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1º Conferência de

Evangelização ao Ar Livre

Como ouvirão se não há quem pregue?

Igreja Cristã de Confissão Reformada


Ministério Chamados para fora
Dezembro - 2016
Programação

Início: 19hs

Coffee Break: 20:15

Retorno: 20:30

Término: 21:30

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A Soberana Eleição de Deus e a Evangelização

Vez por outra se ouve a idéia de que a eleição torna supérflua a ação evangelizadora.
Pergunta-se "Se o decreto da eleição é imutável e, portanto, torna absolutamente certa a
salvação dos eleitos, que necessidade têm elas do Evangelho? Os eleitos não vão ser salvos
mesmo, ouçam ou não o Evangelho?"

Esta pergunta levanta graves preocupações a respeito da missão da Igreja. É


particularmente pesada para cristãos evangélicos. Se a salvação pessoal é decidida
anteriormente, por um imutável decreto divino, qual é o sentido ou urgência do trabalho
de evangelismo?

A premissa desse argumento é inteiramente verdadeira. A eleição divina torna a salvação


dos eleitos inteiramente certa. Mas a conclusão derivada dessa premissa revela grave
incompreensão da soberania divina como expressa no decreto da eleição.

Enquanto que a eleição foi feita na eternidade, não se pode perder de vista a verdade de
que sua concretização é um processo que se dá no tempo, ou seja, dentro da história.
Muitos fatores tomam parte nesse processo. Um deles é o Evangelho. E por sinal é um
fator da maior significação.

Não se vá supor que o soberano decreto de Deus só se refere aos fins, com a exclusão dos
meios. Por mais ênfase que se dê, não será suficiente para expressar que Deus pré-
ordenou tudo que sucede. Tudo abrange meios, bem como os fins. Para ilustrar, Deus não
somente pré-determinou que dado fazendeiro colhesse este ano dez mil arrobas de trigo;
pré-determinou também que colhesse aquela quantidade como resultado de muito
trabalho duro. Do mesmo modo, Deus não decretou apenas que certo pecador herde a
vida eterna, mas decretou que esse pecador receba a vida eterna por meio da fé em Cristo,
e que obtenha a fé em Cristo por meio do Evangelho.

Evangelismo é nosso dever. Deus ordenou. Isso deveria ser suficiente para encerrar a
questão. Mas há mais. Evangelismo não é somente um dever; é também um privilégio.
Deus nos permite participar da maior obra da história humana, a obra da redenção. Ouça
o que Paulo diz sobre isso. Ele acrescenta o capítulo 10 ao seu famoso capítulo 9 de
Romanos.

Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em
quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão se não
há quem pregue? E como pregarão se não foram enviados? Como está escrito: Quão
formosos sãos os pés dos que anunciam coisas boas! (Rm 10.13-15).

Notamos a lógica da progressão de Paulo aqui. Ele lista uma série de condições necessárias
para as pessoas serem salvas. Sem que se enviem, não há pregadores. Sem pregadores, não
há pregação. Sem pregação, ninguém ouve o Evangelho. Sem ouvir o Evangelho, ninguém
crê no Evangelho. Sem crer no Evangelho, ninguém invocará a Deus por salvação. Sem
invocar a Deus por salvação, não há salvação.

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Para que os pecadores pudessem ouvir Sua voz, o Senhor escolheu usar pregadores como
Seu canal. “E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Romanos 10:14c). A palavra
traduzida como “pregue” (kerusso) refere-se literalmente ao uso de um arauto ou um
pregoeiro público. No mundo antigo – sem as conferências de impressa e a mídia moderna
– um rei enviava arautos, representantes oficiais, que publicamente proclamavam seus
feitos ou decretos. Os pregadores da Palavra de Deus são os arautos ou representantes
oficiais do Rei Jesus.

O apóstolo Paulo estava intensamente ciente de que esta é a função do pregador. E assim,
ele freqüentemente reivindicava coisas como estas:

• "Para este evangelho fui constituído um arauto" (2 Timóteo 1:11).

• "De sorte que somos embaixadores de Cristo, como se Deus rogasse através de nós” (2
Coríntios 5:20).

• "Cristo está falando através de mim” (2 Coríntios 13:3).

• "E nós também damos continuamente graças a Deus, pois, havendo recebido a palavra
de Deus, a qual ouvistes de nós, a aceitaram não como a palavra de homens, mas (segundo
ela é na verdade) como palavra de Deus, a qual opera em vós, os que credes” (1
Tessalonicenses 2:13).

