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Oásis
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divulgação
oã
iç
Ed
POMBO
CORREIO
Mensageiro da
paz e da guerra
Sugadores da ALBERTA,
energia vital CANADÁ
Ao ver o vídeo,
VAMPIROS
lembre-se de respirar
A BATALHA DE
ANGHIARI
PSÍQUICOS
oásis .
Comportamento
Maurizio Seracini revela a
vida secreta das pinturas
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A maior parte dos vampiros psíquicos são inconscientes
de suas ações vampirescas. Agem quase que por instinto
por de sobrevivência. Como um faminto que, sem pensar,
Luis
devora o prato que lhe está à frente
Pellegrini
Editor
N
ossa matéria de capa é sobre o “vampirismo psíquico”,
ou seja, a capacidade que muitos têm de sugar a energia
vital das outras pessoas. Trata-se, na verdade, da repu-
blicação de um antigo artigo de minha autoria que saiu na revista
Planeta na década de 1990, e fez verdadeiro furor entre o públi-
co leitor. Há pouco, ao reler este trabalho com vistas à criação de
um novo livro, achei que ele merecia ser revitalizado e colocado
novamente à disposição, agora dos leitores de Oásis.
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Editorial
de uma forma de vampirismo muito mais real, frequente e peri-
gosa: o “vampirismo psíquico”, também chamado de “vampiris-
mo energético” e, por alguns, “vampirismo da alma”.
Luis
Pellegrini
de suas ações vampirescas. Agem quase que por instinto de
sobrevivência. Como um faminto que, sem pensar, devora o
prato que lhe está à frente. Todo vampiro é um faminto e um
Editor egocêntrico. Explico isso no texto. Dou algumas indicações para
que possam ser reconhecidos e para que sua ação sugadora seja
evitada. E alerto para que se preste muita atenção ao próprio
comportamento em relação aos demais: ninguém está isento de
um dia, sem o saber, e dependendo das circunstâncias, se trans-
formar num vampiro psíquico.
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Editorial
VAMPIROS
Comportamento
PSÍQUICOS
Sugadores da
energia vital
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Comportamento
Vampiros não precisam se chamar energia que ele acaba de sugar é a sua
força vital, aquela mesma força que man-
Drácula, ter caninos em ponta, nem tém você vivo, ativo, alegre e saudável.
vagar pelas madrugadas, vestindo capa
Obrigar as pessoas a ouvir blablablás
preta, em busca de vítimas de sangue intermináveis, em geral pouco ou nada
quente. É também vampiro aquele interessantes, é uma das formas mais co-
muns de se sugar a vitalidade dos outros.
que suga a energia vital alheia. O que E as vítimas, em geral por boa educação,
todos os vampiros têm em comum ficam lá, passivas, deixando-se violentar
pelos ouvidos.
é o egocentrismo. Saiba reconhecer
um vampiro e a qual categoria ele Várias vezes, no passado, caí em arapu-
cas desse tipo. Feito um parvo, deixava-
pertence. Aprenda algumas regras -me enredar pelos tentáculos falantes
básicas para se defender desses vampiros, a remoer minha muda
revolta por dentro, a enviar mentalmente
Por Luis Pellegrini os piores insultos ao chato boquirroto,
V
mas incapaz de por um basta na situa-
ção. E quando a tortura finalmente ter-
minava, sentia-me tão esvaziado que só
ocê já se sentiu exausto de- pensava numa coisa: arrastar-me para a
pois de passar horas ouvindo cama.
um chato tagarela monolo-
gar, dizendo abobrinhas a Aliás, tentáculo é realmente o termo
respeito de si mesmo? Notou como o certo para se entender como esses vam-
chato, ao encerrar o falatório, está tão piros trabalham. Um dia, lendo o livro
bem disposto que parece ter recém che- O destino criativo do homem, da já fa-
gado de maravilhosas férias no Caribe? lecida psiquiatra inglesa Shafika Kara-
Pois bem: esse chato ou chata pode mui- gulla, entendi o problema e encontrei a
to bem ser um “vampiro de energias”. solução. Shafika Karagulla era também
Talvez um vampiro inconsciente da sua estudiosa de parapsicologia e, segundo
condição. Mas sempre um vampiro. E a alegava, clarividente. Tinha a capacidade
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Comportamento
“Vampiros não são
apenas aqueles literais,
os dráculas que vão por
aí, em busca de pescoços
tenros onde fincar seus
caninos pontiagudos”
agora era a de uma pessoa bem mais idosa e cansa-
natural de “ver” os campos energéticos sutis - a tal da. Mas o homem parecia um sol radiante. Bem dis-
aura - produzidos pelos seres humanos e por todas posto e feliz da vida, despediu-se da vítima, levan-
as criaturas vivas. Num dos capítulos do livro ela tou-se e foi gastar com outros participantes da festa
narra uma situação terrível que testemunhou com toda a vitalidade que roubara.
