Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
ENFERMAGEM
Etapa 1
Autoridades Expediente
Utramig
CGP Solutions Ltda – EPP
Editoração, Impressão e Acabamento
Liza Prado
Presidenta Dilex Editoração Ltda.
Projeto Gráfico/Diagramação
Francisco José da Fonseca
Diretor de Planejamento, Gestão e Karina Layse Matos
Finanças Revisão de Textos
Lindomar Gomes
Diretor de Ensino Pesquisa
Vera Victer
Diretora de Qualificação e
Extensão
ENFERMAGEM
Etapa 1
ENFERMAGEM
Etapa 1
Conteúdos Específicos Página
Português Instrumental............................................................................. 7
Responsabilidade Social.......................................................................... 69
Anatomia e Fisiologia Humana.............................................................. 125
Higiene e Profilaxia / Nutrição e Dietética............................................ 327
Microbiologia........................................................................................ 423
Fundamentos de Enfermagem.............................................................. 545
Noções de Administração...................................................................... 561
ENFERMAGEM
Etapa 1
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
1º Bimestre Valor
CRITÉRIOS DE DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS
Total de pontos 40
2º Bimestre Valor
Total de Pontos 60
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
• Produzir mensagem com eficácia objetiva, clara e adequada, usando a concordância corre-
ta e as normas ortográficas;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
10
...Para quem não entende o que está acontecendo no mundo do trabalho ou experimenta seus
piores efeitos (o que ainda é a grande maioria), tudo isso pode parecer apenas mais uma crise. Po-
rém, a coisa não é tão simples assim. O que presenciamos neste momento no grande “aquário” não
significa um simples modismo ou coisa passageira. É algo que veio para ficar e mudar definitivamente
a maneira como todos nós trabalhamos e vivemos. É a consequência de uma transformação histórica,
fundamental, de raiz e que já dura algumas décadas. A introdução da tecnologia eletrônica tem deter-
minado uma aceleração nos meios de comunicação e nos processos produtivos, rompendo definitiva-
mente com todos os procedimentos e relações que marcaram a vida de corporações e trabalhadores
nos últimos trezentos anos. E não é um movimento localizado, parcial. É global, ou seja, envolve todo
o planeta e ninguém vai ficar de fora dessa grande transformação. Tudo isso tem criado um conjun-
to inesperado de circunstâncias: novas tecnologias, novos produtos e serviços, novos consumidores,
novas plataformas de negócio e novas configurações de mercado, impactando o quotidiano de todos
nós. São mudanças profundas, capazes de desconstruir ideias, carreiras e empresas que até então,
eram consideradas sólidas.
É bem o que o visionário professor Peter Drucker previu ao afirmar algumas décadas atrás:
“Aquilo que chamamos de Revolução da Informação é na realidade, uma revolução do conhecimento.
A Revolução da Informação vai ser semelhante à Revolução Industrial do final do século 18 e início do
século 19.”.
Para entender melhor o que está acontecendo, é preciso recolher muitas informações e depois
avaliá-las com calma. Para mim, que já vivi mais de meio século, fica um pouco mais fácil fazer as
comparações necessárias e juntar as peças desse quebra-cabeças, para ir formando uma imagem mais
clara da realidade que nos envolve atualmente. Sou do tempo do mimeógrafo a álcool e da máquina
de datilografar. Agora tenho que lidar com a impressão a laser, a internet e o tablet. Mais que isso,
curiosamente agora tenho que explicar o resumo desta ópera e suas implicações no mercado para
auditórios de profissionais e meus alunos na faculdade. Bem, esta é talvez a missão mais nobre para
quem viu o tempo passar e não ficou apenas assistindo como espectador passivo. Mesmo para não
envelhecer por dentro, é preciso acompanhar e analisar as transformações que vão acontecendo e
não simplesmente amoldar-se a elas.
Em rápidas pinceladas, eis aqui então, algumas das características que melhor definem a reali-
dade atual do mundo do trabalho.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
11
NEGROMONTE, Ronaldo. Estratégias de sobrevivência no mundo do trabalho: 10 dicas para você vender seu pei-
xe.Belo Horizonte: Editora Artesã, 2012.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
12
8. Aprenda a escutar e ouvir, tanto com os olhos quanto com os ouvidos. Perceba o que
não foi dito.
9. Descubra novas fontes de ideias. Utilize-se de novas amizades de novos livros, de as-
suntos diversos e até de artigos como este que você está lendo.
10. Compreenda primeiro. Depois julgue.
11. Mantenha o sinal verde de sua mente sempre ligado, sempre aberto.
12. Procure ter uma atitude positiva e otimista. Isso ajuda você a realizar seus objetivos.
13. Pense todos os dias. Escolha uma hora e um lugar para pensar alguns minutos, todos
os dias.
14. Descubra o problema. Ataque seus problemas com maneiras ordenadas. Uma delas é
descobrir qual é realmente o problema, senão você não vai achar a solução. Faça seu
subconsciente trabalhar.Ele pode e precisa.Dia e noite.Fale com alguém sobre a ideia,
não a deixe morrer.
15. Construa GRANDES ideias, a partir de pequenas ideias. Associe ideias, combine, adap-
te, modifique, aumente, diminua, substitua, reorganize-as. E, finalmente, inverta as
ideias que você tem. 16. Evite coisas que enfraqueçam o cérebro: barulho, fadiga,
negativismos, dietas desequilibradas, excessos em geral.
17. Crie grandes metas. Grandes Objetivos.
18. Aprenda a fazer perguntas que desenvolvam o seu cérebro: Quem? Quando? Onde?
O quê? Por quê? Qual? Como?
19. Coloque as ideias em ação. Lembre de que uma ideia razoável colocada em ação é
muito melhor que um a grande ideia arquivada.
20. Use o seu tempo ocioso com sabedoria. Lembre-se de que a maior parte das grandes
ideias, os grandes livros as grandes composições musicais, as grandes invenções fo-
ram criadas no tempo ocioso dos criadores.
Somente para confirmar que a criatividade não é um dom, mas um potencial a ser explorado a
sua volta e dentro de você, vamos ver o que grandes inventores e pensadores escreveram sobre CRIAR:
“As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam
e quando não as encontram, as criam.’’ (Bernard Show- Filósofo)
“Minhas invenções são fruto de 1% de inspiração e 99% de transpiração.”
(Thomas Edison - Inventor)
“As mentes são como os paraquedas; Só funcionam se estiverem abertas. ’’
(Ruth Noller - Pesquisadora da Universidade de Buffalo).
‘’As boas ideias vêm do inconsciente. Para que uma ideia seja relevante o inconsciente precisa
estar bem informado. (David Ogilvy - Publicitário)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
13
Catherine Patrick descreve as etapas do processo de criação em sua obra intitulada “O que é o
pensamento criativo”.
PROPOSTA DE PRODUÇÃO (INTERPESSOAL)
AUTORRETRATO
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
14
(Disponível em: http: //www.graciliano.com.br. Acesso em 10 out. 2006).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
15
Ler é a melhor solução
Você é o que você lê. Afinal, se tem uma fome que é insaciável é a minha fome de
ler, fome de livro. Que, aliás, tem uma vantagem sobre as outras fomes, já que o livro não
engorda. Este artigo é sobre ler. Porque para mim as pessoas são como estantes que vão
se completando a medida que empilham na memória os livros que vão lendo. E é por isso
que eu digo que quando uma velha pessoa morre, o mundo perde uma biblioteca. Ler um
livro é como ler uma mente, é saber o que o outro pensa. O que o autor pensa. Ler é poder.
Poder construir você mesmo tijolo a tijolo. Ou livro a livro, para ser mais exato.
Você Lê? Quanto? O quê? Eu leio o que pinta. Livros, revistas, pichações, frases de
banheiro público, poesia, placa de estrada, jornal, leio Capricho. Leio até errata. É claro
que ler não é substituto para viver. Viver é uma experiência que não se substitui com livro.
Mas pode ser enriquecida com vidas que estão neles. Também não estou dizendo que
você tem medo de se colocar em prática. Eu estou falando de praticar o lido para ficar
melhor. Em tudo. Na vida, não profissão, no papo, nas festas. Até no namoro.
Ás vezes, a gente não lê tanto quanto deveria porque não sabe o que ler. Mas se esse
é o seu caso, peça dicas. Eu sempre peço e dou. Para mim, indicar um livro é como contar
a alguém de um lugar que só eu sei onde fica. Por exemplo, quando eu era pequeno li Sítio
do Pica Pau Amarelo. Que imaginação tinha Monteiro Lobato! Eu viajei nas histórias. Ou-
tro Livro que me marcou foi um sobre a vida de Mayakovski, um poeta russo que viveu tal-
vez a época mais energética da era moderna: a revolução soviética. Ele fazia dos cartazes
de propaganda comunista uma forma de poesia. Viveu tão intensamente quanto a poesia
que escrevia. Existe, ainda, Jorge Luís Borges, que era um gênio (dizia que publicava livros
para se libertar deles), e Júlio Cortázar. Existe Fernando Pessoa, um homem que tinha a
capacidade de escrever assumindo personalidades diferentes, chamadas de heterônimos
(o contrário de homônimos). O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega
a fingir que é dor a dor que deveras sente’’. Isto é Fernando Pessoa. Caetano já cantou a
pessoa de Pessoa em sua música.
Outra descoberta: Ler é o melhor remédio. Exemplo: em 1990, eu e minha namora-
da nos separamos. Foi o momento mais duro de minha vida. E para não afundar, as minhas
boias foram dois livros, um de Krishnamurti, um pensador indiano, e outro chamado Ale-
gria e Triunfo. Estou sempre comprando livros e adoro os de frases. São frases de pessoas
conhecidas, artistas, escritores, atores. Tem coisas maravilhosas. “Se a sua vida é livre de
erros, você não está correndo riscos suficientes’’, “Amigo é um presente que você dá a
você mesmo!”, “Se você está querendo uma grande oportunidade, procure um grande
problema’’.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
16
Existe Drummond, João Cabral de Mello Neto, Nelson Rodrigues, James Joyce, Paul
Valéry, Thomas Mann, Sartre, Shakespeare, Ítalo Calvino. Existe romance, novela, conto,
ensaio, poesia, humor, biografia. Existe livro e autor para tudo quanto é leitor. E é por isso
que para mim o analfabetismo é coisa imoral, triste e vergonhosa. Porque ‘’se o livro é o
alimento do espírito, o analfabetismo é a fome da alma”. Uma fome que mata a possibili-
dade das pessoas serem tudo que podem. “Ler ás vezes enche o saco”, ás vezes dá sono,
ás vezes dá bode. Mas resista, lute contra essa preguiça dos olhos.O seu cérebro vai agra-
decer. Afinal, as respostas estão todas ali. Você só precisa achar as perguntas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
17
LER DEVIA SER PROIBIDO
Guiomar de Grammont
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
18
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas leem por razões
utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais,
etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria
um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões,
menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo.
Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais
subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir
deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem tra-
balhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova… Ler deve
ser coisa rara, não para qualquer um. Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é
para poucos.
Para obedecer, não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem do submisso. Para
executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros senti-
mentos. A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secre-
to, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras
histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do outro. Sim, a leitura
devia ser proibida. Ler pode tornar o homem perigosamente humano.
Figura 01
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
19
A linguagem humana
A nossa civilização é marcada pela linguagem gráfica.
A escrita domina nossa vida: É uma instituição social tão forte quanto a Nação e
o Estado. Nossa cultura é basicamente uma cultura de livros. Pela escrita acumulamos
conhecimentos, transmitimos ideias, fixamos nossa cultura. Nossas religiões derivam de
livros: O Islamismo do Alcorão, escrito por Maomé, os Dez Mandamentos de Moisés foi
um livro escrito em pedra. O Cristianismo está contido em um livro: A Bíblia é a cartilha,
nosso primeiro livro escolar.
Mesmo a televisão e o cinema lançam mão dos recursos da linguagem escrita (le-
genda) para facilitar a comunicação.
Na engrenagem da sociedade moderna, a comunicação escrita senta-se em trono.
São as certidões, os atestados, os relatórios, os diplomas. O “documento é basicamente
um documento gráfico, e a simples expressão gráfica vale mais que todas as evidências.
Numa quase caricatura, podemos dizer que o atestado de óbito é mais importante que o
cadáver, o diploma mais que a habilitação. Sem a linguagem escrita é praticamente impos-
sível a existência no seio da civilização. O analfabeto é uma pátria que não se comunica
com o mundo, não influi e não é influenciado.
Ao lado da linguagem escrita, mais ainda comunicação gráfica, a linguagem dos
símbolos, conduzindo o tráfico, indicando a direção dos elevadores, prevenindo perigos,
interditando praias. Em muitos casos a própria palavra vira um signo: WC, “STOP UP”,
romperam com os limites do vernáculo e se transformaram em mensagens universais a
exemplo da seta e da flecha, das cores dos semáforos e dos sinas de trânsito.
Depois do rádio, a primeira ameaça a esse império foi representada pelo apareci-
mento das revistas e quadrinhos. A linguagem dos quadrinhos criou uma comunicação
que, muitas vezes, para a compreensão, dispensa o próprio texto. As crianças de todas
as línguas traduzem “o zzzzzzzzzz” como uma indicação de sono, o crasch e crack como
indicadores de ruídos representado objetos sendo quebrados, o click é o desligar do inter-
ruptor, o buum uma explosão, o rat-tatatat uma raja de metralhadoras”. Mas o quadrinho,
ou os “comics”, são comunicação escrita, ainda que um estágio superior ao lado da prosa
linear. O quadrinho não abalou o livro, levou-o mais cedo ao homem oferecendo às crian-
ças e aos semiletrados a possibilidade de letramento.
Fonte: R. A. Amaral Vieira. O futuro da Comunicação. 2ª edição. Rio de Janeiro. Edições Achiamé.
*Nota: WC= water closet= banheiro, “stop up” = pare, “comics”= histórias em quadrinhos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
20
PROPOSTAS DE ATIVIDADES:
2) A frase que se apresenta no sentido conotativo(figurado) é:
A.
( ) “As crianças adoram ler revista em quadrinhos.”
B.
( ) “O quadrinho não abalou o livro”.
C.
( ) “As mensagens de texto enviadas pelo celular são muito usadas atualmente”
3) ”Nossa cultura é basicamente uma cultura de livros”. Marque a alternativa que melhor expli-
ca essa afirmativa.
A.
( ) A escrita consegue dominar nossa vida.
B.
( ) Diversas religiões sao derivadas de livros.
C. ( ) Pela escrita reunimos conhecimentos e expressamos ideias.
D.
( ) O Cristianismo está presente em um livro chamado Bíblia.
5) Você está de acordo que “sem a linguagem escrita é praticamente impossível a existên-
cia no seio da civilização?” Justifique sua resposta.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
21
Prática de oralidade
O manifesto “Amazônia para sempre” cita o nome de Chico Mendes, que foi morto
pela causa que defendia. Leiam sua declaração postada no site do Instituto que leva seu
nome: “No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei
que estava lutando para salvar a floresta Amazônica. Agora percebi que estava lutando
pela humanidade”.
Reflexão
• Registre os problemas e as dificuldades que ocorre próximo a você e que através de suas
ações poderiam ser amenizadas.
• Observe o que seus amigos escreveram. Discutam sobre os problemas que se apresen-
tam de forma urgente e que merecem atenção redobrada.
• Escolham um problema, optando por aquele que acharem mais importante para escre-
ver um manifesto.
• Escrevam suas conclusoes para a posterior atividade de elaboração de texto.
ANO INTERNACIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR – 2014
O Ano Internacional da Agricultura Familiar-AIAF 2014 tem por objetivo tornar mais visivel a agricul-
tura familiar e elevar também a visibilidade dos pequenos agricultores, chamando a atenção do mundo
para a importancia dessa atividade no processo de erradicação da fome e também da pobreza, melhoria
dos meios de subsistência, promoção da segurança alimentar e nutricional, gerenciamento dos recursos
advindos da natureza, preservação do meio ambiente e também para a sustentabilidade do país, principal-
mente nas areas rurais.
A meta do AIAF 2014 consiste em reposicionar a agricultura familiar, determinando espaços e opor-
tunidades para proporcionar uma mudança em direção a um desenvolvimento mais equitativo e harmô-
nico. O AIAF 2014 vai realizar uma ampla discussao e cooperação na esfera nacional, regional e também
global para elevar a consciência e a compreensão dos obstáculos que geralmente os pequenos agricultores
enfrentam e auxiliar na identificação de formas eficientes de apoio aos agricultores familiares.
22
Disponível em:<http://www.gestaoconcurso.com.br/documentos/copasa_aux_serv_saneamento_cod1.pdf>
Proposta interdisciplinar: Responsabilidade social
Fonte: chinchilamutante.blogspot.com/
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
23
a) Na imagem
• As ilustrações retorcidas, contundente das árvores, personificar com expressões humanas;
• A cor de fundo escura e sombria;
• O efeito provocado pela imagem de desespero, como se as “bocas” das árvores emitissem sons.
b) No texto verbal
“A mata urge.”
• A palavra urge é similar a um jogo com a inversão das letras da palavra ruge que quer dizer a
emissão de ruidos , voz de grandes felinos, como é o caso do leão e o tigre.
• O termo urgir, em sentido literal, quer dizer ‘ser urgente’, não
Admitir atraso, solicitar com insistência , reclamar, exigir.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
24
TEXTO: O TRAJE
Nunca nos lembramos desse nosso traje cotidiano que é a linguagem. Muitos a usam
como trapos, mas, se tomassem consciência disso, ligeiro tentariam melhorar, caprichar,
conseguir uma vestimenta mais adequada.
Por que será que somos tão displicentes com esse instrumento tão nosso, o que
mais empregamos, aquele que até crianças e analfabetos manejam a vida inteira?
Talvez nos tenhamos acostumado demais com ele. É demasiadamente nosso como
um braço, um olho, e nunca chegamos a nos dar realmente conta de que esse braço é
meio curto, o olho é meio vesgo, ou míope...
Não falo na linguagem oral, nessa comunicação espontânea que obedece a leis pró-
prias, que vão do menor esforço à coerção social. Falo na linguagem escrita, essa que os
analfabetos não manejam, mas que muito doutor esgrime como se não soubesse além da
cartilha.
Nem precisamos procurar nos mais ignorantes. Abre-se jornal, abre-se revista (de
cultura também, sim, senhores! ) e os monstrinhos nos saltam aos olhos.
Pontuação? Ninguém sabe. Vírgulas parecem derramadas pela página por algum
duende maluco, que quisesse brincar de fazer frases ambíguas, pensamentos tortos, ex-
pressões esmolambadas.
Verbos? “Detei-vos”, “intervido”. “mantesse” são mimos constantes. Não há sujeito
que concorde com o verbo numa página de fio a pavio. Lá pelas tantas um ouvido desedu-
cado, um escriba relaxado solta as maiores heresias.
E a ortografia? Acreditem ou não, ainda agora ouço universitários e professores afir-
mando que “acento, para mim não existe mais”!
Pobres alunos tão desanimados ou iludidos mestres: Lá vêm as crianças para casa
trocando acentos como os bêbados trocam as pernas.
Todas essas pessoas: estudantes, professores, jornalistas, intelectuais, morreriam de
vergonha se fossem apanhados em público de cuecas ou trapos. Mas, olhe lá, a linguagem
escrita de muita gente boa por aí não vai além de uma tanguinha de Adão, e muito mal
colocada...deixa de fora à mostra um bom pedaço de vergonha.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
25
ESTUDO DO TEXTO:
1) Entre parênteses há dois sinônimos para cada palavra do texto.
Sublinhe-os:
cotidiano (linha 12) : (diário, eventual, habitual)
displicente(6): (desleixados, negligentes, cuidadosos)
manejam(8): (empregam, utilizam, envolvem)
espontânea(16): artificial,comum, natural)
coerção(17): ( liberdade, coação, controle)
esgrime(19): (maneja, briga, utiliza)
duende(26): ( fantasma, assombração, professor)
ambíguas(27): (precisas, dúbias, confusas)
esmolambadas(28): (diferentes, esfarrapadas, rotas)
mimos(30) : (primores, oferendas, erros)
escriba(32): ( escrevinhado, aluno, mau escritor)
heresias(33): (disparates, contrassenso, verdades)
2) O que significa a expressão “de fio a pavio”?
3) O que é utilizar a linguagem como trapos?
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
26
PESQUISA
Fonte: www.fichasuja.org
Anedotinhas
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
27
Fonte:<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=36024>
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
28
Fonte: <http://let006.blogspot.com.br/2011/09/figuras-de-linguagem.html>
GERUNDISMO:
Corresponde ao uso exagerado dos termos no gerundio(forma nominal terminada em ando, endo,
indo). Sua utilização prejudica a clareza da mensagem como “falam mal” de quem usa.
Ex.: “Senhor, vou estar transferindo sua ligação.”
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
29
Fontetp://luiz33.wordpress.com/2007/10/07/sobre-o-gerundismo/>
Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Prín-
cipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o acor-
do foi aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995. Mas a gramática é diferen-
te. Iniciou-se no ano de 1990, passando a ter validade no Brasil somente agora a partir de 2009.
Acordo ortográfico assinado na cidade de Lisboa entre os países lusófonos. Acredita-se que so-
mente 0,5% dos termos em portugues sofreram o Acordo ortográfico.
2) Toda palavra paroxitona com terminação em ditongo aberto (ei, oi) não recebe mais
acento:Assembléia, platéia, idéia, colméia, bóia, paranóia, jibóia, apoio, heróico.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
30
4) Não existe mais o acento diferencial para palavras homógrafas.
Para (verbo), pela (verbo ou substantivo)
Pelo (substantivo), pera (substantivo)
Não se acentua mais a letra “u” nas formas verbais rizotônicas,quando ela for precedida de ‘g’
ou ‘q’ e antes de ‘e’ ou ‘i’ (gue, que, gui, qui). Observemos: argui, apazigúe, averigúe, enxágüe, enxagüe-
mos, obliqúe.
As letras ‘i’ e ‘u’ tônicos não são mais acentuadas em paroxítonas quando precedidos de diton-
go. Veja: baiúca,boiúna, feiura.
Emprego do hífen: hifenização
Expressões como a vontade, cor de vinho, abaixo de, fim de semana, café com leite, sala de jan-
tar, cartão de visita, pão de mel, cão de guarda,
Exceções a regra (consagradas pelo uso): água-de-colônia, pé-de- meia, arco-da-velha, mais-que-
-perfeito, ao-Deus-dará, queima-roupa, cor-de-rosa.
Qual a regra se segue? Antessala, autorretrato, antirrevolucionário, antirrugas, arquiromântico,
autorregulamentação, contrassenha, extrarregimento, minirrádio, ultrassom, minirrestaurante.
Agora observe bem: hiper-requitando, hiper-requisitado, inter-racial, inter-relação, inter-regio-
nal, super-racional, super-realista, super-resistente.
Descubra a regra para: autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoinstru-
ção, autoestrada, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraordinário, extrao-
ficial, infraestrutura, antiaéreo, antiamericano, socioeconômico, semiaberto, semiembriagado.
Observe o porquê do hífen. Anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo.
Assim se escreve: ex-senador, vice-presidente, vice-governador, ex-marido, ex-namorado,
pan-americano, pré-natal, pro-desarmamento, pós-graduação, pré-história, pré-escolar, além-mar,
além-fronteiras, aquém-oceano,recém-nascidos,sem–número,sem-teto, anti-inflamatório, anti-ibéri-
co, anti-imperialista, anti-inflacionário, anti-infeccioso,semi-integral, arqui-inimigo, micro-ondas, mi-
cro-orgânico, micro-ônibus.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
31
Bem-vindos! Bien vindos! Welcome.
Temos por objetivo unir culturas, eliminar as diferenças de grafias entre os diversos países que
tem o Portugês como a lingua oficial. Eliminar as diferenças entre o português lusitano do brasileiro.
Dessa forma é possivel ter autores de Moçambique sem dificuldades com a grafia.
Língua, uma forma de conversão da sociedade, que apresenta regras e leis que se associam para
se respeitar. Mas de 80% das pessoas que falam de portugues do mundo moram em terras brasileiras.
Os países que apresentam a lingua portuguesa como seu idioma oficial são: (São Tomé e Prín-
cipe,Cabo verde, Moçambique, Portugal,Guiné-Bissau, Angola). Na Ásia está em Goa e Timor-Leste.
OBS.: DISPONIBILIZAMOS PARA VOCÊ UM ENCARTE ESPECIAL e DESTACÁVEL PARA CONSUL-
TAS NO FINAL DA APOSTILA. SUGERIMOS PLASTIFICAÇÃO.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
32
Releituras de Carlos Drummond de Andrade
Aula de português
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
33
ESTUDO DE PALAVRAS:
3) Observe:
O Rio Amazonas é um dos maiores do mundo.
Sentido próprio ou denotativo aquele em que a palavra aparece apenas com um sentido.
O garoto desmatava o amazonas da sua ignorância.
Sentido figurado ou conotativo aquele em que a palavra aparece com um sentido diferen-
te do que lhe é próprio, usual.
4) Empregue as palavras abaixo em frases dando a elas sentido denotativo e conotativo.Veja:
Os cachorros uivavam a noite / O vento uivava na noite.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
34
a) Caminho:
b) Trevas:
c) Nuvem:
d) Colheita:
e) Asas:
f) Suavidade:
Proposta de redação:
Você vai preparar um texto dissertativo sobre o atual ensino brasileiro. Procure
ler sobre o assunto e ouvir a opinião de algumas pessoas. Realize uma entrevista com al-
guém da área.
Antes de escrever, procure responder às seguintes questões:
1) Que importância tem o sistema de ensino dentro de um país?
2) Quais são os aspectos positivos do ensino atual?
3) Quais são os aspectos negativos do ensino atual?
4) No Brasil, há escolas oficiais e particulares. Comente esse fato. Não esque-
ça: Cite a rede particular e a pública.
5) Quais seriam as causas da atual situação do ensino?
6) Quais serão as consequências da atual situação?
7) Seria possível melhorar a situação do atual sistema de ensino? Como?
8) Qual sua ideia final, sua conclusão sobre o assunto?
9) Transforme suas respostas em um texto dissertativo, organizando suas ideias da seguin-
te maneira:
• Introdução: respostas à questão 1.
• Desenvolvimento: respostas às questões 2, 3, 4, 5 e 6.
• Conclusão : respostas às questões 7 e 8.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
35
OS PLURAL? ONDE ESTÃO OS PLURAL?
Você caminha por uma rua tranquila da cidade e, ao passar pela porta do res-
taurante de aparência simpática, não pode deixar de reparar na placa que anun-
cia “refeições caseira”. Um pouco adiante, sua aula prática de concordância ga-
nha um novo colorido: um vendedor anuncia, pelo alto falante do velho caminhão,
“frutas fresquinha”, “morangos maduro” e “quatro caixa de caqui por oito real”.
Se uma associação de ideias o remeter imediatamente ao grande palco da tempora-
da da política em Brasília, não será mera coincidência: também na CPI dos Correios o s fi-
nal sucumbiu ao que se pode considerar a nova moda de tornar as palavras absolutamen-
te invariáveis, sem levar em conta se designam uma, duas, cinco ou 10 unidades.
Poupemos os nomes, já que este comentário, nem de longe, pretende engrossar as
fileiras do denuncismo. Mas, como ficar insensível diante de joias linguistas como “pesso-
as vinculada ao partido”, “nas últimas campanha”, “as regiões mais carente, mais distan-
te dos grandes centro” “os militante”, “os partido de base aliada”, “nos escritório dos Cor-
reio”, “esses detalhe”?
No começo, você pensa que ouviu mal, que não estava prestando a atenção de-
vida. Por isso, apura os sentidos. Aí vem a surpresa: a linguagem não se altera. In-
timamente, você pergunta-se, a exemplo do que ocorreu com muitas outras pes-
soas: como é possível? A final, nas 10 ou 15 horas de depoimentos e perguntas
de cada sessão da CPI, cruzam-se as vozes de deputados, senadores, dirigentes de parti-
dos, secretárias de altos empresários.
Para dizer o menos, trata-se de pessoas para que a linguagem constitui impor-
tante forma de comunicação, de expressão ou de convencimento. Em maior ou menor
grau, frequentaram boas escolas (presume-se), tiveram acesso aos diversos níveis de en-
sino formal, muitas até exibem um anel universitário. Como admitir, então, tamanho des-
caso com o idioma?
Engana-se quem pensa que tudo se limitou a enunciar ou não um s no fim das
palavras. A concordância também não escapou incólume desse escapamento ver-
bal: “Indiquei x nomes. Esses nomes foi pra cá ou pra lá.”/ “A Senhora tem tudo
pra fazer que seja reparado os danos cometidos.”/ “O que me traz à CPI é alguns
assuntos como...”. E os casos clássicos do gênero, claro, dificilmente ficariam au-
sentes: “Haviam muitos problemas a resolver”, “houveram casos que eu não gos-
taria de mencionar”, “faziam dois anos que eu vinha alertando os dirigentes”, “já fa-
zem 10 horas que estamos reunidos e nada se resolver até agora”.
O nervosismo do momento pode justificar um ou outro erro ocasional, é evi-
dente, mas não, depois de horas de depoimento, pronúncias como “probrema”, “cra-
ro”, “Pranarto”, “recramações”, “habeas corpio”, “seje”, “esteje”, “areoporto”, etc. Como
se vê, infelizmente, não é apenas de honestidade e lisura no trato dos recursos públi-
cos que o país está precisando.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
36
ATIVIDADE
1) Compare estas duas orações abaixo:
(1) Os políticos cometem graves erros de concordância .
(2) O poeta transgrediu as regras de concordância .
2) Porque o autor transgrediu as regras de concordância nominal no título dotexto?
3) Como você observou, em nossa sociedade, as pessoas estão constantemente sendo avalia-
das pela sua forma de falar. Por uma questão de preconceito, costuma-se chamar de erro a varie-
dade da língua falada por pessoas de baixo nível social, econômico e cultural. Quando uma pessoa
pertence a uma classe social mais elevada usa uma variedade diferente da culta, geralmen-
te se diz que ela cometeu um “deslize”. De que forma o autor revela essa visão preconceituo-
sa de nossa sociedade?
8) Identifique no texto os exemplos de “erros” de concordância VERBAL e reescreva-os corrigindo .
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
37
Falar e escrever bem ajuda na hora que arrumar emprego, conseguir promoção e até para con-
quistar namorado ou namorada. Mas não vá exagerar na dose e virar um patrulheiro da língua, por-
que geralmente “pega mal”.
É BOM FALAR O BOM PORTUGUÊS
Falar e escrever bem é importante na hora de conquistar um namorado ou namorada.Mas sem exa-
gerar!
“Eu gosto de escrever e sempre me correspondo com meus amigos, através de e- mail. Assim, co-
nheço muitas pessoas por esse meio de comunicação. Uma vez, conversei por escrito com um ra-
paz que escrevia bem, tinha um texto inteligente, irônico mas correto, sedutor. Fiquei muito impressio-
nada. Pena que “ao vivo”.
Não correspondia à boa conversa. O namoro foi um desastre; sem graça! Já namorei também um ga-
roto que escrevia muito mal, um texto desorganizado, com muitos erros. Não aguentei e corrigi seus er-
ros pela internet.
Resultado: Ele se ofendeu e o namoro acabou. Saber escrever demonstra cultura, conhecimen-
to, mostra que a pessoa quer evoluir. “ Sou chata, não gosto de ouvir ou ler verbos mal conjuga-
dos e palavras empregadas errado.”
(Luana, recepcionista)
“DISPENSEI UM FUNCIONÁRIO QUE ESCREVIA MAL”
“Há um mês atrás, mandei embora um funcionário da área administrativa porque ele escre-
via e falava muito mal. Ele tinha sérias dificuldades com a língua portuguesa.
Errava ortografia, concordância, não percebia que os documentos eram formais e exigiam tex-
tos organizados e corretos. Sua função era escrever relatórios a clientes e, para isso, a clareza e a cor-
reção gramatical são imprescindíveis.
Eu observo que conhecer bem a língua, atualmente, é uma necessidade, e por isso, exijo
isso de meus funcionários. Não adianta querer fazer um cursinho rápido para aprender a escrever bem. A for-
mação e o ensino se alicerçam em muitos anos de estudo. Quem não dá importância a uma boa forma-
ção e não cultiva o hábito de leitura vai enfrentar sérias dificuldades para trabalhar. Um dos requisit-
os para admitir uma pessoa como funcionária da minha empresa é apresentar uma boa redação.”
(Pedro Luís, empresário)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
38
Você observou que, em determinadas situações, é necessário utilizar a linguagem culta, a nor-
ma padrão. É o que as pessoas costumam chamar de “português correto”. Não é adequado chamar a “lín-
gua padrão” de “português correto”, porque todas as linguagens, todos os falares são corretos, depen-
dendo da situação em que estão inseridos.
A língua culta ou norma padrão é aquela usada, geralmente, em textos escritos, documentos, jor-
nais, televisão, revistas e nas situações de comunicação entre pessoas cultas. É valorizada porque sa-
ber usá-la dá certo poder ao falante em determinadas situações: arrumar um emprego, escrever uma dis-
sertação científica, etc.
Os períodos a seguir foram retirados de produções de alunos. Identifique os problemas de ortogra-
fia, concordância, ou significado e redija uma proposta de correção.
a) “O nosso ambiente ele estava muito estragado e muito poluído por causa que os ou-
tros não zela o ar puro.”
b) “O serumano no mesmo tempo no mesmo tempo que constrói também destrói, pois
nóis temos que nos unir para realizar parcerias”.
c) “Vamos mostrar que somos semelhantemente iguais”.
d) “Morrem queimados e asfiquiciados”.
e) “Hoje endia a natureza..”.
f) “O maios problema da floresta Amazonas é o desmatamento dos peixes”.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
39
Princípios do Manifesto 2.0
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
40
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
41
Você já reparou na quantidade de lixo que produz todo dia? Por mais cuidado que a gente te-
nha, sempre surgindo migalhas de pão, potes vazios, cascas de banana, papéis, restos de borracha, e ou-
tros .... Fabricamos lixo o tempo todo.
Até hoje não conseguimos um jeito de evitar que isso aconteça. E o curioso é que, quanto mais in-
dustrializado é um pais, maior é a quantidade de lixo que ele produz.A história do lixo é tão antiga quan-
to a humanidade. Só que havia menos gente e eram jogados fora basicamente restos de comida e ma-
teriais orgânicos.
As pessoas moravam em cavernas e, quando a caça diminuía, simplesmente se muda-
vam. O lixo, formado de sobras de alimentos ia se decompondo com o passar do tempo. O proble-
ma da sujeira foi aumentando com a civilização e também com o surgimento das grandes cidades.
Pelo que se sabe, a Roma antiga foi uma das primeiras a enfrentar o problema, pois tinha mui-
tos habitantes. Os romanos despejavam o lixo e o esgoto nos rios, onde os resíduos eram dissolvi-
dos pela correnteza e carregados para o mar.
Depois, na Idade Média, nos povoados que existiam na região que hoje é a Europa, o lixo se acumu-
lava nas ruas e facilitava a transmissão de doenças. Mais tarde, as cidades cresceram e ganharam siste-
mas de esgoto e novos reservatórios de água, o que ajudava a manter a higiene e a limpeza. Mas a pop-
ulação e a produção de lixo foram aumentando.
PROBLEMA SÉRIO
No século 20, a quantidade de lixo aumentou muito e o assunto virou preocupação mun-
dial. Com o avanço da tecnologia, todo mundo passou a usar materiais como plástico, isopor, lâmpa-
das, e pilhas, que começaram a fazer parte do lixo e a poluir a natureza. Além disso, há toneladas de de-
tritos produzidos pelas fábricas, que jogam toneladas de sujeira nos rios e mares todos os dias.
Segundo os estudiosos só no Brasil cada um de nós fabrica mais de 300 quilos de lixo por ano. São 25 mil qui-
los de lixo durante a vida toda!
E a gente começa cedo, pois desde bebês usamos fraldas descartáveis e produtos em poti-
nhos que depois serão jogados fora. Resultado: com apenas uma semana de vida, já produzimos uma pi-
lha de lixo equivalente a quatro vezes nosso tamanho.
Uma das saídas para dar fim à sujeira é fazer coleta seletiva, ou seja, recolher os materiais separa-
damente, o que facilita o seu reaproveitamento. Através da reciclagem. Além disso, é importante reci-
clar papel, plástico e vidro e construir usinas geradoras de energia elétrica que usam o lixo como com-
bustível. O legal é que todos podem e devem ajudar! Esse papel participativo é para todo cidadão
responsável.
Texto Publicitário do Circuito Cultural da Praça Liberdade
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
42
TEXTO E INTERPRETAÇÃO
SUPERMERCADOS: AS CATEDRAIS DO CONSUMO
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
43
na lista. Você chega lá, olha para a mercadoria, verifica quanto tem no bolso e depois se
justifica: “Vou comprar só desta vez para experimentar”. As pesquisas assinalam ainda que
nas compras o impulso ocorre da classe média para cima. Abaixo da classe média, diminui
sensivelmente. Até mesmo porque, se houvesse impulso, não haveria dinheiro.
Na zona Sul o que mais se vende é o enlatado. Os artigos de toucador não saem mui-
to. O cidadão da zona sul não dorme de touca. Na zona norte, em primeiro lugar vem os
artigos de primeira necessidade, em segundo os de segunda necessidade e em terceiro os
de quarta necessidade. Os supermercados ainda não vendem os de terceira necessidade.
Ao todo, os supermercados cariocas vendem 80 por cento dos artigos comercializa-
dos. E eu fico aqui pensando como sobreviviam nossos antecessores sem supermercados.
Aliás, por que não instalam mais supermercados no nordeste para que o pessoal também
possa comer melhor? Em São Paulo a proporção é menor que no Rio. Ainda assim, o Jum-
bo, da cadeia do Pão de Açúcar, oferece quase 70.000 tipos de produtos. Os supermerca-
dos praticamente têm de tudo. Alguns tem até desabamento.
Os supermercados transformaram os hábitos de venda. Terminaram com os ven-
dedores. O que foi melhor pra eles. Com menos gente vendendo, sobra mais gente pra
comprar. E como se compra! Positivamente, isto aqui não é uma sociedade de lazer. Por
enquanto, é do comer. Sem os vendedores, acabaram as conversas e as pechinchas. O
supermercado é um dos poucos lugares onde não se pode dizer não à inflação. Não tem
a quem.
A única figura disponível para uma conversinha é a caixa. Mas seu trabalho diário ba-
tendo alucinadamente naquelas teclas da registradora, já as transformou em verdadeiros
autômatos. As caixas falam por números. Alguns sociólogos explicam que a presença de
toda a família é a forma de exercitar a conversa. Outros admitem que a família se reúne
para ir a um supermercado porque a família que compra unida continua unida. A grande
maioria dos estudiosos, porém, prefere acreditar que o supermercado seja um programa
tão atraente quanto um circo ou um parque de diversões. É também no supermercado
que os garotos tiram as frustrações do automóvel, dirigindo os carrinhos de compras.
Os garotos gostam tanto de dar trombadas no alheio que, no ano passado, quando
minha irmã perguntou ao filho o que ele queria de Natal, ele respondeu : um carrinho de
supermercado.
Há horários em que os carrinhos – com ou sem garotos - congestionam comple-
tamente os corredores. Já era tempo de colocar guardas de trânsito pelas esquinas dos
supermercados para evitar batidas, engarrafamentos e principalmente que as madames
larguem os carrinhos no meio do corredor para ir buscar seu feijão do outro lado.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
44
2) A única afirmativa CORRETA, de acordo com o texto é:
a) As compras de impulso são mais comuns entre as mulheres.
b) Os supermercados são verdadeiros circos e parques.
c) As compras de impulso estão sujeitas à disponibilidade de dinheiro.
d) Os nossos antepassados não se alimentavam bem pois não dispunham de supermercados.
e) A instalação de supermercados no nordeste resolveria os problemas de fome naquela região.
3) De acordo com texto a única alternativa FALSA é:
a) Os supermercados não favorecem o combate a inflação.
b) A classe média sempre se beneficia com as compras de impulso.
c) A família reunida nos supermercados dá expansão as suas conversas.
d) A ausência de vendedores nos supermercados evita o decréscimo no preço das mercadorias.
e) As compras de impulso raramente ocorrem abaixo da classe média, por se tratar de pesso-
as de minguado poder aquisitivo.
4) A única passagem que não denota ironia é:
a) “( ) Alguns tem até desabamento.”
b) “( ) ... comendo até sair pelos ouvidos.”
c) “( ) ... ele respondeu: um carrinho de supermercado
d) “( ) E os de venda difícil são colocados à altura dos olhos”
e) “( ) ... a família que compra unida continua comendo unida”
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
45
6) A assertiva abaixo que confirma o poder de oferta em 100% é:
a) Os supermercados praticamente têm de tudo. Alguns têm até desabamentos.
b) A única figura disponível para uma conversinha é o caixa.
c) O Jumbo, da cadeia do Pão de Açúcar, oferece quase 70.000 tipos de produtos.
d) Na zona sul o que mais vende é enlatados.
e) O Nordeste carece de supermercados.
Suporte: Jornal
Propaganda a ser limitada
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
46
Não se trata de proibir o consumo de álcool, mas esses números deixam claro, por
outro lado , que ninguém deveria ser estimulado a beber. A propaganda é uma atividade
legítima para a esmagadora maioria dos produtos e serviços existentes. O caso das drogas
lícitas é uma exceção. A Constituição Federal, em seu artigo 220, prevê restrições a esse
tipo de publicidade.
Não faz, portanto, sentido a campanha que a Associação Brasileira de Publicidade
mantém desde o final de abril afirmando que a restrição à publicidade de cervejas teria o
mesmo efeito que proibir “a fabricação de abridores de garrafa”.
Louvar as virtudes reais ou imaginárias de abridores de garrafa não costuma levar
jovens a consumir quantidades crescentes de drogas psicotrópicas. Já a propaganda de
cerveja o faz.
(Folha de São Paulo, 11/05/2008.Licenciado por Folhapress.)
1) Qual é o tema abordado pelo editorial?
2) Por que esse tema estava sendo debatido no Brasil naquele momento?
4) Coloque (F) para falso e (V) para verdadeiro:
( ) O editorial tem uma estrutura geralmente simples. Apresenta a tese (que apresenta
o ponto de vista do jornal), o desenvolvimento do tema através de argumentações e conclusão .
( ) Um editorial precisa necessariamente apresentar argumentos consistentes.
( ) Esse gênero privilegia a impessoalidade.
( ) A conclusão geralmente apresenta uma síntese das ideias expostas para a solução do proble-
ma abordado.
6) Cite quais são as principais características do editorial? Considere a finalidade do gênero, per-
fil dos interlocutores, suporte ou veículo, tema, estrutura e linguagem.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
47
9) Comente o trecho sublinhado no texto.
10) O texto nos remete a uma realidade combatida todos os dias. O que recentemente foi propos-
ta de redação do ENEM./2013. Comente sobre a Lei Seca no Brasil. (Parágrafo dissertativo).
TEXTO I
PAPOS
_ Me disseram...
_Disseram-me.
_Hein?
_O correto é “disseram-me”. Não, “me disseram”.
_Eu falo como quero. E te digo mais ... ou é “digo-te?”- O quê?
_Digo-te que você ...
_O “te” e o “você” não combinam.
_ Lhe digo?
_Também não. O que você ia me dizer?(...)
_Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender.
_Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?
_Pois esqueça-o e para-te.Pronome no lugar certo é elitismo!
_Se você prefere falar errado...
_Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?
_No caso. Não sei.
_Ah! Não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
_Esquece.
_Não. Com “esquece” ? Você prefere falar errado? E o certo é “esquece” ou
“esqueça”? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.
_Depende.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
48
_Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesse. Mas não sabes-o.
_Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
_Agradeço-lhe a permisão para falar errado que mas dás. Mas não posso mais
dizer-lo-te o que dizer-te-ia.
_Por quê?
_Porque, com todo este papo, esqueci-lo.
VERÍSSIMO.Luís Fernando, Comédias para se ler na escola. RJ. 2001.
QUESTÕES
1) Uma das estratégias do narrador, no desenvolvimento da história, é explorar a contradi-
ção de um dos personagens. Retire do texto um exemplo dessa estratégia.
2) No texto de Luís Fernando Veríssimo, um dos personagens critica o uso dos pronomes oblíquos fa-
lados por outro personagem. Sobre o texto, pode-se afirmar que: (0.5)
A) O autor quis criticar a gramática normativa sobre o uso dos pronomes.
B) Os dois personagens do texto são intransigentes quanto ao uso da norma padrão da língua.
C) Um dos personagens acha inaceitável o uso da mesóclise durante um papo.
D) O dois personagens conhecem bem as regras de uso de colocação pronominal.
E) O autor, em forma de zombaria, critica o uso da norma padrão em situação de oralidade.
4) As construções “Matar-lhe-ei-te”, “sabes-lo”, “Ensines-lo-me” e “esquecilo” não existem em por-
tuguês, nem na norma culta e muito menos na norma popular. No texto, portanto, elas têm uma fun-
ção especial, que é: (0.5)
A) Demonstrar que as regras de colocação pronominal são irrelevantes.
B) Identificar as características do personagem: ele é chato e gosta de parecer elitista.
C) Ironizar o falso conhecimento que o outro personagem tem das regras de colocação pronomi-
nal.
D) Satirizar as pessoas que falam errado.
E) Provocar um efeito de humor com as dificuldades do personagem.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
49
Fonte:Http://cargocollective.com/ricardosantiago/jamoto
TEXTO II: “As motos Flex da Honda emitem menos gás carbônico e são mais econômi-
cas na hora de abastecer. A natureza agradece. O seu bolso também.”
Disponível em: <http://cargocollective.com/ricardosantiago/jamoto>
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
50
A era da falta d’água
Uma previsão catastrófica marca o colapso da água no mundo para o ano 2025. Foi
dada a largada para a corrida em busca de soluções. Veja o que se pode fazer para não en-
trarmos pelo cano
Por Claudio Angelo, Mariana Mello e Maria Fernanda Vomero colaboraram Mô-
nica Rentschler, de Tóquio, e Daniel Blumenthal, de Jerusalém Se você se comove
quando vê imagens como esta, melhor recolher as lágrimas e guardá-las. Vai piorar.
O velho pesadelo dos ambientalistas de que as reservas mundiais de água doce vão
entrar em colapso em algum momento do século XXI nunca esteve tão próximo de vi-
rar realidade. Um estudo das Nações Unidas divulgado este ano prevê que 2,7 bi-
lhões de seres humanos - 45% da população mundial - vão ficar sem água no ano
2025. O problema já afeta 1 bilhão de indivíduos, principalmente no Oriente Médio e nor-
te da África
Daqui a 25 anos, Índia, China e África do Sul deverão entrar na estatística
“Nesses lugares, as reservas deverão se esgotar completamente”, alerta o autor do
estudo, o geólogo Igor Shiklomanov, do Instituto Hidrológico Estatal de São Petersbur-
go, Rússia
O precário abastecimento d’água desses lugares vai falir por vários moti-
vos. “Nos últimos cinquenta anos, a população mundial triplicou e o consumo de água
aumentou seis vezes”, sintetiza o ecólogo paulista José Galizia Tundisi, do Institu-
to Internacional de Ecologia. Com a população cresce também a agricultura, a ativida-
de humana que mais consome o líquido. “Os países em desenvolvimento vão aumen-
tar seu uso de água em até 200% em 25 anos”, disse Shiklomanov à SUPER
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
51
Gente demais já basta para tornar a situação aflitiva em um terço do plane-
ta. Para piorar, a saúde dos rios - as principais fontes de água doce da Terra - está pio-
rando. Metade dos mananciais do planeta está ameaçada pela poluição e pelo as-
soreamento. Só a Ásia despeja anualmente em seus cursos d’água 850 bilhões de
litros de esgoto. E cada litro de sujeira num rio inutiliza 10 litros da sua água. “A humani-
dade sempre tratou a água como um recurso inesgotável”, explica o hidrogeólogo Aldo Re-
bouças, da Universidade de São Paulo (USP). “Estamos descobrindo, da pior forma possí-
vel, que não é bem assim.”
As previsões são turvas, é verdade. Só que não estamos inexoravelmente condena-
dos a entrar pelo cano. Os mananciais degradados podem ser despoluídos.
Novas técnicas de tratamento cada vez mais reutilizam a água do esgoto em países
desenvolvidos. Melhoraram, bastante, as condições técnicas e econômicas para a explora-
ção de fontes alternativas, como a dessalinização da água do mar.
E nem só processos caros e sofisticados oferecem soluções para a crise.
É o caso da remota vila de Baontha-Koyala, no noroeste da Índia. Seus habitan-
tes não tinham uma gota d’água para beber até meados da década de 80. No final dos
anos 90, recuperaram seus lençóis subterrâneos e o principal rio da região voltou a
ter água. O que fizeram? Simples. Cavaram poços no quintal das casas para reco-
lher água de chuva. É o óbvio. Mas ninguém havia feito antes. O exemplo serve para o Nor-
deste brasileiro. É só usar a cabeça.
A propósito do texto:
1- Copie as principais informações de cada parágrafo. Lembre-se de que nem todos os perío-
dos que formam os parágrafos apresentam informações essenciais. Agora, responda:
a) Qual é o principal fato transmitido pelo texto?
b) Qual é a sua causa?
c) Quais são as consequências desse fato?
2- Sabendo que eco – significa “causa, meio ambiente”, hidro- significa “água”, geo – ter-
ra, e logo “ o que estuda”, tente explicar o que fazem um hidrogeólogo e um ecólogo. Há, no quarto pa-
rágrafo, algumas expressões que jornalistas usam com objetivo de aproximar-se do leitor. Transcre-
va-as e explique por que elas foram estrategicamente escolhidas para falar do assunto em questão.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
52
Fonte: twicsy.com/i/6Hz8M
4- Com base na tirinha, qual das ações apresentadas é avaliada NEGATIVAMENTE pelo persona-
gem, em decorrência da seca?
a) Cutucar o nariz
b) Olhar o céu azulão
c) Ver ipês floridos
d) Usar umidificador
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
53
Fonte: geografia1004.wordpress.com
Qual das alternativas apresenta um trecho de uma musica que corresponde CORRETAMEN-
TE ao quadro indicado entre colchetes?
a) “A vida aqui só é ruim / Quando não chove no chão / Mas se chover, dá de tudo / Fartura tem de por-
ção”. (Luiz Gonzaga) – [Correspondente ao quadro 2]
b) “Fogo, fogo de artifício / Quero ser sempre o menino / As estrelas deste mundo , Xan-
gô / Ai, São João, Xangô menino” (Caetano Veloso)– [Correspondente ao quadro 3]
c) “Olha pro céu, meu amor! / Veja como ele esta lindo ! / Olha para aquele balão multicor /
Que La no céu vai sumindo!” (Luiz Gonzaga) – [Corresponde ao quadro 2]
d) “Ver a terra rachada, amolecendo / A terra antes pobre, enriquecendo / O milho pro céu apontan-
do / O feijão pelo céu enramando!” (Gonzaga Jr) [ Corresponde ao quadro 1] 52
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
54
DETALHES
O velho porteiro do palácio chega em casa, trêmulo. Como sempre que tem bai-
le no palácio, sua mulher o espera com café da manhã reforçado. Mas desta vez ele nem
olha para a xícara fumegante, o bolo, a manteiga, as geleias. Vai direto à aguardente. Atira-
se na sua poltrona perto do fogão e toma um longo gole de bebida, pelo gargalo.
— Helmuth, o que foi? — Espera, Helga. Deixa eu me controlar primeiro.
Toma outro gole de aguardente.
— Conta, homem! O que houve com você? Aconteceu alguma coisa no bai-
le? — Co-começou tudo bem. As pessoas chegando, todo mundo de gala, todos com
convite, tudo direitinho. Sempre tem, é claro, o filhinho de papai sem convite que
quer levar na conversa, mas já estou acostumado. Comigo não tem conversa. De repen-
te, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada por três pa-
relhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da carruagem, sal-
ta uma dona. Sozinha. Uma beleza. Eu me preparo para barrar a entrada dela
porque mulher desacompanhada não entra no baile do palácio. Mas essa dona tão boni-
ta, tão sei lá, radiante, que eu não digo nada e deixo ela entrar.
— Co-começou tudo bem. As pessoas chegando, todo mundo de gala, to-
dos com convite, tudo direitinho. Sempre tem, é claro, o filhinho de papai sem con-
vite que quer levar na conversa, mas já estou acostumado. Comigo não tem conver-
sa. De repente, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada
por três parelhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da carruagem, sal-
ta uma dona. Sozinha. Uma beleza. Eu me preparo para barrar a entrada dela por-
que mulher desacompanhada não entra no baile do palácio. Mas essa dona tão boni-
ta, tão sei lá, radiante, que eu não digo nada e deixo ela entrar.
— Bom, Helmuth. Até aí..
— Espera. O baile continua. Tudo normal. Às vezes rola um bêbado pela esca-
daria, mas nada de mais. E então bate a meia-noite. Há um rebuliço na porta do palá-
cio. Olho para trás e vejo uma mulher maltrapilha que desce pela escadaria, corren-
do. Ela perde uma sapato. E o príncipe atrás dela.
— Bom, Helmuth. Até aí..
— Espera. O baile continua. Tudo normal. Às vezes rola um bêbado pela esca-
daria, mas nada de mais. E então bate a meia-noite. Há um rebuliço na porta do palá-
cio. Olho para trás e vejo uma mulher maltrapilha que desce pela escadaria, corren-
do. Ela perde uma sapato. E o príncipe atrás dela.
— O príncipe? — Ele mesmo. E gritando para mim segurar a esfarrapada. “Segu-
ra! Segura!” Me preparo para segura-la quando ouço uma espécie de “vum” acompanha-
do de um clarão. Me viro e..
— E o quê, meu Deus? O porteiro esvazia a garrafa com um último gole.
— Você não vai acreditar.
— O príncipe?
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
55
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
56
PARTE II
1. CAPA
2. FOLHA DE ROSTO
3. DEDICATÓRIA
4. AGRADECIMENTOS.
5. SUMÁRIO
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
57
7. DESENVOLVIMENTO
8. CONCLUSÃO
9. BIBLIOGRAFIA
1. CAPA : É a primeira folha do trabalho e tem como objetivo protegê-lo. Deve conter da-
dos do(s) autores e título. Pode trazer ilustrações.
2. FOLHA DE ROSTO: Apresenta o(s) nome(s) do(s) autor(es), o título, local e ano.
Deve conter informações sobre a apresentação do trabalho (nome da disciplina, do pro-
fessor orientador e da escola).
3. DEDICATÓRIA OU AGRADECIMENTO: São partes opcionais do trabalho. O agradecimen-
to é feito a pessoas que ajudaram diretamente na execução do trabalho. A dedicató-
ria é livre.
4. SUMÁRIO/SUMARIZAÇÃO: Enumeração dos capítulos e subdivisões, apresenta-
dos na mesma ordem e grafia com que aparecem no texto. O sumário corresponde ao es-
quema elaborado para desenvolvimento do trabalho.
5 .INTRODUÇÃO: É a apresentação ou exposição do trabalho. É a parte na qual se situa o lei-
tor diante do assunto que irá ler, mencionando os principais itens e traçando os objeti-
vos.
6. DESENVOLVIMENTO: É a parte na qual se desenvolve o assunto a ser tratado . É onde ex-
pomos os itens inicialmente destacados, analisando-os detalhadamente.
7. CONCLUSÃO: É a síntese do trabalho, onde expomos uma opinião crítica do assunto tra-
tado.
8. BIBLIOGRAFIA: Registro dos documentos consultados escrito em ordem alfabética por so-
brenome do autor.
PROPOSTA PRÁTICA: Elaboração de uma capa / folha de rosto e dedicatória acer-
ca de um assunto da escolha do aluno.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
58
1. Papel
A digitação deverá ser em papel branco, formato A4 (21,0 cm X 29,7 cm), sempre no anteverso (fren-
te) das folhas, tendo como única exceção a folha de rosto, onde, opcionalmente, deve ser coloca-
da no verso a ficha catalográfica do trabalho.
2. Capa
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
59
3. Folha de rosto
3.1.2 Folha de rosto
Elemento obrigatório Autor: Nome do autor completo, centrado no alto da folha de rosto, mar-
gem vertical de 3,0 cm (fonte 14).
Título: Centro da página (fonte tamanho 16), quando houver subtítulo separar por dois pon-
tos e usar ( fonte 14) para o subtítulo.
Notas de apresentação: Tabulação: 7 tab – tamanho da fonte: 10 Local:Cidade da institui-
ção onde deve ser apresentado: (fonte 14) Ano de depósito: Entrega ( fonte 14)
4. Sumário
Elemento obrigatório identificado pela palavra “sumário”, escrita em letras maiúsculas e centra-
do. Obedece à margem mínima de 3,0 cm.
Os títulos de partes ou capítulos são indicados em letras maiúsculas e apenas a inicial maiúscu-
la para os títulos das subdivisões dos capítulos e partes.
Os itens ou elementos pré-textuais (anteriores ao texto) não devem fazer parte do sumá-
rio. Deve ser colocado como último elemento pré-textual (antes do texto da pesquisa)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
60
5. Texto
5.1. Fonte
Arial ou Times New Roman Escolhidas a fonte, ela deverá ser utilizada para todo o trabalho, in-
cluindo notas de rodapé, citações e titulações.
Tamanho: 12
Cor: Automática
O tamanho da fonte deverá ser 12 para o desenvolvimento do texto, 10 para citações lon-
gas (mais de três linhas), paginação, notas de ilustração, rodapé e outras notas e 14 para títu-
los. A impressão do trabalho deverá ser em cor preta. Somente poderão ser utilizadas cores para as
ilustrações.
5.2. Parágrafo.
Parágrafo – o texto inicia-se a 2,0 cm a partir da margem esquerda e não é dado espaço en-
tre um parágrafo e outro.
Menu formatar – Parágrafo – Recuo – Especial de primeira linha – 2,0 cm
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
61
Numeração da página
Para o trabalho a nível acadêmico, todas as folhas a partir da folha de rosto devem ser contabili-
zadas. A numeração deve ser realizada com algarismos arábicos, situada no canto superior à di-
reita da folha, a 2,0 cm a partir da borda superior e da borda direita. Em trabalhos que apresen-
tam mais volumes, deve-se manter a numeração sequencial das páginas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
62
6. Ilustrações (Figuras ou fotos), gráficos e tabelas Deverão ser inseridos sempre em uma cai-
xa de texto
7. Referências
Elemento obrigatório. É um conjunto de elementos que permitem a identificação de publica-
ções, no todo ou em parte. Esses elementos podem ser essenciais ou complementares e são ex-
traídos do documento que estiver sendo referenciado. Os elementos essenciais são informações
indispensáveis à identificação do documento e, quando necessário, vêm acrescidos de elemen-
tos complementares (informações acrescentadas para melhor caracterizar os documentos).
Ao final do trabalho, as identificações de todas as fontes efetivamente utilizadas na realiza-
ção do trabalho serão organizadas em uma lista alfabética denominada “referências”.
Dica O embasamento teórico é muito importante para realizar o trabalho acadêmico e ser con-
siderado científico. Assim, as obras consultadas devem fazer parte das referências bibliográfi-
cas, pois, sem elas, o trabalho perde o caráter científico.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
• Martins, D. Silveira, ZilberKnop, L. Scliar.Português Instrumental São Paulo: Atlas, 2009
• Cegalla, Domingos Paschoal .Novíssima Gramática da Língua Portuguesa - Novo Acordo Ortográfi-
co - 48ª Nacional Ed. 2009
• Ferreira, Mauro.Aprender e Praticar Gramática/Mauro Ferreira. Ed.Renovada São Paulo:FTD.2007
• NEGROMONTE, Ronaldo. Estratégias de sobrevivência no mundo do trabalho: 10 di-
cas para você vender seu peixe. Belo Horizonte: Artesã, 2012. 208 p.
• GRAMÁTICA: texto, reflexão e uso/ Willian Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. - 3.ed. re-
form -São Paulo : Atual ,2008
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
64
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
65
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
66
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
67
ENFERMAGEM
Etapa 1
RESPONSABILIDADE
SOCIAL
MENSAGEM DA COORDENAÇÃO
Prezado aluno,
Ao iniciar um novo semestre, um mundo novo de novos conhecimentos está se abrindo para
você.
É uma nova etapa, onde cada escolha que fizer fará a diferença, não só na sua vida, mas daqueles
que estão próximos a você.
Faça a escolha certa.
Faça a opção por mais conhecimento, por novos e incrementados desafios que, ao serem venci-
dos, trarão não somente a sensação de vitória, mas a sensação de que você é o responsável pelo seu
destino.
E, para iniciar esse novo semestre, essa nova etapa de sua vida, deixo você com a tradução do
poema Invictus, do britânico William Ernest Henley, que inspirou ninguém menos do que o grande
Nelson Mandela (ele, por si só, uma inspiração constante).
Professora Juliceli Márcia de Oliveira
Invictus
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
71
Sobre a Apostila
Esta apostila não pretende ser um manual, rígido, que engesse o professor e o impeça de de-
senvolver suas aulas de acordo com a turma, o curso e as circunstâncias que possam se apresentar.
Pelo contrário, pretende ser uma inspiração, para que o professor, a partir dela, possa construir
o melhor caminho para desenvolver o tão sonhado olhar diferenciado.
A apostila da disciplina Responsabilidade Social está estruturada em módulos, dessa forma, o
professor poderá definir a sequência em que os mesmos serão trabalhados, sem prejuízo algum para
a apreensão de conhecimentos por parte dos alunos.
Ao final de cada módulo há pelo menos um texto complementar sobre o assunto ou tema, de
alguma forma, a ele relacionado, para que os alunos possam se aprofundar ou para que o professor
possa utilizá-lo como base para uma atividade.