Não se pode imaginar a soberania de Deus como se ela eliminasse a responsabilidade dos
homens. Como os mais cultos e competentes teólogos e filósofos se mostraram incapazes
de conciliar a soberania divina com a responsabilidade humana perante o tribunal da
razão, sempre se corre o risco de dar ênfase a uma delas em detrimento - ou mesmo com a
exclusão - da outra. Mas a Bíblia ensina as duas verdades com grande ênfase. Aquele que
aceita com humilde fé a Bíblia como a infalível Palavra de Deus, dará vigoroso destaque
tanto a uma como à outra. Portanto, o pregador do Evangelho tem de dizer ao pecador,
não apenas que a salvação é só pela graça soberana, mas também que, para ser salvo, ele
precisa crer em Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Por um lado, deve pregar que os
eleitos de Deus serão salvos com toda a segurança; por outro lado, deve proclamar a
advertência de que aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus
permanece sobre ele (João 3:36). Mesmo os eleitos precisam desta admoestação, pois faz
parte integrante do método que Deus adotou para levá-los à salvação.

Agora fica assegurada uma conclusão das mais significantes. Em vez de tornar supérflua a
evangelização, a eleição requer a evangelização. Todos os eleitos de Deus têm que ser salvos.
Nenhum deles pode perecer. E o Evangelho é o meio pelo qual Deus lhes comunica a fé
salvadora. De fato, é o único meio que Deus emprega para esse fim. "A fé vem pelo ouvir e
o ouvir pela palavra de Deus" (Romanos 10:17).

Observe-se que, por paradoxal que pareça, a eleição é universal. Certamente, a eleição é a
escolha de certas pessoas, dentre um maior número, para a vida eterna. Assim a eleição
reflete particularismo. Contudo, num sentido real, a eleição é universal. Deus tem os Seus
eleitos em todas as nações e em todas as épocas. A igreja é composta de "eleitos de toda
nação", e em nenhum período da história os eleitos pereceram na terra, e jamais acontecerá
isto no futuro. Deus quer que o Evangelho seja proclamado no mundo todo e em todo o
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tempo para que seja congregada a soma total dos eleitos. É bom repetir, pois: a eleição exige
a evangelização.

A mesma verdade pode-se ver de outro ângulo. A Escritura ensina que a eleição foi feita
com vistas às boas obras. Disse Paulo: "Somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as
boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Efésios 2:10).
E a Escritura ensina especificamente que a eleição foi feita com vistas ao testemunho. Disse
Pedro: "Vós sois raça eleita...a fim de proclamardes as grandezas daquele que vos chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pedro 2:9). Deus escolheu determinadas pessoas,
não só para irem para o Céu quando morrerem, mas também para serem Suas
testemunhas enquanto estiverem na terra. Digamos outra vez: a eleição exige a evangelização.

Eis outra conclusão igualmente significativa: a eleição assegura que a evangelização resulte em
conversões genuínas. O pregador do Evangelho não tem como dizer quem em seu auditório
pertence aos eleitos e quem não pertence. Mas Deus sabe. E Deus está pronto para aplicar
e abençoar Sua Palavra nos corações dos Seus eleitos para a salvação. O momento preciso
em que apraz a Deus fazer isso no caso de um eleito individual, não sabemos, mas é certo
e seguro que o fará antes da morte da pessoa. Exatamente tão certo como todos os eleitos
de Deus serão salvos, é certo que a palavra do Evangelho não tornará a Deus vazia (Isaías
55:11).

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Restaurando a Teologia da Evangelização

Michel Green, um dos mais conhecidos teólogos na área de missões que temos hoje no
mundo. Ele disse uma frase interessante num dos livros dele: 'Quase todo teólogo não
gosta de evangelismo, e quase todo evangelista não gosta de teologia'. Infelizmente essa é
uma verdade que constamos na prática.

Muitas pessoas entendem que a teologia é, na verdade, um empecilho na evangelização ou


obra missionária, porque a definem basicamente como polêmica em torno de temas
doutrinários difíceis e acham que teologia divide. Em vez de ficar discutindo teologia e
doutrina, deveríamos mesmo era cair em campo e fazer o que se deve fazer.

Na verdade, toda verdadeira teologia deveria desembocar em alguma atividade prática da


igreja, E toda verdadeira evangelização e obra missionária deveriam ter um arcabouço
teológico. Se a ação da igreja, ação missionária, evangelística, não tiver um embasamento
sólido nas escrituras, ela se torna simplesmente ativismo ou uma tentativa de fazer coisas
sem que se tenha uma razão por trás, uma motivação, um alvo, uma fundamentação
bíblica.

