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Física I

Medição
Imagine que está deitado na praia a observar o pôr-do-sol no mar. Ao levantar-se, vê o Sol a
desaparecer uma segunda vez. Acredite ou não, a medição do intervalo de tempo entre os dois
crepúsculos permite estimar o raio da Terra. Como será possíve l, através de uma observação tão
simples medir o tamanho da terra?

Referencial
Uma viagem inesquecível

Imagine que lê na imprensa o anúncio:

Agencia de viagens Espaciais.


Aos espíritos ávidos de aventuras oferecemos as primícias de uma maravilhosa viagem. Em duas
horas, depois de percorrer no Universo mais de 200000 km encontrar-se-ão sãos e salvos na
Terra. Preços de promoção!

Entusiasmado, vai à agencia e resolve inscrever-se, depois de adiantar uma quantia que lhe
parece realmente pequena, atendendo à grandeza da viagem.
No dia indicado, já pela noite dentro, vai ao ponto de partida, situado no terraço de um
alto edifício. Aí há um engenho espacial onde ocupa o seu lugar. A noite está esplêndida e pode
contemplar as estrelas, a Lua, um ou outro planeta. Uma voz explica o maravilhoso quadro: fala
de estrelas, de constelações, de galáxias, de terríveis distâncias de centenas e milhares anos- luz,
da expansão do Universo, da tremenda explosão inicial etc. Se bem que a explicação seja muito
interessante e amena, está impaciente por iniciar a viagem.
Decorridas duas horas, a voz anuncia: senhores “viajantes” terminaram a vossa aventura.
Como a velocidade da Terra, na sua órbita é de uns 30 km/s, de acordo com as nossas promessas
percorreram mais de 200000 km no Universo. A vossa nave, gigantesca, foi a Terra. Boa noite.
(não posso transcrever o que disseram os viajantes)
O assunto foi aos tribunais. Os “viajantes” dizem que não se moveram, que não houve
viagem. A agência, que a viagem aconteceu como se indicava no anuncio. Qual é a sua opinião?

ESTIG – IPB 1
Física I

Exemplo:
Suponha que está deitado numa praia e observa o Sol a “desaparecer” no oceano, nesse momento
liga um cronómetro. Em seguida levanta-se, fazendo com que os seus olhos se movam para cima
a uma distância h = 1,70 m, e pára o cronómetro no momento em que o Sol torna a desaparecer.
Se o intervalo de tempo medido pelo cronómetro é t = 11,1 s, quanto mede o raio da Terra?

De acordo com o Teorema de Pitágoras, temos:

d2 + r2 = (r + h) 2 = r2 + 2rh + h2
ou
d2 = 2rh + h2

Como a altura h é muito menor que o raio da Terra r, o termo h2 pode ser desprezado em
comparação com o termo2rh, e podemos escrever,

d2 = 2rh

Num dia completo a Terra gira 360º, logo podemos escrever:

θ t
=
360º 24h

Para t = 11,1 s podemos escrever:

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Física I

( 360º )(11,1s )
θ=
( )(
( 24h) 60 min h 60s min )
= 0,04625º

De acordo com a figura, podemos ver que d = r tag θ, substituindo na equação d2 = 2rh:

r2 tang2 θ = 2rh

2h
r=
tan g 2θ

r=
(2 )(1,70m) = 5, 22 x106 m
tan g 0,04625

O que difere em menos 20% do verdadeiro valor do raio (médio) da Terra, que é 6,37 x 106 m.

FACTOR FACTOR

ESTIG – IPB 3
Física I

r r r
Vectores
Nas aulas vamos utilizar i , j , k

Vectores e escalares

Uma partícula confinada a uma linha recta pode mover-se apenas numa direcção. Podemos
considerar o movimento positivo num sentido e negativo no outro. Para uma partícula que esteja
em movimento no espaço, porém, um sinal positivo ou negativo não é suficiente para indicar a
direcção e o sentido do movimento. É necessário um vector para mostrar a direcção e o sentido.

Um vector tem um módulo, uma direcção, um sentido, um ponto de aplicação e obedece a


certas regras de combinação.

Uma grandeza vectorial é uma grandeza que é representada por um vector, isto é, uma grandeza
que pode ser caracterizada por um módulo, uma direcção e o sentido.

