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Ano letivo 2018/2019

TESTE DE AVALIAÇÃO ADAPTADO DE PORTUGUÊS – 7º D

Nome: | N.º: | Ano/Turma:


Classificação: Data:
A professora: O Enc. de Educação:

GRUPO I - EDUCAÇÃO LITERÁRIA


Texto A
As sete maravilhas de Dom Quixote
Bruno Vieira Amaral
22 Abril 2016

“D. Quixote é uma obra tão original que quase quatro séculos depois continua a
ser a obra de ficção em prosa mais avançada que existe. E mesmo assim é
subestimada: é ao mesmo tempo o romance mais legível e, definitivamente, o mais
difícil”, escreveu o crítico literário Harold Bloom sobre a obra de Miguel de Cervantes,
5 que morreu há 400 anos, a 22 de abril de 1616. O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de
La Mancha, cuja primeira parte foi publicada em 1605, abriu tantos caminhos para a
literatura que o mais seguro será dizer que nenhum grande escritor faltou ao encontro
com o seu Dom Quixote. […]

A dupla D. Quixote e Sancho Pança


10 [...] São inúmeras as razões para nos maravilharmos com Dom Quixote e a
química entre as duas personagens principais não será a menor delas. Fraco de
entendimento, Sancho Pança acompanha Dom Quixote na esperança de vir a reinar
uma ilha. Mesmo assim, é dele a voz sensata que procura dissuadir1 o cavaleiro
andante de se meter em trabalhos. À medida que a narrativa avança, o fiel escudeiro
15 vai sendo contagiado pela loucura do amo, primeiro por solidariedade, depois como
reconhecimento de que a crença de D. Quixote nas ficções afeta a realidade. Na
leitura que o romantismo alemão fazia da obra de Cervantes, D. Quixote era o
“espiritualista” e Sancho Pança, “o materialista”, interpretação reproduzida por Garrett
em Viagens na Minha Terra. Porém, sendo muitas as diferenças, desde logo as físicas
20 (D. Quixote é seco de carnes e Sancho é anafado), há uma ligação profunda entre os
dois, de amizade e de mútua proteção, a tal ponto que um só faz sentido com o outro.
O jogo de contrários, que dá azo a muitas situações cómicas, também permite que, a
cada momento, vejamos o mundo tal como é e o mundo tal como D. Quixote o
imagina. […]

Os moinhos de vento
25 De todas as imagens de D. Quixote, a mais universal será a do homem que
luta contra os moinhos de vento. É o símbolo das causas perdidas ou quase
impossíveis de concretizar, mas é também uma inspiração para sonhadores e
idealistas, aqueles que se veem como descendentes espirituais do cavaleiro
manchego2. […] A aventura acontece no capítulo VIII, na segunda saída de Dom

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30 Quixote com o seu escudeiro, Sancho, à procura de aventuras. A certa altura,


deparam-se com trinta ou quarenta moinhos de vento. O cavaleiro diz-se com sorte
porque vai poder enfrentar aqueles gigantes. Sancho não percebe:
“– Que gigantes? – interrogou Sancho.
– Aqueles que além vês de braços desmesurados. Alguns medem quase duas
35 léguas de comprido…
– Atente bem, Vossa Mercê. O que se descortina além fora não são gigantes,
mas moinhos de vento. E o que parecem braços não são senão as velas que,
sopradas pela aragem, fazem girar as mós.”
Indiferente aos avisos sensatos de Sancho, D. Quixote encomenda-se à sua
40 senhora Dulcineia de Toboso, investe contra os moinhos de vento e acaba estatelado
no chão, debaixo do seu cavalo, Rocinante. Sucedem-se outras desventuras com
desfechos igualmente penosos: D. Quixote confunde rebanhos de ovelhas com
exércitos inimigos e acaba alvo das pedradas certeiras dos pastores que lhe metem
duas costelas para dentro e lhe fazem saltar três ou quatro queixais3 para fora.
45 Nenhuma das outras ilusões nefastas que Cervantes inventou para o seu cavaleiro
teve a permanência dos moinhos de vento.

in https://observador.pt/especiais/as-sete-maravilhas-dom-quixote/
(adaptado e com supressões, consult. 26/01/2019)

NOTAS
1. dissuadir: fazer mudar de opinião, desaconselhar; 2. manchego: da região de La Mancha
(Espanha); 3. queixais: dentes molares.

1.1. O texto começa com uma observação sobre o D. Quixote de um crítico literário, de
seu nome:
A. Eduardo Lourenço. B. Harold Bloom.

1.2. Miguel de Cervantes, autor de O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha,


publicou a primeira parte desta obra:
A. em 22 de abril de 1616. B. em1605.

