mas que respeita e
liderança nas organizações; alguns incentiva o crescimento de cada um dos
autores usam os dois termos seus componentes. Dessa forma, muito
indistintamente, enquanto outros fazem mais do que retratar o papel das
distinção entre ambos. Define líderes equipes na organização, se pretende
transformacionais basicamente em descrever os tipos de personalidade, de
termos do efeito dos líderes sobre os forma que se consiga uma formação,
seguidores. Os seguidores sentem através de uma melhor análise, de
confiança, admiração, lealdade e equipes de elevado desempenho, com
respeito com relação ao líder, estando personalidades que venham sempre a
motivados a fazer por ele mais do que somar.
originalmente é esperado.
O que é uma equipe?
 A teoria de Ritter
A equipe é um grupo primário,
em que seus participantes se conhecem, Tipos de equipes
relacionam-se diretamente, havendo
ainda uma unidade de espírito e de PARKER (1995) divide as equipes
ação. Quando focalizam-se as equipes, em três tipos específicos, cada qual com
verificam-se que os resultados que elas as suas características.
querem atingir são os objetivos da
organização. A equipe funcional é formada por
um chefe e seus subordinados diretos e
A equipe traz consigo a ação, a tem sido a marca da empresa moderna.
execução do trabalho, agrupando Questões como autoridade, relações,
profissionais de categorias diferentes, tomada de decisão, liderança e
complementando-se, articulando-se e gerenciamento demarcado são simples
dependendo uns dos outros para e claras.
objetivos comuns.
A equipe autogerenciável é um
Objetivos do trabalho em equipe grupo íntegro de colaboradores
responsáveis por todo um processo ou
As organizações que se baseiam segmento de trabalho, que oferece um
no trabalho em equipe buscam evitar produto ou serviço a um cliente interno
condições opressivas de trabalho e as ou externo. Em diferentes instâncias, os
substituem por processos e políticas membros da equipe trabalham em
que estimulam as pessoas a conjunto para melhorar as suas
trabalharem efetivamente para operações, lidar com os problemas do
objetivos comuns. Conforme dia-a-dia e planejar e controlar as suas
MOSCOVICI (1996) “...desenvolver atividades.
uma equipe é ajudar a aprender e a
institucionalizar um processo constante E a equipe interfuncional, às
de auto-exame e avaliação das vezes chamada equipe multidisciplinar,
condições que dificultam seu faz parte da silenciosa revolução que
funcionamento efetivo, além de atualmente vem assolando as
desenvolver habilidades para lidar organizações. PARKER (1995) diz que
eficazmente com esses problemas.” “...as possibilidades para esse tipo de
equipe parecem ser ilimitadas.
É necessário que uma equipe Encontro-as nos mais diversos ramos
possua objetivos, para que consiga se de atividade, desempenhando uma
manter e se desenvolver. Os objetivos gama de funções igualmente amplas,
são de suma importância para o até então praticadas isoladamente.”
trabalho em equipe, pois guiam as Ainda sob o enfoque de PARKER
ações dos participantes do grupo, que (1995), “...equipes interfuncionais estão
coordenam e planejam seus esforços. ajudando a agilizar o processo de
Servem ainda para delimitar critérios desenvolvimento de produtos, melhorar
para resolver conflitos interpessoais e o enfoque dado ao cliente, aumentar a
para a melhoria do trabalho, que passa capacidade criativa da empresa,
a ser constantemente avaliado, oferecer um fórum para o aprendizado
analisado e revisado. Os objetivos organizacional e servir de ponto único
quando imediatos têm maior de contato para clientes, fornecedores e
significado para a equipe. Devem servir outros envolvidos.”
como passos intermediários para os
objetivos principais. Estágio de desempenho de equipes
b) melhora na qualidade;
De acordo com KATZENBACH e c) melhora na qualidade de vida
SMITH (apud MOSCOVICI, 1996), a profissional dos funcionários;
curva de desempenho da equipe d) redução no nível de rotatividade de
permite classificá-la de acordo com o pessoal e absenteísmo;
modo de funcionamento em uma das e) redução no nível de conflito;
cinco posições: f) aumento na inovação;
g) aumento na flexibilidade; e
Pseudo-equipe: neste grupo, h) obtenção de economia de custos da
pode-se definir um trabalho, mas não ordem de 30% a 70%.
há preocupação com o desempenho
coletivo apreciável. Prevalece a É necessário aprender a trabalhar
individualidade. em equipe, sabendo-se que uma equipe
não começa a funcionar eficientemente
Grupos de trabalho: não existe no momento em que é criada.
estímulo para transformar-se em Conforme KOPITTKE (2000) “é
equipe. Partilham informações entre si, necessário um tempo para que a equipe
porém mantêm-se, de forma individual, se alinhe.” Num importante estudo,
as responsabilidades e objetivos. Não se feito nos anos 70, o psicólogo Tuckman
produz desempenho coletivo. identificou quatro estágios de
desenvolvimento de equipes que visam
Equipe potencial: existe intenção ao sucesso, conforme relata
de produzir desempenho coletivo. KOPITTKE (2000), sendo eles:
Necessita assumir compromisso quanto
ao resultado de grupo e requer a) formação: neste estágio, as pessoas
esclarecimentos das finalidades, ainda estão aprendendo a lidar umas
objetivos e abordagem de tarefa. com as outras; pouco trabalho é feito;
b) tormenta: tem-se uma época de
Equipe real: composta de pessoas difícil negociação das condições sob as
que, além de possuírem habilidades que quais a equipe vai trabalhar;
se complementam, se comprometem c) aquiescência: é a época na qual os
umas com as outras, através da missão papéis são aceitos (posse do problema)
e objetivos comuns e da abordagem de e as informações circulam livremente;
trabalho bem definida. Existe confiança d) realização: quando a execução do
entre os membros do grupo, assumindo trabalho atinge níveis ótimos (não há
responsabilidade plena sobre o mais problema).
desempenho.
Habilidades para o trabalho em equipe
Equipe de elevado desempenho:
equipe com membros profundamente As competências para um bom
comprometidos com o crescimento desempenho no trabalho em equipe
pessoal de cada indivíduo e com o diferem das competências necessárias
sucesso deles mesmos e dos outros. ao trabalho individual. Abaixo, estão
Possuem resultados muito além das explicitadas essas competências:
expectativas. Na análise de MANZ e
SIMS (1996), co-autores de Empresas a) cooperar: participar
sem chefes, instalando equipes de voluntariamente, apoiar as decisões da
elevado desempenho, tem-se: equipe, fazer a sua parte do trabalho;

