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E-BOOK

Saúde mental na
educação: um guia de
reflexões e práticas para
as instituições de ensino
Sumário

Introdução 03

Saúde mental e os jovens brasileiros:


conhecendo o panorama 04

Por que o suicídio? 05

Populações mais vulneráveis 06

Meus alunos estão em sofrimento


mental. E agora? 07

Trabalhando o desenvolvimento
socioemocional dos estudantes 08

Promovendo a saúde mental entre


os funcionários da minha instituição 10

5 ações práticas para promover a saúde


mental na sua instituição de ensino 11

Conclusão 13
Introdução

A depressão atinge cerca de 12 milhões de pessoas no


Brasil e, cada vez, mais jovens e adolescentes vêm sendo
diagnosticados com a doença.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),


o suicídio já é a segunda causa de morte de jovens
brasileiros que têm entre 15 e 29 anos.

Os dados são alarmantes e revelam um contexto que precisa ser


observado com urgência e cuidado pelas instituições de ensino.
Afinal, é na fase escolar e de desenvolvimento da vida acadêmica
que a saúde mental dos jovens tem sido afetada.

Neste e-book você vai entender como a gestão educacional da


sua IE pode agir preventivamente e lidar com este cenário. Vamos
começar?

Saúde mental
na educação
03
Saúde mental e os jovens brasileiros:
conhecendo o panorama

A saúde mental tem se tornado um assunto cada vez


mais debatido no Brasil. No mês de setembro ocorre a
campanha “Setembro Amarelo”, que aborda a temática
em geral e trabalha para promover a prevenção ao
suicídio.

A campanha revela um panorama preocupante, mas é uma grande


oportunidade de falar sobre um assunto que ainda é tabu no Brasil.
Afinal, os dados revelam que a juventude tem sofrido com diferentes
doenças e questões que impedem a socialização, interrompem os
estudos e, por vezes, até a vida.

• De acordo com uma pesquisa da Consumoteca, 35% dos jovens


brasileiros da geração z relata já ter sofrido depressão em
alguma fase da vida;

• 57% dos entrevistados diz conhecer alguém da sua idade que


sofre de depressão;

• 55% dos jovens pesquisados definem-se como “ansiosos” ou


“muito ansiosos”.

Os números mostram que grande parte desta


geração está deprimida ou apresenta sintomas
de transtornos de ansiedade. É importante
ressaltar que, em muitos casos, as duas doenças
estão associadas. Em um quadro grave, sem o
tratamento adequado, pode levar ao suicídio.

Saúde mental
na educação
04
Por que o suicídio?

De acordo com especialistas, o suicídio não é apenas uma


situação isolada ou uma tomada de decisão repentina. O
ato representa uma situação limite, em que o jovem quer
apenas “acabar com a dor” que sente.

Algumas doenças estão mais relacionadas ao suicídio, são elas:

• Depressão;
• Transtorno afetivo bipolar;
• Esquizofrenia;
• Síndrome do pânico;
• Transtornos de personalidade, entre outras.

Além desses fatores, há também uma questão mais sensível


relacionada ao alto índice de suicídio entre jovens. Segundo a
teoria do “minority stress” (estresse de minorias), existem estresses
sofridos de forma crônica por populações que são consideradas
minorias.

Saúde mental
na educação
05
Populações mais vulneráveis

No caso de jovens LGBTTQI e negros no Brasil, por


exemplo, ter uma identidade condicionada a não-
aceitação, rejeição, discriminação e violência contribui
para um risco aumentado de suicídio.

Os estudos confirmam que jovens LGBTTQI têm maior risco de


sofrer de ansiedade, depressão e, também, maior risco para o
suicídio, quando comparados com a população cis e heterossexual.

De acordo com pesquisas sobre a teoria do “minority stress”,


jovens LGBTTQI pensam três vezes mais em suicídio do que cis
heterossexuais e têm cinco vezes mais chances de cometê-lo.

Nesse sentido, é fundamental que sua instituição também promova


espaços de acolhimento e conscientização sobre o respeito à
diversidade. O especialista em aprendizagem socioemocional,
Eduardo Calbucci, explica a importância de falar sobre o tema para
combater o suicídio.

