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A segunda infância, “uma fase mais saudável e menos ameaçadora” da vida, compreende
um período sensivelmente entre os 3 e os 5 anos, idade pré-escolar. Nesta fase, ocorre um
desenvolvimento grande das capacidades motoras, e das capacidades mentais (memória,
inteligência, linguagem e aprendizagem). (PAPALIA, 2000, p.184)
Relativamente ao aspecto físico, é menos acelerado do que na primeira infância. Não
obstante, o esqueleto da criança torna-se mais robusto, proporcionando-lhe maior resistência
ao meio, protegendo os órgãos internos, funcionando ainda como uma forma de desenvolver
as capacidades motoras da mesma. Pelo início da segunda infância a primeira dentição deverá
estar completa, permitindo à criança mastigar/comer o que quiser; ao longo desta fase, a
dentição definitiva também vai-se desenvolvendo.
A evolução das habilidades motoras é notória, onde as crianças passam a correr mais, saltar
mais longe, jogar à bola, atar os cordões dos sapatos com laços, desenhar de forma mais
elaborada no papel, abotoar uma camisa, comer com os próprios talheres, aprender a usar o
sanitário com mais independência, bem como na higiene oral e no banho, entre outras
tarefas. Tal fato deve-se ao desenvolvimento acentuado e maturação das áreas sensoriais e
motoras do córtex cerebral, o que permite uma maior e melhor coordenação do “que as
crianças querem e podem fazer”. (PAPALIA, 2000, p.184-185)

SEGUNDA INFÂNCIA (DE 3 A 5 ANOS)

PRINCIPAIS DESENVOLVIMENTOS

 Força e habilidades motoras simples e complexas aumentam.


 Comportamento é predominantemente egocêntrico, mas a
compreensão da perspectiva dos outros aumenta.

 Imaturidade cognitiva leva a muitas idéias ilógicas acerca do


mundo.

 Brincar, criatividade e imaginação tornam-se mais elaborados.

 Independência, autocontrole e cuidado próprio aumentam.

 Família ainda é o núcleo da vida, embora outras crianças


comecem a se tornar importantes.
A CRIANÇA NA SEGUNDA INFÂNCIA – MODIFICAÇÕES

3 Anos
A criança de 3 anos é dotada com um interesse pelas outras pessoas. Observa-lhes as
expressões do rosto, a fim de descobrir o que estas significam, e é sensível a elogios
apreciando um humorismo simpático. A criança procura agradar e obedecer, ao invés de
contrariar. Revela uma propensão positiva para compreender o seu ambiente e para
corresponder as exigências da cultura. (GESELL, 1979)
Nesta idade, a criança está ainda a adquirir um considerável domínio inibitório dos
esfíncteres, pelo que é normal que este controlo seja ineficaz em algumas alturas, visto que
este é um processo que a criança irá aprender gradualmente: a criança inicialmente refere
querer ir à casa-de-banho para evacuar e urinar, pelo que progressivamente vai deixando de
usar a fralda durante o dia, e posteriormente, durante a noite. Satisfaz assim, as suas
exigências, e carece apenas de uma ajuda concreta para lhe lembrar que são horas de ir à
casa de banho ou de tomar a sua refeição.
Por outro lado, a enurese, na qual a criança urina repetidamente durante a noite, é comum.
As estratégias a adoptar nestas situações, com mais sucesso, incidem sobre os reforços
positivos e recompensas pela criança manter-se seca. (PAPALIA, 2000, p.188)
A carne, a fruta e o leite encontram-se agora na lista das preferências, sendo contudo as
sobremesas e os doces os mais desejados; as hortaliças vão sendo aceites pouco a pouco.
Tendo em conta a tendência que a criança nesta idade tem para se atrasar na refeição, é
preferível dar-lha mais cedo, ao invés de insistir com ela, dar-lhe a comida ou mesmo deixá-
la ficar sozinha à mesa. Ela é capaz de segurar uma colher entre o polegar e o indicador e a
chávena pela asa. A criança insiste agora mais em ajudar a lavar-se, pelo menos parcialmente
e resistem a sair do banho; despem-se com maior interesse e habilidade do que se vestem;
calçam as meias e os sapatos e vestem as cuecas, camisolas ou os vestidos. Contudo, nem
sempre conseguem distinguir a parte de trás e a parte da frente nem abotoar os botões, e
embora tentem atacar os sapatos geralmente fazem-no mal.

