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PREPARADOS PARA O FIM

Talvez a palavra mais pronunciada e escrita nos noticiários dos últimos dias seja "crise". Começamos a
escrever este artigo no dia 13 de novembro de 2008, em plena crise dos "subprime", considerada pelos
especialistas igual ou pior que a crise de 1929.

Esses e muitos outros sinais nos revelam que estamos às portas do período que antecede a gloriosa volta do
Senhor Jesus. Um período de angústia diferente de todos os outros pelos quais a humanidade já atravessou.

De acordo com nosso Senhor uma "grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora,
nem tampouco há de haver" (Mateus 24:21). Ou seja, a maior tribulação pela qual já passou o homem.

Um período que trará o clímax da atuação satânica sobre a humanidade, quando um homem em estreita
sujeição e comunhão com o diabo governará sobre as nações, será adorado pela maior parte da população e
perseguirá mortalmente os servos fiéis ao Senhor Jesus (Apocalipse 13:1-18, II Tessalonicenses 2:3-4).

O que acabamos de descrever não é desconhecido por aqueles que seguem a Cristo. Nem mesmo é um
assunto novo para aqueles que não comungam a nossa fé.

Porém, vemos que há uma enorme distancia entre conhecer detalhes das profecias bíblicas e viver de acordo
com a luz que elas lançam sobre o futuro.

Na verdade, a maioria não está preparada para a realidade tribulacional que se aproxima. Cremos que isso se
deve a três razões principais:

1. Muitas pessoas conhecem as profecias bíblicas, mas não dão muito crédito a elas.

2. Muitas pessoas desconhecem as profecias bíblicas ou as conhecem de uma forma superficial e deturpada.

3. Muitos conhecem as profecias, crêem nelas, mas não crêem que estarão inseridos no grande clímax
profético que se aproxima.

Alguns nem sequer cogitam a possibilidade de estarem inseridos neste período, mesmo diante de sinais
incontestáveis que apontam para a chegada iminente dos dias finais.

O sistema escatológico conhecido como "pré-tribulacionismo" tem contribuído consideravelmente para gerar
essa atitude, que é descrita no ponto (3) acima.

Por que abordar esse tema? Porque cremos que estaremos inseridos no período mais angustiante que a
Igreja passará neste planeta.

Não nos deteremos aqui para explicar porque cremos que nosso encontro com o Senhor (arrebatamento)
ocorrerá logo após a grande tribulação. Já existe um vasto material sobre isto em nosso site.

Caberá a cada um considerar se o exposto nele é procedente ou não. Queremos deter-nos aqui para tentar
conscientizar os irmãos que crêem que nosso encontro com o Mestre nos ares se dará em Sua volta triunfal,
logo após a grande tribulação (Mateus 24:29).

Para aqueles irmãos que não crêem assim, fica aqui o nosso amoroso pedido de reflexão... Que este artigo
possa servir a todos, independente de suas posições escatológicas, principalmente quando estivermos
atravessando os dias difíceis que virão... Que você possa examiná-lo por inteiro e reter o que é bom.

UMA REALIDADE HISTÓRICA

Pode a Igreja passar por um período em que déspotas malignos estejam no poder e os nossos irmãos passem
por sofrimentos, privações e angústias extremas? O amor de Jesus Cristo pela Sua Igreja a isenta disso?

Se formos honestos com a verdade do Evangelho e com a história de nossos irmãos através dos séculos,
teremos que responder sim à primeira pergunta e oà segunda.

As Escrituras são enfáticas em mostrar que tribulação, perseguição, sofrimento, oposição governamental,
tortura e morte, são realidades relacionadas ao dia a dia da Igreja neste mundo até a volta de Cristo (Mateus
24:9, I Pedro 4:13, II Timóteo 3:11, II Timóteo 2:3, I Tessalonicenses 1:6, II Tessalonicenses 1:4, II Coríntios
1:7, II Coríntios 6:4, Romanos 8:18, Romanos 12:12, João 16:33, Atos 13:50, Atos 8:1, Mateus 5:10,
Apocalipse 2:10, II Coríntios 4:17).

O apóstolo Pedro chega a exortar seus discípulos a alegrarem-se em serem participantes das aflições de
Cristo (I Pedro 4:13). Já o apóstolo Paulo escreveu aos colossenses que ele cumpria na sua carne o resto das
aflições de Cristo (Colossenses 1:4).

Não existe, em termos práticos, diferença entre morrer queimado, comido por feras ou tendo a pele arrancada,
como muitos irmãos nossos dos primeiros séculos, e morrer sob o governo da besta por não aceitarmos o seu
sinal e adorá-la.