“É preciso falar sobre o assunto sem tabus,


explicando que nunca existe apenas uma causa
para o suicídio. Não existe um único fator “culpado”,
então, é preciso entender como isso acontece. Se um
aluno da sua instituição suicidar, falar sobre isso ajuda
a evitar que tal fato aconteça com outros. Chame
profissionais especializados e abra uma conversa
sobre isso. Encare e lide de frente com a questão e
acolha, principalmente, os amigos mais próximos”,
explica.

Saúde mental
na educação
06
Meus alunos estão em sofrimento
mental. E agora?

A escola ou a universidade são - em muitos casos - os


espaços onde o jovem passa mais tempo durante seu
dia. É dentro das instituições de ensino que os alunos
vivenciam aspectos importantes de socialização e de
expectativas pessoais nesta fase da vida.

Dessa forma, é fundamental que as instituições proporcionem


ambientes acolhedores, diversos e que ofereçam a mínima estrutura
para lidar com questões de saúde mental. Diante de um cenário real
de sofrimento entre os jovens, esse é um desafio complexo, porém
urgente.

A campanha do Setembro Amarelo pontua a importância de falar


sobre o tema, mas ocorre apenas no mês de setembro. Na sua
instituição de ensino, o trabalho precisa ser durante todo o ano.

Antes de tudo, é importante ressaltar que apenas profissionais


especialistas na área - psicólogos, terapeutas e psiquiatras - podem
diagnosticar e tratar o sofrimento mental de um estudante. O papel
da sua instituição é apoiar os alunos e oferecer condições para que
eles possam falar sobre seus sentimentos e serem ouvidos sem
julgamentos.

Você deve estar se perguntando como fazer isso


na prática, não é mesmo? Para exemplificar, vamos
conhecer a proposta do Programa Semente.

Saúde mental
na educação
07
Programa Semente: trabalhando o
desenvolvimento socioemocional
dos estudantes

O Programa Semente é uma iniciativa de aprendizagem


socioemocional. Basicamente, ele trabalha através de um projeto
pedagógico que insere o desenvolvimento emocional na rotina e na
grade curricular de crianças em fase escolar.

O propósito do programa baseia-se na crença de que


competências como perseverança, autoestima e empatia
devem ser trabalhadas desde a infância, pois são capazes
de influenciar várias dimensões da vida social futura do
aluno.

Saúde mental
na educação
08
Em resumo, se um aluno é estimulado a trabalhar diariamente suas
emoções, na fase adulta ele consegue lidar melhor com o que sente,
inclusive para pedir ajuda, caso esteja em depressão, por exemplo.
O idealizador do Programa Semente, Eduardo Calbucci, ressalta o
papel das instituições de ensino nisso.

“O principal problema quando falamos de saúde mental


é que este não é um tema amplamente discutido. A
primeira coisa que o gestor precisa entender é que é
preciso criar um ambiente em que essas discussões
possam ser feitas. O espaço da escola e da universidade
precisa ser de acolhimento, onde as pessoas estejam à
vontade para falar sobre suas próprias emoções e serem
compreendidas”, explica.

Nesse sentido, saúde mental e saúde física precisam ser encaradas


com a mesma relevância, pois não estão “separadas” uma da outra.
Elas são, no fundo, uma só.

Esta é uma certeza inicial que todo gestor


precisa ter para trabalhar questões
psicológicas na educação: saúde mental é
saúde e doenças desta ordem são como
todas as outras, ou seja, precisam de
tratamento e ações de prevenção.

Saúde mental
na educação
09
Para além do aluno: promovendo a
saúde mental entre os funcionários
da minha instituição

O primeiro passo para promover a saúde mental no ambiente


acadêmico é garantir que toda a equipe possua a mesma
perspectiva sobre esse tema. Gestores, professores, coordenadores
e outros colaboradores precisam entender a relevância em manter
um ambiente acolhedor e profissional. Afinal, qualquer pessoa pode
estar suscetível ao adoecimento.

De acordo com um estudo divulgado pela revista Nova


Escola, problemas relacionados à saúde mental têm
atingido, cada vez mais, os professores brasileiros.