Nem todas as grandezas físicas envolvem uma direcção. Não podemos, por exemplo, associar
uma direcção no espaço a grandezas como a temperatura, a pressão, a energia, a massa e o
tempo. Essas grandezas chamam-se escalares e combinamo- las através das leis da álgebra
comum.

Representação de um vector

Em função de um versor

Consideremos uma direcção no espaço.


Se a essa direcção associarmos um vector com um sentido por nós convencionado e módulo
r
unitário – vector unitário ou versor – ( e x ) –, poderemos representar qualquer vector com essa
direcção, em função do versor.
r r
Consideremos dois vectores, v1 e v2 , com a direcção do eixo dos xx.

r r
v2 v1 x

Cada vector será representado pelo produto de um escalar pelo versor.

Esse escalar é a medida do vector afectado do sinal (+) ou (-) conforme o sentido.

Assim:
r r r r
v1 = v e x e v2 = -v e x
em que v é um escalar ( >0, <0 ou =0), que nos indica a norma e o sentido do vector.

ESTIG – IPB 4
Física I

Em função das suas componentes num referencial ortonormado

r
ey

r
ex x
r
ez

r r r r r r
ex = ey = ez e ex ⊥ ey ⊥ ez

r
Consideremos agora um vector a e um referencial 0 xy

r
r a
ay

r
ey

r r
ex ax

ESTIG – IPB 5
Física I

r r r
O vector a poderá ser considerado a soma vectorial de dois vectores, a x e a y ;

r r r
a = ax + ay

r r r
a = a x ex + a y e y

Observado a figura podemos concluir que:

r2
a = a x2 + a y2

então a norma do vector é dado pela expressão:

r
a = a 2x + a 2y

E se o referencial for tridimensional?

Operações com vectores

Soma de vectores

O vector soma é um vector com componentes escalares que são a soma das componentes
escalares referentes aos mesmos versores.
Assim, se considerarmos dois vectores
r r r r
a = a x ex + a y e y + a z ez

e
r r r r
b = bx ex + by e y + bz ez

o vector soma destes vectores será

r r
a + b = (a x + bx )ex + (a y + by )ey + (a z + bz )ez
r r r

Produto escalar

O produto escalar de dois vectores é uma operação que transforma dois vectores num escalar.
Este escalar é o produto das normas dos vectores pelo co-seno do ângulo por eles formado.
Os sinais convencionados para representar o produto escalar são

(•) ou (/)

ESTIG – IPB 6
Física I

Assim

r r r r
a • b = a • b • cos α

r r
(α é o menor ângulo entre os vectores a e b )

r r r
Aplicando o produto escalar aos versores e x , e y e e z (dois a dois) de um sistema de eixos
ortonormados 0xyz, teremos:
r r
ex • ex = 1
r r
ey • ey = 1
r r
ez • ez = 1

r r r r
ex • e y = e y • ex = 0
r r r r
e y • e z = ez • e y = 0
r r r r
ez • ex = ex • ez = 0

Podemos agora, usando estes resultados, deduzir uma outra expressão para o produto escalar.
Assim, se considerarmos os vectores

r r r r r r
a = ax ex + a ye y + az e z
r r r r
b = bx ex + by ey + bz e z

r r
a • b = ax bx + a yb y + a z bz

O produto escalar é utilizado em Física:

• Na determinação de certas grandezas como, por exemplo, o trabalho;


• Na verificação de perpendicularidade entre dois vectores;
• Na determinação do ângulo formado por dois vectores.

Produto vectorial
r r r
O produto vectorial de dois vectores, a e b , é um vector c com as seguintes características:
r r
• Direcção – perpendicular ao plano definido por a e b ;
r r
• Sentido – o da progressão de um saca-rolhas que roda de a para b ;
r r r
• Norma - c = a • b senα
r r
Sendo α o menor ângulo entre a e b
ESTIG – IPB 7
Física I

Os sinais que representam o produto vectorial são:

(∧ ) ou (x)

r r r
logo c = axb

De acordo com a definição do produto vectorial, se consideramos um sistema de eixos


ortonormados 0xyz teremos.

