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A IGREJA E SEU PAPEL NA SOCIEDADE PÓS MODERNA!

Ao introduzir este estudo, faço minhas as palavras de Francis Schaeffer


quando introduziu seu livro “A morte da razão”:

“Sempre que alguém pretende passar algum tempo no exterior,


esperamos que esta pessoa aprenda a língua do país de destino. Mais
ainda isso se faz necessário se quiser comunicar-se de fato com as
pessoas com as quais estará convivendo. Teria que aprender ainda
outra linguagem – a das formas de pensamento das pessoas daquele
país. Somente assim ele terá real comunicação com elas e para elas.
Assim é a Igreja Cristã. Sua responsabilidade não se limita aos
princípios básicos da fé cristã, pautados pelas escrituras; cabe-lhe
ainda a comunicação destas imutáveis verdades dentro da geração na
qual ela vive.
...Se quisermos comunicar a fé cristã de forma eficiente,
precisamos conhecer e compreender os modos de pensar de nossa
própria geração...”

É assim que devemos nos portar em face ao nosso cotidiano. Conhece-


lo primeiro para posteriormente evangeliza-lo e desempenhar nosso papel na
sociedade hodierna.
Para podermos entender um pouco de nossa sociedade, creio que
devamos dividi-la de forma que a possamos compreender melhor em: Moral,
Social e Espiritual. Com toda a certeza, não poderemos ter um estudo
exaustivo sobre a sociedade em geral, mas uma base para podermos ver a
imensidão de nosso desafio.

1 . MORAL

De acordo com o dicionário da língua portuguesa “Aurélio”, moral


significa: Conjunto de regras de conduta ou hábitos julgados válidos, quer
universalmente, quer para grupo ou pessoa determinada; O conjunto de nossas
faculdades morais, brio, dignidade.
(0) em seu livro () exemplifica bem o que significa moral:

“Formalmente a coragem é melhor que covardia e a amizade é um


valor desejável para os membros de um grupo. No entanto, a coragem e
a amizade tem apenas um valor formal cujo conteúdo pode variar.
A coragem do guerreiro da tribo é diferente da coragem do
burocrata urbano desafiado, por exemplo, pelos riscos da corrupção.
Da mesma forma a amizade é sem dúvida um valor universal, mas sua
expressão varia conforme os costumes”.
Podemos perceber então que a moral, é o que torna a nossa sociedade
habitável do ponto de vista físico e social, ela faz com que a sociedade
subsista, mantenha sua integridade e se desenvolva. Em tese, ela existe para
que vivamos melhor. Mas o que fazer quando estes valores são abandonados
ou tomados co negligencia? Como proceder quando os valores são dados a
alguém pelo que ele tem, não pelo que ele é ou faz?
O teólogo luterano Gottfried Brakemeier comenta sobre isto: “(...) nada
justifica a pessoa de modo mais rápido e eficiente de que o capital, a raça e a
capacidade produtiva.”
São coisas que vemos todos os dias e que muitas vezes não paramos
para pensar. A dignidade do homem tem sido roubada pelo espirito consumista
que tem coisificado o homem. Você já deve ter percebido a maneira como são
justificadas as atitudes das pessoas que tem muito dinheiro; isto é feito pelo
que elas tem! Em uma de minhas crônicas para a matéria de jornalismo, creio
que devo ter expressado o mesmo sentido quando disse:

“...Quando nos damos conta de que o que mais vale na sociedade


de hoje é o que temos e não o que somos; que o que justifica nossos
atos é nossa posição ou nosso dinheiro; que quem prevalece é o
injusto; que a justiça humana é baseada somente em princípios
humanos, mutáveis e adaptáveis aos mais favorecidos...”

Não há como comentar sobre este assunto sem usar uma linguagem
que parecerá exagerada ou dramática, mas é o que temos visto por aí todos os
dias.
Você já parou para pensar onde tem sido fundamentados seus conceitos
morais? O mundo hoje esta em um modismo que vem pronto em pacotes pela
televisão. Jovens vestindo-se como personagens da novela tal; outros agindo e
falando como o “fulano” do seriado “Y”; casais separando-se porque na
televisão também aconteceu o mesmo. Os valores tem sido ensinados por
pessoas que não tem um mínimo do senso de dignidade. Como dissera Luiz
Sayão em seu livro “Cabeças Feitas”: “Estamos num país onde os “mamonas
assassinas” foram os maiores vendedores de discos! O “Tchan” torna-se a
moda popular. Tiririca vende mais disco do que Toquinho ou Chico Buarque. É
o elogio do deboche!”
Qual nossa posição ante a tudo isto? Temos feito a onda ou ido com a
onda? Temos sido diferença em meio a tantas diferenças ou temos ido com a
multidão?
É triste ver a migração do “pensamento do mundo” para dentro de
nossas igrejas. Braulia Ramos em sua crônica a revista Ultimato
(setembro/outubro de 2005), intitulada “O impeachment de mim mesma” definiu
bem isso quando disse:

“ O povo evangélico e o governo são irmãos por parte de mente...


