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Faculdade de Comunicação
Novas Tecnologias da Comunicação
Prof. Luis Carlos Petry
Projeto de cd-rom:
4ºG – Cinema
Bianca Gonçalves Bueno
Tema
O cd-rom ainda pode ser visualizado por partes, onde o aluno busca
sanar suas dúvidas e curiosidades, construindo, através de sua exploração
do cd-rom, um repertório para o melhor desenvolvimento das aulas em
sala.
Descrição
Griffith:
• Biografia (4 telas)
• Filmografia (2 telas)
• Ângulos: 1. Plongée
2. Contre-plongée
3. Oblíquio
4. Altura normal
• Profundidade de Campo
Filmes (1 tela principal e um vídeo para cada um dos 13 itens) – itens na página
á parte
Bibliografia (1 tela)
Créditos
A narrativa
cinematográfica clássica
Introdução
1A palavra auteur, do francês, tem três traduções que podem ser atribuídas a Griffith, portanto
achei melhor manter o original. São elas: inventor, autor e escritor.
Griffith e Dickens
Quando o Sr. Griffith sugeriu que a cena de Annie Lee esperando pela volta do marido fosse
seguida de uma cena de Enoch naufragado numa ilha deserta, foi mesmo muito perturbador. “Como
pode contar uma história indo e vindo deste jeito? As pessoas não vão entender o que está
acontecendo.”
“Bem”, disse o Sr. Griffith, “Dickens não escreve deste modo?”
“Sim, mas isto é Dickens, este é um modo de se escrever um romance; é diferente.”
“Oh, não tanto; escrevemos romances com imagens; não é tão diferente!”2
2Mrs. D. W. Griffith, When the Movies Were Young, Nova York, 1925. Tradução retirada do texto
“Dickens, Griffith e nós”, de Serguei Eisenstein.
afirma ainda que After Many Years é um “filme memorável por ter sido o primeiro
no qual o primeiro plano foi usado inteligentemente e, principalmente, utilizado”.
O Close-up
O Corte
A montagem
Movimentos de câmera
12 Jean Mitry, Esthétique et psychologie du cinéma I, Paris, Edicions universitaires, 1963, pg. 273.
13 Ramírez, El cine de Griffith, México, Ediciones Era, 1972.
Pode ser observada a utilização de panorâmicas tanto nos filmes de
perseguição do período 1903-1906, que possuem um fio narrativo mínimo, como
em filmes de plano único, que funcionam claramente como pura atração, feitos já
a partir de 1895.
Em Os Mosqueteiros de Pig Alley de Griffith, o bandido se aproxima da
câmera, assim como o trem que os irmãos Lumière filmaram em 1895.
Profundidade de campo
O plano americano
Em 1916 Griffith realiza o que hoje é tida como uma obra prima: Intolerância.
Analisando-se hoje, pode-se dizer que o filme foi um momento de ambição de
Griffith, que apesar de sua grandiosidade, não soube administrar, visual e
financeiramente.
A gênese de Intolerância começou a surgir na mente de Griffith em 1912.
Naquele ano Quo Vadis?, um filme italiano de 22 rolos, importado por George
Kleine ficou 22 semanas em exibição no Astor Teatro da Broadway, a um dólar por
entrada. Este filme italiano era baseado nos julgamentos dos cristãos no Coliseu
de Nero. Griffith nunca admitiu ter assistido a Quo Vadis?, mas é sabido que ele
começou a ler a Bíblia em seu quarto de hotel na época por outros motivos que
não assistência espiritual.
Em seu quarto de hotel, Griffith desenhou quatro histórias paralelas da
História, expondo a volatilidade da opinião pública: Babilônia, Jerusalém, Paris e
Nova York.Ele encontrou seu catalisador literário uma noite em Folhas de Grama,
de Walt Whitman:
... balança o berço sem cessar,
unificador do aqui e do porvir.
Ele imaginou uma mulher balançando o berço da humanidade, símbolo da
esperança e vida eterna.
