A arquitetura em Portugal foi, como na maioria das nações européias,drasticamente
influenciada pelos movimentos culturais e esteticistas que caracterizaram as várias épocas da História da Arte, o que resultou em um rico legado patrimonial.
História da arquitetura em Portugal
A história da arquitectura portuguesa começa ainda na Idade do Bronze quando as
primeiras aldeias começam a surgir de forma minimamente organizada, com casas, assembleias, balneários e muralhas em seu redor. Nessa época apareceram os Lusitanos. Foi depois, no séc.III, com a ocupação romana, que as primeiras cidades começaram a crescer de forma organizada com inúmeros edifícios públicos e estradas pavimentadas que melhoram as comunicações em certas partes. Após a queda do Império Romano do Ocidente o panorama artístico ficou quase esquecido. Apenas no séc.VIII, com a invasãomuçulmana a arte voltou a ser praticada de forma mais organizada e uniforme. Mesquitas e palácios apareceram nas principais vilas e cidades do país. Contudo no séc.XII começou a Reconquista. Transformaram-se as mesquitas em igrejas, como se fez com a Mesquita de Mértola, e de forma progressiva passou-se para o românico. As grandes igrejas pesadas começaram a povoar o território até que o gótico, e depois o Manuelino as tranformaram em edifícios mais esbeltos e decorados. No séc.XVI, chega de Itália o renascimento, que começa a racionalizar todas as formas, e os edifícios ficam mais pragmáticos em detrimento da sua decoração. De forma natural passa-se para o maneirismo que segue os passos da arquitectura renascentista. A Igreja de São Vicente de Fora é um dos melhores exemplos desse tempo. Nesta época, e desde o românico, a principal produção da arquitectura eram as igrejas, e assim seria até ao rococó. No barroco, séc.XVIII as igrejas e conventos tornam-se mais luxuosos e ornamentados, exemplo disso é o Convento de Mafra. No início do séc.XIX vêm influências de vários países europeus que culminam no neoclassicismo. Poucas décadas depois aparece, como reacção, o romantismo. A Estação do Rossio ou o Palácio da Pena são obras românticas. No final desse mesmo século, os engenheiros tomam contam dos projectos com a arquitetura de ferro. O Elevador de Santa Justa é exemplo disso. A arte nova e a arte déco tiveram pouco expressão em Portugal. Mais tarde, durante o Estado Novo, foi aplicada uma arquitectura mais contida, mas sobretudo funcional. Com o fim da ditadura, e abertura ao meio internacional, a arquitectura enriqueceu o seu espólio tanto em quantidade como em qualidade. Na actualidade destacam os arquitectos portugueses Álvaro SizaVieira, Eduardo Souto de Moura, Fernando Távora, Gonçalo Byrne, entre outros.