Quem utiliza o argumento que nós estaremos isentos da tribulação pelo fato de sermos os escolhidos do
Senhor, não está sendo coerente nem com a história nem com as Escrituras. É óbvio que o Senhor protegeu e
protegerá a quem Ele quiser.

Cremos que, em meio à grande tribulação, muitos serão sobrenaturalmente protegidos pelas mãos poderosas
de Deus.

Porém, negar a nossa permanência na Terra nesse período que virá usando como base a suposta isenção da
Igreja, não é coerente, como já vimos.

Quando consultamos os registros históricos sobre a perseguição à Igreja, vemos que ela começou já nos dias
do Senhor. Ele era perseguido pelos religiosos da época.

Os primeiros anos após a assunção de Cristo e a pregação do evangelho pelos apóstolos, se caracterizaram
pela perseguição dos grupos religiosos judeus àqueles que professavam a fé no que o Mestre havia ensinado.

A própria história de Paulo nos retrata isso. Ele passou de perseguidor, enquanto fariseu, a perseguido, a
partir de sua conversão (Atos 8:1-3, Atos 9:1-43). Essa perseguição contra os cristãos, anos depois, tornou-se
institucional e oficial.

A primeira tomada de posição do Estado Romano contra os cristãos remonta ao imperador Cláudio (41-54
d.C). Os historiadores Suetônio e Dione Cássio relatam que Cláudio mandou expulsar os judeus porque
estavam continuamente em litígio entre si por causa de "um certo Chrestos".
O historiador Gaio Suetônio Tranquilo (70-140 d.C), funcionário imperial de alto nível sob Trajano e Adriano,
intelectual e conselheiro do imperador, chegou a justificar a decisão e as sucessivas intervenções do Estado
contra os cristãos, definindo-os como "superstição nova e maléfica".

No ano 65 d.C, um incêndio devastou 10 dos 14 bairros de Roma. O imperador Nero, acusado pelo povo de
ser o seu autor, lançou a culpa sobre os cristãos.

Inicia, assim, a primeira grande perseguição do Império Romano contra os fiéis a Cristo, perseguição que
durará até 68 e na qual, muito provavelmente, foram mortos os apóstolos Pedro e Paulo.

O historiador Tácito Cornélio (54-120), descreveu esse acontecimento em seus "Anais", escrito no tempo de
Trajano. Ele acusou Nero de ter injustamente culpado os cristãos, mas declarou-se convencido de que eles
mereciam as mais severas punições porque, como escreveu, "a sua superstição os leva a cometer infâmias".

Veja como Tácito descreve essa primeira onda de perseguição contra os seguidores de Jesus Cristo:

"Para acabar logo com as vozes públicas, Nero inventou os culpados, e submeteu a refinadíssimas penas
aqueles que o povo chamava de cristãos, e que eram mal vistos pelas suas infâmias.

O nome deles provinha de Cristo, que sob o reinado de Tibério fora condenado ao suplício por ordem do
procurador Pôncio Pilatos.

Momentaneamente adormecida, essa superstição maléfica surgiu de novo, não só na Judéia, lugar de origem
daquele flagelo, mas também em Roma, onde tudo que seja vergonhoso e abominável acaba confluindo e
encontrando a própria consagração.

Foram inicialmente aprisionados os que faziam confissão aberta da crença. Depois, denunciados por estes, foi
aprisionada uma grande multidão, não tanto porque acusados de terem provocado o incêndio, mas porque
eram tidos como acesos de ódio contra o gênero humano.

Os que se encaminhavam à morte estavam também expostos à burla: cobertos de pele de feras, morriam
dilacerados pelos cães, ou eram crucificados, ou queimados vivos como tochas que serviam para iluminar as
trevas quando o sol se punha.

Nero tinha oferecido seus jardins para gozar desse espetáculo, enquanto oferecia os jogos do circo e, vestido
como cocheiro misturava-se ao povo ou mantinha-se hirto sobre o coche...

Embora os suplícios fossem contra gente culpada, que merecia tais tormentos originais, nascia por eles, um
senso de piedade, porque eram sacrificados não em vista de um vantagem comum, mas pela crueldade do
príncipe..." (Tácito 15,44)

Observe que, apesar de não concordar com os métodos infringidos por Nero, o historiador Tácito considerava
os discípulos do Senhor Jesus como gente desprezível, capaz de crimes horrendos.

Um dos crimes mais infames atribuídos aos cristãos eram o infanticídio ritual. Ao não entenderem o real
significado e a forma de celebração da ceia, os romanos haviam criado boatos que na celebração da ceia do
Senhor os cristãos sacrificavam uma criança e comiam as suas carnes...