Relativamente à linguagem, a criança exprime-se por frases completas constituídas


normalmente por 3 palavras, utilizando-as como instrumentos do pensamento. Emprega as
palavras com maior confiança e com uma inflexão inteligente, embora não consiga abandonar
a pronúncia infantil antes dos 4 ou 5 anos. De modo a praticar as palavras, monologa e
representa, combinando a acção com as palavras, criando situações teatrais para
experimentar e aplicar as palavras no seu vocabulário. Escuta as palavras com uma segurança
e uma compreensão cada vez maior. (GESELL, 1979)
É capaz de contar ate três; de comparar dois objectos (o que implica um processo lógico de
três fases); é capaz de combinar três cubos para construir uma ponte; combina um traço
vertical e um traço horizontal para desenhar uma cruz; é capaz de trocar com a outra pessoa
o objecto A pelo objecto B, e nos jogos é capaz de esperar pela sua vez.
Nesta idade, começam a acentuar-se mais do que antes as diferenças de sexo, no que toca à
escolha dos brinquedos. O espírito de cooperação de uma criança de 3 anos encontra-se ainda
numa fase crescente, pelo que se poderá encontrá-la muito frequentemente a brincar
sozinha. Carece, deste modo, de desenvolver a sua independência. Toda a sua organização
motora está mais equilibrada e mais fluida, já não anda com os braços esticados mas baloiça-
os à maneira do adulto. Grande parte dessa docilidade social assenta em pura maturidade
psicomotora; tem mais segurança e agilidade nos pés, sabe esquivar-se, atirar, parar de
repente e dar voltas apertadas. (DIRECÇÃO GERAL DA FAMÍLIA, p.7)
Os passatempos sedentários também lhe agradam, exigindo uma delicada coordenação
motora.
A criança de 3 anos encontra-se já senhora de si, conquistou o poder de apreciar e de
escolher entre 2 alternativas contrárias. Emocionalmente está menos virada para si própria.
As suas relações pessoais são mais flexíveis. A dependência de si mesmo e a sua sociabilidade
equilibram-se uma à outra. Todo o seu sistema de acção está a trabalhar de uma forma bem
equilibrada.
O negativismo, obstinação e contradição dos 6 meses anteriores, dão lugar a uma
compreensão nova das exigências sociais. Longe de se lhes mostrar contrária a criança
procura compreender essas exigências e ir ao encontro delas. (DIRECÇÃO GERAL DA FAMÍLIA,
p.7)

A criança gosta:
De flores e frutos;
De regar as plantas;
De brincar com água e dar banho aos bonecos;
De música, canto e ritmo;
De histórias;
Que conversem com ela;
De brincadeiras ao ar livre;
De fazer construções;
De correr e saltar;
De andar de bicicleta.
Finalmente, a sua noção do tempo é fraca, mas bem definida dentro das suas limitações,
sendo capaz de distinguir entre o dia e a noite.