O conteúdo que aqui se apresenta é apenas uma parte de tudo que pode ser abordado na disci-
plina Responsabilidade Social. Cabe ao professor, junto com seus alunos, escolher entre tantos outros
caminhos que deseja percorrer. As possibilidades são infinitas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
72
SUMÁRIO
Módulo I – Sensibilização................................................................................................................. 75
Para refletir................................................................................................................................ 75
Fome e Miséria.................................................................................................................. 75
Trabalho Escravo................................................................................................................ 76
Trabalho Infantil................................................................................................................. 77
Violência............................................................................................................................ 78
Violência contra a Mulher.................................................................................................. 79
Idosos................................................................................................................................. 79
Meio Ambiente.................................................................................................................. 80
Texto Complementar................................................................................................................. 81
Perguntas e respostas sobre trabalho escravo e a PEC 57A/199 (ex PEC 438/2001)................. 81
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
73
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
74
Para refletir...
Fome e Miséria
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
75
De acordo com o Censo 2010, o Brasil tem mais de 16 milhões de pessoas vivendo em situação
de extrema pobreza.
Trabalho Escravo
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
76
Trabalho Infantil
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2012, PNAD, 3,5 milhões de
crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos estão sujeitas ao trabalho infantil.
Apesar dos números altos, os mesmos representam uma diminuição de 5,41% em relação aos
números de 2011; ou seja, 156 mil crianças e adolescentes a menos.
Número de pessoas
Faixa etária
(aproximado)
5 a 9 anos 81.000
10 a 13 anos 473.000
14 a 17 anos 3.000.000
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
77
De acordo com a pesquisa Mapa da Violência 2010: Anatomia dos Homicídios no Brasil, reali-
zada pelo Instituto Sangari, em 2007 foram mais de 47,7 mil homicídios, ou seja, uma média de 131
vítimas diariamente.
25 a 29 anos 9.146
30 a 34 anos 6.241
35 a 39 anos 4.382
40 a 44 anos 3.266
45 a 49 anos 2.299
50 a 59 anos 2.684
60 a 69 anos 1.102
70 e mais anos 662
Dados de pesquisa ‘Mapa da Violência – 2011:
Os Jovens do Brasil’, realizada pelo Instituto
Sangari.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
78
Idosos
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
79
Meio Ambiente
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
80
TEXTO COMPLEMENTAR
Perguntas e respostas sobre trabalho escravo e a PEC 57A/199 (ex PEC 438/2001)
Produzido pela Repórter Brasil a pedido da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho
Escravo (Conatrae).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
81
6) O atual conceito causa insegurança jurídica no campo porque ninguém sabe o que é trabalho
escravo.
Isso é uma falácia. A tentativa de mudar um conceito conhecido e aplicado é que vai levar à
insegurança jurídica, com milhares de processos tendo que tomar um novo rumo, trabalhadores des-
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
82
7) Há produtores rurais que foram autuados por trabalho escravo devido à distância entre beli-
ches, espessura do colchão, falta de copos para beber água, de carteira assinada e de um local
adequado para refeições.
Esse é um argumento facilmente desconstruído. Quando um auditor fiscaliza um produtor, ele
emite autos de infração sobre todos os problemas encontrados. Mas não é auto de infração de col-
chão fino que configura o trabalho escravo. Quando ouvir um produtor ou parlamentar dizer isso,
pergunte sobre os outros autos de infração recebidos, sobre os quais nunca alguém quer falar. Além
do mais, não é apenas um auto que caracteriza trabalho escravo, mas um pacote deles, mostrando as
péssimas condições dos trabalhadores.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
83
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
84
11) Por que a PEC 57A/1999 (ex- 438/2001) não diz nada sobre como ocorrerá o confisco de terras?
Por isso ficar a cargo de lei que regulamentará todo o processo. Uma proposta de rascunho des-
sa lei foi organizada pelos parlamentares favoráveis à PEC.
13) A verdadeira intenção dessa lei é a reforma agrária, pois muitas terras serão confiscadas.
Não. Considerando o confisco de terras com psicotrópicos, já em vigor, de 2003 a 2007, 18
propriedades nessas condições – todas elas no Nordeste e com uma área total aproximada de 5.200
hectares – foram destinadas a assentamentos. De acordo com a Coordenação Geral de Polícia de
Repressão aos Entorpecentes da Polícia Federal, apenas em 2004, 36 plantações de maconha foram
destruídas em todo o país. Repare que o número de confiscos é pequeno se considerada a quantidade
de plantações encontradas e destruídas devido ao rigor das decisões judiciais. Ou seja, apenas um
número reduzido daqueles que forem flagrados é que devem perder efetivamente suas terras.
14) Não é justo apenas produtores rurais perderem suas propriedades. Por que a PEC não passa a
valer também para o meio urbano?
E ela vale. Devido a um pedido de parlamentares ligados aos produtores rurais, o texto da PEC
incorporou os imóveis urbanos em 2004.
15) O condenado por trabalho escravo irá perder todas as terras que possui por conta da lei?
Não. Apenas aquela em que trabalho escravo foi encontrado.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
85
Motosserra encontrada em propriedade flagrada com trabalho escravo usado para desmatar a área
18) A fiscalização abusa do poder e é guiada por um viés ideológico. A Polícia Federal entra armada
nas fazendas.
As equipes móveis de fiscalização (compostas por auditores do Ministério do Trabalho e Empre-
go, procuradores do Ministério Público do Trabalho, policiais federais ou policiais rodoviário federais)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
86
19) A culpa não é do fazendeiro e sim de gatos, gerentes e prepostos. O empresário não sabe dos
fatos que ocorrem dentro de sua fazenda e por isso não pode ser responsabilizado.
O empresário é o responsável legal por todas as relações trabalhistas de seu negócio. A Cons-
tituição Federal de 1988 condiciona a propriedade ao cumprimento de sua função social, sendo de
obrigação de seu proprietário tudo o que ocorrer nos domínios da fazenda. Por isso, o fazendeiro tem
o dever de acompanhar com frequência a ação dos funcionários que a administram para verificar se
eles estão descumprindo alguma norma da legislação trabalhista, além de orientá-los no sentido de
contratar trabalhadores de acordo com as normas estabelecidas pela CLT.
Para mais informações sobre a PEC do Trabalho Escravo, acesse trabalhoescravo.org.br. Fotos:
Leonardo Sakamoto, no banco de imagens do Especial PEC do Trabalho Escravo. Reprodução autori-
zada desde que citada a fonte.
* Dados atualizados em maio de 2013.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
87
Stakeholders
Stakeholder ou, em português, parte interessada refere-se a todos os envolvidos em um pro-
cesso. Por exemplo: clientes, colaboradores, investidores, fornecedores, comunidade, governo etc.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
88
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
89
Já não restam dúvidas científicas de que o desenvolvimento sustentável é o único modelo capaz
de evitar a degradação em velocidade geométrica das condições de vida e, finalmente, a inevitável
extinção de várias espécies de flora e fauna do planeta, entre as quais provavelmente a do Homo
Sapiens – isto é, eu, você e nossos descendentes. Desconfie daqueles que se ocultam atrás de frases
como “a ciência mesmo tem dúvidas sobre…”. Eles procuram apenas um escudo para esconder sua
inércia, preguiça ou covardia.
Sabemos que, para buscar a sustentabilidade, uma pessoa ou organização deve adotar como pa-
drão de comportamento ou gestão ser ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente
viável – o chamado triple bottom line, conceito formulado pelo britânico John Elkington. Sabemos
também que a busca pela sustentabilidade é uma caminhada que deve ser trilhada com início urgen-
te, imediato, mas final inexistente.
Então, o que faz uma pessoa, um cidadão, mobilizar-se pelo assunto ou uma empresa adotar a
sustentabilidade no universo corporativo? Não sou um pensador estrangeiro, desses que todos ficam
achando mais inteligentes do que os brasileiros, mas entendo que fundamentalmente a diferença
está numa qualidade humana chamada generosidade – e que a generosidade é o quarto elemento
do triple bottom line.
Generosidade é a qualidade do que é generoso, pródigo, do que perdoa facilmente, nobre, leal;
a virtude de quem acrescenta algo ao próximo. Generosas são tanto as pessoas que sentem prazer
em dividir algo com mais indivíduos, porque isso lhes fará bem (em um contexto egocêntrico), quanto
aquelas pessoas que dividirão bens tangíveis ou intangíveis com outros, sem a necessidade de receber
algo em troca. É o contrário da ganância. E isto se aplica quase que literalmente para organizações,
porque empresas não pensam: por trás delas sempre estão gestores humanos.
No livro Princípios de Filosofia, René Descartes apresenta a generosidade como “uma desperta-
dora do real valor do Eu” e, ao mesmo tempo, uma mediadora para que “a vontade se disponha a acei-
tar o concurso do entendimento”. É filosófico, sim, mas é simples: a generosidade é uma qualidade de
quem coloca os interesses de terceiros no mesmo plano dos seus interesses pessoais, para resolver
um problema ou dilema que atinge a todos, que busca o entendimento. Não é exatamente disso que
uma sociedade sustentável necessita?
No campo do direito, isso se chama “interesses difusos” e, como sabemos, os interesses difu-
sos – aqueles próprios do conjunto da sociedade – são constitucionalmente inalienáveis. Resumindo,
a generosidade deveria ser um dos fundamentos da sociedade brasileira, até mesmo pelo que está
escrito em nossa Constituição: é um bem inalienável. E a ganância, o oposto da generosidade, deveria
ser execrada, porque ofende direitos constitucionais coletivos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
90
91
TEXTO COMPLEMENTAR 02
Relacionamento com partes interessadas
Pesquisa realizada pelo Uniethos em 2012 mostra que o relacionamento com stakeholders é um
processo intrínseco ao planejamento e à inovação.
O debate sobre a finalidade das empresas oscilou desde a década de 1950 entre o chamado
“capitalismo de stakeholders” e o “shareholder capitalism” (“capitalismo do acionista”). Um dos mar-
cos do início desse debate foi em 1951, quando Frank W. Abrams, então presidente do conselho da
Standard Oil of New Jersey, declarou: “O papel da administração é manter o equilíbrio equânime e
funcional entre reivindicações de distintos grupos de interesse diretamente afetados [...], acionistas,
funcionários, clientes e o público em geral”.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
92
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
93
Este texto faz parte de uma série de artigos de especialistas promovida pela área de Gestão Sus-
tentável, do Instituto Ethos, cujo objetivo é subsidiar e estimular as boas práticas de gestão.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
94
Social X Econômico
O momento atual nos leva à reflexões sobre o quanto as questões sociais podem, e interferem,
no dia a dia de cada um de nós e das empresas inclusive.
Perceber que não mais podemos ignorar que o modo como as pessoas vivem, a qualidade da
vida que têm fazem parte do conjunto de circunstâncias que atuam diretamente no modo, por exem-
plo, como o país está se desenvolvendo é imperativo, para que se possa promover ações para, pelo
menos, amenizar situações de risco social.
Uma empresa que está bem do ponto de vista econômico, porém que não sabe transformar seu
lucro financeiro em benefícios sociais não pode se vangloriar de seus resultados.
Estar bem quando tudo ao redor desmorona não é, definitivamente, estar bem.
No texto Gestão Social e Transformação da Realidade (publicado em 1999 e revisado em 2013),
Dowbor faz algumas afirmações que nos levam a refletir sobre a relação entre social e econômico.
Entre elas, podemos destacar:
• “Está se tornando evidente, já não numa visão de crítica sistemática anticapitalista, mas de
bom senso econômico e social, que um sistema que sabe produzir, mas não sabe distribuir,
simplesmente não é suficiente. Sobretudo se, ainda por cima, joga milhões no desemprego,
dilapida o meio ambiente e remunera mais os especuladores do que os produtores.”
• “Relatórios sobre o Desenvolvimento Humano, das Nações Unidas, qualificam de obsce-
nas as fortunas de pouco mais de quatrocentas pessoas no mundo, que dispõem de mais
riqueza pessoal do que a metade mais pobre da humanidade. Esta concentração de renda
é considerada tão vergonhosa como a escravidão e o colonialismo, sem lugar numa socie-
dade civilizada.”
• “A transformação é profunda. No decorrer de meio século, passamos de uma visão filantró-
pica, de generosidade assistencial, de caridade, de um tipo de bálsamo tranquilizador para
as consciências capitalistas, para a compreensão de que a área social se tornou essencial
para as próprias atividades econômicas.”
• “Esta mudança profunda de enfoque foi positiva. As áreas empresariais, com suporte de nu-
merosos estudos do Banco Mundial, passaram a entender que não se trata de simples cos-
mética social, mas das condições indispensáveis para a própria produtividade empresarial.
É a visão que leva, em numerosos países, a que as próprias empresas deem forte sustento
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
95
No Brasil, temos o Instituto Ethos, como suporte para aquelas empresas que desejam mudar de
postura e desenvolver uma forma de gestão mais ética, que esteja mais de acordo com o momento
atual. Um momento que demanda ética, enfoque no coletivo, pensamento não somente no lucro, mas
no que de bom pode advir do mesmo.
Instituto Ethos
• O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público, OSCIP, criada com a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as
empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras
na construção de uma sociedade sustentável e justa.
• Seus 1508 (dados de 10/03/2013) associados – empresas de diferentes setores e portes –
têm faturamento anual correspondente a cerca de 35% do PIB brasileiro e empregam cerca
de 2 milhões de pessoas, tendo como característica principal o interesse em estabelecer
padrões éticos de relacionamento com funcionários, clientes, fornecedores, comunidade,
acionistas, poder público e com o meio ambiente.
Porte Total %
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
96
Dia V
• Promovido pela FIEMG, desde 2001:
• Primeira edição: mais de 11 mil voluntários, em 44 cidades.
• Em 2011: 60 mil voluntários, desenvolveram 3.740 ações, em 152 cidades.
• A solidariedade mineira:
• 81% das empresas mineiras declararam ter realizado algum tipo de ação social para a
comunidade.
• Dados comparativos:
• RJ: 59%
• SP: 67%
TEXTO COMPLEMENTAR
Responsabilidade social empresarial e sustentabilidade para a gestão empresarial
O artigo mostra como as retóricas e controvérsias em torno desses conceitos são uma cortina de
fumaça para a gestão das organizações.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
97
98
O modelo da sustentabilidade é uma nova forma de fazer negócios, que tem como pressupos-
to o novo papel da empresa na sociedade. Sustentabilidade e responsabilidade social trazem para o
modelo de negócios a perspectiva de longo prazo, a inclusão sistemática da visão e das demandas
das partes interessadas, e a transição para um modelo em que os princípios, a ética e a transparência
precedem a implementação de processos, produtos e serviços.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
99
Este texto faz parte de uma série de artigos de especialistas promovida pela área de Gestão Sus-
tentável do Instituto Ethos, cujo objetivo é subsidiar e estimular as boas práticas de gestão.
Sustentabilidade
Quando se fala em sustentabilidade, automaticamente a relacionamos a questões ambientais.
O fato é que sustentabilidade está também relacionada a questões sociais.
De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2011, do Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento, PNUD, a sustentabilidade está relacionada aos princípios básicos de igualda-
de, entre eles justiça social e maior acesso a uma melhor qualidade de vida.
Para que se possa atender a esses princípios são necessárias ações que não sejam somente
pontuais. Pelo contrário, tais ações demandam empenho por parte dos envolvidos, sejam empresas,
organizações sociais, pessoas físicas.
Para mudarmos a realidade é necessária, muitas vezes, a união do assistencialismo com a sus-
tentabilidade.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
100
TEXTO COMPLEMENTAR
Artigo - O Assistencialismo e o Bolsa Família
O programa Bolsa Família tem recebido críticas à esquerda e à direita. A principal acusação é
que ele seria um programa assistencialista. Na verdade o programa Bolsa Família como qualquer pro-
grama focalizado nos mais pobres é um programa de assistência social. No dicionário Aurélio o termo
“assistência social” é definido como “serviço gratuito, de natureza diversa, prestado aos membros da
comunidade social, atendendo as necessidades daqueles que não dispõem de recursos suficientes”.
Assistencialismo, que por sinal não consta no dicionário, é na verdade uma deformação na prestação
da “assistência social”, envolvendo troca de favores e critérios pouco claros na forma de seleção dos
beneficiários. Portanto, um programa assistencialista é um programa de “assistência social” utilizado
como mecanismo de troca de favores. Como a crítica ao Bolsa Família não se baseia apenas em numa
crítica à forma de gestão, mas sim à própria natureza do programa, pode-se concluir que o que se
questiona é a “oportunidade” de se ter um esse tipo de programa no Brasil. Nessa(s) visão(ões) crí-
tica(s) o programa seria ruim por: 1) acomodar o pobre que não buscaria mais trabalho e ascender
socialmente e 2) desperdiçar dinheiro público com assistência quando o que importa é gerar emprego
e renda, única maneira de tirar a população da pobreza. Dar dinheiro aos mais pobres é uma idéia tão
ruim assim?
O que se esquece é que o Estado - desde sua origem - tributa e redistribui renda entre os diver-
sos segmentos da sociedade. Ou seja, além de prover bens públicos, a função do Estado é tirar de e
dar renda a diferentes segmentos da sociedade. Se essa redistribuição vai ajudar os mais pobres, ou os
mais ricos, ou vai ser neutra é uma questão que depende de fatores políticos, sociais e econômicos de
um determinado período histórico. Na Colônia e no Império medidas redistributivas se davam tanto
mediante programas assistenciais (ou o amparo social como se dizia à época) como, por exemplo, a
concessão de pensões a órfãos e a viúvas honestas, a ajuda à manutenção das casas de misericórdia,
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
101
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
102
* Pesquisador do Ipea
103
Símbolos
Adotados no mundo todo, os ícones que representam os 8 ODM foram criados voluntariamente,
em 2005, no Brasil, como parte da campanha Nós Podemos, pela agência McCann-Erickson. O mentor
e coordenador da campanha foi o publicitário Percival Caropreso.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
104
Propondo que todas as crianças, em todas as regiões – independente de gênero, etnia e condi-
ções sociais – terminem o ensino fundamental, este objetivo está também relacionado à diminuição
da evasão escolar, à melhoria da qualidade do ensino, à elevação do número de anos na escola e à
diminuição da defasagem idade-série.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
105
Este objetivo está relacionado, entre outras coisas, à melhoria das condições de saneamento
e higiene, promoção de campanhas de vacinação, melhoria dos serviços de saúde e ampliação do
acesso aos mesmos. Enfim, depende de políticas, programas, recursos direcionados não somente às
crianças mas também às famílias e comunidades em geral.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
106
Este objetivo propõe deter a proliferação de doenças, o que necessita de ampliação do acesso às
informações por parte da população, também a meios de prevenção e de tratamento, além do com-
bate à discriminação. Também está relacionado à melhoria das condições de saneamento e de higiene
da população, da preocupação com questões ambientais e nutritivas.
Este objetivo é bastante amplo e se refere às questões ambientais, como preservação dos
recursos naturais, recuperação de áreas degradadas e a transformação de remanescentes em áreas
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
107
Este objetivo está relacionado ao estabelecimento de parcerias para que todos os objetivos an-
teriores sejam alcançados e a melhoria da qualidade de vida de toda a população seja estabelecida.
Busca também a participação de toda a sociedade em busca de um mundo melhor, mais justo e sus-
tentável, tanto no que se refere às questões ambientais quanto às sociais.
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estão intimamente relacionados entre si. Por
exemplo, para que possamos, verdadeiramente, erradicar a fome e a miséria, é preciso garantir o
acesso a uma educação de qualidade, o que garantirá, no futuro, o acesso ao mercado de trabalho,
não em subempregos, mas em empregos que oferecerão condições daquela pessoa garantir sua qua-
lidade de vida e de sua família.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
108
Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família hu-
mana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no
mundo.
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bár-
baros que ultrajaram a consciência da humanidade e que o advento de um mundo em que mulheres
e homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da
necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do ser humano comum.
Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo império da lei, para
que o ser humano não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão.
Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações.
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos fun-
damentais do ser humano, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos do
homem e da mulher e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em
uma liberdade mais ampla.
Considerando que os Países-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as
Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do ser humano e a obser-
vância desses direitos e liberdades.
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta impor-
tância para o pleno cumprimento desse compromisso.
Agora portanto a Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Hu-
manos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de
que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tendo sempre em mente esta Declaração, esforce-se,
por meio do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela ado-
ção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento
e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Países-Membros quanto
entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
Artigo 1
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e
consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
109
Artigo 3
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 4
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão
proibidos em todas as suas formas.
Artigo 5
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo 6
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante
a lei.
Artigo 7
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei.
Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e
contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo 8
Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo
para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou
pela lei.
Artigo 9
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo 10
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de
um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento de qual-
quer acusação criminal contra ele.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
110
Artigo 12
Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua
correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da
lei contra tais interferências ou ataques.
Artigo 13
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada
Estado.
2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a esse regressar.
Artigo 14
1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros
países.
2. Esse direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes
de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
Artigo 15
1. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacio-
nalidade.
Artigo 16
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião,
têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação
ao casamento, sua duração e sua dissolução.
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.
3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e
do Estado.
Artigo 17
1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
111
Artigo 18
Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito
inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença
pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou em particular.
Artigo 19
Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade
de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quais-
quer meios e independentemente de fronteiras.
Artigo 20
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo 21
1. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por inter-
médio de representantes livremente escolhidos.
2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; essa vontade será expressa em eleições
periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que asse-
gure a liberdade de voto.
Artigo 22
Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à realização pelo
esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada
Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvol-
vimento da sua personalidade.
Artigo 23
1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favorá-
veis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória que lhe asse-
gure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se
acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus in-
teresses.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
112
Artigo 25
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde,
bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais
indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou
outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nas-
cidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
Artigo 26
1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elemen-
tares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional
será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do
fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano e pelas liberdades fundamentais. A ins-
trução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais
ou religiosos e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus
filhos.
Artigo 27
1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir
as artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios.
2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qual-
quer produção científica literária ou artística da qual seja autor.
Artigo 28
Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades
estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
Artigo 29
1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento
de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações
determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e res-
peito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem
pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
113
Artigo 30
Nenhuma disposição da presente Declaração poder ser interpretada como o reconhecimento a
qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato
destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.
UNICEF. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Res. 217 AIII. 1948. Disponível em: http://www.unicef.org/
brazil/pt/resources_10133.htm. Acesso em jan 2016.
MÓDULO VI – PROGRAMA 5 S
Método que visa tornar os ambientes de trabalho organizados, ordenados, limpos e saudáveis,
o Programa 5S pode ser considerado a porta de entrada para a Qualidade Total.
O Programa 5S foi concebido por Kaoru Ishikawa em 1950, no Japão do pós-guerra (2ª Guerra
Mundial). Leva esse nome devido às iniciais das cinco palavras japonesas que sintetizam as cinco eta-
pas do programa: SEIRI, SEITON, SEISO, SEIKETSU, SHITSUKE.
* Tenha sempre em mente: o que é inútil para você pode ser útil para outra pessoa.
O programa 5S não se resume a mudar a aparência do local de trabalho ou outro local qualquer.
Na verdade, sua essência é outra: MUDAR ATITUDES E COMPORTAMENTO.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
114
Em 2010, o Brasil produziu 60,8 milhões de toneladas dos chamados resíduos sólidos urbanos.
Essa quantidade foi 6,8% mais alta que a registrada em 2009 e seis vezes maior que o crescimento
populacional que, no mesmo período, ficou em pouco mais de 1%. De todo esse resíduo, cerca de 6,5
milhões de toneladas foram parar em rios, córregos e terrenos baldios. Ainda 42,4%, ou seja, 22,9
milhões de toneladas foram depositados em lixões e aterros controlados e que não fazem o tratamen-
to adequado dos resíduos. Estas conclusões fazem parte do estudo Panorama dos Resíduos Sólidos
divulgado na semana passada pela Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e
Resíduos Especiais).
Detalhes do mesmo relatório demonstram que estamos muito, mas muito distantes de tornar
o consumo consciente uma prática cotidiana na vida das pessoas em nosso país. Um bom exemplo é
que no ano passado, a média de lixo gerado por brasileiro ficou em 378 quilos, o que é 5,3% superior
aos 359 quilos de lixo per capita computados em 2009.
115
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
116
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
117
TEXTO COMPLEMENTAR
Trecho retirado do artigo Responsabilidade social e voluntariado no Brasil, de Renato Arcúrio
Um objetivo comum e a cada dia mais presente na vida das organizações é a respon-
sabilidade social e entre as pessoas o voluntariado, que juntos estão ganhando força
e crescendo em busca de um desenvolvimento sustentável.
Renato Arcúrio
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
118
Voluntariado no Brasil
Desde nossa colonização temos trabalho voluntário no Brasil, só que com características e obje-
tivos diferentes, e o que é interessante é que ele sempre foi importante para a sociedade. A caridade,
o assistencialismo, e a militância política deram lugar à solidariedade, ao desejo de fazer o bem, ao
exercício de cidadania.
O trabalho voluntário nos últimos 10 anos assumiu um significado muito especial e significativo,
pois de um caráter muito mais voltado para a caridade e o altruísmo, o trabalho voluntário passa a
ter uma característica de vontade de mudança e transformação. Esta característica está muito ligada,
talvez, a um sentimento de responsabilidade e de culpa que, entre outros, contribuíram para o nasci-
mento da visão de responsabilidade social. Um breve histórico do trabalho voluntário na Brasil, para
termos uma idéia de sua evolução e de sua compreensão atual.
Séc. XVI – primeiras manifestações de assistência social, baseadas em princípios da caridade
cristã. Segunda metade do séc. XIX – “cruzada filantrópica” em vista da disseminação de doenças
contagiosas (órfãos, alienados, inválidos, delinquentes), trabalho essencialmente feminino com enfo-
que na caridade. A partir de 1930 – conceito de filantropia – a partir da transferência do Estado para
a sociedade civil da atenção social à grande massa de trabalhadores sem carteira assinada. Final da
década de 50 – movimentos sociais reivindicatórios estruturam organizações, sofrendo retração de
1965 a 1980 por influência do Estado. Anos 80 – corresponsabilidades das questões sociais entre Es-
tado, sociedade civil (ONGs, Fundações e empresas). Anos 90 – voluntário é o cidadão motivado pela
solidariedade e participação em prol de causas de interesse social e comunitário.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
119
Ética no Voluntariado
O trabalho solidário, por meio do voluntariado, respeita valores, regras e princípios éticos, como
em qualquer profissão. Todo voluntário possui uma motivação e, independente desta, é essencial in-
tegrar responsabilidades e ética na função a ser executada.
Sobre isso, Srour (2000, p.51) afirma:
“Os dispositivos que compõem os códigos morais traduzem valores, princípios, nor-
mas ou idéias e vão sendo aplicados pelos agentes a situações concretas. Funcio-
nam, portanto, como receituários, compêndios de prescrições ou manuais a seguir
nas mais diversas ocorrências.”
Ao optar por assumir esse papel de voluntário, o cidadão deve ter em mente que em conjunto
a isto deve adotar uma postura ética que esteja de acordo com o papel que ele está se propondo a
exercer.
De acordo com Srour apud Souza (2000, p. 57), “a ética não é uma etiqueta que a gente põe
e tira, é uma luz que a gente projeta para segui-la com os nossos pés, do modo que pudermos, com
acertos e erros, sempre e sem hipocrisia”.
Esse conceito confirma a importância da ética em todos os momentos, seja ele profissional ou
pessoal, e no trabalho voluntário a ética deve estar sempre alinhada de acordo com o objetivo do bem
social para que o trabalho tenha sentido e resultados satisfatórios para a sociedade.
Sobre isso, Neto e Froes (2001, p. 15) afirmam, “A ética da responsabilidade social veio para
superar os efeitos perversos da ética da irresponsabilidade social, dos globalismos ideologizantes, do
domínio do dinheiro em estado puro e consumismos desenfreados.”
Com isso percebemos que não basta apenas ter a idéia de adotar uma causa social, para ser um
voluntário devemos adotar a ética como fonte de princípios e como um caminho que devemos seguir
diariamente em busca dos objetivos sócias.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
120
Considerações Finais
Muita gente não dá tanta credibilidade ao trabalho voluntário. Entretanto, quem já participou
de uma atividade como essa sabe o quanto é gratificante. Além de gerar benefícios pessoais, este é o
tipo de ação que pode contribuir para o seu crescimento profissional.
No caso da empresa, a marca fica fortalecida, a produtividade aumenta e os funcionários passam
a se comprometer ainda mais, resultando na conquista de um número maior de clientes. Além disso, o
voluntariado favorece o trabalho em equipe e deixa o ambiente na organização mais agradável.
Para o empregado, ele promove a possibilidade de trabalho em grupo, desenvolvendo várias ha-
bilidades, como capacidade de resolver problemas e de propor soluções. Outra vantagem do trabalho
voluntário é que ele pode enriquecer o seu currículo e abrir portas para um novo emprego.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
121
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
122
FONTES DE PESQUISA
<http://www3.ethos.org.br/cedoc/relacionamento-com-partes-interessadas/#.Uqyi5PRDuQ5>.
<http://www3.ethos.org.br/cedoc/relacionamento-com-partes-interessadas/#.UqzM0PRDuQ5>.
<http://www3.ethos.org.br/cedoc/generosidade-o-quarto-elemento-do-triple-bottom-line/#.UqzL-
BPRDuQ4>.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
123
< http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/migracao/noticias/artigo-o-assistencialismo-e-o-bolsa-fa-
milia>.
<http://www.onu.org.br/faca-parte-da-onu/voluntariado/>.
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD): www.pnud.org.br. Disponível em:<ht-
tp://www.pnud.org.br/ODM.aspx>.
UNICEF. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Res. 217 AIII. 1948. Disponível em: http://www.
unicef.org/brazil/pt/resources_10133.htm. Acesso em jan 2016.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
124
ENFERMAGEM
Etapa 1
ANATOMIA E
FISIOLOGIA HUMANA
1 Introdução à Anatomia..................................................................................................................128
2 Anatomia Topográfica....................................................................................................................132
3 Citologia.........................................................................................................................................137
4 Histologia.......................................................................................................................................141
5 Sistema Ósseo ..............................................................................................................................156
6 Sistema Muscular .........................................................................................................................176
7 Sistema Circulatório ......................................................................................................................189
8 Sistema Respiratório .....................................................................................................................205
9 Sistema Digestivo ..........................................................................................................................220
10 Sistema Urinário .........................................................................................................................239
11 Sistema Reprodutor Masculino ..................................................................................................252
12 Sistema Reprodutor Feminino ....................................................................................................259
13 Sistema Nervoso .........................................................................................................................267
14 Sistema Sensorial ........................................................................................................................289
15 Sistema Endócrino ......................................................................................................................300
Exercícios .........................................................................................................................................310
Referências Bibliográficas ................................................................................................................325
1º Bimestre
• 20,0 pts - a critério do professor;
• 20,0 pts – Avaliação Bimestral
**Avaliação Suplementar (notas menores que 24,0 pts)
2º Bimestre
• 20,0 pts – a critério do professor;
• 10,0 pts – Mostra Científica;
• 30,0 pts – Avaliação Final;
**100,0 pts – Recuperação final (notas finais da etapa entre 40 e 59 pontos)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
127
No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda macro e microscopicamen-
te, a constituição e desenvolvimento dos seres organizados.
Ramos da Anatomia:
• Citologia: estudo da célula.
• Histologia: estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a formação de órgãos.
• Embriologia: estudo do desenvolvimento do indivíduo.
Especificamente a Anatomia (ana = em partes; tomein = cortar) macroscópica é estuda-
da pela dissecação de peças previamente fixadas por soluções apropriadas.
O homem pode ser visto como uma organização de pequenas unidades chamadas célu-
las, um agregado de células diferenciadas e semelhantes compõem um tecido. Os tecidos por sua vez for-
mam órgãos e os órgãos formam sistemas.
Os sistemas que compõe o organismo do indivíduo são: Tegumentar; Esquelético; Muscu-
lar; Nervoso; Circulatório; Respiratório; Digestório; Urinário; Genital Masculino e Feminino; Endócri-
no e o Sensorial.
Variação Anatômica.
São as diferenças morfológicas são denominadas variações anatômicas e podem apresentar-
-se externamente ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem que isso traga prejuízo funcio-
nal para o indivíduo.
Para o anatomista o padrão é o normal. Quando o desvio do padrão anatômico altera a fun-
ção, diz-se que trata de uma anomalia.
Se a anomalia for tão acentuada de modo a deformar profundamente a construção do cor-
po do indivíduo, sendo incompatível com a vida denomina-se monstruosidade, por ex. a agene-
sia do encéfalo.
Os fatores que determinam as variações anatômicas são: idade, sexo, raça, biótipo (longilí-
neo, brevilíneo, mediolíneo) e a evolução.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
128
Divisão do Corpo Humano:
Posição Anatômica
A posição anatômica é uma convenção adotada em anatomia para descrever as posições espa-
ciais dos órgãos, ossos e demais componentes do corpo humano.
Indivíduo em posição ereta (em pé, bípede), com a face voltada para a frente, o olhar dirigi-
do para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas volta-
das para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
129
Planos de Secção:
a) Plano mediano: É um plano vertical que passa através do eixo mais longo que cru-
za o corpo, dos pés até a cabeça. Divide o corpo humano em metades direita e es-
querda. O que quer que esteja situada próximo a este plano é chamado medial, e o
que está longe dele, lateral. Toda secção do corpo feita por planos paralelos ao media-
no é uma secção sagital.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
130
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
131
Eixos do Corpo Humano:
São linhas imaginárias traçada no indivíduo.
a) Sagital, ântero-posterior: une o centro do plano ventral ao centro do plano dorsal.
b) Longitudinal, crânio-caudal: une o centro do plano cranial ao centro do plano podálico.
c) Transversal, látero-lateral: une o centro do plano lateral direito ao centro do plano late-
ral esquerdo.
Decúbitos
É um termo médico que se refere a posição da pessoa que está deitada, não necessariamen-
te dormindo.
a) Decúbito dorsal ou supina: pessoa que deita com a barriga voltada para cima;.
b) Decúbito ventral ou prona: pessoa que deita de bruços.
c) Decúbito lateral: pessoa que deita de lado esquerdo ou direito.
2 ANATOMIA TOPOGRÁFICA
É a anatomia que visa, essencialmente, a orientação para aplicação médico- cirúrgia. Estu-
da os vários segmentos do corpo humano, divididos em regiões chamadas topográficas, e os órgãos ne-
las contidos. A divisão segue-se esquematizada abaixo:
I) PESCOÇO:
a) Região anterior do pescoço. Ex.: tireóide, paratireoide, faringe, laringe, traquéia, esôfa-
go cervical.
b) Região lateral direita e esquerda. Ex.: linfonodos.
c) Região posterior. Ex.: linfonodos, coluna vertebral, medula espinhal.
II) TÓRAX:
a) Cavidade pleural direita e esquerda. Ex.: pulmão direito e esquerdo, brônquios direito e es-
querdo, árvore brônquica direita e esquerda.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
132
III) ABDOME:
a) Região do hipocôndrio direito. Ex.: fígado, vesícula biliar.
b) Região do epigástrio. Ex.: Estômago, cabeça do pâncreas, duodeno, coluna vertebral, aor-
ta abdominal.
c) Região do hipocôndrio esquerdo. Ex.: baço, pâncreas (corpo e cauda).
d) Região do flanco direito. Ex.: rim direito, supra renal direita, cólon ascendente.
e) Região do mesogástrio. Ex.: cólon transverso, intestino delgado (jejuno e íleo), ureteres di-
reito e esquerdo, aorta abdominal, coluna vertebral.
f) Região do flanco esquerdo. Ex.: cólon descendente, rim esquerdo e supra renal esquerdo.
g) Região inguinal direita ou fossa ilíaca. Ex.: apêndice cecal ou vermiforme, ceco, ovário
D e tuba uterina D.
h) Região do hipogástrio. Ex.: bexiga, reto, coluna vertebral, útero, próstata, vesículas semi-
nais.
i) Região inguinal esquerda ou fossa ilíaca esquerda. Ex.: Cólon sigmoide, tuba uterina E, ová-
rio E.
Outra forma de divisão do corpo humano se dá através das linhas convencionais: Subcostal, bi-
-ilíaca e as hemiclaviculares. As regiões delimitadas pelas quatro linhas são:
a) ímpares
mediastino
epigástrio
mesogástrio
hipogástrio
b) pares
cavidade pleural Direito e Esquerdo.
hipocôndrios Direito e Esquerdo -flancos Direito e Esquerdo.
região inguinal ou fossa ilíaca Direita e Esquerda.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
133
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
134
V) MEMBROS INFERIORES.
Regiões:
a) Glútea f) Terço superior da perna
b) Terço superior da coxa g) Terço médio da perna.
c) Terço médio da coxa h) Terço inferior da perna
d) Terço inferior da coxa i) Dorsal do pé
e) Joelho - poplítea.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
135
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
136
A célula dos vegetais também é uma célula eucariota, diferenciando-se da célula dos ani-
mais por apresentar externamente à membrana plasmática a parede celular, constituída quimica-
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
137
O corpo humano é pluricelular, isto é, composto por um número muito grande de células.
Formas das células
As células possuem formas variadas. Elas podem ser: cilíndricas, estreladas, fusiformes, discói-
des, alongadas e etc.
Figura- Formas celulares.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
138
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
139
Mitocôndria:
onhecida como “centro de energia” da célula, pois é nela que a glicose se converte em ener-
gia, a energia indispensável para o trabalho celular. Função: respiração celular.
Complexo de Golgi:
Apresenta-se como um empilhamento de bolsas achatadas, rodeadas de pequenos vacúo-
los e vesículas. Função: secreção celular; armazenamento e empilhamento de proteínas; síntese de li-
pídios e glicoproteínas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
140
Retículo Endoplasmático:
Esta organela apresenta-se sob as formas de uma vesícula achatada e túbulos que se anastomo-
sam entre si. Há 2 tipos de retículos: liso (R.E.L.) e rugoso (R.E.R.).
R. E. Rugoso ou Ergastoplasma: possui aderidos ao lado externo das membranas grânu-
los chamados ribossomos.
R. E. Liso: constituído apenas por membranas, não possui ribossomos nas membranas.
Função: R.E.L.: síntese de lipídios; funciona como via de transporte no interior da cé-
lula; armazenamento de substâncias. / R.E.R.: todas do R.E.L. mais síntese protéi-
ca. Centríolos: têm forma de bastonetes e ocupam uma posição próxima ao núcleo. São 2
centríolos dispostos perpendicularmente. Função: atua na divisão celular; responsáveis por determi-
nados movimentos da célula; originam os cílios e flagelos.
Lisossomos:
Pequenas vesículas com enzimas hidrolíticas (digestivas). Função: digestão intracelular.
4 HISTOLOGIA
É o ramo da biologia que estuda os tecidos e suas funções. Ao conjunto de células semelhan-
tes entre si, que realizam a mesma função e tem a mesma origem embrionária, dá-se o nome de te-
cido.
a) Tecido Epitelial
• De revestimento.
• Glandular.
b) Tecido Conjuntivo
• Tec. Conjuntivo propriamente dito.
• Tec. Adiposo - Tec. Cartilaginoso.
• Tec. Ósseo - Tec. Sanguíneo.
c) Tecido Muscular.
d) Tecido Nervoso.
Os tecidos constituem os órgãos. Em nosso corpo, praticamente todos os órgãos são forma-
dos pela associação de mais de um tipo de tecido. No estômago, por exemplo, há um tecido especiali-
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
141
Tecido Epitelial
Possui células justapostas, com pouca ou nenhuma substância intercelular.
Reveste o corpo, forra as cavidades internas e forma as glândulas.
Não possui vasos sanguíneos e sua nutrição é feita pelo tec. conjuntivo adjacente.
Função: proteção do corpo, absorção de substâncias do meio, secreção de substâncias e percep-
ção de sensações, dependendo do órgão onde se localizam.
a) Tecido Epitelial de Revestimento
Figura- Tipos de epitélio
Reveste o corpo, as cavidades e órgãos. Recebe nome variado de acordo com o local onde é en-
contrado (pele, mucosa e serosa).
Os tecidos epiteliais que forram as cavidades de órgãos são chamados de mucosas (boca, na-
riz e etc.), e os que revestem os órgãos são as serosas (peritônio, pleura e pericárdio) .
Quanto ao número de camadas pode ser: simples, estratificado ou pseudo- estratificado.
Quanto a forma das células pode ser: cúbicas, pavimentosas, prismáticas ou de transição.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
142
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
143
Em relação à maneira de eliminar a secreção, as glândulas podem ser:
• Holócrinas – as células secretoras são eliminadas junto com a secreção. Ex.: glândulas sebáceas.
• Merócrinas – só elimina a secreção, a célula fica intacta. Ex.: glândulas salivares, sudorípa-
ras, lacrimais e gástricas.
• Apócrinas – as células perdem parte do seu protoplasma (membrana plasmática, citoplas-
ma e organelas), junto com a secreção. Ex. glândula mamária.
Figura- Tipos de células
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
144
a) Tecido Conjuntivo Propriamente Dito – TCPD
É chamado de conjuntivo típico, rico em substância intercelular com função de sustentar e nu-
trir os tecidos que não possuem vascularização, como o tecido epitelial; preenchimento de espa-
ços, e fazer conexão em dois tecidos diferentes.
O TCPD é constituído de:
• S.F.A (Substância Fundamental Amorfa) é uma espécie de gelatina que envolve as célu-
las e as fibras.
• Fibras.
Colágenas: proteína mais abundante no organismo. São grossas e resistentes. As fibras pre-
sentes na derme evitam que a pele rasgue quando esticadas;.
Elástica: proteína derivada da proteína elastina. Tem a propriedade de distender e retor-
nar ao cumprimento original.
Reticular: derivada do colágeno. Liga o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos.
• Apresenta ainda vários tipos de células, apresentando como principais tipos celula-
res do T C P D:
• Fibroblasto: produz SFA e fibras. Principal tipo celular.
• Células mesenquimais: são células indiferenciadas, capazes de originar outras células
do conjuntivo (pode originar fibroblasto, células adiposas, etc.), pois mantêm a potenciali-
dade de células embrionárias. Confere ao tec. conjuntivo alta capacidade de regeneração.
• Macrófagos: são células especializadas na defesa dos tecidos, realizam fagocitose e pinoci-
tose.
• Plasmócitos: células produtoras de anticorpos.
• Mastócitos: células produtoras de heparina e histamina.
Dependendo da quantidade de fibras, o tec. conjuntivo pode ser classificado como frou-
xo ou denso.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
145
O T.C.P.D. é também chamado de tecido conjuntivo frouxo, é delicado, flexível e está espalha-
do por todo o corpo envolvendo órgãos e preenchendo o espaço entre eles.
O tecido conjuntivo denso possui maior concentração de fibras colágenas e é mais resisten-
te. É encontrado nos tendões ( liga o músculo ao osso) e ligamentos ( liga os ossos entre si).
b) Tecido Adiposo
Tecido formado por células que acumulam gordura no seu interior, com isso o citoplasma e o nú-
cleo ficam deslocados para a periferia da célula. Estas células são chamadas de adipócitos. Este te-
cido funciona como reserva de energia, proteção contra perda de calor, contra choques mecâni-
cos e modelagem do corpo.
Figura- Reserva de gordura na celula
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
146
d) Tecido Ósseo
É o tecido formador dos ossos. Formado por tecido conjuntivo no qual as células secre-
tam fibras colágenas e fosfato de cálcio. Os cristais de fosfato de cálcio associados às fibras, fa-
zem com que os ossos sejam muito mais duros do que as cartilagens.
É um tecido de sustentação que reúne duas propriedades: rigidez e resistência. Há três ti-
pos de ossos: longos, chatos e curtos. O exame da parte interna desses ossos mostra regiões compac-
tas (sem cavidades) e regiões esponjosas (com cavidades).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
147
Um osso longo possui duas epífises e uma diáfise. Ao corte, vê-se o tecido ósseo esponjo-
so, em cujas lacunas se localizam a medula óssea vermelha (produtora de células do sangue) e na re-
gião central do osso (diáfise) localiza-se a medula amarela (tutano), onde ocorre o armazenamen-
to de gordura.
A estrutura microscópia da região periférica de um osso consiste de inúmeras unidades, chama-
das de sistemas de Havers. Cada sistema apresenta camadas concêntricas de células óssea, deposita-
das ao redor do canal de Havers onde existem vasos sanguíneos e nervos.
Os ossos são revestidos por bainhas de tecido conjuntivo o periósteo.
Figura- Periósteo
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
148
O tecido ósseo é constituído de células e substância intercelular. Tipos de células do osso:
• Osteoblastos: células jovens, apresentam longas projeções citoplasmáticas e secre-
tam a substância intercelular.
• Osteócitos: células maduras e sem projeções citoplasmáticas.
• Osteoclastos: são células especialmente ativas na destruição de áreas lesadas ou envelheci-
das do osso, abrindo caminho para a regeneração do tecido pelos osteoblastos.
Funções dos ossos: sustentação e proteção; apoio aos músculos, funcionam como um siste-
ma de alavanca; hemacitopoese ou hematopoese (formação de células sanguíneas); suprem de cál-
cio o organismo (quando o plasma sanguíneo está com excesso de cálcio, o excesso é deposita-
do nos ossos e quando o sangue está deficiente, o osso fornece o cálcio.
e) Tecido Sanguíneo:
O sangue é o único tecido líquido do nosso corpo e é formado por uma parte sólida (elemen-
tos figurados) e uma parte líquida (plasma).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
149
Os elementos figurados do nosso sangue são constituídos pelos seguintes tipos celulares:
• Hemácia (Glóbulo Vermelho ou Eritrócito): é responsável pelo transporte de gazes no in-
terior do nosso corpo. São produzidas principalmente na medula óssea vermelha. É
uma célula achatada em forma de disco e anucleada, vida curta de 120 dias. São as célu-
las mais abundandantes no sangue. No interior da hemácia encontramos o pigmento res-
piratório chamado hemoglobina, rico em ferro que pode se associar ao oxigênio (oxihemo-
globina) ou ao gás carbônico (carbohemoglobina).
• Leucócitos (Glóbulos Brancos): responsáveis pela defesa do organismo (produzir anticor-
pos e realizar fagocitose). É uma célula esférica. Há dois tipos: os granulares (apresentam
grânulos no citoplasma) e os agranulares (não apresentam grânulos no citoplasma).
Os granulares são:
• Neutrófilos: são os mais numerosos, fagocitam bactérias e corpos estranhos, o núcleo é tri-
lobado.
• Eosinófilos (ou acidófilo): participam de reações alérgicas, produzem histamina e o nú-
cleo é bilobado.
• Basófilos: menos numerosos, possuem heparina (anticoagulante) e histamina (substân-
cia vasodilatadora liberada nos estados alérgicos), núcleo irregular.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
150
• Plaquetas (trombócitos): participam do mecanismo de coagulação sanguínea. São fragmen-
tos de células.
O plasma corresponde a parte líquida do sangue e cerca de 60% de seu volume total. É inco-
lor e contém substâncias de natureza proteica como albumina; lipídios; sais minerais; glicose; água; vi-
taminas; anticorpos; enzimas; substâncias de excreção e o fibrinogênio, que em vasos traumatiza-
dos, transforma em fibrina (coagulação).
Funções do sangue: transporte de oxigênio e nutrientes para as células; recolhe gás carbôni-
co e excreções das células; produz células sanguíneas; transporte de hormônios; defesa; termorregu-
lador e garante o equilíbrio hídrico e osmótico.
Tecido Muscular
É um tecido formado por células altamente especializadas em se contrair, produzindo movi-
mentos. As células são chamadas de fibras musculares, porque são alongadas e possuem filamen-
tos de miofibrilas (proteínas contráteis).
A membrana plasmática das células é chamada de sarcolema e o citoplasma de sarcoplas-
ma. É um tecido vascularizado. Os tipos de tecido muscular são:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
151
Tecido Nervoso
É um tecido especializado em condutibilidade elétrica comportando-se como sentinela do cor-
po, sensível a estímulos externos e internos. A condução dos impulsos nervosos é feita com muita ra-
pidez, fator fundamental para a integração de complexas funções do organismo.
É responsável por receber, transportar, interpretar e responder a estímulos externos e inter-
nos. É formado por células altamente especializadas, os neurônios e por células da neuróglia.
A célula nervosa propriamente dita é denominada neurônio, especializada na condução de impul-
so elétrico. Apresenta prolongamentos citoplasmáticos (dendritos ou axônios) que partem de um cor-
po celular e possuem a seguinte estrutura:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
152
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
153
Tipos de neurônios:
• Sensitivos: levam o impulso para o S.N.C.
• Motores: levam o impulso do S.N.C. para os efetuadores (músculos e glândulas).
• Associação: fazem a conexão entre os neurônios sensitivos e motores.
Os nervos são fibras nervosas que se agrupam em feixes no S.N.P. sua classificação é:
a) Quanto à posição no sistema nervoso:
• Cranianos: quando saem do encéfalo.
• Raquidianos: quando saem da medula.
b) Quanto à condução do impulso:
• Sensitivos (aferentes): transmitem o impulso dos órgãos sensoriais para os centros nervo-
sos.
• Motores (eferentes): transmitem o impulso dos centros nervosos para os órgãos efetuado-
res (músculos e glândulas).
• Mistos: têm fibras dos dois tipos, aferentes e eferentes.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
154
Chamamos de sinapse, a região de conexão entre as ramificações de dois neurônios. A sinap-
se mais comum é entre o axônio de um neurônio e os dendritos de um outro neurônio.
Quando o axônio termina nas fibras musculares denomina-se placa motora e quando o axô-
nio termina nas glândulas denomina-se junção neuro glandular.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
155
5 SISTEMA ÓSSEO
O osso é uma estrutura formada por tecido ósseo, um tipo de tecido conjuntivo muito rígido ca-
racterizado pela presença de cálcio e fibras de colágeno.
São órgãos esbranquiçados e duros que se unem aos demais por articulações para formar o es-
queleto do corpo.
O esqueleto humano é formado por 206 ossos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
156
Os ossos formam o sistema esquelético de todos os animais vertebrados, desempenhando mui-
tas funções:
• Sustentação dos tecidos moles;
• Proteção de órgãos;
• Mobilidade;
• Armazenamento e liberação de minerais na corrente sanguínea;
• Produção de células do sangue;
• Reserva de energia (triglicérides).
• O esqueleto humano é formado por 206 ossos.
Existem dois tipos de esqueleto: o articulado e o desarticulado. Os tipos de substân-
cia óssea são a compacta formada por lamínulas de tecido ósseo estão fortemente unidas sem dei-
xar espaço entre elas. E a esponjosa formada por lamínulas óssea arranjam de forma a deixar en-
tre si espaços.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
157
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
158
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
159
f) Ossos pneumáticos: são aqueles que apresentam cavidades com ar. Exemplos: ossos fron-
tais. Ex: osso esfenóide.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
160
Divisão do Sistema Esquelético
O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:
1- Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica.
2- Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas escapulas e clavícu-
las; cintura pélvica, formada pelos ossos ilíacos (da bacia) e o esqueleto dos membros (su-
periores ou anteriores e inferiores ou posteriores).
O esqueleto axial apresenta 80 ossos; são os ossos do crânio (22), ossos da orelha (ouvi-
do) (6), costelas (24) e vértebras (26), esterno (1), e hióide (1).
E o esqueleto apendicular apresenta os ossos dos membros superiores e inferiores, cintura es-
capular e pélvica (126). Somando um total em um adulto de 206 ossos.
161
Esqueleto Axial
1. Ossos do crânio
O crânio é uma estrutura óssea que protege o cérebro e forma a face, e é formado por 22 os-
sos separados, o que permite seu crescimento e a manutenção da sua forma.
A maioria dos ossos cranianos forma pares, um do lado direito e o outro do lado esquerdo.
Para tornar o crânio mais forte, alguns desses pares, como os dos ossos frontais, occipitais e es-
fenóides, fundem-se num osso único.
Os pares de ossos cranianos mais importantes são os parietais, temporais, maxilares, zigomáti-
cos, nasais e palatinos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
162
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
163
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
164
Observações: Temos na caixa craniana a fontanela ou moleira que é o nome dado a re-
gião alta e mediana, da cabeça da criança, que facilita a passagem da mesma no canal do par-
to; após o nascimento, será substituída por osso.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
165
A coluna vertebral ou espinha dorsal é constituída por 33 ossos, as vértebras. A sobre-
posição dos orifícios presentes nas vértebras forma um tubo interno ao longo da coluna verte-
bral, onde se localiza a medula nervosa.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
166
As principais funções da coluna vertebral são:
• Realizar a proteção da medula espinhal e também dos nervos espinhais;.
• Atuar como suporte para o peso do corpo;.
• Apresenta um papel fundamental na postura e também na locomoção;.
• Serve como ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso;.
• Promove flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e para os la-
dos e ainda dar um giro sobre seu eixo maior.
O forame ou canal vertebral segue as distintas curvas da coluna vertebral. Apresenta um forma-
to grande e similar a um triangulo nas áreas onde a coluna tem maior mobilidade (cervical e lombar)
e se apresenta com um formato menor e mais redondo nas áreas onde a coluna nao apresenta muita
mobilidade (torácica).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
167
Existem discos intervertebrais situados entre os corpos de duas vértebras adjacentes indo desde
a 2º vértebra cervical até a região do sacro. Composto por um disco fibroso periférico constituido por
tecido tibrocartilaginoso sendo chamado de anel fibroso, e também por uma substância interna, de
aspecto elástico e macio, que recebe o nome de núcleo pulposo. Os discos intervertebrais formam
articulações resistentes, permitindo dessa forma vários movimentos da coluna vertebral, além de
absorver os impactos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
168
3. Caixa Torácica
Formada pelas costelas e pelos osso externo eles protegem o coração, os pulmões e os princi-
pais vasos sanguíneos. A musculatura da caixa torácica é responsável, juntamente ao diafragma, pe-
los movimentos respiratórios.
É formada pelas costelas, que são ossos achatados e curvos que se unem, dorsalmente a co-
luna vertebral e, ventralmente, ao esterno. A maioria das pessoas possui 12 pares de costelas. Algu-
mas tem uma extra (mais comum em homens que mulheres).
Os dois últimos pares de costelas são ligados à coluna vertebral, não se ligam ao esterno (as cos-
telas flutuantes).
Elas são 24 e estão dispostas em 12 pares:
• Verdadeiras: I a VII possuem cartilagem própria e articulam com o esterno.
• Falsas: VIII a X não articulam com o esterno, mas com a cartilagem da VII costela.
• Flutuantes: XI e XII não possuem cartilagem, são livres.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
169
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
170
1. Membros Superiores
Estão incluídos os ossos da cintura escapular, braço, antebraço e mão. São todos em pares.
A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e pélvica.
A cintura escapular possui dois pares de ossos: uma clavícula e uma escápula, sen-
do um de cada lado. A clavícula mede aproximadamente quinze centímetros de comprimento pare-
cendo ser reta se vista em sua porção anterior, porém é curva quando vista superiormente.
A escápula é um osso triangular, plano, que possui duas faces: a costal, localizada próxima às cos-
telas e a dorsal; possui três bordas, a medial, a lateral e a superior, e três ângulos, o superior, o late-
ral e inferior.
O complexo do ombro não apenas proporciona uma ampla variação para a coloca-
ção das mãos como também executa importantes funções de estabilização para o uso da mão, le-
vantar e empurrar, elevação do corpo, inspiração e expiração forçadas e até mesmo sustenta-
ção de peso como andar de muletas ou “plantar bananeira”.
Figura- Vista frontal do torax
Os ossos dos membros superiores podem ser divididos em quatro segmentos:
• Cintura Escapular - Clavícula e Escápula.
• Braço - Úmero.
• Antebraço - Rádio e Ulna.
• Mão - Ossos da Mão
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
171
Os ossos do carpo são: 8 ossos: trapézio, trapezóide, capitato, hamato, piramidal, psiforme, se-
milunar, escafoide. O metacarpo é compostos por 5 ossos: os metacarpianos.
Já as falange são dividias em proximal, média, distal.
Figura- Anatomia dos membros superiores
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
172
2. Membros Inferiores
Os ossos dos membros inferiores podem ser divididos em quatro segmentos:
• Cintura Pélvica - Ilíaco (Osso do Quadril);.
• Coxa - Fêmur e Patela;.
• Perna - Tíbia e Fíbula;.
• Pé - Ossos do Pé.
Os membros inferiores tem função de sustentação do peso corporal, locomoção, tem a capaci-
dade de mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio. Os membros inferiores são conecta-
dos ao tronco pela cintura pélvica. Da mesma forma que a cintura escapular é a junção entre mem-
bros superiores e tronco, a cintura pélvica é a junção entre membros inferiores e tronco. Preste atenção,
quando falamos em osso do quadril estamos nos referindo ao ílio, ísquio e púbis.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
173
O tarso é composto por 7 ossos: talus, calcâneo, cubóide, navicular, cuneiforme medial, cunei-
forme intermédio, cuneiforme lateral. O metatarso é composto por 5 ossos, os metatársicos. E as fa-
langes são divididas em proximal, média, distal.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
174
O esqueleto humano apesar de ter seus ossos definidos apresenta diferenças entre o sexo femi-
nino e o masculino, dentre elas destaca-se:
Figura- Esqueleto humano
175
Características
O músculo é composto por fibras, apresenta forma alongada, parte central alargada (ventre, por-
ção carnosa contrátil) e extremidades com aspecto afunilado que ficam afixados aos ossos ou então
aos órgãos através de tendões ou aponeuroses.
Cada fibra muscular corresponde a uma célula fina e longa, que apresenta vários núcleos e fila-
mentos que preenchem seu citoplasma. O conjunto de fibras compõe o feixe muscular e cada músculo
apresenta varios feixes.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
176
Classificação
Dependendo da função que exerce, algumas áreas do corpo acabam apresentando uma muscu-
latura difereciada:
a) Musculatura estriada esquelética
Esta musculatura encontra-se presente nas camadas mais superficiais do corpo e está ligada às
cartilagens e também aos ossos através de tendões ou aponeuroses. Seus movimentos são voluntá-
rios, ou seja, responde a comandos pela vontade. Reveste todo a parte óssea, possibilitando um maior
controle dos movimentos da face, braços, pernas, etc.
b) Musculatura lisa ou visceral
É responsável pelo movimento de alguns órgãos como o estômago, esôfago e os intestinos, so-
fre contrações involuntárias, ou seja, que independe de nossa vontade. Faz parte da grande maioria
dos vasos e também controla o fluxo sanguíneo por meio das artérias e veias.
** Cólicas: corresponde a fortes contrações que envolvem as fibras musculares lisas, e por isso
acaba provocando dores intensas.
c) Musculatura estriada cardíaca
Corresponde ao músculo também conhecido como miocárdio, é responsavel pelos batimentos
cardíacos e se contrai de forma involuntária e vigorosa embora seja composto por fibras estriadas.
Principais Músculos do Corpo Humano
1. Músculos da Cabeça
Os músculos que compõem a cabeça estão reunidos em duas categorias: os músculos da região
da face e os músculos que atuam na mastigação.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
177
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
178
Principais músculos do pescoço
Muitos músculos estão envolvidos no movimento da cabeça e dos ombros e participam da movi-
mentação das estruturas da garganta. Os principais são: esternocleidomastóideo, platisma e trapézio.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
179
Trapézio:
Se insere na base do osso occipital na cabeça, e nos processos espinhosos das vértebras da par-
te superior da coluna vertebral (cervicais e. torácicas). A contração do trapézio estende a cabeça, tra-
cionando-a na direção posterior, de maneira que a face olha para cima. O trapézio funciona de maneira
antagônica ao músculo esternocleidomastóideo, que flexiona e inclina a cabeça para frente. O tra-
pézio também está fixado no ombro.
Platisma:
Participa no processo de rotação da cabeça
Figura- Músculos da face e pescoço
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
180
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
181
3. Principais músculos do tronco
Os músculos do tronco estão envolvidos na respiração, nos movimentos da coluna verte-
bral e na formação das paredes do abdome e da pelve.
Músculos Envolvidos na Respiração
Os músculos do tórax incluem os músculos intercostais e o diafragma. Esses músculos são os prin-
cipais responsáveis pela respiração.
Os músculos intercostais (externos e internos) estão situados entre as costelas, e são responsá-
veis por elevar e abaixar o arcabouço costal durante a respiração.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
182
O diafragma é um músculo em forma de domo (cúpula), que separa a cavidade torácica da ca-
vidade abdominal e é o principal músculo da inalação, a fase inspiratória da respiração. Sem a con-
tração e o relaxamento dos músculos intercostais e do músculo diafragma, a respiração não pode-
ria ocorrer.
Peitoral Maior: Atua na adução, rotação medial, flexão e flexão horizontal do ombro.
Grande dorsal – situa-se na região inferior das costas, tendo como função principal levar o bra-
ço para trás; - Grande dentado – situa-se na parte lateral do tórax, promovendo a elevação das coste-
las, ajudando, dessa forma, o processo de respiração.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
183
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
184
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
185
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
186
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
187
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
188
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
189
Pressão osmótica:
Corresponde a força composta por água e sais minerais que exerce uma pressão sobre a pasas-
gem da água por entre uma membrana do meio menos concentrado para outro mais concentrado.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
190
Proteínas do Plasma:
Albumina: realiza o transporte de medicamentos, ácido biliar e bilirrubina, alem de manter a
pressão osmótica uniforme no plasma, proporcionando a troca de água entre o sangue e os tecidos.
Globulinas: realizam o transporte de ferro e outros metais, vitaminas, hormônios, lipídios. - ga-
maglobulinas (anticorpos): realizam a proteção do organismo e por essa razao recebem o nome de
imunoglobulinas.
Fibrinogênio: é um composto necessário para a formação de fibrina, na etapa final da coagula-
ção sangüínea.