Outra acusação comum contra nossos irmãos era o incesto, ao não entenderem o significado da irmandade
entre os que seguiam a Cristo e a forma amorosa como se tratavam, inclusive saudando-se com o ósculo
santo.

Aqueles que não haviam conhecido a mensagem de Cristo e se convertido, ainda imersos em suas crenças
pagãs, onde o egoísmo, os bacanais e a barganha interesseira com as "deidades" imperavam, não podiam
compreender o real significado da vida e das práticas cristãs.

As acusações, nascidas do mexerico do povo simples, foram assim sancionadas pela autoridade de vários
imperadores, que perseguiam os cristãos e os condenavam à morte. As perseguições por parte do Império só
findaram no começo do século IV.

Desde a sua instituição pelo Senhor Jesus até o começo do século IV, a Igreja passou por 129 anos de
perseguição e gozou de 120 de relativa tranqüilidade.

Neste ponto queremos destacar três questões principais. A primeira diz respeito ao crescimento da Igreja.
Enquanto ela foi perseguida, cresceu de uma forma avassaladora.

O próprio testemunho dos mártires, enfrentando as mais horripilantes formas de tortura e morte com
serenidade, alegria e devoção a Deus, fazia com que muitas pessoas fossem tocadas pelo Espírito Santo e se
convertessem ao ver isso.

A segunda questão diz respeito aos argumentos do inimigo. Note que, todos os imperadores romanos que
promoveram perseguições contra os servos do Senhor tinham pretextos inventados.

Devemos estar preparados para as falsas acusações que serão feitas contra nós no período tribulacional. Algo
deve servir como "justificativa" para que todo aquele que se negar a adorar a imagem da besta, seja morto
(Apocalipse 13:14-15).

A terceira questão diz respeito à pureza doutrinária. Enquanto foi ferrenhamente perseguida pelo Império, a
Igreja soube colocar-se firmemente contra os ensinamentos que tentavam infiltrar-se no seio do Evangelho,
provenientes principalmente do gnosticismo grego ou do paganismo romano.

Porém, quando cessou a perseguição, a Igreja passou a institucionalizar práticas pagãs, através da troca de
interesses entre o Império e a igreja sediada em Roma que, a partir do século IV, tornou-se a líder das
demais.

O jogo político-religioso entre o imperador romano e a igreja de Roma, que já reunia a grande maioria dos
romanos, ficou evidente desde o fim da perseguição e tornou-se uma prática que perdura até hoje.

Então, entendemos que a tranqüila realidade atual das igrejas cristãs no mundo ocidental não deve ser
tomada como padrão para afirmar que perseguição, tribulação, tortura, oposição, necessidade e morte são
coisas do passado.

Se formos coerentes e honestos com o que está escrito na Palavra e com o que é patente nos relatos
históricos, o que vivemos hoje é uma exceção à regra.

É um tempo dado pelo Senhor para que o Seu Evangelho seja pregado a toda criatura e para que o Seu povo
se prepare para o fim. O fim virá quando o evangelho for pregado em todas as nações (Mateus 24:14).

Entrar num carro novo, com ar condicionado, e ir até um templo climatizado no centro da cidade para sentar
em cadeiras confortáveis para ouvir sobre prosperidade financeira, não é uma regra para a Igreja neste
mundo.

Pertencer à alta sociedade e aos círculos políticos e empresariais, envolvendo-se com a mesma sistemática
social usada pelo poder humano, não é o propósito para a Igreja neste tempo.

Alimentar os mesmos sonhos consumistas de todos os ímpios, não faz parte de nossa missão. Repetimos: Ao
não sofrermos (ainda) as agruras pelas quais passaram nossos irmãos primitivos, não estamos vivendo uma
regra, e sim uma exceção.

Não somos em nada melhores que eles e não temos sabido aproveitar plenamente este tempo de relativa
bonança.

Não somos sequer melhores que nossos irmãos na China ou nos países muçulmanos, que pagam com a sua
própria vida nos dias atuais a fé que professam.

Na verdade, não temos seguido o exemplo de José no Egito. Pelo contrário, muitos têm esquecido o contexto
espiritual e histórico em que estamos inseridos.

Tenta-se passar para as pessoas que freqüentam alguns grupos, ou para pessoas que seriam potenciais
freqüentadores e membros dos tais, que estar inserido na sociedade, sendo bem visto por ela, é algo a ser
almejado.
Que ter uma situação cômoda financeiramente é um fim em si mesmo. Que todo tipo de sofrimento, aflição e
tribulação é sinônimo de "pecado" ou "fraqueza".