r r r
ex x ey = ez
r r r
ey x ez = ex
r r r
ez x ex = ey

r r r
e y × e x = −e z
r r r
e z × e y = −ex
r r r
e x × e z = −e y

r r r
ex × ex = 0
r r r
ey × e y = 0 ( sen α = 0 )
r r r
ez × ez = 0

• O produto vectorial não é comutativo, pois,


r r
( )
r r
a ×b = − b ×a
• O produto vectorial goza da propriedade distributiva
r r r
( r r
) ( r r
a × b + c = a × b + (a × c ) )
• Se designarmos por m um escalar qualquer será:
r r r
( )
r r r
ma × b = a × mb = m a × b

• Dados os vectores
r r r r
a = a x e x + au e y + a z e z
er
r r r
b = bx e x + bu e y + bz ez

r r
Vamos calcular a × b

ESTIG – IPB 8
Física I

Para facilitar o cálculo vamos utilizar uma matriz, e para resolver essa matriz, vamos recorrer à
regra de Cramer.
r r r
ex ey ez
ax ay az
bx by bz

r
Para calcular a componente segundo e x elimina-se a linha horizontal que contém os versores dos
r
eixos e a coluna vertical que contém e x e faz-se em seguida o produto cruzado ( ay bz – azby ).

r r r r
ex ey ez = (ay bz – azby ) e x
ax ay az
bx by bz

r r
Para calcular as componentes de e y e e z , procede-se de modo análogo.

r r r r
ex ey ez = (azbx – ax bz) e y
ax ay az
bx by bz

r r r r
ex ey ez = (ax by – ay bx ) e z
ax ay az
bx by bz

r r r r r
Então a × b = (ay bz – azby ) e x + (azbx – ax bz) e y + (ax by – ay bx ) e z

Derivadas
Em muitos ramos da ciência é necessário usar os instrumentos básicos de cálculo, inventado por
Newton, a fim de se descreverem os fenómenos físicos.

ESTIG – IPB 9
Física I

E. Derivada do quociente de duas funções


dg dh
−g
d  g(x)
h
  = dx 2 dx
dx  h( x )  h

F. Derivada da raiz

dg
d
( n
)
g(x) =
dx
dx n g(x)

Exemplos

Dada a função: g = 2,5 x2 + 1,5 x

Determina

dg
dx

ESTIG – IPB 10
Física I

Vivemos num mundo que tem como uma das principais características o movimento.
Mesmo corpos que aparentemente estão em repouso, só estão neste estado em relação a um certo
referencial. Quando estamos deitados na cama, tudo à nossa volta parece estar em repouso. E de
facto, tudo está em repouso em relação ao nosso corpo. Mas não está em repouso em relação à
Lua, ou ao Sol. Se estivéssemos deitados numa cama de uma carruagem de um comboio, todos
os objectos do quarto pareciam-nos em repouso, apesar deste conjunto se mover em relação aos
trilhos. Perante isto concluiremos que o movimento (ou o repouso) é uma característica de um
corpo em relação a um referencial específico.
Quando um objecto real está em movimento, além da sua translação o objecto também pode
girar ou oscilar. Se considerarmos sempre essas características, o movimento do corpo seria
sempre bastante complicado de se estudar. Acontece, que em diversas situações o fenómeno
mais importante é a translação. Desse modo, sem incorrer em grande erro, podemos isolar este
tipo de movimento e estuda- lo como o único existente.
Devemos ainda considerar que corpos que apresentam apenas o movimento de traslação podem
ser estudados como partículas, porque todas as partes do corpo com esse movimento descreverão
a mesma trajectória.
Num nível inicial, o estudo ainda pode ser mais simplificado porque matematicamente, uma
partícula é tratada como um ponto, um objecto sem dimensões, de tal maneira que rotações e
vibrações não estarão envolvidas no estudo do seu movimento.
Em resumo: vamos tratar como pontos materiais (ou partículas) os corpos que tenham apenas
movimento de translação, e o caso mais simples será quando a partícula apresentar um
movimento rectilíneo.