Glóbulos vermelhos:
Também conhecidos como hemáceas ou eritrócitos, estes elementos estão em maior quantida-
de no sangue. Não apresentam núcleo e seu pigmento é rico em ferro, chamado de hemoglobina, que
faz com que o sangue apresente a coloração avermelhada e apresenta a função de conduzir o oxigênio
para as células. Quando ocorre alguma interferência no transporte de oxigênio para as celulas aconte-
ce o que chamamos de cianose.
As hemáceas sao produzidas nas medulas vermelhas presentes nos ossos longos e vivem cerca
de 120 dias. Quando morrem sao conduzidas pelo próprio sangue para a região do baço, onde serão
fragmentadas.
O valor de referência dos eritrócitos é de 4,5 a 5 milhões/ml de sangue, o hematócrito, ou
seja, a porcentagem de eritrócitos no sangue é de 45%.
Tipos sanguíneos:
As células do sangue apresentam certos elementos (aglutinógenos), geneticamente estabeleci-
dos, que recebem o nome convencional de A e B. Essas células estabelecem o tipo sanguíneo apre-
sentado pelo indivíduo, e são:
• tipo A – com hemácias que só contêm o elemento A;.
• tipo B - com hemácias que só contêm o elemento B;.
• tipo AB - com hemácias que contêm os dois elementos;.
• tipo O - com hemácias “vazias”, ou seja, sem aglutinógeno.
Além destes , existe também o fator Rh. A grande maioria da população apresenta o aglutinóge-
no Rh, sendo chamadas de Rh+.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
191
Plaquetas:
As plaquetas também são consideradas elementos de grande relevância no sangue.
O corpo apresenta cerca de 250 a 450 mil plaquetas/ml de sangue, e elas atuam no processo
de coagulação sanguínea, onde caso nao existissem correriamos o risco de perder todo o sangue por
meio de qualquer ferimento.
Cascata de Coagulação:
A partir do momento em que um vaso sanguíneo é lesionado, um processo chamado de hemos-
tasia é iniciado para imperdir a perda de sangue. O vaso que sofreu a lesão, se contrai, movimento
este chamado de vasoconstrição, e as plaqueas que circulam pelo sangue passam a ficar agregadas no
local da lesão, formando assim um tampão plaquetário.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
192
Vias de Circulação Sanguínea
Os v.asos sanguíneos são inervados pelo nervo simpático, que apresenta ação vasoconstritora,
ou seja, ele reduz o calibre dos vasos, e também pelo nervo parasimpático, que possui efeito contrário
ao do nervo simpático, ou seja, ele apresenta ação vasodilatadora, elevando o calibre dos vasos. A
ação desses dois feixes nervosos é que mantém a tonicidade e o diâmetro dos vasos sanguíneos Os
vasos sanguíneos são constituidos por tubos que recebem o nome de artérias e veias. A diferenciação
entre ambos se dá por meio do fluxo que cada um segue e também pela tipicidade do sangue que por
eles passam. Qualquer interrupção desse fluxo pode causar a morte da célula e portanto ocasionar
uma lesão tecidual.
Formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em direção aos tecidos do cor-
po e de volta ao coração. Os vasos sanguíneos podem ser divididos em sistema arterial e sistema
venoso:
a) Sistema Arterial: Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração, vão se ramifican-
do, cada ramo em menor calibre, até atingirem os capilares.
b) Sistema Venoso: Formam um conjunto de vasos que partindo dos tecidos, vão se formando
em ramos de maior calibre até atingirem o coração.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
193
Veias:
As veias por sua vez apresentam parede muscular fina, que se contrai ou se expande de acordo
com a necessidade. Não apresentam pulsação e atuam como reservatórios do sangue que por elas se
movimentam.
Conduzem o sangue já utilizado pelo organismo, sendo este rico em detritos e gás carbônico. A
medida que se aproxima do coração o diâmetro das veias vão aumentando de forma gradativa.
Apresentam válvulas na parte interna, em especial nos membros inferiores e superiores, para di-
recionar o fluxo sangüíneo no sentido do coração e evitar o refluxo.
Quando essas válvulas perdem parte de sua funcionalidade as veias se dilatam e surgem as varizes.
Figura- Tipos de vasos sanguíneos
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
194
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
195
Diapedese
Passagem dos leucócitos do sangue para os demais tecidos. Faz-se atravessando os vasos capila-
res. Este processo ocorre geralmente quando uma parte do organismo fica lesionada, onde o proces-
so de inflamação é necessário. Resumidamente, a diapedese é a saída dos glóbulos brancos dos va-
sos sanguíneos.
Figura- Diapedese
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
196
Ao todo o coração apresenta quatro câmaras, que recebem o nóme de átrios (superiores)
e ventrículos (inferiores). Os átrios armazenam o sangue oriundo das veias, motivo este que faz com
que suas paredes sejam delgadas.
Os ventrículos por sua vez apresentam uma parede muscular mais espessa tendo em vista que
eles são responsáveis por inserir sangue nas artérias e por isso necessitam de maior força para vencer
a resistência vascular. Figura- Estrutura anatômica do coração Disponível em: www.algosobre.com.br
› Vestibular › Biologia. Acesso em jan 2016.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
197
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
198
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
199
O coração é um órgão inervado tanto por nervos simpáticos como parassimpáticos, que por
sua vez afetam a função cardíaca, modificando sua frequência ou força de contração do miocárdio.
O nervo simpático promove o aceleramento dos batimentos do coração e eleva a força de contração
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
200
Mecanismos do sistema circulatório
1. Pequena circulação (Pulmonar)
Na pequena circulação, o sangue venoso que se encontra no ventrículo direito vai para as ar-
térias pulmonares dirigindo-se para os pulmões percorrendo os capilares pulmonares, onde se reali-
za a hematose, ou seja, as trocas gasosas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
201
2. Grande circulação (sistêmica)
A grande circulação, ou circuito sistêmico, é a designação dada à parte da circulação sanguí-
nea que se inicia no ventrículo esquerdo. Dali, o sangue (sangue arterial) é bombeado pela contra-
ção do ventrículo esquerdo para a artéria aorta. Esta divide-se para os órgãos principais do nosso cor-
po (com exceção dos pulmões), onde se utiliza o oxigênio.
O sangue venoso ou seja, o que é pobre em oxigênio, (nesta etapa da circulação, já que o mes-
mo não acontece na pequena circulação) volta ao coração pelas veias cavas, introduzindo-se as-
sim na aurícula direita.
Da aurícula o sangue passa para o ventrículo direito através do orifício atrioventricular, onde exis-
te a válvula tricúspide. Assim, a grande circulação começa no ventrículo esquerdo e termina no átrio di-
reito.
Ventrículo esquerdo → Tecidos → Átrio direito (Coração → corpo → coração)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
202
Simplificando: Enquanto o ventrículo direito impulsiona o sangue para os pulmões (através da pe-
quena circulação), o ventrículo esquerdo o impulsiona para os tecidos do corpo (através da grande cir-
culação), sob pressão bem maior.
Vasos linfáticos
Além do sistema cardiovascular , o corpo também apresenta outro sistema que atua com fluxo
de líquido corporal: o sistema linfático. Esse sistema nada mais é do que o conjunto formado pelos va-
sos linfáticos, pela linfa e também pelos órgãos como o baço, linfonodos, as tonsilas palatinas e o timo.
A linfa consiste em um líquido de cor clara, ligeiramente amarelado, que circula lentamente pelo
nosso corpo por meio dos vasos linfáticos. Parte do plasma presente no sangue extravasa de forma
continua dos vasos capilares, e esse excedente acaba formando um material líquido entre as celulas
teciduais do organismo. Esse líquido recebe o nome de líquido intercelular ou intersticial.
Uma porção desse líquido intersticial sofre refluxo para os capilares sanguíneos, carregando
consigo vários resíduos e tambem gás carbônico. A outra parte que corresponde a linfa é recolhida
pelos capilares linfáticos onde estes transporta a linfa até os vasos de maior calibre, que são chamados
de vasos linfáticos. Esses vasos são similares às veias, por sua vez terminam em grandes veias, onde a
linfa é finalmente liberada e acaba se misturando com o sangue.
Ao longo de sua trajetória, os vasos linfáticos passam por dentro de pequenos órgãos globulares
chamados de linfonodos. Os vasos linfáticos passam também por certos órgãos como as tonsilas pala-
tinas, também conhecidas como amídalas, e o baço.
Os linfonodos atuam na filtragem da linfa, e dela removem as partículas estranhas e, tam-
bém destroem as bactérias. Portanto, os linfonodos desempenham um papel importante, promoven-
do a retenção de microrganismos ou células mortas, evitando dessa forma que um processo infeccio-
so se instale no organismo ou cause pertubações em outros pontos.
No entanto, por vezes, o processo infeccioso é tão forte que causa uma proliferação significativa
das células dos linfonodos.
O sistema linfático nao apresenta um órgão que seja equivalente ao coração. Dessa forma a
linfa, não é bombeada como o sangue. Ainda assim, ela se desloca tendo em vista que as contrações
musculares acabam comprimindo os vasos linfáticos causando assim o fluxo da linfa.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
203
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
204
Divisão funcional
Porção condutora: cavidade nasal, boca, nasofaringe, faringe, laringe, traquéia, brônquios (pri-
mário, secundário, terciário), bronquíolos e bronquíolos terminais.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
205
Zona de Condução
1. Faringe
2. Epiglote
3. Laringe
4. Esôfago
Porção de condução e respiração
1. Traqueia
2. brônquio primário
3. brônquio secundário
4. brônquio terciário
5. bronquíolo terminal
6. bronquíolo respiratório
7. alvéolos
Boca
A boca só participa do sistema devido à necessidade de liberar o ar interno durante a fala.
Fossas Nasais
São duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe.
Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal.
Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Têm as fun-
ções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.
Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também pre-
sentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traquéia, brônquios e porção inicial dos bronquí-
olos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
206
A cavidade nasal contém várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios parana-
sais é drenado.
Os seios paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal.
Faringe
É um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fos-
sas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atin-
gir a laringe.
Integra tanto o sistema respiratório (pois conduz o ar para a laringe) como o digestório (pois re-
passa os alimentos para o esôfago).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
207
Laringe
É um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pesco-
ço, em continuação à faringe.
O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilagino-
sas da laringe.
O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons du-
rante a passagem de ar.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
208
Traquéia
É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimen-
to, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos.
Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Deles par-
tem algumas ramificações conhecidas como bronquíolos, que desembocam nos alvéolos pulmonares.
Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em sus-
pensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e en-
golidas ou expelidas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
209
Brônquios
Cada brônquio principal estende-se da bifurcação da traqueia, ao hilo do pulmão correspondente.
O brônquio principal direito tem 3 cm de comprimento, é mais curto e mais calibroso que o es-
querdo que possui 5 cm de comprimento e é menos calibroso.
Os brônquios penetram no pulmão através do hilo do pulmão. Esses brônquios ramificam-se vá-
rias vezes, originando os bronquíolos, que terminam nos alvéolos pulmonares onde ocorre a troca ga-
sosa.
Os brônquios têm estruturas semelhantes a da traqueia. Quando penetram nos pulmões, jun-
to a eles entram as artérias, vasos linfáticos e nervos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
210
Brônquio Principal Esquerdo:
• Brônquio lobar superior E
• Brônquio lobar inferior E
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
211
Pulmão Direito
• 3 lobos: superior, médio e inferior
• 2 lobos: superior e inferior
Pulmão Esquerdo
• 2 fissuras: oblíqua e horizontal
• 1 fissura: oblíqua
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
212
Diafragma
A base de cada pulmão apoia-se no diafragma, um fino músculo que separa o tórax do abdô-
men (presente apenas em mamíferos) promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os mo-
vimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimen-
tos do diafragma
Figura- Diafragma
Músculos da respiração
Os músculos que fazem aumentar ou diminuir de volume o tórax, são chamados músculos res-
piratórios e são: -
• Diafragma: separa o tórax do abdome e é o mais importante da respiração (inspiração e ex-
piração).
• Intercostais externos: forçam o esterno para frente, alargando o diâmetro do tórax (inspira-
ção).
• Intercostais internos: forçam o esterno para trás, diminuindo o diâmetro do tórax (expira-
ção).
• Grande e pequeno peitoral: numa respiração forçada.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
213
• Cavidade nasal (nariz);.
• Cavidade oral (boca);.
• Faringe (Nasofaringe, orofaringe e laringofaringe ou hipofaringe).
Destas três, a nasofaringe é exclusivamente via aérea, a laringofaringe é exclusivamente via di-
gestiva e a orofaringe é um caminho comum ao ar e aos alimentos.Vias Aéreas Inferiores:
• Laringe.
• Traquéia;.
• Brônquios/bronquíolos;.
Pulmões/alvéolos pulmonares.
O acesso às vias aéreas superiores é direto e sua visualização é quase completa, exceto pela na-
sofaringe (região posterior à cavidade nasal e póstero-superior à úvula - “campainha”.
Fisiologia da Respiração
A respiração pode ser interpretada como: processo de trocas gasosas entre o organis-
mo e o meio, conjunto de reações químicas do metabolismo energético (respiração celular).
A entrada e saída de ar nos pulmões depende da diferença entre a pressão atmosférica e a pres-
são intrapulmonar (ação dos músculos respiratórios - músculos intercostais e diafragma); O ar se mo-
vimenta do local de maior pressão para o local de menor pressão.
O Processo Respiratório está dividido em:
Inspiração: Processo pelo qual o ar atmosférico penetra pelo nariz e chega até os pulmões.
• Contração dos músculos intercostais e diafragma;.
• Aumento do volume da caixa torácica;.
• Diminuição da pressão intrapulmonar;.
• Entrada de ar.
Expiração: Processo pelo qual o ar atmosférico presente nos pulmões é liberado para o ambiente.
• Relaxamento dos músculos intercostais e diafragma;.
• Diminuição do volume da caixa torácica;.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
214
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
215
Ventilação pulmonar
O movimento de inspiração provoca a entrada de ar nos pulmões por meio da contração do
diafragma e também dos músculos intercostais.
A medida que o diafragma abaixa, as costelas elevam-se causando o aumento da caixa torácica
e isso faz com que a pressão interna diminua em relação a pressão externa, forçando o ar a entrar nos
pulmões. A expiração por sua vez provoca a saída de ar dos pulmões através do processo inverso, ou
seja, por meio do relaxamento do diafragma e dos músculos intercostais.
A medida que o diafragma eleva-se, as costelas abaixam fazendo com que haja uma redução
do volume da caixa torácica e com isso a pressão interna aumenta forçando o ar a sair dos pulmões.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
216
Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-
-se pelo líquido tissular, atingindo as células.
Grande parte do gás carbônico (cerca de 70%) que é liberado pelas células em direção ao líquido
tissular consegue penetrar nas hemácias e reage com a água, dando origem ao ácido carbônico, que
logo será dissociado dando origem a ions H+ e também a bicarbonato (HCO3-), que se difunde para
o plasma sanguíneo, onde dessa forma auxiliam na manutenção do grau de acidez do sangue. Cerca
de 23% do gás carbônico liberado pelos tecidos conseguem se associar à propria hemoglobina, dando
origme a chamada carboemoglobina. O restante de gás carbônico se dissolve no plasma.
Hematose
Transformação ocorrida no sangue, antes rico em gás carbônico e depois rico em oxigê-
nio, nos pulmões. Nos glóbulos vermelhos encontra-se um pigmento que dá cor ao sangue, denomi-
nado hemoglobina.
Nos pulmões a hemoglobina combina com o oxigênio formando oxiemoglobina. Esta liga-
ção é instável, quando o sangue atinge os tecidos, desfaz a ligação e o oxigênio é cedido para as cé-
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
217
Tipos de respiração
• Eupneia: respiração normal.
• Apneia: parada dos movimentos respiratórios.
• Taquipneia: aumento da frequência respiratória.
• Bradipneia: diminuição da frequência respiratória.
• Anóxia: falta ou deficiência de oxigênio nos tecidos.
• Cianose: designação dada a cor azulada da pele e mucosas causadas por baixas concentra-
ções de oxiemoglobina. A cor azul é mais pronunciada nos lábios, orelhas e pontas dos de-
dos. É sinal visível de anóxia.
Controle da respiração
Estando em repouso, a frequência respiratória é de 12 a 20 movimentos por minuto. A respira-
ção é regulada de forma automática por meio de um centro nervoso situado na região do bulbo.
Desse centro partem os nervos que são responsáveis pela contração muscular do sistema respi-
ratório (diafragma e músculos intercostais).
O centro nervoso também transmite sinais nervosos por meio da coluna espinhal onde estes
sinais seguem para os músculos da respiração.
O músculo de maior relevância na respiração é o diafragma, pois ele recebe os sinais respirató-
rios por meio de um nervo especial chamado nervo frênico que parte da medula espinhal, na porção
superior do pescoço, e segue em direção para baixo por meio do tórax até chegar ao diafragma.
Os sinais enviados para os músculos que atuam no movimento de expiração são transmitidos
para a parte baixa da medula espinhal, para os nervos espinhais que inervam os músculos.
É possivel que a respiração seja afetada pelos impulsos gerados pela estimulação psíquica ou
sensorial do córtex.
Estando sob condições normais, o centro respiratório gera a cada 5 segundos um impulso nervo-
so que promove a estimulação da contração muscular torácica e também do diafragma, dando inicio
ao movimento de inspiração.
O centro respiratório pode elevar ou reduzir tanto a amplitude quanto a frequência dos movi-
mentos respiratórios, tendo em vista que ele apresenta quimiorreceptores, sendo estes muito sensí-
veis ao pH do plasma.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
218
Mecanismos de defesa do sistema respiratório
Contra microorganismos do meio externo e sangue:
• Retenção nas fossas nasais (partículas > 10 µm).
• Retenção no muco do epitélio (2 a 10 µm).
• Reflexo de tosse.
• Macrófagos.
• BALT (linfócitos T)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
219
Estruturas:
O tubo digestivo é constituído pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intesti-
no grosso, ampola retal ou reto e ânus, e por órgãos auxiliares da digestão denominados órgãos ane-
xos: o pâncreas, a vesícula biliar e o fígado.
Os órgãos digestivos são revestidos por células epiteliais cuja função é fabricar o muco que per-
mite o deslizamento do bolo alimentar e secretar as enzimas que irão quebrar as grandes moléculas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
220
Boca
É o primeiro órgão do aparelho digestivo. Possui duas estruturas importantes para a diges-
tão: a língua e os dentes.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
221
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
222
Em sua primeira dentição o ser humano apresenta 20 peças que são chamadas de dentes de
leite. A medida que os maxilares vão crescendo, os dentes de leite vão sendo substituidos por outros
32 dentes do tipo permanente.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
223
Glândulas Salivares
Existem três pares de glândulas salivares que expelem sua secreção diretamente na cavidade
bucal: sublingual, submandibular e parótida. Os sais da saliva promovem a neutralização das subs-
tâncias ácidas e também consegue manter na boca um pH neutro a levemente ácido, sendo que esta
condição é ideal para a ação da ptialina.
Ela apresenta-se no estado líquido aquoso, incolor, insípido. E suas principais funções são:
• Digestiva: possui enzima ptialina (amilase salivar) que vai agir sobre o amido. pH 7.
• Umedece a mucosa da boca, língua e faringe facilitando a mastigação, fonação e deglutição.
• Protege a cavidade bucal diluindo substâncias irritantes e ajustando temperaturas al-
tas ou baixas dos alimentos.
• Remove os resíduos de alimentos ( limpeza dos dentes).
• Lubrifica o bolo alimentar e inicia a digestão.
• É o solvente universal dos alimentos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
224
Faringe
A faringe é um órgão tubular que com prolongação para baixo no pescoço com a forma de um fu-
nil, seu tamanho varia de 12 à 15 cm de comprimento e de cerca de 35 mm em seu início e cer-
ca de 15 mm no seu término. Possui comunicação com o esôfago, fossas nasais e os ouvidos.
A faringe situa-se atrás das fossas nasais e a frente às vértebras cervicais, se mantém ligada a la-
ringe e o esôfago.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
225
Esôfago
O esôfago corresponde ao canal que faz a ligação entre a faringe e o estômago, está situado
entre os pulmões logo atrás do coração e atravessa o músculo diafragma, que é o músculo que separa
o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva em torno de 5 a 10 segundos para percorre-lo. O Esôfa-
go continua o trabalho da Faringe, transportando os alimentos até o estômago, devido aos seus movi-
mentos peristáltico s (contrações involuntárias).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
226
Estômago
O estômago é um órgão do tubo digestivo, caracterizando-se por ser um segmento dilatado, situ-
ado na cavidade abdominal, abaixo do diafragma, vindo logo após o esôfago e anteriormente ao duode-
no. Este órgão exerce funções endócrinas e exócrinas, digerindo os alimentos e secretando hormônios.
Suas principais funções são continuar a digestão de carboidratos que foi iniciada na boca atra-
vés da adição de um fluído ácido ao alimento ingerido, transforma este bolo alimentar no denomina-
do quimo (massa viscosa) através da atividade muscular e, através da enzima pepsina, iniciar a diges-
tão das proteínas.
Produz também uma lípase gástrica, que com o auxílio da lípase lingual, digere os triglicerí-
deos. O estômago dos seres humanos possui um volume de, aproximadamente 50 mL quan-
do está vazio, podendo expandir para 4L de capacidade. Quando está vazio, tem o formato de um
“J” maiúsculo, onde duas partes se unem por ângulos agudos, para estudos anatômicos o estôma-
go é divido em partes, como visualizado na figura abaixo:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
227
Intestino Delgado
O intestino delgado consiste em um tupo que mede cerca de 6 m de comprimento por 4 cm
de diâmetro e se divide em 3 regiões: duodeno (maior porção), jejuno (porção intermediária) e íleo
(menor porção).
A região do duodeno situa-se na parte superior do intestino e apresenta a forma de ferradura
no qual compreende o piloro, esfíncter muscular da porção inferior do estomago no qual este elimi-
na seu conteúdo no intestino.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
228
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
229
Intestino Grosso
O intestino grosso é a região do intestino onde ocorre a absorção de água, tanto a que é inge-
rida quanto a das demais secreções digestivas. Está dividido em seis porções: ceco, cólon ascenden-
te, transverso, descendente, curva sigmóide e reto.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
230
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
231
Órgãos Anexos
Pâncreas
O pâncreas consiste em uma glândula do tipo mista, que mede cerca de 15cm de comprimento
e apresenta um formato triangular. Situa-se de forma transversal sobre a parede posterior da cavidade
abdominal, mais precisamente na alça formada pelo duodeno, sob o estômago.
O pâncreas é composto por uma cabeça, um corpo e uma cauda afilada. A sua cabeça se encaixa
perfeitamente no quadro duodenal.
A secreção externa é direcionada para o duodeno através dos canais de Wirsung e de Santorini.
O canal de Wirsung termina ao lado do canal colédoco na ampola de Vater.
O pâncreas apresenta dois órgãos imbricados: pâncreas exócrino e o pâncreas endócrino. O
primeiro é responsável por produzir enzimas digestivas em estruturas chamadas de ácinos. Estes por
sua vez estão associados por meio de condutos finos, que é por onde a sua secreção é conduzida até
um condutor maior, que termina no duodeno, durante a digestão.
O pâncreas endócrino é responsável por secretar os hormônios insulina e glucagon, já trabalha-
dos no sistema endócrino.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
232
Fígado
Corresponde ao maior órgão interno do nosso corpo e também é considerado um dos órgãos
vitais. Dentre as visceras é a que possui maior volume, pensando cerca de 1,5kg em um homem adulto
e na mulher chega a pesar entre 1,2 e 1,4 kg.
Sua cor é arroxeada, apresenta uma superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. Está
localizado no quadrante superior direito da cavidade abdominal.
O tecido hepático é composto por pequenas formações que são chamadas de lobos, consti-
tuidos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, e rodeadas por canalículos, pelos quais pas-
sa a bile, secretada pelos hepatócitos.
A união desses canais forma o que chamamos de ducto hepático onde, juntamente com o ducto
proveniente da vesícula biliar, compõe o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duo-
deno.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
233
Funções:
• Eliminar a bile, líquido este que age na emulsão das gorduras que são ingeridas, favorecen-
do, a ação da enzima lipase;.
• Retirar moléculas de glicose presentes no sangue, reunindo-as através de processos quími-
cos para formar glicogênio, que é armazenado. Nos momentos de carência, o glicogênio é
reconvertido em glicose que voltam para a corrente sanguínea;.
• Armazenar vitaminas e ferro em suas células;.
• Realizar a metabolização dos lipídeos;.
• Promover a síntese de várias proteínas existentes no sangue, de fatores imunológicos e de
coagulação e também de substâncias que transportam oxigênio e gorduras;.
• Degradar o álcool e outras substâncias tóxicas, favorecendo a desintoxicação do organis-
mo;.
• Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, convertendo sua hemoglobi-
na em bilirrubina, que é o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
234
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
235
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
236
Processo Digestório
O processo digestório é iniciado na boca, que por sua vez é composta pelos dentes, lingua, pala-
to duro, palato mole e três pares de glândulas: as parótidas, as lublinguais e as submandibulares, que
são responsáveis pela liberação da saliba, chamadas de glândulas salivares maiores tendo em vista
que além delas também existem glândulas salivares esparsas e pequenas.
Estas glândulas eliminam em torno de um litro a um litro e meio de saliva todos os dias, e esta é
constituida por água que ajuda na diluição do bolo alimentar e também por enximas.
O alimento é triturado pelos dentes e com a ajuda da língua ele é empurrado no sentida da farin-
ge em um processo chamado de deglutição. Na boca o alimento alem de ser triturado já sofre o inicio
da digestão por meio da atuação de uma enzima que é liberada pelas glândulas salivares, chamada
de amilase salivar ou ptialina, onde sua função consiste em digerir o amido e também os carboidratos
presentes no bolo alimentar.
As glândulas salivares são reguladas por meio do sistema nervoso autônomo, no entanto alguns
fatores físico-quimicos podem interferir no seu processo de secreção.
Para evitar que restos de alimentos fiquem retidos entre os dentes e venham a apodrecer, cau-
sando cáries, o que dificulta a mastigação e conseqüentemente a digestão, todas as pessoas de-
vem, após as refeições ou consumo de doces em horários intermediários, realizar uma higiene bu-
cal correta, mediante uma boa escovação.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
237
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
238
Absorção dos Nutrientes
Os nutrientes resultantes do quilo são absorvidos por células da mucosa intestinal (intestino
delgado) em estruturas denominadas microvilosidades, posteriormente transferidas para a corren-
te sangüínea, que se encarregará de levá-los para todo o corpo.
Por meio de um esfíncter chamado íleo-cecal, os resíduos que não sofreram absorção pelo intes-
tino delgado, vão sendo direcionados para o intestino grosso.
Chegado ao intestino grosso, esses resíduos perderão água e endurecerão, formando o chama-
do bolo fecal, o qual passará pela ampola retal através de movimentos peristálticos, sendo posterior-
mente eliminado pelo ânus pelo processo de defecação.
10 SISTEMA URINÁRIO
O sistema urinário é composto pelos órgãos uropoéticos que são responsáveis por produzir a
urina e armazena-la de forma temporária até que a mesma tenha a chance de ser eliminada para for
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
239
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
240
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
241
Cada rim é constituído por 1 a 4 milhões de néfrons; São as unidades funcionais dos rins, pois são ca-
pazes de realizar todas a funções renais.
Cada rim apresenta:
• duas faces: anterior e posterior.
• duas bordas: medial e lateral. Na medial possui o hilo renal, por onde passa a artéria re-
nal, veia renal e ureter.
• duas extremidades (pólos): superior (possui a glândula supra-renal) e inferior.
Os rins estão envolvidos por uma cápsula fibrosa. Internamente são formados por duas cama-
das:
• Camada cortical, córtex renal (Cápsulas de Bowman e os glomérulos renais).
• Camada medular, medula renal (pirâmides de Malpighi – é o conjunto das alças de Hen-
le e túbulos coletores).
A projeção do córtex tem a forma de colunas, colunas renais e separam porções cônicas da me-
dula denominadas pirâmides renais. A pelve renal (bacinete): cálices renais maiores e cálices re-
nais menores.
Néfrons
O néfron corresponde a unidade morfologica e funcional da urina do rim. Cada rim apresenta
cerca de um milhão de néfrons. O formato do néfron é bem diferenciado e também inconfundível
onde se adequa perfeitamente para a sua função de produção de urina. O néfron é constituido por:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
242
Funções dos Rins
Os rins executam o trabalho principal do sistema urinário, com as outras partes do sistema atu-
ando principalmente na:
• Filtração do sangue ;.
• Formação da urina;.
• Homeostasia (auto regulação) dos líquidos do corpo de várias maneiras.
• Regulação da composição iônica do sangue;.
• Manutenção da osmolaridade do sangue;.
• Regulação do volume sanguíneo;.
• Regulação da pressão arterial;.
• Regulação do pH do sangue;.
• Liberação de hormônios;.
• Regulação do nível de glicose no sangue;.
• Excreção de resíduos e substâncias estranhas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
243
Ureteres
Correspondem a dois tubos que conduzem a urina dos rins até a região da bexiga. São órgãos
de pequeno calibre e apresentam menos de 6mm de diâmetro podendo medir entre 25 a 30 cm de
comprimento. A pelve renal é a extremidade superior do ureter, situada na parte interna do rim.
Descendo de forma obliqua para baixo , o ureter percorre por entre a parede posterior do ab-
dome, penetrando em seguida na cavidade pélvica, onde se abre no óstio do ureter localizado no
assoalho da bexiga urinária.
Por conta da sua trajetória, os ureteres se distinguem em duas partes: abdominal e pélvi-
ca. Os ureteres podem realizar contrações rítmicas chamadas de peristaltismo. A urina se deslo-
ca ao longo dos ureteres em resposta aos movimentos peristalticos e também à gravidade.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
244
Bexiga
A bexiga urinária atua como uma espécie de reservatório temporário para que a urina seja ar-
mazenada. Quando se encontra vazia, a bexiga localiza-se na porção inferior ao peritônio e poste-
rior à sínfise púbica: quando está cheia, ela se eleva invadindo a cavidade abdominal.
É um órgão oco, elástico que nos homens está situado anterior ao reto e nas mulheres se en-
contra presente à frente da vagina e logo abaio do útero. Quando a bexiga está cheia, sua superfície
interna fica lisa.
Uma área triangular na superfície posterior da bexiga não exibe rugas. Esta área é chama-
da trígono da bexiga e é sempre lisa. Este trígono é limitado por três vértices: os pontos de entra-
da dos dois ureteres e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante clinicamente, pois as infec-
ções tendem a persistir nessa área.
A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno, que se con-
trai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
245
O esfíncter externo situa-se na porção inferior ao músculo esfíncter, que envolve a parte supe-
rior da uretra e se for controlado voluntariamente possibilita a resistência quanto a necessidade de
urinar. A capacidade média da bexiga urinária é de cerca de 700 a 800ml, sendo menor ans mulheres
pois o útero ocupa um espaço maior situado acima da bexiga, o que comprime o espaço da bexiga
urinária fazendo com que ela apresente uma capacidade menor em relação aos homens.
Uretra
A uretra corresponde a um tubo que transporta a urina da bexiga para o meio externo. Sua
estrutura é revestida por mucosa e a uretra se abre para o meio externo através do óstio externo da
uretra. A uretra masculina tende a ser maior que a uretra feminina.
1. Uretra Masculina
A uretra masculina se estende do orifício interno da bexiga urinária até o orifício uretral externo
situado na extremidade do pênis. É dividida em 3 partes: Prostática, Membranácea e Esponjosa. Na
uretra masculina existe uma pequena abertura em forma de fenda chamada de ducto ejaculatório.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
246
2. Uretra Feminina
Consiste em um canal formado por membranas, sendo estreito e que se estende da bexiga ao
orifício externo no vestíbulo. Está situada dorsalmente à sínfise púbica, incluida na parede anterior da
vagina. É levemente curva, apresentando a cavidade direcionada para frente.
Quando não está dilatada, seu diâmetro é de cerca de 6mm. Sua abertura externa situa-se na
frente do orifício vaginal e mede cerca de 2,5 cm dorsalmente à glande do clitóris. Várias glândulas
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
247
Diferenças das uretras masculina e feminina
As uretras masculinas e a femininas se diferenciam em seu trajeto. Na mulher, a uretra é cur-
ta (3,8cm) e faz parte somente do sistema urinário. Seu óstio externo fica localizado na aprte ante-
rior da vagina e entre os lábios menores.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
248
Processo de Filtração
O sangue, que é impulsionado para a artéria aorta, segue pelas demais artérias, penetra nos rins
por meio da artéria renal, que se subdivide até se transformar em várias arteríolas que penetram em
pequenos grãozinhos que existem nos rins e são chamadas de cápsulas de Bowman.
No interior das cápsulas de Bowman, as arteríolas assumem o calibre de capilares e enrolam-se
sobre si mesmas, formando os chamados glomérulos, onde o sangue é filtrado.
No trajeto seqüencial, os capilares enovelados assumem novamente o calibre de arterío-
las e saem das cápsulas sob a denominação de arteríolas eferentes. Uma vez dentro dos gloméru-
los, o sangue deixa passar água e sais pelas paredes permeáveis dos capilares.
Os materiais filtrados são também absorvidos pelas paredes permeáveis das cápsu-
las de Bowman, que os deixam passar pelo funil em que estão inseridas.
Assim, os filtrados penetram em tubos sinuosos chamados de túbulos contorcidos proximais,
onde é nesse local que ocorre a absorção de água e íons necessários para o funcionamento do orga-
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
249
Excreção: eliminação de resíduos celulares.
Existem outros resíduos formados por substâncias não utilizadas pelas células ou prejudi-
ciais ao organismo. Além dos rins, as vias respiratórias (CO2) e a pele (suor) funcionam como órgãos ex-
cretores.
Gás carbônico: retirado das células pelo sangue e transportado aos pulmões, é eliminado pelo sis-
tema respiratório (vapor de água, álcool, éter, etc., quando essas substâncias são introduzidas no or-
ganismo).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
250
Regulação da Função Renal
A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da quantidade de líqui-
dos do corpo.
Havendo necessidade de reter água no interior do corpo, a urina fica mais concentrada, em fun-
ção da maior reabsorção de água; havendo excesso de agua no corpo, a urina fica menos concentra-
da, em função da menor reabsorção de água.
Cálculo Renal
São formações sólidas de sais minerais e/ou uma série de outras substâncias, como oxala-
to de cálcio e ácido úrico que se cristalizam.
Essas cristalizações podem migrar pelas viaa urinárias causando muita dor e complica-
ções. Os cálculos podem atingir variados tamanhos, que vão de grãos com alguns milímetros, até o ta-
manho do próprio rim. Eles se formam tanto nos rins quanto na bexiga.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
251
Testículos
São as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os duc-
tos seminíferos. Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epité-
lio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozoides.
Glândulas mistas: Espermatozoide = Exócrina / Testosterona = Endócrina Homens que apresen-
tam os testículos embutidos na cavidade abdominal, anomalia denominada criptorquidia, não for-
mam espermatozóides, sofrendo esterilidade temporária.
Espermatozóide:
É formado de três partes: cabeça, colo e cauda ou flagelo. Os espermatozóides movimentam-
-se num líquido chamado esperma, para se movimentarem, vibram a cauda com rapidez.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
252
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
253
Funções:
• Estimular os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pelo pubiano.
• Estimular o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
• Produzir o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumen-
to do tamanho das fibras musculares.
• Ampliar a laringe e tornam mais grave a voz.
• Faz com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a osteopo-
rose.
Hormônios Masculinos
Epidídimos
São dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozoides são armazena-
dos. No epidídimo os espermatozoides são armazenados e passam pela fase de diferenciação (cria-
ção de flagelo). Encontramos também células de Sertoli, com função de nutrição dos espermatozoides
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
254
Ducto Ejaculador
Fusão dos canais deferentes sob a bexiga: forma o duto ejaculador que desemboca na uretra.
Uretra
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da be-
xiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen en-
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
255
Glândulas Bulbo Uretrais
Sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos es-
permatozoides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual.
Vesículas seminais
São responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, jun-
tamente com o líquido prostático e espermatozoides, entrarão na composição do sêmen.
O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozoides e é cons-
tituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não proteico e prostaglandi-
nas que são hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo.
Pênis
Órgão masculino da cópula, é uma estrutura flácida, quando não estimulada. É ligado às pare-
des anterior e lateral do arco pubiano.
É composto de três colunas longitudinais - duas de corpos cavernosos e um esponjoso - de teci-
do erétil (capaz de aumentar de tamanho quando repleto de sangue).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
256
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
257
Bolsa Escrotal
Um espermatozoide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver ade-
quadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte exter-
na do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os tes-
tículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
258
12 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que re-
aliza uma função protetora. É dividido em órgãos internos (ovários, tubas uterinas, útero e vagi-
na) e externos (orifício externo da vagina, lábios e clítoris).
É constituído por: dois ovários; duas tubas uterinas (trompas de Falópio); um útero; uma vagi-
na; uma vulva.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
259
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
260
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
261
Funções:
1 – produção de estrógeno e progesterona, que controlam o desenvolvimento e funcionamen-
to dos demais órgãos genitais e também o desenvolvimento dos caracteres sexuais secun-
dários.
2 – produção de óvulos.
Tubas Uterinas
Canais com 12 a 14 cm de comprimento, que se estendem desde cada um dos ovários até à par-
te superior do útero. Iniciam-se por uma porção em forma de funil - pavilhão - que envolve parcial-
mente o ovário.
O seu epitélio de revestimento é formado por células ciliadas e os batimentos dos cílios mi-
croscópicos e os movimentos peristálticos impelem o gâmeta feminino até o útero. Local onde ocor-
re a fecundação do óvulo (ampola da tuba).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
262
Laqueadura
Vagina
A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do úte-
ro aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, internamente, duas glândulas deno-
minadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante.
A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen – que fecha parcialmen-
te o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geral-
mente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
263
Canal do órgão sexual feminino dos mamíferos, que se estende do colo do útero à vulva. A fun-
ção da vagina é receber o pênis no coito e dar saída ao feto no momento do parto, assim como expul-
sar o conteúdo menstrual.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
264
Órgãos Externos
Vulva
Estruturas de proteção, sensibilidade e prazer.
Lábios
Pregas cutâneo-mucosas intensamente irrigadas - os grandes lábios. Pregas cutâneo-muco-
sas que envolvem a entrada da vagina - os pequenos lábios.
Função: proteção
Clítoris
Pequeno órgão de grande sensibilidade, localizado sobre uma depressão na qual se abrem o ori-
fício urinário e genital. É formado essencialmente por tecido esponjoso.
Orifício que corresponde à abertura da vagina. Permite a saída do sangue menstrual, a entra-
da do pênis quando da relação sexual e a expulsão da criança, no nascimento.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
265
Hormônios
Desde o nascimento, a mulher apresenta em seu ovário cerca de 400.000 folículos, sendo que
destes 300 irão se tornar maduros desde o período da menarca, que corresponde a primeira menstru-
ação e geralmente acontece em torno de 11 a 13 anos, até a menopausa, que corresponde ao periodo
em que a mulher apresenta sua ultima menstruação.
A partir da menarca, a cada ciclo de 28 dias, um folículo migra para a superficie do ovário. Os
ovarios são responsáveis pela produção dos óvulos, que liberam de forma alternada os folículos pro-
duzindo os hormônios progesterona e estrogênio.
Estes hormônios por sua vez aceleram o processo de maturação final do folículo, fazendo com
que ele se rompa e dessa forma libere o óvulo, sendo este processo chamado de ovulação e que dura
em torno de 14 dias.
Caso o óvulo nao seja fecundado, ele é reabsorvido pelo organismo e os ovários paralisam a sua
produção até que um novo ciclo comece e um novo folículo seja liberado.
Nesta circunstância, o endométrio, que é uma camada superficial com elevada vascularização,
descama e elimina uma determinada quantidade de sangue através da vagina, sendo este processo
conhecido como menstruação.
Agora caso o óvulo venha a ser fecundado, ele migra para a região do útero, onde se fixa no
endométrio, fenômeno este conhecido como nidação.
Estrógeno
O estrógeno induz as células de muitos locais do organismo, a proliferar, isto é, a aumen-
tar em número. Por exemplo, a musculatura lisa do útero, aumenta tanto que o órgão, após a puber-
dade, chega a duplicar ou, mesmo, a triplicar de tamanho.
O estrogênio também provoca o aumento da vagina e o desenvolvimento dos lábios que a cir-
cundam, faz o púbis se cobrir de pêlos, os quadris se alargarem e o estreito pélvico assumir a for-
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
266
Progesterona
A progesterona age em todo o corpo físico da mulher preparando-a para a gravidez. Sua maior con-
seqüência é a amenorréia, ou falta de menstruação. É um hormônio essencial na manutenção da gra-
videz, pois evita a descamação do endométrio, que ocasionaria um aborto.
13 SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso, juntamente com o sistema endócrino, capacitam o organismo a perce-
ber as variações do meio (interno e externo), a difundir as modificações que essas variações produ-
zem e a executar as respostas adequadas para que seja mantido o equilíbrio interno do corpo (ho-
meostase).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
267
Célula Nervosa
O tecido nervoso é composto por células nucleadas especiais, chamadas neurônios, que apre-
sentam prolongamentos extensos capazes de receber estímulos externos como frio, calor, dor. Sua
morfologia é complexa, mas geralmente apresentam três componentes.
Os dendritos são prolongamentos que atuam como receptores dos estimulos externos, de célu-
las epiteliais sensoriais ou também de outros neurônios.
O corpo celular ou pericário corresponde ao o centro de passagem dos impulsos nervosos da célula.
O axônio por sua vez corresponde a um prolongamento único, especializado na condução de
impulsos que levam informações do neurônio para outras células nervosas, glandulares e musculares.
Os axõnios ficam envoltos por uma camada gelatinosa que atua como isolante e recebe o nome de
bainha de mielina.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
268
Células da Neuróglia ou Glia: são as células do tecido nervoso que não conduzem impulsos ner-
vosos, no entanto, desempenham funções importantes. Podem ser:
Astrócitos: relacionadas com a nutrição e sustentação dos neurônios.
Oligodendrócitos: também participam da nutrição e sustentação dos neurônios.
Microgliócitos ou Micróglia: associam-se com o mecanismo de defesa por fagocito-
se no S.N.C.
Células Empendimárias: revestem as cavidades naturais do S.N.C. e em alguns pontos espe-
cializam-se para secreção do líquor.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
269
Sinapses
Quando o potencial de ação chega ao fim do axônio, encontra fendas, as sinapses, separan-
do um neurônio do outro ou do efetor. O neurônio que transmite o impulso é chamado de neurô-
nio pré-sináptico, enquanto o que recebe, de neurônio pós- sináptico.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
270
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
271
Funcionamento do sistema nervoso
O funcionamento do sistema nervoso vai depender do que chamamos de arco reflexo com-
posto pela ação das vias aferentes, sensitivas ou centrípetas, que atuam na condução dos impulsos
originados nos receptores externos ou internos que estão presentes em vários órgãos e sensíveis às
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
272
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
273
Sistema Nervoso Central
O SNC é constituido pelo encéfalo e pela medula espinhal, onde o primeiro situa-se no inte-
rior da caixa craniana e o segundo na coluna vertebral.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
274
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
275
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
276
277
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
278
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
279
CEREBELO
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
280
Sistema Nervoso Periférico
Corresponde aos nervos cranianos e espinhais. Estes partem do tronco cerebral onde há 12
pares de nervos cranianos que apresentam funções específicas e nem sempre estão sob controle vo-
luntário.
Os nervos que apresentam fibras de controle involuntário recebem o nome de sensitivos. Já os
nervos de controle voluntário são chamados de motores.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
281
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
282
Nervos cranianos:
I - Nervo Olfatório
II - Nervo Óptico
III - Nervo Oculomotor
IV - Nervo Troclear
V – Trigêmeo
VI - Nervo Abducente
VII - Nervo Facial
VIII - Nervo Vestibulococlear
IX - Nervo Glossofaríngeo
X - Nervo Vago
XI - Nervo Acessório
XII - Nervo Hipoglosso Os motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acesso-
riamente os músculos látero-posteriores do pescoço.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
283
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
284
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
285
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
286
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
287
288
14 SISTEMA SENSORIAL
Diariamente, o ambiente que nos circunda repassa uma diversidade de estímulos que são capta-
dos pelo organismo – o chamado sentido ou sensação. Os ruídos, a claridade, o clima, o cheiro e o sa-
bor dos alimentos, por exemplo, são fatores sempre presentes.
Alguns órgãos, compostos por células sensíveis são especializados em reconhecer determinados
estímulos externos, levando a informação para a respectiva área do cérebro. O conjunto desses órgãos
é chamado de órgãos dos sentidos.
Fazem parte desse conjunto os olhos(permite a visão), a lingua (permite o paladar), o nariz (per-
mite o olfato), a orelha (permite a audição) e a pele (percebe o estímulo através do tato).
Olhos – Visão
Os olhos estão situados no interior de duas cavidades ósseas da face, chamadas de órbitas ocu-
lares.
Possuem dois globos oculares que são compostos por três diferentes membranas chamadas
de esclerótica, coróide e retina.Na porção anterior do globo ocular, a membrana esclerótica, for-
ma uma camada transparente que recebe o nome de córnea.
Na coróide, estão situados os vasos sangüíneos. A retina, que corresponde a sua membrana
mais interna e também a mais sensível, é composta por uma extensão do nervo óptico.
Na parte interna do globo ocular, está presente uma substância que ocupa sua maior parte. Esta
recebe o nome de humor vítreo e apresenta uma consistência gelatinosa e transparente, estando
situada logo atrás do cristalino, atuando, portanto, como uma espécie de lente que regula a imagem
com nitidez.
O cristalino altera-se devido a ação dos músculos ciliares, que são comandados pelo SNA.
Entre o cristalino e a córnea há uma substância líquida e transparente denominada humor aquo-
so. Na parte anterior do olho, a coróide forma um disco cuja cor é variável para cada pessoa, denomi-
nada íris.
Em seu centro existe um orifício cujo tamanho altera-se de acordo com a quantidade de luz que so-
bre ele incide, a pupila, também conhecida como “menina dos olhos”.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
289
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
290
A ideia da criação da máquina fotográfica originou-se a partir da observação do funcionamen-
to do olho humano. Para sua utilização, faz-se necessário filme, luz e lentes.
Numa correlação com nossa matéria, o filme corresponderia à retina - onde são fixadas as ima-
gens; a lente, ao cristalino - que, para melhorar a nitidez da imagem, se altera de acordo com o foco de-
sejado. Por sua vez, a luz é fator indispensável à visão, sem ela nada se enxerga, nem nenhuma foto-
grafia é revelada.
Existem seis músculos que controlam o movimento do globo ocular. Caso apresentem algu-
ma disfunção, ocorre o estrabismo - desvio do olhar em sentido oposto ao do olho normal, circuns-
tância em que, na maioria dos casos, é indicado o uso de óculos ou até mesmo cirurgia para a corre-
ção do problema.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
291
Língua – Paladar
A alimentação corresponde a um ato de prazer e necessidade, desde que realizada de forma
moderada pode trazer vários benefícios para o corpo.
São uma variedade de sabores que atraem muitas pessoas. Seja pelo doce, salgado, amargo ou
azedo é na lingua que a distinção entre esses sabores será efetuada.
A lingua atua na emissão do som, composta por uma massa de tecido muscular estriado, que
é recoberta por uma mucosa. Apresenta forma achatada e ligeiramente cônica. É formada por duas
partes:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
292
Nariz – Olfato
O nariz, corresponde ao órgão olfativo composto por 2 cavidades, que são chamadas de fossas
nasais, onde encontram-se separadas pelo septo. Seus oríficios anteriores e posteriores estabelecem
comunicação respectivamente com o meio externo (narinas) e com a faringe (coanas). Na parte su-
perior das fossas nasais existe um revestimento mucoso composto por células olfativas situadas nas
terminações do nervo olfativo, o que nos permitir perceber o olfato. Esse sentido sofre estímulos por
meio de substÂncias químicas que ficam espalhadas no ar, motivo este que faz com que ele seja con-
siderado um sentido “químico”.
Dentro das fossas nasais estão presentes os pêlos, que tem como função a de filtrar o ar que
é inalado. Estes pêlos em conjunto com o muco promovem a retênçao de poluentes, sem contar os
vários microrganismos que são trazidos pelo ar.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
293
Orelha – Audição
A orelha, é constituida por três partes: a orelha externa, a média e a Interna. Este corresponde
ao órgão responsável pela audição.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
294
O tímpano situa-se na porção final do canal auditivo externo e na parte inicial do pavilhão audi-
tivo médio. É formado por uma membrana fina que sofre vibrações conforme as ondas sonoras que
passam por ela.
Além dele, estão presentes no pavilhão auditivo médio três ossículos que recebem o nome de
martelo, bigorna e estribo. Esses ossículos se articulam percebendo a vibração da membrana timpânica.
É na região do pavilhão auditivo médio que se inicia um canal flexível onde este se estende até a
região da faringe, chamado de trompa de Eustáquio, que tem como função a de manter o equilíbrio da
pressão atmosférica no interior da orelha média. Essa porção também é chamada de caixa do tímpano.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
295
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
296
Pele – Tato
O tato é o sentido transmitido através da pele, órgão este que promove o revestimento do cor-
po e apresenta em suas camadas mais profundas as terminações nervosas, que são responsáveis por
enviar a mensagem da sensação até o cerebro. Somente com um toque de mão é possivel notar dife-
renças entre o liso e o áspero, o grande e o pequeno, o mole e o duro, dentre outras diferenciações.
Além disso é possivel também identificar a necessária utilização da visão.
A pele possui diversos tipos de receptores sensoriais, que são formados por fibras nervosas
onde o seu agrupamento constitui os corpúsculos sensoriais, que são especializados em realizar a
captação de determinados tipos de sensação, como por exemplo a pressão, a dor, a ardência, etc.
A pele é o maior órgão do corpo humano e ela envolve o corpo estabelecendo seu limite com o
meio externo. Sua estrutura representa cerca de 16% do peso corporal.
Dentre as principais funções da pele estão: defesa orgânica, regulação térmica, funções senso-
riais e proteção contra a ação de agentes externos.
As principais camadas que formam a pele são:
• Epiderme.
• Derme.
• Hipoderme
Epiderme
É a camada mais externa, mais superficial da pele, é constituída por células epiteliais que so-
frem processo de queratinização ou corneificação, que dá origem à camada córnea, composta basica-
mente de queratina, uma proteína responsável pela impermeabilização da pele.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
297
Derme
Camada localizada entre a epiderme e a hipoderme. É responsável pela resistência e elasticida-
de da pele.
É constituída por tecido conjuntivo (fibras colágenas e elásticas envoltas por substância fun-
damental), vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e terminações nervosas. Os folículos pilossebáce-
os e glândulas sudoríparas, originadas na epiderme, também localizam-se na derme.
A faixa na qual a epiderme e a derme se unem é chamada de junção dermo- epidérmica. A epi-
derme se projeta em forma de dedos na direção da derme, formando as cristas epidérmicas. Estas au-
mentam a superfície de contato entre as 2 camadas, facilitando a nutrição das células epidérmicas pe-
los vasos sanguíneos da derme.
Hipoderme Também chamada de tecido celular subcutâneo, é a porção mais profunda da
pele. Rica em tecido adiposo (gordura, adipócitos) e varia de acordo com a região.
Sua estrutura fornece proteção contra traumas físicos (mecânicos), perda de calor e depósi-
to de calorias.
Anexos da pele
São eles: Unhas, pelos, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas.
As unhas são formadas por células corneificadas (queratina) que formam lâminas de con-
sistência endurecida. Esta consistência dura confere proteção as falanges distais dos de-
dos das mãos e dos pés.
Os pelos são uma característica fundamental dos mamíferos. Existem por quase toda a superfí-
cie cutânea, exceto nas palmas das mãos e plantas dos pés.
Coloração do pelo depende da quantidade de pigmento.
Apresenta duas partes: -
• Haste: acima da pele.
• Raiz: está na derme ou hipoderme num tubo epidérmico denominado folículo piloso.
• Bulbo piloso é a parte dilatada do folículo piloso.
• Músculo eretor do pelo: feixe de fibras musculares lisas.
Função: provoca a ereção do pelo.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
298
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
299
15 SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema endócrino apresenta estruturas que atuam na liberação de determinadas substâncias
na corrente sanguínea, que vão regular o funcionamento de diversas células e também de alguns ór-
gãos essenciais para nossa sobrevivência.
As estruturas que o constituem recebem o nome de glândulas endócrinas, que, por sua vez, li-
beram substâncias chamadas de hormônios.
As glândulas endócrinas, estão situadas em várias partes do corpo, são a hipófise ou pituitá-
ria, a pineal, a tireóide, as paratireóides, as supra–renais, o pâncreas, os ovários e os testículos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
300
Em nosso corpo além das glândulas com função endócrina também existe órgãos que realizam
essa função e não chegam a produzir hormônios, mas conseguem secretar substâncias que serão libe-
radas na corrente sanguínea como é o caso do rim, que é responsável pela produção da renina, que
por sua vez irá atuar na regulação da pressão arterial.
Hipófise ou pituitária
Corresponde a uma glândula pequena, similar a um grão de ervilha, que está situada no encéfa-
lo, fixa a uma região chamada de hipotálamo. Essa glândula apresenta uma importância significativa
para o corpo, tendo em vista que é responsável pelo controle do funcionamento de outras glândulas
tais como a tireóide, as sexuais e as supra-renais. A glândula hipofisiana também produz uma grande
quantidade de hormônios como por exemplo:
• hormônio somatotrófico: atuam no crescimento, metabolismo de Proteínas;.
• hormônio ocitocina: promove a contração uterina;.
• hormônio antidiurético – ADH: regula o volume de água no Organismo;.
• hormônio tireotrófico – TSH: estimula as glândulas tireóide;.
• hormônio adrenocorticotrófico ou corticotrofina – ACTH: estimula as glândulas supra-adre-
nais.
Os três tipos de hormônios gonadotróficos são responsáveis pelo desenvolvimento de glându-
las e órgãos sexuais, exercendo influência nos processos de menstruação, ovulação, gravidez e lacta-
ção. São eles:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
301
Pineal
A glândula pineal também conhecida como epífise, situa-se na região do diencéfalo e fica rpesa
à porção posterior do teto do 3º ventriculo por meio de uma haste. É composta por serotonina, que é
precursora da melatonina.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
302
Tireóide
Esta glândula fica sob a regulação do hormônio hipofisário TSH (hormônio tireotrófico). Está
situada na região do pescoço, logo abaixo da laringe e na porção frontal da traquéia.
A tireóide libera os hormônios calcitocina e tiroxina, que elevam a atividade de todas as células
do organismo. A tiroxina é responsável por todas as reações que acontecem no interior do corpo. A
cacitocina atua no processo de controle de cálcio no sangue.
Se a glândula produzir excesso de hormônio (hipertiroidismo) o paciente vai apresentar palpita-
ções, suor intenso, agitação, ansiedade, nervosismo, tremores de extremidades, insônia, aumento do nú-
meros de evacuações, febre (temperatura corporal elevada), intolerância ao calor, perda de peso, pres-
são arterial alta, fraqueza e cansaço excessivo. Há casos graves em que a pessoa que tem hipertireoidismo
apresenta aumento da tireoide (bócio endêmico) e a pessoa pode apresentar exoftalmia (olhos para fora).
Se a glândula apresentar redução na produção hormonal (hipotiroidismo) o paciente vai apre-
sentar cansaço, desânimo, sonolência excessiva, constipação intestinal, intolerância ao frio, me-
mória ruim, lentidão nos movimentos, pressão arterial baixa, retenção de líquido (edema), ga-
nho de peso, pele ressecada.
Os dois distúrbios podem causa problemas sexuais de perda de libido e impotência. Os exa-
mes da tireóide consistem basicamente em dosar no sangue os hormônios além de realizar ultras-
som da região cervical (pescoço).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
303
Paratireóide
As glândulas da paratireóide estão presentes no corpo em um total de 4 e situam-se aos pares
do lado das tireóides. Essas glândulas são responsáveis por secretar um hormônio chamado parator-
mônio que também controla a quantidade de fosfato e de cálcio no sangue.
Supra-renais
Estas duas glândulas estão situadas sobre cada rim e apresentam 2 partes: a mais externa, cha-
mada de córtex e a mais itnerna que recebe o nome de medula. O córtex da supra-renal produz e
também libera diversos hormônios, dentre eles a aldosterona que auxilia na manutenção constante
da quantidade de sódio e potássio no organismo.
Outro hormônio é o cistrol, cortisona ou hidrocortisona, que estimula o uso de proteinas e
gorduras como fontes de energia, eleva a taxa de glicose no sangue e também participa no processo
inflamatório, sendo por isso usada como medicação.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
304
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
305
Pâncreas
Esta glândula localiza-se na cavidade abdominal e possui duas funções: uma exócrina e ou-
tra endócrina.
Na exócrina, produz o suco pancreático que será liberado fora da corrente sangüínea, mais pre-
cisamente no duodeno, auxiliando o processo digestivo. Na função endócrina, produz dois hormô-
nios: a insulina, que transporta a glicose através da membrana celular, diminuindo-a da corrente san-
güínea, e o glucagon, que contribui, estimulando o fígado, para o aumento da glicose no sangue.
A insulina e o glucagon influenciam a quantidade de açúcar (glicose) na corrente sangüí-
nea. A disfunção do pâncreas causa o Diabetes mellitus.
A insulina facilita a entrada da glicose nas células (onde ela será utilizada para a produção de ener-
gia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. Ela retira o excesso de glicose do san-
gue, mandando-o para dentro das células ou do fígado. Isso ocorre, logo após as refeições, quan-
do a taxa de açúcar sobe no sangue.
A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo exces-
so de glicose no sangue (hiperglicemia).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
306
Ovários
Os ovários são duas glândulas, uma de cada lado do corpo, que integram o aparelho reprodu-
tor feminino e localizam-se abaixo da cavidade abdominal, em uma região denominada pelvis ou cavi-
dade pélvica. Ligam-se ao útero através de dois ligamentos denominados ligamentos do ovário.
Os ovários são responsáveis pela produção e liberação de dois hormônios, o estrogênio ou hor-
mônio folicular e a progesterona.
O estrogênio controla o desenvolvimento das características sexuais femininas, como aumen-
to dos seios, depósito de gordura nas coxas e nádegas, aparecimento de pêlos pubianos e estímu-
lo ao impulso sexual.
A progesterona, responsável pela implantação do óvulo fecundado na parede uterina e pelo de-
senvolvimento inicial do embrião, estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias e da placen-
ta e inibe a secreção de um dos hormônios gonadotróficos.
Além de produzir hormônios, os ovários são também responsáveis pela produção das células se-
xuais femininas, os ovócitos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
307
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
308
EXERCÍCIOS
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
309
Capítulo 1: Introdução à Anatomia
1. Conceituar:
a) Anatomia
b) Normal em anatomia
c) Variação anatômica
d) Anomalia
e) Monstruosidade
2. Citar os fatores gerais de variação anatômica.
3. Definir longilíneo, brevilíneo, mediolíneo e citar suas características morfológicas.
4. Citar as partes constituintes do corpo humano.
5. Descrever Posição Anatômica.
6. Citar os planos de delimitação, secção e eixos do corpo humano.
7. Quais os decúbitos existem? Explique cada um deles.
8. Por que estes conceitos são importantes na prática de saúde?
Capítulo 2: Anatomia Topográfica
1. Qual a finalidade do estudo da anatomia topográfica?
2. Quais são as regiões chamadas topográficas do corpo humano?
3. Quais são as linhas convencionais (imaginárias) usadas na anatomia topográfica?
4. Cite as divisões de cada região:
a) Pescoço
b) Tórax
c) Abdome
d) Membros superiores
e) Membros inferiores
5. Desenhe na figura abaixo as linhas convencionais e dê o nome de cada região. Em seguida cite a lo-
calização dos órgãos indicados:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
310
a) Bexiga
b) Tireóde
c) Pulmão direito
d) Aorta abdominal
e) Tuba uterina esquerda
f) Estômago
g) Baço
h) Vesícula biliar
i) Ovário direito
j) Rim direito
k) Cólon ascendente
l) Duodeno
m) Intestino delgado (jejuno e íleo)
n) Coração
o) Fígado
p) Próstata
q) Útero
r) Pulmão esquerdo
s) Pâncreas (corpo e cauda)
Capítulo 3: Citologia
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
311
1) Definir célula:
2) Qual é a classificação da célula?
3) Qual é a estrutura básica de uma célula eucariota e procariota?
4) Definir organelas citoplasmáticas.
5) Cite as funções das organelas citoplasmáticas.
6) Qual é a função do núcleo celular?
7) Como é dividido o núcleo?
8) Defina nucléolo.
9) Citar as funções dos cromossomos e sua localização.
10) Citar as partes fundamentais da célula.
11) Citar a função da membrana plasmática.
12) Defina o que é cariolinfa.
13) Citar a função da carioteca.
14) Caracterize os diferentes processos de trocas entre o interior e o exterior da célula.
15) Diferencie fagocitose de pinocitose.
16) Desenhe uma célula eucariota animal e identifique as estruturas celulares.
17) Desenhe uma célula procariota e identifique as estruturas celulares.
18) Definir osmose e permeabilidade celular.
Capítulo 4: Histologia
1) Cite as características e funções do tecido epitelial.
2) Como se divide o tecido epitelial?
3) O que são mucosas e serosas? Dê exemplos
4) Como é feita a classificação do tecido epitelial de revestimento de acordo com ascama-
das das células?
5) Como é feita a classificação do tecido epitelial de acordo com a forma das células?
6) Que estruturas podem ocorrer na superfície livre das células epiteliais?
7) O que são glândulas?
8) Como se classificam as glândulas quanto ao destino da secreção?
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
312
TECIDO CONJUNTIVO
1) Cite as características e funções do tecido conjuntivo.