A nossa tarefa é exatamente essa: refletir sobre o que seria uma teologia de missões. O que
levou a igreja primitiva a enfrentar a morte, a perda dos bens da família, o nome, o que os
levou a sair por toda parte anunciando a chegada do Reino de Deus, na pessoa de Jesus
Cristo? E é aqui que começa exatamente a teologia das missões, ela começa na análise das
motivações, o porque deveríamos sair ao mundo anunciando a chegada do Reino de Deus,
conclamando as pessoas que se arrependam dos seus pecados e creiam em Jesus Cristo
para entrar nesse reino. Quando nós estudamos o Novo Testamento indagando a respeito
do que impulsionava os apóstolos, os evangelistas de igrejas em geral ao sair plantando
igrejas, abrindo novos campos de trabalho, anunciando a Cristo onde ele ainda não tinha
sido anunciado, nós percebemos que eles não fizeram isso por arroubos sentimentais,
espírito prozelitista, amor, popularidade, lucro ou fama.

Existe uma discussão hoje em dia na área de missões que é parecida com a discussão do
ovo e da galinha: quem veio primeiro? Alguns dizem que primeiro veio a missão, os
cristãos saíram anunciando o evangelho e à medida que iam anunciando, encontravam
dificuldades, perguntas eram levantadas e eles refletiam nelas e a teologia ia sendo
formada. Teologia a caminho.

Já outra linha entende que foi ao contrário. A igreja cristã já nasceu com um conjunto de
convicções teológicas, muito bem formadas, que era exatamente o motor da ação
missionária que os impulsionava a fazer missões, ou seja, missão é o resultado da teologia,
das convicções teológicas e não o oposto.

Talvez algumas pessoas esperariam que a primeira motivação da igreja primitiva fosse a
paixão pelas almas e que nós temos de ir ao mundo, porque temos paixões pelas almas
que estão se perdendo. Entretanto, quando estudamos os escritos apostólicos e demais

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escritos do Novo Testamento, percebemos que em primeiro lugar havia uma preocupação
com a glória de Deus.

Na carta aos Romanos, Paulo escreve na sua maior carta missionária, uma apresentação
sistemática do evangelho que prega, ele começa dizendo que a ira de Deus se revela do
céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça.
Que Deus se revela à humanidade através da criação, do que chamamos de revelação
natural, os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos.
Ele diz nos versos 19 e 20 que os atributos de Deus, sua glória, divindade, majestade são
conhecidos pelas coisas que Deus criou. No final do verso 20 ele diz que os homens são
indesculpáveis, Deus se revela na natureza mostrando sua glória, seu resplendor e
majestade de tal forma que ninguém pode apresentar como desculpa no dia do Juízo que
não sabia que existia Deus, glorioso e criador de todas as coisas. No verso 21 ele diz:
“Tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus”. Aqui está a preocupação
de Paulo, Deus não foi glorificado pelos pagãos como deveria ter sido, como criador,
majestoso, que se revela na natureza, não deram graças a Deus.

No verso 22 tornaram-se loucos. No verso 23, outra vez, a preocupação com a glória de
Deus; mudaram Sua glória incorruptível em semelhança da imagem de homem
corruptível. A preocupação de Paulo é: Deus, criador de todas as coisas, não está
recebendo a glória que a humanidade lhe deve, e esta não tem desculpa porque a glória de
Deus é manifesta. O que a humanidade fez? Mudou a glória de Deus, em vez de adorar e
honrar esse Deus, pratica a idolatria.

Como conseqüência, Paulo diz a partir do verso 24 até o final do capítulo 1: “Deus
entregou tais homens à imundícia do seu próprio coração”, foi a retribuição, o castigo de
Deus, foi entregar o mundo pagão às trevas cada vez maior. Pois eles mudaram a verdade
de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do criador, o qual é bendito
eternamente. E no verso 28 ele diz: “Eles desprezaram o conhecimento de Deus, por isso
Deus os entregou a uma disposição mental reprovável”. A preocupação de Paulo era
pregar o evangelho, anunciar o reino de Deus ao mundo pagão, à Espanha, não é tanto
porque ele sente compaixão daqueles que não conhecem a Deus e, portanto, vão morrer
sem o conhecimento do salvador, mas porque Deus não está sendo glorificado como
deveria, nem recebendo a glória que Lhe é devida, pois foi transmudada pela idolatria
ignorante dos homens. Essa é a motivação.

Nós vamos ao mundo anunciar o evangelho e chamar os homens ao arrependimento, para


virem a Cristo Jesus, não só primeiramente porque eles são pecadores e estão indo para o
inferno, mas porque o Deus da criação, o Senhor de todas as coisas, não está sendo
honrado, glorificado, obedecido e adorado como tem o direito de ser por toda
humanidade.

