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Apostila Digital Licenciada para Luciana Couto - CPF:963.122.380-91 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.

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PORTUGUÊS

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Pedido N.: 2702711 - Apostila Licenciada para lucouto20@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
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APOSTILAS OPÇÃO

c) Capacidade de observação e de síntese e


d) Capacidade de raciocínio.

Interpretar X compreender
Interpretar significa
- explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que...

Compreender significa
Interpretação de texto. - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está
escrito.
- o texto diz que...
- é sugerido pelo autor que...
Interpretação de texto - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a - o narrador afirma...
preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece Erros de interpretação
porque lhes faltam informações específicas a respeito desta É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de
tarefa constante em provas relacionadas a concursos erros de interpretação. Os mais frequentes são:
públicos .
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no a) Extrapolação (viagem)
momento de responder às questões relacionadas a textos. Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema
relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de quer pela imaginação.
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e
decodificar). b) Redução
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um
cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a que pode ser insuficiente para o total do entendimento do
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa tema desenvolvido .
interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o
relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase c) Contradição
for retirada de seu contexto original e analisada Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do
separadamente, poderá ter um significado diferente daquele candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e,
inicial. consequentemente, errando a questão.
Intertexto - comumente, os textos apresentam
referências diretas ou indiretas a outros autores através de Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a
citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia autor diz e nada mais.
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou
fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si.
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome
1. Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais de oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer
uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, e o que já foi dito.
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o
tempo). OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome
diferenças entre as situações do texto. oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do
3. Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os
uma realidade, opinando a respeito. pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou necessidade de adequação ao antecedente.
secundárias em um só parágrafo. Os pronomes relativos são muito importantes na
5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras. interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe
Condições básicas para interpretar um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber:
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas
Fazem-se necessários: depende das condições da frase.
a) Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros qual (neutro) idem ao anterior.
literários, estrutura do texto), leitura e prática; quem (pessoa)
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o
texto) e semântico; objeto possuído.
Observação – na semântica (significado das palavras) como (modo)
incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, onde (lugar)
sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre quando (tempo)
outros. quanto (montante)

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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo: Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A


Falou tudo QUANTO queria (correto) verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é
aparecer o demonstrativo O ). tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e
Dicas para melhorar a interpretação de textos caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e
assunto; deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender
leitura; que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro,
menos duas vezes; as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com
- Inferir; campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e
- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
autor; (Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net.
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor Adaptado)
compreensão;
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de
questão; locomoção nas metrópoles brasileiras
- O autor defende ideias e você deve percebê-las; (A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra
devido à falta de regulamentação.
Questões (B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido
incentivado em várias cidades.
O uso da bicicleta no Brasil (C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela
maioria dos moradores.
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil (D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países demais meios de transporte.
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta (E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez arriscada e pouco salutar.
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que 02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos
oferecem mais vantagens. objetivos centrais do texto é
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e (A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do
a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na ciclista.
calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos (B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e mais seguro do que dirigir um carro.
prioridade sobre os automotores. (C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à no Brasil.
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, (D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não de locomoção se consolidou no Brasil.
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de (E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos deve dar prioridade ao pedestre.
congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que
atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento 03. Considere o cartum de Evandro Alves.
da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a
economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, Afogado no Trânsito
nos impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por
exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da
Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA,
com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São
Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país
aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o
projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do
compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em
Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O
valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5,
podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às
22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já
aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos
estratégicos.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.b
está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem r)
que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou
desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto
trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas é
vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. (A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.

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(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. comunitário do ato de dirigir.
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas. Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr.
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são
os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim
04. Considere o cartum de Douglas Vieira. como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças
aprendem que as regras normais em relação ao
Televisão comportamento e à civilidade não se aplicam quando
dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em
comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa
continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com
pressa para chegar ao destino.
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era
descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode
transformar um incidente em uma violenta briga.
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está
predisposta a apresentar um comportamento irracional
quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior
parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.b dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente
r. Adaptado) de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo
quando estiver tentado a agir só com a emoção.
É correto concluir que, de acordo com o cartum ,
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro (Jonathan Strickland. Disponível em:
ou pela TV são equivalentes. http://carros.hsw.uol.com.br/furia-no-transito1 .htm. Acesso
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma em: 01.08.2013. Adaptado)
imaginação mais ativa.
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém 05. Tomando por base as informações contidas no texto, é
que não sabe se distrair. correto afirmar que
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto (A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à
assistir a um programa de televisão. medida que os motoristas se envolvem em decisões
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo conscientes.
idêntico, embora ler seja mais prazeroso. (B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto
Leia o texto para responder às questões: comunitário do ato de dirigir.
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o
Propensão à ira de trânsito principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção
agressiva.
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente (D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro experiências e atividades não só individuais como também
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como sociais.
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. (E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das
emoções positivas por parte dos motoristas.
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas Respostas
também se engajam num comportamento de risco – algumas 1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D)
até agem especificamente para irritar o outro motorista ou
impedir que este chegue onde precisa.
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter
antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um Argumentação.
motorista a tomar decisões irracionais.
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante.
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. ARGUMENTAÇÃO
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de Argumentar1 é a capacidade de relacionar fatos, teses,
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de
momento. embasar determinado pensamento ou ideia.
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que Um texto argumentativo sempre é feito visando um
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros destinatário. O objetivo desse tipo de texto é convencer,
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao persuadir, levar o leitor a seguir uma linha de raciocínio e a
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um concordar com ela.
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos Para que a argumentação seja convincente é necessário

1http://www.infoescola.com/redacao/argumentacao/ http://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-argumentacao.htm
http://educacao.globo.com/portugues/assunto/texto-
argumentativo/argumentacao.html

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levar o leitor a um “beco sem saída”, onde ele seja obrigado a deve-se tomar muito cuidado para não se contradizer e para
concordar com os argumentos expostos. ser claro. Para isso é necessário um bom domínio do assunto.
No caso da redação, por ser um texto pequeno, há uma
obrigatoriedade em ser conciso e preciso, para que o leitor Organização Textual
possa ser levado direto ao ponto chave. Para isso é necessário
que se exponha a questão ou proposta a ser discutida logo no O ser humano se comunica por meio de textos. Desde uma
início do texto, e a partir dela se tome uma posição, sempre de simples e passageira interjeição como “Olá” até uma
forma impessoal. O envolvimento de opiniões pessoais, além mensagem muitíssimo extensa. Em princípio, esses textos
de ser terminantemente proibido em textos que serão eram apenas orais. Hoje, são também escritos. Nesse processo,
analisados em concursos, pode comprometer a veracidade dos os textos ganharam formas de organização distintas, com
fatos e o poder de convencimento dos argumentos utilizados propósitos nitidamente distintos também. As principais
Por exemplo, é muito mais aceitável uma afirmação de um formas de organização textual registradas na humanidade são,
autor renomado ou de um livro conhecido do que o simples assim:
posicionamento do redator a respeito de determinado - Narrativa: aquela que compreende textos que contam
assunto. uma história, relatam um acontecimento.
Uma boa argumentação só é feita a partir de pequenas - Argumentativa: a que visa ao convencimento do
regras as quais facilmente são encontradas em textos do dia a interlocutor.
dia, já que durante a nossa vida levamos um longo tempo - Descritiva: cuja finalidade é apresentar concreta ou
tentando convencer as outras pessoas de que estamos certos. metaforicamente uma dada descrição.
Cada uma dessas formas de organização textual desdobra-
se em inúmeros gêneros textuais distintos, que nada mais são
do que cada concretizável possível a cada um dos objetivos
textuais. Assim, por exemplo, a diferentes formas e formatos
para se narrar: fábula, conto de fadas, romance, conto, notícia,
fofoca, etc.

Texto Argumentativo
Esse tipo de texto, que é aplicado nas redações do Enem,
inclui diferentes gêneros, tais quais, dissertação, artigo de
Os argumentos devem ter um embasamento, nunca deve- opinião, carta argumentativa, editorial, resenha
se afirmar algo que não venha de estudos ou informações argumentativa, dentre outros.
previamente adquiridas. Todo e qualquer texto argumentativo, como já dito, visa ao
Os exemplos dados devem ser coerentes com a realidade, convencimento de seu ouvinte/leitor. Por isso, ele sempre se
ou seja, podem até ser fictícios, mas não podem ser baseia em uma tese, ou seja, o ponto de vista central que se
inverossímeis. pretende veicular e a respeito do qual se pretende convencer
Caso haja citações de pessoas ou trechos de textos os esse interlocutor. Nos gêneros argumentativos escritos,
mesmos devem ser razoavelmente confiáveis, não se pode sobretudo, convém que essa tese seja apresentada, de maneira
citar qualquer pessoa. clara, logo de início e que, depois, através de uma
Experiências que comprovem os argumentos devem ser argumentação objetiva e de diversidade lexical seja
também coerentes com a realidade. sustentada/defendida, com vistas ao mencionado
Há de se imaginar sempre os questionamentos, dúvidas e convencimento.
pensamentos contrários dos leitores quanto à sua A estrutura geral de um texto argumentativo consiste de
argumentação, para que a partir deles se possa construir introdução, desenvolvimento e conclusão, nesta ordem. Cada
melhores argumentos, fundamentados em mais estudo e uma dessas partes, por sua vez tem função distinta dentro da
pesquisa. composição do texto:
Quanto a estrutura do texto, este deve apresentar uma
lógica de pensamentos. Os raciocínios devem ter uma relação Introdução: é a parte do texto argumentativo em que
entre si, e um deve continuar o que o outro afirmava. apresentamos o assunto de que trataremos e a tese a ser
No início do texto deve-se apresentar o assunto e a desenvolvida a respeito desse assunto.
problemática que o envolve, sempre tomando cuidado para Desenvolvimento: é a argumentação propriamente dita,
não se contradizer. correspondendo aos desdobramentos da tese apresentada.
Ao decorrer do texto vão sendo apresentados os Esse é o coração do texto, por isso, comumente se desdobra em
argumentos propriamente ditos, junto com exemplificações e mais de um parágrafo. De modo geral, cada argumentação em
citações (se existirem). defesa da tese geral do texto corresponde a um parágrafo.
No final do texto as ideias devem ser arrematadas com uma Conclusão: a parte final do texto em que retomamos a tese
tese (a conclusão). Essa conclusão deve vir sendo prevista pelo central, agora já respaldada pelos argumentos desenvolvidos
leitor durante todo o texto, à medida que ele vai lendo e se ao longo do texto.
direcionando para concordar com ela.
A argumentação não trabalha com fatos claros e evidentes, Relação entre Tese e Argumento
mas sim investiga fatos que geram opiniões diversas, sempre De modo geral, a relação entre tese e argumento pode ser
em busca de encontrar fundamentos para localizar a opinião compreendida de duas maneiras principais:
mais coerente. Argumento, portanto, Tese (A→ pt→T) ou Tese porque
Não se pode, em uma argumentação, afirmar a verdade ou Argumento (T→ pq→A):
negar a verdade afirmada por outra pessoa. O objetivo é fazer
com que o leitor concorde e não com que ele feche os olhos (A→ pt→T)
para possíveis contra-argumentos. “O governo gasta, todos os anos, bilhões de reais no
Caso seja necessário se pode também fazer uma tratamento das mais diversas doenças relacionadas ao
comparação entre vários ângulos de visão a respeito do tabagismo; os ganhos com os impostos nem de longe
assunto, isso poderá ajudar no processo de convencimento do compensam o dinheiro gasto com essas doenças. Além disso
leitor, pois não dará margens para contra-argumentos. Porém (Ainda, e, também, relação de adição → quando se enumeram

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argumentos a favor de sua tese), as empresas têm grandes Para a construção de um bom texto argumentativo faz-se
prejuízos por causa de afastamentos de trabalhadores devido necessário o conhecimento sobre a questão proposta,
aos males causados pelo fumo. Portanto (logo, por fundamentação para que seja realizado com sucesso.
conseguinte, por isso, então → observem a relação semântica
de conclusão, típica de um silogismo), é mister que sejam Questão
proibidas quaisquer propagandas de cigarros em todos os
meios de comunicação.” 01. Identifique o sentido argumentativo dos seguintes
textos, e separe, por meio de barras, a tese e o(s)
(T→ pq→A) argumento(s).
O governo deve imediatamente proibir toda e qualquer (A) “Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o
forma de propaganda de cigarro, porque (uma vez que, já que, que preciso. É econômico, nunca dá defeito e tem espaço
dado que, pois → relação de causalidade) ele gasta, todos os suficiente para transportar toda a minha família.”
anos, bilhões de reais no tratamento das mais diversas (B) “Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais;
doenças relacionadas ao tabagismo; e, muito embora (ainda além disso, todo ano batemos recordes de produção agrícola.
que, não obstante, mesmo que → relação de oposição: usam- Sem contar que nosso parque industrial é um dos mais
se as concessivas para refutar o argumento oposto) os ganhos modernos do mundo, definitivamente, somos o país do futuro.”
com os impostos sejam vultosos, nem de longe eles (C) “Embora a gente se ame muito, nosso namoro tem tudo
compensam o dinheiro gasto com essas doenças. para dar errado: nossa diferença de idade é grande e nossos
gostos são quase que opostos. Além disso, a família dela é
Há diferentes tipos de argumentos e a escolha certa terrível.”
consolida o texto. (D) “Como o Brasil é um país muito injusto, toda política
- Argumentação por citação: sempre que queremos social por aqui implementada é vista como demagogia,
defender uma ideia, procuramos pessoas ‘consagradas’, que paternalismo.”
pensam como nós acerca do tema em evidência.
Apresentamos no corpo de nosso texto a menção de uma Gabarito
informação extraída de outra fonte. A citação pode ser
apresentada assim: a) O sentido aí presente é (T→ pq→A), uma vez que, após
Para Piaget, “toda moral consiste num sistema de regras e a uma constatação, se seguem as motivações que a
essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que fundamentam.
o indivíduo adquire por essas regras” (Piaget, 1994, p.11). Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o que
A essência da moral é o respeito às regras. A capacidade preciso (TESE)./ É econômico (argumento 1), /nunca dá
intelectual de compreender que a regra expressa uma defeito (argumento 2)/ e tem espaço suficiente para
racionalidade em si mesma equilibrada. transportar toda a minha família (argumento 3).
O trecho citado deve estar de acordo com as ideias do texto,
assim, tal estratégia poderá funcionar bem. b) Nesse exemplo, já encontramos a orientação (A→ pt→T),
uma vez que se parte de exemplificações para, a partir delas,
- Argumentação por comprovação: a sustentação da enunciar uma proposição.
argumentação se dará a partir das informações apresentadas Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais
(dados, estatísticas, percentuais) que a acompanham. (argumento 1);/ além disso, todo ano batemos recordes de
Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um produção agrícola (argumento 2)./ Sem contar que nosso
ponto de vista equivocado. Veja: parque industrial é um dos mais modernos do mundo
O ministro da Educação, Cristovam Buarque, lança hoje o (argumento 3)./ Definitivamente, somos o país do futuro.
Mapa da Exclusão Educacional. O estudo do Inep, feito a partir (TESE).
de dados do IBGE e do Censo Educacional do Ministério da
Educação, mostra o número de crianças de sete a catorze anos c) Aqui, o sentido é (T→ pq→A), em que de uma afirmação
que estão fora das escolas em cada Estado. inicial se desdobram exemplos que a justificam.
Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de crianças, ou 5,5 Embora a gente se ame muito, nosso namoro tem tudo para
% da população nessa faixa etária (sete a catorze anos), para a dar errado (TESE):/ nossa diferença de idade é grande
qual o ensino é obrigatório, não frequentam as salas de aula. (argumento 1) e nossos gostos são quase que opostos
O pior índice é do Amazonas: 16,8% das crianças do (argumento 2). Além disso, a família dela é terrível (argumento
Estado, ou 92,8 mil, estão fora da escola. O melhor, o Distrito 3).
Federal, com apenas 2,3% (7 200) de crianças excluídas,
seguido por Rio Grande do Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo, d) Nesse exemplo, o movimento é (A→ pt→T), já que se
com 3,2% (168,7 mil). parte de uma causa que funciona como justificativa a uma
(Mônica Bergamo. Folha de S. Paulo, 3.12.2003) enunciação que, por sua vez, é a consequência constatada.
Como o Brasil é um país muito injusto (argumento),/ toda
Nesse tipo de citação o autor precisa de dados que política social por aqui implementada é vista como demagogia,
demonstrem sua tese. paternalismo (TESE).
- Argumentação por raciocínio lógico: a criação de Artigos Relacionados
relações de causa e efeito é um recurso utilizado para Redação Enem 2014: apostas para o tema
demonstrar que uma conclusão (afirmada no texto) é Faça uma boa redação no Enem: dicas para prova de 2014.
necessária, e não fruto de uma interpretação pessoal que pode
ser contestada. Veja:
“O fumo é o mais grave problema de saúde pública no
Brasil. Assim como não admitimos que os comerciantes de
maconha, crack ou heroína façam propaganda para os nossos
filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro
deveriam ser proibidas terminantemente. Para os
desobedientes, cadeia.”
(VARELLA, Drauzio. In: Folha de S. Paulo, 20 de maio de 2000.)