1.3. Entre Dom Quixote e Sancho Pança, domina:


A. Uma química de amizade e B. A relação entre um soldado e o
proteção mútuas. seu capitão.

1.4. Aquela que será a imagem mais universal de D. Quixote, a do homem que luta
contra os moinhos de vento, ocorre:
A. no capítulo VII, na segunda B. no capítulo VIII, na segunda
saída de Dom Quixote com o saída de Dom Quixote com o
seu escudeiro, Sancho, à seu escudeiro, Sancho, à
procura de aventuras. procura de aventuras.

1.5. Outra desventura referida é a da luta de D. Quixote com rebanhos de ovelhas que
o cavaleiro confunde com:
A. Gigantes. B. Exércitos de inimigos.

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2. De entre as opções abaixo apresentadas, seleciona a que completa corretamente


a afirmação.
O pronome pessoal “dele” em “Mesmo assim, é dele a voz sensata” (l. 13) refere-se a
A. Dom Quixote.
B. Sancho Pança.

Texto B

Lê atentamente o poema de António Gedeão. Se necessário, consulta as notas.

Impressão digital

Os meus olhos são uns olhos.


E é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos1
onde outros, com outros olhos,
não veem escolhos nenhuns.

Quem diz escolhos diz flores.


De tudo o mesmo se diz.
Onde uns veem luto e dores
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz2.
Nas ruas ou nas estradas
onde passa tanta gente,
uns veem pedras pisadas,
mas outros, gnomos e fadas
num halo3 resplandecente.

Inútil seguir vizinhos,


querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.

Vê moinhos? São moinhos.


Vê gigantes? São gigantes.

António Gedeão, “Impressão digital” in Obra Completa,


Lisboa: Relógio D’Água, 2004
NOTAS
1. escolhos: obstáculos. 2. matiz: tom, gradação. 3. halo: circunferência luminosa que resulta do reflexo
da luz.

1. Para cada item (3.1. e 3.4.), seleciona a opção correta conforme o sentido do texto.

1.1. Em primeiro lugar, os olhos do sujeito poético veem

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A. obstáculos. B. oportunidades.

1.2. Os exemplos dados pelo sujeito poético para ilustrar a pluralidade de pontos de
vista apresenta a seguinte ordem:
A. Flores – luto – dores – cores – B. Flores – luto – dores – cores –
matiz – pedras pisadas – matiz – pedras pisadas – fadas–
gnomos – fadas; gnomos.

1.3. Da pluralidade de pontos de vista, o sujeito poético conclui que


A. não há solidariedade possível B. a forma como cada um vê a
entre as pessoas. realidade depende do seu
percurso de vida.

1.4. Da mesma forma que a impressão digital de cada ser humano é única, também a
forma como cada um de nós vê a realidade é

A. diferente e única, tendo em conta a experiência pessoal.

B. complexa e abstrata, tendo em conta a experiência social.

2. Sancho e D. Quixote defendem posições contrárias sobre o que veem.


Completa as frases abaixo com as palavras adequadas:

moinhos perspetivas gigantes

A. Sancho Pança vê ___________________.

B. Dom Quixote vê ______________________.

C. O sujeito poético pretende demonstrar que é possível ter diferentes


_______________________ de uma mesma realidade.

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GRUPO II - Gramática

1. Identifica a classe a que pertence a palavra destacada em cada frase.


Escreve a letra da frase e o número da classe a que a palavra destacada
corresponde.

A. “convidou-o para ficar em sua casa”


B. “D. Quixote começou a narrar a sua viagem” 1. Determinante
C. “daqui a pouco vai chegar alguém” 2. Pronome
D. “resolveu viajar para o sul”

A)__________ B)_________ C)__________ D) ___________

2. Associa cada expressão sublinhada (coluna A) à função sintática por ela


desempenhada (coluna B).

Coluna A Coluna B
A. “D. Quixote é uma obra tão original…” 1- Sujeito
B. “Sancho Pança acompanha Dom Quixote…”
2- Predicado
C. “D. Quixote confunde rebanhos de ovelhas…”
3- Vocativo
D. “D. Quixote acaba estatelado no chão….”

E. “ Sancho Pança pede-lhe para contar ….” 4- Complemento direto

F. “ a crença de D. Quixote nas ficções afeta a 5- Complemento indireto


realidade…”
6- Complemento oblíquo
G. “ D. Quixote encomenda-se à sua senhora Dulcineia
de Toboso…” 7- Predicativo do sujeito

H. “Sancho, vem cá! – gritou D. Quixote! 8- Modificador

A)__________ B)_________ C)__________ D) ___________

E)__________ F)_________ G)__________ H) ___________

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3. Indica o tempo e o modo verbal em que se encontram conjugados os verbos


sublinhados. Escreve a letra da forma verbal e o número correspondente do
tempo e/ou modo verbal.