2) Como se divide o tecido conjuntivo?
3) O que é tecido conjuntivo propriamente dito (T.C.P.D.)?
4) Cite os tipos de tecido conjuntivo quanto a quantidade de fibras e suas características.
5) Cite e explique as principais células do T.C.P.D.
6) Quais são as principais funções do T.C.P.D.?
7) Quais são as fibras do tecido conjuntivo típico?
8) Defina S.F.A.
9) O que é tecido adiposo? O que são adipócitos?
10) Quais são as funções do tecido adiposo?
11) O que é tecido cartilaginoso?
12) Definir condroblasto e condrócito.
13) Qual é a classificação das cartilagens? Dê exemplos.
14) O que é tecido ósseo?
15) Quais as principais células do tecido ósseo?
16) Quais são as funções do tecido ósseo?
17) De que é constituído o tecido sanguíneo?
18) Quais são os elementos figurados do nosso sangue e suas respectivas funções?
19) Cite as funções do sangue.
20) Definir: leucocitose; leucopenia; leucemia e anemia.
21) Qual a função da hemoglobina em uma hemácia?
22) Por que a permanência prolongada em elevadas altitudes resultam em maior produção de hemá-
cias?
TECIDO MUSCULAR
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
313
1) O que é tecido muscular?
2) Quais são os tipos de tecido muscular?
3) Complete o quadro abaixo:
Características Tec. Musc. Estriado Tec. Musc. Estriado Tec. Muscular liso
esquelético cardíaco
Formas
Estrias transversais
Núcleos
Discos intercalares
Contração
Local onde é encontrado
4) O que são actina e miosina?
TECIDO NERVOSO
1) O que é tecido nervoso?
2) Qual a função do tecido nervoso?
3) Defina:
a) Corpo celular:
b) Axônio:
c) Dendritos:
d) Células da neuróglia:
e) Sinapse:
4) O que são nervos?
5) Dê a classificação dos nervos quanto a posição.
6) Dê a classificação dos nervos quanto a condução de impulsos.
7) Cite as células da Glia.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
314
Capítulo 5: Sistema Ósseo
1) Qual a função do esqueleto.
2) Defina ossos longos, curtos, alongados, laminares, irregulares, pneumático e sesamóide.
3) Defina substância óssea, compacta e periósteo.
4) O esqueleto pode se dividir em: axial e apendicular. Qual a composição dessa divisão.
5) Qual a função da coluna vertebral.
6) Quantas vértebras possui coluna vertebral? Fale sobre sua divisão.
7) Defina atlas e áxis.
8) Para que serve o canal vertebral?
9) Qual a função dos discos intervertebrais?
10) O ser humano possui 12 costelas, quantas são verdadeiras, falsas e flutuantes.
11) Qual a diferença do esqueleto do homem para a mulher.
12) Descreva a constituição do sistema esquelético.
13) O que é um osso? Quais tecidos o constitue? Como se faz a nutrição?
14) O que é matriz óssea?
15) O que há no interior dos ossos?
16) Descreva as funções do esqueleto.
17) Quais são os tipos de esqueleto?
18) Como o esqueleto se divide?
19) Como é a feita a união entre o esqueleto axial e apendicular?
20) Quantos ossos existem no indíviduo adulto?
21) O que ossos longos? O que há de importante neles? Cite exemplos.
22) O que são ossos curtos? Cite exemplos.
23) O que são ossos laminares? Cite exemplos.
24) O que são ossos irregulares? Cite exemplos.
25) O que são ossos pneumáticos? Cite exemplos.
26) O que são ossos sesamóides? Cite exemplos.
27) Quais as diferenças entre o esqueleto masculino e feminino? 2
8) Desenhe o esqueleto humano.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
315
Capítulo 7: Sistema Circulatório
1) Quais as estruturas formam o sistema circulatório?
2) Quais as funções do sistema circulatório?
3) O que é o sangue?
4) Quais as funções do sangue?
5) Qual a composição do sangue?
6) O que é pressão osmótica?
7) Quais são as proteínas do plasma? Qual a função de cada?
8) Quais são os glóbulos vermelhos do sangue?
9) Quais são os tipos sanguíneos existem?
10) Quais são os glóbulos brancos? Qual a função deles?
11) Como os glóbulos brancos são dividos?
12) Qual a função das plaquetas?
13) Explique a sequência de acontecimentos da cascata de coagulação.
14) Quais são as vias de circulação sanguíneas? Aponte as principais diferenças de cada.
15) Explique como se dá a estrutura dos vasos sanguíneos?
16) O que é diapedese?
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
316
Capítulo 8: Sistema Respiratório
1) Definir:
a) Inspiração:
b) Expiração:
c) Respiração:
2) Cite e defina os órgãos respiratórios.
3) Cite a importância das conchas nasais.
4) Cite as partes da faringe.
5) Cite as cartilagens da laringe.
6) Definir pleura.
7) Cite as diferenças do pulmão D e E.
8) Cite os músculos que participam da respiração.
9) Explique:
a) Ar circulante
b) Ar residual
c) Capacidade respiratória total
10) Explique os fenômenos mecânicos e químicos da respiração.
11) Explique o que é hematose e onde ocorre.
12) Definir:
a) Hemoglobina
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
317
13) Definir frequência respiratória.
Capítulo 9: Sistema Digestivo
1) O que é digestão?
2) Quais as substâncias químicas que realizam a digestão das substâncias presentes nos alimentos?
3) Quais as estruturas compõem o sistema digestivo?
4) Como é o tecido que reveste os órgãos do sistema digestivo? Descreva suas características.
5) Quais as estruturas da boca são importantes no processo de digestão? Descreva as característi-
cas de cada.
6) Quais as papilas gustativas existem na língua? Descreva os gostos do paladar que cada uma pro-
porciona.
7) Descreva os tipos de dentes que existem e a função de cada uma. Quais as partes de um dente?
8) Quais as funções das glândulas salivares? Quais glândulas existem?
9) Diferencie as três partes da faringe, dando as características de cada.
10) Como o esôfago participa no processo digestório?
11) Quais as funções do estômago? Faça um desenho esquemático diferenciando as partes do estô-
mago e os esfíncteres nele presentes.
12) O que é suco gástrico? Para que ele serve?
13) Descrevas as características de cada parte do intestino delgado, descrevendo a função de cada.
14) Quais as porções do intestino grosso? Dê a função desse órgão.
15) Quais são os órgãos anexos do sistema digestivo. Dê a função de cada.
16) Quais as três partes formam o pâncreas? Qual substância esse órgão produz e para que ela serve?
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
318
Capítulo 10: Sistema Urinário
1) Qual a função do sistema urinário?
2) Quais são os componentes da urina?
3) Como o sistema urinário é dividido? Descreva quais as estruturas de cada.
4) Como o sistema urinário contribui para a homeostase?
5) Quais órgãos compõem o sistema urinário?
6) Onde os rins se localizam? Quais as suas características?
7) Quais as funções dos rins?
8) Qual a diferença entre o rim direito e o esquerdo?
9) O que compõe o hilo renal?
10) Descreva as características do córtex e da medula renal.
11) O que são néfrons?
12) Como o néfron é formado?
13) Onde se localizam as glândulas suprarrenais? Quais as suas características e funções?
14) O que é produzido no córtex das glândulas adrenais? E na medula?
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
319
Capítulo 11: Sistema Reprodutor Masculino
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
320
Capítulo 12: Sistema Reprodutor Feminino
1) Quais os tipos de cromossomos existem no nosso organismo?
2) Diferencie a carga genética sexual do homem e da mulher.
3) Como o sistema reprodutor feminino é dividido? Quais órgãos compõem cada um.
4) Descreva as funções e as características de cada órgão do sistema reprodutor feminino.
5) O que é laqueadura? Como é realizada?
6) Quais as partes do útero? E suas camadas?
7) O que é o Fundo do Saco de Douglas?
8) O que é o colo do útero?
9) Explique o processo de maturação do óvulo e a ovulação.
10) O que é síndrome do ovário policístico?
11) Onde ocorre a fecundação?
12) O que é hímen?
13) Quais os hormônios sexuais femininos? Onde eles são produzidos? Quais as suas funções?
14) Faça um desenho esquemático que demostre:
a) Órgãos reprodutores internos femininos;
b) Órgãos reprodutores externos femininos;
c) Camadas e partes do útero;
d) Partes da tuba uterina;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
321
Capítulo 13: Sistema Nervoso
1) Quais as funções do sistema nervoso?
2) Descreva as características da célula nervosa.
3) Quais os tipos de neurônios existem?
4) Faça um desenho esquemático mostrando a estrutura do neurônio.
5) Qual o sentido do fluxo da transmissão nervosa?
6) O que é sinapse? Quais as estruturas participam desse processo?
7) Quais os tipos de sinapses? Explique as diferenças entre elas.
8) Quais os principais neurotransmissores existem? Descreva as funções de cada.
9) Defina fibra, feixe e gânglio nervoso.
10) Diferencie substância cinzenta e branca.
11) Qual a constituição do arco reflexo? Caracterize cada.
12) Diferencie os tipos de neurônios presentes no arco reflexo.
13) Como o sistema nervoso é dividido? 14) Faça um esquema demostrando a divisão do siste-
ma nervoso central.
15) Qual a constituição do sistema nervoso central.
16) Qual a constituição do encéfalo? Dê as suas características.
17) Como ocorre a divisão dos hemisférios cerebrais?
18) O que são sulcos cerebrais? E giros? Quais as suas funções?
19) O que são lobos cerebrais? Faça um desenho esquemático demonstrando a localiza-
ção de cada e a função de cada área.
20) Quais as estruturas compõem o diencéfalo? Quais as suas características e funções?
21) O que é corpo caloso?
22) O que é o sistema límbico?
23) Quais as funções do cerebelo?
24) Quais as funções do tronco encefálico? Quais as estruturas o compõem? Descreva as característi-
cas de cada.
25) Descrevas as características e as funções da medula espinhal e faça um desenho esquemático evi-
denciando as estruturas da mesma.
26) Quais as funções do sistema nervoso periférico? Como ele é dividido?
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
322
Capítulo 14: Sistema Sensorial
1) Defina sistema sensorial e descreva suas funções.
2) Quais são os sentidos do corpo humano?
3) Descreva quais órgãos exercem a função de cada sentido
4) Faça um desenho esquemático evidenciando as estruturas internas e externas que com-
põem o olho humano.
5) Descreva as características de cada estrutura presente no olho humano.
6) Descreva as seguintes patologias relacionadas a visão: estrabismo, hipermetropia, miopia e astig-
matismo.
7) Quais são as alterações da pupila?
8) Como funciona o mecanismo da visão e formação da imagem?
9) Quais as estruturas que realizam a proteção dos olhos?
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
323
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
324
• DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Básica dos Sistemas Orgânicos. São Paulo: Editora Athe-
neu, 2006.
• MINISTÉRIO DA SAÚDE. Profissionalização de Auxiliares de Enfermagem: Caderno do Alu-
no, 2 ed. Cad. 1 Anatomia e Fisiologia. Brasília-DF: Fiocuz, 2003.
• Google imagens.
• SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana – Uma Abordagem Integrada. Porto Alegre: Editora Art-
med, 5ª edição, 2010.
• ABRAHAMS, P. H; HUTCHINGS, R. T; MARKS Jr, S. C. Atlas Colorido de Anatomia Humana de Mc-
Minn, São Paulo: Manole, 4a. Ed., 1999.
• HALL, S. Biomecânica Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.
• McARDLE, W. D; KATCH, F. I; KACTH, V. L. Fisiologia do Exercício – Energia, Nutrição e Desempe-
nho Humano.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 3a. Ed. 1993.
• NETTER, F. Atlas de Anatomia Humana. Porto Alegre: Artmed, 1998.
• SOBOTTA, J; BECKER. Sobota – Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koo-
gan, 20a. Ed., 1993.
• SPENCE, AP. Anatomia Humana Básica. São Paulo: Manole, 2a. Ed., 1991.
• CASTRO, Sebastião Vicente de. Anatomia Fundamental. 3ed. São Paulo: Makron Books, 1985.
• DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia Humana Sistêmica e Segmen-
tar. 2ed. São Paulo: Atheneu, 2001.
• FREITAS, Valdemar de. Anatomia – Conceitos e Fundamentos. São Paulo: Artmed, 2004.
• LATARJET, Michel. Anatomia Humana. 2ed. V1/V2. São Paulo: Panamericana, 1996.
• MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1991.
• McMINN, R. M. H. Atlas Colorido de Anatomia Humana. São Paulo: Manole, 1990.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
325
• GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981.
• GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006.
• JUNQUEIRA, L. C. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 8ª Edição. Rio de Janeiro, Editora Guanaba-
ra Koogan. 1995. Pp. 100:108.
• TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e Fisiolo-
gia. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
326
ENFERMAGEM
Etapa 1
HIGIENE E PROFILAXIA/
NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
SUMÁRIO
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
328
Processo Saúde/Doença
O processo saúde-doença é uma expressão usada para fazer referência a todas as variáveis que
envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou população e considera que ambas estão interligadas
e são consequência dos mesmos fatores.
História Causal
• As Interpretações Mágico – Religiosas Dominante entre os povos da antigüidade, o pensa-
mento mágico-religioso será responsável pela manutenção da coesão social e pelo desen-
volvimento inicial da prática médica.
• As Interpretações Mágicas – Religiosas Nas diferentes culturas, o papel da cura estava en-
tregue a indivíduos iniciados: os sacerdotes incas; os xamãs e pajés entre os índios brasilei-
ros; as benzedeiras e os curandeiros na África.
• As Primeiras Explicações Racionais: medicina- Mágica/religiosa -Explicação para a saúde e a
doença.
• Hipócrates defende o equilíbrio entre homem/ ambiente.
• Há Rompimento com a superstição e as práticas mágicas e o surgimento de explicações
racionais para os fenômenos de saúde e doença.
• Saúde e Doença na Idade Média: entre o castigo e a redenção- evidenciaram-se o declínio
da cultura urbana e a decadência da organização e das práticas de saúde pública;
• A Idade Média foi marcada pelo sofrimento impingido pelas inúmeras pestilências e epide-
mias à população
• A expansão e o fortalecimento da Igreja são traços marcantes desse período.
• Na Idade Média é que surgem os primeiros hospitais. Originados da igreja, nas ordens mo-
násticas, inicialmente estavam destinados a acolher os pobres e doentes.
• Não havia evidência do elemento comunicável que não aqueles já sugeridos por Hipócrates.
• Igreja desautorizou avanços;
• Renascimento: novos olhares- Surgimento de defensores dentro da igreja sobre conheci-
mento de higiene e saúde da civilização greco-romana;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
329
Teoria Multicausal
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
330
Profilaxia
Profilaxia é a aplicação de meios que tendem evitar doenças ou contágios. As medidas profiláti-
cas interrompem a interação entre o agente causador da doença e o organismo. Alguns exemplos de
doenças sujeitas a profilaxia são peste bubônica, hepatite, verminoses, DSTs, infecções hospitalares.
Higiene e profilaxia estão intimamente ligadas, pois a higienização, em todas as suas formas,
evita a transmissão e/ou contágio por agentes infectocontagiosos, logo é uma medida profilática.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
331
TERMINOLOGIAS EM ENFERMAGEM
Abdução – afastamento de um membro do eixo do corpo.
Abscesso – coleção de pus externa ou internamente.
Absorção – penetração de líquido pela pele ou mucosa.
Abstinência – contenção, ato de evitar.
Adiposo – gordura.
Adução – mover para o centro ou para a linha mediana.
Afagia – impossibilidade de deglutir.
Afasia – impossibilidade de falar ou entender a palavra falada.
Afebril – sem febre.
Alopecia – é a queda total ou parcial dos cabelos.
Alucinação – percepção de um objeto, que na realidade não existe.
Amenorreia – falta de menstruação.
Analgesia – abolição da sensibilidade a dor.
Anasarca – edema generalizado.
Anemia – é a diminuição dos números de hemácias.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
332
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
333
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
334
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
335
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
336
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
337
5- VIGILÂNCIA EPIDEMILOGICA
Ciência que estuda os padrões da ocorrência de doenças em populações humana e os fatores
determinantes propondo medidas específicas de prevenção ou controle de erradicação e doenças
indicadores que sirvam de suporte ao planejamento e avaliação de saúde.
A partir do quadro, em que havia grave acometimento de grandes parcelas populacionais por
doenças transmissíveis, criou-se a necessidade de analisar as manifestações dessas doenças.
Foi o surgimento e desenvolvimento da ciência epidemiológica, que possibilitou o estudo da
distribuição dos determinantes da frequência das doenças no homem. Houver maior conhecimento
sobre as melhores condições e fatores que favoreciam a ocorrência das moléstias como: faixa etária,
sexo, lugares, épocas do ano, ocupações (profissionais do sexo, operários da construção civil) e outras
condições de interesse. Surge então, os serviços de vigilância epidemiológica. Tendo como objetivo
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
338
Vigilância Epidemiológica
É um serviço que reúne um conjunto de ações que permite acompanhar a evolução das doenças
na população.
Funciona como um “termômetro” um indicador de que ações devem ser priorizadas no planeja-
mento da assistência à saúde.
As ações de prevenção e controle devem partir do estudo do comportamento das doenças e
agravos à população, é importante seguir algumas etapas:
• Coleta de dados;
• Processamento dos dados;
• Análise dos dados;
• Recomendação de medidas de controle e prevenção;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
339
Variáveis Epidemiológicas
PESSOA: QUEM? Características herdadas ou adquiridas (idade, sexo, cor, escolaridade, renda,
estado nutricional e imunitário, etc.); etc. Atividades (trabalho, esportes, práticas religiosas, costumes,
etc.); etc. Circunstâncias de vida (condição social, econômica e do meio ambiente).
TEMPO: QUANDO? A cronologia de uma doença é fundamental para a sua análise epidemiológi-
ca. A distribuição dos casos de determinada doença por períodos de tempo (semanal, mensal, anual)
permite verificar como a doença evolui.
A distribuição cronológica apresenta- apresenta-se como:
Tendência Secular: são as variações na incidência/prevalência ou mortalidade/letalidade de do-
enças observadas por um longo período de tempo, geralmente dez anos ou mais.
Variação cíclica: são variações com ciclos periódicos e regulares. O comportamento cíclico das
doenças resulta de recorrências nas suas incidências, que podem ser anuais ou de periodicidade men-
sal ou semanal. Na variação cíclica, portanto, um dado padrão é repetido de intervalo em intervalo.
Variação Sazonal: ocorre quando a incidência das doenças aumenta sempre, periodicamente,
em algumas épocas ou estações do ano, meses do ano, dias da semana, ou em horas do dia. Por
exemplo, dengue (nas épocas quentes do ano), acidentes de trânsito (horas de muita movimentação
urbana – deslocamento para o trabalho ou escola).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
340
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
341
Segurança Alimentar
Significa garantir acesso ao alimento em quantidade e qualidade adequadas, de forma perma-
nente; aproveitar ao máximo os nutrientes; e preparar alimentos de forma que não ofereçam perigo
à saúde.
Manipulador de Alimentos
Todas as pessoas que trabalham com alimentação são considerados “manipuladores de alimen-
tos”, ou seja, quem produz, coleta, transporta, recebe e prepara par distribuir o alimento.
Perigo
Classifica-se no saneamento de alimentos perigo tudo aquilo que pode causar algum mal à saú-
de da pessoa.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
342
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
343
Microrganismos
Bactérias, bolores, protozoários e vírus.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
344
Temperatura
A temperatura tem ação preponderante sobre a atividade metabólica dos microrganismos
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
345
Umidade
Os alimentos com altos teores de proteínas, pois contém alto teor de umidade natural, são os
preferidos pelas bactérias.
Tempo
Num ambiente que proporciona calor, umidade e alimento, as bactérias iniciam a sua multiplica-
ção em 10 a 20 minutos, podendo num espaço de 30 minutos, se multiplicar até um número suficiente
para causar intoxicação alimentar.
ph
• ph 7 é ótimo para o desenvolvimento da bactéria;
• ph<4 ou > 9 limita muito o desenvolvimento de qualquer tipo de agente biológico;
Doenças Transmitidas por Alimentos
São atribuídas à ingestão de alimentos e/ou água contaminados por agentes de origem biológi-
ca, física, química ou pela produção de toxinas por determinados agentes, cuja presença no organismo
em determinadas concentrações pode afetar a saúde humana, em nível individual ou coletivo.
Acontecem devido a:
• Falta de higiene de utensílios, mãos e equipamentos;
• Cruzamento entre alimentos crus e cozidos (principalmente na arrumação da geladeira);
• Uso de alimentos contaminados;
• Exposição prolongada dos alimentos a temperatura inadequada
• ou cozimento insuficiente (tempo e temperatura).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
346
Sintomas
Diarréia;
• Náusea;
• Vômito;
• Cefaléia;
• Dor abdominal;
• Febre;
• Formação de gases;
• Fadiga;
• Perda de apetite.
Boas Práticas
Controlando os perigos:
• Adequação e manutenção das instalações;
• Prevenção da contaminação por utensílios, equipamentos e ambientes;
• Prevenção da contaminação por colaboradores;
• Prevenção da contaminação pelo ar ambiente (ar condicionado, condensação etc.);
• Prevenção da contaminação por produtos químicos;
• Controle de pragas;
• Garantia da qualidade da água (ex: limpeza da caixa d’água);
• Cuidado com o lixo.
Qualidade da água
Deve ser de boa qualidade, ou seja, sem gosto, sem cheiro, transparente e livre de microrganis-
mos perigosos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
347
Controle de pragas
Moscas, baratas, formigas, ratos, pássaros, gatos e outros animais podem representar grande
risco de contaminação.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
348
Limpeza e Desinfecção
Resíduos de alimentos deixados no ambiente e materiais para fora de uso favorecem o apare-
cimento de pragas. Sendo os produtos de limpeza guardados em locais separados dos alimentos. E
também deve-se higienizar os: ambientes, os utensílios e equipamentos
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
349
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saneamento como o controle de fatores que atu-
am sobre o meio ambiente e que exercem, ou podem exercer, efeitos prejudiciais ao bem estar físico,
mental ou social do homem.
O objetivo final do saneamento é a promoção da saúde, um direito fundamental de todos os
seres humanos.
A cada R$ 1,00 investido em saneamento, as cidades economizam R$ 5,00 em medicina curativa
da rede hospitais e ambulatórios públicos. (Sistema Único de Saúde)
A pobreza, combinada com baixos índices de saneamento básico, é responsável pela morte de
uma criança a cada 10 segundos. (PNSB-IBGE).
IBGE 2010
No Brasil, apenas 52% dos municípios e 33% dos domicílios têm serviço de coleta de esgoto.
Na Região Norte, 2% dos domicílios tem rede de esgoto. Os 68,5% dos resíduos das grandes cidades
são jogados em lixões e alagados.Apenas 451 municípios dos 5.507 existentes no Brasil fazem coleta
seletiva.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
350
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
351
Vantagens:
• Impede a proliferação de ratos e insetos;
• Permite a recuperação de áreas, que um dia foram aterros sanitários, para atividades como
recreação e esporte populares;
Incineradores
Local onde é feita a queima do lixo, indicada para o lixo hospitalar por eliminar os contaminan-
tes.
Os incineradores devem ter sistema de filtragem para eliminar a fuligem e substâncias químicas
cancerígenas como dioxinas e furanos.
Vantagens:
• Redução significativa do volume de lixo;
• Possibilidade de transformação do lixo em energia;
• Não há contato direto dos trabalhadores com o lixo.
Práticas sustentáveis
Desenvolvimento Sustentável é uma forma de desenvolvimento que procura conciliar as neces-
sidades da sociedade atual com a preservação dos recursos naturais sem comprometer a capacidade
das futuras gerações de atender suas necessidades.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
352
Divididos em grupos:
• Insetos: gafanhotos, borboletas, mosca, barbeiro etc.
• Aracnídea: aranhas e escorpiões
• Ácaros: pulgas e carrapatos
• Crustáceos: caranguejo
• Quilópodes: centopeia
• Diplópodes: Embuás
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
353
Doença Sintomas
Babesiose Febre, anorexia e anemia
Borreliose Febre, anorexia, poliartrite,
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
354
Doença Sintomas
Prevenção
• Limpar quintais e jardins;
• Remover entulhos e lixo;
• Examinar peças de roupas e sapatos antes de usá-los;
• Utilizar equipamentos apropriados em área de risco, como luvas, sapatos fechados, calça de
comprimento longo , etc.
Roedores
Constituem a maior ordem de mamíferos com placenta. Formam mais de 2.000 espécies, 40%
da classe dos mamíferos.
São de ambiente aquático ou terrestre.
Todos possuem uma dentição especializada para roer.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
355
Prevenção: Evitar os 4 A:
• Acesso;
• Abrigo;
• Água;
• Alimento.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
356
Etapas do PGRSSS
1- SEGREGAÇÃO: Consiste naseparação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo
com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.
2- ACONDICIONAMENTO: Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipien-
tes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipien-
tes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduos.
3- IDENTIFICAÇÃO: Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos
contidos em sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSSS.
4- TRANSPORTE INTERNO: Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local des-
tinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo de apresentação para a coleta.
5- ARMAZENAMENTO: Consiste na guarda dos recipientes contendo os resíduos acondicionados.
6- TRATAMENTO: Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as caracte-
rísticas dos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacio-
nais ou de danos ao meio ambiente. Esse tratamento pode ser realizado através da esterilização,
desinfecção ou incineração.
7- COLETA E TRANSPORTE EXTERNO: Consistem na remoção dos RSSS do armazenamento até a
unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação
das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio
ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.
8- DISPOSIÇÃO FINAL: Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para re-
ceber esses, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento
ambiental de acordo com a Resolução CONAMA n°.237/97.
OBS: O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas locais relativas à coleta,
transporte e disposição final de resíduos gerados nos serviços de saúde, estabelecidas pelos órgãos
responsáveis pelas etapas citadas.
Medidas de Biossegurança
O pessoal envolvido diretamente com o gerenciamento de resíduos deve ser mantido sob edu-
cação continuada para as atividades de manejo de resíduos. Essa capacitação deve abordar a impor-
tância da utilização dos EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) e das MEDIDAS DE BIOSSE-
GURANÇA.
Os trabalhadores devem ser imunizados em conformidade com o Programa.
Nacional de Imunização-(PNI) e realizar controle laboratorial sorológico para avaliação da res-
posta imunológica, bem como serem submetidos a exame médico admissional e periódico.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
357
Biológicos
A1 - Culturas e estoques de microrganismos; vacinas de microrganismos vivos ou atenuados;
resíduos de atenção à saúde humana e animal com suspeita ou certeza de contaminação Classe de
Risco 4 (elevada periculosidade para o ser humano); bolsas transfusionais contendo sangue ou hemo-
componentes, sobras de laboratórios com sangue ou líquidos corpóreos.
A2 - Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais inoculados
com microrganismo sem agentes Classe 4.
A3 - Peças anatômicas humanas (membros) e produtos de fecundação sem sinais vitais menor
que: 500 gramas, 25 cm e 20 semanas gestacionais.
A4 - Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores; sobras de amostras de laboratórios
contendo fezes, urina e secreções, sem agentes Classe de Risco 4; peças anatômicas e resíduos de
procedimentos cirúrgicos e outros resíduos sem inoculação de microrganismos.
A5 - Órgãos, tecidos, fluídos orgânicos e materiais perfurocortantes, entre outros, com suspeita
ou certeza de contaminação por príons.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
358
Lâminas de barbear; agulhas; ampolas de vidro; lâminas debisturi; brocas; escalpes; utensílios;
vidros quebrados e similares. Descartar em: recipiente próprio para material perfuro cortante; reci-
piente específico para agulha do sistema a vácuo; caixas de papelão forrados com saco plástico branco
e acondicionados em saco branco.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
359
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
360
Coleta Seletiva
É um sistema de recolhimento de materiais recicláveis previamente separados e encaminhados
para o beneficiamento, para que estes possam ser reutilizados ou reciclados. A reciclagem é a trans-
formação de um material, que tem sua primeira utilidade terminada em outra, sendo a coleta seletiva
de lixo sua maior aliada.
Seus benefícios visam minimizar a quantidade de resíduos destinados ao tratamento, coleta e
destino final e assim aumentar a vida útil dos aterros sanitários, minimizar a utilização de matéria pri-
ma, incentivar o crescimento das indústrias de reciclados, preservar os recursos naturais e economizar
energia na produção de materiais novos.
A coleta é feita com o material a ser descartado é colocado em lixeira específica e recolhido pos-
teriormente pelos responsáveis pela coleta. Para facilitar o descarte, as lixeiras são diferenciadas por
cores: azul para papeis, vermelho para plásticos, verde para vidros e amarelo para metais.
Os 3 “Rs”
Os 3 Rs se referem as palavras-chave para a boa utilização do material:
Reduzir: É possível reduzir o material descartado revisando seus hábitos de consumo e repen-
sando na necessidade da sua utilização ou descarte.
Reutilizar: Muitos materiais podem ser reaproveitados, mesmo com outra função, sem passar
pela reciclagem.
Reciclar: Transformar materiais já usados, por processo artesanal ou industrial, em novos pro-
dutos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
361
362
Proteção à Cabeça
• Protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face contra lesões ocasionadas por
partículas, respingos, vapores de produtos químicos e radiações luminosas intensas;
• Óculos de segurança para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos, provenientes
de impacto de partículas;
• Óculos de segurança, contra respingos, para trabalhos que possam causar irritação nos
olhos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos;
• Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos, provenientes de
poeiras e
• Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e outras le-
sões decorrentes da ação de radiações perigosas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
363
Proteção do tronco
Aventais, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos em haja perigo de
lesões provocadas por:
• Riscos de origem radioativa;
• Riscos de origem biológica; e
• Riscos de origem química.
Proteção respiratória
Para exposição a agentes ambientais em concentrações prejudiciais à saúde do trabalhador, de
acordo com os limites estabelecidos na NR15:
Respiradores contra poeiras, para trabalhos que impliquem produção de poeiras; respiradores
e máscaras de filtro químico para exposição a agentes químicos prejudiciais à saúde; aparelhos de iso-
lamento (autônomo ou de adução de ar), para locais de trabalho onde o teor de oxigênio seja inferior
a 18% em volume.
Antes de se usar, ou mesmo antes de se adquirir qualquer equipamento de proteção individual,
o profissional deverá conhecer de que ele terá de se proteger, quais os risco - biológicos, físicos e/ou
químicos, aos quais ele estará exposto. Ele tendo estas respostas, estará apto a adquirir e usar esses
equipamentos e trabalhar com mais segurança.
Observações:
Poderão existir dificuldades para se adquirir esses equipamentos, desde o momento em que
se vai solicitar ao setor de compras ou mesmo quem vai direto à loja adquiri-los, pois as suas espe-
cificações são muitas vezes difíceis de serem descritas. Torna-se mais fácil fazer a descrição desses
equipamentos a partir de algumas indagações feitas junto ao fabricante, como: a proteção a que se
destina dar ao trabalhador, a sua vida útil, os limites de sua utilização e como realizar a sua limpeza e
conservação, com estas perguntas antes de se adquirir os equipamentos, estará o profissional, respal-
dado em sua compra, pois estas perguntas deverão ser respondidas nas propostas apresentadas pelas
empresas candidatas ao fornecimentos desses equipamentos.
Antes de se decidir por algum EPI, solicitar ao fabricante que informe se esses equipamentos
possuem o Certificado de Aprovação concedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No caso des-
ses equipamentos serem de fabricação de origem não brasileira, e mesmo que eles possuam o referi-
do Certificado do país de origem, mesmo assim, terá que apresentar o Certificado de Aprovação emiti-
do pelo Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil, pois sem ele o próprio Ministério não o reconhece
como equipamento de proteção individual.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
364
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
365
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
366
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
367
Vitaminas Hidrossolúveis
As Vitaminas são classificadas em Hidrossolúveis e Lipossolúveis.
As vitaminas hidrossolúveis são vitaminas solúveis em água. O organismo somente usa o ne-
cessário, eliminando o excesso, ou seja, não são armazenadas em nosso organismo em quantidades
apreciáveis. As vitaminas hidrossolúveis quando ingeridas em altas doses não provocam distúrbios já
que seu excesso é eliminado na urina.
As vitaminas hidrossolúveis são muito sensíveis ao cozimento e se perdem facilmente na água
em que as verduras e legumes são cozidos. Por isso longos cozimentos devem ser evitados.
São as vitaminas C e do complexo B.
Vitaminas Lipossolúveis
As vitaminas lipossolúveis são as vitaminas solúveis em lipídios e não-solúveis em água.
Para serem absorvidas é necessária a presença de lipídios. As vitaminas lipossolúveis são a vita-
mina A, a vitamina D, a vitamina E e a vitamina K. As vitaminas A e D são armazenadas principalmente
no fígado e a E nos tecidos gordurosos e, em menor escala, nos órgãos reprodutores. O organismo
consegue armazenar pouca quantidade de vitamina K.
As lipossolúveis quando ingeridas em altas doses ficam retidas no organismo podendo causar
distúrbios.
Atualmente é reconhecido que os seres humanos necessitam de 13 vitaminas diferentes, sendo
que o nosso corpo só consegue produzir vitamina D.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
368
Vitamina A
Vitamina B1
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
369
Deficiência da B1
Vitamina B2
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
370
Vitamina B3
Fontes: Ervilha, amendoim, fava, peixe, feijão, fígado.
Doenças provocadas pela carência (hipovitaminoses): Insônia, dor de cabeça, dermatite, diar-
réia,depressão.
Funções no organismo: Manutenção da pele, proteção do fígado, regula a taxa de colesterol no
sangue.
Deficiência da B3
Vitamina B5
Fontes: Fígado, cogumelos, milho, abacate, gema de ovo, leite, legumes, frutas.
Doenças provocadas pela carência (hipovitaminoses): Fadigas, cãibras musculares, insônia.
Funções no organismo: Regula o metabolismo de proteínas, gorduras e açúcares.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
371
Vitamina B12
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
372
Vitamina C
Fontes: Laranja, limão, abacaxi, kiwi, acerola, morango, brócolis, melão, manga.
Doenças provocadas pela carência (hipovitaminoses): escorbuto (uma doença que tem como
primeiros sintomas hemorragias nas gengivas, tumefação purulenta das gengivas (inchaço com pus),
dores nas articulações, feridas que não cicatrizam).
Funções no organismo: Atua no fortalecimento de sistema imunológico e aumenta a absorção
do ferro pelo intestino.
Deficiência de vitamina C
Vitamina D
Fontes: Óleo de peixe, fígado, gema de ovos...
Doenças provocadas pela carência (hipovitaminoses): Raquitismo e osteoporose.
Funções no organismo: Regulação dos níveis de cálcio no sangue e de fósforo, aumenta a reab-
sorção dos ossos.
A síntese de vit. D é ativada pela radiação ultravioleta (RUV), visto que seu precursor está pre-
sente na pele.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
373
Síntese de Vitamina D
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
374
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
375
Vitamina K
Fontes: Fígado e verduras de folhas verdes, abacate.
Doenças provocadas pela carência (hipovitaminoses): Deficiência na coagulação do sangue,
hemorragias e tem maior importância no neo nato.
Funções no organismo: Atua na coagulação do sangue, previne osteoporose, ativa a osteocalci-
na (importante proteína dos ossos).
Lipídeos
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
376
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
377
Glicídios
Os glicídios são moléculas orgânicas constituídas fundamentalmente por átomos de carbono,
hidrogênio e oxigênio. São também conhecidos como açúcares, carboidratos.
São a principal fonte de energia para os seres vivos, tendo duas funções: gerar energia e atuar
na formação de partes dos corpos dos seres vivos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
378
Classificação do Glicídios
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
379
A sacarose - o açúcar de cana - é um dissacarídeo formado pela união de uma molécula de gli-
cose e uma de frutose.
Outro exemplo de dissacarídeo é a lactose - o açúcar do leite -, constituído por uma glicose liga-
da a uma galactose.
Polissacarídeos: Polissacarídeos são moléculas grandes, formadas de centenas ou milhares de
monossacarídios. Exemplos de polissacarídeos são amido, glicogênio, celulose, quitina, entre outros.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
380
As proteínas
São componentes de tecidos, membranas, determinam a ocorrência de reações químicas do
organismo.
São polímeros compostos por aminoácidos.
Obtemos proteínas na alimentação, elas são digeridas no tubo digestório (estomago).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
381
ESTRUTURA DE UM AMINOÁCIDO
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
382
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
383
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
384
SAIS MINERAIS
Os sai minerais e as vitaminas, funcionam como “cofatores” do metabolismo no organismo. Sem
eles as reações metabólicas ficariam tão lentas que não seriam efetivas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
385
FERRO
É um componente fundamental da hemoglobina e de algumas enzimas do sistema respiratório.
A deficiência desse mineral, resulta em anemia.
É importante saber que sem a vitamina C, a quantidade de ferro obtida pela ingestão de vegetais
é irrisória. O feijão, por exemplo, é rico em ferro. Porém nosso organismo consegue absorver apenas
10% desse mineral contido no cereal. No entanto se o feijão for acompanhado de um alimento rico
em vitamina C, como suco de laranja por exemplo, a absorção de ferro pode chegar a 40%. As carnes
são diferentes, pois estão entre as melhores fontes de ferro e nesse caso as moléculas do mineral não
precisam da ajuda da vitamina para melhor serem absorvidos pelo nosso organismo.
As melhores fontes de ferro são:
• Carne bovina;
• Carde frango;
• Carne suína;
• Peixes;
• Feijão
• Ovos;
• Legumes.
A deficiência de ferro é comum mulheres, principalmente pela perda desse mineral pela mens-
truação. Os atletas também devem estar atentos para a ingestão adequada de ferro, uma vez que
ao perderem este mineral pela urina e pela transpiração, a própria atividade física pode atrapalhar a
habilidade de absorção de ferro pelo organismo.
CÁLCIO
As necessidades de cálcio são geralmente suprimidas pelos laticínios, especialmente o leite. A
maior parte de cálcio, cerca de 90% é armazenada nos ossos, realizando uma troca constante desse
mineral com o sangue e tecidos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
386
FÓSFORO
O fósforo tem um papel importante na produção de energia, juntamente o cálcio. A energia
química do corpo é armazenada em combinações de “fosfato de alta energia”.
O elemento fósforo é altamente venenoso, não é tóxico quando ingerido em forma de fosfato
na dieta.
Principais fontes de fósforo:
• Carnes;
• Ovos;
• Leites.
MAGNÉSIO
Pesquisas revelaram que o magnésio tem um papel fundamente na performance em esportes
de resistência. Este mineral encontra-se armazenado principalmente em músculos e ossos, onde atua
na contração muscular e no metabolismo energético.
Principais fontes de magnésio:
• Alimentos de grãos integrais;
• Frutos do mar;
• Nozes.
IODO
A deficiência de iodo pode causar o bócio, que é o crescimento patológico da glândula tireoide.
Habitantes das zonas costeiras, geralmente recebem o suprimento adequado de iodo.
Principais fontes de iodo:
• Sal iodado;
• Peixes marinhos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
387
POTÁSSIO
Este mineral é um eletrólito importante para a transmissão nervosa, contração muscular e equi-
líbrio de fluidos no organismo. Sintomas de deficiência de potássio incluem: fraqueza muscular, deso-
rientação e fadiga.
Principais fontes de potássio:
• Banana;
• Carnes;
• Batata;
• Grãos integrais.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
388
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
389
390
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
391
A dimensão da fome
Conforme mencionado anteriormente, a aferição da dimensão da fome ou da deficiência ener-
gética crônica em uma população pode ser feita a partir da avaliação das reservas energéticas dos
indivíduos ou, mais especificamente, a partir da proporção de indivíduos emagrecidos. Embora a de-
ficiência energética crônica seja um evento essencialmente familiar, acometendo simultaneamente
crianças e adultos, sua aferição se torna mais específica quando feita sobre indivíduos adultos – crian-
ças podem responder à deficiência energética com a redução do crescimento linear, enquanto adultos
sempre respondem com o emagrecimento. Consideram-se magros os adultos que têm relação peso/
altura (Índice de Massa Corporal) inferior a 18,5 kg/m2. Em populações onde se sabe não existir fome,
adultos magros não ultrapassam 3% a 5% da população, considerando-se proporções acima desses
valores como indicativas de risco de deficiência energética crônica. A OMS classifica proporções de
adultos magros entre 5% e 9% como indicativa de baixa prevalência de déficits energéticos, o que
justificaria a necessidade de monitorar o problema e estar alerta para sua eventual deterioração.
Proporções entre 10% e 19% caracterizariam prevalência moderada da deficiência energética crônica
enquanto proporções entre 20% e 29% e proporções iguais ou superiores a 40% caracterizariam, res-
pectivamente, prevalências altas e muito altas (WHO, 1995).
A Tabela 3 apresenta estimativas sobre a frequência e a distribuição da prevalência da deficiên-
cia energética crônica em adultos no Brasil conforme a Pesquisa sobre Padrões de Vida – PPV, reali-
zada pelo IBGE entre 1996 e 1997. A PPV foi restrita às regiões Nordeste e Sudeste, as quais abrigam
cerca de 70% da população total do país.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
392
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
393
O aumento de renda das famílias brasileiras e o declínio da pobreza observados entre 1970 e
1980 certamente contribuíram para a intensa redução da deficiência energética crônica apontada pe-
los inquéritos realizados entre 1974-1975 e 1989, sendo mais difícil identificar fatores prováveis para
o declínio adicional do problema entre 1989 e 1996-1997.
Conclusões e implicações
A pobreza, medida pela insuficiência de renda, alcança mais de um quarto da população brasi-
leira e dissemina-se por todas as regiões e áreas do país, afligindo, entretanto, em particular, as po-
pulações do Norte e Nordeste e, ainda mais particularmente, a população rural dessa última região. A
desnutrição, medida pelo retardo do crescimento infantil, alcança cerca de 10% das crianças do país e
se distribui no território nacional de forma semelhante à pobreza, ainda que com diferenças regionais
mais intensas. Na região em situação mais favorável – as áreas urbanas do Centro-Sul – a ocorrência
de crianças de baixa estatura é rara e sua freqüência é apenas pouco superior à observada em países
desenvolvidos,enquanto na região em situação menos favorável – o Nordeste rural – o problema al-
cança uma em cada quatro crianças, condição que aproxima essa região dos países mais pobres de
mundo.
Diferenças regionais quanto ao poder aquisitivo das famílias não explicam inteiramente o ex-
cesso relativo de desnutrição infantil no Norte e Nordeste e nas áreas rurais dessa última região. A
fome ou a deficiência energética crônica, medida pela depleção de reservas energéticas na população
adulta, alcança freqüências limitadas no país, compatíveis com virtual ausência de risco do problema.
A distribuição regional do indicador de deficiência energética crônica aponta ausência do problema
nas áreas urbanas da região Sudeste e virtual ausência do problema nas áreas urbanas do Nordeste e
nas áreas rurais do Sudeste. Risco baixo de deficiência energética crônica (muito distante da situação
documentada em países que convivem endemicamente com a fome) é encontrado nas áreas rurais
da região Nordeste.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
394
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
395
Cada país possui vários pratos e hábitos alimentares; Diferentes países possuem diferentes há-
bitos alimentares; Muitos hábitos alimentares estão relacionados com aspectos culturais e religiosos.
Constituídos por diferentes substâncias – Nutrientes: Proteínas (carne, peixe e ovos) Glicídios
(arroz, massa, pão, batatas, grãos) Lípidos (óleos, frutos secos, manteiga) Sais minerais (vegetais, fru-
ta, peixe, lacticínios) Vitaminas (fruta e vegetais) Fibras (fruta, cereais, vegetais) Água.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
396
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
397
Roda dos Alimentos Criada em 1977 por profissionais portugueses ligados à saúde; 5 grupos de
alimentos “Saber comer é saber viver”.
Antiga Roda
Diferenças Nº de grupos de alimentos; 5 na antiga, 7 na atual Água no centro (atual); Conceito
de porção diária (atual). A roda dos alimentos é uma imagem em forma de círculo (prato) que nos
ajuda a escolher e a combinar os alimentos que deverão fazer parte da nossa alimentação diária. Está
dividida em grupos que reúnem alimentos com propriedades nutricionais semelhantes.
Ingerir em maior quantidade os alimentos pertencentes aos grupos maiores; Variar, dentro de
cada grupo, o consumo dos vários alimentos; Ingerir alimentos de todos os grupos; Evitar a ingestão
de certas bebidas e de produtos açucarados e salgados.
Porções Cereais, derivados e tubérculos – 4 a 11hortícolas – 3 a 5 Frutas – 3 a 5 Lacticínios – 2 a
3 Carne, peixe e ovos – 1,5 a 4,5Leguminosas – 1 a 2 Gorduras e óleos – 1 a 3.
Carne ou Peixe? O peixe tem excelentes qualidades nutricionais pelo que é considerado um ali-
mento fundamental para uma dieta saudável e equilibrada; Recomendado para todas as pessoas de
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
398
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
399
PASSO 2 CONSUMA FEIJÃO PELO MENOS 1 VEZ AO DIA - NO MÍNIMO 4 VEZES POR SEMA-
NA
O feijão é um alimento importante no prato do brasileiro, isso é ótimo ... ele é um alimento rico
em ferro e fibras e deve estar presente nas refeições, pelo menos, 4 vezes por semana. Na hora das
refeições coloque 1 concha de feijão no seu prato, assim você estará evitando a anemia. Redescubra
as antigas receitas da família e coloque feijão na sopa, virado, tutu, salada etc.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
400
PASSO 5 FAÇA PELO MENOS 3 REFEIÇÕES E 1 LANCHE POR DIA. NÃO PULE AS REFEIÇÕES.
PARA O LANCHE PREFIRA FRUTAS.
Este passo é fundamental para se manter saudável. Tendo todas as refeições você evita que o
estômago fique vazio por muito tempo, diminuindo o risco de ter gastrite e de comer muito quando
for se alimentar.
Comendo nas horas certas você também “belisca” menos, o que vai ajudar você a controlar o
peso. Nos lanches e sobremesas prefira comer frutas no lugar de doces. As frutas têm bastante vita-
minas e fibras que melhoram a saúde.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
401
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
402
17. DIETOTERAPIA
É o tratamento através de uma alimentação adequada para determinadas patologias ou na pre-
venção destas. A finalidade básica da dietoterapia é oferecer ao organismo debilitado os nutrientes
adequados da forma que melhor se adapte ao tipo de condição patológica e características físicas,
nutricionais, psicológicas e sociais do indivíduo, recuperando-o.
Indivíduo Sadio: Dieta adequada e preparada de forma correta.
Indivíduo Doente: Dieta específica para a cura da(s) patologia(s) + preparo da forma correta +
necessidades individuais. Critérios mais rígidos para evitar retrocesso no estado nutricional, por ex-
cesso ou por falta de um ou mais nutrientes.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
403
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
404
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
405
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
406
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
407
18 – EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
408
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
409
Questão 2: (Pucrs 2004) Recentes descobertas sobre Marte, feitas pela NASA, sugerem que o Planeta
Vermelho pode ter tido vida no passado. Esta hipótese está baseada em indícios:
a) da existência de esporos no subsolo marciano.
b) da presença de uma grande quantidade de oxigênio em sua atmosfera.
c) de marcas deixadas na areia por seres vivos.
d) da existência de água líquida no passado.
e) de sinais de rádio oriundos do planeta.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
410
Questão 4: (Unesp 99) Os açúcares complexos, resultantes da união de muitos monossacarídeos, são
denominados polissacarídeos.
a) Cite dois polissacarídeos de reserva energética, sendo um de origem animal e outro de origem
vegetal.
Questão 5: (Cesgranrio 99) “A margarina finlandesa que reduz o COLESTEROL chega ao mercado ame-
ricano ano que vem.” (JORNAL DO BRASIL, 23/07/98)
“O uso de ALBUMINA está sob suspeita” (O GLOBO, 27/07/98)
“LACTOSE não degradada gera dificuldades digestivas” (IMPRENSA BRASILEIRA, agosto/98)
Questão 6: (Ufc 96) Na questão a seguir escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos.
Sobre as substâncias que compõem os seres vivos, é correto afirmar que:
01. os carboidratos, os lipídios e as vitaminas são fontes de energia para os seres vivos;
02. a água é a substância encontrada em maior quantidade nos seres vivos;
04. além de sua função energética, os carboidratos estão presentes na formação de algumas estrutu-
ras do seres vivos;
08. as gorduras constituem o principal componente estrutural dos seres vivos;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
411
Questão 7: (Mackenzie 2002) São substâncias usadas preferencialmente como fonte de energia:
a) fosfolipídios e esteróides.
b) glicerídeos e polissacarídeos, como o amido.
c) proteínas e glicerídeos.
d) cerídeos e esteróides.
e) carotenóides e polissacarídeos, como a celulose.
Questão 8: (Ufc 2002) O colesterol tem sido considerado um vilão nos últimos tempos, uma vez que as
doenças cardiovasculares estão associadas a altos níveis desse composto no sangue. No entanto,
o colesterol desempenha importantes papéis no organismo.
Analise os itens a seguir.
I. O colesterol é importante para a integridade da membrana celular.
II. O colesterol participa da síntese dos hormônios esteróides.
III. O colesterol participa da síntese dos sais biliares.
Questão 9: Complete a frase abaixo marcando em seguida a opção que contém as palavras corretas.
Os carboidratos, também chamados de _________________ ou hidratos de carbono, são mo-
léculas orgânicas que constituem a principal fonte de energia para os seres vivos. Com exceção
do __________, todos os carboidratos são de origem vegetal, e eles podem ser classificados em
monossacarídeos, dissacarídeos e ________________. Os ___________ apresentam átomos de
carbono em sua molécula e seus principais representantes são a glicose, frutose e ___________.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
412
Questão 11: (UFR-RJ) As plantas e animais utilizam diversos componentes químicos na formação de
partes importantes de seus organismos ou na construção de estruturas importantes em sua so-
brevivência. A seguir estão citados alguns:
I – O esqueleto externo dos insetos é composto de um polissacarídeo.
II – As células vegetais possuem uma parede formada por polipeptídeos.
III – Os favos das colmeias são constituídos por lipídios.
IV – As unhas são impregnadas de polissacarídeos que as deixam rígidas e impermeabilizadas.
Estão corretas as afirmativas
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) II e IV.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
413
Questão 13: (Unifor-CE) As fibras musculares estriadas armazenam um carboidrato a partir do qual se
obtém energia para a contração. Essa substância de reserva se encontra na forma de:
a) Amido;
b) Glicose;
c) Maltose;
d) Sacarose;
e) Glicogênio.
Questão 15: (UFU-MG) O colesterol é um esteroide que constitui um dos principais grupos de lipídios.
Com relação a esse tipo particular de lipídio, é correto afirmar que:
a) Na espécie humana, o excesso de colesterol aumenta a eficiência da passagem do sangue no in-
terior dos vasos sanguíneos, acarretando a arteriosclerose.
b) O colesterol participa da composição química das membranas das células animais e é precursor
dos hormônios sexuais masculino (testosterona) e feminino (estrógeno).
c) O colesterol é encontrado em alimentos de origem tanto animal como vegetal (como por exem-
plo, manteigas, margarinas, óleos de soja, milho, etc.), uma vez que é derivado do metabolismo
dos glicerídeos.
d) Nas células vegetais, o excesso de colesterol diminui a eficiência dos processos de transpiração
celular e da fotossíntese.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
414
Questão 18: Em certas células encontramos o retículo endoplasmático liso muito bem desenvolvido.
Levando isso em consideração, podemos concluir que essas células produzem:
a) Proteínas;
b) Lipídios;
c) Aminoácidos;
d) Polissacarídeos.
Ministério da Saúde
1. Cite os cinco fatores essenciais para o bom funcionamento do organismo do adulto e explique
detalhadamente cada fator.
2. Cite e explique os 10 passos para uma alimentação saudável na vida adulta.
Se você achar que mais de uma resposta está certa, escolha a que você mais costuma fazer quan-
do come.
Lembre-se: responda o que você realmente come, e não o que gostaria ou acha que seria melhor.
Se você tiver alguma dificuldade para responder, peça ajuda a alguém próximo da família, amigo
ou vizinho.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
415
2. Qual é, em média, a quantidade de legumes e verduras que você come por dia? Atenção! Não
considere nesse grupo os tubérculos e as raízes (veja pergunta 4).
a. ( ) Não como legumes, nem verduras todos os dias
b. ( ) 3 ou menos colheres de sopa
c. ( ) 4 a 5 colheres de sopa
d. ( ) 6 a 7 colheres de sopa
e. ( ) 8 ou mais colheres de sopa
3. Qual é, em média, a quantidade que você come dos seguintes alimentos: feijão de qualquer tipo
ou cor, lentilha, ervilha, grão-de-bico, soja, fava, sementes ou castanhas?
a. ( ) Não consumo
b. ( ) 2 ou mais colheres de sopa por dia
c. ( ) Consumo menos de 5 vezes por semana
d. ( ) 1 colher de sopa ou menos por dia
4. Qual a quantidade, em média, que você consome por dia dos alimentos listados abaixo?
a. Arroz, milho e outros cereais (inclusive os matinais); mandioca/macaxeira/aipim, cará ou inha-
me; macarrão e outras massas; batata inglesa, batata-doce, batata-baroa ou mandioquinha: co-
lheres de sopa
b. Pães: unidades/fatias
c. Bolos sem cobertura e/ou recheio: fatias
d. Biscoito ou bolacha sem recheio: unidades
5. Qual é, em média, a quantidade de carnes (gado, porco, aves, peixes e outras) ou ovos que você
come por dia?
a. ( ) Não consumo nenhum tipo de carne
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
416
6. Você costuma tirar a gordura aparente das carnes, a pele do frango ou outro tipo de ave?
a. ( ) Sim
b. ( ) Não
c. ( ) Não como carne vermelha ou frango
8. Qual é, em média, a quantidade de leite e seus derivados (iogurtes, bebidas lácteas, coalhada,
requeijão, queijos e outros) que você come por dia?
Pense na quantidade usual que você consome: pedaço, fatia ou porções em colheres de sopa ou
copo grande (tamanho do copo de requeijão) ou xícara grande, quando for o caso.
a. ( ) Não consumo leite, nem derivados (vá para a questão 10)
b. ( ) 3 ou mais copos de leite ou pedaços/fatias/porções
c. ( ) 2 copos de leite ou pedaços/fatias/porções
d. ( ) 1 ou menos copos de leite ou pedaços/fatias/ porções
10. Pense nos seguintes alimentos: frituras, salgadinhos fritos ou em pacotes, carnes salgadas, ham-
búrgueres, presuntos e embutidos (salsicha, mortadela, salame, linguiça e outros). Você costuma
comer qualquer um deles com que frequência?
a. ( ) Raramente ou nunca
b. ( ) Todos os dias
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
417
11. Pense nos seguintes alimentos: doces de qualquer tipo, bolos recheados com cobertura, biscoitos
doces, refrigerantes e sucos industrializados. Você costuma comer qualquer um deles com que
frequência?
a. ( ) Raramente ou nunca
b. ( ) Menos que 2 vezes por semana
c. ( ) De 2 a 3 vezes por semana
d. ( ) De 4 a 5 vezes por semana
e. ( ) Todos os dias
12. Qual tipo de gordura é mais usado na sua casa para cozinhar os alimentos?
a. ( ) Banha animal ou manteiga
b. ( ) Óleo vegetal como: soja, girassol, milho, algodão ou canola
c. ( ) Margarina ou gordura vegetal
13. Você costuma colocar mais sal nos alimentos quando já servidos em seu prato?
a. ( ) Sim
b. ( ) Não
14. Pense na sua rotina semanal: quais as refeições você costuma fazer habitualmente no dia?
Assinale no quadro abaixo as suas opções. Cada item vale um ponto, a pontuação final será a
soma deles.
Não (0) Sim (1)
Café da manhã
Lanche da manhã
Almoço
Lanche ou café da tarde
Jantar ou café da noite
Lanche antes de dormir
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
418
16. Você costuma consumir bebidas alcoólicas (uísque, cachaça, vinho, cerveja, conhaque etc.) com
qual frequência?
a. ( ) Diariamente
b. ( ) 1 a 6 vezes na semana
c. ( ) Eventualmente ou raramente (menos de 4 vezes ao mês)
d. ( ) Não consumo
17. Você faz atividade física REGULAR, isto é, pelo menos 30 minutos por dia, todos os dias da sema-
na, durante o seu tempo livre?
Considere aqui as atividades da sua rotina diária como o deslocamento a pé ou de bicicleta para
o trabalho, subir escadas, atividades domésticas, atividades de lazer ativo e atividades praticadas
em academias e clubes. Os 30 minutos podem ser divididos em 3 etapas de 10 minutos.
a. ( ) Não
b. ( ) Sim
c. ( ) 2 a 4 vezes por semana
18. Você costuma ler a informação nutricional que está presente no rótulo de alimentos industrializa-
dos antes de comprá-los?
a. ( ) Nunca
b. ( ) Quase nunca
c. ( ) lgumas vezes, para alguns produtos
d. ( ) Sempre ou quase sempre, para todos os produtos
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
419
RESPOSTAS:
• Até 28 pontos:
Você precisa tornar sua alimentação e seus hábitos de vida mais saudáveis! Dê mais atenção à
alimentação e atividade física. Verifique os 10 Passos para uma Alimentação Saudável e adote-os
no seu dia-a-dia. Para iniciar, escolha aquele que lhe pareça mais fácil, interessante ou desafiador
e procure segui-lo todos os dias.
• 29 a 42 pontos:
Fique atento com sua alimentação e outros hábitos como atividade física e consumo de líquidos.
Verifique nos 10 Passos para uma Alimentação Saudável qual(is) deles não faz(em) parte do seu
dia-a-dia, adote-o(s) na sua rotina!
• 43 pontos ou mais:
Parabéns! Você está no caminho para o modo de vida saudável. Mantenha um dia-a-dia ativo e
verifique os 10 Passos para uma Alimentação Saudável. Se identificar algum que não faz parte da
sua rotina, adote-o.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
420
LIMA e SILVA, F.H.A. Barreiras de Contenção. In: Oda, L.M. & Avila, S.M. (orgs.). Biossegurança em La-
boratórios de Saúde Pública. Ed. M.S., p.31-56, 1998.
ROUQUAYROL, Maria Zelia; ALMEIDA FILHO, Naomar de. Epidemiologia e saúde. 6. ed. Rio de Janeiro:
MEDSI, 2003. 708 p.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
421
ENFERMAGEM
Etapa 1
MICROBIOLOGIA
Características gerais
• São agente infecciosos acelulares;
• Não possuem metabolismo próprio;
• Parasitas obrigatórios (depende de uma célula hospedeira para se reproduzir);
• São parasitas intracelulares;
• Multiplicam-se dentro das células vivas usando a maquinaria de síntese das células.
Tamanho do Vírus
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
425
Estrutura do vírus
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
426
Ilustração do vírus HIV mostrando as proteínas do capsídeo responsáveis pela aderência na cé-
lula hospedeira
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
427
A especificidade viral
Para os vírus conseguir invadir as células é necessário existir uma perfeita interação entre móle-
culas periféricas e certos receptores celulares específicos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
428
Bacteriófago
Os bacteriófagos podem ser vírus de DNA ou de RNA que infectam somente organismos pro-
cariotos. São formados apenas pelo nucleocapsídeo, não existindo formas envelopadas. Os mais es-
tudados são os que infectam a bactéria intestinal Escherichia coli, conhecida como fagos T. Estes são
constituídos por uma cápsula protéica bastante complexa, que apresenta uma região denominada
cabeça, com formato poligonal, envolvendo uma molécula de DNA, e uma região denominada cauda,
com formato cilíndrico, contendo, em sua extremidade livre, fibras protéicas.
A reprodução ou replicação dos bacteriófagos, assim como os demais vírus, ocorre somente no
interior de uma célula hospedeira.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
429
No ciclo lítico, o vírus invade a bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas na
presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, co-
manda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as
moléculas de ácido nucléico. São produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula infec-
tada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados.
Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo mul-
ticelular aparecem imediatamente. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento bioquímico(Ribosso-
mo)da célula para fabricar sua proteína (Capsídeo).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
430
No ciclo lisogênico, o vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, onde o DNA viral incorpo-
ra-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma
vez infectada, a célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante
o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do
vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as
células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar
por mitose e todas as células estarão infectadas também. Sintomas causados por um vírus que se
reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular podem demorar a aparecer. Doenças
causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes.
Sob determinadas condições, naturais e artificiais (tais como radiações ultravioleta, raios X ou
certos agentes químicas), uma bactéria lisogênica pode transformar-se em não-lisogênica e iniciar o
ciclo lítico.
Classificação Viral
Os vírus seguem os mesmos princípios do dogma central da multiplicação biológica:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
431
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
432
Transmissão
A transmissão de infecções virais pode se dar:
a) de pessoa a pessoa;
b) de animal para animal;
c) de animal para animal, porém com envolvimento eventual de pessoas;
d) através de vetores artrópodos, eventualmente envolvendo pessoas ou animais.
433
DOENÇAS VIRÓTICAS
AIDS
Descrição - Doença caracterizada por uma disfunção grave do sistema imunológico do indivíduo
infectado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Sua evolução é marcada por uma considerável
destruição de linfócitos T CD4+ e pode ser dividida em três fases:
Infecção aguda: pode surgir semanas após a infecção inicial, com manifestações variadas que
podem se assemelhar a um quadro gripal. Nessa fase, os sintomas são autolimitados e, quase sempre,
a doença não é diagnosticada devido à semelhança com outras doenças virais.
Infecção assintomática: duração variável por alguns anos.
