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A INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA NA REDE PÚBLICA REGULAR DE ENSINO

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Henrique Marcelo Guérin Reis ., Barros da Costa, C., Santos, J., Patrocínio Sobrinho, L., Barros, M., Souza Morais, M.,
Oliveira, N.,
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Santos, A. , & Martinez, A .

RESUMO: Tendo em vista o significativo aumento da incidência dos casos de autismo


nos últimos anos e a presença cada vez mais constante de crianças com o transtorno no
ambiente escolar, o presente artigo pretende abordar a inclusão do aluno autista na rede
pública regular de ensino. Assim sendo, por meio de um estudo bibliográfico e de legislação,
trouxemos à baila alguns instrumentos legais capazes de nortear o trabalho de educadores e
juristas visando sempre à inserção destes cidadãos no contexto educacional. Objetivou-se com
este estudo apresentar um repertório legal capaz de salvaguardar a tutela estatal
constitucionalmente assegurado, ressaltando sua importância para o pleno desenvolvimento
destes indivíduos. Sendo assim, revelou-se que a convivência escolar contribui para que os
estudantes neurotípicos descubram outras realidades, servindo de aprendizado em matéria de
empatia e de tolerância. Por outro lado, para aqueles que apresentam o transtorno do
espectro autista, o convívio com os demais alunos é enriquecedor, pois permite a interação e
auxilia no desenvolvimento e na aprendizagem, possibilitando a formação de vínculos
estimuladores e o enfrentamento da própria dificuldade.
No fim dos anos 1980, uma a cada 500 crianças era diagnosticada com autismo. Hoje, a taxa
de incidência é de uma a cada 68. O significativo aumento chamou atenção até da ONU
(Organização das Nações Unidas), que classificou o distúrbio como uma questão de saúde pública
mundial.
Diante disso, faz-se relevante o estudo deste transtorno, em especial com relação à inclusão
de seus portadores na rede regular de ensino, posto tratar-se de indivíduos titulares de direitos e
deveres nos termos do ordenamento jurídico pátrio.
Sabendo-se que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um problema que acompanha a
pessoa portadora ao longo de sua vida e que os estudos a respeito do tema ainda são escassos, cabe
buscar o conhecimento sistematizado das causas e dos mecanismos nele envolvidos, o que permitirá
ampliar as bases para o trabalho dos profissionais tanto da área da educação quanto da área jurídica,
de modo a favorecer a inclusão dos autistas na rede regular de ensino.
Assim sendo, a realização de uma revisão bibliográfica e de legislação sobre o tema pode
favorecer a obtenção de um panorama de visões de diferentes autores e juristas sobre o TEA,
contribuindo para a disseminação destas informações na sociedade, reforçando a importância da
inclusão destes sujeitos de direito em todas as esferas, fortalecendo assim a criação de uma nação
mais livre, justa e igualitária.
Incialmente há que se asseverar que a educação é reconhecida pela Constituição Federal de
1988 como um direito de todos os cidadãos. E o Ministério da Educação prevê como modalidades
de educação especial aquelas exercidas em escolas exclusivamente especializadas, em classes
especiais do ensino regular e em classes comuns do ensino regular.
As últimas citadas, escolas regulares que recebem em salas comuns alunos que possuem
alguma deficiência, são reconhecidas como adeptas do movimento da inclusão escolar. Isto porque
permitem que todos os alunos aprendam e participem juntos, sem nenhum tipo de discriminação.
Nesse sentindo, a educação inclusiva é um conjunto de ações políticas, sociais e pedagógicas
que se fundamentam, principalmente, nos direitos humanos e na ideia de igualdade. Segundo
NILSSON, “o objetivo da educação especial é o de reduzir os obstáculos que impedem o indivíduo
de desempenhar completamente as atividades e ter participação plena na sociedade”.

Revista Pesquisa e Ação v. 4 n. 3 (2018): https://revistas.brazcubas.br/index.php/pesquisa/article/view/535


A política de Educação Inclusiva no Brasil encontra respaldo em inúmeras legislações,
principalmente na acima citada Constituição Federal de 1988, tendo em vista que um dos seus
objetivos fundamentais é “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art. 3º, inciso IV).
Nesta direção, também são os artigos 205 e 206, inciso I, do referido diploma, os quais
estabelecem que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, sendo o ensino ministrado
com base no princípio da igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.
E, em consonância, com o objetivo de enfatizar o acesso igualitário dos deficientes, foi
sancionada em 1989 a Lei nº 7.853, a qual dispõe sobre a educação, trazendo várias garantias,
dentre elas a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de
ensino.
Visto como mais um reforço na luta pela inclusão do aluno autista, a Política Nacional de
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista é criada pela Lei nº
12.764/2012. Novamente nota-se que além de trazer um conjunto de direitos, no artigo 7º da lei há a
vedação da recusa de matrícula, havendo punição para aquele que cometer o ato discriminatório.
Por fim, cabe mencionar o magistério de Catapan que assevera que a convivência dos alunos
contribui para que descubram outras realidades, servindo de aprendizado em matéria de empatia e
de tolerância. Por outro lado, para aqueles que apresentam necessidades especiais, o convívio com
os demais alunos é enriquecedor, pois permite a interação e auxilia no desenvolvimento e na
aprendizagem, possibilitando a formação de vínculos estimuladores e o enfrentamento da própria
dificuldade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARKLEY, R. A. Transtorno do Espectro Autista Déficit e Hiperatividade. Porto Alegre: Artmed, 2000.
BATISTA, Dayse. Manual Diagnostica e Estatística de Transtornos Mentais. 4ª ed., Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
BENITO, Lúcia. A lei, o autista e a escola. Disponível em <https://lagartavirapupa.com.br/a-lei-o-autista-e-a-escola/> Acesso
em 26 de março de 2018.
CATAPAN, Laís. Autistas, inclusão escolar e lei. Disponível em < https://catapan.jusbrasil.com.br/artigos/400748311/autistas-
inclusao-escolar-e-lei> Acesso em 05 de maio de 2018.
FERNÁNDEZ, Alícia. A Inteligência Aprisionada. 2ª ed., Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
FIALHO, Juliana. Autismo e Inclusão Escolar: O que dizem as leis brasileiras? Disponível em
<https://www.comportese.com/2013/12/autismo-e-inclusao-escolar-o-que-dizem-as-leis-brasileiras> Acesso em 10 de maio
de 2018.
LEITE, George Salomão. Manual dos Direitos da Pessoa com Deficiência. São Paulo: Saraiva, 2018.
NILSSON, I. A educação de pessoas com desordens do espectro autístico e dificuldades semelhantes de aprendizagem.
Temas sobre Desenvolvimento, v.12, n.68,p.5-45,2003.

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Acadêmicos de Direito da Brazcubas Educação; Revisora ad hoc; Advogada, Profa Brazcubas Educação

Revista Pesquisa e Ação v. 4 n. 3 (2018): https://revistas.brazcubas.br/index.php/pesquisa/article/view/535

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