Tenta-se, infantilmente, ensinar que nós, enquanto cristãos e filhos de Deus, temos o direito, já neste tempo e
sistema, a conquistar países, governos e a construir grandes impérios político-religioso-financeiros.

É como se José, mesmo ciente das revelações divinas sobre a futura aflição, ensinasse o povo, durante os
sete anos de abastança no Egito, a viver sem maiores preocupações, crendo que aquela momentânea fartura
fosse permanente...

O mais preocupante de tudo é que, mesmo diante do atual colapso do sistema financeiro global, alguns
teimam em seguir com sua abordagem do evangelho fora do contexto bíblico.

É óbvio que temos que considerar o impacto do ensino pré-tribulacionista nas últimas décadas, que, ao
sustentar que o arrebatamento da Igreja ocorrerá imediatamente antes do começo da tribulação, deixa a maior
parte de seus seguidores totalmente despreocupada com o que poderia ocorrer durante a tribulação
profetizada para os dias que antecedem a gloriosa volta de Cristo.

QUE POSTURA TER

Vemos com preocupação que muitos poderão ser emocionalmente abalados com a realidade que se
aproxima.

Imagine alguém que foi ensinado que o Evangelho de Jesus Cristo significa prosperidade material já neste
sistema, vida familiar perfeita e cômoda, obtenção de "conquistas" e "vitórias" financeiras e alto de nível de
inclusão e reconhecimento social e político.

Uma pessoa que foi ensinada a reivindicar já no tempo atual as promessas feitas na Antiga Aliança a Israel e
as promessas que só se concretizarão em nossas vidas após a vinda do Senhor.

Agora imagine essa mesma pessoa diante de uma realidade familiar como a descrita pelo Senhor Jesus em
Mateus 10:17-36, onde o Mestre deixa claro que haveria divisões e traições dentro das próprias famílias diante
da perseguição contra os Seus discípulos.

Imagine essa pessoa perdendo suas principais fontes de renda ou tendo que escolher entre mantê-las e negar
todo envolvimento com o sistema da besta...

Sabemos que as profecias se cumprirão. Sabemos que num futuro muito próximo um sistema maligno mundial
se levantará e que, para exercer qualquer atividade dentro dele, será necessário portar um sinal ou marca e
adorar a imagem da besta. Temos entendido que estaremos inseridos nessa realidade.

Então, o que fazer? Devemos nos ocupar realmente dessas questões ou elas ainda ocorrerão num futuro
muito distante? Devemos cruzar os braços e deixar que Deus faça tudo?

Devemos abandonar o sistema já e buscar locais mais afastados ou será que devemos permanecer até um
momento limite e só então sair? Devemos preparar alguma estrutura já? Essas são questões cruciais, as
quais, embora sejam delicadas, não podem deixar de serem respondidas...

1. POSTURA ESPIRITUAL: Cremos que essa é a postura fundamental, sobre a qual as outras devem existir.
Quem não tiver uma postura espiritual dirigida pelo Espírito Santo, estará fadado ao fracasso, pois estará
lutando apenas de forma humana contra forças espirituais da maldade no clímax de sua atuação sobre a
Terra.

Nossa esperança é maior do que qualquer sofrimento. E a maior de todas as nossas esperanças é a volta de
Cristo (Tito 2:13).

Durante a tribulação, haverá uma adoração geral e aberta ao anticristo, que receberá poder do próprio diabo
(Apocalipse 13:2-15). Devemos buscar do Senhor forças espirituais para poder enfrentar esses momentos.
Azeite para acender nossas lâmpadas em meio à escuridão antes da chegada do Noivo.

Ninguém poderá atravessar o período tribulacional ou sequer ficar nele um dia, mantendo-se firme no Senhor,
através sua própria força de vontade ou de seus conhecimentos teóricos.

Se nos dias atuais precisamos a cada momento da ajuda e direção do Espírito Santo, nos dias tribulacionais
ainda mais. Quem tiver uma vida espiritual morna ou não for realmente comprometido com o Senhor, sofrerá
graves conseqüências espirituais, pois o engano e a iniqüidade alcançarão níveis nunca antes vistos.

Que estejamos de posse e usemos corretamente as armas espirituais descritas por Paulo em Efésios 6:12-18.
Elas serão fundamentais para que possamos enfrentar os dias que virão.

Oremos para que o Espírito Santo nos guie a toda verdade e nos mantenha firmes na fé. Quem perseverar até
o fim, será salvo (Mateus 24:13).

2. POSTURA MENTAL: Nos últimos anos, temos notado que muitos irmãos, ao não verem as promessas que
são feitas por líderes serem cumpridas, entram num profundo estado de depressão e desânimo.

