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Suicídio entre idosos

Relatório

Carol Pinder
Carlos Augusto
Nayara Carvalho
Paula Nunes
Índice

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
2. OBJETIVO............................................................. Error! Bookmark not defined.
3. DESENVOLVIMENTO ............................................ Error! Bookmark not defined.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................... Error! Bookmark not defined.
5. REFERÊNCIAS ...................................................... Error! Bookmark not defined.

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1. INTRODUÇÃO

O crescimento da população idosa é um fato notório em todo o mundo,


trazendo consigo múltiplas repercussões culturais, sociais e políticas. Uma
das temáticas de suma importância e que será abordada neste trabalho,
trata-se do suicídio nesta faixa etária. Durante a história, muitas teorias
tentaram explicar as motivações para o suicídio ocorrer em diferentes
culturas, idades e gêneros.

Quando se alcança a terceira idade, é importante que estas pessoas possam


integrar positivamente suas limitações fisiológicas próprias do
envelhecimento, bem como as mudanças na sua visão de mundo e suas
relações sociais, conforme prediz a Organização Mundial da Saúde (2002).
Desta forma, envelhecer trata-se de um processo para esta organização
interna e externa, sendo observado que muitos idosos podem ter dificuldades
nesta organização, podendo evoluir para estados depressivos ou a
depressão, sendo esta considerada como depressão dentro de um transtorno
mental, para além dos agravantes afetivos, tornando-se pontos de potenciais
fragilidades que constituem fatores de risco para o suicídio entre idosos
(FIGUEIREDO 2002).

Dada a complexidade do tema, faz-se necessário uma análise qualitativa que


dialogue dados e informações sociológicas, antropológicas e psicológicas
(FIGUEIREDO 2002). Desta forma, para a composição do relatório,
analisaremos a visão do sociólogo Durkheim em relação ao suicídio e dois
artigos que trazem descrições de cunho psicológico sobre a temática,
fazendo uma correlação entre duas notícias sobre o crescimento de suicídios
entre idosos no Brasil e também analisando o curta-metragem chamado “A
senhora e a morte”.

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2. OBJETIVO
Como objetivo, buscaremos compreender os motivos causadores mais fre

3. DESENVOLVIMENTO

Ao final do século XIX, o filósofo e sociologo Durkheim analisou o


fenômeno “suicídio” como um fato social que faz parte da cultura de todas
as sociedades, de modo a entender que havia uma parcela que tenderia
a este comportamento por uma variável de sua própria cultura. Ele irá
chamar então de “coesão social” (indivíduos manterem-se unidos e

integrados), e que seria a falta ou o excesso desta integração social do

suicída na sociedade, esta “tendência de coletividade” sendo perdida, que


deslocariam estas pessoas, não se reconhecendo mais como membros
daquela sociedade, e por fim, recorrendo ao suicídio como reflexo deste
deslocamento. Durkheim afirmava que o suicídio era de cunho social e só
poderia ser explicado sociologicamente. Levava em consideração então,
os fatos em que ocorriam com mais de uma pessoa, dava importância ao
contexto coletivo.

No Brasil, a cada ano, seiscentos e cinquenta mil novas pessoas são


consideradas idosas (Veras 2009). A Organização Mundial da saúde
projeta para o ano de 2020, trinta e dois milhões, colocando o Brasil em
sexta posição mundial em número de idosos; e os dados nacionais ainda
indicam que o país acompanham a tendência global. O Mapa da Violência
(2014), organizado pelo sociólogo Julio Waiselfisz, aponta que, acima dos

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60 anos, já há oito suicídios por cem mil habitantes e que, no período
estudado (1980-2012), houve um crescimento de 215,7%. Em relação ao
gênero, aos 75 anos, de acordo com a OMS, a razão é de oito à doze
suicídios masculinos por um feminino.

