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UCRÂNIA: O HOLODOMOR E A POLÍTICA DA LEMBRANÇA: O LEGADO DA FAMÍLIA DE STALIN 1932-33

Encontro: 2006 30 de novembro, 16:15 (quinta-feira) ID canônico: 06KYIV4414_a
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1. (SBU) Resumo. Após as comemorações emocionantes de 25 de novembro do 73º aniversário do holodomor

("Grande Fome"), a fome criada por Stalin em 1932-33, que levou à morte de cerca de 5 a 10 milhões de
ucranianos na Ucrânia e na região russa de Kuban , o Rada aprovou em uma única leitura em 28 de novembro um
projeto de lei apresentado pelo presidente Yushchenko reconhecendo o holodomor como um ato de genocídio
contra o povo ucraniano. A lei acrescenta impulso aos esforços de Yushchenko de usar o holodomor para criar
um forte senso de identidade e consciência nacional ucraniana. Uma pesquisa de opinião pública no início de
novembro mostrou que 65% dos ucranianos apoiavam a interpretação "holodomor como genocídio", embora outras
pesquisas anteriores mostrassem diferenças regionais significativas. A passagem ocorreu após horas de
acalorado debate político sobre o endosso do "genocídio" e se / como incluir referências a não-ucranianos.
2. (C) Comentário: Politicamente significativa foi a decisão do Partido Socialista, liderado pelo presidente
da Rada Moroz, de romper as fileiras pela primeira vez com as regiões da coalizão anticrime Regiões e os
comunistas em votar no Tymoshenko Bloc (BYuT) e Our MPs da Ucrânia (OU) para garantir a aprovação da lei.
Com os comunistas na frente do projeto, Yushchenko e Moroz se aproveitaram da incerteza pouco característica
por parte de Yanukovych e das regiões sobre como lidar com a questão politicamente, a fim de aproveitar o
terreno moral elevado e mostrar liderança nacional. O vice-chefe do Secretariado Presidencial, Vasyunyk,
disse ao embaixador em novembro. 29 que muitos parlamentares das regiões que perderam parentes no holodomor
ficaram zangados com o fato de os líderes das regiões terem imposto a disciplina partidária contra o voto em
apoio à medida. Resumo e comentário final. Lembrando uma tragédia nacional para o povo ucraniano -----------
------------------------------- 3. (U) O 73º aniversário da fome artificial de Stalin, conhecida em
ucraniano como Holodomor (Holod-fome, mor - a raiz dos verbos relacionados à morte, tortura). sofrendo), que
matou cerca de 5 a 10 milhões de ucranianos no inverno de 1932-1933, foi observada em cerimônias em todo o
país em 1600 em 25 de novembro. O Presidente Yushchenko liderou uma procissão solene da Praça de Santa Sofia
ao Monumento Holodomor em Praça de São Miguel a cerca de meio quilômetro de distância; milhares de velas
votivas estavam nos dois locais, queimando a noite toda. Oficiais religiosos, juntamente com membros da