3 Anos e meio
Os 3 anos são uma idade submissa; já os 3 anos e meio são precisamente o contrário. A
criança nesta idade parece encontrar o seu maior prazer em recusar e a insistir em que as
coisas se façam de uma maneira diferente: à sua maneira. A sua própria vontade sobrepõe-se
a qualquer agrado ou desagrado que os outros sintam, pois ela apresenta ideias muito
assentes e revela fraca capacidade para se adaptar aos desejos ou às maneiras das outras
pessoas. Recusar-se a obedecer é, talvez, o aspecto básico deste período agitado e
perturbado da vida da criança. Agora é comum a criança parar a meio do caminho e teimar
em não dar nem mais um passo, rejeitar qualquer alimento que lhe ofereçam e a preferir
todos aqueles que não haja nessa altura e a opor-se de tal maneira a vestir e a despir
qualquer peça de vestuário (GESELL, 1979).
A criança sente-se à vontade para dar opiniões e fazer advertências, pois é ela quem dita
todas as leis, e parece que só se sente segura quando está a comandar. Por outro lado, sente-
se posta à margem quando não consegue captar toda a sua atenção e tem consciência dos
sentimentos alheios, podendo mostrar-se muito terna nas expressões do seu afecto. É
provável que a criança tenha essas fortes exigências para com os outros, porque realmente se
sente insegura e não esta convencida da sua capacidade de liderar. Quando ela estiver mais
segura de si, será capaz de ceder e de se adaptar mais facilmente aos outros.
Esta é uma idade na qual, mais que em todas as outras, a criança experiencia uma grande
tensão, que se exprime através do gaguejar, piscar os olhos, roer as unhas, chuchar no dedo,
puxar pelo nariz, esfregar os genitais, mastigar um lençol ou uma peça de roupa, salivar em
excesso, cuspir e ter tiques. (GESELL, 1979)
As brincadeiras de uma criança de 3 anos e meio com companheiros imaginários constituem
um dos aspectos mais encantadores no seu jeito de brincar, e é nesta altura que se começam
a revelar as amizades em relação a certas pessoas em especial, e o desagrado, ou mesmo a
repulsa, de outras pessoas.

4 Anos
A criança de 4 anos domina melhor todo o seu equipamento motor, incluindo a voz. É capaz
de atirar um objecto com a mão levantada acima do ombro, de cortar a direito com uma
tesoura, atar os sapatos e aguentar-se de pé numa só perna. Possui elevada energia motora.
Gosta de utilizar palavras novas e diferentes, experimentá-las e de brincar com elas, é uma
criança muito faladora, sendo nesta idade que o fluxo das suas perguntas atinge o máximo.
Tem tendência a repetir frases feitas da cultura linguística em que vive, e não abandona um
tema antes de o esgotar e a exaurir todas as possibilidades verbais. A criança faz inúmeras
perguntas, apreende analogias e manifesta uma tendência activa para conceptualizar e
generalizar. (GESELL, 1979)
Há uma exuberância linguística e uma certa ordem; conta histórias incríveis; é gabarola; é
linguareira, ameaça; inventa justificações e chama nomes. Contudo, os seus aspectos
simpáticos compensam-na largamente. É uma fase plena de crescimento.
Também a sua actividade mental é mais activa, traduzida num descuidado emprego de
palavras e em rasgos de imaginação e fantasia. É alegre, estonteada mas é mais assente do
que superficialmente nos pode parecer.
“A criança no fundo está a lutar, para se identificar a si mesma.” (DIRECÇÃO GERAL DA
FAMÍLIA, p.9)
A explicação da psicologia da criança de 4 anos reside na sua intensa energia conjugada com
uma organização mental de grande fluidez; a sua imaginação está em quase perpétuo
movimento.
A criança de 4 anos tem inúmeros talentos. Pode ser sossegada, barulhenta, calma,
arrogante, meiga, insinuante, independente, social, artística, cooperante, indiferente,
curiosa, franca e competitiva. Está numa fase de desenvolvimento, no que respeita às
relações interpessoais e à comunicação social, e de rápida aculturação.
Na vida de grupo, estas crianças organizam-se em grupos de 3 ou 4, muitas vezes com
separação entre rapazes e raparigas. Erguem-se barreiras sólidas e excluem-se os intrusos. O
sentimento de pertencer ao grupo é um passo para a compreensão da natureza de um grupo
social. A criança está mais interessada numa socialização do que na oposição que a dominava
aos 3 anos e meio, revelando isso no grande prazer que sente em se vestir como um adulto e
em imitar-lhe as acções. (GESELL, 1979)
Nas brincadeiras teatrais mete-se nos papéis e sai deles com a maior facilidade. No desenho é
muitas vezes um autêntico improvisador. Põe nomes nos desenhos durante a sua execução ou
depois dela e não antes, o que prova a sua imaginação. (DIRECÇÃO GERAL DA FAMÍLIA, p.8)
A criança é capaz de se lavar e de se enxugar depois do banho, lavar os dentes, vestir-se
sozinha e de distinguir a frente das costas, apresentando mais dificuldade em dar laçadas e
abotoar os botões das costas. Ajudam a por a mesa mas não se mantêm bem sentadas durante
toda a refeição, e podem ter necessidade de interrompê-la para irem à casa de banho. Há
uma certa tendência para exigir repetições de um mesmo alimento. As crianças desta idade
são capazes de ir à casa de banho sozinhas, e mostram-se muito interessadas em observar as
outras pessoas na casa de banho, e revelam ainda pronunciada curiosidade pelas casas de
banho alheias.
Embora já seja bastante auto–suficiente, pode gostar de levar consigo para a cama o ursinho
de pelúcia, para as suas conversas teatralizadas, e gosta de ficar com a luz acesa durante um
breve período de tempo. A criança de 4 anos é um ser verdadeiramente social e está
presentemente a adquirir um forte sentimento de família e do lar, comparando as coisas que
vê fora do lar com as que tem em casa.