Fase evolutiva: doença sintomática, da qual a AIDS é a manifestação mais grave da imunode-
pressão, é definida por diversos sinais e sintomas, tais como: febre prolongada, diarréia crônica, per-
da de peso importante (superior a 10% do peso anterior do indivíduo), sudorese noturna, infecções
oportunistas como a tuberculose, pneumonia, toxoplasmose cerebral, candidíase, meningite, dentre
outras.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
434
Modo de transmissão:
• Sexual;
• Sanguínea (via parenteral e da mãe para o filho, no curso da gravidez, durante ou após o
parto);
• Pelo leite materno.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
435
Tratamento
• Não existe vacina;
• Não existe cura, porém medicamentos que inibem a ação da enzimas;
• Formulação de novos medicamentos.
DENGUE
Descrição
Doença infecciosa, febril, aguda, que pode ser de curso brando ou grave, dependendo da forma
como se apresente.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
436
Sinonímia
Febre de quebra ossos.
Agente etiológico
O vírus Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae.
Modo de transmissão
A transmissão se faz pela picada da fêmea do Aedes aegypti contaminada.
Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa
sadia, nem por fontes de água ou alimento.
Medidas de controle:
As medidas de controle se restringem ao vetor Aedes aegypti, uma vez que não há vacina ou
drogas antivirais específicas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
437
Ciclo do Mosquito
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
438
Descrição
Doença febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias) e gravidade variável. Apresenta-se
como infecções subclínicas e/ ou leves, até formas graves, fatais.
O quadro típico tem evolução bifásica (período de infecção e de intoxicação), com início abrup-
to, febre alta e pulso lento em relação à temperatura (sinal de Faget), calafrios, cefaléia intensa, mial-
gias, prostração, náuseas e vômitos, durando cerca de 3 dias, após os quais se observa remissão da
febre e melhora dos sintomas, o que pode durar algumas horas ou, no máximo, 2 dias.
O caso pode evoluir para cura ou para a forma grave (período de intoxicação), caracterizada pelo
aumento da febre, diarréia e reaparecimento de vômitos com aspecto de borra de café, instalação de
insuficiência hepática e renal.
Surgem também icterícia, manifestações hemorrágicas (hematêmese, melena, epistaxe, hema-
túria, sangramento vestibular e da cavidade oral, entre outras), oligúria, albuminúria e prostração
intensa, além de comprometimento do sensório, que se expressa mediante obnubilação mental e
torpor com evolução para coma.
Epidemiologicamente, a doença pode se apresentar sob duas formas distintas: Febre Amarela
Urbana (FAU) e Febre Amarela Silvestre (FAS), diferenciando-se uma da outra pela localização geográ-
fica, espécie vetorial e tipo de hospedeiro.
Agente etiológico
Vírus amarílico, arbovírus do gênero Flavivírus e família Flaviviridae.
Modo de transmissão
Na FAS, o ciclo de transmissão se processa entre o macaco infectado → mosquito silvestre →
macaco sadio. Na FAU, a transmissão se faz através da picada do mosquito Aedes aegypti, no ciclo:
homem infectado → Aedes aegypti → homem sadio.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
439
Medidas de controle:
A vacinação é a mais importante medida de controle. A vacina é administrada em dose única e
confere proteção próxima a 100%.
Deve ser realizada a partir dos nove meses de idade, com reforço a cada 10 anos, nas zonas en-
dêmicas, de transição e de risco potencial, assim como para todas as pessoas que se deslocam para
essas áreas. Em situações de surto ou epidemia, vacinar a partir dos 6 meses de idade.
HEPATITE A
Descrição
Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus A (HAV) e também conhecida como “he-
patite infecciosa”, “hepatite epidêmica”, ou “hepatite de período de incubação curto”.
Agente etiológico
É um pequeno vírus RNA, membro da família Picornaviridae.
O período de incubação, intervalo entre a exposição efetiva do indivíduo suscetível ao vírus e o
início dos sinais e sintomas clínicos da infecção, varia de 15 a 50 dias (média de 30 dias).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
440
Prevenção
A hepatite A pode ser prevenida pela utilização da vacina específica contra o vírus A1. Entre-
tanto, a melhor estratégia de prevenção desta hepatite inclui a melhoria das condições de vida, com
adequação do saneamento básico e das medidas educacionais de higiene.
Prognóstico
É excelente e a evolução resulta em recuperação completa. A ocorrência de hepatite fulminante
é inferior a 0,1% dos casos ictéricos. Não existem casos de hepatite crônica pelo HAV.
A doença pode ocorrer de forma esporádica ou em surtos e, devido à maioria dos casos cursar
sem icterícia e com sinais e sintomas pouco específicos, pode passar na maioria das vezes despercebi-
da, favorecendo a não identificação da fonte de infecção.
Nos pacientes sintomáticos, o período de doença se caracteriza pela presença de colúria, hi-
pocolia fecal e icterícia. A frequência da manifestação ictérica aumenta de acordo com a faixa etária,
variando de 5 a 10% em menores de 6 anos e chegando até 70-80% nos adultos.
O diagnóstico específico de hepatite A aguda é confirmado, de modo rotineiro, por meio da
detecção de anticorpos anti-HAV da classe IgM. A detecção de anticorpos da classe IgG não permite
diferenciar se a infecção é aguda ou trata-se de infecção pregressa. Em surtos, pode-se confirmar a
hepatite A também por vínculo epidemiológico, depois que um ou dois casos apresentaram anticor-
pos anti-HAV da classe IgM.
OBS: O repouso é considerado medida imposta pela própria condição do paciente.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
441
Descrição
Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite B (HBV), conhecida anterior-
mente como soro-homóloga.
Agente etiológico
É um vírus DNA, hepatovírus da família Hepadnaviridae, podendo apresentar-se como infecção
assintomática ou sintomática. Em pessoas adultas infectadas com o HBV, 90 a 95% se curam; 5 a 10%
permanecem com o vírus por mais de seis meses, evoluindo para a forma crônica da doença.
Percentual inferior a 1% apresenta quadro agudo grave (fulminante). O período de incubação,
intervalo entre a exposição efetiva do hospedeiro suscetível ao vírus e o início dos sinais e sintomas da
doença varia de 30 a 180 dias (média de 70 dias).
A evolução de uma hepatite aguda consiste de três fases:
• Prodrômica ou pré-ictérica: com aparecimento de febre, astenia, dores musculares ou arti-
culares e sintomas digestivos, tais como: anorexia, náuseas e vômitos, perversão do pala-
dar, às vezes cefaléia, repulsa ao cigarro. A evolução é de mais ou menos quatro semanas.
Eventualmente essa fase pode não acontecer, surgindo a icterícia como o primeiro sinal.
• Ictérica: abrandamento dos sintomas digestivos e do surgimento da icterícia que pode ser
de intensidade variável, sendo, às vezes, precedida de colúria. A hipocolia pode surgir por
prazos curtos, sete a dez dias, e às vezes se acompanha de prurido.
• Convalescença: desaparece a icterícia e retorna a sensação de bem-estar. A recuperação
completa ocorre após algumas semanas, mas a astenia pode persistir por vários meses.
Noventa a 95% dos pacientes adultos acometidos podem evoluir para a cura.
Quando a reação inflamatória do fígado nos casos agudos sintomáticos ou assintomáticos per-
siste por mais de seis meses, considera-se que a infecção está evoluindo para a forma crônica.
Sintomas
Os sintomas, quando presentes, são inespecíficos, predominando fadiga, mal-estar geral e sin-
tomas digestivos. Somente 20 a 40% dos casos têm história prévia de hepatite aguda sintomática.
Em uma parcela dos casos crônicos, após anos de evolução, pode aparecer cirrose, com surgimento
de icterícia, edema, ascite, varizes de esôfago e alterações hematológicas. A hepatite B crônica pode
também evoluir para hepatocarcinoma sem passar pelo estágio de cirrose.
Modo de transmissão
A Hepatite B, pode ser transmitida:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
442
Tratamento
O tratamento da Hepatite B depende da fase em que se encontra:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
443
Hepatite crônica:
A persistência do HBsAg no sangue por mais de seis meses, caracteriza a infecção crônica pelo
vírus da hepatite B. O tratamento medicamentoso está indicado para algumas formas da doença crô-
nica e, devido à sua complexidade, deverá ser realizado em ambulatório especializado.
HEPATITE C
Descrição
Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite C (HCV), conhecido anterior-
mente por “hepatite Não A Não B”, quando era responsável por 90% dos casos de hepatite transmitida
por transfusão de sangue sem agente etiológico reconhecido.
Sintomas
A manifestação de sintomas da hepatite C em sua fase aguda é extremamente rara. Entretanto,
quando presente, ela segue um quadro semelhante ao das outras hepatites.
Quando a reação inflamatória nos casos agudos persiste sem melhoras por mais de seis meses,
considera-se que a infecção está evoluindo para a forma crônica. Os sintomas, quando presentes, são
inespecíficos, predominando fadiga, mal-estar geral e sintomas digestivos. Uma parcela das formas
crônicas pode evoluir para cirrose, com aparecimento de icterícia, edema, ascite, varizes de esôfago
e alterações hematológicas. O hepatocarcinoma também faz parte de uma porcentagem do quadro
crônico de evolução desfavorável.
Modo de transmissão
Em cerca de 10 a 30% dos casos dessa infecção, não é possível definir qual o mecanismo de
transmissão envolvido. Os mecanismos conhecidos para a transmissão dessa infecção são os seguin-
tes:
• Transfusão de sangue e uso de drogas injetáveis: o mecanismo mais eficiente para trans-
missão desse vírus é pelo contato com sangue contaminado. Desta forma, as pessoas com
maior risco de terem sido infectadas são: a) que receberam transfusão de sangue e/ou
derivados, sobretudo para aqueles que utiliza ram estes produtos antes do ano de 1993,
época em que foram instituídos os testes de triagem obrigatórios para o vírus C nos bancos
de sangue em nosso meio; b) que compartilharam ou compartilham agulhas ou seringas
contaminadas por esse vírus como usuários de drogas injetáveis.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
444
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
445
Diagnóstico
O diagnóstico da hepatite C é feito através da realização de exames de sangue de dois tipos:
exames sorológicos e exames que envolvem técnicas de biologia molecular.
Os testes sorológicos podem identificar anticorpos contra esse vírus e normalmente seus resul-
tados apresentam alta sensibilidade e especificidade1. Utiliza-se o teste ELISA (anti-HCV) para essa
pesquisa de anticorpos.
A presença do anticorpo contra o vírus da hepatite C (anti-HCV) significa que o paciente teve
contacto com o vírus. Sua presença não significa que a infecção tenha persistido. Cerca de 15 a 20%
das pessoas infectadas conseguem eliminar o vírus por meio de suas defesas imunológicas, obtendo a
cura espontânea da infecção. A presença de infecção persistente e atual pelo HCV é demonstrada pela
pesquisa do vírus no sangue, pelo exame HCV RNA qualitativo. Portanto, os pacientes que apresenta-
rem anti-HCV reagente deverão ser encaminhados para um centro de referência para uma avaliação
com um especialista.
Tratamento
O tratamento da hepatite C constitui-se em um procedimento de maior complexidade, devendo
ser realizado em serviços especializados. Nem todos os pacientes necessitam de tratamento e a de-
finição dependerá da realização de exames específicos, como biópsia hepática e exames de biologia
molecular. Quando indicado, o tratamento poderá ser realizado por meio da associação de interferon
com ribavirina ou do interferon peguilado associado à ribavirina. A chance de cura varia de 50 a 80%
dos casos, a depender do genótipo do vírus.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
446
Descrição:
É uma virose transmitida, predominantemente, pelo contato sexual (inclusive oro-genital).
A transmissão pode se dar, também, pelo contato direto com lesões ou objetos contaminados.
Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões vesiculosas que, em poucos dias, transformam-se
em pequenas úlceras, precedidas de sintomas de ardência, prurido e dor.
Acredita-se que a maioria dos casos de transmissão ocorre a partir de pessoas que não sabem
que estão infectadas ou são assintomáticas.
O vírus do Herpes é comumente associado a lesões de mucosas e pele, ao redor da cavidade oral
(herpes orolabial) e da genitália (herpes anogenital). Determina quadros variáveis benignos ou graves.
Há dois tipos de vírus: o tipo 1, responsável por infecções na face e tronco; tipo 2, relacionado
às infecções na genitália e de transmissão geralmente sexual. Ambos os vírus podem infectar qualquer
área da pele ou das mucosas. As manifestações clínicas são distintas e relacionadas ao estado imuno-
lógico do hospedeiro.
HERPES LABIAL
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
447
Sinonímia:
Herpevírus tipos 1 e 2.
Agente etiológico:
Os Herpes Simplex Virus, tipos 1 e 2, pertencem à família Herpesviridae.
Modo de transmissão:
Por contato íntimo com indivíduo transmissor do vírus, a partir de superfície mucosa ou lesão
infectante.
O vírus Herpes é rapidamente inativado em temperatura ambiente e após secagem, o que faz
com que a disseminação por aerossóis seja rara.
O vírus ganha acesso através de escoriações na pele ou contato direto com a cérvix uterina,
uretra, orofaringe ou conjuntiva.
Medidas de controle:
É infecção de difícil controle, em virtude de sua elevada transmissibilidade.
Os contatos devem ser encaminhados à unidade de saúde para detectar a doença precocemen-
te e serem orientados quanto às medidas de prevenção de futuros parceiros.
Os preservativos masculinos e femininos previnem a transmissão apenas nas áreas de pele por
eles recobertas, mas, mesmo assim, podem ocorrer transmissões a partir de lesões na base do pênis,
na bolsa escrotal ou em áreas expostas da vulva.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
448
Descrição
Doença viral que, com maior frequência, manifesta-se como infecção subclínica nos genitais de
homens e mulheres.
Clinicamente, as lesões podem ser múltiplas, localizadas ou difusas, e de tamanho variável, po-
dendo também aparecer como lesão única.
A localização ocorre no pênis, região perianal, vulva, vagina e colo do útero.
Figura 1: Caso 1: Múltiplas pápulas acastanhadas e conflutentes acometendo escroto, região perineal e inguinal.
Antes do tratamento
Sinonímia
Verruga venérea, verruga genital, cavalo de crista, crista de galo e condiloma acuminado.
Agente etiológico
Papilomavírus humano (HPV).
Modo de transmissão
Geralmente, por contato direto.
Medidas de controle:
Abstinência sexual logo após o diagnóstico, encaminhamento de parceiros para o serviço de
saúde, para exame e tratamento, se necessário
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
449
INFLUENZA
Descrição:
A Influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do trato respiratório, com distribuição global e
elevada transmissibilidade.
Apresenta-se com início abrupto de febre, mialgia e tosse seca. Em geral, tem evolução autoli-
mitada, de poucos dias.
Sua importância deve-se ao caráter epidêmico e alta morbidade, com elevadas taxas de hospi-
talização em idosos ou pacientes portadores de doenças debilitantes crônicas.
Agente etiológico:
Vírus influenza.
Sinonímia:
Gripe.
Modo de transmissão:
O modo mais comum é a transmissão direta (pessoa a pessoa), por meio de gotículas expelidas
pelo indivíduo infectado ao falar, tossir e espirrar.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
450
Medidas de controle:
Vacinação contra Influenza - O Ministério da Saúde considera que apesar das drogas atualmente
disponíveis para o tratamento da Influenza, a vacinação é a melhor estratégia para a prevenção da
doença e suas consequências.
Essa vacina, além de indicada para a população idosa, está disponível para pessoas consideradas
de maior risco para a doença e suas complicações.
MENINGITES VIRAIS
Descrição:
Nas Meningites Virais o sistema nervoso central pode ser infectado por um variado conjunto
de vírus, mas, independente do agente viral, o quadro clínico caracteriza-se por aparição súbita de
cefaléia, fotofobia, rigidez de nuca, náuseas, vômitos e febre.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
451
Agente etiológico:
Os principais vírus que podem causar Meningite Viral são: enterovírus (Echovirus e Coxsackie-
virus).
Medidas de controle:
O diagnóstico e tratamento precoces dos casos são medidas que contribuem para o controle da
doença.
As medidas de controle específicas relacionam-se com o agente etiológico. Em situações de sur-
to, a população deve ser orientada sobre os sinais e sintomas da doença, medidas gerais de higiene e,
ainda, medidas de prevenção específicas, conforme o agente etiológico identificado.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
452
Descrição:
Doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida de início
súbito, que se manifesta de várias formas:
Infecções inaparentes ou assintomáticas, podendo ocorrer entre 90% a 95% dos casos; abortiva,
em 5% dos casos, caracterizada por sintomas inespecíficos como febre, cefaléia, tosse e coriza; menin-
gite, manifestando-se em cerca de 1% dos casos, com sintomatologia inicial inespecífica e, posterior-
mente, sinais de irritação meníngea e rigidez de nuca;
As formas paralíticas, que apresentam quadro clássico de paralisia flácida aguda.
O déficit motor instala-se subitamente e a evolução dessa manifestação, frequentemente, não
ultrapassa 3 dias.
Apenas as formas paralíticas possuem características típicas: instalação súbita da deficiência
motora, acompanhada de febre; assimetria, acometendo, sobretudo, a musculatura dos membros,
com mais frequência os inferiores; flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profun-
dos na área paralisada; sensibilidade conservada e persistência de alguma paralisia residual (sequela)
após 60 dias do início da doença.
Sinonímia:
Paralisia infantil.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
453
Modo de transmissão:
Principalmente por contato direto pessoa a pessoa, pelas vias fecal-oral (a principal), por obje-
tos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes portadores, ou pela via oral-oral, por meio
de gotículas de secreções da orofaringe ao falar, tossir ou espirrar.
Medidas de controle:
Além de uma vigilância ágil e sensível à detecção de casos de poliomielite, a vacinação é a medi-
da mais eficaz para manter erradicada a circulação do poliovírus selvagem nas América.
RUBÉOLA
Descrição:
Doença exantemática viral aguda, caracterizada por febre baixa e exantema, que se inicia na
face, couro cabeludo pescoço, espalhando-se para tronco e membros.
Cerca de 25% a 50% das infecções pelo vírus da Rubéola são subclínicas, ou seja, não apresen-
tam sinais e sintomas clínicos característicos da doença.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
454
Modo de transmissão:
Direto, pelo contato com secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas.
Medidas de controle:
A vacinação é a única forma de prevenir a ocorrência da rubéola na população, sendo sua prin-
cipal medida de controle.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
455
Descrição:
Doença causada por vírus, febril que causa inflamação do sistema respiratório e manchas.
Após 11 dias aparecem os sintomas, como: coriza, febre, dores;
Manchas na boca e posteriormente no corpo;
Agente etiológico:
Morbillivirus Paramyxoviridae.
Modo de transmissão
Diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espir-
rar, falar ou respirar.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
456
VARICELA
Descrição:
Infecção viral primária, aguda, caracterizada por surgimento de exantema com distribuição cen-
trípeta que, após algumas horas evolui rapidamente para pústulas que, em 3 a 4 dias, formam crostas.
Podem ocorrer febre moderada e sintomas sistêmicos.
A sua principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas acompanhadas de
prurido. Em crianças, geralmente, a doença é benigna e autolimitada.
Sinonímia:
Catapora
Agente etiológico:
Varicella-zoster Herpetoviridae.
Modo de transmissão:
Pessoa a pessoa, pelo contato direto ou por secreções respiratórias e, raramente, por meio de
contato com lesões.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
457
Medidas de controle:
A vacina contra varicela ainda não faz parte do calendário básico de vacinações.
Está disponível nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie), sendo recomen-
dada nas seguintes circunstâncias: em populações indígenas, em caso de surto, a partir dos 6 meses,
e em qualquer idade nos indivíduos suscetíveis até 96 horas de contato.
Lavar as mãos, após tocar nas lesões potencialmente infecciosas.
HERPES ZOSTER
Descrição:
Geralmente, é decorrente da reativação do vírus da varicela que permanece em latência após
a infecção primária. Ocorre principalmente em adultos e pacientes imunocomprometidos, como por-
tadores de doenças crônicas, neoplasias, aids e outras. O herpes zoster tem quadro pleomórfico, cau-
sando desde doença benigna até outras formas graves, com êxito letal. Após a fase de disseminação
hematogênica do vírus v-z, em que atinge a pele, difunde-se centripetamente pelos nervos periféricos
até os gânglios nervosos, onde poderá permanecer, em latência, por toda a vida.
Diversos fatores podem levar a uma reativação do vírus, causando a característica erupção do
herpes zoster. Excepcionalmente, há pacientes que desenvolvem herpes zoster após contato com do-
entes de varicela e, até mesmo, com outro doente de zoster, o que indica a possibilidade de uma rein-
fecção em paciente já previamente imunizado. É também possível uma criança adquirir varicela por
contato com doente de zoster.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
458
Manifestações Clínicas
Período prodrômico – tem início com febre baixa, cefaléia, anorexia e vômito, podendo durar de
horas até três dias. Na infância, esses pródromos não costumam ocorrer, sendo o exantema o primeiro
sinal da doença. Em crianças imunocompetentes a varicela é geralmente benigna, com início repenti-
no, apresentando febre moderada de 2 a 3 dias, sintomas generalizados inespecíficos e uma erupção
cutânea pápulo-vesicular que se inicia na face, couro cabeludo ou tronco (distribuição centrípeta).
Período exantemático – as lesões comumente aparecem em surtos sucessivos de máculas que
evoluem para pápulas, vesículas, pústulas e crostas. Tendem a surgir mais nas partes cobertas do cor-
po, podendo aparecer no couro cabeludo, na parte superior das axilas e nas membranas mucosas da
boca e vias aéreas superiores.
Sinonímia:
Catapora, “tatapora”, fogo que salta (varicela); cobreiro (herpes zoster).
Agente Etiológico:
É um vírus RNA. Vírus Varicella-zoster, da família Herpesviridae.
Modo de Transmissão:
Pessoa a pessoa, através de contato direto ou secreções respiratórias e, raramente, através de
contato com lesões. Transmitida indiretamente através de objetos contaminados com secreções de
vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados.
Medidas de Prevenção:
As primeiras medidas a serem adotadas são: assistência médica ao paciente (tratamento sin-
tomático em nível ambulatorial. Hospitalização imediata dos pacientes com varicela grave ou zoster
disseminado, em regime de isolamento).
Proteção da População
Afastar os acometidos das atividades desenvolvidas na escola, creche, trabalho, etc., por um
período de 10 dias, contados a partir da data de aparecimento do exantema. Vacinar os indivíduos sob
risco de desenvolver formas graves, de acordo com as orientações pertinentes à imunização.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
459
CAXUMBA
Descrição:
Doença viral aguda, caracterizada por febre e aumento do volume de uma ou mais glândulas
salivares, geralmente a parótida e, às vezes, glândulas sublinguais ou submandibulares. Antes da ins-
tituição da imunização em massa, esta virose era muito comum na infância, apresentando-se sob a
forma de surtos sazonais.
Manifestações Clínicas:
A principal e mais comum manifestação desta doença é o aumento das glândulas salivares, prin-
cipalmente a parótida, acometendo também as glândulas sublinguais e submaxilares, acompanhada
de febre. Aproximadamente, 30% das infecções podem não apresentar hipertrofia aparente dessas
glândulas. Cerca de 20% a 30% dos homens adultos acometidos apresentam orquite. Mulheres acima
de 15 anos podem apresentar mastite (aproximadamente 15% dos casos). Em menores de 5 anos de
idade, são comuns sintomas das vias respiratórias e perda neurossensorial da audição.
Sinonímia:
Papeira, caxumba.
Agente Etiológico:
Vírus da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
460
Medida de Controle:
A vacina tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba.
RAIVA
Descrição:
É uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letal. Apre-
senta letalidade de 100% e alto custo na assistência as pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer.
Apesar de conhecida desde a Antiguidade, a Raiva continua sendo um problema de saúde pública nos
países em desenvolvimento, especialmente a transmitida por cães e gatos, em áreas urbanas, man-
tendo a cadeia de transmissão animal domestico/homem. O vírus rábico é neurotrópico e sua ação,
no sistema nervoso central, causa um quadro clínico característico de encefalite aguda, decorrente
da sua multiplicação entre os neurônios. O ciclo silvestre (aéreo e terrestre) adquire, na atualidade,
particular gravidade para a área da saúde pública, e sua expansão vem sendo influenciada por certas
intervenções e/ou modificações ambientais. O vírus rábico penetra no organismo por meio de so-
luções de continuidade produzidas por mordeduras ou arranhaduras. Após um periodo variável de
incubação, aparecem os pródromos iniciais, que duram de 2 a 4 dias e são inespecíficos, com o pa-
ciente apresentando mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura corpórea, anorexia, cefaleia,
náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angustia. Podem
ocorrer hiperestesia e parestesia nos trajetos de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura,
e alterações de comportamento. A infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e hipe-
rexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários generalizados e/ou con-
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
461
Agente Etiológico:
Vírus da Raiva Humana, do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. Pesquisas com base
na biologia molecular tem possibilitado complementar os conhecimentos sobre a determinação da
variabilidade genética do vírus da Raiva, inclusive entre cepas.
Modo de Transmissão:
A transmissão ocorre pela inoculação do vírus contido na saliva do animal infectado, principal-
mente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e/ou lambedura de mucosas. O vírus
penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e,
posteriormente, o sistema nervoso central. A partir dai, dissemina-se para vários órgãos e glândulas
salivares, onde também se replica e é eliminado pela saliva das pessoas ou animais enfermos.
Medidas de Controles:
Prevenção da Raiva transmitida em áreas urbanas ou rurais, por animais domésticos, mediante
manutenção de altas coberturas vacinais nesses animais, por meio de estratégias de rotina e cam-
panhas; controle de foco e bloqueio vacinal; captura e eliminação de cães de rua; envio de amostras
para exame laboratorial, para monitoramento da circulação viral. A profilaxia da Raiva humana é fei-
ta com o uso de vacinas e soro, quando os indivíduos são expostos ao vírus rábico pela mordedura,
lambedura de mucosas ou arranhadura provocada por animais transmissores da Raiva. A vacinação
não tem contraindicação, devendo ser iniciada o mais breve possível e garantir o completo esquema
de vacinação preconizado. As vacinas humana e animal são gratuitas. Ações de educação em saúde e
mobilização comunitária.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
462
MICROBIOLOGIA
• Dedica-se ao estudo dos seres microscópicos, geralmente muito pequenos para serem ob-
servados a olho nu.
• Nasceu da especulação humana sobre a origem da vida e sobre a fonte das doenças trans-
missíveis.
• Classes de agentes infecciosos tradicionais: bactérias, fungos, parasitas e vírus.
• O seu estudo está relacionado a Infectologia, Genética, Biologia Molecular,
• Farmacologia, Patologia, Imunologia e Semiologia.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
463
BACTÉRIA/ BENEFÍCIO:
• Produção de alimentos (tais como derivados do leite: queijo, coalhada, iogurte, etc) e bebi-
das;
• Decomposição de lixo problemático, restos mortais;
• Produção de medicamentos
• Digestão (Escherichia coli)
• Fixação do N2 na atmosfera
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
464
Cocos Gram-positivos:
Staphylococcus aureus (comum)
Staphylococcus epidermidis (proeminente)
Streptococcus spp. (irregular) – S.pyogenes
Bacilos Gram-positivos:
Corynebacterium spp. (++)
Propionibacterium acnes
Cocos Gram-positivos:
Staphylococcus aureus (irregular )
Staphylococcus epidermidis (comum)
Streptococcus spp.(irregular)
Bacilos Gram-positivos:
Corynebacterium spp. (comum)
Cocos Gram-negativos:
Moraxella e Neisseiria spp. (comum)
Haemophillus spp. (irregular)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
465
Cocos Gram-positivos:
Staphylococcus aureus (comum)
Staphylococcus epidermidis (comum)
Streptococcus spp.(proeminente)
Enterococcus spp.(irregular)
Bacilos Gram-positivos:
Corynebacterium spp. (comum)
Cocos Gram-negativos:
Neisseria ssp. (comum)
Haemophillus spp. (irregular)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
466
Bacilos Gram-positivos:
Lactobacilos (proeminente)
Bacilos Gram-negativos:
Escherichia coli, Klebsiella spp. , Proteus mirabilis,
Pseudomonas aeruginosa (comum)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
467
Cocos Gram-positivos:
Staphylococcus aureus (irregular)
Staphylococcus epidermidis (proeminente)
Streptococcus spp. (comum)
Bacilos Gram-positivos:
Corynebacterium spp. (comum)
Bacilos Gram-negativos:
Escherichia coli (comum)
Proteus mirabilis (comum)
OPORTUNISTAS
As bactérias patogênicas têm ido classificadas em primárias e oportunistas:
As patogênicas primárias são capazes de causar doença nos indivíduos normais.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
468
PATOGENIDADE
São parasitas humanos, levando a infecções muito graves.
A infecção é causada porque as bactérias podem produzir toxinas, que são nocivas para as célu-
las humanas. Se estas estiverem presentes em número suficiente e a pessoa a ser afetada não dispu-
ser de uma imunização contra elas, o resultado é a doença.
As principais portas de entrada de bactérias no corpo humano são os pulmões, por meio da ina-
lação de partículas expulsas pela respiração, tosse ou espirros de uma pessoa infectada.
Pode haver infecção no trato digestivo o qual pode ser infectado através da ingestão de alimen-
tos contaminados. As bactérias podem estar presentes nos alimentos desde o local de produção das
matérias primas ou transportadas até eles por moscas ou mãos contaminadas.
As bactérias podem ainda invadir o hospedeiro através da pele, como por exemplo, na infecção
de uma ferida.
Há o gênero Clostridium que é um potente produtor de toxinas muito prejudiciais ao homem.
Seus esporos podem estar presentes em alimentos e resistir a processos de descontaminação poden-
do causar graves intoxicações como o botulismo (agente Clostridium botulinum), em função da ação
neurotóxica de suas toxinas.
Geralmente estão associados a intoxicações por ingestão de palmitos contaminados e podem
levar a óbito
A Escherichia coli é um importante componente da nossa microbiota intestinal, no entanto, fora
do intestino pode causar importantes e graves infecções, principalmente nas vias urinárias.
PATOGENICIDADE (PELE)
Staphylococcus aureus
* Abscessos
* infecções de feridas operatórias
* furúnculo →
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
469
* conjutivite →
PATOGENICIDADE (INTESTINO)
Staphylococcus aureus
* Enterotoxinas produzidas em alimentos
(Intoxicação alimentar)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
470
CARACTERÍSTICAS
• Bactérias são PROCARIONTES e UNICELULARES.
• Não apresentam núcleo verdadeiro, e sim uma região citoplasmática onde o cromossomo
fica disperso, chamado NUCLEOIDE.
• Possuem como única organela o RIBOSSOMO, cuja funçao é participar da síntese de prote-
ínas.
• As bactérias apresentam um único cromossomo circular disperso no citoplasma.
• Além do cromossômico único circular, as bactérias apresentam pequenos filamentos duplos
de DNA circular denominados PLASMÍDEOS.
• Podem apresentar um ou mais FLAGELOS, mas estes não são formados por centríolos.
BACTÉRIAS
São organismos que apresentam uma estrutura simples e por isso podem sobreviver em todos
ambientes da terra. Ex: ar, solo, água, vulcão, mar profundo, fontes quentes, gelo, sal, pele dos seres
humanos etc..
Em condições desfavoráveis algumas bactérias formam esporos de resistência, que podem so-
breviver milhões de anos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
471
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
472
Cápsula
Envoltório externo encontrado principalmente em bactérias patogênicas protegendo-as contra
fagocitoses. A espessura e a composição química dessas cápsulas variam de acordo com a espécie.
Parede celular
Estrutura rígida responsável pela forma da bactéria constituída por um complexo proteico - gli-
cídico (proteína + carboidrato) tem a função de proteger a célula bacteriana contra agressões físicas
do ambiente.
Membrana plasmática
Possui a função de proteção, ancora flagelos, fimbrias e pili, dentre outras.
Nucleóide
Região onde se concentra o cromossomo bacteriano, constituído por uma molécula circular de
DNA. É o equivalente bacteriano dos núcleos de células eucariontes. Não possui carioteca ou envol-
tório nuclear.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
473
FLAGELOS
Proteína (Flagelina)
Motilidade
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
474
FÍMBRIAS E PILI
Semelhantes a pêlos – mais retos, mais curtos, mais finos e mais numerosos que os flagelos.
FÍMBRIAS
Usados para fixação, permite que a bactéria se fixe a outras células ou substratos.
PILI
Mais longo que as fímbrias. Fazem a união das células bacterianas (fator de virulência) para
transferência de material genético – CONJUGAÇÃO
PILI SEXUAL
Coloração de Gram
Em 1884 - Christian Gram desenvolveu um método de coloração de bactérias. As Gram positivas
(coravam-se em roxo) e as Gram negativas (coravam-se em vermelho).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
475
Disponível em: caracteristicasde.net. Acesso em jan 2016. Disponível em: www.ebah.com.br. Acesso em jan 2016.
Gram Positivas
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
476
Coloração de Gram
1- Cristal violeta / Violeta de genciana – atravessa sem dificuldades as paredes de bactérias
gram positivas e negativas
2- Iodo – forma grandes cristais com o corante e este complexo se combina com o peptideo-
glicano
3- Álcool – dissolve os lipídeos na membrana externa das gram negativas e permite a remoção
dos cristais, deixando a célula incolor
4- Safranina – quando aplicada, nas gram negativas determinam a cor rosa da bactéria
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
477
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
478
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
479
Transformação
Conjugação
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
480
(Experimento de Griffith)
Primeiro a tentar descobrir o material génetico:
Frederick Griffith, especialista em microbiologia. Nasceu em 1881, em Hale e faleceu em 1941,
foi o primeiro a fazer experimentos em busca de encontrar o material genético.
Experimento de Griffith: Através deste Griffith descobriu o Princípio Genético da Transformação
em 1928, a transformação é uma maneira de recombinação, troca ou transferência de informação
genética entre organismos ou de um organismo para o outro, ocorrendo em vírus, mas não em todas
as espécies de bactérias, seu interesse era a bactéria que causava pneumonia Streptococus pneumo-
niae.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
481
Tipo de bactérias infectadas nos ratos: Reação dos ratos: Tipos de bactérias
recuperadas:
1 IIIS (virulentas) morrem IIIS (virulentas)
2 IIR (não virulentas) vivem nenhuma
3 IIIS mortas por aquecimento (virulentas) vivem nenhuma
4 IIR (não virulentas) + IIIS mortas por aqueci- morrem IIIS e IIR
mento (virulentas)
Em ratos dos quais foram injetados uma mistura de células virulentas mortas pelo calor e célu-
las não virulentas vivas, não foi possível recuperá-las.Bactérias vivas podiam ser recuperadas em ratos
mortos; estas bactérias cresciam em colônias lisas e eram virulentas após a injeção subsequente. Gri-
ffith concluiu que as bactérias IIIS mortas tinham transformado as bactérias IIR em IIIS vivam, embo-
ra Griffith não compreendesse a natureza da transformação, ele supôs que alguma substância na capa
de polissacarídeos das bactérias mortas tinham sido responsáveis por essa transformação. Griffith
chamou essa substância de Princípio Transformante, dessa forma foi possível entender a natureza das
bactérias da pneumonia.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
482
CÓLERA
Descrição
Infecção intestinal aguda, causada pela enterotoxina do bacilo da cólera Vibrio cholerae, fre-
qüentemente assintomática, com diarréia leve. Pode se apresentar de forma grave, com diarréia
aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e câimbras. Esse quadro, quando não tratado
prontamente, pode evoluir para desidratação, deficiência circulatória, com choque hipovolêmico e
insuficiência renal.
Agente etiológico
Vibrio cholerae.
Reservatório
O principal é o homem. Estudos recentes sugerem a existência de reservatórios ambientais
como plantas aquáticas e frutos do mar.
Modo de transmissão
Ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes ou vômitos do doente ou portador da
doença. A contaminação de pessoa para pessoa é menos importante na cadeia epidemiológica.
Medidas de controle:
Disponibilidade de água de boa qualidade e em quantidade suficiente; distribuição de hipoclo-
rito de sódio à população sem acesso à água potável; destino e tratamento adequados dos dejetos;
educação em saúde; higiene dos alimentos.
Tratamento: formas leves e moderadas: Soro de reidratação oral (SRO). E nas formas graves:
com hidratação venosa e antibiótico.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
483
COQUELUCHE
Descrição:
Doença infecciosa aguda, transmissível, de distribuição universal, que compromete especifica-
mente o aparelho respiratório (traquéia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca.
A doença evolui em três fases sucessivas:
1. Fase catarral – Com duração de 1 ou 2 semanas, inicia-se com manifestações respiratórias
e sintomas leves (febre pouco intensa, mal-estar geral, coriza e tosse seca), seguidos pela
instalação gradual de surtos de tosse, cada vez mais intensos e freqüentes, até que passam
a ocorrer as crises de tosses paroxísticas.
2. Fase paroxística – Geralmente afebril ou com febre baixa. Em alguns casos, ocorrem vários
picos de febre ao longo do dia. A manifestação típica são os paroxismos de tosse seca (du-
rante os quais o paciente não consegue inspirar e apresenta protusão da língua, congestão
facial e, eventualmente, cianose com sensação de asfixia), finalizados por inspiração força-
da, súbita e prolongada, acompanhada de um ruído característico, o guincho, seguidos de
vômitos.
3. Fase de convalescença - Os paroxismos de tosse desaparecem e dão lugar a episódios de
tosse comum; esta fase pode persistir por mais 2 a 6 semanas e, em alguns casos, pode se
prolongar por até 3 meses.
Indivíduos inadequadamente vacinados ou vacinados há mais de 5 anos podem apresentar for-
mas atípicas da doença, com tosse persistente.
Agente etiológico
Bordetella pertussis.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
484
Medidas de controle
Vacinação - A medida de controle de interesse prático em saúde pública é a vacinação dos sus-
cetíveis, na rotina da rede básica de saúde 3 doses e 2 reforços de DTP.
DIFTERIA
Descrição:
Doença transmissível aguda, toxi-infecciosa, causada por bacilo toxigênico, que, frequentemen-
te, se aloja nas amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele.
A manifestação clínica típica é a presença de placas pseudomembranosas branco-acinzentadas
aderentes, que se instalam nas amígdalas e invadem estruturas vizinhas (forma faringoamigdaliana ou
faringotonsilar).
Nos casos mais graves, há intenso aumento do pescoço (pescoço taurino), por comprometimen-
to dos gânglios linfáticos dessa área e edema periganglionar nas cadeias cervicais e submandibulares.
Dependendo do tamanho e localização da placa pseudomembranosa, pode ocorrer asfixia me-
cânica aguda no paciente, o que muitas vezes exige imediata traqueostomia para evitar a morte.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
485
Sinonímia
Crupe.
Agente etiológico
Corynebacterium diphtheriae, produtor da toxina diftérica.
Modo de transmissão
Contato direto da pessoa doente ou do portador com pessoa suscetível (gotículas de secreção
eliminadas por tosse, espirro ou ao falar).
A transmissão por objetos recém contaminados com secreções do doente ou de lesões em ou-
tras localizações é pouco frequente.
Medidas de controle:
A medida mais segura e efetiva é a imunização adequada da população com 3 dose s de DTP
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
486
Descrição:
A gonorreia é uma doença infecciosa do trato genital, de transmissão sexual, que pode deter-
minar desde infecção assintomática até doença que se manifesta, com alta morbidade. Clinicamente,
apresenta-se de forma completamente diferente no homem e na mulher. Nesta, cerca de 70 a 80%
dos casos femininos, a doença é assintomática. Há maior proporção de casos em homens. Gonorréia
no homem - Consiste em um dos tipos mais frequentes de uretrite masculina do qual o sintoma mais
precoce é uma sensação de prurido na fossa navicular que vai se estendendo para toda a uretra. Após
1 a 3 dias, o doente já se queixa de ardência miccional (disúria), seguida por corrimento, inicialmente
mucóide que, com o tempo, vai se tornando, mais abundante e purulento. Gonorréia na mulher - Em-
bora a infecção seja assintomática na maioria dos casos, quando a infecção é aparente, manifesta-se
sob a forma de cervicite que, se não for tratada corretamente, resulta em sérias complicações como:
esterilidade, gravidez ectópica e dor pélvica crônica são as principais sequelas dessas infecções.
Sinonímia
Blenorragia, blenorréia, esquentamento, pingadeira, purgação, fogagem, gota matutina, gono e
uretrite gonocócica.
Agente etiológico
Neisseria gonorrhoeae.
Modo de transmissão
Contato sexual.
Medidas de Controle:
Interrupção da cadeia de transmissão pela triagem e referência dos pacientes com DST e seus
parceiros, para diagnóstico e terapia adequados; promoção do uso de preservativos - Método mais
eficaz para a redução do risco de transmissão do HIV e outras DST. Convite aos parceiros para aconse-
lhamento e promoção do uso de preservativos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
487
Descrição:
Doença infectocontagiosa, crônica, curável, causada pelo bacilo de Hansen. Esse bacilo é capaz
de infectar grande número de pessoas (alta infectividade), mas poucos adoecem (baixa patogenicida-
de). Sua capacidade de invasão neural é responsável pelo alto potencial incapacitante da Hanseníase.
Sinonímia
Mal de Hansen. Antigamente, a doença era conhecida como lepra.
Agente etiológico
Bacilo de Hansen ou Mycobacterium leprae.
Modo de Transmissão:
Se dá de indivíduo para indivíduo, por germes eliminados por gotículas da fala e que são inala-
dos por outras pessoas penetrando o organismo pela mucosa do nariz. Outra possibilidade é o contato
direto com a pele através de feridas de doentes.
Observação: a Hanseníase tem cura. E o tratamento dura de 6 a 12 meses. Dependendo do grau
de acometimento da doença.
LEPTOSPIROSE
Descrição:
Doença infecciosa febril de início abrupto, que pode variar desde um processo inaparente até
formas graves, com alta letalidade.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
488
Fase septicêmica
Dura de 4 a 7 dias, com febre remitente, cefaléia, mialgias (principalmente nas panturrilhas,
dorso e abdome), anorexia, náuseas e vômito. Pode haver hepatomegalia e, mais raramente, espleno-
megalia, hemorragia digestiva, fotofobia, dor torácica, tosse seca. Distúrbios neurológicos (confusão,
delírio e alucinações) e sinais de irritação meníngea podem estar presentes; hemoptise (expectoração
com sangue) pode ocorrer de forma súbita e levar a óbito por asfixia. Esta fase termina com redução
gradual da febre, sem sudorese profusa.
Fase imune
Tem início com recrudescimento da febre, porém de menor intensidade pode durar de 1 a 3 se-
manas (4 a 30 dias), com cefaléia intensa, sinais de irritação meníngea, miocardite, hemorragia ocular,
exantemas ou petéquias, entre outros sintomas.
A forma ictérica ou ictero-hemorrágica evolui, além da icterícia de tom alaranjado, com insufi-
ciência renal, fenômenos hemorrágicos e alterações hemodinâmicas. Com frequência, exige cuidados
intensivos (UTI). Suas taxas de letalidade variam entre 5% e 20%, podendo chegar a até 40%.
Agente etiológico
Leptospira.
Modo de transmissão
A infecção humana resulta do contato direto da pele ou mucosa com a urina de animais infecta-
dos, principalmente roedores, diluída em coleções hídricas ou águas e lama de enchente.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
489
SÍFILIS
Descrição:
Sífilis adquirida - A Sífilis é uma doença infecto-contagiosa sistêmica, de evolução crônica, com
manifestações cutâneas temporárias, provocadas por uma espiroqueta.
A transmissão da Sífilis adquirida é sexual, na área genitoanal, na quase totalidade dos casos.
Na Sífilis congênita, há infecção fetal via hematogênica, em qualquer fase gestacional ou estágio
clínico da doença materna. A transmissão por transfusão sanguínea é rara nos dias atuais.
A Sífilis primária caracteriza-se por apresentar lesão inicial denominada cancro duro, que surge
10 a 90 dias (em média, 21 dias), ocorrendo. O cancro duro, usualmente, desaparece em 4 semanas,
sem deixar cicatrizes.
As reações sorológicas para Sífilis tornam-se positivas a partir da 3ª semana de infecção, conco-
mitante ao aparecimento do cancro duro.
A Sífilis secundária Suas manifestações ocorrem de 4 a 8 semanas do aparecimento do cancro.
Posteriormente, podem surgir lesões papulosas palmo-plantares, placas mucosas, adenopatia gene-
ralizada e alopécia. As reações sorológicas são sempre positivas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
490
Sinonímia
Mal venéreo e peste sexual.
Agente etiológico
Treponema pallidum.
Modo de transmissão
Na Sífilis adquirida, é sexual. O contágio extragenital é raro. A transmissão não-sexual da Sífilis é
excepcional, havendo poucos casos por transfusões de sangue. Na Sífilis congênita, a infecção fetal é
o resultado da disseminação hematogênica do T. pallidum por via transplacentária, em qualquer fase
gestacional.
Medidas de controle - Orientações ao paciente com DST para que observe as possíveis situações
de risco em suas práticas sexuais, desenvolva a percepção quanto à importância do seu tratamento e
de seus parceiros sexuais e adote comportamentos preventivos.
Promoção do uso de preservativos; aconselhamento aos parceiros; educação em saúde, de
modo geral.
TETANO
Descrição:
É uma toxi-infecção grave, introduzida no organismo por meio de ferimentos ou lesões de pele
ou mucosa.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
491
Agente etiológico
Clostridium tetani.
Modo de transmissão
A transmissão ocorre pela introdução dos esporos em um ferimento, contaminado com terra,
poeira, fezes de animais ou humanas.
A queimaduras podem ser a porta de entrada devido à desvitalização dos tecidos. A presença de
tecidos necrosados favorece o desenvolvimento do agente anaeróbico.
Medidas de controle
Vacinação - Manter altas coberturas vacinais da população de risco: tais como agricultores, ope-
rários da construção civil e da indústria, donas de casa, aposentados. Vacina pentavalente (DTP) para
crianças até 5 anos e no adulto a DT (Dupla adulto).
TUBERCULOSE
Descrição:
Doença grave, transmitida pelo ar, que pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial nos
pulmões. O microorganismo causador da doença é o bacilo de Koch, cientificamente chamado Myco-
bacterium tuberculosis.
Manifestações Clinicas:
Tosse crônica (o grande marcador da doença é a tosse durante mais de 21 dias); febre; suor
noturno (que chega a molhar o lençol); dor no tórax; perda de peso lenta e progressiva;
Quem tem tuberculose não sente fome, fica anoréxico (sem apetite) e com adinamia (sem dis-
posição para nada).
Agente etiológico
Mycobacterium tuberculosis.
Modo de transmissão
Pela tosse, fala e espirro.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
492
PNEUMONIA BACTERIANA
Descrição:
É uma infecção que se instala nos pulmões, pode acometer a região dos alvéolos pulmonares
onde desembocam as ramificações terminaisdos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre
um alvéolo e outro). Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infec-
cioso ou irritanteno espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito
limpo, livre de substâncias que possam impedir o contato do ar com o sangue.
Manifestações clínicas:
Febre alta, tosse (podendo ser com secreção), dor no tórax, fraqueza.
Agente Etiólogico:
Mais comum é a bactéria Streptococcus pneumoniae.
Transmissão:
A transmissão da pneumonia bacteriana geralmente não ocorre de pessoa para pessoa e por isso
ela não é contagiosa.A contaminação com a bactéria pode ocorrer de 3 formas diferentes: inalação da
bactéria, através da respiração; entrada acidental de um grupo de bactérias vindas da boca, chama-
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
493
Medidas de Controle:
É feita com o afastamento dos indivíduos contaminados, com o tratamento adequado de outras
doenças (co-morbidades) e a vacina da gripe pode ser indicada.
BOTULISMO
Descrição:
É uma doença não-contagiosa, resultante da ação de potente neurotoxina. Apresenta-se sob
três formas: Botulismo alimentar, Botulismo por ferimentos e Botulismo intestinal. O local de produ-
ção da toxina botulínica é diferente em cada uma dessas formas, porém todas se caracterizam clini-
camente por manifestações neurológicas e/ou gastrintestinais. É uma doença de elevada letalidade,
considerada como emergência médica e de saúde pública. Para minimizar o risco de morte e sequelas,
é essencial que o diagnóstico seja feito rapidamente e o tratamento instituído precocemente por meio
das medidas gerais de urgência. Suas manifestações clínicas serão descritas de acordo com o modo
de transmissão.
Botulismo Alimentar
Caracteriza-se por instalação súbita e progressiva. Os sinais e sintomas iniciais podem ser gas-
trintestinais e/ou neurológicos. As manifestações gastrintestinais mais comuns são: náuseas, vômitos,
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
494
Agente Etiológico:
Clostridium botulinum, bacilo gram-positivo, anaeróbio, esporulado, cuja forma vegetativa pro-
duz 8 tipos de toxina (A, B, C1, C2, D, E, F e G). As toxinas patogênicas para o homem são as dos tipos
A, B, E e F, sendo as mais frequentes a A e a B. Os esporos do C. botulinum resistem a temperaturas de
120°C por 15 minutos. Estão amplamente distribuídos na natureza, no solo e em sedimentos de lagos
e mares. São encontrados em produtos agrícolas como legumes, vegetais, mel, vísceras de crustáceos
e no intestino de mamíferos e peixes.
Modo de Transmissão:
Tem importância na apresentação clínica e nas ações de vigilância epidemiológica.
Botulismo Alimentar
Ocorre por ingestão de toxinas presentes em alimentos previamente contaminados, que são
produzidos ou conservados de maneira inadequada. Os alimentos mais comumente envolvidos são
conservas vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi); produtos cárneos cozidos,
curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura –
“carne de lata”); pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijos e, raramen-
te, em alimentos enlatados industrializados.
Medidas de Controle:
Ações de educação em saúde como:
• Orientar a população sobre o preparo, conservação e consumo adequado dos alimentos
associados a risco de adoecimento.
• Estratégias de prevenção – Orientar as medidas iniciais de prevenção e controle, de acordo
com o modo de transmissão e resultados da investigação do caso. Nos casos de transmissão
alimentar, deve-se eliminar a permanência da fonte por meio da interrupção do consumo,
distribuição e comercialização dos alimentos suspeitos.
• Imunização – É recomendada apenas a pessoas com atividade na manipulação do microrga-
nismo, realizada com toxóide botulínico polivalente.
FEBRE TIFÓIDE
Descrição:
Doença bacteriana aguda, cujo quadro clínico apresenta-se geralmente com febre alta, cefa-
leia, mal-estar geral, anorexia, bradicardia relativa (dissociação pulso-temperatura, conhecida como
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
495
Agente Etiológico:
Salmonella entérica, sorotipo Typhi (S. Typhi), bactéria gram-negativa da família Enterobacteria-
ceae.
Modo de Transmissão:
Doença de veiculação hídrica e alimentar, cuja transmissão pode ocorrer pela forma direta, pelo
contato com as mãos do doente ou portador, ou, principalmente, de forma indireta, através de agua
e alimentos contaminados com fezes ou urina de paciente ou portador. A contaminação de alimentos,
geralmente, se da pela manipulação por portadores ou pacientes oligossintomático (com manifesta-
ções clínicas discretas), razão pela qual a febre tifoide é também conhecida como a doença das mãos
sujas. Os legumes irrigados com agua contaminada, produtos do mar mal cozidos ou crus (moluscos
e crustáceos), leite e derivados não pasteurizados, produtos congelados e enlatados podem veicular
salmonelas. A contaminação de alimentos, geralmente, é feita por portadores ou pacientes oligossin-
tomático.
Medidas de Controle
Conduta Frente a um Caso: Ver orientações no tópico tratamento. Os pacientes devem ser afas-
tados da manipulação de alimentos e devem ser orientados sobre medidas de higiene, principalmente
em relação à limpeza rigorosa das mãos.
Medidas Referentes aos Portadores: Ver orientações no tópico tratamento. A pesquisa de porta-
dores esta indicada nas seguintes situações: comunicantes que possam constituir perigo para a comu-
nidade (ex.: indivíduos que manipulam alimentos em restaurantes, creches e hospitais) e em coletivi-
dades fechadas (asilos, hospitais psiquiátricos, presídios), quando houver casos de Febre Tifoide entre
os frequentadores dessas instituições.
Vacinação: A vacina atualmente disponível não possui um alto poder imunogênico e a imuni-
dade é de curta duração, sendo indicada apenas para pessoas sujeitas a exposições excepcionais,
como os trabalhadores que entram em contato com esgotos; para aqueles que ingressem em zonas
de alta endemicidade, por ocasião de viagem; e, ainda, para quem vive em áreas onde a incidência é
comprovadamente alta. Com a exceção de recrutas, não há recomendação atual da vacina contra a
febre tifoide em massa ou rotineiramente, em populações circunscritas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
496
Descrição:
Infecção aguda da pele envolvendo a derme e o subcutâneo, que se caracteriza por febre, ano-
rexia, calafrios, outros sintomas gerais, leucocitose e lesão cutânea em placa eritematosa, edematosa
e dolorosa. Dessa placa podem ter origem faixas eritematosas ao longo do trajeto de vasos linfáticos
(linfangites). Existe adenite satélite à região comprometida. Vesículas e bolhas podem ser observadas
- Erisipela bolhosa. As áreas comprometidas são em geral membros inferiores, face ou abdome.
Sinonímia:
Mal-do-monte, esipra.
Agente Etiológico:
Os estreptococos são os beta-hemolíticos do grupo A. Muito raramente, quadros clínicos seme-
lhantes podem ser produzidos por StaphyIococus aureus.
Modo de Transmissão:
A penetração do estreptococo na pele ocorre por soluções de continuidade. Sãoportas de entra-
da freqüentes nos membros inferiores as úlceras de perna e dermatomicoses interdigitais.
Medidas de Controle:
Uso de antibiótico durante um ano para evitar a reinfecção, ou também, pode-se aplicar uma
dose de 1.200.000 UI (IM) de penicilina benzatina, a cada três semanas, por um período de 5 anos no
mínimo. As pessoas alérgicas devem fazer uso de sulfametoxazol mais trimetoprima ou ainda sulfiso-
xizol.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
497
Descrição:
Doença comum da infância causada por Staphylococcus ou Streptococcus e de altatransmissi-
bilidade.
Impetigo Bolhoso: vesículas e bolhas desenvolvem-se em pele normal, sem eritema ao redor. As
lesões localizam-se no tronco, face (Figura 1), mãos, áreas intertriginosas, tornozelo ou dorso dos pés,
coxas e nádegas. O conteúdo seroso ou sero-pustulento desseca-se, resultando em crosta amarelada
que é característica do Impetigo. Quando não tratada tem tendência à disseminação. A lesão inicial
muitas vezes é referida como se fosse uma bolha de queimadura de cigarro.
Impetigo Não Bolhoso: geralmente inicia-se com lesões eritematosas seguida da formação de
vesículas e pústulas que se rompem rapidamente formando áreas erosadas com as típicas crostas de
coloração amarelada. Localizam-se preferencialmente na face, braços (Figura 2), pernas e nádegas. É
comum a presença de lesões satélites que ocorrem por autoinoculação. As lesões do Impetigo duram
dias ou semanas. Quando não tratadas podem envolver a derme o que constitui o ectima, com ulce-
ração extensa e crosta hemorrágica (Figura 3).
Figura 2: Impetigo
Figura 3: Impetigo
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
498
Agente Etiológico:
Staphylococcus aureus (plasmo-coagulase positivo) e Streptoccocus pyogenes, isoladas ou as-
sociadas.
Modo de Transmissão:
A partir dos focos de colonização das bactérias nas narinas do próprio paciente ou de portador
assintomático; 20 a 30% da população geral é portadora de estafilococos coagulase positiva. As mãos
são o meio mais importante para transmitir a infecção. A fonte mais comum de propagação epidêmica
são as lesões supurativas.
Medidas de Controle:
Higiene pessoal, em especial lavagem de mãos. Tratamento imediato dos casos iniciais. Desin-
fecção de ferimentos ou machucaduras. Em caso de epidemias dever-se-á impor, principalmente em
creches, higiene rigorosa, em especial da lavagem das mãos. Realizar cultura dos contactantes, em
creches, para identificação dos portadores assintomáticos em cavidade nasal para tratamento com
mupirocina.
PROTOZOOLOGIA
INTRODUÇÃO
Protozoários são seres unicelulares, na maioria heterótrofos, mas com formas autotróficas e
com mobilidade especializada. Esta última serviu de critério para sua taxonomia. A maioria deles é
muito pequena, medindo de 0,01 mm a 0,05 mm aproximadamente. Sua forma de nutrição é muito
diferenciada, pois podem ser predadores ou filtradores, herbívoros ou carnívoros, parasitas ou mutu-
alistas. A digestão é intracelular, por meio de vacúolos digestivos.
A célula é muito especializada, e cada organela tem uma função vital. O sistema locomotor é um
dos mais especializados, com flagelos, cílios, membranas ondulantes, ou pseudópodes.
O citoesqueleto também é especializado para manter a forma da célula, emissão de pseudópo-
des, locomoção, movimentação de vacúolos digestivos, entre outras funções necessárias. Pode haver
exoesqueleto em algumas espécies.
Estes organismos estão presentes em todos os ambientes por causa de seu tamanho reduzido e
produção de cistos resistentes.
Quanto à sistemática, podem ser divididos, a grosso modo, em quatro grupos distintos:
• flagelados, amebóides, formadores de esporos e ciliados.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
499
PROTOZOOSES
1 - LEISHMANIOSES
As leishmanioses são causadas por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, e
transmitidas pela picada de um mosquito da sub-família Phlebotominae.
A leishmaniose apresenta três formas clínicas mais comuns:
• Leishmaniose cutânea; que causa feridas na pele.
• Leishmaniose muco-cutânea; cujas lesões podem levar a destruição parcial ou total das
mucosas.
• Leishmaniose visceral; também chamada calazar, caracterizada por surtos febris irregulares,
substancial perda de peso, espleno e hepatomegalia e anemia severa. Se não tratada pode
levar a morte em 100% dos casos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
500
Profilaxia:
• Evitar as picadas de flebotomíneos através de medidas de proteção individual: repelentes,
telas de mosquiteiro de malha fina e embebidos em inseticida piretróide (bednets).
• Em áreas de colonização recente, recomenda-se a construção de casas a uma distância de
pelo menos 500 m da mata, devido a baixa capacidade de vôo dos flebotomíneos.
• Vacinação: em fase final de testes (Leishvacin )
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
501
Diagnóstico:
Diagnóstico Clínico
• Baseado na característica da lesão e em dados epidemiológicos.
Tratamento:
• Introduzido pelo médico brasileiro Gaspar Vianna, em 1912, com o uso de uma antimonial
tártaro hermético.
• Atualmente é utilizado um antimonial pentavalente, o Glucantime.
• Somente a forma difusa não responde bem ao tratamento.
• Imunoterapia: a Leishvacin, vacina utilizada para imunoprofilaxia, vem sendo usada no tra-
tamento de pacientes que não respondem bem ao tratamento com resultados promissores.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
502
Agente etiológico:
• Leishmania chagasi
Morfologia:
• Semelhante a LTA
Ciclo:
O ciclo é do tipo heteroxeno e envolve como transmissor as fêmeas do mosquito Lutzomyia lon-
gipalpis. O ciclo é semelhante a da LTA, com o inseto ingerindo as formas amastigotas durante o seu
repasto sanguíneo e sofrendo divisões e transformações dentro do inseto. A figura abaixo representa
o ciclo da LVC: As formas promastigotas injetadas pela picada do flebotomíneo são fagocitadas por
macrófagos, transformam-se em amastigotas e reproduzem-se dentro dos macrófagos. Quando os
macrófagos estão densamente parasitados rompem-se e as amastigotas são fagocitadas por outros
macrófagos.
Patogenia:
As formas amastigotas se multiplicam rapidamente no local da picada do mosquito. Pode se
desenvolver no local um nódulo, o leishmanioma, que não se ulcera como na L TA. A partir daí ocorre
a visceralização das amastigotas, ou seja, a sua migração para as vísceras, principalmente os órgãos
linfóides. Os órgãos ricos em células do SMF são mais densamente parasitados, como a medula óssea,
baço, fígado e linfonodos.
A via de disseminação das leishmanias pode ser hematogênica e/ou linfática. A Leishmania cha-
gasi raramente tem sido encontrada no sangue periférico humano, embora nos canídeos este achado
seja frequente.
Aspectos clínicos:
Alterações esplênicas: a esplenomegalia (aumento do baço) é o achado mais importante e des-
tacado do calazar.
Alterações hepáticas: outra característica marcante do calazar, as alterações hepáticas causam
disproteinemia, que leva ao edema generalizado e a ascite, comuns na fase final da doença.
Alterações no tecido hemocitopoético: uma das mais importantes é a anemia. A medula óssea
é usualmente encontrada densamente parasitada.
Distribuição geográfica:
A LVC é uma doença própria da zona rural da maioria das regiões tropicais e subtropicais do
mundo: Ásia, Oriente Médio, África, América Central e do Sul.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
503
Reservatórios:
Cão: os cães são os reservatórios domésticos e são considerados o principal elo da cadeia epi-
demiológica do calazar.
Raposa: são os reservatórios silvestres primitivos.
Ambos apresentam parasitismo cutâneo intenso e originam infecções maciças em flebotomíneos.
Vetor:
O único vetor é a Lutzomyia longipalpis, de ampla distribuição geográfica.
A taxa de infecção de promastigotas deste vetor é dependente da taxa de infecção no hospedeiro.
Profilaxia:
• Tratamento de todos os casos humanos;
• Eliminação dos cães infectados;
• Combate ao vetor;
• Controle rigoroso dos cães vadios;
• Uso de repelentes e telas de mosquiteiro;
• Vacinação.
Diagnóstico:
Clínico:
Febre baixa recorrente, envolvimento linfático, esplenomegalia e caquexia, combinados com
histórico de residência em área endêmica.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
504
Agente etiológico:
• Trypanosoma cruzi
Ciclo:
• Heteroxênico, passando por uma fase de multiplicação intracelular no hospedeiro vertebra-
do e extracelular no inseto vetor (triatomíneos).