Frente a estes dados, parece compreensível a proposta de Durkheim


quando apenas analisamos as estatísticas quantitativas, porém, acaba
que por reduzir de forma simplista este fenômeno que precisa de estudos
que contribuam para a elaboração de planos de ação voltados ao cuidado
integral com o idoso (WERNECK GL 2006), e para poder pensar nestes
planos de ação, faz-se necessário um enfatizar aspectos microssociais e
subjetivos desse ato existencial (Cavalcante 2012).

De modo geral, nenhum fator singular seria suficiente para explicar o por
quê de uma pessoa cometer suicídio ou desejar fazê-lo (ideação suicída),
sendo os pensamentos que fomentam um desejo de por fim a existência,
agravando-se quando acompanhados de um plano de ação. Entretanto,
de acordo com a psicóloga Denise Machado:

“É preciso levar em conta que as tentativas de suicídio na terceira idade


costumam ser definitivas. Diferentemente de outras etapas da vida, que se pode
pensar no suicídio por impulso, por uma dor de amor, um arroubo de fúria, uma
tristeza, o idoso não vive esse tipo de situação. Tem um período de tomada
racional de decisão. Em média, o jovem faz 20 tentativas para um efeito, o
suicídio. No idoso, são quatro tentativas. Muitas vezes, não há tentativa, é única.
Eles usam métodos definitivos.”

Nesta lógica, faz-se de suma importância conhecer as circunstâncias em


que germinam o comportamento suicida, para compreender o fenômeno
e prevenir os múltiplos fatores que o provocam”, pois falar de suicídio é
falar mais da vida do que da morte do indivíduo, cabendo então uma
análise de um conjunto de elementos que envolveriam desde: razões
pessoais, psicológicas, culturais, biológicas e ambientais até focalizar nos
problemas mentais, como: depressão, desordem afetiva bipolar,
esquizofrenia, anorexia, bulimia e abuso de substâncias tóxicas.

Na notícia relacionada ao crescimento de suicídios no Brasil, a psiquiatra


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Helena Moura, especialista em psicogeriatria pela Universidade de São
Paulo (USP) irá comentar que, por trás de todo desejo de antecipar a vida,
estão as perdas: perda de saúde, autonomia, produtividade, papéis
sociais:

“A depressão tem um papel muito importante, assim como as questões


de aspectos sociais da terceira idade, como a de estar passando por mais
perdas, estar passando pela aposentadoria e não se sentir mais útil, de
os filhos terem saído de casa, de ele ter mais dificuldade de se encaixar
em uma sociedade como a nossa, que não está ainda muito bem
preparada para acolher os idosos”

De acordo com a psicóloga Diane Papalia, os idosos estão mais


propensos a depressão que os mais jovens, o que se confirma ao
analisarmos que 90% das pessoas que têm morte autoinfligida possuem
diagnóstico de distúrbio mental – a maioria, por depressão (WHO, 2014).

Os aspectos históricos da vida de pessoas idosas então, acaba retratando


que o comportamento suicída não seja algo isolado no tempo, mas sim
como algo que faz parte de um longo percurso existencial que, ao final,
culminando em dor, tristeza, desesperança, pode gerar a escolha do
suicídio como solução para um fim insuportável. Desta forma, as ideações
e tentativas falam muito mais sobre a vida do que da morte, mostrando
ainda uma defasagem em como a sociedade se mostra despreparada
para lidar com o envelhecer, em relação às desorganização internas e
externas do idoso.

Outro ponto importante nesta temática, trata-se da tendência entre


profissionais de saúde em medicalizar o intenso sofrimento que leva
alguém a desejar a morte (CAVALCANTE et al., 2012, 2013, 2015). O que
irá de encontro ao curta-metragem que escolhemos para nosso relatório
“A senhora e a morte”, neste curta-metragem temos uma senhora que
vive no campo sozinha, aparentemnete sem vizinhos e lamenta a morte
de seu companheiro olhando sua foto em um porta retrato. Neste
momento, ela parece esperar a morte e vê-la como algo positivo, pois
estará indo para perto de seu amado, demonstrando um sentimento de

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conformismo e paz. Na sequência, surge um personagem que representa
a morte vindo buscá-la, porém o cenário muda e ela aparece em uma sala
de hospital com um médico tentando reanima-la; inicia-se uma constante
e intensa luta médico x morte. Neste momento, entendemos a teoria de
Cavalcante, pois ao final do curta, a senhora deparando-se que ainda
continua viva, por insistência de procediemntos médicos que tentava
prolongar sua vida, ela idealiza um plano de ação para dar fim a sua
própria vida conscientemente: sai da sala com um aparelho que possui
energia, sobe dentro de uma pia, enche-a de água, pega os cabos do
aparelho e coloca junto à água, cometendo suicidio eletrocutada.