A criança gosta de:


Desenhar objectos com pouco pormenor, faz bonecos e letras;
Pintar com precisão durante algum tempo;
Identificar as letras;
Vestir-se sem grande ajuda;
Actividades que exigem equilíbrio;
Entreter-se sozinha, mas também de brincar com outras crianças;
Música e bicicletas.

5 Anos
Os cinco anos são uma idade nodal, que assinala simultaneamente o termo e o início de uma
época de desenvolvimento.
A criança já percorreu uma longa distância na espiral ascendente do desenvolvimento; já
subiu a parte mais íngreme do caminho, que terá de percorrer ate se tornar adulto. Não é um
produto acabado mas já nos dá sinais do homem ou da mulher que virá a ser. Já tem marcada
a sua individualidade.
Em oposição dos 4 anos de idade, aos 5, a criança gosta de estar junto do lar, ao pé daquilo
que sabe que é seguro e acima de tudo ao pé da mãe. A criança de 5 anos é calma, confiante,
segura, precisa, sincera, risonha e responsável.
Sente-se feliz a brincar horas a fio às cenas da vida doméstica. Isso porque precisa de tornar
mais familiar o que já lhe é familiar. Tem um sentido muito forte de posse. As coisas de que
gosta, sente orgulho em possui-las. Tende a ser realista, concreta e a referir tudo à sua
pessoa. Não é agressiva nem conflituosa. É mais ponderada do que uma criança de quatro
anos. Pensa antes de falar. Busca o apoio e orientação dos adultos e gosta de ser ensinada.
(DIRECÇÃO GERAL DA FAMILIA, p.11)
O seu domínio motor delicado, expresso através do desenho, melhora consideravelmente,
passando imenso tempo a desenhar. Começam a manifestar interesse pelas letras e números.
A criança fala sem articulação infantil e é capaz de contar uma longa historia. Prefere as
brincadeiras colectivas e sente-se socialmente orgulhosa das suas roupas e das suas proezas.
Muitas crianças dessa idade têm crises de medo de que a mãe as abandone, podendo o seu
sono ser perturbado por pesadelos.
A docilidade da criança de cinco anos não significa que seja altamente sociabilizada. Os jogos
de grupo limitam-se, em geral, a um grupo de três pessoas, e a criança orienta-os com a
preocupação fundamental de atingir os seus objectivos pessoais de preferência aos objectivos
do grupo. A criança dessa idade tem uma noção pratica do ontem e do amanha, mas
compreende melhor o «eu». Busca simpatia e aplauso. (DIRECÇÃO GERAL DA FAMILIA, p.12)
A criança de cinco anos é muitas vezes um êxito. É graciosa e sabe disso. O corpo não
incomoda, esta segura de si própria, sabe onde há-de por as mãos, não choca com os móveis.
Há pois uma harmonia e um controle da psico-motricidade.

A criança gosta de:


Brincar no mesmo sítio durante longos períodos;
Mudar de actividade;
Andar de patins, saltar à corda;
Música e dançar;
Ajudar nas tarefas da casa;
Contar histórias e também que lhas contem;
Folhear livros e revistas;
Pintar e desenhar;
Trazer para casa coisas feitas por ela;
Observar o ambiente que a rodeia.

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