Posição e deslocamento
A localização de uma partícula é fundamental para a análise do seu movimento. O seu
movimento é completamente conhecido se a sua posição no espaço for conhecida em todos os
instantes. Vamos considerar que esse movimento tem uma trajectória rectilínea que tem como
posição inicial o ponto P com coordenada xi no instante ti e posição final com coordenada xf no
instante xf.
O deslocamento ∆x é uma medida da diferença entre as posições inicial xi que a partícula
ocupou e a sua posição final x f :

∆x = x f − xi

e o intervalo de tempo será:

∆t = t f − t i

r
Quando o movimento se faz em duas ou três dimensões utilizaremos para deslocamento ∆r

ESTIG – IPB 11
Física I

Velocidade média e velocidade instantânea

• velocidade média

A velocidade média é definida como a


razão entre o deslocamento e o tempo gasto.
r
r ∆r
vm =
∆t

Para calcularmos a velocidade média temos


r
que conhecer o vector deslocamento ∆r .
r r r
∆r = r f − ri

r r r r
ri = xi i + yi j + z i k

r r r r
rf = xf i + y f j + z f k

• velocidade instantânea

À medida que o intervalo de tempo ∆t diminui o ponto Q


aproxima-se do ponto P (ver figura). No limite quando
∆t → 0 , quando o ponto Q tende para o ponto P, ou seja
v = tan α . Assim, a velocidade instantânea num dado
ponto do gráfico posição versus tempo é a tangente à
curva neste ponto específico.

A definição de velocidade instantânea será:


r r
r ∆r dv
v = lim =
∆t →o ∆t dt

Aceleração média e aceleração instantânea

• Aceleração média

Quando uma partícula se move com uma velocidade


r r
v i no instante ti e com uma velocidade v f no instante
tf, definimos a sua aceleração média como:
r
r ∆v
am =
∆t
r r r
∆v = v f − v i

ESTIG – IPB 12
Física I

• Aceleração instantânea

r r
r ∆v dv
a = lim =
∆ t → 0 ∆t dt

Classificação do movimento

Uniforme
• Movimento rectilíneo
Uniformemente variado

Uniforme

Quando uma partícula está animada com este movimento a sua velocidade é constante, O que
implica que tenha aceleração nula.

x = x0 + vt

Equações v = const

a=0

Uniformemente variado

1 2
x = x0 + v0 t + at
2
Equações
v = v0 + at

a = const

ESTIG – IPB 13
Física I

Demonstração da equação de torricelli

 v − v0  1  v − v0 
2

1
x = x 0 + v 0t + at 2 x = x0 + v0   + a 
2  a  2  a 
v − v0
v = v 0 + at t= a.a
a

v.v0 − v 2 0 v 2 − 2v.v0 + v 2 0 v 2 = v 2 0 + 2 a∆x


x − x0 = +
a 2a

Mas porque será que existe variação de velocidade e como consequência aparece a grandeza
aceleração?

Porque actuam forças nos corpos.

A força é uma grandeza vectorial e, como tal, tem:

• Módulo
• Direcção
• Sentido
• Ponto de aplicação
No (SI) a unidade de força é o newton (N)

Leis de Newton

1ª lei ou lei da inércia

Se o somatório das forças que actuam num corpo for nula, o corpo está em repouso ou em
movimento rectilíneo e uniforme.

2ª lei de Newton ou lei fundamental da dinâmica

r dpr
F=
dt
r
em que p representa o momento linear ou quantidade de movimento.

ESTIG – IPB 14
Física I
r r
p = m⋅v

se m for considerada constante:

r d (mvr ) dv
r
v r r
F= =m = ma ou seja F = ma
dt dt r r
Mas atenção a expressão F = ma só é válida se a massa for considerada constante.

3º lei de Newton ou lei da acção e reacção

Sempre que dois corpos se influenciam mutuamente, através de forças, surge um para acção-
reacção.

O exemplo considerado refere-se ao sistema Sol- Terra. O Sol exerce uma força sobre a Terra
r r
FST e a Terra exerce uma força FTS sobre o Sol de igual módulo, com a mesma direcção e
sentido contrário.

Então um par acção-reacção são duas forças que têm:


• O mesmo módulo;
• A mesma direcção;
• Sentido contrário;
• Pontos de aplicação diferentes.

ESTIG – IPB 15
Física I

Movimento circular

A equação do vector posição apresenta a seguinte forma:


r r r
r = r cos ωt i + r sin ωt j

sendo r o raio da trajectória e ωa velocidade angular.