o uso da sua visão paranormal. Estava numa festa,
sentada numa poltrona. No sofá, bem em frente, Claro, não se pode afirmar que a visão de Kara-
havia um casal. O homem, um tipo bem apessoado, gulla seja objetivamente verdadeira. Mas subjeti-
falava sem parar de si mesmo, exibindo-se como vamente não há dúvida: ela observou um fenômeno
um pavão de cauda aberta. A mulher colocara-se na real de vampirismo energético ou, como preferem
posição de receptora passiva, fitando o sujeito com alguns, “vampirismo psíquico”. O resultado é o
olhar lânguido, totalmente entregue ao seu pala- mesmo. De um lado um ativo sugador de energia
vrório. De repente, tentáculos de energia lumino- vital, e do outro uma vítima passiva.
sa saíram da região do umbigo do homem - do seu
plexo solar - e se lançaram em direção à mesma Desse episódio já podemos tirar uma primeira con-
região da mulher. Fixaram-se ali e Shafika Kara- clusão: vampiros não são apenas aqueles literais, os
gulla pode perceber claramente o que acontecia: dráculas que vão por aí, pelas noites, em busca de
por aqueles canais sutis a energia da mulher come- pescoços tenros onde fincar seus caninos pontiagu-
çou a ser drenada em direção ao interlocutor. Até dos para sugar sangue. Embora muitos autores afir-
que a pobre, no início dona de uma aura luminosa mem que eles existam de verdade, é mais provável
e brilhante, ficou reduzida a um trapo energético. que a imagem clássica do vampiro bebedor de san-
Sua aura tornou-se débil e opaca, olheiras escuras gue simbolize e represente, na verdade, o vampiro
tinham se formado em seu rosto, e sua expressão de energia vital.
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Cada um de nós é um microcosmo químico-energéti-
“Nutre-se também de co-psicológico, um complexo sistema de energias in-
teragindo constantemente com uma miríade de outros
comida gasosa, através sistemas. De forma permanente, trocamos energias
do ar que se respira, e com esses sistemas externos, absorvendo deles cargas
energéticas necessárias à nossa subsistência, e descar-
de comida energética, regando neles cargas desnecessárias tais como nossos
representada pelas “detritos” energéticos. Ao mesmo tempo, cada um de
nós interage com os outros seres humanos que de nós
energias e vibrações se aproximam, estabelecendo com eles as mais variadas
que absorvemos” combinações de campos energéticos, influenciando-os
e por eles sendo influenciado.
Não, não duvide. O assunto é sério. Há inclusi- Para isso serve o nosso “corpo energético” ou “cor-
ve especialistas em psicologia e comportamento po de energia sutil”: para possibilitar todos esses
humano que dizem ser nossa sociedade moderna enlaces de energia responsáveis pela manutenção e
constituída em boa parte de vampiros. Essa boa desenvolvimento da vida. De modo análogo ao corpo
parte é feita de gente que, por várias razões, perdeu físico, feito de matéria densa, o corpo sutil possui
a capacidade de se nutrir em fontes de energia na- também uma anatomia e uma fisiologia. Possui ór-
tural e que, por isso, vive sugando a força de vida gãos - os chacras - para captar e armazenar ener-
dos outros. gias externas e eliminar energias internas espúrias,
e para processar essas energias, da mesma forma que
O que é nutrir-se em fontes de energia natural? o aparelho digestivo absorve, processa e armazena o
Todo ser vivo, seja ele humano, animal ou vegetal, alimento sólido e líquido, e o aparelho respiratório
não se alimenta apenas de comida sólida e líquida, capta, processa e armazena o alimento gasoso.
aquele franguinho ao molho pardo e as bramas de
cada dia. Nutre-se também de comida gasosa, atra- O processo de nutrição energética acontece em ge-
vés do ar que se respira, e de comida energética, re- ral de modo inconsciente, automático, orientado e
presentada pelas energias e vibrações que absorve- regulado pela inteligência instintiva do nosso corpo.