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Rada, o corpo diplomático, incluindo o Embaixador e o Gabinete de Ministros, estavam presentes. 4. (U) Ao
chegar ao memorial, Yushchenko, sua esposa e o orador da Rada Oleksandr Moroz lideraram a colocação de
coroas e acender velas na base do Memorial durante a cerimônia televisionada nacionalmente; O primeiro-
ministro Yanukovych estava notavelmente ausente. Um representante de cada oblast colocou uma vela na base do
Memorial, enfatizando que todo o país havia sofrido os efeitos duradouros da fome, que estava centrada no
que hoje é o leste e o centro da Ucrânia. Um novo monumento holodomor foi dedicado em uma cerimônia separada
em Kharkiv; O oblast de Kharkiv sozinho perdeu dois milhões em 1932-33, um terço da sua população. 5. (U) Em
um discurso apaixonado de dez minutos na televisão nacional, Yushchenko, cuja família é originária da
província de Sumy, observou que seu avô morreu junto com sua família no Holodomor que, em seu auge, matava
25.000 vítimas por dia. Yushchenko afirmou: "Aqueles que hoje negam a fome odeiam profundamente a Ucrânia
... O que negam não é história - negam o estado ucraniano". Ele então "exigiu" que os Rada reconhecessem o
Holodomor como genocídio. Holodomor como genocídio: socialistas se juntam a BYuT, OU -----------------------
------------------ 6.-- (SBU) No período que antecedeu a comemoração de 25 de novembro, Yushchenko havia
apresentado um projeto de lei reconhecendo o Holodomor como um ato de genocídio contra a nação ucraniana e
proibindo a negação pública da fome. As manobras políticas impediram a consideração do projeto antes da
comemoração, mas dominaram os procedimentos quando a Rada retomou o dia 28 de novembro, apoiada pelo
presidente da Rada Moroz. O drama principal dizia respeito à posição do Partido das Regiões do primeiro-
ministro Yanukovych, já que os comunistas se opunham ao projeto. As regiões apresentaram pela primeira vez
um projeto de lei que definia o holodomor como um crime por um regime totalitário contra a humanidade "e a"
tragédia nacional do povo ucraniano ", mas não o genocídio. Depois, defenderam a adoção do projeto de lei de
Yushchenko como uma declaração e não como uma lei, e finalmente o genocídio proposto KYIV 00004414 002 OF
003 7. (SBU) Um compromisso mediado por Moroz mudou a "nação ucraniana" como um crime pelo regime de Stalin
contra os povos ucraniano e outros soviéticos. ao "povo ucraniano" (narod), uma referência à definição não
étnica inclusiva da constituição do povo ucraniano / narod como cidadãos da Ucrânia de todas as
nacionalidades. No entanto, a definição básica do holodomor como genocídio permaneceu. O compromisso também
eliminou a proibição proposta contra a negação do holodomor, e Moroz garantiu a aprovação do projeto de lei
em uma única leitura, uma manobra parlamentar incomum, mas permitida. As regiões, no entanto, abstiveram-se,
com exceção de dois deputados - Taras Chornovil e Anna Herman - que romperam as fileiras do partido para
votar a favor da resolução, citando membros da família que morreram na Ucrânia central durante o holodomor.
Juntaram-se aos socialistas, BYuT e MPs da OU presentes para garantir uma maioria de 233 votos. 8. (C) Vice-
Chefe do Estado-Maior Presidencial Ivan Vasyunyk, O gerente de projeto de Yushchenko para o projeto de lei,
disse ao embaixador em 29 de novembro que o projeto de lei holodomor revelou tensões dentro da facção das
regiões. Vasyunyk passou o dia 28 de novembro no Rada e conversara com vários gerentes de regiões sobre o
projeto. A maioria dos parlamentares das regiões queria votar no projeto de lei do presidente - até 150 dos
186 membros da facção, afirmou. No entanto, a facção aplicou a disciplina partidária, com as duas exceções
mencionadas acima. O clima no caucus de Regions ficou muito tenso após a votação, afirmou Vasyunyk, já que
muitos parlamentares, incluindo dezenas de pessoas que perderam parentes no holodomor, ficaram com raiva por
terem sido forçados a se abster de suas crenças. Identidade e Política Nacional, controvérsia histórica ----
--------------------------------------- - --------- 9. (C) Curiosamente, o holodomor tem potencial para ser
uma questão unificadora na recente divisão política geográfica "azul-laranja" da Ucrânia, já que a maioria
das mortes ocorreu no leste e no centro do país, principalmente na província de Kharkiv (nota: grande parte
da "laranja" oeste estava sob domínio polonês na era entre guerras). No entanto, a causa do holodomor como
genocídio tem sido tradicionalmente cultivada com mais força no oeste nacionalista da Ucrânia. Desde que se
tornou presidente em janeiro de 2005, Yushchenko defendeu consistentemente a causa de reconhecer plenamente
o impacto do holodomor como genocídio, como parte da formação contínua de uma identidade nacional ucraniana
mais forte. (Nota: Alguns sociólogos consideram a Ucrânia uma sociedade pós-genocida como resultado da perda
de uma porcentagem tão significativa de sua população ao longo de doze anos entre 1932 e 1944, abrangendo o
holodomor, os grandes expurgos e a Segunda Guerra Mundial.) Vasyunyk comentou ao Embaixador que unificar
ucranianos era o objetivo do presidente - e de Moroz - em patrocinar o projeto. 10. (SBU) Uma pesquisa no
início de novembro mostrou que 65% dos ucranianos concordam que o holodomor representou genocídio indica que
o esforço de Yushchenko para divulgar a tragédia teve um impacto. Uma pesquisa anterior de 2000 ucranianos,
realizada em setembro, mostrou que 69% dos entrevistados acreditavam que a fome foi causada pelas ações do

