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ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE
INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE
Vol. 13, N. 18, Ano 2010
Correspondência/Contato
Alameda Maria Tereza, 4266
Valinhos, SP - CEP 13278-181
rc.ipade@aesapar.com
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
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3. METODOLOGIA
4. DESENVOLVIMENTO
O setor sucroalcooleiro demonstra seu crescimento nos últimos anos em níveis de Brasil e
no mundo através das estratégias utilizadas para a sua constante expansão, as novas
tecnologias utilizadas pelo setor, o aumento de produção nos últimos anos, sua
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222 Planejamento e controle de produção aplicado ao setor sucroalcooleiro
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De acordo com Oliveira (2009), o estado oferece benefícios fiscais aos empresários
do setor, além das condições climáticas favoráveis à produção. O governo do estado
também aposta no aprimoramento da logística nos processos de produção, para aumentar
sua competitividade na venda da produção. A colheita se estende nos meses de março até
novembro de cada ano, pois estes são os meses com baixo índice de pluviosidade, sendo
mais adequado para o transporte e o melhor amadurecimento da planta. É importante que
este setor cresça de forma sustentável, sem afetar o meio ambiente, por isso todos os
projetos de instalações das usinas são devidamente analisados e direcionados para a
sustentabilidade.
Silva (2007) ressalta que o estado de Mato Grosso do Sul, ocupa uma posição
geográfica estratégica no país, o que pode o tornar uma grande potencia nacional. Faz
divisa com grandes centros produtores de cana-de-açúcar como São Paulo, Paraná e
Minas Gerais; e também com estados produtores de alimentos e matérias-primas para
indústria, como Goiás e Mato Grosso; está na fronteira com a Bolívia e o Paraguai e
também ligado pelos rios Paraná e Paraguai à Argentina e ao Uruguai.
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transporte e é uma das mais novas promessas para o desenvolvimento de Mato Grosso do
Sul para o escoamento da produção de álcool (SILVA, 2007).
Conforme diz Chiavenato (2008, pg. 23), “para atingir seus objetivos e dimensionar
corretamente seus recursos, as empresas planejam e controlam sua produção, não
produzindo ao acaso, nem funcionando de improviso”. Por este motivo o Planejamento e
Controle da Produção - PCP é de fundamental importância para as empresas.
Segundo Tubino (2000), as atividades do PCP são exercidas nos três níveis
hierárquicos de planejamento e controle das atividades produtivas de um sistema de
produção. No nível estratégico, onde são definidas as políticas estratégicas de longo prazo
da empresa, o PCP participa da formulação do Planejamento Estratégico da Produção,
gerando um plano de produção. No nível tático, onde são estabelecidos os planos de
médio prazo para a produção, o PCP desenvolve o Planejamento Mestre da Produção,
obtendo o Plano Mestre da Produção (PMP). No nível operacional, onde estão preparados
os programas de curto prazo de produção e realizado o acompanhamento dos mesmos, o
PCP prepara a programação da produção administrando estoques, seqüenciado, emitindo
e liberando as ordens de compras, fabricação e montagem, bem como executa o
acompanhamento e controle da produção.
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Diante deste cenário a missão e a visão corporativa são as bases sobre as quais a
empresa está constituída, razão de sua existência. Fazem parte desta questão à definição
clara de qual é o seu negócio atual, ou seja, sua missão e qual deverá ser no futuro, ou
seja, sua visão, bem como a filosofia gerencial da empresa para administrá-lo e expandi-lo
no futuro. Uma vez definida a missão e a visão da empresa, os gerentes poderão priorizar
suas ações e criar um padrão de decisões para todos os níveis hierárquicos dentro da
empresa (TUBINO, 2007).
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Segundo Corrêa et. al. (2007, pg.205), relata sobre os planos operacionais da
seguinte forma:
Os planos operacionais devem estar ligados uns aos outros, e todos aos planos
estratégicos da empresa. A manufatura não pode, independentemente, definir o que,
quanto e quando vai produzir: quantidades a manufaturar devem ser decididas em
comum com vendas, que por sua vez depende da demanda de mercado; em comum com
a engenharia, que é a única função que sabe detalhadamente o que está nas pranchetas,
em termos de produtos e processos, e com a função de finanças, que é quem vai pagar
por materiais, mão-de-obra e estoques.
Ainda segundo Corrêa et. al. (2007), através da coleta e análises dos dados, hoje
facilmente automatizada por coletores de dados nos pontos de controle, esta função do
PCP busca garantir que o programa de produção emitido seja executado a contento.