De forma que, se estamos motivados apenas pela paixão às almas perdidas, essa é uma
motivação menor, não é que deixa de ser nobre, verdadeira ou boa, mas ela é uma
motivação menor. Talvez a razão pela qual muita gente vai pro campo missionário,
começa como missionário, plantando igreja, como seminarista, como pastor e depois
desiste, é que nunca teve a motivação correta, faltava-lhe uma boa teologia missionária.

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Começou talvez pelos motivos errados, nunca entendeu o porquê anunciarmos o
evangelho ao mundo.

Quando Cristo deu a grande comissão para sua igreja, Ele aproximou-se dos discípulos e
disse: “todos os homens são pecadores e vão pro inferno, por isso ide, pregai o evangelho
a todas as nações”. Foi isso que ele disse? Claro que não. “Todo poder me foi dado no céu
e na terra, por tanto ide”, ou seja, a motivação que ele colocou diante da igreja foi essa: Eu
recebi todo o poder no céu e na terra, sou o Senhor sobre tudo e todos, vão ao mundo
anunciar isso, falar da minha glória e trazer os homens para debaixo do meu domínio, a
fim de que sejam meus discípulos.

A segunda motivação encontrada na Bíblia, que deve funcionar como base para nossa
teologia missionária, é a convicção que a igreja primitiva, apostólica tinha, de que estava
vivendo em dias de cumprimento das antigas promessas de Deus. Essa consciência que
estamos vivendo nos últimos dias, tem que fazer parte da nossa teologia missionária. Já
soou a última hora, o Reino de Deus está entre nós. Às vezes, a igreja não percebe isso e
fica colocando a última hora como sendo um evento futurístico, ou a se localizar lá na
frente na agenda de Deus mas, de acordo com o Novo Testamento, já foi inaugurado o fim
dos séculos, Deus está agindo no mundo, em salvação e julgamento que vai se consumar
no dia do Juízo, mas ele já esta fazendo isso hoje. Essa motivação fazia com que os
apóstolos e a igreja fossem por todo lugar levar as boas novas: o Reino de Deus está entre
nós, as promessas se cumpriram, o messias veio. Deus agora convida a todos que se
arrependam de seus pecados e se submetam àquele que um dia virá julgar os vivos e os
mortos. Sem esse pano de fundo de cumprimento das antigas promessas, a nossa
mensagem de boas novas ao mundo é vazia, ela se torna simplesmente um meio das
pessoas satisfazerem suas necessidades de imediato. Mas quando você proclama o
evangelho à luz do cumprimento das antigas promessas, está apresentando um plano
corrente de salvação, está dizendo às pessoas onde elas se encaixam no plano de Deus.
Você está mostrando uma base histórica firme em que elas possam ancorar sua fé,
conforme está revelado na Bíblia.

Primeiro eles percorriam as estradas romanas, anunciando o evangelho e organizando


discípulos nas principais cidades das províncias; o objetivo, segundo as palavras de Paulo
em I Coríntios 9:18-22, era salvar o maior número possível. E como que eles faziam isso? O
método era proclamar e ensinar as boas novas, não tinha substituto. Não queremos fazer
pouco de teatro, cantata, coreografia, exibição de filme ou qualquer outra coisa, não
queremos menosprezar. Mas o que estamos dizendo é que, biblicamente falando, não é
questão de estratégia e de método, é questão de teologia. Deus leva avante seu Reino
através de homens e mulheres que Ele levantou e capacitou e que anunciam a chegada do
Reino de Deus, esse é o método que encontramos. Paulo não conhece nenhum outro (I
Coríntios 2:10).

Neste sentido ele se via como pregador, mestre e onde ele chegava com os demais
apóstolos, organizava os convertidos em comunidades, batizava-os, elegia presbíteros,
supervisionava por um tempo, isso é o que você vê no Novo Testamento, que a missão e a
evangelização se centram na fundação de igreja, criar novas igrejas, a igreja vista como
sendo a expressão concreta desse novo povo, a nova humanidade em Cristo Jesus.

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A prática da Evangelização

1 - Primeiro, na pregação àqueles que nunca ouviram o evangelho antes, a mensagem deve
ser simplificada e pregada de tal forma que aqueles que ouvem entendam claramente o
que o evangelista está dizendo. Isso é especialmente difícil quando pregando a pagãos que
nunca ouviram sobre pecado, graça, redenção e tantas outras verdades do evangelho.
Lembremos aqui que Jesus, quando Ele pregou ao povo, o fez em parábolas, de forma que
mesmo aqueles que continuassem descrendo ouvissem e vissem o que Jesus estava
dizendo. Assim, em Suas parábolas Ele usou ilustrações tomadas da vida diária para
tornar as verdades do evangelho tão claras quanto possível a eles.