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APOSTILAS OPÇÃO

leitura eficiente, é preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler


nas entrelinhas.
Pressupostos e Por exemplo, observe este enunciado:
subentendidos.
- Patrícia parou de tomar refrigerante.
A informação explícita é “Patrícia parou de tomar
refrigerante”. A informação implícita é “Patrícia tomava
INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS E EXPLÍCITAS refrigerante antes”.
Agora, veja este outro exemplo:
Para que seja possível compreender o que vem a ser - Felizmente, Patrícia parou de tomar refrigerante.
informação explícita2 em um texto, é preciso compreender que A informação explícita é “Patrícia parou de tomar
a linguagem verbal é polissêmica: um mesmo enunciado pode refrigerante”. A palavra “felizmente” indica que o falante tem
assumir diferentes sentidos em diferentes contextos e uma opinião positiva sobre o fato – essa é a informação
diferentes leitores podem atribuir sentidos distintos a um implícita.
texto, segundo Kátia Lomba Bräkling. Vejamos a interação a Com esses exemplos, mostramos como podemos inferir
seguir: informações a partir de um texto. Fazer uma inferência
significa concluir alguma coisa a partir de outra já conhecida.
Aluno: [levantando a mão] Professora, você pode me dizer Nos vestibulares, fazer inferências é uma habilidade
que horas são? fundamental para a interpretação adequada dos textos e dos
Professora: [olha no relógio e responde] Podem guardar o enunciados.
material, pessoal! A seguir, veremos dois tipos de informações que podem
Aluno: Êba! [rapidamente, guarda o material, seguido por ser inferidas: as pressupostas e as subentendidas.
outros colegas]
Pressupostos
Podemos observar que o aluno não perguntou se poderia Uma informação é considerada pressuposta quando um
guardar o material. No entanto, pela reação dele era o que enunciado depende dela para fazer sentido.
queria saber. A professora, interpretando a sua intenção, Considere, por exemplo, a seguinte pergunta: “Quando
autorizou a guarda do material, encerrando a aula. Nesse caso, Patrícia voltará para casa?”. Esse enunciado só faz sentido se
o sentido dos enunciados foi definido por fatores externos ao considerarmos que Patrícia saiu de casa, ao menos
texto, autorizados pelas características da situação temporariamente – essa é a informação pressuposta. Caso
comunicativa e pelo conhecimento mútuo dos interlocutores Patrícia se encontre em casa, o pressuposto não é válido, o que
sobre si mesmos e sobre as regras de convivência colocadas. torna o enunciado sem sentido.
Se o texto tivesse sido compreendido no sentido literal – Repare que as informações pressupostas estão marcadas
ou seja, se tivessem sido consideradas as suas informações através de palavras e expressões presentes no próprio
explícitas– a resposta da professora teria que ser outra- como, enunciado e resultam de um raciocínio lógico. Portanto, no
por exemplo, “São cinco para as 11”. Nesse caso, as enunciado “Patrícia ainda não voltou para casa”, a palavra
autorizações não teriam sido dadas e os alunos continuariam “ainda” indica que a volta de Patrícia para casa é dada como
executando as tarefas. certa pelo falante.
Podemos dizer, então, que o sentido de um texto é
constituído tanto por informações que são apresentadas Subentendidos
explicitamente na superfície ou linearidade do texto, quanto Ao contrário das informações pressupostas, as
por outras, que se encontram implícitas. As primeiras são informações subentendidas não são marcadas no próprio
facilmente localizáveis no texto, pois se encontram escritas enunciado, são apenas sugeridas, ou seja, podem ser
com todas as letras. Já as segundas são dependentes do entendidas como insinuações.
repertório prévio dos interlocutores e das características da O uso de subentendidos faz com que o enunciador se
situação comunicativa. esconda atrás de uma afirmação, pois não quer se
A capacidade de localizar informações explícitas no texto é comprometer com ela. Por isso, dizemos que os subentendidos
fundamental para a constituição da proficiência leitora e deve são de responsabilidade do receptor, enquanto os
ser objeto de ensino, desde os primeiros anos de escolarização, pressupostos são partilhados por enunciadores e receptores.
já no processo de alfabetização. Em nosso cotidiano, somos cercados por informações
Muitos consideram essa capacidade a mais simples de subentendidas. A publicidade, por exemplo, parte de hábitos e
todas. No entanto, é preciso considerar que nenhuma pensamentos da sociedade para criar subentendidos. Já a
capacidade de leitura é mobilizada no vazio, mas sempre em anedota é um gênero textual cuja interpretação depende a
função da materialidade textual. Assim, se o texto for mais quebra de subentendidos.
complexo ou extenso, o processo de localização da informação
solicitada – e a decorrente atribuição de sentido - poderá ser
igualmente mais complexo.

Informações Implícitas

Muitos candidatos ao ENEM se perguntam como melhorar


sua capacidade de interpretação dos textos. Primeiramente, é
preciso ter em mente que um texto é formado por informações
explícitas e implícitas. As informações explícitas são aquelas
manifestadas pelo autor no próprio texto. As informações
implícitas não são manifestadas pelo autor no texto, mas
podem ser subentendidas. Muitas vezes, para efetuarmos uma

2http://educacao.globo.com/portugues/assunto/estudo-do-texto/implicitos-e-

pressupostos.html (Adaptado)

Português 6
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APOSTILAS OPÇÃO

Questão

01. Texto I Níveis de linguagem.

ADEQUAÇÃO VOCABULAR

Adequação Vocabular3 é obter das palavras os melhores


efeitos. É conseguir usar as palavras adequadas ao contexto
em que elas são produzidas: para quem são produzidas, quem
produz, com que finalidade, em que ambiente e momento. É
conseguir usar as palavras corretamente e, como recurso,
conseguir substituí-las por outras sem prejuízo de sentido.

Como adequar as palavras? Uma das formas de adequação


(Época. 12 out. 2009 - Foto: Reprodução/Enem) vocabular, é a substituição de um termo por um hipônimo ou
hiperônimo.
Texto II
Conexão Sem Fio no Brasil Hiperônimo é uma palavra que apresenta um significado
Onde haverá cobertura de telefonia celular para baixar mais abrangente que o seu hipônimo, palavra com significado
publicações para o Kindle. mais restrito. É o que acontece com as palavras doença
(hiperônimo) e gripe (hipônimo).

Também podemos adequar bem as palavras usando e


aplicando os conceitos de homonímia, paronímia, sinonímia,
antonímia, conotação e denotação. A adequação vocabular
depende de uma boa escolha lexical.

A homonímia caracteriza duas palavras que possuem a


mesma grafia ou a mesma pronúncia, mas com significação
distinta, ou ainda palavras que apresentam pequenas
diferenças, mas que podem causar muitas dúvidas no
(Época. 12 out. 2009 - Foto: Reprodução/Enem) momento da escrita.

A capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 traz um Ocorre paronímia quando há palavras parecidas na forma
anúncio sobre o lançamento do livro digital no Brasil. Já o texto e diferentes no significado: docente (relativo a professor)
II traz informações referentes à abrangência de acessibilidade discente (relativo a aluno).
das tecnologias de comunicação e informação nas diferentes
regiões do país. A partir da leitura dos dois textos, infere-se Sinonímias são palavras diferentes que apresentam
que o advento do livro digital no Brasil significados aproximados, não necessariamente totalmente
(A) possibilitará o acesso das diferentes regiões do país às equivalentes. Exemplos: desenvolvimento e crescimento.
informações antes restritas, uma vez que eliminará as
distâncias, por meio da distribuição virtual. Contrariamente à sinonímia, relação na qual as palavras
(B) criará a expectativa de viabilizar a democratização da apresentam significados semelhantes, a antonímia indica a
leitura, porém esbarra na insuficiência do acesso à internet por relação de contrariedade existente entre palavras que
telefonia celular, ainda deficiente no país. apresentam significados opostos. Exemplos: alegre e triste.
(C) fará com que os livros impressos tornem-se obsoletos,
em razão da diminuição dos gastos com os produtos digitais Sentido conotativo é a linguagem em que a palavra é
gratuitamente distribuídos pela internet. utilizada em sentido figurado, subjetivo ou expressivo. Já o
(D) garantirá a democratização dos usos da tecnologia no sentido denotativo é a linguagem em que a palavra é utilizada
país, levando em consideração as características de cada em seu sentido próprio, literal, original, real, objetivo.
região no que se refere aos hábitos de leitura e acesso à
informação. Adequação Linguística
(E) impulsionará o crescimento da qualidade da leitura dos Fatores Contexto
brasileiros, uma vez que as características do produto Interlocuto
permitem que a leitura aconteça a despeito das adversidades Com quem estamos falando?
res
geopolíticas. Situação É uma situação formal ou informal?
Tratamos de assuntos diferentes com
Gabarito o mesmo tipo de linguagem? O
01.B Assunto
nascimento de um bebê é anunciado da
mesma forma que um velório?
Estamos em uma festa ou no
Ambiente
escritório?

Agostinho Dias Carneiro em seu livro Redação em


Construção descreve seis critérios de adequação vocabular,

3 http://slideplayer.com.br/slide/1270845/
http://conversadeportugues.com.br/2015/11/adequacao-e-inadequacao-
linguistica/

Português 7
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APOSTILAS OPÇÃO

listados a seguir: (A) Estudamos muito afim de sermos aprovados.


(B) As ideias dela sempre vêm de encontro às minhas, ou
1. A adequação ao referente: esse critério baseia-se na seja, sempre concordamos um com o outro.
utilização de vocábulos gerais frente a vocábulos específicos. (C) Naquela sessão da empresa, há funcionários pouco
O exemplo que o autor dá é a palavra ver, que tem emprego esforçados.
mais amplo que observar, contemplar, distinguir, espiar, fitar (D) Somamos vultuosas quantias com o nosso esforço de
etc. poupar.
Se eu disser, por exemplo, Pedro estava muito triste com a (E) Ele é sempre tachado de ignorante.
separação. Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e viu o sol,
certamente causará estranhamento no interlocutor. Ao passo 04. (AL/MA - Advogado - FGV)
que se eu disser Pedro estava muito triste com a separação.
Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e contemplou o sol, não "No mundial de futebol dos Estados Unidos, o locutor
haverá nenhum problema na comunicação, pois houve Evaldo José repetiu que a partida Romênia X Suécia ia ser
adequação quanto ao uso do vocábulo. decidida por penalidade máxima. E sempre me impressiona a
capacidade de se falar sem pensar (psitacismo). Naturalmente
2. Adequação ao ponto de vista: aqui serão levados em a coisa só é penalidade (penalty) quando alguma falta foi
consideração os vocábulos positivos, neutros e negativos. cometida. Como na disputa final não houve qualquer falta se
Em “Você me deu um café gelado”, a palavra gelado assume trata apenas de um tiro livre ou chute livre, em gol".
valor negativo, entretanto, assume valor positivo em “Depois (Millôr Fernandes, adaptado)
do trabalho vamos tomar uma cerveja gelada?”
O tema do texto trata do seguinte tópico:
3. Adequação aos interlocutores: há, nesse critério, (A) coesão formal entre elementos.
quatro tipos de seleção vocabular: (B) polissemia de alguns vocábulos.
- quanto à atividade profissional com o uso dos jargões; (C) presença de intertextualidade.
- quanto à imagem social de um dos interlocutores, ou seja, (D) adequação vocabular.
um chefe de Estado se expressa como o que se espera de (E) desconhecimento de estrangeirismos
alguém que ocupa tal cargo;
- quanto à idade com o uso de vocábulos modernos Gabarito
(luminária) ou antigos (abajur); 01.E / 02.D
- quanto à origem dos interlocutores com emprego do
vocábulo regional (piá – criança).

