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Ano 4, número 7, semestral, setembro 2014

O produtor cultural e a formalização de sua atividade

El gestor cultural y la formalización de su actividad

The cultural producer and the formalization of its activity

Sandra Helena Pedroso1

Resumo:

Palavras chave: Funções do produtor cultural tomando por base a formalização da


atividade frente ao Ministério do Trabalho e ao mercado cultural. Novos
Produtor cultural caminhos propiciados pela formalização da profissão, a formação
profissional e o conhecimento diferenciado.
MEI

EIRELI

Profissão

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Resumen:

Funciones del gestor cultural, con un análisis central en la formalización Palabras clave:
de la actividad frente al Ministerio de Trabajo y al mercado cultural.
Nuevos caminos propiciados por la formalización de la profesión, la Gestor cultural
formación profesional y el conocimiento diferenciado.
MEI

EIRELI

Profesión

Abstract:

Keywords: Cultural producer functions based on the formalization of the activity at


Ministry of Labour’s rule and the cultural market. New paths provided
Cultural producer formalisation of the profession, professional training and differentiated
knowledge.
MEI

EIRELI

Profession

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as condições para que outros criem ou


inventem seus próprios fins culturais.
A sociedade envelhecida, diante da Atua mais junto ao público do que pró-
reprodução social e a ação contra ximo ao produtor cultural. Ou seja, faz a
hegemônica ponte entre a produção cultural e seus
possíveis públicos”. Esta definição está
muito relacionada aos anos 80 e 90
Introdução como apontam alguns pesquisadores.

Este artigo tem por objetivo con- O Guia do Estudante define pro-
ceituar Produtor Cultural frente ao reco- dutor cultural como aquele que cria e
nhecimento da profissão em 2013 pelo organiza projetos artísticos e culturais -
Ministério do Trabalho, e comentar sua espetáculos de teatro, dança e música,
regulamentação, que, tendo ocorrido em produções televisivas, festivais, mostras
1978, até hoje não sofreu revisão frente e eventos. Cuida de todas as etapas do
aos novos arranjos produtivos, às novas projeto, da captação de recursos à sua
formas de contratação e às novas profis- realização final. Pode trabalhar com ar-
sões derivadas da antiga. tistas ou com organizações e empresas
voltadas para a área cultural. Como pro-
Para isso será utilizada como me- dutor executivo, faz o orçamento do pro-
todologia a revisão bibliográfica de estu- jeto, define cronogramas e busca recur-
diosos sobre o assunto e as legislações sos para a montagem da obra.
vigentes.
O Info Escola define como produ-
tor cultural da comunidade aquele que
Desenvolvimento apresenta performance profissional, se-
miprofissional ou amadora na esfera da
O profissional produtor cultural de- cultura, ou seja, artistas, artesãos, pro-
senvolve muitas atividades e, por isso, motores culturais etc.
lhe cabem diversas definições. Este arti-
go se inicia com algumas conceituações Roberto Corrêa Cobas Costas en-
de renomados professores e pesquisado- tende a produção cultural como uma área
res que possam conduzir ao entendimen- de atuação muito ampla, cabendo ao pro-
to da regulamentação da profissão. fissional as seguintes funções:

Marcondes Neto (2006) define o - criar e organizar projetos e produ-


produtor cultural como “a embreagem en- tos artístico-culturais;
tre o criador primeiro e o público alvo”. - estabelecer metas e estratégias;
Para Linda Rubim (2005) o produtor cul- - planejar, organizar e divulgar
tural é o profissional que idealiza, cria, projetos e produtos culturais de toda
planeja, controla, executa e supervisiona, natureza;
e que, em alguns casos, também assume - promover a integração entre cria-
a função de captador de recursos. ção artística e gerência administrativa na
produção de espetáculos, produtos audio-
Teixeira Coelho (2004) define visuais, obras literárias;
esse profissional como Agente cultural: - atuar na curadoria e organização
agente cultural e intermediário cultural. de mostras, exposições e festivais em di-
“É aquele que se envolve com a admi- versas áreas artísticas;
nistração das artes e da cultura criando - trabalhar em setores de marketing