2- Segundo, esse tipo de pregação do evangelho abordará a audiência como pessoas não-
salvas, mostrando-lhes a necessidade de arrependimento e fé em Jesus Cristo como o
único caminho de salvação. O pregador rogará e persuadirá aqueles que ouvem,
pressionando sobre eles as demandas do evangelho e a urgência de sua própria
necessidade (2Co. 5:18-21, cf. também Mt. 3:7-12).

3 - Terceiro, a pregação missionária envolve sair para pregar aos perdidos (Mt. 28:19). Já
apontamos que a igreja é vista na Escritura como a reunião dos crentes e seus filhos, e que
a presença de incrédulos é considerada como algo incomum e excepcional (1Co. 14:23).
Portanto, a igreja não deve tentar desempenhar seu chamado para se engajar em missões
mantendo um “culto evangelístico” a cada noite do Dia do Senhor.

Por um lado, a soberania de Deus manda limitar os meios de evangelismo à pregação. Tão
importante quanto tais coisas possam ser, obra medicinal, educação, construções e
agricultura não são evangelismo, e não constituem o chamado da igreja no que concerne
ao seu engajamento em evangelismo. Na Escritura não existem tais coisas como
missionários médicos ou agricultores. Essas coisas podem e mesmo devem ser feitas
juntamente com a obra de evangelismo, mas não são a obra da igreja, nem alguém deve
ser ordenado e enviado pela igreja para fazê-las.

Assim, também, enfatizaríamos a verdade bíblica que o evangelismo é a obra da igreja,


não de sociedades ou entidades missionárias. O mandamento para pregar o evangelho é
um mandamento que Cristo deu à Sua igreja e a ninguém mais (Mt. 28:19-20).

Ao pregar o evangelho tanto na igreja como no campo missionário, o evangelista


(pregador) deve entender que a pregação tem um propósito duplo. Esse propósito é a
salvação dos eleitos de Deus e o endurecimento e condenação do restante (Rm. 9:18, 11:7,
2Co. 2:14-17).

O objetivo do evangelismo nem mesmo é pregar a todos. Tanto no Antigo como no Novo
Testamento o evangelho é enviado por Deus quando e onde Ele quer (Atos 16:6-8).Nosso
Deus soberano determina também quando e onde o evangelho será pregado.

Na obra do evangelismo a igreja de Jesus Cristo, em obediência ao Seu mandamento, para


a glória de Deus, e para a salvação dos eleitos de Deus, deve buscar e orar: pela
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oportunidade de pregar o evangelho (Cl. 4:3-4, 2Ts. 3:1), por homens para pregá-lo (Mt.
9:37-38) e por fruto na obra da pregação (Rm. 10:1). E, quando Deus graciosamente dá os
meios, homens e a oportunidade, então ela deve usar essa oportunidade ao máximo.

Todo aquele que invocar o nome do


Senhor será salvo. Como, porém,
invocarão aquele em quem não
creram? E como crerão naquele de
quem nada ouviram? E como ouvirão
se não há quem pregue? E como
pregarão se não foram enviados?
Como está escrito: Quão formosos
sãos os pés dos que anunciam coisas
boas! (Rm 10.13-15).

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Referências Bibliográficas:

Henry, Carl F. H. Entrevista com o Dr. Martyn Lloyd-Jones. Revista Christianity Today.
Entrevista publicada em 1980 (um ano antes da morte de Lloyd-Jones).

Hanko, Rev. Ronald. Evangelismo e a Fé Reformada. Covenant Reformed News, Volume


5, Issues Number 18-22.

Packer, J. I. Como Ouvirão? Revista Os Puritanos.

Lopes, Rev. Augustus Nicodemus. Restaurando a Teologia da Evangelização. Revista


eletrônica: http://www.monergismo.com/textos/evangelismo/teologia_evangelizacao.
htm.

Kuiper, R. B. Deus e o Zelo pela Evangelização. Extraído de "Evangelização Teocêntrica",


de R.B. Kuiper, Editora PES.

Kuiper, R. B. A Soberana Eleição de Deus e a Evangelização. Extraído de "Evangelização


Teocêntrica", de R.B. Kuiper, Editora PES. Páginas 23-33.

Wilson, Larry. Evangelismo Eficaz. Revista eletrônica:


http://www.monergismo.com/textos/evangelismo/evangelismoeficaz.htm.

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