4. Adequação à situação de comunicação: refere-se, esse Ortografia


critério, ao uso de vocábulos formais ou informais e ainda aos
estrangeirismos.
Lembrando que palavras estrangeiras devem ser grafadas ORTOGRAFIA
entre aspas nas redações e só devem ser usadas quando
necessárias, ou seja, quando forem importantes para o Alfabeto
entendimento; em uma situação de estilo ou quando não
houver palavra equivalente na Língua Portuguesa. O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. A –
B–C–D–E–F–G–H–I–J–K–L–M–N–O–P–Q–R–S–
5. Adequação ao código: é relevante para esse critério a T – U – V – W – X – Y – Z.
correção não só ortográfica, mas também semântica,
respeitando os significados dicionarizados. Observação: emprega-se também o “ç”, que representa o
Agostinho ressalta que os empregos “de moda” devem ser fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras.
evitados, pois “em nada contribuem para o real
enriquecimento de um idioma” e dá um exemplo: colocar em Emprego das Letras e Fonemas
lugar de apresentar e assumir em lugar de responsabilizar-se:
– Vou colocar aqui um problema… Emprego das letras K, W e Y
– Se der errado, eu assumo… Utilizam-se nos seguintes casos:
1) Em antropônimos originários de outras línguas e seus
6. Adequação ao contexto: as situações textuais revelam- derivados. Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo;
se nas relações desenvolvidas entre as palavras do texto. Por Taylor, taylorista.
exemplo:
- se há relação de causa e efeito – tropeçar/cair; 2) Em topônimos originários de outras línguas e seus
- se há relação de finalidade – livro/estudar; derivados. Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.
- se há relação de parte e todo – rei/xadrez;
- se há relação de sinonímia – aroma/perfume; 3) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como
- se há relação de antonímia – entrar/sair; unidades de medida de curso internacional. Exemplos: K
- se há relação de unidade e coletivo – livro/biblioteca; (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt.
- se há relação de objeto e ação – cadeira/sentar;
- se há relação simbólica – pomba/paz. Emprego do X
Se empregará o “X” nas seguintes situações:
O uso do vocábulo fora de um desses critérios e até mesmo 1) Após ditongos.
em critério inadequado à situação estará errado. Exemplos: caixa, frouxo, peixe.
Exceção: recauchutar e seus derivados.
Questões
2) Após a sílaba inicial “en”.
01. (PC/RJ - Inspetor de Polícia) Assinale a alternativa Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca.
correta quanto à grafia e à adequação vocabular.

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APOSTILAS OPÇÃO

Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo 2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título
“en-”. Ex.: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), ou origem. Exemplos: burguês – burguesa / inglês – inglesa /
encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...) chinês – chinesa / milanês – milanesa.

3) Após a sílaba inicial “me-”. 3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e –osa.
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão. Exemplos: catarinense / palmeirense / gostoso – gostosa /
Exceção: mecha. amoroso – amorosa / gasoso – gasosa / teimoso – teimosa.

4) Se empregará o “X” em vocábulos de origem indígena ou 4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa.
africana e em palavras inglesas aportuguesadas. Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa,
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose.
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar,
rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, 5) Após ditongos.
xale, xingar, etc. Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea.

Emprego do Ch 6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus
Se empregará o “Ch” nos seguintes vocábulos: bochecha, derivados.
bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse,
cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, puséssemos, quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera,
pechincha, salsicha, tchau, etc. quiséssemos, repus, repusera, repusesse, repuséssemos.

Emprego do G 7) Em nomes próprios personativos.


Se empregará o “G” em: Exemplos: Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa,
1) Substantivos terminados em: -agem, -igem, -ugem. Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás.
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem.
Exceção: pajem. Observação - também se emprega com a letra “S” os
seguintes vocábulos: abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa,
2) Palavras terminadas em: -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. cortesia, decisão, despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena,
Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio. mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio,
querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo,
3) Em palavras derivadas de outras que já apresentam “G”. visita, etc.
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem),
vertiginoso (de vertigem). Emprego do Z
Se empregará o “Z” nos seguintes casos:
Observação - também se emprega com a letra “G” os 1) Palavras derivadas de outras que já apresentam Z no
seguintes vocábulos: algema, auge, bege, estrangeiro, geada, radical.
gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge, Exemplos: deslize – deslizar / razão – razoável / vazio –
rabugento, vagem. esvaziar / raiz – enraizar /cruz – cruzeiro.

Emprego do J 2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos


Para representar o fonema “j’ na forma escrita, a grafia a partir de adjetivos.
considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a Exemplos: inválido – invalidez / limpo – limpeza / macio –
origem da palavra, como por exemplo no caso da na palavra jipe maciez / rígido – rigidez / frio – frieza / nobre – nobreza / pobre
que origina-se do inglês jeep. Porém também se empregará o “J” – pobreza / surdo – surdez.
nas seguintes situações:
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar
1) Em verbos terminados em -jar ou -jear. Exemplos: substantivos.
Arranjar: arranjo, arranje, arranjem Exemplos: civilizar – civilização / hospitalizar –
Despejar: despejo, despeje, despejem hospitalização / colonizar – colonização / realizar – realização.
Viajar: viajo, viaje, viajem
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita.
2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica. Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito,
Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji. avezita.

3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam “J”. 5) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade,
Exemplos: laranja –laranjeira / loja – lojista / lisonja – buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz,
lisonjeador / nojo – nojeira / cereja – cerejeira / varejo – proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.
varejista / rijo – enrijecer / jeito – ajeitar.
6) Em vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no
Observação - também se emprega com a letra “J” os contraste entre o S e o Z. Exemplos:
seguintes vocábulos: berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, Cozer (cozinhar) e coser (costurar);
jeito, jejum, laje, traje, pegajento. Prezar (ter em consideração) e presar (prender);
Traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior).
Emprego do S
Utiliza-se “S” nos seguintes casos: Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z.
1) Palavras derivadas de outras que já apresentam “S” no Como por exemplo: exame, exato, exausto, exemplo, existir,
radical. Exemplos: análise – analisar / catálise – catalisador / exótico, inexorável.
casa – casinha ou casebre / liso – alisar.

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APOSTILAS OPÇÃO

Emprego do Fonema S Exemplos:


Existem diversas formas para a representação do fonema “S” Cair- cai
no qual podem ser: s, ç, x e dos dígrafos sc, sç, ss, xc, xs. Assim Doer- dói
vajamos algumas situações: Influir- influi

1) Emprega-se o S: nos substantivos derivados de verbos 2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra).
terminados em -andir, -ender, -verter e -pelir. Exemplos: anticristo, antitetânico.
Exemplos: expandir – expansão / pretender – pretensão /
verter – versão / expelir – expulsão / estender – extensão / 3) Nos seguintes vocábulos: aborígine, artimanha, chefiar,
suspender – suspensão / converter – conversão / repelir – digladiar, penicilina, privilégio, etc.
repulsão.
Emprego do O/U
2) Emprega-se Ç: nos substantivos derivados dos verbos ter A oposição o/u é responsável pela diferença de significado
e torcer. de algumas palavras. Veja os exemplos: comprimento
Exemplos: ater – atenção / torcer – torção / deter – detenção (extensão) e cumprimento (saudação, realização) soar (emitir
/ distorcer – distorção / manter – manutenção / contorcer – som) e suar (transpirar).
contorção. - Grafam-se com a letra “O”: bolacha, bússola, costume,
moleque.
3) Emprega-se o X: em casos que a letra X soa como Ss. - Grafam-se com a letra “U”: camundongo, jabuti, Manuel,
Exemplos: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, tábua.
sintaxe, texto, trouxe.
Emprego do H
4) Emprega-se Sc: nos termos eruditos. Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor
Exemplos: acréscimo, ascensorista, consciência, descender, fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por força da
discente, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo,
miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc. grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie.
Assim vejamos o seu emprego:
5) Emprega-se Sç: na conjugação de alguns verbos.
Exemplos: nascer - nasço, nasça / crescer - cresço, cresça / 1) Inicial, quando etimológico.
Descer - desço, desça. Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio.

6) Emprega-se Ss: nos substantivos derivados de verbos 2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh.
terminados em -gredir, -mitir, -ceder e -cutir. Exemplos: flecha, telha, companhia.
Exemplos: agredir – agressão / demitir – demissão / ceder –
cessão / discutir – discussão/ progredir – progressão / 3) Final e inicial, em certas interjeições.
transmitir – transmissão / exceder – excesso / repercutir – Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.
repercussão.
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo
7) Emprega-se o Xc e o Xs: em dígrafos que soam como Ss. elemento, se etimológico.
Exemplos: exceção, excêntrico, excedente, excepcional, Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc.
exsudar.
Observações:
Atenção - não se esqueça que uso da letra X apresenta 1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note
algumas variações. Observe: que nos substantivos derivados como baiano, baianada ou
1) O “X” pode representar os seguintes fonemas: baianinha ele não é utilizado.
“ch” - xarope, vexame;
“cs” - axila, nexo; 2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra
“z” - exame, exílio; “h” na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos
“ss” - máximo, próximo; sempre são grafados com h, como por exemplo: herbívoro,
“s” - texto, extenso. hispânico, hibernal.

2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci- Questões


Exemplos: excelente, excitar.
01. (FIOCRUZ – Assistente Técnico de Gestão em Saúde
Emprego do E – FIOCRUZ/2016)
Se empregará o “E” nas seguintes situações:
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar O FUTURO NO PASSADO
Exemplos: magoar - magoe, magoes / continuar- continue,
continues. 1 Poucas previsões para o futuro feitas no passado se
realizaram. O mundo se mudava do campo para as cidades, e
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, era natural que o futuro idealizado então fosse o da cidade
anterior). perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o automóvel
Exemplos: antebraço, antecipar. particular e só recentemente começou-se a experimentar
carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas, liberando
3) Nos seguintes vocábulos: cadeado, confete, disenteria, seus ocupantes para a leitura, o sono ou o amor no banco de
empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc. trás. As cidades não se transformaram em laboratórios de
convívio civilizado, como previam, e sim na maior prova da
Emprego do I impossibilidade da coexistência de desiguais.
Se empregará o “I” nas seguintes situações: 2 A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir. guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não

Português 10
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APOSTILAS OPÇÃO

poupam civis, mas não trouxe a democratização da variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como
prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo.
prometiam ultrapassar os limites da imaginação. E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por
Ultrapassaram, mas para o território da banalidade conseguinte, tem os em todos os crimes, obrigatoriamente e
espetaculosa. A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída, sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.
mas a revolução da informática não foi nem sonhada. As Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de
revoluções na medicina foram notáveis, certo, mas a golpes, com ferocidade na execução, não houve ocultação de
prevenção do câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem, cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-
nem a do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis,
a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do espaço, 100% objetivos. Basta juntar essas características
como previam os roteiristas do “Flash Gordon”, está atrasada. comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o
Mal chegamos a Marte, só para descobrir que é um imenso praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é
terreno baldio. E os profetas da felicidade universal não explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de
contavam com uma coisa: o lixo produzido pela sua visão. algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum
Nenhuma previsão incluía a poluição e o aquecimento global. estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o
3 Mas assim como os videntes otimistas falharam, talvez o pensamento e determinou a conduta.
pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles certamente Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só
falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje falamos da gripe golpe, premeditado, com ocultação de cadáver, concurso de
espanhola. A ciência e a técnica ainda nos surpreenderão. cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do
Estamos na pré-história da energia magnética e por fusão criminoso comum, que entendia o que fazia.
nuclear fria. Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime,
4 É verdade que cada salto da ciência corresponderá a um saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro
passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a ciência lado, é na maneira como o delito foi praticado que se
chegar das últimas revelações do Universo, mais as pessoas encontram características 100% seguras da mente de quem o
procurarão respostas no misticismo e refúgio no tribal. E praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica
quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes revela-nos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento
sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao irracional é a birra em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram
do leigo. feitas revela muito da pessoa que as fez.
(VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.) PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed.
comemorativa), p. 82.
“e era natural que o futuro IDEALIZADO então fosse o da
cidade perfeita.” (1º §) O vocábulo em destaque no trecho Tal como ocorre com “interpretaÇÃO ” e “dissimulaÇÃO”,
acima grafa-se com a letra Z, em conformidade com a norma grafa-se com “ç” o sufixo de ambas as palavras arroladas em:
de emprego do sufixo–izar. (A) apreenção do menor - sanção legal.
(B) detenção do infrator - ascenção ao posto.
Das opções abaixo, aquela em que um dos vocábulos está (C) presunção de culpa - coerção penal.
INCORRETAMENTE grafado por não se enquadrar nessa (D) interceção do juiz - contenção do distúrbio.
norma é: (E) submição à lei - indução ao crime.
(A) alcoolizado / barbarizar / burocratizar.
(B) catalizar / abalizado / amenizar. 04. (Câmara Municipal de Araraquara/SP – Assistente
(C) catequizar / cauterizado / climatizar. de Tradução e Interpretação – IBFC/2016)
(D) contemporizado / corporizar / cretinizar Leia as opções abaixo e assinale a alternativa que não
(E) esterilizar / estigmatizado / estilizar. apresenta erro ortográfico.
(A) Plocrastinar - idiossincrasia - abduzir
02. (Pref. De Biguaçu/SC – Professor III – Inglês/2016) (B) Proclastinar - idiosincrasia - abduzir
De acordo com a Língua Portuguesa culta, assinale a (C) Plocrastinar- idiossincrasia - abiduzir
alternativa cujas palavras seguem as regras de ortografia: (D) Procrastinar - idiossincrasia - abduzir
(A) Preciso contratar um eletrecista e um encanador para
o final da tarde. 05. (Pref. De Quixadá/CE – Agente de Combate às
(B) O trabalho voluntário continua sendo feito Endemias – Serctam/2016) Marque a opção em
prazerosamente pelos alunos. que TODOS os vocábulos se completam com a letra “s”:
(C) Ainda não foram atendidas as reinvindicações dos (A) pesqui__a, ga__olina, ali__erce.
professores em greve. (B) e__ótico, talve__, ala__ão.
(D) Na lista de compras, é preciso descriminar melhor os (C) atrá__, preten__ão, atra__o.
produtos em falta. (D) bati__ar, bu__ina, pra__o.
(E) Passou bastante desapercebido o caso envolvendo um (E) valori__ar, avestru__, Mastru__.
juiz federal.
Gabarito
03. (PC/PA – Escrivão de Polícia Civil – FUNCAB/2016)
Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia- 01.B / 02.B / 03.C / 04.D / 05.C
Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de
certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas
a leituras diversas, a depender do observador e do observado.
Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é Inicial Maiúscula
100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a Utiliza-se inicial maiúscula nos seguintes casos:
dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E 1) No começo de um período, verso ou citação direta.
revela, objetivamente, dados do psiquismo da pessoa ou, em
outras palavras, mostra características comportamentais Disse o Padre Antônio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer
indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato, lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.”
em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite

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APOSTILAS OPÇÃO

“Auriverde pendão de minha terra, Emprego Facultativo da Letra Minúscula


Que a brisa do Brasil beija e balança, 1) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
Estandarte que à luz do sol encerra Exemplos:
As promessas divinas da Esperança…” Crime e Castigo ou Crime e castigo
(Castro Alves) Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
2) Nos antropônimos, reais ou fictícios.
Exemplos: Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. 2) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em
nomes sagrados e que designam crenças religiosas.
3) Nos topônimos, reais ou fictícios. Exemplos:
Exemplos: Rio de Janeiro, Rússia, Macondo. Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
4) Nos nomes mitológicos. Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor
Exemplos: Dionísio, Netuno. reitor
Santa Maria ou santa Maria
5) Nos nomes de festas e festividades.
Exemplos: Natal, Páscoa, Ramadã. c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e
disciplinas.
6) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais. Exemplos:
Exemplos: ONU, Sr., V. Ex.ª. Português ou português
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas
7) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, modernas
políticos ou nacionalistas. História do Brasil ou história do Brasil
Exemplos: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Arquitetura ou arquitetura
Nação, Pátria, União, etc.
Questões
Observação: esses nomes escrevem-se com inicial
minúscula quando são empregados em sentido geral ou (Câmara de Maringá/PR – Assistente Legislativo –
indeterminado. Instituto)
Exemplo: Todos amam sua pátria.
Longe é um lugar que existe?
Emprego Facultativo da Letra Maiúscula
1) No início dos versos que não abrem período, é facultativo Voamos algum tempo em silêncio, até que finalmente ele
o uso da letra maiúscula, como por exemplo: disse: "Não entendo muito bem o que você falou, mas o que
menos entendo é o fato de estar indo a uma festa."
“Aqui, sim, no meu cantinho, — Claro que estou indo à festa. — respondi. — O que há de
vendo rir-me o candeeiro, tão difícil de se compreender nisso?
gozo o bem de estar sozinho Enfim, sem nunca atingir o fim, imaginando-se uma
e esquecer o mundo inteiro.” Gaivota sobrevoando o mar, viajar é sentir-se ainda mais
pássaro livre tocado pelas lufadas de vento, contraponto, de
2) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios. uma ave mirrada de asas partidas numa gaiola lacrada,
Exemplos: Rua da Liberdade ou rua da Liberdade / Igreja do sobrevivendo apenas de alpiste da melhor qualidade e água
Rosário ou igreja do Rosário / Edifício Azevedo ou edifício filtrada. Ou ainda, pássaros presos na ambivalência
Azevedo. existencial... fadado ao fracasso ou ao sucesso... ao ser livre ou
viver presos em suas próprias armadilhas...
Inicial Minúscula Fica sob sua escolha e risco, a liberdade para voar os ventos
Utiliza-se inicial minúscula nos seguintes casos: ascendentes; que pássaro quer ser; que lugares quer
1) Em todos os vocábulos correntes da língua portuguesa. sobrevoar; que viagem ao inusitado mais lhe compraz. Por
Exemplos: carro, flor, boneca, menino, porta, etc. mais e mais, qual a serventia dessas asas enormes, herança
genética de seus pais e que lhe confere enorme envergadura?
2) Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, Diga para quê serve? Ao primeiro sinal de perigo, debique e
usa-se letra minúscula. pouse na cerca mais próxima. Ora, não venha com desculpas
Exemplo: “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: esfarrapadas e vamos dona Gaivota, espante a preguiça, bata
ouro, incenso, mirra.” (Manuel Bandeira) as asas e saia do ninho! Não tenha medo de voar. Pois, como é
de conhecimento dos "Mestres dos ares e da Terra", longe é um
3) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana. lugar que não existe para quem voa rente ao céu e viaja léguas
Exemplos: janeiro, julho, dezembro, etc. / segunda, sexta, e mais léguas de distância com a mochila nas costas, olhar no
domingo, etc. / primavera, verão, outono, inverno. horizonte e os pés socados em terra firme.
Longe é a porta de entrada do lugar que não existe? Não
4) Nos pontos cardeais. deve ser, não; pois as Gaivotas sacodem a poeira das asas,
Exemplos: “Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.” limpam os resquícios de alimentos dos bicos e batem o toc-toc
/ “Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, lá.
sudoeste.” <http://www.recantodasletras.com.br/contosdefantasia/6
031227>
Observação: quando empregados em sua forma absoluta,
os pontos cardeais são grafados com letra maiúscula. O uso do termo “Gaivota” sempre com letra maiúscula ao
Exemplos: Nordeste (região do Brasil) / Ocidente (europeu) longo do texto se deve ao fato de que
/Oriente (asiático). (A) o autor busca, com isso, fazer uma conexão mais
próxima entre o leitor e o animal.

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(B) o autor quis dar destaque ao termo, apesar de não Em “nas ruas dos Jardins1" (4º§), a palavra em destaque
haver importância da referência ao animal para o texto. foi escrita com letra maiúscula por se tratar de:
(C) há uma mudança no texto, em que, no início, as (A) um erro de grafia.
personagens eram duas pessoas e, a partir do segundo (B) um destaque do autor
parágrafo, é uma gaivota. (C) um substantivo próprio.
(D) o texto faz uma reflexão sobre a ação humana de viajar, (D) um substantivo coletivo.
porém comparando os seres humanos com gaivotas.
(E) o autor utiliza o termo “Gaivota” como símbolo de Gabarito
imponência, o que se relaciona à forma como os seres
humanos são tratados no texto. 01.D / 02.C

(MGS – Todos os Cargos de Nível Fundamental Palavras ou Expressões que geram dificuldades
Completo – IBFC/2017)
Algumas palavras ou expressões costumam apresentar
Estranhas Gentilezas dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar
(Ivan Angelo) ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você
aperfeiçoar seu desempenho. Preste atenção e tente
Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as incorporar tais palavras certas em situações apropriadas.
pessoas nas grandes cidades não têm o hábito da gentileza.
Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos A anos: Daqui a um ano iremos à Europa. (a indica tempo
ônibus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas de futuro)
espera, nos embates familiares, e depois economizam com a Há anos: Não o vejo há meses. (há indica tempo passado)
gente. Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há
Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo.
dias para cá. Tratam-me com inquietante delicadeza. Já
captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de Acerca de: Falávamos acerca de uma solução melhor. (a
asas de borboleta, quase nada. A impressão de que há algo respeito de)
estranho tomou meu corpo mesmo foi na semana passada. Um Há cerca de: Há cerca de dias resolvemos este caso. (faz
vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o tempo)
engano que nos afastava, intriga de pessoa que nem conheço e
que afinal resolvera esclarecer tudo. Difícil reconstruir a Ao encontro de: Sua atitude vai ao encontro da verdade.
amizade, mas a inimizade morria ali. (estar a favor de)
Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de De encontro a: Minhas opiniões vão de encontro às suas.
algumas amabilidades. O episódio do vizinho fez surgir em (oposição, choque)
meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até
pessoas distantes. E as próximas? A fim de: Vou a fim de visitá-la. (finalidade)
Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem Afim: Somos almas afins. (igual, semelhante)
motivo. Durante o telefonema fico aguardando o assunto que
estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não sai. Um Ao invés de: Ao invés de falar começou a chorar. (oposição,
número inesperado de pessoas me cumprimenta na rua, com ao contrário de)
acenos de cabeça. Mulheres, antes esquivas, sorriem Em vez de: Em vez de acompanhar-me, ficou só. (no lugar
transitáveis nas ruas dos Jardins1. Num restaurante caro, o de)
maître2, com uma piscadela, fura a demorada fila de executivos
à espera e me arruma rapidinho uma mesa para dois. Um A par: Estamos a par das boas notícias. (bem informado,
homem de pasta que parecia impaciente à minha frente me ciente)
cede o último lugar no elevador. O jornaleiro larga sua banca Ao par: O dólar e o euro estão ao par. (de igualdade ou
na avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o jornal equivalência entre valores financeiros – câmbio)
chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da noite.
[...] Aprender: O menino aprendeu a lição. (tomar
Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é conhecimento de)
este? Que vão pedir em troca de tanta gentileza? Apreender: O fiscal apreendeu a carteirinha do menino.
Aguardo, meio apreensivo, meio feliz. (prender)
Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco,
desço pelas escadas porque alguém segura o elevador lá em Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços
cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos antes de funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos
entrar na porta giratória, enfrento a fila do caixa, não aceitam supermercados. Vamos comemorar, pessoal!
meus cheques para pagar contas em nome de minha mulher, Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos
saio mal-humorado do banco, atravesso a avenida arriscando (sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto)
a vida entre bólidos3 , um caminhão joga-me água suja de uma da gasolina.
poça, o elevador continua preso lá em cima, subo a pé, entro no
apartamento, sento-me ao computador e ponho-me de novo a Bebedor: Tornei-me um grande bebedor de vinho. (pessoa
sonhar com gentilezas. que bebe)
Bebedouro: Este bebedouro está funcionando bem.
Vocabulário: (aparelho que fornece água)
1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São
Paulo Bem-Vindo: Você é sempre bem-vindo aqui, jovem.
2 funcionário que coordena agendamentos entre outras (adjetivo composto)
coisas nos restaurantes Benvindo: Benvindo é meu colega de classe. (nome
3 carros muito velozes próprio)

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APOSTILAS OPÇÃO

Câmara: Ficaram todos reunidos na Câmara Municipal. Onde: Onde fica a farmácia mais próxima? (lugar em que se
(local de trabalho) está)
Câmera: Comprei uma câmera japonesa. (aparelho que Aonde: Aonde vão com tanta pressa? (ideia de movimento)
fotografa)
Por ora: Por ora chega de trabalhar. (por este momento)
Champanha/Champanhe (do francês): O Por hora: Você deve cobrar por hora. (cada sessenta
champanha/champanhe está bem gelado. minutos)

Cessão: Foi confirmada a cessão do terreno. (ato de doar) Senão: Não fazia coisa nenhuma senão criticar. (caso
Sessão: A sessão do filme durou duas horas. (intervalo de contrário)
tempo) Se não: Se não houver homens honestos, o país não sairá
Seção/Secção: Visitei hoje a seção de esportes. (repartição desta situação crítica. (se por acaso não)
pública, departamento)
Tampouco: Não compareceu, tampouco apresentou
Demais: Vocês falam demais, caras! (advérbio de qualquer justificativa. (Também não)
intensidade) Tão pouco: Encontramo-nos tão pouco esta semana.
Demais: Chamaram mais dez candidatos, os demais devem (intensidade)
aguardar. (equivale a “os outros”)
De mais: Não vejo nada de mais em sua decisão. (opõe-se a Trás ou Atrás: O menino estava atrás da árvore. (lugar)
“de menos”) Traz: Ele traz consigo muita felicidade. (verbo trazer)

Descriminar: O réu foi descriminado; pra sorte dele. Vultoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. (volumoso)
(inocentar, absolver de crime) Vultuoso: Sua face está vultuosa e deformada. (congestão
Discriminar: Era impossível discriminar os caracteres do no rosto)
documento. (diferençar, distinguir, separar)
Descrição: A descrição sobre o jogador foi perfeita. Questão
(descrever)
Discrição: Você foi muito discreto. (reservado) 01. (TCM/RJ – Técnico de Controle Externo –
IBFC/2016) Analise as afirmativas abaixo, dê valores
Entrega em domicílio: Fiz a entrega em domicílio. (lugar) Verdadeiro (V) ou Falso (F) quanto ao emprego do acento
Entrega a domicílio: Enviou as compras a domicílio. (com circunflexo estabelecido pelo Novo Acordo Ortográfico.
verbos de movimento) ( ) O acento permanece na grafia de 'pôde' (o verbo
conjugado no passado) para diferenciá-la de 'pode' (o verbo
Espectador: Os espectadores se fartaram da apresentação. conjugado no presente).
(aquele que vê, assiste) ( ) O acento circunflexo de 'pôr' (verbo) cai e a palavra terá
Expectador: O expectador aguardava o momento da a mesma grafia de 'por' (preposição), diferenciando-se pelo
chamada. (que espera alguma coisa) contexto de uso.
( ) a queda do acento na conjugação da terceira pessoa do
Estada: A estada dela aqui foi gratificante. (tempo em algum plural do presente do indicativo dos verbos crer, dar, ler, ter,
lugar) vir e seus derivados.
Estadia: A estadia do carro foi prolongada por mais
algumas semanas. (prazo concedido para carga e descarga) Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de
cima para baixo.
Fosforescente: Este material é fosforescente. (que brilha (A) V F F
no escuro) (B) F V F
Fluorescente: A luz branca do carro era fluorescente. (C) F F V
(determinado tipo de luminosidade) (D) F V V

Haja: É preciso que não haja descuido. (verbo haver – 1ª 02. (Detran/CE – Vistoriador – UCE-CEV/2018) Na frase
pessoa singular do presente do subjuntivo) “... as penalidades são as previstas pelo bom senso...”, a palavra
Aja: Aja com cuidado, Carlinhos. (verbo agir – 1ª pessoa destacada é homônima de censo. Assinale a opção em que o
singular do presente do subjuntivo) emprego dos homônimos destacados está adequado.
(A) O reitor da faculdade solicitou que todos os
Houve: Houve um grande incêndio no centro de São funcionários participassem do censo anual para verificar
Paulo. (verbo haver - 3ª pessoa do singular do pretérito quem realmente está na ativa.
perfeito) (B) Foi pedido para que todos os motoristas respondessem
Ouve: A mãe disse: ninguém me ouve. (verbo ouvir - 3ª ao senso, a fim de se obter o número real de carros no pátio da
pessoa singular do presente do indicativo) universidade.
(C) Os infratores são penalizados com a “multa moral” por
Mal: Dormi mal. (oposto de bem) não demonstrarem censo crítico.
Mau: Você é um mau exemplo. (oposto de bom) (D) Se o infrator tiver censo, saberá o que dizer na hora da
punição.
Mas: Telefonei-lhe mas ela não atendeu. (ideia contrária)
Mais: Há mais flores perfumadas no campo. (opõe-se a Gabarito
menos)
01.A / 02.A
Nem um: Nem um filho de Deus apareceu para ajudá-la.
(equivale a nem um sequer)
Nenhum: Nenhum jornal divulgou o resultado do concurso.
(oposto de algum)

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Emprego do Porquê 02. Pref. de Salvador/BA - Técnico de Nível Médio II –