É importante destacar que o cristão não está isento de passar por momentos de tristeza e depressão.

Porém, aqui nos referimos à expectativa que é criada por aqueles que mal interpretam a mensagem do
Evangelho e criam a falsa impressão aos seus ouvintes e/ou espectadores que, ao ingressar em suas igrejas,
todos os problemas da pessoa serão resolvidos e todos os seus sonhos (inclusive os de consumo) serão
consumados.

Outros, de tão envolvidos que estão com o sistema, entram em depressão ao verem que determinados
projetos ou sonhos não poderão ser concretizados por falta de recursos.

Até mesmo por pequenas coisas do dia a dia que não saem de acordo com o que é planejado, considerando a
grande expectativa de sucesso alimentada pelas mensagens recebidas nos modernos cultos, as pessoas
tendem a ficar desalentadas.

Tenho visto alguns irmãos tristes e desanimados diante do atual quadro financeiro global. Ora, se a nossa
bem-aventurada esperança é a volta gloriosa do Senhor (Tito 2:13), por que ficaríamos desanimados diante
de sinais claros da proximidade dessa vinda?

A abordagem do evangelho que muitos têm feito nas últimas décadas, relacionando a vida cristã à riqueza
material já nesse mundo, tem produzido uma geração de cristãos que não estão preparados para os
momentos tribulacionais que se aproximam.

Diante desse contexto, para muitos a realidade tribulacional será um grande baque. Alguns verão ruir, bem
diante de seus olhos, todo o patrimônio e as conquistas feitas por suas famílias durante séculos.

Outros, diante da exigência da marca da besta para estarem incluídos no mercado de trabalho e intercâmbio
comercial, ficarão em desespero ao pensar sobre como será a sobrevivência sua e de seus filhos.

Cremos que, alicerçada na postura espiritual apropriada, deve haver também uma postura mental que deixe o
cristão preparado para aquilo que virá.

Se formos aos dias da igreja primitiva, quando mães viam seus filhos serem arrancados de si e jogados aos
leões, e mesmo assim continuavam louvando e exaltando ao Senhor, não fraquejando na fé, veremos que
aqueles irmãos e irmãs tinham uma postura mental que está a anos luz da nossa mentalidade cristã-ocidental.

Em primeiro lugar, eles já haviam sido alertados pelo próprio Senhor que o mundo os odiaria, assim como
tinha odiado a Cristo (João 15:20).

Muitos deles viram o que foi feito com Cristo publicamente na crucificação. Eles criam na mensagem do
Mestre num tempo em que crer nessa mensagem não era bem visto socialmente.

Afinal, estavam crendo num líder judeu, rejeitado até mesmo pela religião de seu povo e que tinha sido morto
através da forma mais desprezível que um ser humano naqueles dias poderia ser.

Ao mesmo tempo, eles sabiam e viram que Jesus tinha ressuscitado, que Ele é o Filho de Deus. Eles viam
diariamente milagres e sinais sobrenaturais ocorrendo em seu meio e a sua esperança não estava neste
mundo (I Coríntios 15:19).

Jesus ensinou que, onde estivesse o nosso tesouro, ali estaria o nosso coração (Mateus 6:21). Se o coração
de alguém estiver em suas posses e conquistas terrestres, diante da grande tribulação que se aproxima, essa
pessoa será emocionalmente abalada e mentalmente desequilibrada.

Não terá estrutura emocional e mental para suportar os momentos que virão. No entanto, se o seu coração
estiver no Reino de Deus, então ela esperará com paciência o dia da volta de Cristo e, a exemplo de Estevão,
que mesmo sentindo as pedras atravessar-lhe pele e músculos, não tirou seus olhos do Senhor, pois seu
coração estava no tesouro celestial!

Por isso, cremos que devemos orar par que a nossa postura mental seja transformada. Devemos interceder
para que todo conformismo com os modelos e padrões deste mundo, e aquilo que ele pode oferecer, seja
aniquilado através da renovação de nossa mente (Romanos 12:2).

Devemos, em tempo e fora de tempo, conscientizar nossos irmãos que, aquilo que ocorreu com os nossos
irmãos primitivos, certamente poderá ocorrer conosco também.

Mentalmente, devemos estar preparados para a eventualidade de sermos perseguidos, torturados e mortos.
Devemos estar preparados também para a eventualidade que isso ocorra com as pessoas que amamos.

Devemos estar preparados até para sermos protegidos pelo Senhor em meio à destruição tribulacional que
virá. Nossa mente e coração devem estar preparados para essas possibilidades.