Mecanismos de Transmissão:
• Transmissão pelo vetor;
• Transfusão sanguínea;
• Transmissão congênita;
• Acidentes de laboratório;
• Transmissão oral;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
505
Patogenia:
• Fase aguda:
Pode ser sintomática ou assintomática, sendo a segunda mais freqüente. Ambas estão relacio-
nadas com o estado imunológico do paciente.
A fase aguda se inicia através das manifestações locais, quando o T. cruzi penetra na conjuntiva
(sinal de Romaña) ou na pele (chagoma de inoculação) As manifestações gerais são febre, edema
localizado e generalizado, hepatomegalia, esplenomegalia, e ás vezes, insuficiência cardíaca e pertur-
bações neurológicas.
O óbito, quando ocorre, é devido a meningoencefalite aguda ou a insuficiência cardíaca, devido
a miocardite aguda difusa, uma das mais violentas que se tem notícia.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
506
Megas:
Os megas são dilatações permanentes e difusas das vísceras ocas (megacólon, megaesôfago,
megaduodeno, megabexiga, etc), não provocadas por obstrução.
Diagnóstico:
• Clínico:
Origem do paciente, presença dos sinais de entrada, acompanhados de febre irregular ou au-
sente, hepatoesplenomegalia, taquicardia, edema generalizado ou dos pés.
As alterações cardíacas (reveladas pelo eletrocardiograma), do esôfago e do cólon (reveladas
pelo raio X) fazem suspeitar da fase crônica da doença.
Pesquisa do parasito:
• Xenodiagnóstico;
• Hemocultura
Profilaxia:
• Melhoria das habitações rurais;
• Combate ao barbeiro;
• Controle do doador de sangue;
• Vacinação.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
507
Hábitat do parasito:
Varia conforme a fase do ciclo evolutivo do parasito. Assim, no homem, temos formas parasitan-
do os hepatócitos durante a fase pré-eritrocítica e formas parasitando hemácias na fase eritrocítica.
No mosquito encontramos formas parasitárias principalmente no estômago e glândulas salivares.
Ciclo biológico:
No homem pode ser dividido em duas partes:
• Fase exoeritrocítica: é a fase do ciclo que se passa nos hepatócitos antes de se desenvolver
nos eritrócitos. É também conhecida como ciclo pré-eritrocítico, ciclo tissular primário ou
criptozóico.
• Fase eritrocítica: é a fase do ciclo que se passa nos eritrócitos.
O ciclo se passa em dois hospedeiros: no homem, com reprodução assexuada do tipo esquizo-
gonia e no mosquito, com reprodução sexuada do tipo esporogonia.
Uma pessoa entra numa zona malarígena e é picada por um mosquito fêmea do gênero Anophe-
les. Estando infectado, este inocula de 10 a 20 esporozoítos. Esses permanecem na corrente sanguí-
nea por cerca de 30 minutos.
Daí vão para o fígado, onde penetram em hepatócitos iniciando o ciclo tissular. No hepatócito se
multiplicam completando a esquizogonia com a produção de milhares de merozoítos.
Esta fase dura seis dias em P. falciparum e oito dias para P. vivax.
Após este período, os merócitos (hepatócitos contendo merozoítos) se rompem, pondo em li-
berdade milhares de merozoítos.
Parte destes é englobada por células fagocitárias e destruídas, outra parte poderia tomar duas
direções: uns voltariam para os hepatócitos, permanecendo aí dormentes ou em um novo ciclo esqui-
zogônico e outros iniciam um novo ciclo eritrocítico.
Estes merozoítos que invadem as hemácias estão dando início ao ciclo eritrocítico. O merozoíto
penetra na hemácia, transforma-se em trofozoíto eritrocíctico.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
508
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
509
Transmissão:
Ocorre pela inoculação de esporozoítos durante a picada de fêmeas de mosquitos do gênero
Anopheles. São essencialmente silvestres, sendo a principal espécie transmissora da malária no Brasil
o Anopheles darlingi.
A transmissão congênita, embora muito rara, pode ocorrer.
Outro mecanismo possível é através da transmissão de sangue de doadores na fase crônica, sem
sintomatologia aparente.
Patogenia e sintomas:
As três espécies de Plasmodium que o correm no Brasil possuem patogenicidade diferente e
apenas o P. falciparum é capaz de levar o paciente à morte.
Apesar das duas outras espécies dificilmente levarem o paciente à morte, provocam no mesmo
acessos maláricos e anemia capazes de reduzir sua economia física e capacidade de trabalho.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
510
Imunidade
Existem vários tipos de imunidade na malária:
• Imunidade ou resistência natural: é quando uma espécie de plasmódio não se desenvolve
em determinado hospedeiro. Esta resistência é inata e não depende do contato prévio com
o parasito.
Diagnóstico
• Clínico: a anamnese, o tipo de acesso, a anemia e a esplenomegalia. Porém, para a identifi-
cação da espécie, há necessidade de exames de laboratório.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
511
Profilaxia
Teoricamente a malária pode ser controlada atingindo-se diferentes pontos da cadeia epidemio-
lógica:
• Tratar o homem doente (eliminando a fonte de infecção ou reservatório);
• Proteger o homem sadio (quimioprofilaxia, telar janelas, etc.);
• Combater o transmissor (fase larval ou adulta).
• Os métodos de proteção podem ser individuais ou coletivas.
Individuais: visa proteger o indivíduo das picadas dos insetos ou pelo uso de quimioprofiláticos.
A quimioprofilaxia é desaconselhada pela OMS por favorecer o desenvolvimento da resistência
nos plasmódios.
Coletivas: recomendada pela OMS, pode visar o controle ou a erradicação. O controle visa redu-
zir a incidência da doença em certas áreas ou minorar seus efeitos clínicos.
A erradicação visa extinguir a doença, eliminar os reservatórios (gametóforos) e impedir que ela
recomece depois de erradicada.
Tratamento
O tratamento é feito atualmente usando a cloroquina, um derivado da quinina. Nos casos de
plasmódios resistentes pode se utilizar a primaquina.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
512
4 –TRICOMONÍASE
Agente etiológico:
Humanos: Trichomonas vaginalis
Suínos: Tritrichomonas suis
Bovinos: Trichomonas foetus
Aves: Trichomonas gallinae e Tetratrichomonas gallinarum
É monoxeno e não possui forma cística, somente a trofozoítica. Reprodução por divisão binária
longitudinal.
Local da infecção:
Trato geniturinário do homem e da mulher.
Fisiologia:
Anaeróbio facultativo, utilizando para a obtenção de energia glicose, maltose e galactose.
Transmissão:
É uma doença venérea.
É transmitido pela relação sexual e pode sobreviver por mais de um mês no prepúcio de um
homem sadio, após o coito com uma mulher infectada.
O homem é o vetor da doença; com a ejaculação, os tricomonas presentes na mucosa da uretra
são levados a vagina pelo esperma.
A tricomoníase neonatal em meninas é adquirida durante o parto.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
513
Patologia
Mulher:
• Varia da forma assintomática ao estado agudo.
• A infecção vaginal provoca uma vaginite que se caracteriza por um corrimento vaginal fluido
abundante de cor amarelo-esverdeada, bolhoso, de odor fétido, mais comumente no perí-
odo pós menstrual.
• A mulher apresenta dor e dificuldade para as relações sexuais, desconforto nos genitais
internos,
dor ao urinar e frequência miccional.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
514
Diagnóstico:
• Clínico: o diagnóstico diferencial da tricomoníase, tanto no homem como na mulher é difí-
cil, sendo essencial o diagnóstico parasitológico.
Epidemiologia:
O T. vaginalis é o mais freqüente patógeno encontrado entre as DST’s (doenças sexualmente
transmitidas).
Estima-se que 180 milhões de mulheres no mundo se infectem anualmente, correspondendo a
1/3 de todas as vaginites diagnosticadas.
O organismo, não possuindo forma cística, não resiste a dessecação e a altas temperaturas.
Profilaxia:
• Abster-se do ato sexual;
• Uso de preservativos (camisinha) durante todo o intercurso sexual;
• Limitar o número de parceiros;
• Se um dos parceiros estiver infectado, o outro também tem de ser tratado, prevenindo a
reeinfecção.
Tratamento:
Eficiente, realizado com nitrimidazóis, mais comumente com metronidazol.
5 – GIARDÍASE
Agente etiológico:
Giardia lamblia.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
515
Ciclo:
A G. lamblia é um parasito monoxeno de ciclo biológico direto.
A via de infecção normal para o homem é a ingestão de cistos. Em voluntários humanos, verifi-
cou-se que um pequeno número de cistos pode causar a infecção (10 a 100). Após a ingestão do cisto,
o desencistamento ocorre no meio ácido do estômago e é completado no duodeno e jejuno, onde
ocorre a colonização do parasito. Este se reproduz por divisão binária longitudinal. O ciclo se completa
com o encistamento do parasito e a sua eliminação nas fezes. Quando o trânsito intestinal está acele-
rado, é possível achar trofozoítos nas fezes.
Transmissão:
Através da ingestão de cistos, veiculados através de:
• Ingestão de água sem tratamento ou deficientemente tratadas (só com cloro);
• Alimentos contaminados, sendo que estes podem ser contaminados por moscas e baratas;
• De pessoa a pessoa, através de mãos contaminadas;
• Através de sexo anal;
• Animais domésticos contaminados com Giardia de morfologia semelhante a humana.
Sintomatologia:
A maioria das infecções por G. lamblia é assintomática.
Os casos sintomáticos dependem de fatores não bem conhecidos e estão relacionados com a
cepa e o número de cistos ingeridos, deficiência imunitária do paciente e principalmente por baixa
acidez no suco gástrico (acloria).
A forma aguda se apresenta como uma diarréia do tipo aquosa, explosiva, de odor fétido, acom-
panhada de gases, com distensão e dores abdominais.
Essa forma aguda dura poucos dias e seus sintomas iniciais podem ser confundidos com diar-
réias virais e bacterianas.
Ela se resolve espontaneamente e os parasitos podem desaparecer das fezes.
Após o desenvolvimento da imunidade, há uma regressão dos sintomas, podendo alguns pa-
cientes se tornarem portadores assintomáticos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
516
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
517
Tratamento:
• Metronidazol, tinidazol, ornidazol e secnidazole.
6 - AMEBÍASE
Classificação
• Filo Sarcomastigophora
• Sub-filo Sarcodina
• Ordem Amoebida
• Família Entamoebida
Dentro da família Entamoebida, quatro espécies podem habitar o corpo humano.
• Entamoeba histolytica
• E. coli
• E. hartmanni
• E. gingivalis
• Endolimax nana
Destas, somente E. histolytica pode causar doença ao homem. Apresentam duas formas:
Uma forma de resistência, que também é a forma infectante, chamado cisto. Os cistos são esfé-
ricos ou ovais, medindo de 8 a 20 m de diâmetro. Possuem quatro núcleos, com cariossoma pequeno
e central e a cromatina periférica.A segunda forma é a reprodutiva, ou trofozoítica. Mede de 20 a 40
m, mas podem chegar a 60 m nas formas obtidas de lesões tissulares. Geralmente possuem um só
núcleo, bem nítido nas formas coradas e pouco visível nas formas vivas.
Ciclo:
A E. histolytica é um parasito monoxeno de ciclo biológico direto.
A via de infecção normal para o homem é a ingestão de cistos. Após a ingestão do cisto, o de-
sencistamento ocorre no meio ácido do estômago e é completado no duodeno e jejuno, onde ocorre
a colonização do parasito. Este se reproduz por divisão binária longitudinal. O ciclo se completa com o
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
518
Ação patogênica
A patogenia se dá através da invasão dos tecidos pelos trofozoítos invasivos e virulentos.
Manifestações clínicas:
Amebíase intestinal:
• Formas assintomáticas; 80 a 90% das infecções por E. histolytica. Formas sintomáticas:
• Colite não-disentérica:
É a forma clínica mais comum em nosso meio. Se manifesta por evacuação diarréica ou não,
com duas a quatro evacuações por dia, com fezes moles ou pastosas. Raramente há febre.
O que caracteriza esta forma é a alternância entre a manifestação clínica e períodos silen-
ciosos.
• Colite disentérica.
Disenteria aguda, acompanhadas de cólicas intestinais, com evacuações mucosanguinolen-
tas e febre moderada. O paciente ainda pode apresentar tenesmo e tremores de frio. Pode
haver oito a dez evacuações por dia.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
519
Epidemiologia
• Estima-se que meio milhão de pessoas em todo o mundo estão infectadas por E. histolytica.
• Maior prevalência em regiões tropicais; talvez mais devido a condições sócio-econômicas
que ao clima.
• Transmissão oral através de cistos;
• Endêmica; não tendo um caráter epidêmico como a giardíase.
• Os cistos permanecem viáveis por 20 dias;
• Portadores assintomáticos; são os principais disseminadores da doença.
• Manipuladores de alimentos também são importantes elos, principalmente na área urba-
na.
• Moscas e baratas; (veiculação mecânica ).
Profilaxia
• Saneamento básico;
• Educação sanitária;
• Lavar os alimentos com substâncias amebicidas (permanganato de potássio, iodo).
• Vacinas.
Tratamento
• Amebicidas que atuam na luz intestinal;
• Amebicidas tissulares;(Muito tóxicos, só usados em caso de falha dos outros medicamen-
tos).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
520
7 - TOXOPLASMOSE
Agente Etiológico:
Toxoplasma gondii, um protozoário de distribuição geográfica mundial, com alta prevalência
sorológica, podendo atingir 60% da população em determinados países.
A toxoplasmose é uma zoonose e atinge quase todas as espécies de mamíferos e aves. Os felinos
são os hospedeiros definitivos e os outros animais (inclusive o homem) hospedeiros intermediários.
Morfologia e hábitat
O T. gondii pode ser encontrado em vários tipos de tecidos e células (exceto hemácias) e líquidos
orgânicos (saliva, leite, esperma, líquido peritoneal).
Formas:
• Taquizoíto. É a forma encontrada na fase aguda da infecção, sendo denominada também
forma proliferativa, forma livre ou trofozoítica. É uma forma móvel, de multiplicação rápida
(tachys = rápido), por endodiogenia. São pouco resistentes a ação do suco gástrico, no qual
são rapidamente destruídos.
• Bradizoíto. É a forma encontrada nos tecidos (musculares esquelético e cardíaco, nervo-
so,retina), geralmente durante a fase crônica da infecção. Se multiplicam lentamente (bra-
dys = lento) dentro do cisto por endodiogenia ou endopoliginia. A parede do cisto é resis-
tente e elástica, isolando os bradizoítos da ação do sistema imune do hospedeiro. São mais
resistentes à passagem pelo estômago que os taquizoítos e podem permanecer viáveis por
vários anos nos tecidos.
• Oocisto. É a forma de resistência que possui uma parede dupla bastante resistente às con-
dições do meio ambiente. São produzidos nas células intestinais dos felinos não imunes e
são eliminados ainda imaturos junto com as fezes. Após a esporulação no meio ambiente,
cada oocisto contém dois esporocistos, cada um com quatro esporozoítos.
Ciclo
Possui duas fases:
• Assexuada, nos tecidos de vários hospedeiros;
• Sexuada, nas células do epitélio intestinal dos gatos jovens.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
521
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
522
Transmissão
O homem adquire a doença por três vias principais:
• Ingestão de oocistos presentes em jardins, caixas de areia, latas de lixo ou disseminados
mecanicamente por moscas, baratas, minhocas, etc.
• Ingestão de cistos tissulares encontrados na carne crua ou mal cozida, especialmente de
porco e de carneiro. O congelamento a 0oC e o cozimento acima de 60oC mata os cistos na
carne.
• Congênita ou transplacentária: cerca de 40% dos fetos pode adquirir a doença se a mãe
estiver na fase aguda da doença durante a gestação.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
523
Epidemiologia e profilaxia
Tanto os gatos domésticos quantos os selvagens possuem o ciclo sexuado.
É encontrado em todos os países do mundo, nos mais variados climas e condições sociais.
As medidas profiláticas possíveis visam evitar principalmente o contato da gestante com os gatos:
• Tratar os gatos com ração de boa qualidade e mantê-los dentro de casa.
• Incinerar as fezes dos gatos e trocar a areia das caixas pelo menos uma vez por dia, para
evitar a maturação dos oocistos.
• Desenvolvimento de uma vacina.
Tratamento
Só eficaz na fase aguda, não existindo uma droga eficaz na fase crônica da doença. Os medica-
mentos só agem nas formas proliferativas, e não nos cistos tissulares.
Pirimetamina com sulfadiazina ou sulfadoxina.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
524
Esquistossomose
A esquistossomose maçônica é uma endemia importante no Brasil, causada pelo parasita Tre-
matódeo digenético (Schistisoma mansoni).Também conhecida como barriga d’água, é uma infecção
causada pelo parasita Schistisoma mansoni com sintomas variáveis que dependem da evolução do
parasita no hospedeiro.
O homem é o principal reservatório. Os roedores, primatas e marsupiaissão potencialmente
infectados; o camundongo e hamster são excelentes hospedeiros, não estando ainda determinado o
papel desses animais na transmissão.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
525
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
526
Sinais e sintomas
As principais manifestações da doença são as hemorragias digestivas. A apalpação do abdômen
revela hepato e esplenomegalia, que são aumento de tamanho do fígado e do baço; apresenta-se
também a hipertensão porta, provocando o atraso no crescimento do paciente, no caso de mulheres
pode ocorrer à amenorréia, que é o atraso ou ausência da menstruação. As varizes do estomago são
facilmente vistas por exames radiológicos e a esplenoportografia.
A esquistossomose corresponde à fase aguda e crônica.
A fase aguda se inicia com febre, dor de cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor
muscular, tosse e diarréia.
O fígado e o baço também aumentam devido às inflamações causadas pela presença do verme
e de seus ovos. Se não for tratada a doença pode evoluir para a fase crônica.
Após 6 meses de infecção, há risco do quadroclínico evoluir para esquistossomose crônica, cujas
formas clínicas são:
Tipo I ou intestinal - Pode ser assintomática, ou caracterizada por diarreias repetidas, muco-san-
guinolentas, com dor ou desconforto abdominal.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
527
Esquistossômulos
Cercárias
Complicações
Fibrose hepática, hipertensão portal, insuficiência hepática severa, hemorragia digestiva. O
comprometimento do sistema nervoso central e de outros órgãos, secundário ao depósito ectópico
de ovos. Nos rins, pode ocorrer glomerulonefrite.
Diagnóstico
É importante se conhecer o histórico do paciente, saber se ele esteve presente em áreas conside-
radas endêmicas da doença, além dos sintomas e do quadro clínico apresentado por este paciente. Para
se ter um diagnóstico seguro, pode ser realizado exames de fezes e urina, onde se evidenciam ovos no
material em questão, além de biópsia de órgãos, como da mucosa do final do intestino. Hoje em dia,
existem exames indiretos que detectam a presença de anticorpos no sangue contra o Schistosoma.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
528
Tratamento
O tratamento é feito com medicamentos que combatem este parasita, a droga de eleição é o
Praziquantel.
Prevenção
Os propósitos do programa são de prevenir a ocorrência de formas graves e reduzir a prevalên-
cia da infecção impedindo a expansão da endemia.
A propagação da esquistossomose numa região depende da presença de indivíduos eliminando
ovos e da existência de hospedeiros intermediários e do controle de pessoas suscetíveis com águas
contendo o caramujo eliminando cercarias.
Teníase
A teníase é uma infecção intestinal causada pela fase adulta da Taeniasolium e da Taeniasagina-
ta. Estes são parasitas hermafroditas da classe dos cestódeos, da família Taenidae, também conhecido
como “solitária”.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
529
São seres extremamente competitivos pelo seu habitat, não precisando nem de parceiro para a
cópula, já que são seres monóicos com estruturas fisiológicas para autofecundação.
O complexo teníase-cisticercose constitui-se de duas entidades distintas, porém causadas pelo
mesmo parasita, sendo um sério problema para a saúde pública
No ciclo da teníase, o homem é o hospedeiro definitivo e suínos e bovinos são considerados
hospedeiros intermediários.
No hospedeiro definitivo, o animal adulto fica fixado às paredes intestinais e se autofecunda.
Cada proglótide fecundada, sendo eliminada pelas fezes, elimina ovos no ambiente. Esses podem
contaminar a água e alimentos, gerando grande possibilidade de serem ingeridos por um dos hospe-
deiros.
Ocorrendo a ingestão pelos hospedeiros intermediários, estes têm a parede do intestino perfu-
rada pelo embrião contido no ovo, que se aloja no tecido muscular. Este, alojado, confere à região um
aspecto parecido com canjica – e é por esse motivo que algumas pessoas chamam esta doença pelo
nome de “canjiquinha”.
Ao se alimentar da carne crua ou malpassada do animal contaminado, o homem completa o
ciclo da doença. O animal se desenvolve até o estágio adulto no intestino humano.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
530
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
531
Diagnóstico
Clínico, epidemiológico e laboratorial. Como a maioria dos casos de Teníase é oligossintomático,
o diagnóstico comumente é feito pela observação do paciente ou, quando crianças, pelos familiares.
Isso ocorre porque os proglotes são eliminados espontaneamente e nem sempre são detectados nos
exames parasitológicos de fezes.
Em geral, para se fazer o diagnóstico da espécie, coleta-se material da região anal e, através do
microscópio, diferencia-se morfologicamente os ovos da tênia dos demais parasitas.
Os estudos sorológicos específicos (fixação do complemento, imunofluorescência e hemogluti-
nação) no soro e líquido cefalorraquiano confirmam o diagnóstico da neurocisticercose, cuja suspeita
decorre de exames de imagem: raios X (identifica apenas cisticercos calcificados), tomografia com-
putadorizada e ressonância nuclear magnética (identificam cisticercos em várias fases de desenvolvi-
mento).
A biopsia de tecidos, quando realizada, possibilita a identificação microscópica da larva.
Período de Incubação
Cisticercose humana - Varia de 15 dias a anos apos a infecção.
Teníase - Cerca de 3 meses apos a ingesta da larva, o parasita adulto já é encontrado no intestino
delgado humano.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
532
Sinais e sintomas
Muitas vezes a teníase é assintomática. Porém, podem surgir transtornos dispépticos, tais como:
alterações do apetite (fome intensa ou perda do apetite), enjoos, diarreias frequentes, perturbações
nervosas, irritação, fadiga e insônia.
Tratamento
A profilaxia consiste na educação sanitária, em cozinhar bem as carnes e na fiscalização da carne
e seus derivados (lingüiça, salame, chouriço,etc.)
Em relação ao tratamento, este consiste na aplicação de dose única (2g) de niclosamida. Podem
ser usadas outras drogas alternativas, como diclorofeno, mebendazol.
ASCARIDÍASE
É uma verminose causada pelo nematoide Ascaris lumbricoides, popularmente conhecido por
lombriga, e que tem como habitat o intestino delgado. É considerado o mais “cosmopolita” dos para-
sitos humanos. Os vermes adultos são e cilíndricos, sendo que as fêmeas medem cerca de 30 a 40 cm
de tamanho e os machos de 15 a 30 cm. As fêmeas possuem a parte posterior retilínea e os machos
são facilmente reconhecíveis pelo enrolamento ventral de sua extremidade caudal.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
533
Complicações
Obstrução intestinal, perfuração intestinal, colecistite, colelitíase, pancreatite aguda e abscesso
hepático.
Reservatório
O homem: o verme habita o intestino delgado.
Modo de transmissão
Ingestão dos ovos infectantes do parasita, procedentes do solo, água ou alimentos contamina-
dos com fezes humanas.
Período de incubação
O período de incubação dos ovos férteis até o desenvolvimento da larva infectante, no meio ex-
terior e em condições favoráveis é de, aproximadamente, 20 dias. O período pré-patente da infecção
(desde a infecção com ovos embrionados até a presença ovos nas fezes do hospedeiro) é de 60 a 75 dias.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
534
Diagnóstico laboratorial
O diagnóstico laboratorial da ascaridíase baseia-se no exame parasitológico de fezes com pes-
quisa de ovos do parasito. Os vermes adultos de A. lumbricoides podem ser encontrados ao exame
macroscópico das fezes. Na fase de migração larvária podem ser encontradas larvas no escarro.
Tratamento
Através de medicações. Comumente são utilizadas: o Albendazol (ovocida, larvicida e vermici-
da), 400mg/dia, em dose única para adultos; em criança, 10mg/kg, dose única; Mebendazol, 100mg,
2vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos.
Não é recomendado seu uso em gestantes. Essa dose independe do peso corporal e da idade.
Levamizol, 150mg, VO, em dose única para adultos; crianças abaixo de 8 anos, 40mg, e acima de 8
anos, 80 mg, também em dose única. Tratamento da obstrução intestinal: piperazina, 100mg/kg/dia
+ óleo mineral 40 a 60ml/dia + antiespasmódicos + hidratação. Nesse caso, estão indicados sonda no-
sogástrica e jejum + mebendazol, 200mg ao dia, dividido em 2tomadas, por 3 dias.
Prevenção
Através de medidas de saneamento básico: ingerir somente água tratada, lavar bem frutas e
legumes antes de ingeri-los, lavar sempre as mãos e não defecar em locais inapropriados.
É necessário, também, fazer o tratamento de todos os portadores da doença. A ascaridíase está
mais presente em países de clima tropical e subtropical. As más condições de higiene e a utilização
das fezes como adubo contribuem para a prevalência dessa verminose nos países do terceiro mundo.
ENTEROBÍOSE
Doença também conhecida comoEnterobíase, Oxiurose ou ainda Oxiuríase. Éuma verminose
intestinal causada pelo nematoide Enterobiusvermicularis ou Oxyurisvermicularis que se localiza pre-
ferencialmente no ceco, apêndice, reto e ânus. Os vermes adultos são cilíndricos, de cor branca, sendo
que as fêmeas medem cerca de 1 cm de tamanho (8 a13 mm) e possuem a cauda longa e afilada. Os
machos medem cerca de 3 a 5 mm de tamanho e tem sua extremidade posterior enrolada no sentido
ventral. Em ambos os sexos, na extremidade anterior, observam-se duas expansões denominadas asas
cervicais.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
535
Reservatório:
O homem.
Modo de transmissão
São diversos os modos de transmissão:
a) Auto-infecção externa ou Direta - Do ânus para a cavidade oral, através dos dedos, princi-
palmente nas crianças, doentes mentais e adultos com precários hábitos de higiene;
b) Indireta - Ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que os eli-
minou;
c) Heteroinfecção - Os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem um novo hospedeiro;
d) Retroinfestação - Migração das larvas da região anal para as regiões superiores do intestino
grosso chegando até o ceco, onde se tornam adultas;
e) Auto-infecção interna - processo raro no qual as larvas eclodem ainda dentro do reto e
depois migrariam até o ceco, transformando-se em vermes adultos.
O homem é o único hospedeiro e sua transmissão ocorre pessoa a pessoa ou por fômites. Os
ovos se tornam infectantes em 4 a 6 horas após a postura na região anal e perianal. A transmissão
direta levando os ovos do ânus para a boca ocorre por contaminação dos dedos e do depósito subun-
gueal, principalmente em crianças, doentes mentais e adultos com precários hábitos de higiene.
A transmissão do parasitismo de um indivíduo a outro (heteroinfecção) ocorre geralmente pela
inalação e ingestão de ovos infectantes presentes na poeira, em alimentos e nas roupas de cama, e em
ambientes como os dormitórios coletivos, colégios, orfanatos e creches.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
536
Sinais e sintomas
Pode cursar assintomática ou apresentar, como característica principal, o prurido retal, frequen-
temente noturno, que causa irritabilidade, desassossego, desconforto e insônia. As escoriações pro-
vocadas pelo ato de coçar podem resultar em infecções secundárias em torno do ânus, que abrem
caminho a infecções bacterianas, com presença de congestão na região anal, ocasionando inflamação
com pontos hemorrágicos, onde se encontram frequentemente fêmeas adultas e ovos.
Nas mulheres, o verme pode migrar para a vulva e vagina, causando prurido vulvar e corrimento
vaginal, e salpingite. As manifestações digestivas registradas são náuseas, vômitos, dores abdominais,
tenesmo e raramente evacuações sanguinolentas. Pode ocorrer ligeira eosinofilia (4 a 15% de eosinó-
filos).
Complicações
Salpingites, vulvo vaginites, granulomas pelvianos. Infecções secundárias às escoriações.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
537
Tratamento
Através de medicações. Comumente são utilizadas: Pamoato de pirvínio, 10mg/kg, VO, dose
única. Mebendazol, 100mg, 2vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos. Essa dose independe do pe-
socorporal e da idade. Albendazol, 10mg/kg, VO, dose única, até no máximo de 400mg. Todas as 3
drogas são contra-indicadas em gestantes.
Prevenção
Orientar a população em hábitos de higiene pessoal, particularmente o de lavar as mãos antes
das refeições, após o uso do sanitário, após o ato de se coçar e quando for manipular alimentos. Man-
ter as unhas aparadas rente ao dedo para evitar acúmulo de material contaminado. Evitar coçar a re-
gião anal desnuda e evitar levar as mãos à boca. Eliminar as fontes de infecção através do tratamento
do paciente e de todos os membros da família. Troca de roupas de cama, de roupa interna e toalhas
de banho, diariamente, para evitar a aquisição de novas infecções pelos ovos depositados nos tecidos.
Manter limpas as instalações sanitárias.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
538
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Lima, L. M.; Santos, J. I.; Franz, H. C. F.Atlas de parasitologia clínica e doenças infecciosas associadas
ao sistema digestivo. Universidade Federal de Santa Catarina, 2005-2013. Disponível em: http://www.
parasitologiaclinica.ufsc.br.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
539
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
540
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
541
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
542
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
543
ENFERMAGEM
Etapa 1
FUNDAMENTOS DE
ENFERMAGEM
DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS
1º Bimestre
• 20,0 pts – a critério do professor;
• 20,0 pts – Avaliação Bimestral
**Avaliação Suplementar (notas menores que 24,0 pts)
2º Bimestre
• 20,0 pts – a critério do professor;
• 10,0 pts – Mostra Científica;
• 30,0 pts – Avaliação Final;
**100,0 pts – Recuperação final (notas finais da etapa entre 40 e 59 pontos)
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
547
“A enfermagem como profissão, é a única que se dedica na visão humanista, às reações
dos pacientes e de suas famílias, frente aos problemas reais e potenciais.”
Florence Nightingale
ENFERMAGEM
Atende as necessidades de assistência de saúde da sociedade, propiciando conforto, cuida-
do e confiança ao enfermo.
Conceitos
Saúde: estado de completo bem-estar físico, mental e social, não meramente a ausência
de doença; Doença: é um processo anormal no qual o funcionamento do organismo de uma pessoa
está diminuído ou prejudicado em uma ou mais dimensões; Processo saúde-doença:Necessidades hu-
manas básicas.
Evolução da Assistência à Saúde
Período Florence Nightingale
Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália,no desejo de realizar-se como enfermeira, pas-
sa o inverno de 1844 em Roma, estudando as atividades das Irmandades Católicas.
Decidida a seguir sua vocação, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insufici-
entes por isso visita o Hospital de Dublin dirigido pelas Irmãs de Misericórdia, Ordem Católica de En-
fermeiras, fundada 20 anos antes.
Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram guerra à Rússia: a ― Guerra da Criméia.‘‘ Flor-
ence partiu para Scutari com 38 voluntárias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais.
Algumas enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adaptação e principalmente por indisci-
plina.
Durante a guerra constatou que a falta de higiene e as doenças matavam grande númer-
os de soldados hospitalizados por ferimentose o índice de mortalidade entre os soldados hospi-
talizados era de 40%. Florence então, desenvolveu um trabalho de assistência aos enfermos e de
organização da infra-estrutura hospitalar que a tornou conhecida em toda a frente de batalha, consa-
grando a assistência aos enfermos em hospitais de campanha.
Todas as noites, Florence fazia a ronda, carregando uma pequena lamparina, para confor-
tar e cuidar dos pacientes, por isso esta é conhecida também como ‗a dama da lâmpada‘.Suas refor-
mas reduziram a taxa de mortalidade de 42,7% para 2,2%.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
548
Sistema Nightingale: ideias-chave
O dinheiro público deveria manter o treinamento de enfermeiras e este, deveria ser consider-
ado tão importante quanto qualquer outra forma de ensino.
Deveria existir uma estreita associação entre hospitais e escolas de treinamento, sem estas de-
penderem financeira e administrativamente.
O ensino de enfermagem deveria ser feito por enfermeiras profissionais, e não por qualquer pes-
soa não envolvida com a enfermagem.
Deveria ser oferecida às estudantes, durante todo o período de treinamento, residência com
ambiente confortável e agradável, próximo ao local.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
549
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
550
Anna Nery
Nasceu em 1914 na Bahia, casou-se e tornou-se viúva aos 30 anos. Durante a Guerra do Para-
guai (1864-1870) se oferece como voluntária depois que seus 2 filhos são convocados para ser-
vir a pátria.
Na guerra improvisa hospitais e não mede esforços no atendimento aos feridos.
Após cinco anos, retorna ao Brasil, é acolhida com carinho e louvor, recebendo medalhas.
Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880. A primeira Escola de Enfermagem funda-
da no Brasil recebeu o seu nome.
Primeiras escolas de Enfermagem
• 1890: Escola de Enfermagem “Alfredo Pinto―, curso de 3 anos, dirigida por enfermeiras
diplomadas;
• 1916: Escola da Cruz Vermelha do Rio de Janeiro, formava socorristas, diplomados
(Ministério da Guerra) e voluntários;
• 1923: Escola Anna Nery, primeira turma com 14 alunas; possuía um internato próximo
ao Hospital São Francisco de Assis;
• 1933: Escola de Enfermagem Carlos Chagas, pioneira entre as escolas estaduais, foi a primei-
ra a diplomar religiosas no Brasil. Escola de Enfermagem “Luisa de Marillac―, avanço na En-
fermagem Nacional, formava jovens estudantes seculares e religiosas de todas as Congre-
gações;
• 1939: Escola Paulista de Enfermagem, início dos Cursos de Pós-Graduação em Enferma-
gem Obstétrica;
• 1944: Escola de Enfermagem da USP
ABEn (Associação Brasileira de Enfermagem)
A Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn, fundada em 12 de agosto de 1926, sob a per-
sonalidade jurídica que congrega enfermeiros, obstetrizes, técnicos e auxiliares de enfermagem e es-
tudantes dos cursos de graduação e de educação profissional de nível técnico que a ela se associ-
am, individual e livremente.
Finalidades da ABEn
• Congregar os enfermeiros e técnicos em enfermagem, incentivar o espírito de união e soli-
dariedade entre as classes;
• Promover o desenvolvimento técnico, científico e profissional dos integrantes de Enferma-
gem do País;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
551
Realizações da ABEn:
• Congresso Brasileiro em Enfermagem;
• Revista Brasileira de Enfermagem.
Símbolos da enfermagem
Os símbolos da enfermagem são:
• Lâmpada: caminho, ambiente;
• Cobra: magia, alquimia;
• Cobra e cruz: ciência;
• Seringa: técnica;
• Cor verde: paz, tranquilidade, cura, saúde;
• Pedra Símbolo da Enfermagem: Esmeralda;
• Cor que representa a Enfermagem: Verde Esmeralda;
• Símbolo: lâmpada;
• Enfermeiro: lâmpada e cobra e cruz;
• Técnico e Auxiliar de Enfermagem: lâmpada e seringa.
Figura- Simbolos de Enfermagem e Técnico de Enfermagem
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
552
Florence Nightingale 2
2. A PROFISSÃO DE ENFERMAGEM
É uma profissão que possui um corpo de conhecimentos próprios, voltados para o atendimen-
to do ser humano nas áreas de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde.
De acordo com os dados cadastrais do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN1), obti-
dos em outubro/2001, há no Brasil 92.961 enfermeiros, 111.983 técnicos e 469.259 auxiliares de en-
fermagem.
Caracterizando a enfermagem
A enfermagem realiza seu trabalho em um contexto mais amplo e coletivo de
saúde, em parceria com outras categorias profissionais representadas por áreas como Medi-
cina, Serviço Social, Fisioterapia, Odontologia, Farmácia, Nutrição, etc. O atendimento inte-
gral à saúde pressupõe uma ação conjunta dessas diferentes categorias, pois, apesar do saber espe-
cífico de cada uma, existe uma relação de interdependência e complementaridade.
Nos últimos anos, a crença na qualidade de vida tem influenciado, por um lado, o
comportamento das pessoas, levando a um maior envolvimento e responsabilidade em
suas decisões ou escolhas. Por outro lado, tem gerado reflexões em esferas organizadas
da sociedade como no setor saúde, cuja tônica da promoção da saúde tem direcionado mu-
danças no modelo assistencial vigente no país.
No tocante à enfermagem, novas frentes de atuação são criadas à medida que es-
sas transformações vão ocorrendo, como sua inserção no Programa Saúde da Família
(PSF), do Ministério da Saúde; em programas e serviços de atendimento domiciliar, em processo de ex-
pansão cada vez maior em nosso meio; e em programas de atenção a idosos e outros grupos específicos.
Ações e tarefas da enfermagem
As ações e tarefas desenvolvidas nos serviços de saúde pelas categorias de Enferma-
gem no país, são agrupadas em cinco classes através de estudos realizados pela ABEn(Associação Bra-
sileira de Enfermagem )e pelo INAMPS2(.....)
1. Ações de natureza propedêutica e terapêutica complementares ao ato médico e de out-
ros profissionais:
Referem-se às que apoiam o diagnóstico e o acompanhamento do agravo à saúde, inclu-
indo procedimentos como a observação do estado do paciente, mensuração de altura
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
553
Princípios fundamentais da enfermagem
A Enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e qualidade de vida da pes-
soa, família e coletividade.
O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabili-
tação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais.
Este ainda participa como integrante da equipe de saúde, das ações que visem satisfazer
as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e am-
bientais, que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da as-
sistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade,
hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde.
O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, em to-
das as suas dimensões, exercendo assim suas atividades com competência para a promoção do ser hu-
mano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética
Ensino de enfermagem
No ensino possui 3 níveis:
• Básico: Auxiliares de enfermagem;
• Médio: Técnicos de enfermagem;
• Superior: Enfermeiros.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
554
Técnico de enfermagem
O profissional de nível médio, sendo o com duração de 18 meses, possuem estágio em cam-
po prático e possui plano de ensino regular.
Enfermeiro
O profissional de nível superior, graduado (bacharelado), com duração de 8 a 9 semes-
tres do curso, com estágio supervisionado em todas as áreas de atuação. Tendo as opções de
seguimentos: pós-graduações, mestrado, doutorado, pós-doutorado e residência multidisciplinar.
Enfermagem como ciência
Requer a existência de conceitos próprios que deem significado e direção a essa prática, tornan-
do-a mais clara, definida e fundamentada.
Objetivo da enfermagem
• Prestar assistência ao paciente, à família e à comunidade, utilizando-se de recursos e pro-
cedimentos adequados;
• Filosofia do serviço de enfermagem;
• Filosofia da instituição, que norteia os demais serviços;
• Devem envolver todos os funcionários da equipe de enfermagem;
• Determinar elementos e convicções;
• Definição dos objetivos;
• Da operacionalização, avaliação e aperfeiçoamento dessa filosofia.
Filosofia do serviço de enfermagem
• Deve transmitir mais do que palavras, deve ter significado real;
• Trabalho contínuo, vivência de processo reflexivo que evidencia contradições, divergên-
cias e que devem ser trabalhadas até que haja o consenso;
• Processo demorado, desgastante mas, se compromete a todos, propicia o crescimento indi-
vidual e coletivo;
• Fase de descrição da filosofia é posterior a sua elaboração – só se pode descrevê-la quan-
do já é conhecida‖.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
555
Filosofia para o técnico de enfermagem
Serve para que se obtenha uma prática de enfermagem efetiva e consciente, além de compro-
metida pelas questões específicas da categoria.
A partir da definição e valores próprios da enfermagem serão asseguradas suas condutas
e atribuições compatíveis aos técnicos em enfermagem, como fazer, onde fazer e o que é de sua
responsabilidade.
Exemplos de filosofia
Baseada no princípio de que todo paciente tem direito de receber cuidados de enfermagem efi-
cientes, dados sem discriminação de raça, nacionalidade, religião, situação econômica. São exemplos:
• Paciente é o indivíduo que requer cuidados de enfermagem planejados de acordo
com as suas necessidades específicas de pessoa, membro de uma família e comunidade;
• O paciente tem direito de viver e morrer com dignidade e respeito, e é responsabili-
dade da enfermagem prover a assistência ao paciente e sua família de acordo com as ne-
cessidades individuais.
Organização do serviço de enfermagem
O técnico de enfermagem precisa saber: na organização estrutural existe um chefe
em cada setor do hospital ou da empresa prestadora de serviços. Os funcionários são supervisiona-
dos por esse chefe.
Existem normas que definem atribuições procedimentos e responsabilidades do pes-
soal de cada setor. Tendo as seguintes divisões: equipe de enfermagem, auxiliar de enfermagem, técni-
co em enfermagem e o enfermeiro.
Lei N 7.498/86, DE 25 DE JUNHO DE 1986
A lei que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providên-
cias. Refere-se também sobre: Lei do exercício profissional.
Art. 1º – É livre o exercício da Enfermagem em todo o território nacional, observadas as dis-
posições desta Lei.
Art. 2º – A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pes-
soas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com juris-
dição na área onde ocorre o exercício.
Parágrafo único. A Enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de En-
fermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos graus de habili-
tação.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
556
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
557
3 AUDITORIA E ACREDITAÇÃO
Auditoria
É uma avaliação sistemática e formal de uma atividade, por alguém não envolvido direta-
mente na sua execução, para determinar se essa atividade está sendo levada a efeito de acor-
do com seus objetivos.
Auditoria em Enfermagem
É a avaliação sistemática da qualidade da assistência de enfermagem, verificada através das ano-
tações de enfermagem no prontuário do paciente e/ou das próprias condições deste.
Chega-se a conclusão de que auditoria é a comparação entre a assistência prestada e os pa-
drões de assistência considerados como aceitáveis.É a avaliação sistemática e formal de uma
atividade, por alguém não envolvido diretamente na sua execução, para determinar se essa
atividade está sendo levada a efeito de acordo com seus objetivos.
A auditoria tem sua origem na área contábil, cujos fatos e seus registros datam do
ano 2600 A. C. Sendo que no século XII d. C. que esta técnica passa a receber o nome de audito-
ria, constatando-se na Inglaterra o seu maior desenvolvimento.
Com a Revolução Industrial no século XVII, recebe novas diretrizes, na busca de se atenderem às ne-
cessidades das grandes empresas;
Na área da saúde, a auditoria aparece pela primeira vez no trabalho realizado pelo médi-
co George Gray Ward, nos Estados Unidos, em 1918: verificação da qualidade da assistência presta-
da ao paciente através dos registros em seu prontuário.
Um dos primeiros trabalhos de auditoria em enfermagem data de 1955 e foi desenvolvido no Hos-
pital Progress, nos Estados unidos. No Brasil a auditoria vem tomando impulso nos últimos cinquen-
ta anos, necessitando ainda de arranjos que melhor adaptem o processo à nossa realidade.
A resolução-COFEN(Conselho Federal de Enfermagem) Nº 266/2001: dispõe sobre as ativi-
dades do Enfermeiro Auditor, capituladas em 09 (nove) partes.
Finalidades da auditoria
1. Identificar as áreas (unidades) deficientes do serviço de enfermagem, auxiliando, por
exemplo, para que as decisões quanto ao remanejamento e aumento de pessoal sejam
tomadas com base em dados concretos.
2. Identificar áreas de deficiência em relação à assistência de enfermagem prestada, perce-
bendo-se, por exemplo, defasagem no atendimento da área psicoespiritual;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
558
Tipos de auditoria
1. Auditoria Retrospectiva
É a auditoria feita após a alta do paciente, em que se utiliza o prontuário para avaliação;
Os dados obtidos não reverterão em benefícios deste paciente diretamente, mas
sim para a assistência de maneira global. Também tem a desvantagem de não permitir sa-
ber-se o que foi feito e não foi feito.
2. Auditoria operacional ou concorrente
É a auditoria feita enquanto o paciente está hospitalizado ou em atendimento ambulatorial.
Limitações
A auditoria não tem finalidade punitiva, ela verifica o cuidado, detecta erros e os analisa quan-
to a natureza e significado. Fornece possíveis indicadores de padrões ou tendências, assim como
subsídios para a modificação de procedimentos de procedimentos e técnicas que são responsabili-
dades administrativas.
A auditoria não tem como objetivo primordial a melhoria dos registros de enferma-
gem, mas sim a melhoria da assistência ao paciente, embora a partir dos resultados possam ser sugeri-
das ações no sentido de melhorar os registros.
Na enfermagem, por exemplo, a avaliação do desempenho é um processo frequentemente
adotado para avaliação do desempenho individual dos elementos que compõem a equipe de enfer-
magem.
Acreditação Hospitalar
É uma certificação semelhante ao ISO (Organização Internacional para Padronização), mas exclu-
siva para instituições de saúde. Trata-se de um método de avaliação voluntário, periódico e reserva-
do dos recursos institucionais de cada hospital para garantir a qualidade da assistência por meio de pa-
drões previamente definidos.
Não é uma forma de fiscalização, mas um programa de educação continuada, onde toda organi-
zação prestadora de serviços de saúde pode aderir ao processo;
Através da acreditação hospitalar, a instituição de saúde tem a possibilidade de realizar um diagnós-
tico objetivo acerca do desempenho de seus processos, incluindo as atividades de cuidado direto ao pa-
ciente e aquelas de natureza administrativa. A partir deste diagnóstico e com o desenvolvimento do pro-
cesso de educação, de acordo com o Manual de Padrões de Acreditação Hospitalar, é possível discutir,
criteriosamente, os achados da avaliação e desenvolver um plano de ações capazes de promover a efe-
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
559
Acreditação na Enfermagem
Os níveis são:
Nível 1
O serviço possui responsável técnico habilitado, os procedimentos e controles dos pacientes in-
ternados são registrados no prontuário;
A distribuição da equipe consta de escala de acordo com a habilitação requerida, ajustada às ne-
cessidades do serviço.
Nível 2
O serviço dispõe de manual(is) de normas, rotinas e procedimentos documentado(s), atualiza-
do(s) e disponível(is); desenvolve as suas ações baseadas em protocolos clínicos.
Dispõe de um programa de educação e treinamento continuado e melhoria de proces-
sos, e as ações são auditadas através de registros no prontuário
Nível 3
O modelo assistencial baseia-se no enfoque multiprofissional e interdisciplinar que integra o pro-
grama institucional da qualidade e produtividade, com evidências de ciclos de melhoria;
Dispõe de sistema de aferição da satisfação dos clientes internos e externos e de
avaliação do serviço, em comparação com referenciais adequados e de impacto junto à comunidade.
ONA (Organização Nacional de Acreditação)
É uma organização não governamental caracterizada como pessoa jurídica de direito priva-
do sem fins econômicos, de direito coletivo, com abrangência de atuação nacional.
Cujo objetivo geral é promover a implantação de um processo permanente de avaliação e
de certificação da qualidade dos serviços de saúde, permitindo o aprimoramento contínuo
da atenção, de forma a melhorar a qualidade da assistência, em todas as organizações prestado-
ras de serviços de saúde do País.
Tendo a missão de incentivar o setor saúde para o aprimoramento da gestão e da qualidade da as-
sistência, através do desenvolvimento e evolução de um sistema de acreditação, e a visão de tornar o
Sistema Brasileiro de Acreditação – ONA, sólido, confiável e internacionalmente reconhecido, perma-
nentemente comprometido com o processo de melhoria contínua e qualidade do setor saúde, até 2015.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
560
4. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSONAL
Ética
Em grego significa Ethos (costume, comportamento, caráter, modo de ser, hábito, forma de vida). Es-
tudo do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto, adequado ou inadequado.
Ética – Somos pessoas e não coisas / somos sujeitos e não objetos – Importância: Normas que
limitem e controlem o risco permanente de violência Trabalho ético – sua pro-
dução traz benefícios para a pessoa, a humanidade, o planeta Ética Profissional = Conjun-
to de princípios a serem observados no exercício profissional.
Ao assumir uma profissão – assume uma responsabilidade com esta prática.
Perguntas: Deveres ao assumir tal tarefa, como está cumprindo as responsabilidades, o que es-
peram de você nesta atividade, o que deve ser feito (mesmos sem estar sendo vigiado), estou sen-
do um bom profissional, estou agindo adequadamente/corretamente.
Você já ouvir algum tipo de reportagem como estas?
― Menina morre após receber vaselina na veia... (05/12/2010)
― Menina de 1 ano teve dedo amputado por acidente em hospital público na Bahia...
(31/01/2011) “O bebê estava internado no Hospital do Mandaqui devido a uma crise decor-
rente de uma anemia. O acidente aconteceu quando uma auxiliar de enfermagem retira-
va a bandagem colocada para imobilizar a mão da criança, que recebia medicação intravenosa.”
A ética trata do comportamento do homem, da relação entre sua vontade e a obrigação de se-
guir uma norma, do que é o bem e de onde vem o mal, do que é certo e errado, da liberdade e da ne-
cessidade de respeitar o próximo.
A ética revela que nossas ações tem efeitos sobre a sociedade ecada homem deve ser livre e
responsável por suas atitudes.E quea justiça é a principal das virtudes, osnossos valores têm uma ori-
gem histórica,cada moral é filha do seu tempo e aindadevemos adequar nossas vonta-
des às obrigações sociais.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
561
Ética Profissional
É um conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática no exer-
cício de qualquer profissão.
Estuda o relacionamento do profissional com sua clientela, visando à dignidade humana e a
construção do bem-estar no contexto sócio-cultural onde exerce sua profissão.
Código de Ética da Enfermagem
A resolução COFEN (Conselho Federal de Enfermagem) – 240/2000 aprova o Códi-
go de Ética dos profissionais de Enfermagem, dentro deste código existem: Princípios Fundamen-
tais; Direitos; Deveres; Responsabilidades; Proibições; Infrações;
Penalidades e Aplicação de Penalidades.
O Novo código de ética
Resolução COFEN 311/2007 de 12/Maio de 2007;
Princípios fundamentais
A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da pes-
soa, família e coletividade.
O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabili-
tação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais.
O profissional de enfermagem participa, como integrante da equipe de saúde, das
ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políti-
cas públicas de saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, in-
tegralidade da assistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da
comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde.
O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, em to-
das as suas dimensões. O profissional de enfermagem exerce suas atividades com competência para a pro-
moção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
562
Direitos:
Art. 14 – Atualizar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais.
Art. 15 – Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional, cultural e a defe-
sa dos legítimos interesses de classe.
Responsabilidades
Art. 16 – Assegurar ao cliente uma assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de im-
perícia, negligência ou imprudência.
Art. 18 – Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos técnicos, científicos e cul-
turais, em benefício da clientela, coletividade e do desenvolvimento da profissão.
Deveres
Art. 23 – Prestar assistência de Enfermagem à clientela, sem discriminação de qualquer natureza.
Art. 28 – Respeitar o natural pudor; a privacidade e a intimidade do cliente.
Art. 33 – Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudên-
cia por parte de qualquer membro da equipe de saúde.
Proibições
Art. 8º – Promover e ser conivente com a injúria, calúnia e difamação de membro da equi-
pe de enfermagem, equipe de saúde e de trabalhadores de outras áreas, de organizações da catego-
ria ou instituições.
Art. 26 – Negar assistência de enfermagem em qualquer situação que se caracterize como urgên-
cia ou emergência.
Art. 27 – Executar ou participar da assistência à saúde sem o consentimento da pessoa
ou de seu representante legal, exceto em iminente risco de morte.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
563
Conceituando Responsabilidade
O Aurélio define responsabilidade como qualidade ou condição de responsável, ou seja,
responder pelos próprios atos ou de outrem. Na linguagem jurídica, existe a ideia de violação de di-
reito o que obriga ao dever de reparação.
O código de ética de enfermagem define infração ética como a ― ação, omissão ou conivên-
cia que implique em desobediência e/ou inobservância às ações desse Código‖ no art. 113. E esta-
belece que ― responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática, ou dela obti-
ver benefício, quando cometida por outrem‖ no art. 115. Sendo:
• Responsabilidade Profissional: Atuar conforme o código de ética profissional determina;
Estar atualizado na sua área de ação; Garantir ao sujeito de pesquisa o melhor diagnósti-
co, profilaxia ou tratamento comprovados;
• Imperícia: Falta de prática ou ausência de conhecimentos que se mostram necessários
para o exercício de uma profissão ou de qualquer uma arte; ignorância, inexperiência ou
inabilidade acerca da matéria que deveria ser conhecida, para que se leve a bom termo
ou se execute com eficiência o encargo ou serviço, que foi confiado a alguém.Ex. A práti-
ca do auxílio cirúrgico;
• Imprudência: Derivado do latim imprudentia (falta de atenção, imprevidência, descuido),
tem sua significação integrada na imprevisão; falta de prudência; forma de culpa, que con-
siste na falta involuntária de observância de medidas de precaução e segurança, de conse-
quências previsíveis, que se faziam necessárias no momento, para evitar um mal ou da lei.
Ex: Não realizar diluição correta de medicação;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
564
Capítulo V- Das infrações e penalidades
Art. 112 – A caracterização das infrações éticas e disciplinares e a aplicação das respectivas pe-
nalidades regem-se por este Código, sem prejuízo das sanções previstas em outros dispositivos legais.
Art. 113 – Considera-se infração ética a ação, omissão ou conivência que implique em desobe-
diência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.
Art. 114 – Considera-se infração disciplinar a inobservância das normas dos Conselhos
Federal e Regional de Enfermagem.
Art. 115 – Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática, ou dela ob-
tiver benefício, quando cometida por outrem.
Art. 116 – A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise dos fatos do dano e
de suas consequências.
Art. 117 – A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos do Códi-
go de Processo Ético das Autarquias Profissionais de Enfermagem.
Art. 118 – As penalidades a serem impostas pelos Conselhos Federal e Regional de Enferma-
gem, conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de 1973, são as seguintes:
I – Advertência verbal;
II – Multa;
III – Censura;
IV – Suspensão do exercício profissional;
V – Cassação do direito ao exercício profissional.
§ 1º – A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator, de forma reservada, que
será registrada no prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas.
§ 2º – A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (uma) a 10 (dez) vezes o
valor da anuidade da categoria profissional à qual pertence o infrator, em vigor no ato do pagamento.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
565
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
566
Capítulo VII – das disposições gerais
Art. 130 – Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de Enfermagem.
Art. 131- Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem, por iniciati-
va própria ou mediante proposta de Conselhos Regionais.
Parágrafo único – A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a catego-
ria, coordenada pelos Conselhos Regionais.
Art. 132 – O presente Código entrará em vigor 90 dias após sua publicação, revogadas as dis-
posições em contrário.
5 PRIMEIROS SOCORROS – INTRODUÇÃO
Definição
Cuidados imediatos que devem ser prestados rapidamente a uma pessoa, vítima de aci-
dentes ou de mal súbito, cujo estado físico põe em perigo a sua vida, com o fim de manter as funções vi-
tais e evitar o agravamento de suas condições, aplicando medidas e procedimentos até a chega-
da de assistência qualificada.
O socorrista
A prestação dos primeiros socorros depende de conhecimentos básicos, teóricos e práti-
cos por parte de quem os está aplicando.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
567
Funções do Socorrista
1. Contatar o serviço de atendimento emergencial (SAMU);
2. Fazer o que deve ser feito no momento certo, afim de: Salvar uma vida; Prevenir danos
maiores;
3. Manter o acidentado vivo até a chegada deste atendimento;
4. Manter a calma e a serenidade frente a situação inspirando confiança;.
5. Aplicar calmamente os procedimentos de primeiros socorros ao acidentado;
6. Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o acidentado, afastando-as do local
do acidente, evitando assim causar o chamado “segundo trauma”, isto é, não ocasionar
outras lesões ou agravar as já existentes.
7. Ser o elo das informações para o serviço de atendimento emergencial.
8. Agir somente até o ponto de seu conhecimento e técnica de atendimento. Saber avaliar
seus limites físicos e de conhecimento. Não tentar transportar um acidentado ou medicá- lo.
O profissional não médico deverá ter como princípio fundamental de sua ação a importân-
cia da primeira e correta abordagem ao acidentado, lembrando que o objetivo é atendê-lo e man-
tê-lo com vida até a chegada de socorro especializado, ou até a sua remoção para atendimento usan-
do o equipamentos de proteção individual: Luvas; Máscara; Óculos;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
568
Etapas dos Primeiros Socorros
A execução dos primeiros socorros podem ser efeutados em etapas, até mesmo para melhorar
a organização no atendimento e assim obter resultados mais eficientes;
• Análise da área do acidente;
• Proteção da vítima;
• Avaliação inicial e exame da vítima.
• Ao chegar no local onde aconteceu um acidente, ou onde está um acidentado, é importante
assumir o total controle da situação e dar inicio a uma avaliação da ocorrência de maneira
rápida e segura.
É de suma importância que o socorrista obtenha o máximo de informações possíveis sobre
o ocorrido para saber qual a melhor forma de proceder diante da situação.
1. Avaliação da área do acidente
Todo acidente por si só acaba gerando pânico nas pessoas, por isso é fundamental que o
socorrista evite o pânico e tenha o controle da situação, obtendo ajuda de outras pessoas
quando necessário, dando ordens objetivas e diretas, de maneira clara e concisa e man-
tendo os curiosos a uma distância segura da vítima, para evitar tumultos e também para
obter um espaço melhor para trabalhar. Nesses casos também é importante que o socor-
rista apresente ações rápidas e precisas, tendo sempre o cuidado de avaliar se existe algum
perigo para o acidentado ou mesmo para quem estiver prestando o socorro.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
569
a) Avaliação Primária
A avaliação primária deve ser cuidadosa e respeitar uma rotina, como podemos ver abaixo:
1. Circulação/ hemorragias; 2.Respiração e manutenção da coluna cervical; 3. Avaliação neu-
rológica
1- Verifique os batimentos cardíacos;
2- Verifique a inconsciência;
3- Abra as vias aéreas respiratórias;
4- Aplicar colar cervical (inconsciente).
5- Verifique a respiração;
Verificar se a vítima está consciente ou inconsciente, caso as vítima esteja consciente deve-
se recorrer a avaliação do grau de lucidez/obnubilação/ desorientação espacial e temporal.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
570
Quando estiver consciente inciar a avaliação do grau de consciência contendo os seguintes as-
pectos: abanar de forma leve a vítima, ao nível dos ombros, conversar com a vítima, fazen-
do-lhe perguntas, tais como: ―Está a ouvir-me? Está a sentir-se bem? Sabe onde está? Como se cha-
ma? Que dia é hoje? Que horas são?.
ALTERAÇÃO DE A-B-C PARA C-A-B
A sequência para atendimento recomendada para um socorrista que atua sozinho foi modifica-
da. A recomendação é que ele inicie as compressões torácicas antes da ventilação de resgate. A anti-
ga sequência A-B-C (Vias Aéreas – Boa ventilação - Compressão Torácica) agora é C-A-B.
A vasta maioria das PCRs ocorre em adultos, e as taxas mais altas de sobrevivência à PCR en-
volvem pacientes de todas as faixas etárias cuja parada foi presenciada por outras pessoas, com rit-
mo inicial de fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso. Nesses pacien-
tes, os elementos iniciais críticos de SBV são compressões torácicas e a desfibrilação precoce.
Na sequência A-B-C, as compressões torácicas, muitas vezes, são retardadas enquanto o so-
corrista abre a via aérea para aplicar respiração boca a boca, recupera um dispositivo de barrei-
ra ou reúne e monta o equipamento de ventilação.
Com a alteração da sequência para C-A-B, as compressões torácicas serão iniciadas
mais cedo e o atraso na ventilação será mínimo. Logo, a respiração é rapidamente verificada como par-
te da verificação da PCR. Após a primeira série de compressões torácicas, a via aérea é aberta e o so-
corrista aplica 2 ventilações.
b) Avaliação Secundária
Somente após completar todos os passos da avaliação primária é que se parte para a se-
cundária, onde deve-se fazer a inspeção da cabeça aos pés, de forma a observar a presença de alter-
ações como fraturas; objetos encravados; deslocamento de articulações, entre outros.
E prossiga: - Proceda o exame da cabeça aos pés;
• Questione a vítima (se possível);
• Questione as testemunhas (se houver).
Nesta fase da avaliação o socorrista deve ver os movimentos do tórax e abdômen, ouvir se a víti-
ma inspira e expira e sentir o ar expirado da vítima, aproximando a sua face ao nariz e boca da vítima.
Se a vítima ventilar deve ser avaliada a frequência (nº de ciclos ventilatórios/min.), a ampli-
tude (superficial ou profunda) e ritmo (regular ou irregular).
Sinais Vitais
Refletem o estado atual dos sistemas respiratório e circulatório.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
571
Pulso
O que se chama comumente de “pulso” está associado às pulsações ou as batidas do
coração, impulsionando o sangue pelas artérias, e que podem ser sentidas ao posicionarmos as pon-
tas dos dedos em locais estratégicos do corpo.As pulsações devem ser contadas durante 30 segun-
dos, e o resultado multiplicado por 2, para se determinar o número de batidas por minuto. Ou, con-
tam-se os batimentos durante 15 segundos e multiplica-se por 4.
Como regra geral, sempre que os batimentos cardíacos forem menores que 50 ou
maiores que 120 por minuto, algo seriamente errado está acontecendo com o paciente.
Temperatura
A temperatura corporal é medida em termômetros (de mercúrio ou digitais) colocados, du-
rante alguns minutos, com a extremidade que contem o bulbo (;;;;;;;;no primeiro caso) nas axi-
las ou na boca do paciente.
A temperatura corporal normal é 36,8oC. A partir de 37,8oC já se configura a febre.
