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ASPECTOS DA VERDADE
2. VERDADE LÓGICA - Deus é racional e lógico e a Bíblia prova não estar cheia de
paradoxos e contradições quando aceita, pela fé e da maneira como foi escrita, O Senhor
forneceu evidências verossímeis da verdade e da infalibilidade de sua Palavra. Esta
conclusão é o testemunho dos crentes dos dois Testamentos (Sl 108.4; Jo 20.30,31; 1
Jo 1.1-3).
Ouvindo e sendo a verdade. Pode-se ouvir a verdade, acreditar que é verdadeira, até
ensiná-la e ainda assim recusar-se ou falhar em agir de acordo com ela. Isto corresponde
a ouvir a verdade e não ser a verdade. A verdade conhecida, no sentido de acreditar e
agir de acordo com ela, satisfaz, então, a três testes: consistência lógica, consistência
factual e consistência prática. Os dois primeiros foram discutidos acima nos itens
verdade lógica e verdade factual. O terceiro (Verdade Factual) é mencionado pelo
Senhor Jesus Cristo como a base da salvação, isto é, experimentar a verdade ao agir de
acordo com ela (Jo 8.32). Isto acarreta um conhecimento do conteúdo sobre o qual a
acção apoia-se. As Escrituras dão aos três seu lugar adequado. Elas esperam que a fé
seja baseada em evidências razoáveis, e que a acção siga a recepção de uma revelação
clara e auto-consistente.
A verdade é autêntica não é kairotic ou temporária (como que - as coisas podem ser
verdadeiras hoje, mas erradas amanhã).
2. Pelo facto de Deus ser a verdade, Cristo é a verdade tanto em sua pessoa como em
sua revelação (Jo 1.14,17; 14.6). Seu carácter e suas palavras complementam-se, e seu
ensino revela tanto seu carácter santo quanto o do Pai (Mt 5.43-48). Os teólogos
existencialistas tentavam reforçar a importância de “ser a verdade”, enquanto negavam
que a verdade tivesse um conteúdo proposicional, isto é, um conteúdo que está
compreendido nas afirmações reveladas nas Escrituras. Sua tentativa fracassa quando se
percebe que Cristo, usando uma linguagem de sala de aula, sustenta em João 8 que seu
testemunho é verdadeiro. Ele ensina somente o que ouviu (vv. 26,40), VIU (v. 38) e o
que lhe foi ensinado pelo Pai (v. 28). Ele pode confirmar o que diz, porque o Pai
jamais o deixou só (v. 29). Em João 14, onde Cristo declara que Ele mesmo é a
verdade (v. 6), Ele mais uma vez refere-se ao conteúdo de seu ensino, mostrando que
Ele não é somente a verdade em pessoa, mas que também ensina a verdade
proposicional. Isto faz parte do contexto de João 8, quando, como visto acima, Ele
defende a verdade de seus ensinos ao dizer: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará” (v. 32). Isto toma claro que Ele não está falando de um conhecimento místico
dele mesmo que salvará o homem, mas de um conhecimento cujo conteúdo é composto
por aquilo que Ele ensina.