Conheça alguns dados da pesquisa que entrevistou mais de 5800


educadores brasileiros:

• Entre os educadores, 66% já tiveram que faltar ou se se afastar


do trabalho por um problema de saúde. Dentre esses casos,
53% foi por questões de saúde mental;

• Entre os principais problemas relatados estão ansiedade (68%),


estresse (63%) e depressão (28%).

Além das doenças mencionadas, a síndrome de burnout também


é frequente entre professores, funcionários e gestores. Trata-se
de um distúrbio emocional, também conhecido como síndrome do
esgotamento profissional. Os sintomas são a exaustão extrema,
estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho
desgastantes e que demandam muita responsabilidade.

A pesquisa da Nova Escola revela um quadro que reforça a


importância em desenvolver atividades de promoção da saúde
mental, não só focada nos estudantes. A instituição de ensino
Saúde mental precisa ser um ambiente acolhedor para todos.
na educação
10
5 ações práticas para promover a saúde
mental na sua instituição de ensino

1. Conscientização e formação das


equipes de trabalho

Não parta do pressuposto de que toda sua equipe sabe as mesmas


coisas sobre o assunto. Promova espaços de formação internamente
e que, a princípio, envolvam todas as equipes. Depois disso, trabalhe
separadamente com os professores. Você pode começar com
sessões de cinema, rodas de conversa, palestras de profissionais
da área e, até mesmo, um grupo de estudo que explique a diferença
entre as doenças, os sintomas e outras questões mais subjetivas.

2. Coloque a promoção da saúde


mental no seu projeto pedagógico

Planeje como vai trabalhar essa questão durante todo o ano. Isso
inclui pensar em ações, investimentos, trabalhos na grade curricular,
formas de avaliação e estratégias de combate a evasão de alunos
em sofrimento mental. A saúde mental precisa ser um projeto de
longo prazo.

3. Promova ações e campanhas


pontuais

Assim como o setembro amarelo, promova eventos e campanhas


sazonais que envolvam toda a comunidade acadêmica e que
convidem as pessoas a falar sobre isso. A informação é uma
ferramenta poderosa para promover a conscientização sobre a
saúde mental.
Saúde mental
na educação
11
4. Mantenha espaços de acolhimento
com profissionais especializados

Você pode implementar um “plantão psicológico”, tanto de forma


organizacional, quanto para os estudantes. É fundamental ter uma
escuta especializada como recurso para fortalecer o combate ao
suicídio e estimular o tratamento de doenças.

5. Comunique o envolvimento da sua


IE com a promoção da saúde mental

A partir do momento em que os gestores assumem a


responsabilidade de encarar e trabalhar este tema com seriedade,
isso passa a fazer parte da marca da instituição. Afinal, se esta já é
uma questão de saúde pública, é fundamental posicionar-se com
assertividade.

Comunicar suas ações pode inspirar outras instituições, trazer


mais segurança aos seus alunos e ainda ser um diferencial positivo
da sua instituição. Seja criativo e busque sempre o caminho mais
natural para abordar a temática da saúde mental. E não se esqueça:
divulgue apenas as informações que possuem respaldo científico!

Saúde mental
na educação
12
Conclusão

A saúde mental faz parte da discussão sobre a saúde


pública no Brasil. Doenças como depressão, transtornos
de ansiedade e síndrome do pânico colocam o país no
topo de diversos rankings sobre sofrimento mental no
mundo.

Entre os jovens brasileiros, o suicídio já é a segunda maior causa


de morte no país. As estatísticas revelam um cenário preocupante e
que impõe novos desafios para as instituições de ensino.

O cenário atual exige dos gestores educacionais um


comprometimento com práticas que promovam a saúde mental nas
instituições. Dessa forma, torna-se necessário repensar até mesmo o
projeto pedagógico da sua IE. Ele é inclusivo, acolhedor e trabalha o
combate à evasão de alunos que estão em sofrimento mental?

Proporcionar um ambiente de acolhimento, prevenir o


suicídio e promover espaços de escuta especializada só
traz benefícios para toda a comunidade acadêmica.

Para isso, a informação e a conscientização são


essenciais para dar os primeiros passos e tornar a sua IE
uma instituição acolhedora e responsável. Esta foi a nossa
intenção ao criar este material.

Esperamos que a partir desta leitura você


inicie novas práticas de promoção da saúde
mental na sua IE. Então, preparado?

Saúde mental
na educação
13
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