FGV/2017)
Orações
Exemplo: Por que sentimos calafrios e desconforto ao ouvir
Interrogativas
Por que devemos nos certos sons agudos – como unhas arranhando um quadro-
(pode ser substituído
preocupar com o meio negro?
por: por qual motivo,
ambiente? Esta é uma reação instintiva para protegermos nossa
Por por qual razão)
audição. A cóclea (parte interna do ouvido) tem uma
Que membrana que vibra de acordo com as frequências sonoras
Exemplo: que ali chegam. A parte mais próxima ao exterior está ligada à
Equivalendo a “pelo Os motivos por que não audição de sons agudos; a região mediana é responsável pela
qual” respondeu são audição de sons de frequência média; e a porção mais final, por
desconhecidos. sons graves. As células da parte inicial, mais delicadas e frágeis,
são facilmente destruídas – razão por que, ao envelhecermos,
Exemplos: perdemos a capacidade de ouvir sons agudos. Quando
Final de frases e Você ainda tem coragem frequências muito agudas chegam a essa parte da membrana,
Por
seguidos de de perguntar por quê? as células podem ser danificadas, pois, quanto mais alta a
Quê
pontuação Você não vai? Por quê? frequência, mais energia tem seu movimento ondulatório. Isso,
Não sei por quê! em parte, explica nossa aversão a determinados sons agudos,
mas não a todos. Afinal, geralmente não sentimos calafrios ou
Exemplos: uma sensação ruim ao ouvirmos uma música com notas
A situação agravou-se agudas.
porque ninguém
Conjunção que indica
reclamou. Aí podemos acrescentar outro fator. Uma nota de violão
explicação ou causa
Ninguém mais o espera, tem um número limitado e pequeno de frequências –
Porque porque ele sempre se formando um som mais “limpo”. Já no espectro de som
atrasa. proveniente de unhas arranhando um quadro-negro (ou de
atrito entre isopores ou entre duas bexigas de ar) há um
Conjunção de número infinito delas. Assim, as células vibram de acordo com
Exemplos:
Finalidade – equivale muitas frequências e aquelas presentes na parte inicial da
Não julgues porque não
a “para que”, “a fim de cóclea, por serem mais frágeis, são lesadas com mais
te julguem.
que”. facilidade. Daí a sensação de aversão a esse sons agudos e
“crus”.
Exemplos:
Função de substantivo Ronald Ranvaud, Ciência Hoje, nº 282.
Não é fácil encontrar o
– vem acompanhado
Porquê porquê de toda confusão.
de artigo ou pronome Assinale a frase em que a grafia do vocábulo sublinhado
Dê-me um porquê de sua
está equivocada.
saída.
(A) Por que sentimos calafrios?
(B) A razão porque sentimos calafrios é conhecida.
1. Por que (pergunta); (C) Qual o porquê de sentirmos calafrios?
2. Porque (resposta); (D) Sentimos calafrios porque precisamos defender nossa
3. Por quê (fim de frase: motivo); audição.
4. O Porquê (substantivo). (E) Sentimos calafrios por quê?

Questões Gabarito

01. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - VUNESP) 01.D / 02.B


Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até
sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre
........................ praticar atividade física..........................benefícios
para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas Acentuação.
terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para
.......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o
avanço da idade.
(Ciência Hoje, março de 2012) ACENTUAÇÃO

As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res- Acentuação Tônica


pectivamente, com:
(A) porque … trás … previnir Implica na intensidade com que são pronunciadas as
(B) porque … traz … previnir sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais
(C) porquê … tras … previnir acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como
(D) por que … traz … prevenir são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas
(E) por quê … tráz … prevenir de átonas.
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas
como oxítona, paroxítona e proparoxítonas, independente de
levar acento gráfico:

Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a


última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel

Português 15
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Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que essa
evidencia na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são
retrato – passível acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará
mais fácil a memorização!
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se
evidencia na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – - ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de
tímpano – médico – ônibus “s”. Ex.: água – pônei – mágoa – jóquei

Como podemos observar, mediante todos os exemplos Regras Especiais


mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas
em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente, no Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos
qual são os chamados de monossílabos, que quando abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento de
pronunciados apresentam certa diferenciação quanto à acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras
intensidade. paroxítonas.
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma
em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são
observar no exemplo a seguir: acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento.
Ex.:
“Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor.” Antes Agora
assembléia assembleia
Os monossílabos em destaque classificam-se como idéia ideia
tônicos; os demais, como átonos (que, em e de). jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia
Acentos Gráficos
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos,
Acento agudo (´) – colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e acompanhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca
sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam – baú – país – Luís
as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público,
parabéns. Observação importante: Não serão mais acentuados “i” e
“u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de
Acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” ditongo. Ex.:
e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado. Ex.: tâmara –
Atlântico – pêssego – supôs Antes Agora
bocaiúva bocaiuva
Acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com feiúra feiura
artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando
Trema)¨( – de acordo com a nova regra, foi totalmente seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, con-
abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de
Müller) Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem
seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
Til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais
nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
Regras Fundamentais
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz,
Palavras oxítonas - acentuam-se todas as oxítonas com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”
terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): não serão mais acentuadas. Ex.:
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s).
Antes Agora
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos: apazigúe (apaziguar) apazigue
argúi (arguir) argui
Monossílabos tônicos - terminados em “a”, “e”, “o”,
seguidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido.
Ex.:
Formas verbais - terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, Antes Agora
seguidas de lo, la, los, las. Ex.: respeitá-lo – percebê-lo – compô- crêem creem
lo vôo voo

Paroxítonas - acentuam-se as palavras paroxítonas - Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos
terminadas em: que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais
- i, is acento como antes: CRER, DAR, LER e VER.
táxi – lápis – júri
- us, um, uns Repare:
vírus – álbuns – fórum 1) O menino crê em você
- l, n, r, x, ps Os meninos creem em você.
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps 2) Elza lê bem!
- ã, ãs, ão, ãos Todas leem bem!
ímã – ímãs – órfão – órgãos 3) Espero que ele dê o recado à sala.

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APOSTILAS OPÇÃO

Esperamos que os dados deem efeito! 05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO:
4) Rubens vê tudo! (A) saúde
Eles veem tudo! (B) cooperar
(C) ruim
Cuidado! Há o verbo vir: (D) creem
Ele vem à tarde! (E) pouco
Eles vêm à tarde!
Gabarito
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do 1.B / 2.A / 3.B / 4.C / 5.E
plural de:
ele tem – eles têm
ele vem – eles vêm (verbo vir)
Articulação do texto: coesão
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, e coerência.
reter, deter, abster.
ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm
ele retém – eles retêm COESÃO
ele convém – eles convêm
Coesão4 é a conexão e a harmonia entre os elementos de
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes um texto, como descreve Marina Cabral. Percebemos tal
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes definição quando lemos um texto e verificamos que as
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um
como: dando continuidade ao outro.
Pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do
indicativo). Os elementos de coesão determinam a transição de ideias
Pode (terceira pessoa do singular do presente do entre as frases e os parágrafos.
indicativo). Ex.:
Ela pode fazer isso agora. Observe a coesão presente no texto a seguir:
Elvis não pôde participar porque sua mãe não deixou.
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da política agrária do país, porque consideram injusta a atual
preposição por. Ex.: distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura
Faço isso por você. considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o
Posso pôr (colocar) meus livros aqui? projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de
sem-terra.”
Questões (JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala
01. “Cadáver” é paroxítona, pois: Educacional, 2007)
(A) Tem a última sílaba como tônica.
(B) Tem a penúltima sílaba como tônica. As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do
(C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica. texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do
(D) Não tem sílaba tônica. texto.
Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os
02. Indique a alternativa em que todas as palavras devem principais são:
receber acento.
(A) virus, torax, ma. - Palavras de transição: são palavras responsáveis pela
(B) caju, paleto, miosotis. coesão do texto, estabelecem a interrelação entre os
(C) refem, rainha, orgão. enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições,
(D) papeis, ideia, latex. conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais.
(E) lotus, juiz, virus.
Veja algumas palavras e expressões de transição e
03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente, seus respectivos sentidos:
aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo - inicialmente (começo, introdução)
mesmo motivo que: - primeiramente (começo, introdução)
(A) túnel - antes de tudo (começo, introdução)
(B) voluntário - desde já (começo, introdução)
(C) até - além disso (continuação)
(D) insólito - do mesmo modo (continuação)
(E) rótulos - acresce que (continuação)
- ainda por cima (continuação)
04. Analise atentamente a presença ou a ausência de - bem como (continuação)
acento gráfico nas palavras abaixo e indique a alternativa em - outrossim (continuação)
que não há erro: - enfim (conclusão)
(A) ruím - termômetro - táxi – talvez. - dessa forma (conclusão)
(B) flôres - econômia - biquíni - globo. - em suma (conclusão)
(C) bambu - através - sozinho - juiz - nesse sentido (conclusão)
(D) econômico - gíz - juízes - cajú. - portanto (conclusão)
(E) portuguêses - princesa - faísca. - afinal (conclusão)

4 http://brasilescola.uol.com.br/redacao/coesao.htm

Português 17
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APOSTILAS OPÇÃO

- logo após (tempo) moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões
- ocasionalmente (tempo) para o debate do tema.
- posteriormente (tempo) (Sérgio Magalhães, O Globo)
- atualmente (tempo)
- enquanto isso (tempo) “Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.”
- imediatamente (tempo)
- não raro (tempo) Substituindo o termo destacado por uma oração
- concomitantemente (tempo) desenvolvida, a forma correta e adequada seria:
- igualmente (semelhança, conformidade) (A) para que se debatesse o tema;
- segundo (semelhança, conformidade) (B) para se debater o tema;
- conforme (semelhança, conformidade) (C) para que se debata o tema;
- quer dizer (exemplificação, esclarecimento) (D) para debater-se o tema;
- rigorosamente falando (exemplificação, esclarecimento) (E) para que o tema fosse debatido.

Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso 02. “A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a
cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”.
qualidade de vida. A oração em forma desenvolvida que substitui correta e
adequadamente o gerúndio “advertindo” é:
- Coesão por referência: existem palavras que têm a (A) com a advertência de;
função de fazer referência, são elas: (B) quando adverte;
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os... (C) em que adverte;
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso... (D) no qual advertia;
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele... (E) para advertir.
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde... 03. Corrida contra o ebola
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional,
resultado demonstra que ela se esforçou bastante para mas nada sugere que as medidas até agora adotadas para
alcançar o objetivo que tanto almejava. refrear o avanço da doença tenham sido eficazes.
Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000
- Coesão por substituição: substituição de um nome contaminações registradas neste ano ocorreram nas últimas
(pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou trechos do três semanas, e as mais de 2.000 mortes atestam a força da
texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido enfermidade. A escalada levou o diretor do CDC (Centro de
próximo, evitando a repetição no corpo do texto. Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a
afirmar que a epidemia está fora de controle.
Ex.: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital O vírus encontrou ambiente propício para se propagar. De
gaúcha”; um lado, as condições sanitárias e econômicas dos países
Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos afetados são as piores possíveis. De outro, a Organização
Escravos”; Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade um
João Paulo II: Sua Santidade; contingente expressivo de profissionais para atuar nessas
Vênus: A Deusa da Beleza. localidades afetadas.
Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. explica por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da
Não é por acaso que o “Poeta dos Escravos” é considerado o entidade vêm de contribuições compulsórias dos países-
mais importante da geração a qual representou. membros – o restante é formado por doações voluntárias.
A crise econômica mundial se fez sentir também nessa
Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados área, e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu
agrupados em conjuntos. orçamento bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para
comparação, o CDC dos EUA contou, somente no ano de 2013,
Questões com cerca de US$ 6 bilhões.
Os cortes obrigaram a OMS a fazer escolhas difíceis. A
Bem tratada, faz bem agência passou a dar mais ênfase à luta contra enfermidades
globais crônicas, como doenças coronárias e diabetes. O
O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: departamento de respostas a epidemias e pandemias foi
“O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a dissolvido e integrado a outros. Muitos profissionais
reversão cultural que se deu no consumo do tabaco? experimentados deixaram seus cargos.
Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para
Este jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais
o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo foram limitados e mal liderados.
ao transporte coletivo. Surpreendentemente, houve O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais
entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los possível enfrentá-lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS.
Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa. Tornou-se crucial estabelecer um comando central na África
Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta Ocidental, com representantes dos países afetados.
geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento Espera-se também maior comprometimento das potências
global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França, que
agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e Guiné,
a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.) respectivamente.
O transporte também esteve no centro dos protestos de A comunidade internacional tem diante de si um desafio
junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a enorme, mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez.

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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA


APOSTILAS OPÇÃODIGITAÇÕES & CONCURSOS

Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo perdido conta (C) Se você se mantiver nos caminhos da verdade, leve um
a favor da doença. capacete.
(D) Caso você se mantém nos caminhos da verdade, lembre
( http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1512104-editorial- de levar um capacete.
corrida-contra-o-ebola.shtml, 2014) (E) Ainda que você se mantêm nos caminhos da verdade,
leva um capacete.
Assinale a opção em que se indica, INCORRETAMENTE, o
referente do termo em destaque. Respostas
(A) “quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual” (5º§) – 01.C / 02.C / 03.D / 04.A / 05.C
organização
(B) “A agência passou a dar mais ênfase” (6º§) – OMS COERÊNCIA
(C) “Pesa contra o órgão da ONU”(7º§) – OMS
(D) “Seus esforços iniciais foram limitados” (7º§) – A coerência textual5 não está na superfície do texto: a
gravidade da situação construção de sentidos será feita de acordo com o
(E) “A comunidade tem diante de si” (10º§) – comunidade conhecimento prévio de cada leitor
internacional Quando você se propõe a escrever um texto, certamente se
lembra de quem vai ler, não é verdade? Provavelmente, você
4. Leia o texto para responder a questão. também se lembra de que alguns cuidados devem ser tomados
As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são, para que o leitor compreenda o texto. Nessa tentativa de fazer-
sim, competentes. Merecem, sim, frequentar uma se compreendido, você estabelece alguns padrões mentais que
universidade pública e de qualidade. No vestibular, que é o diferem o que é coerente daquilo que não faz o menor sentido,
princípio de tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo certo?
dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os Pois bem, intuitivamente, você está seguindo um princípio
candidatos convencionais a vagas de medicina nas federais foi básico para uma boa redação, chamado de coerência textual.
de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A Você pode até não conhecer a exata definição desse elemento
diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. IstoÉ da linguística textual, mas possivelmente evita construções
entrevistou educadores e todos disseram que essa distância é ininteligíveis em sua redação e recorre aos seus
mais do que razoável. Na verdade, é quase nada. Se em uma conhecimentos sociocognitivos. A coerência é uma
disciplina tão concorrida quanto medicina um coeficiente de conformidade entre fatos ou ideias, próprio daquilo que tem
apenas 3% separa os privilegiados, que estudaram em colégios nexo, conexão, portanto, podemos associá-la ao processo de
privados, dos negros e pobres, que frequentaram escolas construção de sentidos do texto e à articulação das ideias. Por
públicas, então é justo supor que a diferença mínima pode, serem os sentidos elementos subjetivos, podemos dizer que a
perfeitamente, ser igualada ou superada no decorrer dos coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o
cursos. Depende só da disposição do aluno. Na Universidade responsável pela constituição dos significados do texto.
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das mais conceituadas
do País, os resultados do último vestibular surpreenderam. “A Três princípios básicos são necessários para
maior diferença entre as notas de ingresso de cotistas e não compreendermos melhor o que é coerência textual:
cotistas foi observada no curso de economia”, diz Ângela 1) Princípio da Não Contradição: um texto deve
Rocha, pró-reitora da UFRJ. “Mesmo assim, essa distância foi apresentar situações ou ideias lógicas que em momento algum
de 11%, o que, estatisticamente, não é significativo”. se contradigam;
(www.istoe.com.br) 2) Princípio da Não Tautologia: a tautologia nada mais é
do que um vício de linguagem que repete ideias com palavras
Para responder a questão, considere a passagem – A diferentes ao longo do texto, o que compromete a transmissão
diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. da informação;
O pronome eles tem como referente: 3) Princípio da Relevância: um texto com informações
(A) candidatos convencionais e cotistas. fragmentadas torna as ideias incoerentes, ainda que cada
(B) beneficiados. fragmento apresente certa coerência individual. Se as ideias
(C) dados do Sistema de Seleção Unificada. não dialogam entre si, então elas são irrelevantes.
(D) dados do Sistema de Seleção Unificada e pontos.
(E) pontos. É importante ressaltarmos que o uso adequado dos
conectivos também colabora na construção de um texto
05. Leia os quadrinhos para responder a questão. coerente: a coesão textual é um importante mecanismo de
estruturação do texto, presente em dois movimentos
essenciais: retrospecção e prospecção. Lembre-se de que a
coerência é um princípio de interpretabilidade, portanto, cabe
a você depreender os sentidos do texto.