Formas verbais Tempo e/ou modo verbal


A) “Após cinco horas de marcha ainda não 1. Infinitivo
tinha encontrado água”
B) “e nada me fazia ter esperança de que isso 2. Presente do indicativo
fosse acontecer”
C) “Deixou o pequeno rebanho à guarda do 3. Pretérito perfeito do indicativo
cão.”
D) “Plantava carvalhos.” 4. Pretérito imperfeito do indicativo

E) “Dessas vinte mil, ele ainda contava perder


5. Pretérito mais-que-perfeito composto do
metade”
indicativo
F) “tudo o que há de imprevisível nos
desígnios da Providência”
6. Pretérito imperfeito do conjuntivo

A)_______ B)_______ C)_______ D) _______ E) ______ F) _______

GRUPO III – Expressão escrita

Imagina que és D. Quixote e que queres contar as tuas aventuras ao teu melhor
amigo.
Redige uma carta em que relates as aventuras acontecidas. (ATENÇÃO! Não te
esqueças da estrutura da carta!!!!)

O teu texto deve ter entre 60 e 80 palavras.

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FIM

A Prof. Carla Caetano 7


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CORREÇÃO DO TESTE E COTAÇÃO

Item
Grupo Cotação (em pontos)

Texto 1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5. 2


24
A 4 4 4 4 4 4
1. 1.2. 1.3. 1.4.. 2
Texto
4 4 4 4 9(3 25
B
cada)
Grupo 1. 2. 3.
27
II 6(1,5) 12(1,5) 9(1,5)
Grupo 24
Item único
III
100
Total

GRUPO I Texto A

1.1. B 1.2. B 1.3. A 1.4. B 1.5. B

2. B

Texto B

1.1. A 1.2. A 1.3. B 1.4. A

2. A. moinhos; B. gigantes; C. perspetivas.

GRUPO II

1. A) Pronome B) Determinante C) Pronome D) Determinante

2. A. 7 B. 1 C. 4 D.6 E. 5 F.8 G.2 H.3

3. A. 5 B. 6 C. 3 D.4 E. 1 F.2

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GRUPO III
Item corrigido de acordo com os critérios de correção dos exames nacionais do 9º ano

Expressão escrita 25
Cotações/ 5 4 3 2 1
Parâmetros
A Cumpre integralmente a Cumpre globalmente a instrução Cumpre a instrução de forma muito
instrução no que diz num aspeto e só parcialmente no vaga no que diz respeito ao tema e de
Tema e respeito ao tema e à outro, ou redigindo um texto modo indefinido no que diz respeito à
Tipologia tipologia textual, tratando, narrativo com desvios temáticos tipologia.
sem desvios, o tema ou tratando um tema proposto
proposto e redigindo um num texto de tipologia híbrida.
texto narrativo.
B Produz um discurso Produz um discurso coerente na Produz um discurso inconsistente,
coerente, que desenvolve globalidade, com lacunas que não transmitindo informação ambígua e
Coerência e numa sequência lógica, afectam a inteligibilidade, apresentando ideias confusas, que
Pertinência apoiado em informação apoiado em informação, em geral afetam a inteligibilidade do texto, ou
do conteúdo pertinente, sem pertinente, apesar de algumas não fundamentadas.
ambiguidades. zonas de ambiguidade.
C Redige um texto bem Redige um texto estruturado e Redige um texto sem estruturação
estruturado e bem articulado de forma satisfatória, aparente, revelando um domínio
Estrutura e articulado, revelando um revelando um domínio suficiente muito fraco dos mecanismos de
Coesão bom domínio dos dos mecanismos de coesão coesão textual.
mecanismos de coesão textual. Não utiliza os sinais de pontuação ou
textual. Usa os sinais de pontuação, utiliza-os predominantemente de
Usa os sinais de pontuação geralmente de forma adequada. modo aleatório, com infrações das
corretamente. regras elementares.
D Manifesta domínio das Manifesta domínio das estruturas Manifesta um controlo muito limitado
Morfossintaxe estruturas sintáticas da sintáticas mais comuns da língua, de estruturas sintáticas, recorrendo a
língua, construindo escrevendo frases simples, mas formas gramaticais simples, marcadas
corretamente as frases. de sentido geral sempre claro, por repetições e lacunas com
apresentando pequenos erros perturbações sistemáticas de
não sistemáticos, sem conduzir a inteligibilidade.
mal-entendidos.
E Utiliza um repertório lexical Utiliza um vocabulário simples e Utiliza um repertório vocabular
Vocabulário variado, escolhendo comum, com confusões pontuais restrito, relativo sobretudo a noções
vocabulário adequado e que não perturbam, porém, a concretas e particulares, apresentando
pertinente. comunicação. um elevado grau de redundância, que
Põe em evidência o(s) aspeto(s) prejudica a comunicação.
que lhe parece(m) mais Exprime o que quer comunicar com
importante(s) , apresentando recurso sistemático a lugares-comuns.
algumas deficiências nos
procedimentos de modalização.
F Dá poucos erros Dá alguns erros ortográficos (em Dá um número significativo de erros
ortográficos (em 100 100 palavras, entre 10 e 12). ortográficos (em 100 palavras, entre
Ortografia palavras, entre 5 e 6). 18 e 20).

A Prof. Carla Caetano 9

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