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cultural, desenvolvendo estratégias de In- finalização dos projetos, gerindo os re-


vestimento em projetos culturais; cursos financeiros disponíveis para o
- exercer a gerência cultural e mesmo”. Esta definição foi adotada a
operacional em instituições públicas e partir da reflexão de um grupo de es-
privadas, atuando em centros culturais, pecialistas convidados pelo MTE para
galerias de arte, museus, bibliotecas, te- rever o Código Brasileiro de Ocupação
atros, cinemas; – CBO e no qual foi incluída a profissão
- compor equipes governamentais de Produtor Cultural.
de gestão cultural em níveis municipal,
estadual e federal, auxiliando na definição O CBO, de acordo com a Portaria
de políticas públicas para a cultura; nº 397, de 09 de outubro de 2002 do MTE
- contribuir nas ações de pre- é importante para:
servação e revitalização do patrimônio
cultural; Art. 2º - Determinar que os títulos e
- atuar no ensino, pesquisa e exten- códigos constantes na Classificação
são no magistério superior, nas áreas de Brasileira de Ocupações - CBO/2002,
produção cultural e afins. sejam adotados;
I. nas atividades de registro, ins-
Para Romulo Avelar (2008) é um crição, colocação e outras desenvolvi-
agente que deve ocupar a posição cen- das pelo Sistema Nacional de Empre-
tral nesse processo, desempenhando o go (SINE);
papel de interface entre os profissionais II. na Relação anual de Informa-
da cultura e os demais segmentos. Atua ções Sociais - (RAIS);
como “tradutor“ das diferentes lingua- III. nas relações dos empregados
gens artísticas. admitidos e desligados - CAGED, de
que trata a Lei Nº 4923, de 23 de de-
Segundo André Midani, executivo zembro de 1965;
da indústria fonográfica, “Tem vários tipos IV. na autorização de trabalho
de produtores culturais. O produtor cultu- para mão-de-obra estrangeira;
ral que é a pessoa que vai buscar fundos V. no preenchimento do comuni-
para investir em um determinado artista cado de dispensa para requerimen-
ou num grupo de artistas, haja vista a Lei to do benefício Seguro Desemprego
Rouanet, por exemplo. E tem outro tipo (CD);
de produtor cultural. Da música é a pes- VI. no preenchimento da Cartei-
soa que se encarrega de ser o compa- ra de Trabalho e Previdência Social -
nheiro do artista e que ajuda o artista a CTPS no campo relativo ao contrato
conceituar sua música. Este é um produ- de trabalho;
tor cultural também. Este não vai atrás do VII. nas atividades e programas
dinheiro, este vai atrás do talento.” do Ministério do Trabalho e Emprego,
quando for o caso;
O Ministério do Trabalho e Empre-
go - MTE define as funções dos produ- Art. 4º - Os efeitos de uniformização
tores culturais: “Implementam projetos pretendida pela Classificação Brasilei-
de produção de espetáculos artísticos ra de Ocupações (CBO) são de ordem
e culturais (teatro, dança, ópera, ex- administrativa e não se estendem às
posições e outros), audiovisuais (cine- relações de emprego, não havendo
ma, vídeo, televisão, rádio e produção obrigações decorrentes da mudança
musical) e multimídia. Para tanto criam da nomenclatura do cargo exercido
propostas, realizam a pré-produção e pelo empregado.

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Além da definição, o MTE também – Família


definiu qual a formação, experiência e 2621-05 Produtor cultural Ocupação
condições gerais para o exercício da pro- 2621 -05 Empresário de espetáculo,
fissão de Produtor Cultural: tecnólogo em produção cultural
2621-10 Produtor cinematográfico
Ocupação
Formação e experiência 2621-10 Produtor de imagem (cine-
ma) Sinônimo
Essas ocupações não demandam 2621-10 Produtor de som (cinema)
nível de escolaridade determinado para Sinônimo
seu desempenho, sendo possível que 2621-15 Produtor de rádio Ocupação
sua aprendizagem ocorra na prática. 2621-15 Produtor de som (rádio) Si-
Seguindo a tendência de profissionali- nônimo
zação que vem ocorrendo na área das 2621-20 Produtor de teatro Ocupação
artes, contudo, pode-se afirmar que, 2621-20 Produtor de som (teatro) Si-
cada vez mais, será desejável que os nônimo
profissionais apresentem escolaridade 2621-25 Produtor de televisão Ocu-
de nível superior. pação
2621-25 Produtor de imagem (televi-
são) Sinônimo
Condições gerais de exercício 2621-25 Produtor de programa Sinô-
nimo
Trabalham principalmente em ativi- 2621-25 Produtor de som (televisão)
dades culturais, recreativas, desportivas, Sinônimo
em empresas públicas ou privadas, como
empregados ou prestadores de serviços. Está prevista na Lei n° 6.533, de
As habilidades de pesquisa, organização, 24 de maio de 1978, e foi regulamenta-
supervisão e de relacionamento interpes- da pelo Decreto n° 82.385, 05 de outu-
soal são importantes para o exercício das bro de 1978, que criou e regulamentou
suas atividades, as quais se desenvolvem as profissões de artista e de técnico em
predominantemente em equipes e em ho- espetáculos de diversões. Portanto é
rários irregulares. esta legislação que caracteriza os técni-
cos em espetáculos de diversões como
Somente a partir desse estudo “o profissional que, mesmo em caráter
se incluiu no CBO a profissão de Pro- auxiliar, participa, individualmente ou em
dutor Cultural, optando-se por colocar a grupo, de atividade profissional ligada di-
denominação na categoria já existente retamente à elaboração, registro, apre-
de Produção Artística. Por isto se utili- sentação ou conservação de programas,
zou do mesmo formato da família, sen- espetáculos e produções”.
do o código raiz, ocupação a profissão,
e o sinônimo o que deriva da ocupação. O Decreto n° 82.385/1978, in-
Desta forma, os profissionais de Produ- clusive nos seus artigos 7º, 8º e 9º,
ção Cultural, inclusive os portadores de define como podem os artistas e técni-
diploma, ficaram incluídos na seguinte cos atuar no mercado e obter o regis-
estrutura: tro profissional:

2 PROFISSIONAIS DAS CIÊNCIAS E Art. 7o - O exercício das profissões de


DAS ARTES Artista e de Técnico em Espetáculos
2621 Produtores artísticos e culturais de Diversões requer prévio registro na

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Delegacia Regional do Trabalho do retor quando indica: “na relação com o


Ministério do Trabalho, o qual terá vali- Produtor fica preservada a sua autono-
dade em todo o território nacional. mia quanto à criação; define com o Pro-
dutor a equipe técnica e artística”.
Art. 8o - Para registro do artista ou
do Técnico em Espetáculos de Diver- Dito isso passamos a outro ques-
sões, no Ministério do Trabalho, é ne- tionamento, o porquê de não ser pos-
cessária a apresentação de: sível conseguir a formalização da ati-
I - diploma de curso superior de Dire- vidade através do registro de Micro
tor de Teatro, Coreógrafo, Professor Empreendedor Individual – MEI, figura
de Arte dramática ou outros cursos jurídica definida pela Lei Complementar
semelhantes, reconhecidos na forma nº 128/2008, para que o trabalhador in-
da Lei; ou formal possa se tornar legalizado e usu-
II - diploma ou certificado correspon- fruir de benefícios, como previdência e
dente às habilitações profissionais de acesso a compras públicas.
2o grau de Ator, Contrarregra, Cenó-
grafo, Sonoplasta, ou outros reconhe- O MEI é a pessoa que trabalha por
cidos na forma da Lei; ou conta própria e que se legaliza como em-
III - atestado de capacitação profis- presário. Porém com a seguinte condição:
sional fornecido pelo sindicato repre- podem se legalizar aqueles que exercem
sentativo das categorias profissionais atividades de comércio, indústria e servi-
e, subsidiariamente, pela federação ços de natureza não intelectual/sem re-
respectiva. gulamentação legal, a saber, pessoas
que exerçam a função como ambulante,
Art. 9o - O atestado mencionado no camelô, artesão, costureira, lava-jato, re-
item III do artigo anterior deverá ser paração, encanadores, borracheiros etc.
requerido pelo interessado, mediante Ou seja, pela simples razão do Produtor
preenchimento de formulário próprio, Cultural ter regulamentação legal e ser
fornecido pela entidade sindical, e de natureza intelectual, fica impedido de
instruído com documentos ou indica- ser um MEI ou EI.
ções que comprovem sua capacita-
ção profissional. Vale ressaltar também que, nos
termos do parágrafo único do art. 966
Dentro do Quadro Anexo ao De- do Código Civil, não são considerados
creto no 82.385, de 05 de outubro de empresários aqueles que exercem pro-
1978 - Títulos e Descrições das Funções fissão de natureza intelectual (contado-
em que se desdobram as atividades de res, engenheiros, médicos, arquitetos,
Artistas e Técnicos em Espetáculos de advogados etc.), científica (pesquisado-
Diversões - não existe a categoria espe- res em geral), literária ou artística (músi-
cífica de Produtor e sim o de Diretor de cos, atores, modelos etc.), ainda que se
Produção, que deverá se encarregar da valham de auxiliares ou colaboradores,
produção do espetáculo junto à equipe exceto se o exercício destas atividades
técnica e artística, analisar e planejar as constituir elemento de empresa – ou
necessidades de montagem e controlar seja, se for perdida a pessoalidade do
o andamento da produção, dando cum- empreendedor no exercício das ativida-
primento a prazos e tarefas. Por quê? des, que passarão a ser exercidas pelos
Porque a legislação assume que o pro- empregados, enquanto que o empreen-
dutor é o contratante de uma produção, dedor passará apenas a administrá-lo,
inclusive na definição da função de Di- articulando os fatores de produção.