Normalmente, as temperaturas elevadas, indicam algum tipo de infecção no organismo.
Avaliação e Exame do Estado Geral do acidentado
O processo de avaliação da pessoa acidentada deve ser feita de forma imediata e simultânea
a avaliação do acidente e também da proteção do acidentado. Ao realizar o exame no acidentado o
socorrista deve ser rápido sistemático em suas ações e também precisa observar as seguintes priori-
dades: - Estado de consciência da vítima: É preciso fazer perguntas lógicas para o acidentado como
nome, idade, etc, para avaliar as respostas dadas pelo mesmo e assim verificar o nivel de consciencia
apresentada pelo acidentado;
• Respiração: Avaliar a movimentação torácica e abdominal do acidentado para avaliar se há
alguma obstrução nas vias respiratórias do mesmo;
• Hemorragia: avaliar o nível, a qualidade e o volume sanguíneo que o acidentado Perde,
assim como também verificar se o sangue é do tipo arterial ou venoso;
• Análise e Exame do Estado Geral do acidentado - Pupilas: observar o estado de dilatação e si-
metria pupilar, ou seja, verifique se há igualdade e presença de resposta das pupilas a estimu-
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
572
Cabeça e Pescoço
Durante o atendimento verifique sempre o estado de consciência e a respiração da vítima e
também procure apalpar cuidadosamente a região do crânio do acidentado a procura de possiveis
fraturas, depressão óssea ou hemorragia. Proceda da mesma maneira na região do pescoço, procu-
rando avaliar o pulso na artéria de maior calibre, que nesse caso é a artéria carótida. Observe o ritmo
a frequência e a amplitude do pulso, utilizando para isso a ponta dos dedos indicador e médio. Vale
lembrar que o polegar nao deve ser usado para medir a pulsação tendo em vista que o mesmo apre-
senta pulsação própria e isso pode acabar interferindo no resultado final d avaliação.
Em seguida também usando os dedos, avalie a coluna cervical desde a sua base situada no crâ-
nio até a região dos ombros, em busca de alguma irregularidade.
Verifique se o acidentado relata dor nessa região e se possivel peça para que ele movimente de
forma lenta o pescoço para avaliar a sua mobilidade. Caso o acidentado relate dor ao movimentar o
pescoço, peça que ele pare imediatamente o movimento. Procure se informar sobre a natureza do ac-
idente, a sensibilidade e também a capacidade de movimentação dos membros para confirmar uma
possivel suspeita de fratura na coluna cervical.
Coluna Dorsal
Na coluna dorsal, avalie a espinah do acidentado correndo a mão pela mesma, indo desde a
nuca até o sacro. Caso haja dor nessa região é possivel que o acidentado esteja com alguma lesão na
coluna dorsal e por isso todo cuidado é necessário nesse caso.
Tórax e Membros
Verifique se existe lesão na região do tórax. Peça para o acidentado inspirar e expirar e observe
se o mesmo relata sentir dor quando faz esses movimentos respiratórios. Solicite ao acidentado que
movimente seus braços de forma lenta e avalie a existência de dor ou mesmo alguma incapacidade
funcional nesses membros.
Identificar o local da dor e buscar por deformação, marcas e edema.
Avaliar a presença de dor na região abdominal e procurar todo tipo de ferimento, mesmo aque-
les que se mostram pequenos e insignificantes.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
573
Exame do acidentado Inconsciente
Quando o acidentado se encontra inconsciente a situação é um pouco mais grave, tendo em
vista que a pessoa que está prestando o atendimento não poderá ter muitas informações sobre o
acidente ou sobre o estado da vítima, sem contar que ainda podem surgir complicações em função do
estado de inconsciência apresentado pelo acidentado.
Nesses casos o primiero cuidado consiste em manter as vias aéreas desobstruidas promovendo
a extensão da cabeça ou então mantendo a mesma em posição lateralizada para que o acidentado
não aspire vômito caso isso aconteça.
Os cuidados iniciais a serem adotados são os mesmos tanto para acidentado consciente quan-
to para o que se encontra inconsciente. A diferença é que nesse ultimo caso, os cuidados devem ser
redobrados, tendo em vista que os parâmetros de força, capacidade funcional e estímulos dolorosos
não poderão ser avaliados.
Alguns elementos devem ser priorizados em qualquer atendimento visando assegurar o mínimo
de agravo a saúde do acidentado. São eles:
• Ausência de respiração;
• Falta de circulação (pulso ausente);
• Hemorragia em excesso;
• Ausência dos sentidos (ausência de consciência);
• Envenenamento.
Considerações Gerais
O fluxo constante de oxigênio no interior dos pulmões é um requisito fundamental para a ma-
nutenção da vida humana.
O oxigênio é distribuido pelo corpo através do sangue que é impulsionado pelo coração.
Alguns órgãos conseguem sobreviver na aausência de oxigênio por um tempo específico, já
outros podem ser gravemente afetados pela falta do oxigênio.
É importante que algumas modificações ou então alguns quadros clínicos que levem a essa
alteração, sejam priorizados quando se presta atendimento a um acidentado vítima de mal súbito. Os
principais fatores que causam o mal súbito são:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
574
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
575
Transporte de Acidentados
O transporte de acidentados corresponde a um fator determinante da boa prestação de primei-
ros socorros, tendo em vista que um transporte mal executado e sem a aplicação da técnica correta
pode causar danos graves, muitas vezes irreversíveis, à integridade física do acidentado.
Dependendo do tipo de situação, o acidentado pode ser transportado de diversas maneiras.
Cada técnica de transporte necessita de uma habilidade específica para ser realizada. Geralmente o
transporte é realizado por mais de uma pessoa e para que ele seja bem executado é preciso adotar:
• Princípios de segurança para proteger a integridade do acidentado;
• Conhecimento das técnicas para o transporte do acidentado consciente, que não pode
deambular;
• Transporte do acidentado inconsciente;
• Cuidados com o tipo de lesão que o acidentado apresenta;
• Técnicas e materiais para cada tipo de transporte.
Na maioria dos casos o transporte deverá ser realizado com a ajuda de uma, duas ou mais pes-
soas, e nesses casos a técnica correta também varia conforme a quantidade de pessoas que executam
o transporte.
O transporte de acidentados é um tema que gera polêmicas. Por isso é importante que haja
comunicação e troca de informações entre pessoas que apresentam experiências, para que estas pos-
sam ser transformadas em exemplos úteis. De fato esse assunto se trata de algo proficiente onde esta
depende quase que exclusivamente de prática e habilidade física.
Antes mesmo de dar inicio a quaquer ação de remoção e transporte de acidentados procure
assegurar-se da manutenção referente a respiração e batimentos cardíacos, assim como também as
hemorragias devem ser controladas e as lesões de carater traumato-ortopédicas devem ser imobiliza-
das da forma correta. O estado de choque deverá ser prevenido.
O acidentado de fratura da coluna cervical só pode ser transportado, sem orientação médi-
ca ou de pessoal especializado, nos casos de extrema urgência ou iminência de perigo para o aciden-
tado e para quem estiver socorrendo-o.
Enquanto se organiza o transporte de um acidentado, é importante acalmá-lo, principalmente
procurando demonstrar tranquilidade diante da situação. É preciso estar sereno para que o acidenta-
do consiga controlar suas próprias sensações de temor ou pânico.
É indicado o transporte de pessoas nos seguintes casos:
Vítima inconsciente.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
576
Métodos de Transporte com uma pessoa
Transporte de Apoio
Nesse tipo de transporte a pessoa que está socorrendo passa o braço do acidentado por trás da
sua nuca, segurando-a com um de seus braços, e o outro braço deve estar situado atrás das costas do
acidentado em posição diagnonal.
O transporte de apoio geralmente é aplicado nos casos que apresentam vítimas de vertigem,
desmaio, com ferimentos leves ou que apresentam pequenas pertubações que não os tornem incons-
cientes e que lhes permitam caminhar.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
577
Figura - Transporte ao Colo
Uma única pessoa pode transportar um acidentado por meio do transporte ao colo. Para isso basta
colcoar um braço logo abaixo dos joelhos do acidentado e o outro braço deve estar posicionado de for-
ma bem firme em torno de suas costas dando uma leve inclinada no corpo para trás. Quando o aciden-
tado estiver consciente, ele mesmo pode se fixar melhor, passando um de seus braços pelo pescoço
da pessoa que o está socorrendo.
Agora se o acidentado estiver inconsciente, este deverá ficar com a cabeça estendida para trás,
pois essa posição vai melhorar a ventilação do acidentado. As principais situações na qual o trans-
porte ao colo é utilizado são os casos de envenenamento ou picada de animal peçonhento. Essa forma
de transporte também poderá ser utilizada nos casos de fratura, com exceção de fratura na região da
coluna vertebral.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
578
O transporte nas costas também pode ser realizado por uma única pessoa. O acidentado coloca
os braços sobre os ombros do socorrista, apoiando suas axilas na região dos ombros deste.
O socorrista por sua vez segura nos braços do acidentado e carrega-o em posição arqueada.
Esse tipo de transporte é utilizado nos casos de remoção de pessoas envenenadas ou que apresentam
entorses e luxações dos membros inferiores, desde que eles estejam previamente imobilizados.
Transporte de Bombeiro
Primeiro o acidentado é colocado em decúbito ventral. Depois, ajoelha-se com um só
joelho e, com as mãos sendo passadas sobre as axilas do acidentado, este é levantado, ficando ago-
ra de pé, de frente para ele.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
579
Para esse tipo de transporte o socorrista deve utilizar um lençol onde ele deve segurar nas pon-
tas de uma das extremidades deste lençol, de preferencia a extremidade onde está situada a cabeça
da vítima. Procure suspender um pouco e arraste a pessoa para o local desejado.
Manobra para Remoção de Acidentado do interior de um Veículo: -Geralmente em acidentes
envolvendo veículos automotivos sempre existe supeita de fratura na coluna;
-Por isso quando for prestar o primeiro atendimento procure se colocar por trás da vítima pas-
sando as mãos em torno das axilas do acidentado. Em seguida segure um de seus braços de encontro
ao torax da vítima e arraste-o para a parte externa do veículo, procurando apoiar as costas do aciden-
tado em suas coxas de modo a deixa-la o mais estável possivel. -Esta manobra deve ser realizada ape-
nas em ultimo caso.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
580
Transporte de Apoio
Nesse tipo de transporte passa-se o braço da pessoa acidentada por trás da nuca das duas pes-
soas que estão prestando o socorro ao acidentado. As duas pessoas que estão prestando o atendi-
mento por sua vez seguram a vítima com um dos braços e o outro braço é passado por trás das costas
do acidentado em posição diagonal. Geralmente esse tipo de transporte é utilizado para pessoas obe-
sas onde o socorro e a remoção se tornam complicados quando feito por uma única pessoa.
Figura- Transporte de apoio
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
581
No transporte de cadeirinha as duas pessoas que estão prestando o atendimento devem se ajo-
elhar, cada uma se posicionando em um dos lados da vítima. Cada uma passa um braço sob as costas
e o outro sob as coxas da vítima. Em seguida cada um deve segurar com uma das mãos o punho e com
a outra a região do ombro do companheiro. Dessa forma as duas pessoas vão se erguendo lentamente
estando a vítima sentada na cadeira improvisada, e estas devem manter um equilibrio no transporte
para evitar uma possivel queda da vítima.
Transporte pelas Extremidades
Nesse tipo de transporte, uma das pessoas que está prestando o atendimento deve segurar
com os braços a região torácica da vítima, enquanto que a outra deve se posicionar de costas para o
primeiro segurando as pernas da vítima com seus braços.
Figura- transporte pelas Extremidades
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
582
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
583
Transporte de Maca
Apesar de existirem diversas formas de transportar um acidentado, a maca ainda é a melhor
forma de transporte. Existem algumas maneiras de se fazer uma boa maca. Uma delas consiste em uti-
lizar uma tábua larga e rígida. Também é possivel utilizar uma porta, ou mesmo abotoar duas camisas
ou um paletó em duas varas ou bastões para montar uma bela maca. Enfim, seja qual for a maneira
que escolher para fazer a sua maca, o importante mesmo é que saiba como utiliza-la da forma correta.
Figura- Transporte de maca
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
584
Transporte ao Colo
No caso de haver a presença de três pessoas, elas devem se colocar em fileira posicionados ao
lado da vítima, sendo que esta deve apresenta a posição de decúbito ventral. Em seguida as três pes-
soas devem se abaixar, procurando apoiar-se em um dos joelhos e usando os seus braços elas devem
levantar a vítima até a altura do outro joelho.
Após ter feito isso, erguem-se todos ao mesmo tempo deixando a vítima a uma altura equiva-
lente aos seus troncos e a conduzem para o local desejado.
Transporte de Lençol pelas Pontas
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
585
Transporte de Lençol pelas Bordas
Nesse tipo de transporte envolvendo mais de três pessoas, a vítima é colocada no meio do
lençol, onde suas bordas laterais são enrroladas para permitir que as pessoas consigam segurar e
levantar com firmeza o lençol juntamente com a vítima e impedir que ela sofra uma queda. No geral
duas pessoas até podem efetuar esse serviço, mas a presença de três pessoas é melhor.
Para que a vítima fique sobre o lençol é preciso enfiá-lo por debaixo do seu corpo e isso é feito
dobrando uma das bordas do lençol inúmeras vezes de modo que ela possa funcionar como uma es-
pécie de cunha. Em seguida enfia-se esta cunha devagar para baixo da vítima. Após esse processo é
que as bordas laterais do lençol são enrroladas para erguer e carregar a vítima. Esse tipo de transporte
também não é indicado para as pessoas que apresentam lesão na coluna. Nessas condições a vítima
deve ser transportada por meio da utilização de uma estrutura rígida.
Remoção de vítima com suspeita de fratura de coluna
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
586
Importante
Caso não sejam tomados os devidos cuidados descritos anteriormente, as lesões podem acabar
se agravando e o quadro do paciete pode piorar consideravelmente. Em função das circunstância nas
quais ocorrem os acidentes é fundamental que a pessoa que vai prestar o socorro seja capacitada para
tomar as decisão corretas e em tempo hábil, sabendo improvisar quando necessário mas levando em
consideração sempre a segurança da vítima e também a sua própria segurança, tendo em vista que
estes são os dois principais fatores a serem considerados quando se presta os primeiros socorros a
uma pessoa.
Exemplos de Improvisação de Macas
1. Galhos de árvores que sejam resistentes, cabos de vassoura, canos, pranchas, portas,
cobertores, tábuas, paletós, camisas, lençóis, lonas, tiras de pano, sacos de pano, cordas,
barbantes, cipós e uma série de materiais são adequados e de utilidade para se
improvisar uma maca. Varas, cabos de vassoura, canos ou galhos podem ser
introduzidos em dois paletós, casacos, gandula. As mangas deverão ser viradas do
avesso e passadas por dentro do casaco ou gandula, e estes abotoados para que fiquem
firmes.
2. Cipó, corda, barbante ou arame de tamanho adequado podem ser trançados entre dois
bastões rígidos dos exemplos já sugeridos, para formar uma espécie de rede flexível e
esticada. Manta, cobertor, lençol, toalha ou lona podem ser dobrados sobre dois bastões
rígidos ou ainda sem os mesmos.
6 PRIMEIROS SOCORROS – TÉCNICAS
Parada cardio-respiratória
A parada cardíaca pode ser definida como uma interrupção súbita da função do coração que é
bombear o sangue para o resto do corpo. Essa interrupção pode ser facilmente constatada por meio
da ausência de batimentos do acidentado, que se avalia ao encostar o ouvido na porção anterior do
torax da vítima. Outro indicio de parada cardíaca consiste na ausência de pulso, que ocorre quando
não se consegue palpar o pulso. A dilatação pupilar tambem indica que a pessoa está sofrendo uma
parada cardíaca. Esse quadro pode ser revertido rapidamente desde que sejam tomados as devidas
providencias e caso isso nao ocorra a vítima pode vir a óbito.
A parada respiratória por sua vez consiste na interrupção total da respiração em função da
ausência de oxigênio e excesso de gás carbônico no sangue.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
587
Primárias
A parada cardiaca primária ocorre em função de um distúrbio no próprio coração, o que gera
uma arritmia cardíaca, provocando a fibrilação ventricular.
Sua causa principal é a isquemia cardíaca, que ocorre quando o volume de sangue oxigenado
que chega ao coração é insuficiente para que o mesmo execute suas funções normais.
Esta é uma das principais causas de parade cardiac em adultos quando os mesmos nao sofreram
algum tipo de trauma.
Secundárias
A disfunção cardíaca secundária é causada por problemas na respiração ou então por algum
fator externo. Os principais fatores que causam parada cardiorespiratória em vítimas de traumatismos
são:
• Oxigenação deficiente: consiste na obstrução de vias aéreas e doenças pulmonares.
• Transporte inadequado de oxigênio: causado por hemorragia grave, intoxicação
por monóxido de carbono, estado de choque.
• Ação de fatores externos sobre o coração: como drogas e descargas elétricas.
Em casos de parada cardiorespiratória é fundamental que o socorrista identifique rapidamente
esta condição pois ao fazer isso ele estará salvando uma vida potencialmente em risco. Uma parada
respiratória resolvida em tempo inábil ou mal resolvida pode levar o acidentado à parada cardíaca
em função da falta de oxigenação cerebral e também do miocárdio. Caso o coração venha a paralisar
primeiro, as consequências são ainda maiores, pois a chegada de oxigênio no cerebro estará
comprometida instantaneamente.
Identificação de PCR
Só existe dois elementos que merecem atendimento preferencial antes da parada cardíaca que
são o edema agudo de pulmão e uma grande hemorragia externa.
A identificação assim como os primeiros atendimentos devem ser realizados dentro de um
período de tempo de no máximo 3 minutos partindo de sua ocorrência, pois dentro desse tempo os
sinais vitais do SN-Sistema Nervoso, ainda estão em atividade e transpassado esse período de tempo,
o cerebro começa a ser lesionado em função da ausência de oxigênio nessa região.
O cerebro por sua vez, assim como o coração, são os órgãos mais sensíveis à falta de oxigênio.
Após 4 a 6 minutos de parada cardiorespiratória, a lesão cerebral se torna irreversível.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
588
Elementos que definem PCR:
• Falta de pulso numa artéria de grande calibre;
• Apnéia ou respiração arquejante. Em grande parte dos casos a apnéia acontece em torno
de 30 segundos após a parada cardíaca;
• Contração súbita e violenta da laringe;
• Cianose (coloração arroxeada da pele e lábios);
• nconsciência. Toda vítima em PCR está inconsciente;
• Dilatação pupilar, que começam após 45 segundos de interrupção de
fluxo sanguíneo para o cérebro.
Ressuscitação cardiorrespiratória (RCR)
Consiste em um grupo de medidas usadas para atender a vítima de parada cardiorespiratória
(PCR). Para atender corretamente uma vítima nessas condições é preciso empregar as técnicas
adequadas para o suporte das funções tanto circulatórias quanto respiratórias.
A aplicação das medidas de RCR é uma atividade que requer um conhecimento especializado e
sua execução deve ser feita com calma e disposição.
A chance de executar uma atividade de RCR é minima, mas caso haja essa necessidade, esse
procedimento pode fazer toda a diferença entre a vida e a morte para o acidentado.
Ao se deparar com uma situação de RCR, a sequência que deve ser executada nesses casos para
promover um atendimento adequado ao acidentado é a seguinte:
C – Suporte circulatório
A – Abertura das vias aéreas
B – Ventilação artificial
Realizar inicialmente 2 movimentos respiratórios e após 30 compressões cardíacas. Não
parar. Seguir esse ritmo até a chegada do socorro médico ou até o recuperação dos
movimentos cardíacos e respiratórios espontâneos.
Obs.: Para a respiração, puxe bastante ar e cole a sua boca na boca da vítima e insufle,
até que haja elevação do tórax. As narinas da vítima devem ser fechadas com os dedos
polegar e indicador, para evitar a saída do ar que está sendo insuflado.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
589
Limitações da RCR
A medida que o tempo vai passando, a circulação no cerebro obtida por meio das compressões
realizadas na caixa torácica do acidentado vao reduzindo gradativamente até se tornar ineficaz.
Durante a RCR, a pressão sistólica alcança de 60 a 80 mmHg, no entanto a pressão diastólcia é
muito reduzida, o que diminui a perfusão em vários órgãos, dentre eles o coração.
As paradas por fibrilação ventricular só podem ser revertidas pela desfibrilação.
O suporte básico da vida sem o uso da desfibrilação não apresenta capacidade para amnter a
vida por períodos prolongados. A reversão do quadro de parada cardiorespiratória também não é
obtida. Por isso é preciso que seja solicitado o suporte ao atendimento especializado com a prresença
do desfibrilador assim como demais recursos de suporte avançado.
Figura- Manobras de RCR
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
590
Do acidentado
O acidentado deve estar posicionado em uma superfície firme e plana. Procure mantê-lo em de-
cubito dorsal, pois esta posição possibilita uma melhor execução das manobras de respiração artificial
e de abertura das vias aéreas. A cabeça do acidentado nao deve ficar mais elevada que os pés, pois
dessa forma o fluxo sanguíneo cerebral nao será prejudicado.
Se por ventura o acidentado estiver sobre uma superficie macia e flexivel, coloque-o no chão ou
em uma superficie plana e rígida, para que durante a execução das manobras de RCR, as mesmas nao
sofram influência por parte da superficie na qual o acidentado se encontra.
A técnica adequada de posicionamento do acidentado deve ser obedecida usando as mano-
bras de rolamento.
Da pessoa que esta socorrendo:
O socorrista deve ajoelhar-se ao lado do acidentado, onde os seus ombros devem ficar posicio-
nados diretamente sobre a região do esterno do acidentado.
Figura- Manobra de ressuscitação cardiorespiratória
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
591
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
592
Reavaliação
• Avaliar o pulso carotídeo depois de um minuto de ressuscitação cardíorespiratória e após
isso a cada três minutos;
• Se o pulso estiver presente, avaliar presença de respiração eficaz;
• Caso a respiração esteja presente: mantenha a vítima sob observação;
• Caso a respiração esteja ausente: continue os procedimentos de respiração artificial e entre
em contato imediatamente com o atendimento especializado;
• Se o pulso estiver ausente, iniciar RCR pelas compressões torácicas;
• Avaliar diâmetro das pupilas.
Erros Comuns na Execução da Ressuscitação cardíorespiratória:
• Posição incorreta das mãos;
• Profundidade de compressões inadequada;
• Incapacidade de manter selado da forma correta a região ao redor da boca e nariz durante
a ventilação;
• Dobrar os cotovelos durante a realização das compressões;
• Ventilações muito fortes e rapidas ocasionando a distensão do estômago;
• Incapacidade para manter as vias aéreas abertas;
• Demora para acionar o atendimento especializado.
Desmaio
O desmaio caracteriza-se pela perda súbita, de forma temporária e repentina da consciência, em
função da redução de oxigênio e sangue no cérebro.
Principais Causas
Cansaço excessivo, hipoglicemia, nervosismo intenso, emoções súbitas, fome, susto, aci-
dentes principalmente com perda sanguínea, dor intensa, prolongada permanência em pé, mu-
dança súbita de posição (de deitado para em pé), ambientes fechados e quentes e disritmias cardía-
cas (bradicardia).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
593
Primeiros Socorros
A. Se a pessoa deu inicio a um desfalecimento:
• Procure sentá-la em uma cadeira ou outro local similar;
• Faça com que a cabeça da vítima fique para baixo, de preferência colocando-a por entre as
pernas do mesmo e pressione a cabeça para baixo;
• A cabeça deve ser manter mais baixa que os joelhos;
• Peça para que o acidentado respire profundamente até que o mal-estar tenha passado.
B. Havendo o desmaio:
• O acidentado deve ser mantido deitado, onde sua cabeça e seus ombros devem ser coloca-
dos em posição mais baixa em relação as demais partes do corpo;
• Procure afrouxar as roupas do acidentado;
• O ambiente deve ser mantido arejado para melhorar a circulação de ar no ambiente;
• Caso haja a presença de vômito, lateralize a cabeça do acidentado para evitar sufocamento;
• Após o acidentado conseguir se recuperar, dê a ele alguma bebida como café, chá ou mes-
mo água com açucar para que ele possa se restabelecer da melhor forma possível.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
594
Principais Causas
Pessoas com histórico anterior de convulsão; exposição à agentes químicos de
poder convulsígeno, tais como os inseticidas clorados e o óxido de etileno; febre muito
alta devido a processos inflamatórios e infecciosos, ou degenerativos; hipoglicemia;
alcalose; erro no metabolismo de aminoácidos; hipocalcemia; traumatismo na cabeça;
hemorragia intracraniana; edema cerebral; tumores; intoxicações por gases; álcool;
drogas alucinatórias; insulina; dentre outros agentes; epilepsia ou outras doenças do
sistema nervoso central.
Principais sintomas
Queda desamparada, onde a vítima é incapaz de fazer qualquer esforço para
evitar danos físicos a si própria, inconsciência, olhar vago, fixo e/ou revirar dos olhos;
midríase (pupila dilatada); lábios cianosados; espumar pela boca; morder a língua e/ou lábios; corpo rígido
e contração do rosto; palidez intensa; movimentos involuntários e desordenados; perda de urina e/
ou fezes (relaxamento esfincteriano); geralmente os movimentos involuntários duram
cerca de 2 a 4 minutos, tornando-se, então, menos violentos e o acidentado vai se recuperando de
forma gradativa. Estes acessos podem sofrer variações em termos de duração e gravidade.
Após se recuperar da convulsão, é possivel que o acidentado apresente perda da memória
temporária.
Primeiros Socorros
Ao prestar os primeiros socorros procure evitar que a vítima caia de maneira desamparada,
tendo o devido cuidado para que a cabeça não seja alvo de algum trauma e deite a vítima no chão,
acomodando-a da melhor forma possível.
Remova da boca qualquer objeto como próteses dentárias e eventuais dentritos presentes nessa
região para evitar que a vítima venha a engolir e sofrer uma obstrução das vias aéreas.
Procure retirar qualquer objeto que a vítima esteja utilizando no momento do ataque
convulsivo e que possa vir a machuca-la, assim como também procure afasta-la de áreas e ambientes
potencialmente perigosos como por exemplo escadas, fogo, portas de vidro, etc.
Tente nao interferir nos movimentos convulsivos, mas garanta que a vítima não esteja se
machucando.
Procure afrouxar as roupas da vítima principalmente na região do pescoço e da cintura.
Vire o rosto da vítima em posição lateralizada para evitar uma possivel asfixia por secreções ou
vômitos.
Não ponha nenhum objeto rígido entre os dentes da vítima e nem jogue água fria em seu rosto.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
595
Estado Pós-Convulsivo
É o que ocorre após a convulsão. A vítima pode apresentar algum destes sintomas: sono, difi-
culdade para falar, palavras sem nexo, sair caminhando sem direção,não deixe a vítima sozinha nes-
ta fase, pois ela pode atravessar a rua e ser atropelada.
Considerações
Caso tenha propiciado meios para que a vítima durma, a melhor posição é a lateralizada para
uma maior segurança da vítima;
É importante inspecionar o estado geral da vítima de modo que seja possivel avaliar se ela está
ferida ou sangrando. De acordo com o resultado da inspeção, deve-se proceder no sentido de promov-
er o tratamento das consequências da convulsão, cuidando dos ferimentos e contusões;
Fique junto à vítima, até o momento em que ela consiga se recuperar por completo. Devemos
estabelecer contato constante com a vítima, expressando atenção e cuidado com o caso, procurando
sempre passar informações como onde ela está e com quem está, para que dessa forma a vítima se
sinta mais segura e tranquila. Procure saber da vítima se ela sofre de epilepsia.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
596
Insolação
A insolação consiste em um problema de pele causado pela ação direta e intensa dos raios so-
lares sobre a pele do indivíduo. Se caracteriza pela perda súbita de consciência e geralmente afeta as
pessoas que sofrem exposição exc essiva ao sol ou que trabalham em loais muito quentes. A insolação
também pode ocorre sem a perda de consciência e afetar pessoas que não estejam em condições de
calor excessivo.
Nesse ultimo caso os fatores que predispõem o surgimento de um quadro de insolação são as
doenças cardiovasculares, sedativo, alcoolismo e drogas anticolinérgicas.
Nos casos mais graves de insolação é possivel que haja a presença de lesões generalziadas nos
tecidos do organismo, especialmente nos tecidos nervosos. Além disso também pode ocorrer a morte
da vítima em função da destruição das funções renal, cardiovascular, hepatica e cerebral.
Sintomas
Os sintomas que vão aparecendo mais lentamente são: -
• cefaleia (dor de cabeça);
• tonteira;
• náusea;
• pele quente e seca;
• pulso rápido;
• temperatura elevada
• confusão e disturbios visuais.
Os sintomas que surgem bruscamente são:
• respiração rápida e difícil;
• palidez;
• temperatura do corpo elevada;
• extremidades arroxeadas;
• eventualmente pode ocorrer coma.
Primeiros Socorros
A meta inicial consiste em diminuir a temperatura corporal, de maneira lenta e gradativa, retirar
o acidentado e conduzi-lo até um local fresco, que esteja na sombra e que seja ventilado, e retirar o
máximo de peças de roupa do acidentado.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
597
Intermação
Éa ação indireta dos raios solares: abrigados do sol.
Primeiros socorros
Retirar a vítima do local; oferecer líquidos frios, se consciente; transportar ao serviço de saúde; res-
friar o corpo da vítima.
Queimaduras
É a lesão dos tecidos produzida por substância corrosiva ou irritante, pela ação do calor ou em-
anação radioativa.
A gravidade de uma queimadura não se mede somente pelo grau da lesão (superficial ou pro-
funda), mas também pela extensão da área atingida.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
598
1º Grau
Lesão das camadas superficiais da pele, com: eritema (vermelhidão), dor local suportável,e in-
chação.
2º Grau:
Lesão das camadas mais profundas da pele, com: eritema (vermelhidão), formação de flicte-
nas (bolhas), inchação, dor e ardência locais, e de intensidade variadas.
3º Grau:
Lesão de todas as camadas da pele, comprometendo os tecidos mais profundos,podendo ain-
da alcançar músculos e ossos. Estas queimaduras se apresentam secas, esbranquiçadas ou de aspec-
to carbonizado, pouca ou nenhuma dor local, pele branca escura ou carbonizada, e não ocorrem bolhas.
4º Grau
Uma queimadura elétrica (quarto grau) envolve a completa destruição de todos os te-
cidos, desde a epiderme até o tecido ósseo subjacente. Este tipo de queimadura ocorre nor-
malmente em resultado do contato com a eletricidade. Haverá uma ferida de entrada,
que estará carbonizada e deprimida. No local da saída da eletricidade do corpo, haverá tam-
bém uma ferida de saída, que normalmente exibe bordas explosivas. Se a ocorrente foi forte o sufici-
ente, também poderão ocorrer fraturas do osso subjacente.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
599
Gravidade da Queimadura
Depende da causa, profundidade, percentual de superfície corporal queimada, localização, as-
sociação com outras lesões, comprometimento de vias aéreas e estado prévio do acidentado.
Como efeitos gerais (sistêmicos) das queimaduras podem ter:
• Choque primário (neurogênico) – vasodilatação;
• Choque secundário – hipovolemia;
• Infecção bacteriana secundária a lesão;
• Paralisia respiratória e fibrilação – choque elétrico.
Extensão das lesões
Para avaliar a extensão das lesões é preciso utilizar a chamada regra dos nove.
A gravidade das queimaduras está associada com a profundidade e extensão da lesão assim
como também com a idade do acidentado.
Queimaduras que afetam 50% da superfície do corpo são geralmente fatais, especial-
mente em crianças e em pessoas idosas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
600
Graves
Toda queimadura, independente do grau e extensão, se apresentar complicação decorrente de
lesão do trato respiratório; queimaduras de terceiro grau na região da face, pé e mão; queimadura de
segundo grau que tenha afetado mais de 30% da superfície corporal.
Moderadas
As queimadura de primeiro grau que tenha atingido mais de 50% da superfície corporal; quei-
madura de segundo grau que tenha atingido mais de 20% da superfície corporal; queimadura de ter-
ceiro grau que tenha atingido até 10% da superfície corporal, sem atingir face, mãos e pés.
Leves
As queimadura de primeiro grau com menos de 20% da superfície corporal atingida; que-
imadura de segundo grau com menos de 15% da superfície corporal atingida; queimadura de ter-
ceiro grau com menos de 2% da superfície corporal atingida.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
601
Primeiros Socorros à Vítimas de Queimaduras
Afaste a vítima da origem da queimadura e retire sua veste, se a peça for de fácil remoção.
Caso contrário abafe o fogo envolvendo-a em cobertor, colcha ou casaco.
Lave a região afetada com água fria (1ºgrau) mas não esfregue a região atingida, evitando
o rompimento das bolhas.
Aplique compressas frias utilizando pano limpo. Não aplique unguentos, graxas, óleos, pas-
ta de dente, margarina etc, sobre a área queimada.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
602
Fogo no Vestuário
Quando as roupas doa cidentado entra em combustão agrava significativamente o grau da lesão.
Nestes casos deve-se:
• Imperdir que o acidentado corra com as roupas em chamas;
• Obrigar o acidentado a deitar-se no chão com o lado que está pegando fogo para cima;
• Abafar as chamas usando cobertor, ou outro material similar, ou faça-o rolar sobre si mes-
mo no chão;
• Começar pela cabeça e continuar em direção aos pés;
• Se houver água, procure molhar a roupa do acidentado;
• Não usar água se a roupa estiver com material de elevada combustão como gasolina por
exemplo;
• É expressamente contra indicado a aplicação sobre a queimadura de qualquer substân-
cia que não seja água na temperatura ambiente ou pano úmido muito limpo.
Estado de Choque
Grupo de síndromes cardiovasculares agudas que não apresentam, uma definição
única que compreenda todas as suas diversas causas e origens. Ocorre quando há mal funcionamen-
to entre o coração, o sangue e os vasos sanguíneos(artérias e veias), havendo um desequilíbrio no or-
ganismo.
O choque representa uma grave emergência médica. O atendimento adequado nesses casos ex-
ige ação rápida e em carater de urgência. Vários fatores podem predispor ao choque, assim como
também existem vários tipos de choque.
Tipos de Choque
Choque Hipovolêmico: É o choque ocasionado pela diminuição do volume intravascular em
função da perda de sangue, plasma ou água eliminada em vômito e diarréia.
Choque Cardiogênico: Ocorre em função da incapacidade do coração de bombear um volume
suficiente de sangue que atenda as necessidades metabólicas dos tecidos.
Choque Septicêmico: Ocorre em função de uma infecção sistêmica.;
Choque Anafilático: Corresponde a uma reação de hipersensibilidade sistêmica em decorrência
da exposição a uma substância na qual a vítima é alérgica.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
603
Sintomas
A vítima de estado de choque ou que esteja na iminência de entrar em choque apresenta os
seguintes sintomas:
• Pele pálida, úmida, pegajosa e fria. Cianose (arroxeamento) de extremidades, orelhas, lábi-
os e pontas dos dedos;
• Suor intenso na testa e palmas das mãos;
• Fraqueza geral;
• Pulso rápido e fraco;
• Sensação de frio, pele fria e calafrios;
• Respiração rápida, curta, irregular ou muito difícil;
• Expressão de ansiedade ou olhar indiferente;
• Profundo com pupilas dilatadas, agitação;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
604
Primeiros Socorros: Prevenção do Choque
Deitar a vítima: Deve-se deitar a vítima na posição de costas, afrouxar as roupas da vítima na
região do pescoço, peitob e cintura e, avaliar se existe a presença de prótese dentária, ou qualquer
outro objeto na boca da vítima, providenciando a sua retirada.
Os membros inferiores devem ficar suspensos em relação ao corpo, este procedimen-
to deve ser realizado somente se não existir fraturas desses membros; ao fazer isso, ocorre uma
melhora no retorno sanguíneo e o cerebro passa a ser melhor oxigenado.
Não erguer os membros inferiores da vítima a mais de 30 cm do solo. Caso haja ferimentos
no tórax que tornem dificil a respiração ou ferimentos na cabeça, os membros inferiores não devem ser
elevados. Caso a vítima esteja inconsciente, ou se estiver consciente, mas sangrando pela boca ou na-
riz, deitá-la na posição lateral de segurança, para evitar asfixia.
Verificar de forma simultânea se a vítima respira. Deve-se estar preparado para iniciar a respi-
ração boca a boca, caso a vítima pare de respirar.
Enquanto as providências já indicadas são executadas, observar o pulso da vítima.No cho-
que o pulso da vítima apresenta-se rápido e fraco (taquisfigmia).
Dependendo do estado geral e da existência ou não de fratura, a vítima deverá ser deitada da
melhor maneira possível. Isso significa observar se ela não está sentindo frio e perdendo calor. Se for pre-
ciso, a vítima deve ser agasalhada com cobertor ou algo semelhante, como uma lona ou casacos.
Se o socorro médico estiver demorando, tranquilizar a vítima, mantendo-a calma sem
demonstrar apreensão quanto ao seu estado. Permanecer em vigilância junto à vítima para dar-lhe se-
gurança e para monitorar alterações em seu estado físico e de consciência.
Hemorragias
É a perda de sangue através de ferimentos, pelas cavidades naturais como nariz,
boca, etc; ela pode ser também, interna, resultante de um traumatismo.
As hemorragias podem ser classificadas inicialmente em arteriais e venosas, e, para fins de pri-
meiros socorros, em internas e externas.
Hemorragias Arteriais: É aquela hemorragia em que o sangue sai em jato pulsátil e se apresen-
ta com coloração vermelho vivo.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
605
Hemorragia interna
É a que ocorre internamente, ou seja, não se enxerga o sangue saindo, é mais difícil de
identificar. Algumas vezes, pode exteriorizar-se, saindo sangue em golfadas pela boca da víti-
ma. Suspeitar de hemorragia interna se o acidentado estiver envolvido em: acidente violen-
to, sem lesão externa aparente, queda de altura, contusão contra volante ou objetos rígidos, que-
da de objetos pesados sobre o corpo.
Hemorragia interna
Sintomas
Pulso fraco e rápido; pele fria; sudorese e transpiração abundante; palidez intensa e muco-
sas descoradas; sede acentuada; apreensão e medo vertigens; náuseas; vômito de sangue; cala-
frios; estado de choque; confusão mental e agitação; “abdômen em tábua” (duro não com-
pressível); dispneia (rápida e superficial) e desmaio.
Hemorragia externa
É aquela que é visível, sendo, portanto mais fácil identificar. A hemorragia pode ser arterial ou ve-
nosa. Na arterial, a saída de sangue acompanha os batimentos cardíacos. Na Venosa, o sangue sai con-
tínuo.
Consequências das Hemorragias Hemorragias graves não tratadas ocasionam o desenvolvimen-
to do estado de choque e morte.
Hemorragias lentas e crônicas (por exemplo, através de uma úlcera) causam anemia (ou seja, quan-
tidade baixa de glóbulos vermelhos).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
606
Técnicas de controle:
• Pressão direta;
• Elevação dos membros;
• Pontos de pressão arterial;
• Torniquete.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
607
Hemorragia nasal
• Sentar a vítima;
• Apertar com os dedos a narina, fazendo a vítima respirar pela boca;
• Colocar um chumaço de algodão na narina;
• Colocar toalha úmida, fria ou gelo sobre o rosto;
• Não assoar nariz pelo menos 1 hora após cessar sangramento.
Hemoptise
Corresponde a perda sanguínea que tem origem nos pulmões por meio das vias respiratórias. O
sangue segue fluindo pela boca, sendo precedido de tosse, que pode ocorrer em pequena ou mesmo
em grande quantidade, de coloração vermelho vivo e consistência espumosa.
Suas causas podem ser variadas: bronquiectasia, tuberculose, abscesso pulmonar, tumor pul-
monar, estenose da válvula mitral, embolia pulmonar, traumatismo, alergia (poeiras, vapores,
gases, etc). Nesses casos a seguinte conduta deve ser adotada:
• Procure deixar o acidentado tranquilo e tente amenizar o medo que ele sente;
• Deitá-lo em posição lateralizada para evitar sufocamento por conta do refluxo sanguíneo;
• Deixa-lo em repouso;
• Recomendar que não faça esforço ou que fale;
• Demonstrar segurança nas condutas realizadas;
• Providenciar transporte imediato para o local onde o acidentado possa receber um atendi-
mento especializado.
Hematêmese
Consiste na perda sanguínea por meio de vômito de origem gástrica ou então esofagiana. O san-
gue é eliminado de forma isolada ou então acompanhado de restos de alimento. Geralmente a cor do
sangue é vermelho rutilante ou então escuro, em função da ação do suco gástrico. Nesse ultimo caso
é chamada de hematêmese em borra de café, sendo frequente em casos como varizes do esôfago,
úlcera, esquistossomose e cirrose. Suas principais causas são de ordem mecânicas, tóxicas ou inflama-
tórias. Nesse caso a conduta a ser adotada é a seguinte:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
608
Estomatorragia
Corresponde ao sangramento decorrente da cavidade oral/bucal. Nesse caso é preciso realizar
a compressão da região que está sangrando, utilizando um pano limpo ou uma gaze até que o sangue
seja estancado e a hemorragia cesse. Dependendo do volume de sangue perdido e da dificuldade para
estanca-lo, é preciso procurar o mais rápidonpossivel o antedimento especializado.
No caso de hemorragia dentária é preciso inserir um rolo de gaze, ou um lenço enrola-
do e apertar com força o local que sangra contra a arcada dentária até que o sangue seja estanca-
do. Isto pode ser realizado com a mão ou então com o paciente mordendo a compressa de tecido.
Melena e Enterorragia
É a perda de sangue pelo ânus, onde o sangramento apresenta um aspecto brilhante, escuro,
fétido e que se assemelha ao petróleo. Essa condição é provocada por hemorragia no aparelho diges-
tivo alto ou baixo.
Tem origem em doença gástrica ou em função do rompimento de varizes esofagogástricas,
cirrose hepática, febre tifóide, perfuração intestinal, gastrite hemorrágica, retocolite ulcerativa ine-
specífica, tumores malignos do intestino e reto, hemorroidas e outras. Nesse caso deve-se adotar
os seguintes procedimentos: -Deixar o acidentado tranquilo e obter sua colaboração.
• Posicionar o acidentado em decúbito ventral.
• Aplicar bolsa de gelo na região do abdômen, na região gástrica e intestinal.
• Aplicar compressas geladas na região anal (sangramento por hemorroidas).
• Encaminhar de imediato o acidentado para atendimento especializado.
Metrorragia
Consiste na perda desmedida de sangue pela vagina. Este tipo de hemorragia pode apresentar
causas variadas:
• Aborto, induzido ou não;
• Hemorragias do primeiro trimestre da gravidez (gravidez ectópica e outras);
• Traumatismos decorrentes de violências sexuais (estupro) e acidentes;
• Tumores malignos do útero ou da vulva (carcinomas);
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
609
Otorragia
Corresponde ao sangue que é eliminado pelo ouvido externo. Pode ocorrer em função de feri-
mento nessa região, trauma e contusão por corpo estranho.
Geralmente os traumatismos cranianos podem causar hemorragia pelo ouvido e nesse caso o
sangue vem acompanahdo de líquor. Nessa circunstância o sangue nao deve ser estancado e a procura
por socorro médico deve ser feito em carater de urgência.
Nos casos de otorragias simples, pode-se introduzir na região do ouvido, um pequeno pedaço
de gaze e deixá-lo nessa região até que a hemorragia pare. É sempre conveniente encaminhar o aci-
dentado para atendimento especializado.
Hematúria
Consiste na perda de sangue juntamente com a urina. Ocorre em função de traumatismo onde
há lesão do aparelho urinário (rins, uretra, bexiga, ureter) ou então no caso de haver doença como
nefropatia, infecção, cálculo, tumor, processo congestivo ou obstrutivo e após intervenção cirúrgica
na região do trato urinário.
A hematúria pode ser classificada em microscópica ou macroscópica e também em inicial, ter-
minal e total, conforme a fase de micção em que surge. Nesse caso deve-se encaminhar o acidentado
para atendimento especializado
Torniquete
Corresponde a uma técnica utilizada para controlar hemorragias graves e só deve ser utilizado
nos casos de amputação de membro, seja ele superior ou inferior.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
610
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
611
Fraturas
É a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte, uma queda ou esmagamen-
to. E podem ser classificadasem:fechadas que équando o osso quebrado não perfura a pele.E ex-
posta,quando o osso quebrado rompe a pele.
Suspeita-se da presença de fratura ou lesões articulares quando houver: -Dor intensa no lo-
cal e que se eleva ao menor movimento.
• Edema local.
• Crepitação ao movimentar (som parecido com o amassar de papel).
• Hematoma ou equimose (mancha de coloração azulada na pele)
• Paralisia (lesão de nervos).
Se manifestam com dores e inchaço(edema) n local da fratura,incapacidadeou dificuldade para
se locomover, sensação de atrito das partes ósseas envolvidas no acidente, posição anormal do local
atingido, no caso da fratura exposta, há a rotura da pele havendo a exposição do osso fraturado.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
612
Fratura Fechada
Mantenha a vítima em repouso, evite movimentar a região atingida e o estado de choque. Apli-
que compressas geladas ou saco de gelo no local lesado, até posterior orientação médica.
Imobilize o local usando tábua, papelão, jornal ou revistas dobradas, travesseiro, manta e ti-
ras de pano. E proteja a região lesada usando algodão ou pano para evitar danos à pele, faça a imobi-
lização de modo que o aparelho atinja as duas articulações próximas à fratura.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
613
Fratura Exposta
Mantenha a vítima em repouso, evite movimentar a região atingida. Estanque a hemorra-
gia e faça um curativo protetor sobre o ferimento, usando compressas, lenço ou pano limpo.
Evite o estado de choque, aplique compressas geladas ou saco de gelo no local lesado, até pos-
terior orientação médica.
Imobilize o local usando tábua, papelão, jornal ou revistas dobradas, travesseiro, manta e ti-
ras de pano. Remova a vítima para o hospital mais próximo, após a imobilização.
IMPORTANTE: Não tente reduzir a fratura (colocar o osso quebrado no lugar).
Atenção!!!
A movimentação inadequada da vítima, o deslocamento feito de forma precipitada, a ausência
de uma avaliação corrreta da situação, além de outras atitudes descuidadas podem acabar provocan-
do lesões graves ao acidentado, tais como:
• Deslocamento do periósteo;
• Lesão muscular;
• Desvio da fratura;
• Penetração óssea por meio do foco de fratura;
• Perfuração da pele;
• Laceração de vaso sanguíneo;
• Hemorragia;
• Fratura exposta;
• Elevado risco de infecção.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
614
Luxações
Chama-se luxação ao fato de 2 ossos se desarticularem.Popularmente diz-se que
eles “saíram do lugar”.O que fazer:Imobilize a articulação luxada e encaminhe a vítima ao pronto so-
corro o mais breve possível.O que não fazer:Não tente colocar a articulação no lugar!
Cuidado !
Antes mesmo de enfaixar uma distensão ou entorse, procure colcoar bolsa de gelo ou então
uma compressa de água gelada na região que foi afetada para reduzir o edema e também a dor.
Havendo ferida na região onde ocorreu a entorse, procure agir de acordo com o indicado no item que
faz referência a ferimentos; cobrir com curativo limpo e seco, antes de imobilizar e enfaixar.
Quando for enfaixar qualquer membro ou área do corpo, é importante que deixe uma parte da
extremidade exposta para observação no que se refere a normalidade circulatória no local enfaixado.
As bandagens devem ser colocadas de maneira firme mas sem apertar muito para evitar insuficiência
circulatória.
Afogamento
Atirar à vítima um objeto flutuante; nadar até a vítima e acalma-lá; virar a cabeça da víti-
ma para fora da água; segurar a vítima pelas costas ou punho nadando até a margem; e se necessário,
fazer respiração artificial e massagem cardíaca.
Asfixia
Dificuldade ou parada respiratória, podendo ser provocada por: choque elétrico, afogamen-
to, deficiência de oxigênio atmosférico, obstrução das vias aéreas (boca, nariz e garganta) por cor-
po estranho, envenenamento, etc.
A falta de oxigênio pode provocar sequelas dentro de 3 a 5 minutos, caso não seja atendido con-
venientemente.
Causas de Asfixia
Obstáculo mecânico (corpo estranho como balas, alimentos , etc); e espaços confinados com defi-
ciência de ventilação (tubulações, etc).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
615
Primeiros Socorros à Vítimas de Asfixia
• Tente inicialmente: bater nas costas da vítima
• Não obtendo sucesso, aplique a MANOBRA DE HEIMLICH: coloque-se atrás da vítima
aperte-a com um único e forte golpe, repita até que desengasgue.
Se não obtiver sucesso e notar que a vítima está prestes a desmaiar: -Coloque-a gentil-
mente no chão -Estenda o pescoço da vítima, o que facilita a passagem do ar.
• Abra-lhe a boca e tente visualizar algo que possa estar causando a obstrução. Se possível re-
tire-o.Se não for possível retirá-lo, tente aplicar a manobra com a vítima deitada. Neste caso:
• Coloque-se de joelhos sobre a vítima;
• Junte suas mãos no mesmo ponto, sobre o estômago;
• Faça a mesma compressão no sentido do abdômen para o tórax;
• Tendo conseguido a desobstrução, monitore os sinais vitais;
• Se necessário aplique a RCP.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
616
Penetração de Corpo Estranho
Olhos
Caso os olhos apresentem-se apenas congestionados (vermelhos) sem sinais de ferimen-
tos, lavá-los com solução fisiológica estéril e encaminhamento;
Caso os olhos apresentem sinais de ferimentos com ou sem saída de sangue ou
secreções ou sob qualquer dúvida umedecer uma gaze estéril com soro fisiológico, realizar um cu-
rativo fechado (tipo tampão) e encaminhar a criança.Cerca de um terço de todos os casos de cegue-
ira em crianças acontecem por acidentes evitáveis.O tipo de acidente ocular mais comum é o decor-
rente do lançamento de brinquedo ou areia, que atinge o olho da criança próxima.
Ouvidos
Caso o corpo estranho esteja visível, com o auxílio de uma pinça, tentar retirá-lo, porém se en-
contrar resistência, não insistir e encaminhar a criança. A avaliação da equipe de saúde está indica-
da, pois há o risco de lesão ou perfuração da membrana timpânica, principalmente no caso de san-
gramento.
Nariz
Caso o corpo estranho esteja visível, com o auxílio de uma pinça, tentar retirá-lo, porém se en-
contrar resistência ou, não insistir no procedimento e encaminhar a criança para emergência. Obser-
var se a narina apresenta-se obstruída, com secreção fétida e sanguinolenta.
Garganta:
Não introduzir os dedos na boca da criança para retirá-lo, exceto se o objeto for longo e pos-
sível de ser puxado. Caso não consiga retirá-lo e a criança continuar engasgada encaminhar para Pron-
to Socorro.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
617
Picada de inseto
As abelhas africanas e as vespas
• Retirar o ferrão com muito cuidado, para não espremer a bolsa de veneno, que pode ter fi-
cado presa na extremidade que ficou para fora da pele;
• Reações locais forem leves usar compressas frias no local, antialérgico e analgésico;
• Choque manifestações clínicas mais intensas, como dificuldade para respirar, palpi-
tações, vômitos, perda de consciência ou convulsões.
Dez Mandamentos do Socorrista:
1 – Manter a calma
2 – Ter ordem de segurança
3 – Verificar riscos no local
4 – Manter o bom senso
5 – Ter espírito de liderança
6 – Distribuir tarefas
7 – Evitar atitudes intempestivas
8 – Dar assistência a vítima que corre o maior risco de vida
9 – Seja socorrista e não herói
10 – Pedir auxílio: telefonar para atendimento de urgência
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
618
Higienização das Mãos
• Higiene das mãos realmente reduz a infecção hospitalar?
• Que produtos utilizar?
• O álcool substitui a lavagem das mãos?
Histórico
Ignaz Phillip Semmelweis: 1847 importância da lavagem das mãos; infecção hospitalar – febre
puerperal; Instituído a lavagem obrigatória das mãos; Lavagem das mãos após contato com pacien-
tes infectados; Diminuição da mortalidade de 18,27% para 1,27%.
Em 1960 Mortimer EA e cols:S.aureus residente em narinas: 54% dos RN manuseados por profis-
sional colonizado se colonizaram também;43% de colonização após manuseio de RN coloniza-
do por profissional não colonizado; Lavagem com antisséptico – transmissão para 14%.
Em 1977nOjajarvi e cols:faz o uso frequente de sabão antisséptico ⇒ aumento do
número de microorganismos nas mãos. E em 1980 – Meers PD: Aumento de 17x no núme-
ro de colônias nas mãos com uso de sabão neutro ⇒ aumenta risco de transmissão;Não basta la-
var as mãos, é necessário manter a saúde da barreira cutânea.
Microbiota da Pele
• Microbiota Residente: Difícil remoção mecânica;Microorganismos: Estafilococos coagu-
lase negativos; Corvnebacterium; Micrococcus.
• Microbiota Transitória:Responsável pela maioria das IH; Meia vida curta.Microorganis-
mos:Enterobacter; P. aeruginosas.
Transmissão de patógenos pela mão
Microorganismo presente na pele do paciente ou em objetos próximos a ele;
Capacidade de sobrevivência do microrganismo por alguns minutos nas mãos; Lavagem ou an-
tissepsia inadequada ou omitida; Agente inapropriado para higiene das mãos contaminadas para
outro paciente.
Quando podemos adquirir patógenos pelas mãos?
• No manuseio do paciente namudança decúbito;
• verificação dos sinais vitais;
• contato com mão; contato com roupas de cama, roupas do pacientes;
• contato com objetos ou pertences próximo ao paciente;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
619
As justificativas para a não lavagem as mãos são:
• excesso de trabalho (ocupadas);
• mãos ressecadas; ausência aparente de sujidade;
• pias distantes e/ou indisponíveis;
• ausência de papel toalha;
• prioridade é o paciente;
• gasto de tempo.
Quando o Profissional de saúde deve lavar as mãos ? -No início e fim de plantão;
• Antes e após contado com paciente;
• Entre o contato com diferentes pacientes;
• Antes e depois do contato com feridas, curativos, secreções, sondas,drenos,amostras ou
roupas de cama;
• Antes de realizar qualquer procedimento invasivo;
• Antes de preparar e/ou administrar medicamento;
• Após uso de sanitários;
• Depois de espirrar, tossir ou assoar o nariz;
• Depois de remover as luvas;
• Antes de se alimentar.
Recomendações complementares:
• Manter higiene e hidratação das mãos;
• Unhas cortadas e bem tratadas;
• Esmalte claro?
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
620
Lavagem das Mãos
Remove mecanicamente a sujidade e reduz a microbiota transitória. Os materiais utiliza-
dos são: água + sabão/papel-toalha e feito com fricção 10-30 segundos;
A anti-sepsia das mãosreduz a microbiota residente e elimina da microbiota tran-
sitóriaç e o uso de solução com propriedade germicida.
O Anti-sépticoágua+ PVP-I ou clorohexidina/papel toalha. E o álcool 70% glicerinado + fric-
ção 30s:Não usar papel-toalha;secar naturalmente. A água e sabão/ papel-toalhas /álcoolglicerina-
do/ secagem natural.
Antissepsia das Mãos:
• álcool 70%;
• mesma técnica da lavagem de mãos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
621
Preparo Cirúrgico das Mãos:
• Remove a microbiota transitória;
• Reduz a microbiota residente;
• Água + anti-séptico/ escovação por 2-5min;
• (PVPI/clorohexidina);
• Mãos até os cotovelos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
622
Limpeza e preparo da unidade do paciente
Tem objetivo de remover mecanicamente o acúmulo de sujeira e ou matéria orgânica e, as-
sim, reduzir o número de microrganismos presentes.
Tipos de limpeza
Existem dois tipos: a limpeza concorrente sendo feita diariamente após a arrumação da cama e a lim-
peza terminal,feita em todo o mobiliário da unidade do paciente quando o leito é desocupado.
Preparo do leito
O leito confortável, devidamente preparado e biologicamente seguro, favorece o repou-
so e sono adequado ao paciente.4 tipos:
• Cama fechada: é indicada para receber um novo paciente;
• Cama aberta: é preparada para o paciente que tem condições de se locomover;
• Cama aberta com paciente acamado: é aquela preparada com o paciente no leito;
• Cama de operado: é preparada para receber paciente operado ou submetido a proced-
imentos diagnósticos ou terapêuticos Materiais Luvas de procedimento; 2 lençóis; 1 for-
ro móvel (s/n); 1 traçado; 1 impermeável; 1 cobertor; 1 colcha; 1 fronha; Suporte de ham-
per.
Preparo de leito fechado/aberto
Sua finalidade épreparar o leito para o recebimento do paciente.Indicaçãosempre que hou-
ver a necessidade de internação de um novo paciente (leito fechado). Troca diária ou quan-
do necessário (leito aberto).
Responsabilidade:Enfermeiro e técnico de Enfermagem.
Recomendações: Fazer o mínimo de movimentação possível na arrumação do leito e usar da me-
cânica corporal e movimentos sincronizados.
Técnica
• Higienizar as mãos;
• Calçar as luvas;
• Reunir as roupas de cama limpas, levar para o quarto e colocar sobre uma superfície
seca e limpa;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
623
Preparo de leito aberto com paciente
Sua finalidade é manter o leito limpo e o conforto do paciente. A indicaçãoé diária ou sem-
pre que necessário.Contra-indicação:evitar o procedimento em pacientes hemodinamicamente in-
stáveis.
Responsabilidade:Enfermeiro e Técnico de Enfermagem.
Riscos:Abrasão de pele.
Recomendações:
• Fazer o mínimo de movimentação possível com a roupa suja.
• Usar da mecânica corporal e movimentos sincronizados.
• Orientar paciente/acompanhante a manter os lençóis esticados para prevenir
abrasões de pele.
• Manter o leito limpo de sujidades ou resíduos alimentares.
Técnica
• Higienizar as mãos;
• Explicar o procedimento ao paciente;
• Calçar as luvas;
• Colocar as roupas de cama limpas sobre uma superfície seca e limpa na ordem de uso:
lençol do colchão, traçado, impermeável, fronha, lençol comum, coberta e cobertor;
• Colocar a cama na posição horizontal e cobrir o paciente com lençol limpo;
• Preparo de leito aberto com paciente -Dobrar a coberta ou cobertor ou colocar no ham-
per se presença de sujidade;
• Posicionar o paciente no lado oposto da cama, em decúbito lateral;
• Enrolar os lençóis inferiores sujos o mais próximo possível ao paciente e prender as
roupas de cama sob o paciente;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
624
Preparo de cama de operado
A finalidade é preparar o leito para o recebimento do paciente pós-cirúrgico. Sendo indicado sem-
pre que houver a necessidade de internação de um paciente em pós- operatório imediato. Recomen-
da-se fazer o mínimo de movimentação possível com a roupa suja ao retirá-la do leito e na arru-
mação do leito. Usar da mecânica corporal e movimentos sincronizados.
Responsabilidade: Enfermeiro e Técnico de enfermagem.
Riscos: Abrasão da pele.
Técnica:
• Higienizar as mãos;
• Calçar as luvas;
• Retirar a roupa de cama suja e colocá-la no hamper;
• Reunir todo o material, colocando-o no carrinho de banho;
• Ordenar a roupa na cadeira na ordem de uso: lençol de baixo, forro móvel (SN) fronha,
lençol comum, cobertor;
• Estender o lençol e colocar o forro móvel, fixando-os sob o colchão;
• Colocar a fronha no travesseiro;
• Estender o lençol de cima e o cobertor de forma longitudinal, deixando cair ¼ sobre a
lateral da cama;
• Fazer dobra em formato de leque do lado da cabeceira e dos pés;
• Deixar a unidade em ordem.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
625
9 ATENDIMENTO DAS NECESSIDADES HUMANAS DO PACIENTE
Preenchimento das necessidade humanas básicas de Maslow: bem-estar;
As necessidades que são comuns a qualquer ser humano e devem ser atendidas são:
• Necessidades psicobiológicas;
• Necessidades psicossociais;
• Necessidades psicoespirituais;
• Necessidades psicológicas.
Fisiológicas:oxigênio, hidratação, nutrição, temperatura, excreção, repouso, sexo;
Segurança:abrigo, segurança, proteção, estabilidade e continuidade, religião;
Sociais:relacionamentos, formação de grupos, aceitação;
Estima:competência, alcançar objetivos, obter aprovação e ganhar reconhecimento;
Auto-realização:realização do seu potencial único.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
626
As necessidades fisiológicas incluem ainda: Oxigenação; Reprodução; sono e repouso; Hi-
giene; Conforto.
Necessidades Psicossociais
São aquelas que cada pessoa tem para conviver em sociedade, participar e integrar da mes-
ma; Quais serão?
Necessidades Psicoespirituais
Um dos meios de proporcionar o conforto espiritual, é saber qual a religião do
paciente, a fim de atendê-lo sempre que for necessário.
Medidas de Conforto para o Paciente
O conforto e a segurança fazem parte das necessidades humanas básicas;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
627
10 EXAME FÍSICO
É feito rotineiramente na admissão com a finalidade de investigar as queixas, os sinto-
mas e a evolução do paciente. Os responsáveis que realizam são médicos e enfermeiros.
Exame Físico e o Técnico de Enfermagem
A função do técnico de enfermagem no exame físico é aliviar as tensões; manter o pa-
ciente calmo; explicar a finalidade e o procedimento ao qual ele será submetido; tratar o
paciente como uma pessoa com necessidades físicas, mentais, emocionais e espirituais;
preparar os materiais necessários ao procedimento; auxiliar o médico ou enfermeiro durante o pro-
cedimento; e manter a unidade em ordem.