a) aumento na produtividade;
b) compartilhar informações: manter e) encorajar os outros: dar crédito aos
as pessoas informadas e atualizadas colegas que tiveram bom desempenho
sobre o processo do grupo; tanto dentro como fora da equipe;
c) expressar expectativas positivas: f) construir um espírito de equipe:
esperar o melhor das capacidades dos tomar atitudes especiais para promover
outros membros do grupo, falando dos um clima amigável, moral alta e
membros da equipe para os outros com cooperação entre os membros da
aprovação. Apelar para a racionalidade equipe;
em situações de conflito e não assumir g) resolver conflitos: trazer à tona o
posição polêmica nesses casos; conflito dentro da equipe e encorajar
d) estar disposto a aprender com os ou facilitar uma solução construtiva
companheiros: valorizar a experiência para a equipe. Não esconder ou evitar o
dos outros, solicitar dados e interagir problema, mas tentar resolvê-lo da
pedindo e valorizando idéias; forma nas rápida possível.

As diferenças entre as mentalidades


Fatores Ênfase em "você" Ênfase em "nós"
Trabalho individual Trabalho por processos
Estrutura centralizado nos realizado por times semi-
departamentos autônomos
Poucos níveis para facilitar a
Hierarquia Rígida, com muitos níveis comunicação e agilizar a tomada
de decisões
O funcionário ganha projeção à
Baseada em cargos e em
Carreira medida que adquire mais
tempo de serviço
habilidades
Uma área ou pessoa é eleita As equipes multidisciplinares,
Execução de
para levar adiante um formadas por pessoas de diversos
projetos
projeto setores, assumem o projeto
As decisões sobre detalhes do dia-
Todas as decisões
a-dia do funcionário são tomadas
operacionais são de
Tomada de decisão por ele mesmo. A autonomia
responsabilidade do
acelera os processos e aumenta a
supervisor
produtividade
Baseada nas habilidades que
Baseada em cargos, tempo
Remuneração fixa agregam valor aos produtos da
de serviço e formação
empresa
Participação nos resultados
proporcional às metas alcançadas
Remuneração Não há participação nos
variável pelo time ou ao
variável resultados
cumprimento de projetos
individuais
Comunicação A comunicação é truncada, Estímulo à comunicação aberta
pois há dificuldade de entre todos os níveis. A internet
transmissão das tem sido o veículo mais utilizado e
informações entre os as reuniões viraram hábito diário
departamentos
Crença de que a
competição interna gera
lucros para a empresa
Diminuição da competitividade. As
Crença de que a promoções são baseadas nas
Competição competição interna gera habilidades adquiridas e, muitas
lucros para a empresa vezes, só acontecem com o
consentimento do grupo