Tipos de Coerência

São seis os tipos de coerência: sintática, semântica,


temática, pragmática, estilística e genérica. Conhecê-los
Um enunciado possível em substituição à fala do terceiro contribui para a escrita de uma boa redação.
quadrinho, em conformidade com a norma- padrão da língua
portuguesa, é: Coerência sintática: está relacionada com a estrutura
(A) Se você ir pelos caminhos da verdade, leve um linguística, como termo de ordem dos elementos, seleção
capacete. lexical etc., e também à coesão. Quando empregada,
(B) Caso você vá pelos caminhos da verdade, lembra-se de eliminamos estruturas ambíguas, bem como o uso inadequado
levar um capacete. dos conectivos.

5 http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/coerencia-textual.htm http://portugues.uol.com.br/redacao/tipos-coerencia.html

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APOSTILAS OPÇÃO

Coerência semântica: para que a coerência semântica associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à
esteja presente em um texto, é preciso, antes de tudo, que o articulação das ideias.
texto não seja contraditório, mesmo porque a semântica está (B) Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos
relacionada com as relações de sentido entre as estruturas. dizer que a coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o
Para detectar uma incoerência, é preciso que se faça uma responsável pela constituição dos significados do texto.
leitura cuidadosa, ancorada nos processos de analogia e (C) A coerência é imaterial e não está na superfície textual.
inferência. Compreender aquilo que está escrito dependerá dos níveis de
interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um
Coerência temática: todos os enunciados de um texto mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações.
precisam ser coerentes e relevantes para o tema, com exceção (D) A não contradição, a não tautologia e o princípio da
das inserções explicativas. Os trechos irrelevantes devem ser relevância são elementos básicos que garantem a coerência
evitados, impedindo assim o comprometimento da coerência textual.
temática. (E) A coerência textual dispensa o uso adequado dos
conectivos, elementos que apenas colaboram para a
Coerência pragmática: refere-se ao texto visto como uma estruturação do texto sem apresentar relação direta com a
sequência de atos de fala. Os textos, orais ou escritos, são semântica textual.
exemplos dessas sequências, portanto, devem obedecer às
condições para a sua realização. Se o locutor ordena algo a 02. Observe a tirinha Calvin e Haroldo, de Bill
alguém, é contraditório que ele faça, ao mesmo tempo, um Watterson, e responda à questão:
pedido. Quando fazemos uma pergunta para alguém,
esperamos receber como resposta uma afirmação ou uma
negação, jamais uma sequência de fala desconectada daquilo
que foi indagado. Quando essas condições são ignoradas,
temos como resultado a incoerência pragmática.

Coerência estilística: diz respeito ao emprego de uma


variedade de língua adequada, que deve ser mantida do início
ao fim de um texto para garantir a coerência estilística. A
incoerência estilística não provoca prejuízos para a
interpretabilidade de um texto, contudo, a mistura de registros Para cada situação interativa existe uma variedade de
- como o uso concomitante da linguagem coloquial e linguagem língua adequada. O falante pode optar pela variedade padrão
formal - deve ser evitada, principalmente nos textos não ou pela variedade não padrão.
literários.
Sobre o nível de linguagem adotado por Calvin, podemos
Coerência genérica: refere-se à escolha adequada do afirmar que se trata, em relação aos tipos de coerência, de uma
gênero textual, que deve estar de acordo com o conteúdo do (A) incoerência pragmática.
enunciado. Em um anúncio de classificados, a prática social (B) incoerência genérica.
exige que ele tenha como objetivo ofertar algum serviço, bem (C) incoerência estilística.
como vender ou comprar algum produto, e que sua linguagem (D) incoerência temática.
seja concisa e objetiva, pois essas são as características (E) incoerência semântica.
essenciais do gênero. Uma ruptura com esse padrão,
entretanto, é comum nos textos literários, nos quais podemos 03. Observe o discurso de Calvin e responda à questão:
encontrar um determinado gênero assumindo a forma de
outro. A identificação de elementos textuais como as figuras de
É importante ressaltar que em alguns tipos de texto, linguagem é essencial para a interpretação de textos.
especialmente nos textos literários, uma ruptura com os tipos
de coerência descritos anteriormente pode acontecer. Nos A incoerência na fala de Calvin sobre a TV pode ser
demais textos, a coerência contribui para a construção de explicada através da seguinte figura de linguagem:
enunciados cuja significação seja aceitável, ajudando na (A) Eufemismo.
compreensão do leitor ou do interlocutor. Todavia, a coerência (B) Hipérbole.
depende de outros aspectos, como o conhecimento linguístico (C) Paradoxo.
de quem acessa o conteúdo, a situacionalidade, a (D) Ironia.
informatividade, a intertextualidade e a intencionalidade. (E) Personificação.

Sendo assim não se esqueça que coerência6 é a relação 04.


semântica que se estabelece entre as diversas partes do texto, Oito Anos
criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento,
à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê. “Por que você é Flamengo
Enquanto a coesão está para os elementos conectores de ideias E meu pai Botafogo
no texto, a coerência está para a harmonia interna do texto e O que significa
sentido. “Impávido colosso”?
Por que os ossos doem
Questões enquanto a gente dorme
Por que os dentes caem
01. Sobre a coerência textual, é incorreto afirmar: Por onde os filhos saem
(A) A coerência é uma conformidade entre fatos ou ideias, Por que os dedos murcham
própria daquilo que tem nexo, conexão, portanto, podemos quando estou no banho
Por que as ruas enchem

6 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2011.

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APOSTILAS OPÇÃO

quando está chovendo - com o superlativo relativo: Mariane escolheu as mais


Quanto é mil trilhões lindas flores da floricultura.
vezes infinito - com a palavra outro, com sentido determinado: Marcelo
Quem é Jesus Cristo tem dois amigos: Rui é alto e lindo, o outro é atlético e
Onde estão meus primos simpático.
Well, well, well - antes dos nomes das quatro estações do ano: Depois da
Gabriel (...)”. primavera vem o verão.
- com expressões de peso e medida: O álcool custa um real
(Paula Toller/Dunga. CD Partimpim, de Adriana o litro. (=cada litro)
Calcanhoto, São Paulo, 2004)
Julgue as seguintes proposições: Não se usa o artigo definido:
I. Pode-se dizer que se trata de um conjunto de frases - antes de pronomes de tratamento iniciados por
interrogativas sem ligação entre si, configurando então um possessivos: Vossa Excelência, Vossa Senhoria. Ex.: Vossa
texto desprovido de coerência. Alteza estará presente ao debate?
II. Embora o texto apresente uma série de interrogações - antes de nomes de meses: O campeonato aconteceu em
aparentemente sem ligação entre si, existem nele elementos maio de 2002.
linguísticos que nos permitem construir a coerência textual. - alguns nomes de países, como Espanha, França,
III. A letra da canção é constituída por uma “lista” das Inglaterra, Itália podem ser construídos sem o artigo,
perguntas que um filho faz para a mãe, e a sequenciação de principalmente quando regidos de preposição. Ex.: “Viveu
perguntas aparentemente desconexas, na verdade, explicita o muito tempo em Espanha.”
grande número de questionamentos que povoam o imaginário - antes de todos / todas + numeral: Eles são, todos
infantil. quatro, amigos de João Luís e Laurinha.
IV. A ausência de elementos sintáticos, como conectivos, - antes de palavras que designam matéria de estudo,
prejudica a construção de sentidos do texto. empregadas com os verbos: aprender, estudar, cursar,
ensinar. Ex.: Estudo Inglês e Cristiane estuda Francês.
(A) Todas estão corretas.
(B) Apenas II e III estão corretas. O uso do artigo é facultativo:
(C) Apenas I e IV estão corretas. - antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetência
(D) Apenas I e III estão corretas. é irritante.
(E) I, III e IV estão corretas. - antes de nomes próprios de pessoas: Você já visitou
Luciana / a Luciana?
Gabarito - “Daqui para a frente, tudo vai ser diferente.” (Para a
01.E / 02.C / 03.D / 04.B frente: exige a preposição)

Formas combinadas do artigo definido: Preposição + o = ao


/ de + o, a = do, da / em + o, a = no, na / por + o, a = pelo, pela.
Classes de palavras.
Usa-se o artigo indefinido:
- para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns
oito anos.
CLASSES DE PALAVRAS - antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em
pares: Usava umas calças largas e umas botas longas.
Em Classes de Palavras, estudaremos artigo, substantivo, - em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela é
adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, uma meiguice só.
interjeição e conjunção. E dentro de cada uma, abordaremos - para comparar alguém com um personagem célebre: Luís
seu emprego e quando houver, sua flexão. August é um Rui Barbosa.

Artigo O artigo indefinido não é usado:


- em expressões de quantidade: pessoa, porção, parte,
É a palavra que acompanha o substantivo, indicando-lhe o gente, quantidade. Ex.: Reservou para todos boa parte do lucro.
gênero e o número, determinando-o ou generalizando-o. Os - com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente. Ex.:
artigos podem ser: Não há suficiente espaço para todos.
Definidos: o, a, os, as; determinam os substantivos, trata de - com substantivo que denota espécie. Ex.: Cão que ladra
um ser já conhecido; denota familiaridade: “A grande reforma não morde.
do ensino superior é a reforma do ensino fundamental e do
médio.” Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e
Indefinidos: um, uma, uns, umas; Trata-se de um ser em + um, uma = num, numa, dum, duma.
desconhecido, dá ao substantivo valor vago: “...foi chegando
um caboclinho magro, com uma taquara na mão.” (A. Lima) O artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra
transforma-a em substantivo. O ato literário é o conjunto do
Usa-se o artigo definido: ler e do escrever.
- com a palavra ambos: falou-nos que ambos os culpados
foram punidos. Questões
- com nomes próprios geográficos de estado, país, oceano,
montanha, rio, lago: o Brasil, o rio Amazonas, a Argentina, o 01. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão
oceano Pacífico. Ex.: Conheço o Canadá mas não conheço Contábil - FGV/2018) A frase abaixo em que o emprego do
Brasília. artigo mostra inadequação é:
- depois de todos/todas + numeral + substantivo: Todos (A) Todas as coisas que hoje se creem antiquíssimas já
os vinte atletas participarão do campeonato. foram novas;

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APOSTILAS OPÇÃO

(B) Cuidado com todas as coisas que requeiram roupas posição); multiplicativos (expressam aumento proporcional a
novas; um múltiplo da unidade); fracionários (denotam diminuição
(C) Todos os bons pensamentos estão presentes no proporcional a divisões, frações da unidade).
mundo, só falta aplicá-los; IV - O numeral pode referir-se a um substantivo ou
(D) Em toda a separação existe uma imagem da morte; substituí-lo; no primeiro caso, é numeral substantivo; no
(E) Alegria de amor dura apenas um instante, mas segundo, numeral adjetivo.
sofrimento de amor dura toda a vida.
(A) Apenas II, III e IV estão corretas.
02. (IF/AP – Auxiliar em Administração – (B) Apenas I, III e IV estão corretas.
FUNIVERSA/2016) (C) Apenas I, II e III estão corretas.
(D) Apenas I, II e IV estão corretas.

Gabarito

01.D / 02.E / 03.C / 04.C

Substantivo

É a palavra que dá nomes aos seres. Inclui os nomes de


pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual ou
mitológica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, respeito,
criança.