Sinais Vitais
Evidenciam as alterações da função corporal, sendo o desvio da normalidade indica que há ne-
cessidade de investigação de causa e efeito. Os Sinais vitais são:Temperatura corporal;Pul-
so cardíaco;Nível respiratório;Pressão arterial. Vejamos cada um destes abaixo:
1. Temperatura Corporal
É o grau de calor que o corpo apresenta. É o equilíbrio entre o calor produzido e o elimina-
do pelo corpo. Há uma variação exata da temperatura para o funcionamento adequado das célu-
las e da atividade enzimática.
Mecanismos de controle da temperatura
• Evaporação: Passagem do estado líquido para o vapor;necessita de calor: energia cinéti-
ca das moléculas;
• Conduta:Transmissão de calor de contato direto de molécula para molécula;
• Radiação: Transmissão de calor pelo espaço por ondas eletromagnéticas;
• Convicção: Transmissão de calor pelo movimento do ar;
• Fricção: Conversão de energia mecânica em energia térmica.
Controle da Temperatura
Processos físicos e químicos, sob o controle do hipotálamo, promovem a produção ou per-
da de calor;Temperatura corporal está intimamente relacionada à atividade metabólica;Fatores de or-
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
628
Fatores que alteram a temperatura
• Fatores que diminuem: sono e repouso,emoções, e desnutrição;
• Fatores que aumentam: os exercícios (pelo trabalho muscular),emoções (estresse e ansie-
dade),uso de agasalhos (provocam menor dissipação do calor);
• Fatores que promovem alterações transitórias da temperatura,fator hormonal (durante o
ciclo menstrual), banhos muito quentes ou frios e fator alimentar (ingestão de alimentos e
bebidas muito quentes ou frias);
• Fatores patológicos: caracteriza-se por sua elevação e está presente na maioria dos proces-
sos infecciosos e/ou inflamatórios.
Valores normais da Temperatura Corporal
• Temperatura axilar: 35,8ºC – 37,0oC;
• Temperatura oral: 36,3ºC – 37,4oC;
• Temperatura retal: 37ºC – 38oC.
• Temperatura inguinal: 36ºC – 36,8o Observação:a média da temperatura para adultos,
considerada normal, é de 36ºC - 37,0oC.
Mensuração da Temperatura Corporal
Usa-se o termômetro de mercúrio e o termômetro digital. A temperatura corporal pode ser
verificada pelos seguintes métodos: oral, retal, axilar, timpânica (crianças). E temos as seguintes men-
surações:
Mensuração oral
O termômetro deve ser individual e possuir bulbo alongado e achatado;Deve estar posiciona-
do sob a língua e mantido firme com os lábios fechados, por 3 minutos.
É contraindicado emcrianças, idosos, doentes graves, inconscientes, com distúrbios men-
tais, portadores de lesões orofaríngeas e, transitoriamente, após o ato de fumar e ingestão de alimen-
tos quentes ou frios;
Mensuração Retal
Uso individual e possui bulbo arredondado e proeminente. Deve ser lubrificado e colocado no pa-
ciente em decúbito lateral, inserido cerca de 3,5cm, em indivíduo adulto, permanecendo por 3 minu-
tos. Considerada a mais fidedigna.
É contraindicado em pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas do reto e períneo, e/
ou que apresentem processos inflamatórios locais.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
629
Alterações da Temperatura
São alterações a hipotermia (temperatura abaixo do valor normal); a hipertermia (temperatu-
ra acima do valor norma); a febrícula (temperatura entre 37,2oC e 37,8oC); febre ( 37,8oC a 38,9oC); pi-
rexia (39,0oC a 40,0oC; hipepirexia (acima de 40,0oC).
O material necessário é:bandeja, termômetro clínico, bolas de algodão seco.
Situações de termorregulação alterada
São as alterações neurológicas (lesões cerebrais, AVE, lesões medulares, hipopi-
tuitarismo); extremos de idade: prematuros e idosos; infecções ou inflamações; parali-
sia de grandes áreas corpóreas; doenças da supra-renal; desidratação; grandes queima-
dos; e doenças cardiovasculares.
Considerações de enfermagem
O bulbo do termômetro deve ser colocado sob a axila seca.
Solicitar ao paciente que posicione o braço sobre o peito, com a mão em direção
ao ombro oposto;manter o termômetro pelo tempo indicado, lembrando que duas lei-
turas consecutivas com o mesmo valor reflete um resultado bastante fidedigno; para a lei-
tura da temperatura, segurar o termômetro ao nível dos olhos;após o uso, a desinfecção do
termômetro deve ser realizada no sentido do corpo para o bulbo, obedecendo o princípio do mais lim-
po para o mais sujo, mediante lavagem com água e sabão ou limpeza com álcool a 70%.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
630
Hipertermia
• Orientar o paciente sobre a importância dos procedimentos a serem realizados para
reduzir a temperatura;
• Controlar a temperatura com maior frequência até sua estabilização;
• Aumentar a ingesta líquida, se não houver contra-indicação;
• Providenciar banho morno;
• Nos casos de febre muito alta, aplicar compressas frias de água;
• Durante o período de calafrios, cobrir o paciente e protege-lo de correntes de ar; no perío-
do de transpiração, arejar o ambiente e providenciar roupas leves;
• Fornecer medicação de acordo com a prescrição médica;
• Comunicar ao enfermeiro ou médico e fazer o registro no prontuário.
Hipotermia
• Orientar o paciente sobre a importância dos procedimentos a serem realizados; para ele-
var a temperatura;
• Aquecer o paciente com agasalhos e cobertores;
• Manter o ambiente aquecido;
• Proporcionar repouso e ingestão de alimentos quentes.
2. Pulso
É a contração e a expansão de uma artéria, correspondendo aos batimentos cardíacos.
Através donodo sinoatrial acontece a contração do ventrículo esquerdo,este ejeta sangue
arterial para aorta, assim hádilatação do sistema arterial, que se dá o nome de pulso.
Artérias de verificação do pulso: radial, temporal, carótida, femoral, dorsal dos pés.Locais de
verificação do pulso:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
631
Valores de referência
• Em homens: 60 a 70 batimentos por minutos( Bpm);
• Em mulher: 65 a 80 bpm;
• Na puberdade: 80 a 95 bpm;
• Em criança: 120 a 125 bpm;
• Abaixo de 7 anos:80 a 120 bpm;
• Acima de 7 anos:70 a 90 bpm;
• Em lactente: 125 a 130 bpm;
• Em Bebês: 100 a 160bpm;
Alterações do pulso
• Normocárdico: pulso normal e regular, ou seja, o período entre os batimentos se man-
tém constante, com volume perceptível à pressão moderada dos dedos.
• Bradicardia: frequência cardíaca abaixo da normal;
• Taquicardia: frequência cardíaca acima da normal;
• Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico;
• Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico;
• Filiforme: pulso fino.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
632
3. Frequência Respiratória
A respiração consiste no ato de inspirar e expirar, promovendo a troca de gases entre o organis-
mo e o ambiente.
A hematose consiste na liberação de dióxido de carbono e captação de oxigênio feita pe-
las hemácias durante a perfusão pulmonar.
Perfusão pulmonar é a passagem do sangue pelos capilares pulmonares, que por sua vez es-
tão em íntimo contato com os alvéolos pulmonares.
Avaliação da Respiração
A frequência respiratória se dá através dos movimentos respiratórios por minu-
to(irpm). Esta pode ser de caráter superficial e profunda; e seu ritmo pode ser regular e irregular.
Deve ser avaliada sem que a vítima perceba, preferencialmente enquanto se palpa o pulso ra-
dial.
Atentando parasinais e sintomas de comprometimento respiratório: cianose,
inquietação, dispneia, sons respiratórios anormais.
Valores de Referência
No adultos os valores são de 12 a 20 irpm;na crianças de 20 a 30 irpm;e nosbebês de 30 a 60 irpm.
Outros fatores podem alterar a respiração como exercícios físicos, hábito de fumar, uso de me-
dicamentos e fatores emocionais.
Alterações do Padrão Respiratório
• Apneia: Cessação intermitente (10 a 60 segundos) ou persistente (parada respi-
ratória) das respirações;
• Bradipneia: Respiração lenta e regular;
• Taquipneia: Respiração rápida e regular;
• Dispneia: Respiração difícil que exige esforço aumentado e uso de músculos acessórios.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
633
Avaliando a Respiração
Aproxime sua face do rosto da vítima, olhando para o seu tórax. Com o tato da pele do seu ros-
to e com a sua audição você vai perceber o movimento da corrente de ar mobilizada pela respi-
ração e com a visão você irá observar os movimentos de subida e descida do tórax e/ou do abdome.
Conte com os movimentos respiratórios durante um minuto (use relógio com marcação de se-
gundos). Ao mesmo tempo observe o caráter e o ritmo da respiração;
Anote a frequência respiratória, o caráter, o ritmo e a hora.
Respiração em Crianças
Em crianças muito pequenas o movimento torácico é menos evidente que nos adultos e, usual-
mente, ocorre próximo ao abdome. A mão colocada levemente sobre a parte inferior do tórax e supe-
rior do abdome pode facilitar a contagem da atividade respiratória.
Por causa do pequeno volume e da reduzida força do fluxo de ar, em crianças também é quase im-
possível ouvir a respiração normal ou sentir a movimentação do ar através da boca e do nariz.
4. Pressão Arterial
Resulta da tensão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias e depende:
• Do débito cardíaco relacionado à capacidade de o coração impulsionar
sangue para as artérias e do volume de sangue circulante;
• Da resistência vascular periférica, determinada pelo lúmen (calibre), elasticidade dos vasos
e viscosidade sanguínea, traduzindo uma força oposta ao fluxo sanguíneo;
• Da viscosidade do sangue, que significa, em outros termos, sua consistência resul-
tante das proteínas e células sanguíneas.
Alterações da Pressão Arterial
• Hipertensão arterial: pressão arterial acima da normal;
• Hipotensão arterial: pressão arterial abaixo da normal;
• Normotensa: pressão arterial normal.
A pressão sanguínea geralmente é mais baixa durante o sono e ao despertar. A ingestão de ali-
mentos, exercícios, dor e emoções como medo, ansiedade, raiva e estresse aumentam a pressão ar-
terial.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
634
Verificação da Pressão Arterial
O controle compreende a verificação da pressão máxima ou sistólica e da pressão míni-
ma ou diastólica, registrada em forma e fração ou usando-se a letra x entre a máxima e a míni-
ma. Exemplo: pressão sistólica de 120mmHg e diastólica de 70mmHg devem ser assim registradas:
120/70mmHg ou 120x70mmHg.
Para um resultado preciso, é ideal que, antes da verificação, o indivíduo esteja em repou-
so por 10 minutos ou isento de fatores estimulantes (frio, tensão, uso de álcool, fumo).
Habitualmente, a verificação é feita nos braços, sobre a artéria braquial, mas em al-
guns casos pode ser realizada em membros inferiores.
Os materiais necessários:estetoscópio,esfigmomanôm etro, algodão seco, álcool a 70%, caneta
e papel.
Considerações de Enfermagem
Antes e após a realização do procedimento deve-se realizar a desinfecção do diafragma e oli-
vas do estetoscópio, promovendo a autoproteção e evitando infecção cruzada.
Para que a aferição seja fidedigna, o braço do paciente deve estar apoiado ao nível do coração, sen-
do que o manguito deve ser colocado acima da prega do cotovelo, sem folga, e a colocação do
diafragma sobre a artéria braquial não deve tocar a borda inferior do manguito. Outro cuidado a ser
observado é que o tamanho do manguito deve ser adequado à circunferência do braço.
Na verificação da pressão arterial, insuflar o manguito rapidamente e desinsuflá-lo lentamente.
O som do primeiro batimento corresponde à pressão sistólica (máxima) e o desaparecimento ou
abafamento do mesmo corresponde à pressão diastólica (mínima).
Não realizar o procedimento em membros com fístulas artério-venosa e cateteres ve-
nosos, para evitar estase sanguínea e risco de obstrução da fístula.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
635
11 ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
Conceito
Os registros efetuados pela equipe de enfermagem têm a finalidade essencial de fornecer infor-
mações sobre a assistência prestada, assegurar a comunicação entre os membros da equipe de saúde
e garantir a continuidade das informações nas 24 horas, condição indispensável para a compreensão
do paciente de modo global.
Sistema de Registro de Informação
Se dá através de: protocolos; registros gerais: balanço hídrico, sinais vitais, mudança de decúbi-
to, curativos, SAE, etc; prontuário eletrônico/manuscrito, e o exame físico.
Balanço Hídrico
É o resultado da quantidade de líquido que entrae sai do corpo humano em um determina-
do intervalo de tempo, que tem por objetivo monitorar os parâmetros que permitam acompan-
har o equilíbrio hídrico do cliente diante do tratamento proposto, dependendo de seu estado pa-
tológico, renal ou cardíaco.
Para procedimento é necessário o material: impresso próprio e calculadora s/n.
A descrição da técnica é controlar os ganhos e perdas do cliente nas 24 horas da seguinte forma:
• Considerar como ganho/ entrada: Dietas por: CNG, CNE, ostomias.Ingestão: água, su-
cos, chás, sopas. Terapia medicamentosa: soros, medicações com diluição, sangue, NPP.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
636
Tipos de Registros
• Voltados à Fonte:são organizados conforme a fonte de informação existe registros sepa-
rados para médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, etc. A documentação é
fragmentada, por exemplo, o registro é narrativo com escrita de informações sobre os pa-
cientes e seus cuidados em ordem cronológica, não tendo formato estabelecido, seu con-
teúdo assemelha- se a um diário, mais utilizado quando voltado à fonte.Dependendo das
habilidades de quem faz as anotações, podem ser omitidas informações pertinentes ou
podem ser incluídas informações insignificantes.
• Voltados ao Problema:consiste em uma lista numérica dos problemas de saúde com base
nas informações iniciais, identifica os métodos para a solução de cada problema encon-
trado (plano/meta), e descreve as respostas do paciente ao trabalho desenvolvido. O for-
mulário é unificado. Exemplo: registro por exceção, é um método de registro que eliminam
achados normais e cuidados de rotina, inclui apenas levantamento de dados anor-
mais e cuidados de enfermagem que se desviam dos padrões escritos, proporciona aces-
so rápido a achados anormais.
Prontuário
É todo acervo documental padronizado, organizado e conciso, referente ao registro dos cuida-
dos prestado ao paciente, por todos os profissionais envolvidos na assistência.
Suas características: identificam o paciente; registram a evolução da doença; registram os
tratamentos prescritos; registram os exames realizados; e registram as observações e ações dos en-
fermeiros e outros profissionais.
O prontuário é uma comunicação escrita, assim mostra FÁVERO, a importância disso abaixo:
• A comunicação oral, embora necessária, poderá não ser totalmente eficiente, dada a di-
ficuldade de memorizar todos os detalhes que podem ocorrer durante a assistência ao
paciente. Torna-se indispensável, portanto o uso da comunicação escrita no pron-
tuário do paciente. Ela deverá ser entendida por quem receber sem o auxílio de quem a emi-
tiu; para tanto, tem que ser clara e concisa, elaborada e redigida em linguagem com-
preensível e expressa de maneira inteligível (FÁVERO 1979) Finalidades do Prontuário
-Partilha de informações: estabelece uma efetiva comunicação entre a equipe de enferma-
gem e demais profissionais envolvidos na assistência ao paciente;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
637
Objetivos do Prontuário
• Atender legislações pertinentes;
• Garantir a continuidade da assistência;
• Segurança do paciente e dos profissionais;
• Ensino e Pesquisa; e auditoria.
Componentes do Prontuário
• Folha de identificação: nome completo, endereço, estado civil, profissão, data de nascimen-
to, parente responsável, convênio, médico responsável;
• Folha de evolução médica: hipótese diagnóstica, diagnóstico, registro cronológi-
co da evolução ou regressão da patologia, resultados de exames, intercorrências, regis-
tro de avaliações de outras especialidades médicas;
• Folha de prescrição médica: prescrição de medicamentos, dieta, cuidados específicos, soli-
citação de outros especialistas;
• Folha de anotação de enfermagem: relatório em ordem cronológica de todas as ações ob-
servadas e executadas pela equipe de enfermagem, intercorrências, transferências, alta,
exames realizados;
• Folha de registro de gastos de materiais (opcional): todo material utilizado é anota-
do para fins financeiros;
• Resultados de exames: RX, Ultra-som, laboratório, etc.
Anotação de Enfermagem
As anotações de enfermagem são os registros feitos pela equipe de enfermagem no pron-
tuário do cliente e devem abranger as condições bio-psico- sócio-espirituais, todos os fatos ocorridos
e da assistência prestada, permitindo dar condições para a continuidade dos cuidados. (COREN – SP, 2001)
A enfermagemreclama sua visibilidade e autonomia, porém, mantém-se no anonimato.A anotação de
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
638
Aspectos legais da anotação deenfermagem: (COREN– SP/2000)
Art. 1 – O registro deve ser claro, objetivo, preciso, com letra legível e sem rasuras;
Art. 2 – Após o registro deve constar a identificação do autor constando nome, COREN e carim-
bo;
Art. 3 – O registro deve constar em impresso devidamente identificado com os dados do
cliente ou paciente, e completado com data e hora;
Art. 4 – O registro deve conter subsídios para permitir a continuidade do planejamento dos cuida-
dos de enfermagem nas diferentes fases e para o planejamento assistencial da equipe multiprofissional;
Art. 5 – O registro deve permitir e favorecer elementos administrativos e clínicos para a audito-
ria de enfermagem;
Art. 6 – O registro deve fazer parte do prontuário do cliente e servir de fonte de dados para pro-
cesso administrativo, legal, de ensino e pesquisa.
Resolução COFEN 240/2000 código de ética capítulo V das proibições (Revogada pela
Resolução COFEN 311/2007): Art. 64: É proibido assinar as ações de enfermagem que não
executou, bem como permitir que outro profissional assine as que executaram;
• Lei 10.241 de 17 de março de 1999 Direitos do Usuário dos serviços e das ações de saúde:
Art. 2 – Acessar, a qualquer momento, o seu prontuário, nos termos do Art3 da lei Comple-
mentar 791 de 9 de março de 1995.
Conteúdo das anotações de enfermagem Deve-se anotar:
• As condições gerais do paciente ao iniciar o plantão: estado mental e humor, condições físi-
cas, sinais e sintomas, queixas, uso de drenos, cateteres e curativos, seguir sequenciacéfa-
lo-caudal.
• Dados referentes às necessidades humanas básicas (durante o plantão): necessidades psi-
cossociais e psicoespirituais;
• Nutrição: aceitação ou não do alimento, razões de sua rejeição, tipo e quantidade de ali-
mento consumido, formas de administração, jejum, intercorrências;
• Hidratação: tipo de hidratação (IV / V.O) quantidade, restrição ou não de acordo com a pa-
tologia, recusa e motivo;
• Sono e repouso: qualidade do sono e repouso. EX: refere ter dormido satisfatoriamente du-
rante a noite toda;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
639
Diretrizes legais para os registros
• Não apague, não use corretor, ou risque os erros cometidos durante os registros;
• Coloque entre parênteses e registre NULO e assine seu nome ou rubrica.
Então registre corretamente os dados;
• Não escreva comentários de crítica ou cuidados prestados por outros profissionais de saúde;
• Registre descrições objetivas sobre os comportamentos de pacientes.
Comentários de pacientes devem ser colocados entre aspas, seguido de (sic);
• Corrija todos os erros mediatamente;
• Erros de registros levam a erros nos cuidados. Evite a pressa, tenha certeza de que a infor-
mação está correta;
• Registre todos os fatos;
• Os registros devem ser precisos e confiáveis. Não especule;
• Não deixe espaços em branco nas anotações de enfermagem;
• Registre em sequencia, linha por linha; se restar algum espaço, trace uma linha e
assine o nome no final;
• Registre todos os dados de forma legível em caneta.
• Registros ilegíveis podem causar erros e processos; tinta não pode ser apagada;
• Se a prescrição não estiver clara, registre que buscou esclarecimentos;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
640
Regras importantes:
Deveainda constar das respostas do paciente frente aos cuidados prescritos pelo enfermeiro,
intercorrências, sinais e sintomas observados;Deve priorizar a descrição de características como ta-
manho mensurado (cm, mm etc), quantidade (ml, L), coloração e forma.
Não conter termos que deem conotação de valor (bem,mal,muito,pouco);
Conter apenas abreviaturas previstas em literatura;
Devem ser referentes aos dados simples, que não requeiram maior aprofundamento científico.
Deve anotar informações subjetivas e objetivas, problemas/preocupações do cliente, sinais/sin-
tomas, eventos ou mudanças significativas do estado de saúde, cuidados prestados, ação e efeito das
intervenções de Enfermagem baseadas no plano de cuidados e respostas apresentadas.
Anotar quando sempre as ações de assistência forem executadas, mantendo o planejamento de
enfermagem atualizado.
Onde em impressos próprios, segundo modelo adotado pelo serviço de enfermagem da instituição.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
641
O que anotar em:
Pré-operatório
Procedimentos realizados no pré- operatório, conforme prescrição ou rotina institucional (ba-
nho, higiene oral, mensuração de sinais vitais,retirada e guarda de próteses,roupas íntimas, pre-
sença e local de dispositivos –acesso venoso, sondas, local de tricotomia, condições de pele).
Anotar tempo de jejum; orientações prestadas; esvaziamento de bexiga; adminis-
tração de pré-anestésico; encaminhamento/transferência para o centro-cirúrgico.Observação: o reg-
istro de antecedentes alérgicos poderá ser incluso nesta anotação, conforme prescrição ou rotina
institucional.
Pós-cirúrgico
Posicionamento no leito e instalação de equipamentos (monitores, grades no leito etc);Sinais e sin-
tomas observados (cianose, palidez cutânea, dor, náuseas, vômitos, tremores, hipotensão, etc).
Anotar características e local do curativo cirúrgico, conforme prescrição ou rotina institucional;
instalação e/ou retirada de dispositivos, conforme prescrição ou rotina institucional (sondas, acesso
venoso etc); orientações prestadas; encaminhamento/ transferência de unidade ou alta hospitalar
Na admissão do paciente Nome completo do paciente, data e hora da admissão; Condições de che-
gada (deambulando, em maca, cadeira de rodas, etc.); Presença de acompanhante ou responsável;
Condições de higiene;
Queixas relacionadas ao motivo da internação;
Anotarprocedimentos/cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional (men-
suração de sinais vitais, punção de acesso venoso, coleta de exames, elevaçãode grades, etc.); orien-
tações prestadas.
Obs.: Poderão ser inclusos dados padronizados na instituição ou informações coletadas de acor-
do com orientações.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
642
Transferência de unidade/setor
Motivo da transferência; data e horário; setor de destino e forma de transporte; procedimen-
tos/cuidados realizados; condições (maca, cadeira de rodas); queixas.
Diurese
Ausência/presença de diurese (se sonda ou balanço hídrico, medir em ml);
Características (coloração, odor);
Presença de anormalidades (hematúria, piúria, disúria, etc.);Forma da eliminação (espontânea,
via uripen, sonda vesical de demora/ostomias urinárias
Evacuação
Episódios (nos respectivos horários); quantidade (pequena, média, grande); consistência (pas-
tosa, líquida, semipastosa); via de eliminação (reto, ostomias); características (coloração, odor,
consistência, quantidade queixas.
Mudança de decúbito
Posição (dorsal, ventral, lateral direita ou esquerda),medidas de proteção (uso de
coxins, etc.); horário; sinais e sintomas observados ( alterações cutâneas).
Higienização
Tipo de banho; data e horário; tolerância eresistência do pacienteno leito, verificar a ocorrên-
cia de irritação da pele, alergia ao sabão, hiperemia nas proeminências ósseas, movimentação das ar-
ticulações, aplicação de solução para prevenção de úlceras. Anotar os locais. Cuidados com couro ca-
beludo; e higiene oral.
Curativo
Local da lesão; data e horário e tamanho; sinais e sintomas observados (presença de secreção,
coloração, odor, quantidade, etc.); tipo de curativo (oclusivo, aberto, simples, compressivo, presença
de dreno, etc.); material prescrito e utilizado.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
643
Dor
Localização e características; intensidade (contínua ou intermitente); providências adotadas (co-
municado à enfermeira, etc.).
Acesso Venoso Periférico
Local da inserção; data e horário; dispositivo utilizado; motivos de troca ou retirada; sinais e sin-
tomas observados e possíveis intercorrências (transfixação, hematomas, extravasamento, hiperemia
etc.).
Intercorrências
Descrição do fato; sinais e sintomas observados; condutas tomadas (comunicado à enfer-
meira,etc.);
Observação: Se a anotação de enfermagem traz dados constantes e variáveis a respeito dos cuida-
dos prestados ao paciente,fica claro o cuidado prestado de forma contínua.
Administração de medicamentos:
Checar na prescrição o horário.
Caso não for feita determinada medicação, circular a mesma e anotar o motivo.
Importante
Relembrar que todos os procedimentos e/ou cuidados prestados ao cliente,que devem ser
registrados nas anotações de enfermagem, quando realizados por profissionais de nível médio de en-
fermagem (Técnicos e Auxiliares de Enfermagem), deverão ser prescritos por profissionais habilita-
dos e capacitados (Enfermeiro/Médico) e/ou constar em Manual de Rotina da Instituição.
Exemplos de Anotação de Enfermagem
Exemplo de anotação de admissão
Paciente João, deu entrada neste hospital se queixando de fortes dores abominais. Apre-
senta-se acordado, lúcido, corado, hidratado, ictérico, acianótico. PA 120x70 TAX 38.5 FR 20
FC 90. Aceitou bem a dieta, foi realizado banho no leito. Respiração espontânea, em uso de sonda ves-
ical fluindo bem, acesso periférico em MSE , abdome globoso, funções vesico intestinais presentes,
MMII sem anormalidades.
OBS paciente apresentou episódios eméticos as 10hs. --------------assinatura Exemplo de
anotação de paciente internado 07:00hs- Paciente lúcido, desorientado, em seu 4° dia de inter-
nação por ITU (infecção do trato urinário), cooperativo, deambulando sob auxilio da enfermagem, hi-
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
644
Passagem de Plantão
Ao final de cada período de plantão, a equipe de enfermagem deve relatar verbalmente as ocor-
rências com cada cliente para a equipe que está assumindo, visando à integração e à continui-
dade na assistência.
Esses relatos podem ser feito à beira do leito ou no posto de enfermagem, conforme a rotina
da instituição. Algumas normas devem ser observadas por todos os integrantes da equipe nesse mo-
mento:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
645
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
646
1- Como você define a enfermagem?
2- Qual o principal objetivo da enfermagem?
3- Quais as funções do técnico de enfermagem?
4- A partir do que foi apresentado, quais serão os seus deveres perante a assistência ao paciente?
5- Quem foi Ana Nery?
6- Quem foi a pioneira da enfermagem? Fale sobre seu sistema.
7- O que ABEn e suas finalidades.
8- Qual a finalidade do Cofen/Coren?
9- O que é Cofen? Cite suas competências.
10- O que é Coren? Cite suas competências.
11-O que auditoria?
12- O que auditoria na enfermagem?
13-Quais as finalidades da auditoria?
14-Quais são os tipos de auditoria?
15- Como é feita a auditoria retrospectiva? E ainda nesta, quais os fatores que podem ser verifica-
dos nos prontuários?
16- Como é feita a auditoria operacional/concorrente?
17- Quanto às classificações da auditoria fale:
a- Quanto à forma de intervenção:
b- Quanto ao tempo:
c- Quanto à natureza:
d- Quanto ao limite:
18- O que acreditação hospitalar?
19- A acreditação possui fins lucrativos?
20- Através da acreditação hospitalar, a instituição de saúde tem a possibilidade de realizar um diag-
nóstico, fale sobre esse diagnóstico e o objetivo deste.
21- A acreditação possuí um instrumento de avaliação que é composto de sete seções, com seus fun-
damentos. A lógica é que as seções interagem entre si, permitindo com que a organização de
saúde seja avaliada com uma consistência sistêmica. Fale sobre estas seções:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
647
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
648
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
649
LIMA, I. L.; MATÃO, M. E. L. Manual do Técnico e Auxiliar de Enfermagem. 8 ed. Goiânia: Edito-
ra AB, 2008.
KAWAMOTO, E. E.; FORTES, J. I. Fundamentos de Enfermagem. 2 ed. São Paulo: Editora EPU, 1997.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Profissionalização de Auxiliares de Enfermagem: Cadernos de Aluno. 2 ed.
Cad. 3 Fundamentos de Enfermagem. Brasília-DF: Fiocruz, 2003.
FIGUEREDO, N. M. A. de. Práticas de Enfermagem: fundamentos, conceitos, situações e exercícios.São
Paulo: Difusão.
RODRIGUES, E. A. C. et al. Infecções Hospitalares: prevenção e controle.São Paulo: Sarvier, 1997.
SCHULL, P. D. Enfermagem Básica: teoria & prática/direção do projeto clínico. Tradução Geraldo Cos-
ta Filho e Renato Lamoounier Barbieri. 2ª ed. Ver e atual. São Paulo: Rideel, 2001.
_____________. O Enfermeiro e a Arte de Comunicar.Goiânia: UCG, 2002.
_____________.O Exame Clínico em Enfermagem.Goiânia: UCG, 2000.
_____________.O Enfermeiro e o Exame Clínico. Goiânia: UCG, 2003.
MAYOR, Eliana Rodrigues Carlessi; MENDES, Edoília Maria Teixeira; OLIVEIRA, Kátia Regina de. Man-
ual de Procedimentos e Assistência de Enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2003.
NETTINA, S.M. Prática de Enfermagem. 8. Ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2007.
POTTER, P.A; PERRY, A.G. Fundamentos de Enfermagem. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2004.
FILHO, M. Manual de primeiros socorros – Cruz Vermelha, 1992.
PRIMEIROS SOCORROS – 2ª edição - SENAC – Departamento Nacional Diretoria de Formação Nacio-
nal – Rio de Janeiro 1991.
STEPHEN N. ROSEMBERG, M.D. LIVRO DE PRIMEIROS SOCORROS - 2ª Edição, Editora Record, 1991.
BRASIL. Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfer-
magem e dá outras providências. D.O.U. de 26 de junho de 1986. Disponível em: < http://www.planal-
to.gov.br/ccivil_03/Leis/L7498.htm>. Acesso em Jan 2016.
RESOLUÇÃO COFEN 240/2000. Aprova o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e dá outras
providências. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-2402000. Acesso em Jan 2016.
PRONTUÁRIO DO PACIENTE. Universidade Tiradentes-Curso de Enfermagem. Disponível em: http://
www.ebah.com.br/content/ABAAABoW0AH/aula-teorica-4-prontuario-paciente. Acesso em Jan
2016.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
650
ENFERMAGEM
Etapa 1
NOÇÕES DE
ADMINISTRAÇÃO
2º Bimestre – 60 pontos
• 20 pontos: a critério do professor
• 10 pontos: mostra
• 30 pontos: avaliação bimestral
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
653
SUMARIO
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
654
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
655
TEORIA CIENTÍFICA
• Principal teórico: Frederick Taylor
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
656
Críticas
• Aspecto mecanicista/homem como uma peça de engrenagem e não como ser humano.
• Ênfase na especialização do operário como fator de produção.
• Não consideração das influências do grupo no desempenho individual.
Influências na enfermagem
• Elaboração ou simples adoção de manuais de técnicas e procedimentos;
• Escalas diárias de divisão de atividades/fase mecanicista da administração;
• Assistência de enfermagem é fragmentada em atividades;
• O executor se distancia do todo (assistência de enfermagem) e se fixa na parte (tarefa).
• Assistência de enfermagem integral ocorre somente nos pacientes graves.
TEORIA CLÁSSICA
• Teórico: Henry Fayol
• Objetivo: Eficiência da organização pela adoção de uma estrutura adequada e de um funcio-
namento compatível com essa estrutura.
• Em toda empresa coexistem 6 funções: técnica, comercial, financeira, de segurança, contá-
bil e administrativa.
• Organização como estrutura rigidamente hierarquizada, estática e limitada.
• Divisão horizontal do trabalho = agrupamento de atividades afins (departamentalização).
Críticas
• Caráter prescritivo e normativo por determinar com regras e normas o comportamento do
administrador.
• Preocupação exclusiva com a estrutura formal da organização, não admitindo a existência
da estrutura informal, que é constituída pelas pessoas e suas relações.
Influências na enfermagem
• Estruturação rigidamente hierarquizada: organogramas mostram linhas de subordinação
integral;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
657
Críticas
• Os abusos fizeram com que ela se transformasse numa forma paternalista de administra-
ção, onde, na busca da harmonia, os conflitos eram abafados, e os confrontos entre o em-
pregado e a administração eram ignorados.
Influências na enfermagem
• Comunicação entre o enfermeiro (líder) e os demais membros é fator relevante para a con-
tinuidade e otimização da assistência de enfermagem.
• Papéis isolados em relação à MOTIVAÇÃO: enfermeiro procura incentivar e estimular o pes-
soal da equipe, mas às vezes o serviço não tem essa Filosofia.
TEORIA BUROCRÁTICA
• Principal teórico: Max Weber
• Características: Visa a eficiência organizacional como objetivo básico, prevê detalhes do
funcionamento organizacional.
• Caráter racional e sistemática divisão do trabalho.
• Impessoalidade nas relações humanas;
• Determinação de procedimentos e rotinas;
• Profissionais caracterizam-se pela especialização técnica, pela remuneração condizente
com o cargo, pela nomeação pelo chefe imediato e pelo fato de não participarem do capital
da organização.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
658
Influências na enfermagem
• Os serviços de enfermagem seguem o modelo da instituição;
• O pessoal de enfermagem passa a ter características de técnicos especializados, com com-
portamentos e posições definidos pelo grupo que detém o poder na organização.
• Prática administrativa estanque baseada em regras e normas obsoletas (apenas) com pou-
cas perspectivas de mudanças.
TEORIA CONTINGENCIAL
• Investigou-se como uma mesma empresa funcionava de diferentes formas em diferentes
condições.
• CONCLUSÃO: o ambiente externo à organização influencia na sua estruturação e nos pro-
cessos organizacionais.
• Além do ambiente, a TECNOLOGIA influencia, de forma marcante, a estrutura e a dinâmica
organizacionais.
• A tecnologia assume posição de destaque pelo fato de permear toda a atividade de produ-
ção e de prestação de serviços.
Críticas
• Por ser uma teoria recente é pouco percebida na prática da administração.
• Não admite conceitos absolutos, mas sim relativos.
TEORIA COMPORTAMENTAL
• Lewin – behaviorista ou das ciências do comportamento;
• “homem administrativo” visando à maneira satisfatória na realização do trabalho, e não à
melhor maneira;
• Teoria da Motivação de Maslow – NHB;
• Uniu a escolha do estilo às convicções que os administradores tinham a respeito do com-
portamento humano;
• Pessoas + ambiente.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
659
2. PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
2.1 Conceitos
Para conhecer sobre o processo de administração, é necessário que se entenda alguns princí-
pios envolvidos:
• Divisão do trabalho: consiste em dividir cada uma das tarefas em operações mais simples
(especialização);
• Autoridade e Responsabilidade: poder de dar ordens e de se fazer obedecer, não é feita
individualmente = anula responsabilidade;
• Disciplina: Respeito às regras estabelecidas. A boa direção inspira obediência.
• Unidade de comando: Cada agente, para cada ação, só deve receber ordens de um único
chefe.
• Subordinação: Prevalência dos interesses gerais da organização.
• Remuneração do pessoal: tem de ser equitativa, justa, evitando-se a exploração.
• Centralização: Deve haver um único núcleo de comando centralizado, atuando de forma
similar ao celebro, que comanda o organismo.
• Hierarquia: Cadeia de comando por escalas.
• Ordem: Por meio da racionalização do trabalho, estabelece-se o lugar de cada coisa e de
cada pessoa.
• Eqüidade: capacidade de estimular o pessoal a empregar, no exercício de suas funções, toda
a vontade de devotamente que é capaz.
• Estabilidade do pessoal: O funcionário precisa de tempo para adaptar-se à tarefa que lhe foi
incumbida.
• Iniciativa: Os liderados devem ser incentivados a buscarem por si só, as soluções para os
problemas que surgirem.
• Espírito de equipe: O corpo social deve experimentar uma união
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
660
Ao fazer uma previsão, objetiva-se preparar as ações para que as metas sejam atingidas através
de um plano de ação.
É necessário também comando. Esse se define um conjunto de certas qualidades pessoais e
sobre o conhecimento dos princípios gerais de administração;
Preceitos do comando
1) Ter conhecimento profundo de seu pessoal;
2) Excluir os incapazes;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
661
2.2 Organização
A Organização é uma associação de pessoas para atingir uma finalidade definida e predetermi-
nada, ou seja, sua missão. As pessoas que compõem a organização são seus sócios, dirigentes, funcio-
nários e voluntários, com objetivos e responsabilidades diferenciados, mas articulados em torno da
missão da entidade.
Tipos de organização
• Organização pública: É aquela mantida pelo poder público, isto é, por qualquer nível de
governo, federal, estadual ou municipal.
• Organização privada: É a mantida pela iniciativa privada, isto é, por pessoas, sócias da orga-
nização. Também existe a organização mista, onde esforços públicos são combinados com
privados.
• Organização com fins lucrativos: É aquela cujo objetivo é gerar lucro a partir das atividades
por ela desenvolvidas, para distribuí-los aos seus sócios.
• Organização sem fins lucrativos: Não tem objetivo de lucro, mas outras finalidades, como
amparar os necessitados, desenvolver atividades sociais (esportes, lazer), congregar pesso-
as. A ausência da finalidade de lucro não impede que a organização venda mercadorias ou
preste serviços remunerados, mas o lucro dessas atividades deve reverter somente para a
organização, jamais para seus proprietários.
• Organização permanente: É aquela constituída por prazo indeterminado, em princípio para
sempre, sem que isso impeça seu desaparecimento.
• Organização temporária: É a constituída com uma finalidade específica, para desaparecer
tão logo essa atividade tenha sido concluída.
Eficiência e eficácia
Quando as organizações resolvem problemas e são eficientes no uso de recursos todos ficam
satisfeitos: clientes, usuários, funcionários, acionistas, a sociedade de forma geral. Utilizou-se então
dois conceitos extremamente úteis nas organizações, são eles:
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
662
Habilidades de um administrador
• Habilidade é o processo de visualizar, compreender e estruturar as partes e o todo dos as-
suntos administrativos das empresas, consolidando resultados otimizados pela atuação de
todos os recursos disponíveis.
• Habilidade técnica: consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos
necessários para realização de tarefas específicas por meio da experiência profissional;
• Habilidade humana: consiste na capacitação e discernimento para trabalhar com pessoas,
comunicar, compreender suas atitudes e motivações e desenvolver uma liderança eficaz.
• Habilidade conceitual: consiste na capacidade para lidar com ideias e conceitos abstratos.
Essa habilidade permite que a pessoa faça abstrações e desenvolva filosofias e princípios
gerais de ação.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
663
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
664
Chefia
• Conceito ultrapassado;
• Não conduz a equipe;
• Chefe = supervisor?
• Gerência clássica.
Líder
• Gerência contemporânea;
• Supervisor: Líder da equipe de enfermagem;
• Estimula e motiva;
• Trabalha junto.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
665
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
666
Estilo autocrático: Apenas o líder fixa as diretrizes sem qualquer participação do grupo, determi-
nando como deve ser feito e quem deve executar as tarefas. Ele decide sozinho a tomada de decisão.
As suas críticas são dominadoras e pessoais. Um exemplo clássico desse estilo de liderança é o am-
biente militar de trabalho (polícia militar e polícia civil).
Estilo Democrático: A equipe toma as decisões e o líder apoia. As diretrizes são delimitadas
pelo grupo, estimuladas e assistidas pelo líder. Ele é participativo e objetivo, é um membro do grupo.
Em relação às críticas e elogios, ele se limita aos fatos. Um exemplo desse estilo de liderança são as
empresas de moda, nas quais a equipe organiza a distribuição das peças, dos modelos, das cores, dos
layouts e o líder participa desse processo (C&A e Riachuelo).
Estilo liberal: A equipe toma as decisões com a intervenção mínima do líder. Ele esclarece dúvi-
das somente se solicitado, não participa das divisões de tarefas. Não faz tentativas de regular o curso
dos acontecimentos. Um exemplo desse estilo são as empresas de tecnologia de informação, nas
quais os colaboradores executam todo o processo de criação de software e somente quanto solicitado
o líder intervém (SISMEP).
Liderança Situacional - A liderança situacional é entendida como um processo dinâmico, alte-
rável de uma situação para outra, em decorrência de modificações na conduta do líder, dos liderados
e na situação. É um modelo moderno, o qual preconiza que não existe um estilo melhor de liderança,
ou seja, o líder necessita utilizar vários estilos que podem ser adaptados frente às variáveis presentes
em cada situação especifica. É também definida como “o processo de influenciar as atividades de in-
divíduos ou grupos para a consecução de um objetivo numa dada situação”. Detém três habilidades
fundamentais: Diagnóstico, flexibilidade e parceria para o desempenho.
Comportamento tarefa X Comportamento de relacionamento
Comportamento de tarefa: É aquele que os líderes adotam para organizar e definir as funções
dos membros do seu grupo (subordinados), explicar as atividades que cada um deve executar e quan-
do, onde e como as tarefas devem ser realizadas; caracteriza-se pelo esforço para estabelecer padrões
bem definidos de organização e meios de conseguir que as coisas sejam feitas.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
667
“Grandes líderes mudam de estilo para levantar a auto estima de suas equipes.
Se as pessoas acreditam nelas mesmas,
é impressionante o que elas conseguem realizar”.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
668
Manual de Enfermagem
Instrumento que reúne, de forma sistematizada, normas, rotinas, procedimentos e outras infor-
mações necessárias para a execução das ações de enfermagem.
Essas informações podem estar agrupadas em um único manual ou divididas de acordo com sua
finalidade: manual de normas, rotinas e procedimentos; manual de educação em serviço; manual de
funcionários, manual de formulários e outros.
Tem por finalidades esclarecer dúvidas e orientar a execução das ações de enfermagem, consti-
tuindo um instrumento de consulta.
Deve ser constantemente submetido à análise crítica e atualizado sempre que necessário, con-
siderando também os avanços advindos dos resultados das pesquisas realizadas na área de enferma-
gem.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
669
Manual de rotinas
A rotina, conforme definição do Ministério da Saúde é o conjunto de elementos que especifica
a maneira exata pela qual uma ou mais atividades devem ser realizados.
É a descrição sistematizada dos passos a serem dados para a realização das ações componentes
de uma atividade, na sequência da execução. Uma rotina instrui sobre o que deve ser feito, quem
deve fazer e onde.
Manual de procedimentos
Procedimento é a descrição detalhada e sequencial de como uma atividade deve ser realizada.
É sinônimo de Técnica.
O procedimento, ao contrário da rotina, geralmente é uniforme para toda a organização, pois
está baseado em princípios científicos e, assim, não se modifica, independentemente de quem o re-
aliza. Exemplo: a sondagem vesical é realizada por um enfermeiro, ou por um médico sempre da
mesma maneira. O tipo de material utilizado pode ser modificado, mas a técnica de fazer a sondagem
geralmente não.
Objetivos
• Aplicação da abordagem científica ou da solução de problemas da prática de enfermagem;
• Resolver e Tratar os problemas dos pacientes de maneira INDIVIDUALIZADA E HOLÍSTICA.
A SAE organiza o trabalho de enfermagem através da operacionalização de todas as fases da
metodologia de planejamento. A negligência da SAE é uma das principais razões da desorganização e
falta de confiança das atividades de enfermagem;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
670
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
671
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
672
Histórico de enfermagem
• Processo de coleta de dados;
• Anamnese (entrevista);
• Exame físico.
Diagnóstico de enfermagem
“Julgamentos clínicos sobre as resposta dos indivíduos, família ou comunidade a problema reais
de saúde ou potenciais.”
Componentes do diagnóstico
TÍTULO: refere-se ao nome do diagnóstico;
FATORES RELACIONADOS: etiologia do problema;
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS: sinais e sintomas.
Ex. 1: Integridade tissular prejudicada relacionado à imobilização física e circulação alterada
evidenciada por ferida de solapamento na região trocantérica direita.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
673
Planejamento
Constitui a 3º etapa do processo onde são expostos:
• Estabelecimentos de prioridades para os problemas diagnósticos.
• Fixação de resultados com o paciente, para correção, minimizar ou evitar os problemas.
• Registro e checagem.
Fases do planejamento
1ª FASE: Estabelecimento de diagnóstico prioritário;
2ª FASE: Definição dos resultados e metas de enfermagem;
3ª FASE: Prescrição das intervenções de enfermagem;
4ª FASE: Registro do Plano de Cuidados
Objetivos:
• Promoção da comunicação entre os cuidadores (equipe/família);
• Direcionar o cuidado e a documentação;
• Criar um registro para avaliação de cunho legal que futuramente poderá ser útil como (indi-
cador de resultado/melhoria);
• Fornecer a documentação das necessidades de atendimento de saúde com a finalidade de
reembolso.
• Priorização do diagnóstico – enfermeiro e equipe analisam e determinam quais problemas
ou necessidades são urgentes.
• Urgentes – atendimento Imediato.
• Não-urgentes: atendimento que poderá ser a médio ou a longo prazo.
• Determinar tempo: médio e longo prazo.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
674
Objetivos:
• Monitorar respostas as intervenções.
• Realizar as intervenções e fazer mudanças necessárias.
• Registrar;
• Comunicar;
• Receber informações.
Souza et al(2008) ressaltam que nesta fase é necessário que o profissional enfermeiro e demais
membros da equipe de enfermagem tenham habilidades técnicas e psicomotoras específicos para
buscar interação entre equipe, paciente, para desenvolvimento de uma relação de confiança.
Os Itens necessários para prescrição de enfermagem:
• O que fazer;
• Como fazer;
• Quando fazer;
• Onde fazer;
• Com que frequência fazer;
• Por quanto tempo fazer ou quando fazer.
Deve incluir ainda a data em que foram redigidos e iniciar a ação com verbo no infinitivo; Ex:
aferir, realizar, monitorar e registrar.
Dividida para fins didáticos em 2 etapas distintas e interdependentes:
a) Prescrição de Enfermagem (Enfermeiro);
b) Execução da prescrição (Equipe de enfermagem).
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
675
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
676
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
677
Qualidades da Política de RH
• Ajuda a manter a continuidade e a estabilidade da administração.
• Integra funções e atividades e encoraja o trabalho em grupo.
• Promove a consistência das decisões da administração e aperfeiçoa as relações.
• Permite aos chefes manobrar os problemas mais rapidamente e com maior liberdade.
• Habilita os chefes a preencher suas responsabilidades, definindo os limites dentro dos quais
eles devem operar.
• Promove a integração organizacional, constituindo-se em um veículo orientador para o chefe
e demais níveis administrativos, além de reforçar os princípios da descentralização e delegação de
competência.
As políticas de RH racionalmente fixadas, conhecidas, aceitas e praticadas, são de extraordinário
auxílio à administração, porque evitam sua dispersão operativa e o desvio dos objetivos traçados, e
também ao próprio pessoal, que está imune a qualquer tipo de arbitrariedade e tem seus interesses
respeitados.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
678
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
679
Considerações do Dimensionamento
• UNIDADE ASSISTENCIAL ESPECIAL (UE): Locais onde são desenvolvidas atividades especiali-
zadas por profissionais de saúde, em regime ambulatorial, ou para atendimento de deman-
da ou de produção de serviços, com ou sem auxilio de equipamentos de alta tecnologia.
• SÍTIO FUNCIONAL (SF): é a unidade de medida que tem um significado tridimensional para
o trabalho de enfermagem. Ele considera a(s) atividade(s) desenvolvida(s), a área operacio-
nal ou local da atividade e o período de trabalho, obtida da distribuído no decurso de uma
semana padrão (espelho semanal padrão).
• ATIVIDADE: pré-consulta, consulta, tratamento (curativo, quimioterapia, hemodiálise, diá-
lise, instrumentação e circulação de cirurgias, atendimento/assistência), preparo de mate-
rial, esterilização, chefia, coordenação ou supervisão, etc.
• PERÍODO DE TRABALHO (PT): é diferente e varia nas diversas Instituições e Unidades Assis-
tenciais, com os valores típicos de 4 h; 5 h e 6 h, decorrentes de jornadas diárias de 8, 10 e
12 horas.
• ÁREA OPERACIONAL: consultório, sala de exame, sala de tratamento, sala de trauma, sala
de emergência, sala de pronto-atendimento, sala de imunização, sala de diálise/ hemodiáli-
se, sala de cirurgia, sala de pré e pós parto, sala de parto, sala de preparo de material, sala
de esterilização, sala de ultra-som, sala de eletrocardiograma, etc.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
680
6. HOSPITAL
6.1 Conceitos e funções
Segundo o Ministério da Saúde (2001), Hospital é o estabelecimento de saúde destinado a pres-
tar assistência sanitária em regime de internação a uma determinada clientela, ou de não-internação,
no caso de ambulatório ou outros serviços.
Parte integrante do sistema de saúde que tem a finalidade de oferecer assistência preventiva,
curativa, bem como reabilitar o indivíduo, família e comunidade;
Existem hospitais públicos, privados e filantrópicos (convênio com o SUS); Públicos: federais,
estaduais e municipais;
• Hospitais complexos: infraestrutura avançada (educação, lazer, biblioteca, etc);
• Hospital de ensino: desenvolvem atividades práticas dos cursos da área da saúde. Estão
presentes o ensino, pesquisa, extensão e assistência;
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
681
Preventiva:
• Supervisão da gravidez normal e do parto;
• Supervisão do crescimento normal e desenvolvimento da criança e adolescente;
• Controle das doenças contagiosas;
• Prevenção das doenças de longa duração;
• Prevenção da invalidez física e mental;
• Educação sanitária;
• Saúde ocupacional.
Educativa:
• Campos prática para a graduação e pós-graduação;
• Educação continuada interna;
• Educação em saúde para a comunidade.
Restaurativa:
• Diagnóstico: em serviço de ambulatório e internação;
• Tratamento de doenças: curativo e paliativo, atividades cirúrgicas, clínicas e especiais;
• Reabilitação física, mental e social;
• Tratamento de emergência: acidentes e doenças.
Pesquisadora:
• Aspectos físicos, psicológicos e sociais da saúde e da doença;
• Atividades hospitalares, processos de trabalho, produtos terapêuticos, procedimentos téc-
nicos e atividades administrativas.
Hospital - atualidade
Super lotação: insuficiência de leitos; Atendimento de casos de atenção básica; Falta de triagem
adequada dos pacientes; Número de instituições insuficientes; Congestionamento na emergência.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
682
SUS
• Sistema hierarquizado e organizado; Integração entre as unidades de saúde;
• Atenção básica: porta de entrada do sistema;
• Hospital secundário: destinado a prestar assistência nas especialidades médicas básicas.
• Hospital terciário - hospital especializado destinado a prestar assistência em outras áreas
médicas (ex:. neurocirurgia e nefrologia).
Rede Hospitalar
• Hospital Unidade Sanitária;
• Hospital Local;
• Hospital Regional;
• Hospital de Base;
• Hospital de Ensino.
Terminologia Hospitalar
Desenvolvida por comissão especial pelo Decreto Federal n.37.113, de 18 de agosto de 1995;
Elaboração do anteprojeto da lei orgânica de assistência médica e hospitalar do país;
1994: Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde.
CLIENTE OU PACIENTE – termo utilizado para designar o usuário dos serviços de saúde.
HOSPITAL UNIDADE SANITÁRIA – é o serviço que associa as funções de saúde pública e de inter-
nações.
HOSPITAL LOCAL – destina-se a servir a uma população igual ou superior a 20 mil habitantes.
HOSPITAL REGIONAL – destina-se a prestar assistência de padrão superior à do hospital local.
HOSPITAL DE BASE – destina-se a constituir o centro de coordenação e integração da assistência
hospitalar de uma zona, devendo estar capacitado tanto para prestar assistência especializada, como
para formar e aperfeiçoar pessoal da área hospitalar.
HOSPITAL DE ENSINO – é o hospital que apoia as atividades práticas dos cursos da área de saúde.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
683
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
684
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
685
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
686
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
687
Características Físicas:
• Posto de enfermagem e prescrição médica;
• Sala de serviço;
• Sala para chefia da unidade;
• Sala de exames e curativos;
• Sala de utilidades;
• Depósito de material sujo (roupa e lixo);
• Copa;
• Sala para refeitório ou de estar;
• Rouparia;
• Depósito de materiais e equipamentos;
• Sanitários para pessoal de ambos os sexos;
• Sala para relatório e prescrição de enfermagem médica;
• Quarto de isolamento com sanitário e chuveiro anexos;
• Antecâmara com lavatório e vasos;
• Quarto para um leito com sanitário e banheiro anexo;
• Quarto para dois leitos com sanitário e banheiro anexo;
• Enfermaria para três e no máximo seis leitos com sanitário e banheiro anexo.
Unidade de Emergência
Atendimento, diagnóstico e tratamento de pacientes acidentados ou acometidos de mal súbito
com ou sem risco de vida;
Localização: deve ser fácil acesso ao público, entrada independente, acesso fácil ao bloco cirúr-
gico e obstétrico, à unidade de exames complementares.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
688
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
689
Unidade de Berçário
Atendimento à recém-nascidos; Localização: próximo ao centro obstétrico e alojamento das
mães; Recomendação principal: alojamento conjunto; CTI neonatal. O número de RN deve ser míni-
mo de 12.
Características Físicas:
• Posto de enfermagem;
• Área de trabalho e higienização;
• Área para prescrição médica;
• Sala de serviços;
• Berçário de observação;
• Berçário de patológicos;
• Berçário de sadios;
• Berçário de prematuros;
• Berçário de isolamento;
• Outros ambientes de apoio;
Os berços dos RNs sadios devem ser centralizados no berçário; para cada leito de obstetrícia
deve existir um berço, exceto quando houver alojamento conjunto.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
690
Características Físicas
• Sala para recepção e expurgo;
• Sala para preparo de material;
• Sala para esterilização;
• Sala para guarda e distribuição de material.
Unidade de Ambulatório
Atendimento diagnóstico e tratamento de pacientes que não necessitam de internação;
Localização: entrada privativa e independente, fácil acesso aos exames complementares;
O planejamento deve corresponder às necessidades da comunidade.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
691
Estrutura Organizacional
É diferente em cada hospital; Órgão responsável pela política administrativa: diretor, diretoria,
junta administrativa, conselho diretor, conselho de administração ou órgão deliberativo.
Existem também assessorias, departamentos, divisões, seções, serviços.
Organograma: define a estrutura do hospital e as relações interpessoais.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
692
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
693
Economia Hospitalar
• Instituição Pública;
• Instituição Privada;
• Instituição Filantrópica.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
694
Caracterização
Avaliação e certificação dos 3 níveis de qualidade.
Inicialmente é realizado um diagnóstico inicial, sobro o funcionamento geral da Instituição,
servindo como base, para propor mudanças nos PROCESSOS.
PROCESSO ------- AVALIAÇÃO ---------- CERTIFICAÇÃO DA QUALIDADE
Certificação
1. Acreditação
Nível 1: Segurança e Estrutura:
• Qualificação dos profissionais: certificados de cursos e registros de treinamentos internos.
• Segurança: do paciente e dos profissionais
• Legislação: Situação com os Conselhos das Classes; planta do hospital; alvará da vigilância
sanitária etc.
• Infraestrutura: Escada com corrimão, Elevador.
• Equipamentos: Todos os equipamentos devem possuir identificação de patrimônio, data da
última manutenção, escala para controle de manutenção preventiva.
Pressupõe atendimento aos requisitos básicos da qualidade na assistência prestada ao cliente,
com recursos humanos em quantidade e qualificação compatíveis com a complexidade do serviço.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
695
7. SUCESSO PROFISSIONAL
7.1 Dicas para o sucesso profissional
Sucesso profissional é diferente para pessoas diferentes. Para alguns o fato de ter um alto
salário e um carro do ano, e para outros pode estar sendo capaz de implementar as ideias ou ter um
bom equilíbrio entre trabalho e vida privada.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
696
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
697
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
698
3. Construção de estratégias
Nesta etapa, realiza-se o planejamento de estratégias de resolução do problema; A estratégia
ótima depende tanto do problema, como das preferências pessoais do solucionador de problemas em
relação aos métodos de resolução.
4. Organização da informação
Nesta etapa se organiza estrategicamente a informação, encontrando uma representação que
se a mais adequada para executar sua estratégia.
5. Alocação de recursos
Quais são as estratégias para alocar recursos mentais? Quais as etapas do ciclo de resolução de
problemas que necessitam de maior tempo e dedicação?
Principiantes x especialistas
6. Monitoração
Usar recursos para realizar a monitorização do trabalho pode levar a resolução mais eficiente.
Permite a correção do percurso durante o processo de resolução.
7. Avaliação
A avaliação conduz todo o processo de resolução. Esta etapa ocorre muitas vezes dentro do ciclo
de resolução de problemas e pode levar a redefinição dos processos.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
699
8.3 Criatividade
Processo de produzir algumas coisas que é ao mesmo tempo original e de valor; Criatividade
envolve a produção de algo novo, que é aceito como útil e/ou satisfatório por um número significativo
de pessoas em algum ponto no tempo.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
700
Processo Criativo
• Percepção
• Habilidades Criativas
• Fluência: Quantidade de ideias;
• Flexibilidade: Identificar soluções sob diferentes perspectivas;
• Originalidade: Respostas incomuns;
• Elaboração: Detalhamento, enriquecimento;
• Sensibilidade para problemas: Capacidade para encontrar uma necessidade.
Indivíduo criativo
É difícil ser criativo em tudo: somos mais criativos em algumas coisas e menos em outras.
Atributos da Personalidade Criativa: Iniciativa e envolvimento na atividade realizada
Como desenvolver a criatividade? Através de exercícios...
Tempestade de ideias (fluência): Não há crítica nem julgamento; Quanto mais melhor; Elaborar
ideias próprias e dos outros; Humor livre
• Brainstorming – Tempestade de Ideias
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
701
Regra 2 - Não suponha que a pessoa que relata o problema também o compreende
As pessoas descrevem os problemas de muitas formas diferentes. Muitas vezes elas apresentam
percepções superficiais ou destorcidas que nada têm a ver com o problema real. Outras vezes elas
apresentam informações desconexas, baseadas no que ouviram ou no que elas pensam que sabem.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
702
Regra 11 - Não aceite o argumento que sua ideia já foi tentada e não funcionou
Muitas ideias boas são destruídas por implementação mal planejada ou por desistência na pri-
meira dificuldade encontrada. Procure saber com detalhes como foi planejada e executada sua imple-
mentação.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
703
Formas de trabalho
Pluridisciplinar: as equipes são constituídas por várias disciplinas, atuam juntas mas não há troca
de informações, não há soma = o paciente é dividido entre as várias áreas do saber.
Multidisciplinar: os diversos profissionais trocam ideias e informações sobre suas práticas espe-
cíficas.
Reúnem-se regularmente, debatem pontos de vista e complementam os entendimentos sobre
o problema em questão, indo além dos limites restritos a suas profissões.
Exemplos: enfermeiros ouvem os pacientes durante seus procedimentos; assistentes sociais in-
teressam-se pela vida emocional de seus clientes; médicos procuram não apenas acertar seus diag-
nósticos e prescrições mas interessam-se por todo o contexto em que o cliente está inserido.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
704
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
705
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
706
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO
1. Quais são as fases da administração e seus respectivos períodos?
2. Associe cada teoria da administração com suas principais características.
3. Sabe-se que as teorias da administração influenciam na assistência de enfermagem. Escolha uma
e descreva a sua influência nesse cenário.
4. Apresente as diferenças entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relação Humanas.
PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
1. Para Fayol, é fundamental que haja cinco elementos imprescindíveis para uma boa administração.
Quais são eles?
2. Escolha cinco princípios administrativos e escreva com suas palavras o seu significado.
3. Para que o comando seja executado é necessário conhecimento e qualidades pessoas. Quais são
os preceitos do comando?
4. Cite e caracterize os tipos de organização existentes.
5. Diferencie eficácia de eficiência.
6. Quais as habilidades são inerentes a um administrador?
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
707
HOSPITAL
1. O Hospital possui várias funções. Cite-as e dê exemplos para cada uma.
2. Quais são os critérios utilizados para classificar os hospitais?
3. Das unidades hospitalares estudadas, escolha uma e apresente suas características físicas.
4. Quais requisitos são necessários para que a qualidade nos serviços de saúde seja satisfatória?
5. A avaliação e certificação apresentam três níveis de qualidade. Apresente-os.
6. Com suas palavras responda: O que é necessário para que o sucesso profissional seja alcançado
por você?
7. Quais são as etapas fundamentais na resolução de problemas?
8. Explique a importância da criatividade no fazer do profissional de enfermagem.
TRABALHO EM EQUIPE
1. Diferencie a forma de trabalho pluridisciplinar da multidisciplinar.
2. Quais são as complicações do trabalho em equipe?
3. O que é imprescindível no trabalho em equipe?
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
708
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil. Doenças rela-
cionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde / Ministério da Saúde do
Brasil, Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil; organizado por Elizabeth Costa Dias; colabora-
dores Idelberto Muniz Almeida et al. – Brasília: Ministério da Saúde do Brasil, 2001. 580 p. (Série A.
Normas e Manuais Técnicos; n.114).
LIMA, I. L. de; MATÃO, M. E. L. Manual do técnico e auxiliar de enfermagem. 7. ed. Goiânia: AB, 2006.
RUBIK, B et al. Informatização da SAE em UTI: complementando o banco de dados. Curso de gradua-
ção de enfermagem (Monografia). 112f. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.
Regras para a solução criativa dos problemas. Conteúdo disponível em: http://criatividadeaplicada.
com/2008/02/27/regras-para-a-solucao-criativa-de-problemas/. Acesso em jan 2016.
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
709
Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Enfermagem – Etapa 1
710