3. POSTURA ECLESIÁSTICA: Este é um ponto muito importante e deve ser considerado com discernimento.
Se formos às páginas do Novo Testamento ou aos registros históricos dos três primeiros séculos da era cristã,
veremos que não havia denominações.

Um determinado grupo de irmãos se reunia em uma casa ou local apropriado e a igreja era identificada com o
nome da cidade, sendo submissa à autoridade dos apóstolos e daqueles ordenados pelos apóstolos. Não
havia nomenclaturas para identificar cada grupo.

Contudo, apesar de não ter feito parte da realidade da Igreja nos primeiros séculos, cremos que o
denominacionalismo, mesmo não sendo o ideal para a estrutura do que a Igreja deveria ser em termos de
unidade, cumpriu o seu papel histórico.

Milhões de pessoas conheceram o evangelho nas diferentes denominações e muitos homens de Deus foram
levantados para iniciar trabalhos, colocando-lhes diversos nomes.

Porém, diante da chegada do anticristo ao poder e em meio à tribulação, as denominações cristãs que ainda
se mantêm verdadeiras e fiéis serão mortalmente perseguidas.

Conseqüentemente, não será possível encontrar templos em que se reúnam os genuinamente cristãos, cultos,
nem atividades eclesiásticas tais como as que conhecemos no mundo ocidental.

Apenas os grupos religiosos que se aliarem ou forem seduzidos pelo falso profeta manterão suas atividades
"religiosas", voltadas para adoração da imagem da besta. Inclusive alguns grupos que hoje se denominam
"cristãos", que não conseguirão abrir mão de suas relações com o sistema...

Porém, as verdadeiras igrejas de Cristo e os Seus verdadeiros seguidores não poderão mais exercer as
atividades eclesiásticas tais como são exercidas atualmente e, por causa da mortal perseguição, serão
dispersos por todos os lados.

As placas denominacionais não terão mais utilidade. Os títulos e posições hierárquicas também não. Em
verdade, eles não têm utilidade na verdadeira Igreja. Os ministérios é que continuarão a ser exercidos por
aqueles que são levantados por Deus.
A tribulação trará algo que é raro hoje em dia, mas que deveria ser o ideal: que um cristão seja conhecido
apenas por ser discípulo de Jesus, independente da instituição ou denominação à qual ele pertença.

Nesse contexto, ficam aqui as seguintes perguntas: Estão sendo os membros das igrejas preparados
atualmente para essa realidade futura, porém próxima?

Estão sendo preparados para, diante da perseguição e tribulação que se aproximam, terem um grau de
independência espiritual e maturidade no Espírito Santo que possibilite que cada membro viva sua fé e
mantenha o testemunho do Senhor mesmo longe de seus líderes e guias, ou os irmãos estão sendo
condicionados a estarem sempre dependentes das atividades denominacionais?

Estão as igrejas preparando seus membros para, em determinado momento do futuro, se reunirem de forma
oculta e em pequenos grupos ou estão sendo acostumados a freqüentarem mega templos e catedrais
suntuosas?

Estão sendo ensinados a tornarem-se adultos espirituais ou a permenecerem como eternas crianças carentes
de mimos, atrações e palavras positivistas?

São perguntas para que possamos refletir...

4. POSTURA FAMILIAR: Cremos que a família é uma benção do Criador. Quando uma família é inteiramente
consagrada e temente ao Eterno Pai, então é uma grande maravilha. Porém, devemos estar atentos ao que
diz a Palavra sobre as relações familiares em tempos de intensa tribulação. Vejamos o que o Messias
profetizou aos discípulos:

"E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão. E
odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo" (Mateus
10:21-22)

Essa revelação foi dada pelo Senhor aos apóstolos, logo após a sua escolha. Enquanto os comissionava,
Jesus mostrou-lhes quais seriam algumas das conseqüências de seguir a Cristo.

Entre elas, Ele apontou para possíveis conflitos familiares. Cremos que essa palavra se aplica a nós também.
Num cenário de escárnio, repúdio e perseguição, como experimentaram os apóstolos entre sua própria gente,
até mesmo divisões e traições nas famílias ocorriam. Temos que estar preparados para essa realidade
também.

Devemos orar pela nossa família e, com muita mansidão e discernimento, mostrar a todos as verdades da
Palavra de Deus. Como dissemos no início, é maravilhoso pertencer a uma família onde todos seguem a
Cristo e tem sua fé Nele.

Porém, aqueles que possuem familiares ímpios, em meio à grande malignidade que imperará no período
tribulacional, devem preparar-se para serem perseguidos e traídos até pelos seus familiares. Está escrito. É
um alerta que devemos considerar, ainda que nos doa. Que possamos estar preparados.