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Uma solução é constituir uma EI- ples Nacional “não poderão apropriar ou
RELI, ou seja, uma Empresa Individual transferir créditos relativos a impostos
de Responsabilidade Limitada que tem ou contribuições abrangidos por esse
as mesmas características de uma em- regime, nem poderão utilizar ou desti-
presa Limitada, mas com a vantagem nar qualquer valor a título de incentivo
de não ter necessidade de um sócio e fiscal”, de acordo com o que informa o
poderá ser optante do sistema de tribu- sítio eletrônico da Receita Federal. Ten-
tação do Simples Nacional, pela qual do em vista a nossa legislação, compre-
recolherá impostos de forma unificada, endo que algumas vezes fica complica-
ou seja, em uma única guia chama- do entender a questão. Por exemplo, as
da de DAS, com alíquota em torno de funções de Fotógrafo e Maquiador, que
4,5%, onde estão incluídos os seguin- estão numa mesma categoria, podem
tes impostos: IRPJ, Patronal do INSS, ser EI porque eles podem prestar servi-
IPI, CSLL, PIS/PASEP, COFINS, ISS e ços em outras áreas que não a cultural.
ICMS. O IPTU não se encontra dentre
esses impostos por se referir a imóvel e De todo jeito, segue abaixo um
não à atividade profissional. Ressalta- quadro demonstrativo do número de em-
-se que as empresas optantes pelo Sim- presas da área cultural que são EI:

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As definições do TEM e da legisla- tem diversas funções a desempenhar num


ção vão ao encontro do questionamento da projeto cultural, num espaço cultural ou na
Profª Maria Helena Melo da Cunha (2007) gestão de um artista.
que pergunta “O que difere um produtor
de um gestor cultural? Essa diferenciação Creio que podemos dizer, então,
é uma ação ou o reflexo da realidade vivi- que o produtor cultural e o gestor exercem
da por esses profissionais que, diante da funções correlatas, complementares; são
complexidade das relações de trabalho, empreendedores, criativos e tanto podem
deparam com esse questionamento, no ser artistas como administradores ou, ain-
qual o produtor tem sido colocado como da, realizar as duas atividades.
um profissional mais executivo e o gestor,
no âmbito das ações mais estratégicas.” Por esta razão é que, para atender
esse mercado em expansão e à demanda,
Yakoff Sarcovas, Presidente das existem diversas universidades no Bra-
empresas Articultura e Significa, entende o sil com graduação em Produção Cultural,
produtor cultural como um Produtor Gestor: conforme levantamento dos Profs. Kátia
De Marco e Luiz Augusto Rodrigues: Ins-
O que eu pude depreender desta mi- tituto Universitário de Pesquisas do Rio
nha passagem pela produção cultural de Janeiro/Universidade Cândido Mendes
do país, essa área que eu chamo de - IUPERJ/UCAM, Universidade Federal
área cultural não industrial (as compa- da Bahia – UFBA, Universidade Federal
nhias de teatro, de dança, mesmo os Fluminense – UFF e algumas das unida-
museus) é que essas são áreas em que des dos Institutos Federais de Educação,
há muita competência artística e baixa Ciência e Tecnologia. No Rio de Janeiro te-
competência de gestão, de adminis- mos o IFRJ e a Universidade dos Pampas
tração. […] Hoje, felizmente, você tem – UNIPAMPA, ou seja, temos 5 cursos de
um processo de profissionalização não Produção Cultural a nível de bacharelado, 9
artística ocorrendo na área cultural bra- com habilitação em Produção Cultural e 41
sileira. Isto é importantíssimo porque o que formam tecnólogos. Além de diversos
gestor cultural tem capacidade de am- cursos livres de boa qualidade, são 30 de
pliar a efetividade da ação cultural. pós-graduação, 9 de mestrado acadêmico,
4 de mestrado profissional e 2 de douto-
Rômulo Avelar faz a distinção entre rado que possibilitam a profissionalização
o Produtor Cultural e o Gestor Cultural por na carreira bem como proporcionam novos
este último poder estar presente também olhares e formas de exercer a profissão.
em outros contextos, como contratado de
uma empresa para o trato das questões
relativas ao patrocínio à cultura, como Conclusão
agente vinculado a órgão público ou como
administrador de um espaço cultural priva- Pode-se dizer que, com a profissio-
do, público ou pertencente à organização nalização e a regulamentação da profis-
não governamental. Esse conceito vem são, será possível a mudança de paradig-
ao encontro de Yael Steiner do Centro de ma na contratação de profissionais. Porém
Cultura Judaica que diz que o produtor não podemos descartar a possibilidade de
cultural traz o empreendedorismo na veia, uma saída não tão rápida para modificar
pois cultura requer muita criatividade. a situação. Entendo que a discussão e a
união de forças pelo bem comum são o
Como podemos verificar pelas de- pontapé inicial para isso. Principalmente
finições apresentadas, o Produtor Cultural para que possamos obter o registro pro-