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governo, com 84% dos que acreditam que foi causada intencionalmente. A aprovação do projeto de lei justifica
Yushchenko ' s se esforça e reforça seu status de líder. 11. (C) O desenvolvimento mais interessante na
votação de 28 de novembro foi o papel ativo do Presidente da Rada Moroz em garantir a aprovação de um texto
finalmente oposto pelo líder da coalizão Regiões. A base tradicional de seu Partido Socialista inclui áreas
rurais como Poltava, fortemente afetada pelo holodomor, e as classificações do partido despencaram após sua
decisão de julho de abandonar a OU e o BYuT para se unir às Regiões e aos Comunistas. Moroz pode ter
decidido que apoiar o projeto de lei "holodomor como genocídio" poderia ajudar a recuperar a credibilidade
de seu eleitorado insatisfeito. No mesmo dia, ele também dedicou uma placa Rada em memória do jornalista
morto Heorhiy Gongadze no sexto aniversário de Moroz. jogo dramático de conversas gravadas implicando o
presidente Kuchma no desaparecimento de Gongadze (septel), um movimento que muitos jornalistas consideraram
Moroz como um golpe de relações públicas. 12. (C) As regiões, que geralmente conquistaram a maioria das
disputas políticas desde o último verão, mostraram claramente ambivalência nos dias que antecederam a
votação, sem saber como se posicionar em uma questão de menor importância para sua base oriental e sul ( A
pesquisa de setembro indicou que apenas 33% dos entrevistados do leste e 45% do sul pensaram que a fome foi
causada por ação governamental intencional) e que claramente irrita Moscou. O vice-líder das Regiões,
Volodymyr Makeyenko, um dos dez chicotes das Regiões, nos disse em 30 de novembro que as regiões planejavam
inicialmente ter 30 deputados votando na versão final, para mostrar apoio parcial, mas os líderes do partido
mais tarde reverteram isso, sem pedir apoio. Embora Makeyenko tenha favorecido pessoalmente a medida KYIV
00004414 003 OF 003, ele temia perder a presidência do Comitê de Orçamento se tivesse contrariado a
disciplina do partido, prevendo que Chornovil e Herman seriam punidos por não seguirem a linha do partido.
13. (SBU) A decisão das regiões também deu uma abertura a Yuri Pavlenko, da Ucrânia, cujo destino como
Ministro da Juventude estava pendurado há mais de um mês como parte da dança Yushchenko-Yanukovych, para
finalmente cortar os laços com o gabinete liderado por Yanukovych . Ao anunciar sua renovada determinação em
renunciar, Pavlenko disse que não poderia permanecer em um governo com aqueles que não apoiaram a moção de
genocídio. A Rada concedeu seu desejo, despedindo-o de sua posição em 29 de novembro com 241 votos a favor.
14. (C) Comentário: Embora a fome de 1932-33 seja considerada talvez a mais hedionda de muitos crimes por um
regime soviético totalitário contra seu próprio povo, a divergência historiográfica internacional continua
sobre se os ucranianos foram alvejados especificamente durante uma fome que matou milhões de pessoas em todo
o mundo. a União Soviética. De acordo com documentos da época, Stalin emitiu ordens específicas para o
confisco nas regiões povoadas da Ucrânia de todos os gêneros alimentícios, não apenas grãos,
significativamente não apenas na SSR da Ucrânia, mas também nos distritos povoados da Ucrânia na região de
Kuban, na Rússia. Os historiadores russos, em particular, sustentam que as mortes por fome na Ucrânia eram
apenas parte de uma fome maior provocada por Stalin para quebrar a resistência rural à coletivização. Após
as mortes em massa, As autoridades soviéticas agiram rapidamente para reassentar russos étnicos em fazendas
coletivas recém-formadas nas áreas despovoadas da Ucrânia. 15. (U) Nota: A mídia ucraniana informou que três
ativistas de grupos nacionalistas russos, a Frente Nacional Bolchevique (NBF) e a União da Juventude da
Eurásia (EYU) marcaram a aprovação do projeto pela Rada, atirando fogos de artifício na Embaixada da Ucrânia
em Moscou, em 29 de novembro Os representantes da NBF e da EYU disseram à imprensa que a ação estava em
protesto contra um projeto de lei que era ofensivo à eterna amizade dos povos da Grande Rússia e da "Pequena
Rússia". O último termo, Malorossiya, foi usado nos séculos 18 a 20 em vez da Ucrânia pelos russos que
tentavam negar a existência de uma identidade ucraniana independente. NOS papel na promoção da
conscientização holodomor ------------------------------------------ 16. ( SBU) Nota: O Congresso dos EUA
desempenhou um papel nos últimos vinte anos na promoção da conscientização sobre o holodomor. Uma comissão
do Congresso sobre a fome na Ucrânia, autorizada em 1985 e chefiada pelo historiador James Mace, conduziu
uma pesquisa inovadora sobre arquivamento e história oral, levando a uma conclusão final em 1988: "Joseph
Stalin e seus vizinhos cometeram genocídio contra os ucranianos em 1932. -33. " A pesquisa de Mace formou a
base do livro seminal de Robert Conquest, de 1986, "Harvest of Sorrow", e Mace continua sendo um herói hoje
para muitos ucranianos. Em 1993, no 60º aniversário do holodomor, a Comissão do Congresso entregou ao
governo ucraniano recém-independente 4 volumes de descobertas, 10 volumes de material de arquivo e 200
cassetes de gravações de história oral do testemunho de sobrevivente do holodomor. Em 1998, o Congresso dos
EUA endossou uma resolução conjunta comemorando o 65º aniversário do holodomor. 17. (SBU) Durante a aparição
triunfante do presidente Yushchenko em abril de 2005, diante de uma Sessão Conjunta do Congresso, ele disse

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em gratidão: "Foi nesse salão que o mundo conheceu a verdade do holodomor, uma fome de genocídio planejada
para aniquilar milhões de pessoas". Ucranianos ". Em 13 de outubro, o presidente Bush assinou a lei HR 652,
um projeto de lei do Congresso que autoriza a construção de terras federais em Washington, DC, de um
memorial "

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