MEDIDAS PRÁTICAS

Diante de tudo isso que vimos, o que fazer em relação a nossa vida? Que medidas práticas devemos tomar
para não deixar que o sistema da besta nos influencie ou exerça controle sobre nós?

Entendemos que o fundamento de uma vida cristã vitoriosa está na comunhão da pessoa com o Senhor,
através do Espírito Santo. Se não houver essa comunhão íntima e crescente, nenhuma medida prática que se
tome para ficar fora do sistema da besta terá valor.

Uma vida de oração, sinceridade e santidade é necessária. Uma mente renovada, que não se conforma com
este mundo, é imprescindível.

Porém, vivemos num mundo físico e medidas materiais específicos podem e devem ser tomadas, caso não
queiramos ficar facilmente à mercê do controle que a besta exercerá sobre o planeta.

Tais medidas, cremos, não devem ser tomadas tendo em mente apenas a nossa preservação física durante a
tribulação.

Quem pensar assim, sofrerá o alto risco de frustrar-se, pois muitos servos do Senhor serão martirizados
durante a grande tribulação. O anticristo assassinará a muitos cristãos (Apocalipse 6:9-11, 13:7, 20:4).

Nossa esperança não está neste sistema, mas no Senhor. Devemos estar preparados para o martírio. Nossa
prioridade, enquanto servos do Senhor, é permanecer fiéis a Ele até o fim.

Não é nossa prioridade querer preservar nossa integridade física a qualquer custo. Quem fizer isso poderá ser
enganado e apostatar da fé diante do grande engano que virá, pois poderá fraquejar e negar seu
compromisso com o Senhor diante da ameaça de martírio. O Senhor Jesus alertou aos discípulos sobre isso:

"... Aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á"
(Mateus 16:25)

Por outro lado, cremos que é lícito e convém tomar algumas medidas práticas para que não sejamos
facilmente aprisionados e vitimados durante a grande tribulação. Mais uma vez, os irmãos primitivos nos
ensinam uma valiosa lição.

Diante da cruel perseguição dos primeiros séculos, começaram a reunir-se em locais secretos, túneis
subterrâneos e em catacumbas. Começaram até a usar códigos de comunicação próprios.

Eles sabiam que podiam ser capturados e mortos a qualquer momento, mas não eram suicidas... Querer
permanecer vivo é um sentimento natural e lícito, desde quando não ultrapasse o nosso compromisso com o
Senhor e a Sua Palavra.

Então, que medida prática tomar? Devemos, acima de tudo, ter discernimento. É óbvio que não há razões
atualmente, pelo menos no mundo ocidental, para reunir-nos em locais secretos.

Ainda temos relativa liberdade. Porém, devemos estar preparados para a eventualidade de que isso mude em
breve, como já vimos no tópico POSTURA ECLESIÁSTICA.

Não sabemos quanto tempo de liberdade ainda resta para as igrejas ocidentais. Pode ser uma mudança
paulatina ou pode ser radical. Mais uma coisa é certa: haverá perseguição.

As igrejas orientais, principalmente em países como China, Índia, Paquistão, Arábia, etc, já convivem com um
cotidiano de massacres, perseguição e aversão. Elas têm uma estrutura organizacional mais resistente à
tribulação.

Os irmãos ocidentais precisam começar a pensar e organizar-se nesse aspecto também. Repetimos: não há
como fixar o prazo de liberdade para as igrejas no ocidente.

Talvez a proibição às reuniões que fujam do padrão religioso global do falso profeta comece antes do que
imaginamos... Temos que estar preparados já.

Atualmente, podemos começar com algumas medidas que serão bastante proveitosas para que, em
determinado momento, possamos sair do sistema sem deixar muitos rastros.

Podemos começar evitando ficar à mercê do sistema financeiro, adquirindo muitas dívidas. Não esqueçamos
que o controle da besta, além de suas óbvias implicações espirituais malignas, tomará a forma de controle
financeiro e comercial (Apocalipse 13:16-18).

Evitar usar cartões de crédito ou cheques pode ser uma boa medida já nos dias atuais, se pudermos usar
apenas valores em espécie. A crise que ora atinge o mundo pode ser a ante-sala do futuro sistema da besta.

Quanto menos submissão tivermos ao mundo financeiro agora, melhor será no futuro. No entanto, são apenas
conselhos... Cada um deve discernir no Espírito do Criador o que deve fazer, pois cada caso é diferente.