- A responsabilidade pelo que em acontece é sempre dos outros:
do diabo, das elites, do presidente e das classes dominantes...
- Ninguém pode mudar seu próprio destino, isto cabe ao estado,
às instituições ou a luta de classes.
- Pobreza não tem nada a ver com moralidade ou com esforço
próprio. Quem é rico é intrinsecamente culpado por ter, mas o pobre é
sempre uma vítima do sistema.
- Não há maneiras honestas de se enfrentar o sistema, já que a
honestidade é mera ilusão. No meio político só se lida com ele
corrompendo-o, torcendo-o manipulando-o.
Se eu cumprir minhas obrigações religiosas com diligencia, não
importa o muito como eu vivo...O que me faz um bom cristão é o quão
religioso sou (se sei orar e pregar) e não se sou justo trabalhador e
honrado...meu sim poder ser meu não, depende de quanto vou levar”.

Por diversas vezes podemos observar estes sintomas de mundo em


nossos irmãos. Mas de onde vem este pensamento? Você já parou para
pensar quem o colocou em sua cabeça?
Vemos um estilo de pensar de uma filosofia “sadista” que acredita que o
“que é;certo é” Como acreditava o Marques Sades (1740-1814): “O homem é
uma máquina mesmo, com o tempo ele vai mostrar o que é (...) somos apenas
um mecanismo então moral já não importa (...) moral é manipulação.”, e ele
explicitava bem este pensamento com seus gestos. A liberdade tem sido a luta
dos jovens. Mas liberdade para que? Liberdade por liberdade? Rousseau
também cria neste dever de luta pela liberdade total; sem barreira, livre! O que
pode-se alcançar com esta obsessão, é a escravidão pelo desejo da mesma,
por que “somos livres para servir”. Liberdade não é poder fazer tudo o que lhe
vier a mente; é poder sim fazer tudo, mas fazer somente o que irá agradar
aquele que morreu para que você fosse livre, Jesus;
É aí que vejo a necessidade de usarmos nossas mentes cristãs. Ser
cristão não é praticar um suicídio intelectual. O Apóstolo Paulo quando fala aos
Romanos no capítulo 14.5, diz “..Cada um tenha opinião bem definida em sua
própria mente”.
Vivemos no mundo sim, mas podemos fazer como aconselhou Paulo
aos coríntios em 7.31 “e os que se utilizam do mundo, como se dele não
usassem; porque a aparência deste mundo passa.”

2. SOCIAL

Se houve alguma atitude que Jesus incentivou foi o amor ao próximo.


Ele sabia que todos nos precisamos ter relacionamentos. Como disse Mark W.
Baker em seu livro “Jesus o maior psicólogo que já existiu”

“As pessoas que nos cercam nos retratam emocionalmente e


revelam como somos psicologicamente. São nossos espelhos. Jesus
nunca nos ensinou que poderíamos ser bons sozinhos. Para ele não
realizamos nosso pleno potencial por meio da competição e sim através
da conexão.”

É de fácil percepção a mudança no comportamento humano quanto a


sociabilidade dia após dia. Os relacionamentos, em sua maioria são
construídos baseados em interesses, “marcados pelo ódio e pelo egoísmo e
pelo bairrismo e etnocentrismo.”, como disse Isaltino Gomes Coelho Filho. Se
você tem algo para mim então podemos conversar; se você não me oferece
perigo nenhum então eu me aproximo de você. A visão egocêntrica tem eivado
nossa sociedade indivíduo por indivíduo. Estas bases e pensamentos
demasiadamente medíocres são muito estáveis para se construir
relacionamentos e com o passar do tempo se desgastam. Em conseqüência
disto temos visto pessoas que tem abandonado o convívio social e preferido
viver uma vida limítrofe, e hermética em troca de investir em relacionamentos.
Mark W Baker, no mesmo livro contextualizou a parábola do Bom
Samaritano para a questão da humanidade hoje.

“(...) éramos como o homem espancado quando sentíamos que


estávamos sendo feridos pelo outro, como ladrões quando
perpetuávamos a mágoa entre nós e como os levitas e sacerdotes
quando estávamos ocupados demais para nos dar ao trabalho de tentar
melhorar as coisas (...) o bom samaritano quando paramos e fizemos
um movimento par nos relacionarmos um com o outro.”
O individualismo, tal qual no mundo, tem sido de uma predominância
geral em nossas igrejas. Temos visto uma adoração individual, experiências
individuais, inimizades na família, divórcios e separatismo de grupos, classes
etc. Devemos buscar a Deus para que Ele possa nos alertar a esses novos
modismos que nos tem distanciado dele cada vez mais. Temos nos
acostumados com um viver cristão individual e egocêntrico e esquecido do
maior mandamento “Amar o próximo como a ti mesmo.”. Rm 13.9
Em uma de minhas crônicas intitulada “Confissão” creio ter expressado
bem este pedido a Deus:

“Perdão pelo pseudo-amor com que tenho tratado meu próximo. (e


isto falo não só os da família da fé, mas os com que convivo no mundo
em meu dia-a-dia). Enquanto o amor prega o altruísmo eu tenho vivido
um “Cristianismo Infantilizado” me afastando do mundo e afastado o
mundo de mim, como que para criar uma blindagem dos “perigos de
contaminação” que possam existir. Esqueço-me que Jesus conviveu
com a escoria da população, comeu com eles, entendeu-os. E, com
seus discípulos também sempre demonstrou amor!!!
Mesmo sabendo ser o amor oblativo eu tenho buscado somente
meus interesses. Parece-me que tenho acreditado que criarei anti-
corpos me escondendo dentro de uma bolha chamada “casa-igreja-
igreja-casa”.”