Classificação
- Comuns: nomeiam os seres da mesma espécie. Ex.:
menina, piano, estrela, rio, animal, árvore.
- Próprios: referem-se a um ser em particular. Ex.: Brasil,
América do Norte, Deus, Paulo, Lucélia.
- Concretos: são aqueles que têm existência própria; são
independentes; reais ou imaginários. Ex.: mãe, mar, água, anjo,
alma, Deus, vento, saci.
Internet: <http://educacaoepraxis.blogspot.com.br>. - Abstrato: são os que não têm existência própria; depende
sempre de um ser para existir. Designam qualidades,
No segundo quadrinho, correspondem, respectivamente, a sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doença, amor, fé,
substantivo, pronome, artigo e advérbio: beijo, abraço, juventude, covardia. Ex.: É necessário alguém ser
(A) “guerra”, “o”, “a” e “por que”. ou estar triste para a tristeza manifestar-se.
(B) “mundo”, “a”, “o” e “lá”.
(C) “quando”, “por que”, “e” e “lá”. Formação
(D) “por que”, “não”, “a” e “quando”. - Simples: são aqueles formados por apenas um radical:
(E) “guerra”, “quando”, “a” e “não”. chuva, tempo, sol, guarda.
- Compostos: são os que são formados por mais de dois
03. (SESAP/RN - Técnico em Enfermagem - radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia.
COMPERVE/2018) - Primitivos: são os que não derivam de outras palavras;
vieram primeiro, deram origem a outras palavras. Ex.: ferro,
Nas décadas subsequentes, vários estudos Pedro, mês, queijo.
correlacionaram os hábitos dos pacientes como fatores de - Derivados: são formados de outra palavra já existente;
risco para doenças cardiovasculares. Sedentarismo, vieram depois. Ex.: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão.
tabagismo, obesidade, entre outros, aumentam drasticamente - Coletivos: os substantivos comuns que, mesmo no
as chances de enfarte. singular, designam um conjunto de seres de uma mesma
espécie. Ex.:
Com relação à quantidade de artigos no trecho, há
(A) cinco. de
(B) três. Álbum Colmeia de abelhas
fotografias
(C) quatro. de bispos
(D) dois. Alcateia de lobos Concílio em
assembleia
04. (Prefeitura Tanguá/RJ - Técnico de Enfermagem - de textos
MS Concursos/2017) Considere as afirmações sobre artigo e Antologia Conclave de cardeais
escolhidos
numeral e assinale a alternativa correta: de
I - Algumas palavras que atendem o substantivo, como um, Arquipélago ilhas Cordilheira
montanhas
em “um dia”, podem modificar-lhe o sentido. Podemos
entender a expressão como “um dia qualquer” e também como
“um único dia.” Na primeira situação, a palavra um é artigo; na
Reflexão do Substantivo
segunda, um é numeral.
Os substantivos apresentam variações ou flexões de gênero
II - Artigo é a palavra que antecede o substantivo,
(masculino/feminino), de número (plural/singular) e de grau
definindo-o ou indefinindo-o. Numeral é a palavra que
(aumentativo/diminutivo).
expressa quantidade exata de pessoas ou coisas, ou lugar que
elas ocupam numa determinada sequência.
III - Os numerais classificam-se em: cardinais (designam
uma quantidade de seres); ordinais (indicam série, ordem,

Português 22
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APOSTILAS OPÇÃO

Gênero (masculino/feminino) - il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis /
Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e pernil, pernis.
feminino. A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a, - por eis (paroxítonas): fóssil, fósseis / réptil, répteis /
ou o acréscimo da vogal a, no final da palavra: mestre, mestra. projétil, projéteis.
- m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs /
Formação do Feminino atum, atuns.
O feminino se realiza de três modos: - zito, zinho - 1º coloca-se o substantivo no plural: balão,
- Flexionando-se o substantivo masculino: filho, filha / balões. 2º elimina-se o S + zinhos.
mestre, mestra / leão, leoa; Balão – balões – balões + zinhos: balõezinhos.
- Acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou um Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos.
sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul, Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos.
consulesa / cantor, cantora / reitor, reitora.
- Utilizando-se uma palavra feminina com radical Alguns substantivos terminados em X são invariáveis
diferente: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro, (valor fonético = cs): os tórax, os tórax / o ônix, os ônix / a fênix,
ovelha / cavalo, égua. as fênix / uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax.

Substantivos Uniformes Substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma


- Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero, no plural:
quer se refiram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea aldeão, aldeões, aldeãos;
/ a cobra macho ou fêmea. verão, verões, verãos;
- Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam anão, anões, anãos;
indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A guardião, guardiões, guardiães;
indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou corrimão, corrimãos, corrimões;
feminino: o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / o, a ancião, anciões, anciães, anciãos;
pianista. ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos.
- Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero
para homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a Metafonia - apresentam o “o” tônico fechado no singular e
testemunha (homem, mulher) / o cônjuge (marido, mulher). aberto no plural: caroço (ô), caroços (ó) / imposto (ô),
impostos (ó).
Alguns substantivos que mudam de sentido, quando se
troca o gênero: Substantivos que mudam de sentido quando usados no
o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar); plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens.
o capital (dinheiro) - a capital (cidade); (Patrimônio); Conferiu a féria do dia. (Salário); As férias foram
o cabeça (chefe, líder) - a cabeça (parte do corpo); maravilhosas. (Descanso).
o guia (acompanhante) - a guia (documentação).
Substantivos empregados somente no plural: Arredores,
São masculinos: o eclipse, o dó, o dengue (manha), o belas-artes, bodas (ô), condolências, cócegas, costas, exéquias,
champanha, o soprano, o clã, o alvará, o sanduíche, o clarinete, férias, olheiras, fezes, núpcias, óculos, parabéns, pêsames,
o Hosana, o espécime, o guaraná, o diabete ou diabetes, o tapa, viveres, idos, afazeres, algemas.
o lança-perfume, o praça (soldado raso), o pernoite, o
formicida, o herpes, o sósia, o telefonema, o saca-rolha, o Plural dos Substantivos Compostos
plasma, o estigma.
Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural:
São femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a aluvião, a
análise, a cal, a gênese, a entorse, a faringe, a cólera (doença), - palavra unida sem hífen: pontapé = pontapés / girassol
a cataplasma, a pane, a mascote, a libido (desejo sexual), a rês, = girassóis / autopeça = autopeças.
a sentinela, a sucuri, a usucapião, a omelete, a hortelã, a fama, - verbo + substantivo: saca-rolha = saca-rolhas / arranha-
a Xerox, a aguardente. céu = arranha-céus / bate-bola = bate-bolas / guarda-roupa =
guarda-roupas / guarda-sol = guarda-sóis / vale-refeição =
Número (plural/singular) vale-refeições.
Acrescentam-se: - elemento invariável + palavra variável: sempre-viva =
- S – aos substantivos terminados em vogal ou ditongo: sempre-vivas / abaixo-assinado = abaixo-assinados / recém-
povo, povos / feira, feiras / série, séries. nascido = recém-nascidos / ex-marido = ex-maridos / auto-
- S – aos substantivos terminados em N: líquen, liquens / escola = auto-escolas.
abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes, - palavras repetidas: o reco-reco = os reco-recos / o tico-
abdômenes, hífenes. tico = os tico-ticos / o corre-corre = os corre-corres.
- ES – aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz, - substantivo composto de três ou mais elementos não
cartazes / motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em ligados por preposição: o bem-me-quer = os bem-me-queres /
R mudam sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / caráter, o bem-te-vi = os bem-te-vis / o sem-terra = os sem-terra / o
caracteres / sênior, seniores. fora-da-lei = os fora-da-lei / o João-ninguém = os joões-ninguém
- IS – aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal, / o ponto-e-vírgula = os ponto e vírgulas / o bumba meu boi =
jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções: os bumba meu bois.
mal, males / cônsul, cônsules / real, réis. - quando o primeiro elemento for: grão, grã (grande), bel:
- ÃO – aos substantivos terminados em ão, acrescenta S: grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grã-cruzes / bel-prazer
cidadão, cidadãos / irmão, irmãos / mão, mãos. = bel-prazeres.
Trocam-se: Somente o primeiro elemento vai para o plural:
- ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões
/ mamão, mamões. - substantivo + preposição + substantivo: água de colônia
- ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão, = águas-de-colônia / mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça /
alemães / cão, cães. pão-de-ló = pães-de-ló / sinal-da-cruz = sinais-da-cruz.

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APOSTILAS OPÇÃO

- quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá (sílaba nasal) = irmãozinho; herói (ditongo) = heroizinho; baú
ideia de tipo, finalidade: samba-enredo = sambas-enredo / (hiato) = bauzinho; café (voga tônica) = cafezinho.
pombo-correio = pombos-correio / salário-família = salários- - As palavras terminadas em s ou z, ou em uma dessas
família / banana-maçã = bananas-maçã / vale-refeição = vales- consoantes seguidas de vogal recebem o sufixo inho: país =
refeição (vale = ter valor de, substantivo+especificador) paisinho; rapaz = rapazinho; rosa = rosinha; beleza =
belezinha.
Os dois elementos ficam invariáveis quando houver: - Há ainda aumentativos e diminutivos formados por
prefixação: minissaia, maxissaia, supermercado,
- verbo + advérbio: o ganha-pouco = os ganha-pouco / o minicalculadora.
cola-tudo = os cola-tudo / o bota-fora = os bota-fora
- os compostos de verbos de sentido oposto: o entra-e-sai Questões
= os entra-e-sai / o leva-e-traz = os leva-e-traz / o vai-e-volta
= os vai-e-volta. 01. Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da
mesma forma que “balão” e “caneta-tinteiro”:
Os dois elementos, vão para o plural: (A) vulcão, abaixo-assinado;
(B) irmão, salário-família;
- substantivo + substantivo: decreto-lei = decretos-leis / (C) questão, manga-rosa;
abelha-mestra = abelhas-mestras / tia-avó = tias-avós / (D) bênção, papel-moeda;
tenente-coronel = tenentes-coronéis / redator-chefe = (E) razão, guarda-chuva.
redatores-chefes.
- substantivo + adjetivo: amor-perfeito = amores- 02. Assinale a alternativa em que está correta a formação
perfeitos / capitão-mor = capitães-mores / carro-forte = do plural:
carros-fortes / obra-prima = obras-primas / cachorro-quente (A) cadáver – cadáveis;
= cachorros-quentes. (B) gavião – gaviães;
- adjetivo + substantivo: boa-vida = boas-vidas / curta- (C) fuzil – fuzíveis;
metragem = curtas-metragens / má-língua = más-línguas / (D) mal – maus;
- numeral ordinal + substantivo: segunda-feira = (E) atlas – os atlas.
segundas-feiras / quinta-feira = quintas-feiras.
03. A palavra livro é um substantivo
Composto com a palavra guarda só vai para o plural se (A) próprio, concreto, primitivo e simples.
for pessoa: guarda-noturno = guardas-noturnos / guarda- (B) comum, abstrato, derivado e composto.
florestal = guardas-florestais / guarda-civil = guardas-civis / (C) comum, abstrato, primitivo e simples.
guarda-marinha = guardas-marinha. (D) comum, concreto, primitivo e simples.

Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas 04. Assinale a alternativa em que todos os substantivos são
/ os Oliveiras / os Picassos / os Mozarts / os Kennedys / os masculinos:
Silvas. (A) enigma – idioma – cal;
(B) pianista – presidente – planta;
Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo: CDs / (C) champanha – dó(pena) – telefonema;
DVDs / ONGs / PMs / Ufirs. (D) estudante – cal – alface;
(E) edema – diabete – alface.
Grau (aumentativo/diminutivo)
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir 05. Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm
intensidade, exagero ou diminuição. A essas modificações é um significado; e no feminino têm outro, diferente. Marque a
que damos o nome de grau do substantivo. Os graus alternativa em que há um substantivo que não corresponde ao
aumentativos e diminutivos são formados por dois processos: seu significado:
(A) O capital = dinheiro;
- Sintético: com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou A capital = cidade principal;
diminutivo: peixe – peixão; peixe-peixinho; sufixo inho ou (B) O grama = unidade de medida;
isinho. A grama = vegetação rasteira;
(C) O rádio = aparelho transmissor;
- Analítico: formado com palavras de aumento: grande, A rádio = estação geradora;
enorme, imensa, gigantesca (obra imensa / lucro enorme / (D) O cabeça = o chefe;
carro grande / prédio gigantesco); e formado com as palavras A cabeça = parte do corpo;
de diminuição (diminuto, pequeno, minúscula, casa pequena, (E) A cura = o médico.
peça minúscula, saia diminuta). O cura = ato de curar.

- Sem falar em aumentativo e diminutivo alguns Gabarito


substantivos exprimem também desprezo, crítica, indiferença
em relação a certas pessoas e objetos: gentalha, mulherengo, 01.C / 02.E / 03.D / 04.C / 05.E
narigão, gentinha, coisinha, povinho, livreco.
- Já alguns diminutivos dão ideia de afetividade: filhinho, Adjetivo
Toninho, mãezinha.
- Em consequência do dinamismo da língua, alguns É a palavra variável em gênero, número e grau que
substantivos no grau diminutivo e aumentativo adquiriram modifica um substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade,
um significado novo: portão, cartão, fogão, cartilha, folhinha estado, ou modo de ser: laranjeira florida; céu azul; mau tempo.
(calendário). Os adjetivos classificam-se em:
- As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em - simples: apresentam um único radical, uma única palavra
sílabas nasal, ditongo, hiato ou vogal tônica recebem o sufixo em sua estrutura: alegre, medroso, simpático.
zinho(a): lâmpada (proparoxítona) = lampadazinha; irmão

Português 24
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APOSTILAS OPÇÃO

- compostos: apresentam mais de um radical, mais de duas Grau


palavras em sua estrutura: estrelas azul-claras; sapatos
marrom-escuros. O grau do adjetivo exprime a intensidade das qualidades
- primitivos: são os que vieram primeiro; dão origem a dos seres. O adjetivo apresenta duas variações de grau:
outras palavras: atual, livre, triste, amarelo, brando. comparativo e superlativo.
- derivados: são aqueles formados por derivação, vieram
depois dos primitivos: amarelado, ilegal, infeliz, O grau comparativo é usado para comparar uma
desconfortável. qualidade entre dois ou mais seres, ou duas ou mais
- pátrios: indicam procedência ou nacionalidade, referem- qualidades de um mesmo ser. Pode ser de igualdade, de
se a cidades, estados, países. Amapá: amapaense; Amazonas: superioridade e de inferioridade:
amazonense ou baré; Anápolis: anapolino; Angra dos Reis:
angrense; Aracajú: aracajuano ou aracajuense; Bahia: baiano. - de igualdade: iguala duas coisas ou duas pessoas: Sou
tão alto quão / quanto / como você. (As duas pessoas têm a
Pode-se utilizar os adjetivos pátrios compostos, como: mesma altura)
afro-brasileiro; Anglo-americano, franco-italiano, sino-
japonês (China e Japão); Américo-francês; luso-brasileira; - de superioridade: iguala duas pessoas / coisas sendo que
nipo-argentina (Japão e Argentina); teuto-argentinos uma é mais do que a outra: Minha amiga Manu é mais
(alemão). elegante do que / que eu. (Das duas, a Manu é mais) Podem
ser:
Locução Adjetiva: é a expressão que tem o mesmo valor Analítico: mais bom / mais mau / mais grande / mais
de um adjetivo. É formada por preposição + um substantivo. pequeno: O salário é mais pequeno do que / que justo (salário
Vejamos algumas locuções adjetivas: pequeno e justo). Quando comparamos duas qualidades de um
mesmo ser, podemos usar as formas: mais grande, mais mau,
Angelical de anjo Etário de idade mais bom, mais pequeno.
Abdominal de abdômen Fabril de fábrica Sintético: bom, melhor / mau, pior / grande, maior /
Apícola de abelha Filatélico de selos pequeno, menor: Esta sala é melhor do que / que aquela.
Aquilino de águia Urbano da cidade
- de inferioridade: um elemento é menor do que outro:
Flexões do Adjetivo Somos menos passivos do que / que tolerantes.
Como palavra variável, sofre flexões de gênero, número e
grau: O grau superlativo apresenta característica intensificada.
Pode ser absoluto ou relativo:
Gênero
- Absoluto: atribuída a um só ser; de forma absoluta. Pode
- uniformes: têm forma única para o masculino e o ser:
feminino. Funcionário incompetente = funcionária Analítico: advérbio de intensidade muito, intensamente,
incompetente. bastante, extremamente, excepcionalmente + adjetivo (Nicola é
- biformes: troca-se a vogal “o” pela vogal “a” ou com o extremamente simpático).
acréscimo da vogal “a” no final da palavra: ator famoso = atriz Sintético: adjetivo + issimo, imo, ílimo, érrimo (Minha
famosa / jogador brasileiro = jogadora brasileira. comadre Mariinha é agradabilíssima).