mos e que são produzidas pelo telurismo do planeta Mas esse processo também pode ser incrementado
terra; pela natureza - florestas, rios, mares, ani- de modo consciente e voluntário. Para isso existem
mais, minerais -; por outros corpos celestes como o muitos métodos desenvolvidos ao longo das eras
Sol e demais planetas, e pelo próprio cosmo. pelas diferentes culturas e civilizações. Exemplos de
métodos voluntários de nutrição energética são cer-
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tas iogas, como a hatha ioga indiana, certas artes tes da sua condição, são numerosos. Na verdade,
marciais, como o tai chi chuan, certas técnicas de quase todos nós, num momento ou outro de nossas
respiração como as do sistema oriental do pranaia- vidas, sobretudo quando nos encontramos num es-
ma. tado de desequilíbrio neurótico, acabamos nos com-
portando como vampiros da energia vital alheia.
Pessoas equilibradas, sadias - tanto no aspecto fí-
sico quanto, principalmente, no psíquico - nutrem- A principal característica psicológica de um vam-
-se diretamente das fontes naturais de energia. Da piro é o egocentrismo. Quanto mais a pessoa estiver
energia das árvores, do ar, das águas doces e salga- voltada para si mesma, concentrada em si mesma,
das, do Sol, etc. Mas pessoas desequilibradas, que mais terá dificuldade em estabelecer contato com
por terem perdido o contato com a sua própria na- fontes naturais de nutrição energética, e mais ten-
tureza interna mais profunda perderam também derá a sugar a energia vital das pessoas que lhe es-
a capacidade de absorver e processar o alimento tão próximas.
energético natural, muitas vezes precisam, para
sobreviver, lançar mão de um expediente horrível: Todos nós, por outro lado, somos naturalmente
sugar a energia vital de outras pessoas. São eles dotados de mecanismos de defesa contra a perda
os “vampiros de energias”. Na nossa sociedade mo- de energia vital. De todos esses mecanismos o mais
derna seu número aumentou de modo alarmante poderoso e eficaz é o da manutenção do equilíbrio
devido a vários fatores, entre eles a perda do conta- interno. Quando nosso ponto de gravidade interior
to direto com o mundo natural. está em seu lugar certo - no centro do nosso ser
biológico-psicológico-energético-mental -, isso cria
Os vampiros energéticos são de dois tipos princi- um estado de harmonia no corpo sutil capaz de im-
pais: os conscientes e os inconscientes. Os primei-
ros são mais raros. Exatamente por serem cons-
cientes, sabem das consequências nefastas que a
prática do vampirismo energético acarreta para o
“Quanto mais a pessoa
próprio vampiro. Sabem que essa prática signifi- estiver voltada para
cará para eles uma angustiante situação de depen-
dência, na qual não mais poderão viver distantes de
si mesma, mais terá
suas vítimas. E muitos deles conhecem uma lei ele- dificuldade em estabelecer
mentar da magia, a “lei do retorno”, pela qual todo
aquele que rouba será, mais cedo ou mais tarde,
contato com fontes naturais
roubado. Mas os segundos, os vampiros inconscien- de nutrição energética”
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pedir e até mesmo rechaçar qualquer tentativa de onde o autor descreve vários métodos de suicídio e
invasão externa com finalidades predatórias. Mas, de eutanásia. Não dê moleza.
quando perdemos a posse do nosso centro de gra-
vidade, quando o projetamos para fora de nós mes- Vampiro inquiridor - Dispara uma pergunta
mos, isso altera e debilita a estrutura do corpo su- atrás da outra. Se você tenta responder, ele corta
til, tornando-o permeável àquela invasão. “Fulano sua resposta fazendo outra pergunta, talvez de as-
está fora de si”, diz a voz popular, significando que sunto completamente diverso. Esse vampiro não
o sujeito está doido. Além de doido, torna-se presa tem nenhum interesse em respostas. Quer apenas
fácil de vampiros de energia vital. desestabilizar o equilíbrio da mente da vítima, per-
turbando o fluxo normal dos pensamentos dela.
Os vampiros são sagazes e sabem disso. De modo
consciente, ou instruídos pelo seu instinto rapace, Defesa: Corte-lhe as investidas reagindo com per-
sabem que para melhor sugar alguém devem, antes, guntas, de preferência idiotas, absurdas ou contun-
desestabilizar as defesas da vítima. Devem “tirar dentes. Por exemplo: “Você já transou com pessoa
a vítima do seu eixo”. Lançam mão, para isso, de
vários estratagemas, todos eles com o objetivo de
fazer com que a vítima perca o contato com o seu
centro interno e, dessa forma, escancare as portas
de entrada do seu corpo sutil à sanha do predador.