A história de Intolerância é desenvolvida por meio de quatro episódios
paralelos: a queda da Babilônia, a peregrinação de Jesus, o massacre dos
Huguenotes e um homem e uma mulher em meio da luta do capital e do trabalho,
envolvendo sempre o berço que balança e enlaça todas as histórias.As quatro
histórias se desenvolvem em uma montagem em paralelo.
O filme Bom Dia Babilônia (Good Morning, Babylon), dos irmãos Paolo e
Vittorio Taviani (1987) é uma homenagem ao filme de Griffith, e mostra influência
dos filmes italianos, principalmente de Cabíria sobre ele. O travelling realizado em
uma das cenas da Babilônia é baseado em Cabíria.
Em Intolerância Griffith faz uso de todas as técnicas desenvolvidas ao longo
de sua carreira como diretor. Usa a câmera móvel para seguir as cenas de
multidão e faz uma panorâmica do set babilônico a partir de um balão usando
como inspiração o Cabíria travelling ou movimento Cabíria, muito copiado pelos
cineastas americanos na época, devido ao sucesso que o filme italiano obteve.
Uma das mais cenas mais memoráveis do filme é o julgamento história
moderna, em que a jovem, interpretada por Mãe Marsh, troca olhares angustiados
com o marido que está sendo julgado. Para expressar o efeito de angustia para a
jovem mãe no banco de testemunhas, Griffith fez Billy Bitzer filmar apenas as
mãos fortemente crispadas da jovem mulher. Ele queria que o espectador
experimentasse suas emoções. O uso do campo/contracampo usado nesta cena é
um dos mais belos e mais copiado, em que Griffith expõe a técnica aprendida.
Como nos demais finais marcados pela convergência de tensões e pela
aceleração. Griffith usa planos que se tornam cada vez mais curtos temos um
ritmo acelerado que dá a impressão de uma tensão crescente, de aproximação do
centro dramático, até mesmo de angústia. A seqüência final de Intolerância com o
episódio moderno mostra alternadamente a esposa heróica que corre, num carro,
com a carta de perdão que concederá o indulto que o salvará, enquanto se prepara
a execução do condenado inocente.
Intolerância, ao contrário de O nascimento de uma Nação, não foi
compreendido. O público achou o filme confuso e fatigante, e o desejo de Griffith
de instruir e reformar passando sermão converte para um caso de mistério. Os
títulos, demasiado líricos, contrastam com a força brutal das imagens, e a
seqüência bíblica resulta fraca e convencional, ausente das idéias contidas ao
longo de todo o filme.
Mais tarde em sua carreira, depois de encontrar com o presidente Harding,
alguns altos funcionários do governo confidenciaram a D.W.Griffith que
Washington, consciente da histeria de massa provocada por O Nascimento de uma
Nação, temeram que Intolerância poderia bem ter disparado a explosão de
sentimentos contrários à guerra através dos EUA bem quando o Presidente Wilson
tinha decidido que a guerra era inevitável. Assim o governo atirou na nuca do que
restava de Intolerância.
Conclusão
Gli ultimi giorni de Pompeii (Os últimos dias de Pompéia), de Mario Caserini, Itália,
1913.
Mary Jane’s mishap, or don’t fool with paraffin, de George Albert Smith, Inglaterra,
1903.
The great train robbery (O Grande Roubo do Trem), de Edwin S. Porter, 1903.
The Musketeers of Pig Alley (Os Mosqueteiros de Pig Alley), de D. W. Griffith, EUA,
1912.
EISENSTEIN, Serguei. A forma do filme. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990.
HART, James (edited by). The man who invented Hollywood – The autobiography
of D. W. Griffith. Louisville: Touchstone Publishing Company, 1972.
KEIL, Charlie. Transition through tension: Stylistic diversity in the late Griffith
Biographs. In: CINEMA JOURNAL. University of Illinois Press, v. 28, nº3,
Spring, 1989, pg. 22-40.
LEONE, Eduardo & MOURÃO, Maria Dora. Cinema e Montagem. São Paulo: Ática,
1993.
LEWIS, Roland. 101 Dicas Essenciais de Vídeo. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997.