COMUNICAÇÃO Quando um desses elementos não


ORGANIZACIONAL é respeitado, o processo de
Comunicação enfrenta problemas
Na comunicação, para que esta difíceis de serem diagnosticados, que
seja bem sucedida, com a emissão e podem trazer sérios danos aos objetivos
recepção correta das mensagens e e resultados da empresa.
utilizando os princípios básicos das
relações humanas; A identificação do receptor ou
público alvo é um dos passos
De acordo com Kotler (1998), tem fundamentais para uma Comunicação
nove elementos fundamentais para eficiente. Para quem estamos falando?
desenvolvimento de uma Comunicação Com quem estamos nos comunicando?
eficiente:
Na edição de 1999, O Guia
• Emissor – quem emite a mensagem apresentou uma relação das
para a outra parte; características de uma Comunicação
• Codificação – o processo de excelente:
transformar o pensamento em forma
simbólica; •é transparente;
• Mensagem – o conjunto de símbolos •é uma via de mão dupla, que funciona
que o emissor transmite; com a mesma eficiência de baixo para
• Mídia – os canais de Comunicação cima como de cima para baixo;
através dos quais a mensagem passa do •possui mecanismos formais que
emissor ao receptor; facilita a abertura da Comunicação
• Decodificação – o processo pelo qual o interna;
receptor confere significado aos •preocupa-se em informar o
símbolos transmitidos pelo emissor; empregado sobre tudo que pode afetar
• Receptor – a parte que recebe a sua vida;
mensagem emitida pela outra parte ; •informa aos empregados sobre fatos
• Resposta – as reações do receptor que podem mudar a empresa antes que
após ter sido exposto à mensagem; os jornais o façam;
• Feed Back – a parte da resposta do •A Comunicação interna também
receptor que retorna ao emissor; forma “embaixadores” da organização,
• Ruído – distorção ou estática não que são verdadeiros multiplicadores
planejada durante o processo de dos valores, atividades e produtos da
Comunicação, que resulta em uma empresa.
mensagem chegando ao receptor
diferentemente da forma como foi Tipos de Comunicação:
enviada pelo emissor.
Comunicação Pessoal - realizada A) HABILIDADES DE
face a face ou por meio do correio ou TRANSMISSÃO
do telefone, em que o receptor é citado
diretamente ou tem a oportunidade de 1. Usar linguagem apropriada e direta
responder ao emissor. Tem sido assim (evitando o uso de jargão e termos
nos encontros entre presidentes e eruditos quando palavras simples
diretores de empresa, diretores e forem suficientes).
gerentes, presidentes e operários e 2. Fornecer informações tão claras e
chefes de setor e subordinados. completas quanto for possível.
3. Usar canais múltiplos para estimular
Comunicação Impessoal - é a vários sentidos do receptor (audição,
mensagem sem contato direto, visão etc.).
realizada pela mídia impressa, 4. Usar comunicação face a face sempre
televisiva, radiofônica e visual como que for possível.
outdoor, cartaz e pôster.
B) HABILIDADES AUDITIVAS
Comunicação Descendente - se
ocupa, normalmente, da transmissão 1. Escuta ativa. A chave para essa
das políticas, normas e instruções de escuta ativa ou eficaz é a vontade e a
trabalho, dentre outras informações capacidade de escutar a mensagem
julgadas relevantes para o bom inteira (verbal, simbólica e não-verbal),
desempenho dos funcionários. e responder apropriadamente ao
conteúdo e à intenção (sentimentos,
Comunicação Ascendente - tem emoções etc.) da mensagem. Como
como principal objetivo manter os administrador, é importante criar
dirigentes informados sobre o que se situações que ajudem as pessoas a
passa na chamada “linha de frente” do falarem o que realmente querem dizer.
processo produtivo. Sua eficácia é
fundamental para que as decisões 2. Empatia. A escuta ativa exige uma
emanadas da cúpula possuam coerência certa sensibilidade às pessoas com
com as necessidades efetivas da quem estamos tentando nos comunicar.
organização e de seus clientes. Em sua essência, empatia significa
Comunicação Formal - é aquela colocar-se na posição ou situação da
que ocorre nas organizações em caráter outra pessoa, num esforço para
oficial, respeitando-se os trâmites entendê-la.
burocráticos pertinentes e utilizando-se
dos canais instituídos pelas autoridades 3. Reflexão. Uma das formas de se
superiores. aplicar a escuta ativa é reformular
sempre a mensagem que tenha
Comunicação Informal - ocorre recebido. A chave é refletir sobre o que
em paralelo à formal, envolvendo as foi dito sem incluir um julgamento,
conversas entre chefes e subordinados apenas para testar o seu entendimento
ou entre colegas em caráter não oficial, da mensagem.
não sistemático. Muitas vezes este tipo
de comunicação fica contaminado por 4. Feedback. Como a comunicação
boatos e fofocas. eficaz é um processo de troca
bidirecional, o uso de feedback é mais
COMO MELHORAR A uma maneira de se reduzir falhas de
COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL comunicação e distorções.
C) HABILIDADES DE FEEDBACK 4. Concentre-se no problema (evite
sobrecarregar o receptor com excesso
1. Assegurar-se de que quer ajudar (e de informações ou críticas).
não se mostrar superior). 5. Esteja preparado para receber
2. No caso de feedback negativo, vá feedback, visto que o seu
direto ao assunto; começar uma comportamento pode estar
discussão com questões periféricas e contribuindo para o comportamento do
rodeios geralmente cria ansiedades ao receptor.
invés de minimizá-las. 6. Ao encerrar o feedback, faça um
3. Descreva a situação de modo claro, resumo e reflita sobre a sessão, para
evitando juízos de valor. que tanto você como o receptor estejam
deixando a reunião com o mesmo
entendimento sobre o que foi decidido.

Prof. Giovanna Carranza

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