Outra medida prática que pode ser exercida facilmente já é evitar criar muita publicidade em torno de nossas
rotinas, nomes, trabalhos, dados e endereços.

Vemos que a internet tem contribuído para que muitos exibam sua privacidade para milhões de
desconhecidos, através de sites de relacionamento e bate papo. É altamente aconselhável que evitemos essa
publicidade em torno de nós.

Nesse caso, a web pode tornar-se uma "rede" literal, uma cilada ou teia de aranha para aquele que publica
seus dados indiscriminadamente. Discrição e sigilo devem ser conceitos valorizados pelo servo do Senhor que
leva as profecias a sério.

Não podemos esquecer que nossos inimigos espirituais, embora não sejam oniscientes, são sumamente
astutos. Devemos evitar qualquer mecanismo ou tecnologia que precise ser implantado ou gravado em nosso
corpo e que cause a nossa identificação e localização.

Mesmo ocorrendo antes da imposição do sinal da besta a nível global, cremos que algumas tecnologias
poderão ser sugeridas ou até mesmo impostas por governos, sejam mundiais ou locais, para criar um
condicionamento que leve a uma posterior aceitação da marca. Ou para deixar as pessoas localizáveis e
monitoráveis em qualquer lugar.

A crise financeira que o mundo enfrenta poderá trazer algum tipo de política heterodoxa de controle sobre as
pessoas que interagem no mundo financeiro e devemos estar atentos a isso.

Ter um mecanismo de controle e monitoramento no próprio corpo, mesmo não sendo o sinal da besta em si,
fará com que a pessoa seja facilmente localizada e capturada ou fique teoricamente exposto a isso. Algo
realmente inconveniente para quem propôs em seu coração rejeitar o sistema da besta e sair dele!

Um segundo passo importante seria planejar ter um local apropriado longe dos grandes centros e o mais
oculto que for possível, para que este local possa abrigar irmãos em Cristo durante os dias tribulacionais.
Locais que tenham infraestrutura básica, como água, alimentos não perecíveis e que durem mais de cinco
anos, remédios, plantações, viveiros, etc.

É óbvio que recursos poderão ser necessários para tal e a união entre irmãos pode facilitar essa árdua tarefa.
Não estamos afirmando que nossos irmãos devem dirigir-se para esses locais agora mesmo, após ler este
artigo. Não! Apenas sustentamos que esses locais podem ser preparados já de antemão, com calma e
tranquilidade, para serem usados num momento propício.

Acima de tudo, devemos orar para que o Senhor possa preparar-nos e guiar-nos em tudo. Nada do que
fizermos sem a orientação de Deus dará certo. Há um propósito do Senhor para cada um de nós e, muitas
vezes, esse propósito divino é diferente para cada pessoa.

Muitos cristãos ficarão no sistema para testemunhar e serem martirizados por isso. Outros irão até locais
previamente preparados. Alguns serão sobrenaturalmente protegidos em meio à tribulação, assim como a
descendência de Abraão o foi no Egito.

Nossos olhos devem estar em Cristo. Como já dissemos, a Palavra de Deus nos ensina que a nossa
prioridade não deve ser tentar salvar nossa vida física, mas sim perseverar até o fim, mantendo a fé em
qualquer situação.

Que fim é esse? Cada um experimentará o seu, de acordo com os desígnios do Senhor. Que a soberania do
Senhor seja exercida em cada um de nossas vidas, considerando cada plano individual Dele para nós. Que
possamos perseverar até o fim! (Mateus 24:14). Não esqueçamos a palavra de Paulo aos irmãos em Roma:

"Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou
vivamos ou morramos, somos do Senhor" (Romanos 14:8)

Que essa palavra esteja conosco até o fim! Esperamos que este artigo tenha edificado sua vida. Nosso
propósito é que você esteja preparado em Cristo para enfrentar os dias difíceis que virão.
Quando virão? Não sabemos, mas se estivermos atentos aos sinais já profetizados na Palavra, saberemos o
tempo de tomar cada decisão. As profecias bíblicas nos foram reveladas com esse objetivo.

O Espírito do Altíssimo, que habita em cada filho Seu, guiará a quem O buscar, pois os filhos de Deus são
guiados pelo Seu Espírito (Romanos 8:14).

Que cada decisão que vamos tomar seja guiada pelo Pai. Que nenhuma decisão parta de nossa carne ou da
influência de pessoas que não têm a mente de Cristo. Que haja discernimento em cada coração e que
possamos ter a mesma postura de nossos irmãos primitivos.

Mesmo diante da dor, da tortura, das falsas acusações e da morte, o louvor e a adoração estavam em seus
lábios... A volta do nosso amado Messias está próxima!

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