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fissional sem ter que depender dos sindi- CUNHA, Maria Helena Melo da. Gestão Cultural:
catos da categoria atualmente existentes, profissão em formação, Belo Horizonte: Duo Edi-
torial, 2007.
como determina a legislação.
GUIA DO ESTUDANTE. http://guiadoestudante.abril.
O próximo passo será solicitar, atra- com.br/profissoes/comunicacao-informacao/produ-
vés do Serviço de Apoio às Micro e peque- cao-cultural-688147.shtml. Acessado em 29/09/2013.
nas Empresas - SEBRAE e do Sindicato
dos Escritórios de Contabilidade - SES- INFOESCOLA. http://www.infoescola.com/profisso-
es/agente-cultural/asp. Acessado em 29/09/2013.
CON, que participam do Comitê Gestor do
Empreendedor, que a profissão de Produ- MACHADO NETO, Manuel Marcondes. Marketing
tor Cultural, juntamente com as derivações, para as artes: a evolução do conceito de marketing
por sua peculiaridade, sejam incluídas no cultural e a importância deste campo de atuação
rol de atividades que possam ser formaliza- para o profissional de Relações públicas. Artigo
das através do EI, da mesma forma que os publicado na Organicom em 2006.
produtores culturais fizeram em 2008 para
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. www.
que fizessem parte do Anexo V do Simples mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf. Acessado
Nacional, já mencionado anteriormente. em 27/02/2013.

Tomando por base as recentes con- OLIVIERE, Cristiane ; NATALE, Edson. Guia bra-
quistas dos músicos no Congresso, sugiro sileiro de produção cultural: 2010-2011.São Paulo:
SESC SP, 2010.
ampliar a discussão sobre o elevado cus-
to da tributação no Brasil, principalmente PORTAL DO EMPREENDEDOR. www.portaldoempre-
para as empresas de produção cultural e endedor.gov.br/legislacao. Acessado em 18/04/2013.
seus trabalhadores, em função da sazo-
nalidade e da peculiaridade das profissões PRODUÇÃO CULTURAL. www.producaocultu-
artísticas, e da falta de visibilidade da boa ral.org.br/no-blog/o-que-e-um-produtor-cultural/.
Acessado em 18/04/2013.
aplicabilidade destes recursos.
RUBIM, Linda (org.). Organização e produção da
cultura. Salvador: EDUFBA, 2005

Bibliografia

AVELAR, Rômulo. O avesso da cena: notas sobre


produção e gestão cultural, Belo Horizonte: DUO 1 Doutoranda em Ciências Políticas no IUPERJ/UCAM.
Editorial, 2008. Mestre em Sistema de Gestão de Projetos Sociais pela
UFF. Professora do Bacharelado de Ciências Sociais
CARTILHA DO EIRELI – SESCON Distrito Federal com ênfase em Produção e Política Cultural do IUPERJ/
(Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e UCAM e da Pós-graduação em Produção Cultural da
das Empresas de Assessoramento, Perícias, Infor- UCAM/ABGC. Membro do Comitê Setorial da CCPC do
mações e Pesquisas do Distrito Federal). 2012. ISS/RJ. Contato: sandrahpedroso@gmail.com

2 CNAE – Código nacional de atividade econômica.


COELHO, Teixeira. Dicionário crítico de política
cultural. São Paulo: Editora Iluminuras, 2004. 3 SIMEI – O EI (Empreendedor individual) Sistema de
Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos
COSTAS, Roberto Corrêa Cobas. http://www.len- Abrangidos pelo Simples Nacional (é a forma de reco-
derbook.com/cultural/index.asp. Acessado em lhimento simplificada, onde os tributos do IR, ISS e, em
29/09/2013. alguns casos, o INSS está incluído).

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