As coordenadas da posição da partícula sobre a trajectória, x e y, são funções sinusoidais do


tempo. Se eliminar esta variável x e y obtém-se a equação da trajectória

x 2 + y2 = r 2

Observe a circunferência:

∆θ = θ2 − θ1

Como se pode perceber, pelas figuras, temos uma posição angular θ e um deslocamento angular
∆θ .
Movimento circular e uniforme

O corpo está sujeito a uma força do tipo centrípeto (dirigida para o centro da trajectória)

Fc = m.ac , em a c é a aceleração centrípeta

o módulo do vector velocidade é constante

r
v = const

mas o vector velocidade não é constante


r r
v ≠K
ESTIG – IPB 16
Física I

A aceleração centrípeta

v2
ac =
r
Tal como a velocidade o módulo é constante mas o vector não é constante.
r r r
ac = const ac ≠ K

ESTIG – IPB 17
Física I

Como se pode perceber trata-se de um movimento periódico. Um corpo com m.c.u. descreve
ângulos iguais em intervalos de tempo iguais. Então vamos definir um período e uma frequência
.
Período representa-se por T e é definido como o tempo que o corpo demora a executar uma volta
completa. A unidade é o segundo.

Frequência é o tempo que o corpo demora a executar uma volta completa.

Relação entre período e frequência. A unidade é o hertz.

1
T=
f

ESTIG – IPB 18
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ESTIG – IPB 21
Física I

ESTIG – IPB 22
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Referenciais inerciais e referenciais não inerciais

Um referencial inercial é um referencial em que é válida a primeira lei de Newton.

Se uma partícula estiver tiver uma aceleração a em relação a um observador num referencial
num referencial inercial, o observador poderá, neste referencial, utilizar a segunda lei de
Newtow. Se o observador, porém, estiver num referencial acelerado (observador não inercial) e
tentar aplicar a segunda lei de Newton ao movimento de uma partícula terá introduzir forças
fictícias, a fim de garantir a validade da segunda lei de Newton nesse referencial. Estas forças
fictícias são também denominadas forças inerciais.

Vamos tomar o seguinte exemplo


Uma pequena esfera de massa m está pendurada no tecto de uma carruagem acelerada. De
acordo com um observador em repouso (observador inercial), as forças as forças que actuam
sobre a esfera são a tensão e o peso. O observador conclui que a aceleração da esfera de massa m
é igual à aceleração da carruagem e que essa aceleração é provocada pela componente horizontal
da tensão, e a componente vertical da tensão equilibra o peso. O observador inercial escreve a
r r r
segunda lei de Newton T + mg = ma

ESTIG – IPB 23
Física I

Segundo um observador não inercial que está na carruagem a esfera está em repouso e a
aceleração é nula. Por isso o observador não inercial , a fim de equilibrar a componente
horizontal da tensão, introduz uma força fictícia, -ma , e afirma que a resultante que actua na
esfera é nula.

Nesse referenc ial não inercial, a segunda lei de Newton será:


T sin θ − ma = 0
T cos θ − mg = 0
Podemos depreender que o observador não inercial chega ao mesmo resultado matemático que o
observador inercial. Mas a interpretação física é diferente.

ESTIG – IPB 24
Física I

ESTIG – IPB 25
Física I

ESTIG – IPB 26
Física I

ESTIG – IPB 27
Física I

Força de Coriolis

Vamos supor que no centro de uma plataforma giratória animada de movimento de rotação com
velocidade angular ω, constante se encontra um observador, que dispara um projéctil com
velocidade v . Este projéctil, após o disparo, não está ligado à plataforma por nenhum tipo de
forças, movendo-se livremente no espaço. Para um observador situado fora da plataforma o
projéctil dirige-se rectilineamente para o exterior com velocidade v , atingindo a distância r , em
r
relação ao centro, decorrido o intervalo de tempo t = . Mas, neste mesmo intervalo de tempo, a
v
plataforma rodou de um ângulo α = ωt , por isso, um observador que se encontra na plataforma
constata que o projéctil não se encontra no ponto A da mesma, como ele talvez tivesse esperado,
mas sobre o ponto B. O projéctil visto da plataforma foi desviado para a direita de um espaço
y = αr , perpendicularmente à direcção do deslocamento esperada.