1
Segundo Tubino (2007), a programação é chamada Puxada por que quem autoriza a produção é o cliente interno, que, ao retirar suas
necessidades imediatas, puxa um novo lote do fornecedor. E a programação é chamada Empurrada por que cada posto de trabalho ao concluir
uma ordem, está autorizado a empurrar a mesma para o posto seguinte, independente do que esteja acontecendo nos postos subsequentes, até que
ela fique pronta.
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230 Planejamento e controle de produção aplicado ao setor sucroalcooleiro
Mediante esse cenário, a usina opera todos os dias da semana em três turnos de
produção, ou seja, 24 horas por dia. O período de safra compreende os meses de fevereiro
a novembro, e durante os meses de dezembro a janeiro, ocorrem às manutenções
preventivas das máquinas/equipamentos para minimizar ações corretivas durante a
produção e preparação para um novo ciclo.
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232 Planejamento e controle de produção aplicado ao setor sucroalcooleiro
Plano de Ação
O quê? Mix abaixo do planejado
Por quê? Baixa recuperação da fábrica
Quem? Operadores de vácuo / líderes e coordenadores de produção
Onde? Cozimento
Quando? Em andamento
Monitoramento contínuo da pureza no mel final. Cristalização
Como? efetuada com mel pobre e mel rico e cozimento de massa C
efetuada somente com mel único B. Brix do mel final acima de 80.
Fonte: Usina de Maracajú (2010).
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Pontos
Planej. Ações
Unidade Real Dia Desvio Relevantes / Status Ações
Dia Imediatas
Desvios
MOAGEM 11.300 7.863 (12.364)
AÇÚCAR - SCS 21.368 9.004 19 Bagaço
molhado
limitando
vapor no
processo
ÁLCOOL - CBM 297 316 -
ENERGIA - - (22,5)
Empresa com e
equipe de
Problema no manutenção
pinhão avaliando qual
TAI 92,5 70,0 (3,4) helicoidal peça de Andamento.
(acionamento reposição mais
dos 5 e 6 adequada pra
ternos) unidade
RTC 91,7 88,3 (20,5)
Alteração
processo: caldo
filtrado pra
fábrica,
separação do
misto pra
MIX 71,8 51,3 (2,17)
primário e
secundário,
desvio de parte
do caldo
secundário pra
destilaria.
ART 15,36 13,19 - Cana bizada
CARREGAMENT
20.000 - -
O AÇÚCAR SCS
CARREGAMENT
375,0 - -
O ÁLCOOL CBM
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234 Planejamento e controle de produção aplicado ao setor sucroalcooleiro
Foi possível observar que em seu planejamento estratégico, a usina possui uma
estratégia competitiva voltada a grande escala de produção, focando a redução de custos
para o produto acabado, e garantindo a produtividade e a lucratividade.
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REFERÊNCIAS
ALDAY, H. E. O Planejamento estratégico dentro do conceito de administração estratégica. Rev.
FAE, Curitiba, v.3, n.2, p.9-16, maio/ago. 2000.
CHIAVENATO, I. Planejamento e Controle da produção. São Paulo, Manolo, 2008.
CORRÊA, H. Planejamento, programação e controle da produção. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2001.
CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. G. N.; CAON, M. Planejamento, Programação e Controle da
Produção. São Paulo: Atlas, 5ª. Edição, 2007.
FERNANDES, S. M. Planejamento e controle de produção em usinas sucroalcooleira. Dissertação
apresentada ao programa de pós – graduação em Engenharia de Produção da Universidade
Paulista para elaboração de título de mestre. São Paulo, 2009.
FERNANDES, F.C.F.; SANTORO, M. C. Gestão da Produção. Vol.12 no.1 São
Carlos Jan./Abr. 2005: Avaliação do grau de prioridade e do foco do Planejamento e Controle da
Produção (PCP): modelos e estudos de casos. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0104-530X2005000100004&lang=pt>.
Acesso em: 15 de maio 2010.
FERNANDES, F. C. F. Gestão da Produção. Vol.14 no.1 São Carlos Jan./Abr. 2007: Identificação
dos principais autores em planejamento e controle da produção por meio de um survey mundial
com pesquisadores da área. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-530X2007000100008&lang=pt>.
Acesso em: 15 maio 2010.
FILHO, A. B. Os Fundamentos da Crise no Setor Sucroalcooleiro no Brasil. Setembro 2009. (Edição
Especial para Divulgação na Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira Fenasucro
Sertãozinho - SP). Conab, São Paulo, 2009.
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