Na manutenção de um ambiente terapêutico e seguro, reforcei a aprendizagem

sobre a promoção da segurança do cliente actuando como advogado do doente na

equipe multidisciplinar. Enquadro esta aprendizagem nas competências transversais no
domínio da melhoria contínua da qualidade.

Esta aprendizagem foi adquirida no serviço de urgência quando cuidei com uma
gestante com 26 semanas com metrorragia. Durante a avaliação do médico obstetra
houve necessidade de realizar toque vaginal, que para tal preparou luvas de
procedimento. Por ser um procedimento asséptico, imediatamente solicitamos uma luva
cirúrgica de modos a prevenir infecção vaginal.

A segurança do paciente é um imperativo ético e moral do cuidado para com os

outros, deve ser aplicável em todo aspecto ligado ao cuidado em saúde. Considera-se a
segurança do doente a redução dos riscos de danos associados aos cuidados de saúde.
Uma acção que ocorre fora do plano considera-se erro e pode acarretar grandes
prejuízos para os clientes e para os serviços de saúde. Vários aspectos podem contribuir
para a segurança do cliente, como as metas internacionais de segurança do cliente
espelhadas pela OMS para a redução dos efeitos adversos[ CITATION Açõ17 \l 2070 ].
Portanto a assistência da equipa multidisciplinar, direcionada ao cliente e família deve
ser integral às suas necessidades modo a promover a segurança dos mesmos. Também
têm direito de participar activamente na promoção de sua segurança durante a
assistência à saúde com autonomia e responsabilidade (HESMAN, 2007 citado por
Pereira, Matias, Ceatano & Lima, 2015).

Esta situação me fez reflectir que o enfermeiro na equipa multidisciplinar, actua

como advogado do doente, evitando qualquer situação que coloque em risco a vida dos
clientes. A redução do risco de adquirir infecções associadas aos cuidados de saúde é
uma das metas de segurança da OMS e a garantia do cumprimento desta meta e das
outras também são da responsabilidade dos enfermeiros. Portanto a mobilização da
pratica baseadas em evidencias pode ser uma das formas de promover a segurança dos
clientes. Senti-me satisfeito, pois o toque vaginal foi realizado correctamente com
técnica asséptica com recurso ao uso de luvas estéreis. Tive dificuldade em solicitar a
luva, por encontrar-me na condição de estudante, mas com ajudada professora
conseguimos adquiri-la. Deve-se prestar cuidados com intuito de prevenir e melhorar
continuamente os cuidados de saúde,
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Pereira, F. G., Matias, É. O., Ceatano, J. Á., & Lima, F. E. (2015). Segurança do
paciente e promoção da saúde: uma reflexão emergente. Rev. Baiana Enferm.,
29(3), 271-277. Fonte:
https://portalseer.ufba.br/index.php/enfermagem/article/view/12205/pdf_10.

Siman, A. G., Cunha, S. G., & Brito, M. J. (2017). Ações de enfermagem para
segurança do paciente em hospitais: revisão integrativa. Rev. enferm. UFPE on
line,, 11(Supl. 2), 1016-1024. Fonte:
https://pdfs.semanticscholar.org/78c8/ee7bc782d1a76d907ef3188c6873cae50cbf
.pdf.

A partir de uma leitura preliminar podemos constatar que nesta teoria Peplau enfoca o
potencial terapêutico do relacionamento de pessoa-para-pessoa e mostra que, embora o
enfermeiro possa administrar medicamentos e auxiliar em outros tratamentos
psiquiátricos , o principal modo como ele i nfluencia diretamente no atendimento ao
paciente é através do uso que faz de si mesmo enquanto lida com um cl iente em i
nterações individuais. Para lidar em i nterações individuais, a referida autora apresentou
as fases da relação interpessoal, os papéis nas situações de enfermagem e os métodos
para o estudo da enfermagem como um processo i nterpessoal com foco no
desenvolvimento das relações entre o paciente e o enfermeiro, os quais têm como base o
interacionismo, a fenomenologia, o existencial ismo fi losófico e o humanismo.