A palavra igreja tem perdido seu significado dia a dia quando se tem
negligenciado os relacionamentos. Após uma análise bíblica é nos imposto
admitir que quando o relacionamento vertical (com Cristo) não está bem, o
relacionamento horizontal (com os irmãos) também não está. Conclui-se que
se não amamos nosso irmão como podemos amar a Deus? I Jo 4.7-21
Creio ter definido esta triste realidade em um de meus artigos que
intitula-se “Altruísmo, alegria, relacionamentos sinceros...e outras utopias
mais.”

“Temos nos envolvido na correria diária, querendo alcançar os outros,


que ao nosso ver estão anos luz de distancia, só por realização pessoal
e sucesso econômico. Esta correria sem fundamentos, sem significado,
nos tem cegado ante as coisas realmente importantes da vida. Vivemos
distante de nossos filhos, longe do convívio familiar, da vida em
fraternidade...”
Isaltino Gomes Coelho Filho no livro “Paulo sua vida e sua presença
ontem, hoje e sempre”, ao falar sobre a contemporaneidade e relevância de
Paulo, diz:

“Se, mais que uma instituição, a igreja é gente, os relacionamentos


devem valer mais que projetos institucionais. (...) Hoje Paulo precisa ser
redescoberto nesta ênfase nos relacionamentos humanos, marcados
pelo ódio e pelo egoísmo e pelo bairrismo e etnocentrismo. A igreja
centrada no amor de Cristo supera a geografia e as etnias.”

Que Deus venha nos dar força para podermos resistir a estas tendências
satânicas, a reavaliar nossas atitudes ante a sociedade pós moderna e seus
princípios, e estar vivendo uma verdadeira ortopraxia cristã.

3. ESPIRITUALMENTE
Na Semana Teológica que tivemos aqui no IBAD, Luiz Sayão em sua
palestra intitulada Espiritualidade Integral, comenta-a desta forma:
“Existe um certo degrade no meio evangélico no que se diz a busca da
espiritualidade. Uns valorizam outros não. Temos um reflexo da pós-
modernidade em nossas igrejas! São cristãos deixando de lado a
espiritualidade pela fé, pelo pensamento e buscam racionalizar tudo.
Estamos na era da eletrônica, e a espiritualidade não tem ficado para trás.
Hoje para se obter “poder”, “pentecoste”, tem-se que ter muito barulho.
Perdeu-se o foco do pensamento Bíblico, a espiritualidade não é incentivada
a ser de dentro para fora.”

É tão triste ouvir isto, e mais ainda ter de admitir que é a mais pura
verdade. O homem, com suas próprias mãos tem construído este estilo de
viver e crer em Deus. Ele tornou a natureza autônoma, ela então tragou a
graça, em seu lugar veio a liberdade que foi substituída pelo otimismo e hoje
não existe mais nenhum vestígio de Deus no superior. É como vemos no
esquema abaixo. Somente o que restou foi natureza, matéria, ciências sociais,
psicologia e determinismo. Deus foi totalmente ignorado . Esta foi uma
escolha humana!
Em seu livro “A evangelização no mercado pós-moderno” Robson
Ramos comenta a espiritualidade do homem atual.
“O fracasso da civilização, patente na violência generalizada entre
Estados e indivíduos, combinado à revolução nas comunicações formam o
binômio contextual para uma das características da pós modernidade: O
retorno do sagrado acompanhado de velhas e novas formas de
irracionalidade e firmemente avesso à tutela institucional.
(...)As instituições religiosas não mais desfrutam da credibilidade de
outrora como legitimadoras do sagrado. (...) a religião institucionalizada é
vista como representante de uma época passada, esclerosada, impotente e
sem condições de responder aos anseios do ser humano. (...) as pessoas
estão substituindo uma postura de crença por uma atitude de busca – como
se estivessem navegando na internet. (...) uma valorização exacerbada de
preferências mutáveis...” p 9

Temos visto esta espécie de espiritualidade sendo buscada pela


sociedade hodierna. Não valorizam mais o sentir Deus, o amor. Isto é
trivialidade, querem experiências. Querem objetos para sentir. Não conseguem
mais conceber a idéia de um Deus que não pode ser tocado, sentido com as
mãos, querem os ídolos (rosas, sal, chave, lenço...). O sincretismo tem
imperado, e esta visão de espiritualidade cristã orientalizada (sincretista), tem
infectado a sociedade pós-moderna.

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