Exprime-se assim este espaço em função do tempo de voo do projéctil

y = r α ⇔ y = vtωt ⇔ y = vωt 2 . (1)

O observador que se encontra na plataforma tem de atrib uir este desvio a uma aceleração, que
actua perpendicularmente à velocidade. A evolução do movimento permite concluir que existe

1 2
uma aceleração constante a, pois esta leva a y = at .(2)
2

Por confronto com as equações 1 e 2 temos a = 2ωv (aceleração de Coriolis)


A esta aceleração corresponde uma força Fc = ma = 2 mωv (força de Coriolis)

Se a velocidade não for perpendicular ao eixo de rotação do disco, mas fizer um ângulo α , a
aceleração de Coriolis é dada por
r r r
a = 2v xω
a = 2vωsin α

ESTIG – IPB 28
Física I

Na Terra animada de movimento de rotação, a força de Coriolis tem, em geral, uma componente
horizontal e outra vertical.

Quando o movimento decorre à superfície, a força de Coriolis actua no pólo apenas


horizontalmente e radialmente no equador; neste último caso tem a mesma orientação que a
força centrifuga. A componente horizontal provoca em todos os corpos que se movem no
hemisfério norte um desvio para a direita.

ESTIG – IPB 29
Física I

Princípios da conservação

Os princípios da conservação dão-nos uma ajuda preciosa na resolução de problemas, onde não
se conhecem as forças que actuam num corpo num determinado instante, nem é possível medi-
las com rigor. Ex: Choques de corpos.

Principio da conservação da Energia mecânica

Se a resultante das forças exteriores que actuam num corpo for nula, a energia mecânica
mantém-se constante.
∆Em = 0
Exemplo:
Descida de um corpo livre, ao longo de um plano inclinado (partindo do repouso e sem atrito)

2
h1

h2
α

Como a única força que actua no corpo é a força gravítica, as forças exteriores são nulas,
podemos dizer que existe conservação da energia mecânica.

Posição 1: Em1 = Ep1 + Ec1

Mas como consideramos que o corpo partiu do repouso Ec 1 =0

Em1= mgh1

Posição 2: Em2 = Ep2 + Ec2

2
mv2
Em2 = mgh2 +
2
v = gt sin α (1)
2

1
l = g sin αt 2 (2)
2

Utilizando (1) e (2) v 2 = 2 g (h1 − h2 )

Em2 = mgh2 + 2 g (h1 − h2 ) = mgh1 = Em1


1
2

ESTIG – IPB 30
Física I

Momento linear
r r
p = mv

Principio da conservação do momento linear

Se a resultante das forças que actuam num corpo for nula o momento linear de uma partícula
mantém-se constante.
r r
∆p = 0

Choques
Para se medir a variação da energia cinética eventualmente ocorrida num choque, é comum
recorrer-se a uma grandeza adimensional chamada coeficiente de restituição (e), que relaciona a
velocidade relativa de afastamento dos corpos depois do choque e a velocidade relativa de
aproximação antes do choque:

velocidade relativa de afastament o (depois)


e=
velocidade relativa de aproximaçã o (antes)

Atenção:
a) Velocidades de sentidos contrários v AB = v A + v B
b) Velocidades de mesmo sentido v AB = v A − v B
Observações:
1) O resultado vAB obtido é em módulo.
2) Se houver colisão e os móveis permanecerem juntos após esta, tem-se evidentemente
vAB=0

Principais tipos de choque Coeficiente de restituição Energia Momento linear


Perfeitamente inelástico e=0 Máxima Constante
dissipação
Parcialmente elástico e <1 Dissipação Constante
parcial
elástico e=1 Conservação Constante
da energia
cinética

ESTIG – IPB 31
Física I

Momento angular

r r r
L=rx p

em módulo L=r m v sin α

Momento de uma força


r r
M F0r = r xF

em módulo M F0 = rF sin α

Vamos fazer a derivada do momento angular em ordem ao tempo:


r r r r r
dL dr r r dv dL r r dL r r r
= m xv + mr x ⇔ = mr xa ⇔ = r xF = M
dt dt dt dt dt

igual a zero
Então podemos enunciar o princípio da conservação do momento angular

“Quando for nulo o momento total em relação a um ponto, das forças exteriores que actuam
numa partícula, o momento angular desta, em relação ao mesmo ponto, manter-se-á
constante”.

ESTIG – IPB 32

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