Desta forma, abordamos os fatores de risco para o suicídio de idosos,


descritos pela literatura (TURVEY et al., 2002; YIP et al., 2003; AWATA
et al., 2007; WIKTORSSON et al., 2011), os que se mostraram mais
relevantes são: as condições de vida precária, a violência na infância, os
laços familiares frouxos ou conflituosos, o abandono físico e afetivo, a
morte de pessoas referenciais, os problemas crônicos e incapacitantes de
saúde e as dificuldades de adaptação à vida institucional. Para as
mulheres, o maior peso é a inadequação ao espaço institucional, a perda
do marido, dos filhos, de seu lugar no lar, de seus pertences e o
sentimento de solidão (como visto no curta-metragem). Para os homens,
as doenças incapacitantes e abuso de álcool e drogas são os principiais
elementos disparadores.

Um dos fatores de proteção contra o comportamento suicida mencionado


por vários autores é a religião (ANÍA et al., 2003; BOTEGA et al., 2006;
FLECK et al., 2003; CAVALCANTE, 2016), entretanto, nem sempre é de
um modo positivo, pois algumas pessoas invocam a Deus, não para dar-
lhes proteção contra o risco de cometer suicídio, mas como uma força
superior que as tire o mais prontamente possível deste mundo, pesando
a questão da família, do estado e da sociedade ou a falta que ela faz, a
sensação de sentir-se um peso social, que são descartáveis e não têm
mais valor.

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Do ponto de vista institucional, vários autores ressaltam que, no caso da
pessoa idosa, é preciso cuidar de seu bem-estar físico e de seu estado
emocional e, sobretudo, de suas relações e da participação em atividades
em que ela se sinta útil e valorizada, o que é particularmente importante
numa ILPI. Para isso, ela necessita de uma atenção abrangente e
sistemica desde o inicio do que é considerado o evelhececimento, visando
o atendimento cuidadoso e eficaz, oferecendo atenção especializada a
esse grupo social.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Artigo referência 1: O comportamento suicida de idosos institucionalizados: histórias


de vida (http://www.scielo.br/pdf/physis/v27n4/0103-7331-physis-27-04-00981.pdf)

Artigo referência 2: Circunstâncias que envolvem o suidídio de pessoas idosas


(http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141432832014000200389&script=sci_abstr
act&tlng=pt)

Curta-metragem: “A senhora e a Morte” (https://vimeo.com/401454920

SABADELL, Ana Lucia. Manual de sociologia jurídica: introdução a uma


leitura externa do direito. 6. Ed., rev., atual. E ampl. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2013. 270 p. ISBN 9788520337
Minayo MCS, Cavalcante FG. Suicídio entre pessoas idosas: revisão da
literatura. Rev Saude Publica. 2010; 44(4):750-57.~

World Health Organization. Active ageing: a policy framework. Genebra:


WHO; 2002.

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TURVEY et al., 2002; YIP et al., 2003; AWATA et al., 2007; WIKTORSSON
et al., 2011

Figueiredo AEB, Silva RM, Mangas RMN, Vieira LJS, Furtado HMJ, Gutierrez
DMD, et al. Suicídio de idosos: impactos na família brasileira. Cienc Saude
Colet. 2012; 17(8):1993-2002.

Veras R. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios


e inovações. Rev Saude Publica. 2009; 43(3):548-54.
ANÍA et al., 2003; BOTEGA et al., 2006; FLECK et al., 2003; CAVALCANTE, 2016

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