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9 O sistema reprodutor
Iniciando a conversa
Reprodução
Um mecanismo essencial
Organismos que se reproduzem sexuadamente têm um ciclo de vida que se inicia com a
fusão dos gametas haploides (células que possuem apenas um conjunto de cromossomos)
masculinos (espermatozoides) e femininos (óvulos), produzidos pelas gônadas, formando
uma célula única diploide (denominada ovo ou zigoto), que se divide em estágios suces-
sivos (mórula, blástula, gástrula), levando às diferenciações teciduais do organismo.
118 Fisiologia
Sistemas reprodutores
Os componentes masculinos e femininos
O sistema reprodutor masculino é composto pelos testículos, epidídimo, ductos defe-
rentes, vesícula seminal, próstata e pênis (animação 1). Já o sistema reprodutor feminino
é formado por dois ovários, duas tubas uterinas, útero, vagina e vulva (animação 2). Os
testículos e os ovários são os órgãos produtores de gametas (gônadas), sendo o processo
de formação de espermatozoides denominado espermatogênese e o de óvulos, oogênese.
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Gametogênese
A produção de células reprodutoras
No processo de reprodução sexuada, a prole é gerada a partir da junção, em igual quan-
tidade, de material genético proveniente dos gametas dos pais. A gametogênese ocorre
por meio de meioses sucessivas de células germinativas (oogônia e espermatogônia).
Vale ressaltar que, na reprodução sexuada, a mistura dos materiais genéticos parentais é
importante para o sucesso dos animais na exploração de diversos nichos ecológicos, por
gerar variabilidade genômica. Esta variabilidade é garantida pelo fato de um indivíduo ser
capaz de produzir milhões de gametas geneticamente diferentes, da criação de cromos-
somos híbridos de material genético paterno e materno produzidos durante a meiose, e
pelo grande número de combinações possíveis dos gametas femininos e masculinos na
hora da formação da prole diploide.
A seguir, veremos como ocorre a formação de gametas femininos, a oogênese, e a
formação dos gametas masculinos, a espermatogênese.
Na maioria das espécies, a produção dos gametas femininos ocorre durante o desenvol-
vimento, sendo que os óvulos gerados são armazenados até serem necessários. É possível
classificar a utilização destes gametas em três estratégias reprodutivas, a partir do destino
dos óvulos antes e após a fertilização: ovíparos, vivíparos e ovovivíparos.
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Como vimos, o aparelho reprodutor feminino é composto basicamente de ovário, oviduto,
útero e gonóporo. Na vida intrauterina, células germinativas primordiais migram para o ovário
em desenvolvimento e diferenciam-se em oogônias. Na maioria das espécies, a oogênese
inicia-se a partir do oócito primário derivado das mitoses sucessivas das oogônias. Ainda na
fase intrauterina, os oócitos iniciam o processo de meiose, que é interrompido na fase de
prófase 1. Os oócitos formados são circundados por células somáticas, que formam um
folículo e secretam componentes de matriz extracelular, constituindo uma camada acelular
entre o oócito e o folículo, denominada zona pelúcida (figura a seguir). As células foliculares
(ou granulosas) coordenam a oogênese, retardando a maturação e a liberação do óvulo.
No decorrer do desenvolvimento extrauterino do
indivíduo, quando os oócitos primários são ativados
(por exemplo, na puberdade), a meiose continua de
forma assimétrica, levando à formação do oócito
secundário (com a maior parte do citoplasma) e do
corpúsculo celular primário que, geralmente, é degra-
dado. O oócito secundário sofre então outra divisão
meiótica, resultando no óvulo maduro (maior parte
do citoplasma) e no segundo corpúsculo celular (que
também é degradado) (figura 9.4).
A fisiologia reprodutora dos machos garante que
os espermatozoides estejam prontos para fertilizar
o óvulo, assim que o macho estiver empenhado na
Figura 9.3: Folículo ovariano. / Fonte: Cepa
produção de gametas reprodutivos pelos testículos.
Os testículos são formados por células de Leydig e de Sertoli e por espermatozoides em
várias fases de desenvolvimento. As células de Leydig produzem a testosterona, enquanto
as células de Sertoli estão localizadas entre as células espermatogênicas. A testosterona e
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passam para o epidídimo, onde são maturados
e ganham a capacidade de nadar (figura 9.5). Figura 9.4: Oogênese. / Fonte: Cepa
Regulação hormonal
Os hormônios envolvidos na reprodução
Os hormônios reprodutivos controlam o desenvolvimento, a maturação sexual, a game-
togênese, o acasalamento e os cuidados paternos. Este controle ocorre por vias complexas
de retroalimentação positivas e negativas, sendo que os níveis e eficácias hormonais estão
relacionados ao balanço entre sua produção e degradação e à expressão de seus receptores
no tecido-alvo. Além disso, outros hormônios importantes em outros sistemas fisiológicos
têm importante função na reprodução. Machos e fêmeas de uma mesma espécie utilizam
o mesmo conjunto de hormônios sexuais, embora estes possam ter funções diferenciadas
em cada um dos sexos.
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células de Sertoli, estimulam a espermatogênese.
Ainda com relação à espermatogênese, o hormônio liberador de gonadotropina (GnRH,
do inglês Gonadotropin-Releasing Hormone) produzido pelo hipotálamo induz, na hipófi-
se anterior, a produção das gonadotropinas hormônio luteinizante (LH, do inglês luteinizing
hormone), que estimula a síntese e a liberação de andrógenos pelas células de Leydig do
testículo; e do hormônio folículo estimulante (FSH, do inglês follicle-stimulating hormone),
que também estimula a espermatogênese, agindo sobre as células de Sertoli dos túbulos semi-
níferos. No momento da cópula, as prostaglandinas produzidas na vesícula seminal atuam no
útero da fêmea, induzindo mudanças que afetam a motilidade do espermatozoide.
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Figura 9.6: Hormônios reprodutivos no ciclo ovulatório de fêmeas. (Animação 3). / Fonte: Cepa
Atividades
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Questionário
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