Os adjetivos compostos recebem a flexão feminina apenas - o sufixo -érrimo é restrito aos adjetivos latinos
no segundo elemento: sociedade luso-brasileira / festa cívico- terminados em r; pauper (pobre) = paupérrimo; macer
religiosa / são – sã. (magro) = macérrimo;
Às vezes, os adjetivos são empregados como substantivos - forma popular: radical do adjetivo português + íssimo
ou como advérbios: Agia como um ingênuo. (adjetivo como (pobríssimo);
substantivo: acompanha um artigo). A cerveja que desce - adjetivos terminados em vel + bilíssimo: amável =
redondo. (adjetivo como advérbio: redondamente). amabilíssimo;
- adjetivos terminados em eio formam o superlativo
Número apenas com i: feio = feíssimo / cheio = cheíssimo.
- os adjetivos terminados em io forma o superlativo em
O plural dos adjetivos simples flexiona de acordo com o iíssimo: sério = seriíssimo / necessário = necessariíssimo /
substantivo a que se referem: menino chorão = meninos frio = friíssimo.
chorões / garota sensível = garotas sensíveis.
Usa-se também, no superlativo:
- quando os dois elementos formadores são adjetivos, só o
segundo vai para o plural: questões político-partidárias, olhos - prefixos: maxinflação / hipermercado /
castanho-claros, senadores democrata-cristãos. ultrassonografia / supersimpática.
- composto formado de adjetivo + substantivo referindo-se - expressões: suja à beça / pra lá de sério / duro que nem
a cores, o adjetivo cor e o substantivo permanecem invariáveis, sola / podre de rico / linda de morrer / magro de dar pena.
não vão para o plural: terno azul-petróleo = ternos azul- - adjetivos repetidos: fofinho, fofinho (=fofíssimo) /
petróleo (adjetivo azul, substantivo petróleo); saia amarelo- linda, linda (=lindíssima).
canário = saias amarelo-canário (adjetivo, amarelo; - diminutivo ou aumentativo: cheinha / pequenininha /
substantivo canário). grandalhão / gostosão / bonitão.
- as locuções adjetivas formadas de cor + de + substantivo, - linguagem informal, sufixo érrimo, em vez de íssimo:
ficam invariáveis: papel cor-de-rosa = papéis cor-de-rosa / chiquérrimo, chiquetérrimo, elegantérrimo.
olho cor-de-mel = olhos cor-de-mel.
- são invariáveis os adjetivos raios ultravioleta / alegrias - Relativo: ressalta a qualidade de um ser entre muitos,
sem-par, piadas sem-sal. com a mesma qualidade. Pode ser:

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APOSTILAS OPÇÃO

De Superioridade: Wilma é a mais prendada de todas as 04. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão
suas amigas. (Ela é a mais de todas) Contábil - FGV/2018) Na escrita, pode-se optar
De Inferioridade: Paulo César é o menos tímido dos filhos. frequentemente entre uma construção de substantivo +
locução adjetiva ou substantivo + adjetivo (esportes da água =
Questões esportes aquáticos).

01. (COMPESA - Analista de Gestão - Advogado - O termo abaixo sublinhado que NÃO pode ser substituído
FGV/2016) A substituição da oração adjetiva por um adjetivo por um adjetivo é:
de valor equivalente está feita de forma inadequada em: (A) A indústria causou a poluição do rio;
(A) “Quando você elimina o impossível, o que sobra, por (B) As águas do rio ficaram poluídas;
mais improvável que pareça, só pode ser a verdade”. / restante (C) As margens do rio estão cheias de lama;
(B) “Sábio é aquele que conhece os limites da própria (D) Os turistas se encantam com a imagem do rio;
ignorância”. / consciente dos limites da própria ignorância. (E) Os peixes do rio são bem saborosos.
(C) “A única coisa que vem sem esforço é a idade”. /
indiferente 05. (Pref. Paulínia/SP - Engenheiro Agrônomo -
(D) “Adoro a humanidade. O que não suporto são as FGV/2016) “O povo, ingênuo e sem fé das verdades, quer ao
pessoas”. / insuportável menos crer na fábula, e pouco apreço dá às demonstrações
(E) “Com o tempo não vamos ficando sozinhos apenas científicas.” (Machado de Assis)
pelos que se foram: vamos ficando sozinhos uns dos outros”. /
falecidos No fragmento acima, os dois adjetivos sublinhados
possuem, respectivamente, os valores de
02. (SEPOG/RO - Técnico em Tecnologia da Informação (A) qualidade e estado.
e Comunicação - FGV/2018) Temos uma notícia triste: o (B) estado e relação.
coração não é o órgão do amor! Ao contrário do que dizem, não (C) relação e característica.
é ali que moram os sentimentos. Puxa, para que serve ele, (D) característica e qualidade.
afinal? Calma, não jogue o coração para escanteio, ele é (E) qualidade e relação.
superimportante. “É um órgão vital. É dele a função de
bombear sangue para todas as células de nosso corpo”, explica Gabarito
Sérgio Jardim, cardiologista do Hospital do Coração.
O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue, e 01.C / 02.A / 03.E / 04.A / 05.E
tem dois sistemas de bombeamento independentes. Com essas
“bombas” ele recebe o sangue das veias e lança para as Numeral
artérias. Para isso contrai e relaxa, diminuindo e aumentando
de tamanho. E o que tem a ver com o amor? “Ele realmente Os numerais exprimem quantidade, posição em uma série,
bate mais rápido quando uma pessoa está apaixonada. O corpo multiplicação e divisão. Daí a sua classificação,
libera adrenalina, aumentando os batimentos cardíacos e a respectivamente, em:
pressão arterial”.
(O Estado de São Paulo, 09/06/2012, caderno suplementar, - Cardinal - indica número, quantidade: um, dois, três,
p. 6) quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze,
catorze ou quatorze, quinze, dezesseis, vinte..., trinta..., cem...,
Nas frases “ele é superimportante” e “Ele realmente bate duzentos..., oitocentos..., novecentos..., mil.
mais rápido quando uma pessoa está apaixonada”, há dois
exemplos de variação de grau. - Ordinal - indica ordem ou posição: primeiro, segundo,
terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono, décimo,
Sobre essas variações, assinale a afirmativa correta. décimo primeiro, vigésimo..., trigésimo..., quingentésimo...,
(A) Apenas na primeira frase há uma variação de grau de sexcentésimo..., septingentésimo..., octingentésimo...,
adjetivo. nongentésimo..., milésimo.
(B) Nas duas ocorrências ocorre o superlativo de adjetivos.
(C) Apenas na segunda ocorrência ocorre o grau - Fracionário - indica uma fração ou divisão: meia, metade,
comparativo do adjetivo. terço, quarto, décimo, onze avos, doze avos, vinte avos..., trinta
(D) Na primeira ocorrência, a variação de grau ocorre por avos..., centésimo..., ducentésimo..., trecentésimo..., milésimo.
meio de um sufixo.
(E) Apenas na primeira frase há variação de grau. - Multiplicativo - indica a multiplicação de um número:
dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo,
03. (Banestes - Técnico Bancário - FGV/2018) O nônuplo, décuplo, undécuplo, duodécuplo, cêntuplo.
adjetivo ilimitado corresponde à locução “sem limites”; a
locução com igual estrutura que NÃO corresponde ao adjetivo Os numerais que indicam conjunto de elementos de
abaixo destacado é: quantidade exata são os coletivos:
(A) Os turistas ficaram inertes durante a ação policial /
sem ação; BIMESTRE: período de dois meses
(B) O turista incauto ficou assustado com a ação policial / CENTENÁRIO: período de cem anos
sem cautela; DECÁLOGO: conjunto de dez leis
(C) O vocalista da banda saiu ileso do acidente / sem DECÚRIA: período de dez anos
ferimento; DEZENA: conjunto de dez coisas
(D) O presidente da Coreia passou incógnito pela França / LUSTRO: período de cinco anos
sem ser percebido;
MILÊNIO: período de mil anos
(E) O novo livro do autor estava ainda inédito / sem editor.
MILHAR: conjunto de mil coisas
NOVENA: período de nove dias
QUARENTENA: período de quarenta dias
QUINQUÊNIO: período de cinco anos

Português 26
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APOSTILAS OPÇÃO

RESMA: quinhentas folhas de papel (portaria oitava); emprega-se o numeral cardinal, a partir de
SEMESTRE: período de seis meses dez: O artigo 16 não foi justificado. (artigo dezesseis)
TRIÊNIO: período de três anos - enumeração de casa, páginas, folhas, textos,
TRINCA: conjunto de três coisas apartamentos, quartos, poltronas, emprega-se o numeral
cardinal: Reservei a poltrona vinte e oito. / O texto quatro está
Algarismos na página sessenta e cinco.
Arábicos e Romanos, respectivamente: 1-I, 2-II, 3-III, 4-IV, - se o numeral vier antes do substantivo, emprega-se o
5-V, 6-VI, 7-VII, 8-VIII, 9-IX, 10-X, 11-XI, 12-XII, 13-XIII, 14-XIV, ordinal. Paulo César é adepto da 7ª Arte. (sétima)
15-XV, 16-XVI, 17-XVII, 18-XVIII, 19-XIX, 20-XX, 30-XXX, 40- - não se usa o numeral um antes de mil: Mil e duzentos
XL, 50-L, 60-LX, 70-LXX, 80-LXXX, 90-XC, 100-C, 200-CC, 300- reais é muito para mim.
CCC, 400-CD, 500-D, 600-DC, 700-DCC, 800-DCCC, 900-CM, - o artigo e o numeral, antes dos substantivos milhão,
1.000-M. milhar e bilhão, devem concordar no masculino:
- emprega-se, na escrita das horas, o símbolo de cada
Flexão dos Numerais unidade após o numeral que a indica, sem espaço ou ponto:
Gênero 10h20min – dez horas, vinte minutos.
- os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de
duzentos apresentam flexão de gênero: Um menino e uma Questões
menina foram os vencedores. / Comprei duzentos gramas de
presunto e duzentas rosquinhas. 01. Marque o emprego incorreto do numeral:
- os numerais ordinais variam em gênero: Marcela foi a (A) século III (três)
nona colocada no vestibular. (B) página 102 (cento e dois)
- os numerais multiplicativos, quando usados com o valor (C) 80º (octogésimo)
de substantivos, são Invariáveis: A minha nota é o triplo da sua. (D) capítulo XI (onze)
(Triplo – valor de substantivo) (E) X tomo (décimo)
- quando usados com valor de adjetivo, apresentam flexão
de gênero: Eu fiz duas apostas triplas na loto fácil. (Triplas 02. Indique o item em que os numerais estão corretamente
valor de adjetivo) empregados:
- os numerais fracionários concordam com os cardinais (A) Ao Papa Paulo seis sucedeu João Paulo primeiro.
que indicam o número das partes: Dois terços dos alunos foram (B) após o parágrafo nono, virá o parágrafo dez.
contemplados. (C) depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo primeiro.
- o fracionário meio concorda em gênero e número com o (D) antes do artigo décimo vem o artigo nono.
substantivo no qual se refere: O início do concurso será meio- (E) o artigo vigésimo segundo foi revogado.
dia e meia. (Hora) / Usou apenas meias palavras.
03. (Pref. Chapecó/SC - Procurador Municipal -
Número IOBV/2016) Quanto à classificação dos numerais, os que
- os numerais cardinais milhão, bilhão, trilhão, e outros, indicam o aumento proporcional de quantidade, podendo ter
variam em número: Venderam um milhão de ingressos para a valor de adjetivo ou substantivo são os numerais:
festa do peão. / Somos 180 milhões de brasileiros. (A) Multiplicativos.
- os numerais ordinais variam em número: As segundas (B) Ordinais.
colocadas disputarão o campeonato. (C) Cardinais.
- os numerais multiplicativos são invariáveis quando (D) Fracionários.
usados com valor de substantivo: Minha dívida é o dobro da
sua. (Valor de substantivo – invariável) 04. (Pref. Barra de Guabiraba/PE - IDHTEC/2016)
- os numerais multiplicativos variam quando usados como Assinale a alternativa em que o numeral está escrito por
adjetivos: Fizemos duas apostas triplas. (Valor de adjetivo – extenso corretamente, de acordo com a sua aplicação na frase:
variável) (A) Os moradores do bairro Matão, em Sumaré (SP),
- os numerais fracionários variam em número, temem que suas casas desabem após uma cratera se abrir na
concordando com os cardinais que indicam números das Avenida Papa Pio X. (décima)
partes. (B) O acidente ocorreu nessa terça-feira, na BR-401
- Um quarto de litro equivale a 250 ml; três quartos (quatrocentas e uma)
equivalem a 750 ml. (C) A 22ª edição do Guia impresso traz uma matéria e teve
a sua página Classitêxtil reformulada. (vigésima segunda)
Grau (D) Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem
Na linguagem coloquial é comum a flexão de grau dos ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em
numerais: Já lhe disse isso mil vezes. / Aquele quarentão é um erro, mediante artifício, ardil. (centésimo setésimo primeiro)
“gato”! / Morri com cincão para a “vaquinha”, lá da escola. (E) A Semana de Arte Moderna aconteceu no início do
século XX. (século ducentésimo)
Emprego dos Numerais
- para designar séculos, reis, papas, capítulos, cantos (na 05. (MPE/SP - Oficial de Promotoria I - VUNESP/2016)
poesia épica), empregam-se: os ordinais até décimo: João Paulo
II (segundo), Canto X (décimo), Luís IX (nono); os cardinais O SBT fará uma homenagem digna da história de seu
para os demais: Papa Bento XVI (dezesseis), Século XXI (vinte proprietário e principal apresentador: no próximo dia 12
e um). [12.12.2015] colocará no ar um especial com 2h30 de duração
- se o numeral vier antes do substantivo, usa-se o ordinal. em homenagem a Silvio Santos. É o dia de seu aniversário de
O XX século foi de descobertas científicas. (vigésimo século) 85 anos.
- com referência ao primeiro dia do mês, usa-se o numeral (http://tvefamosos.uol.com.br/noticias)
ordinal: O pagamento do pessoal será sempre no dia primeiro.
- na enumeração de leis, decretos, artigos, circulares, As informações textuais permitem afirmar que, em
portarias e outros textos oficiais, emprega-se o numeral 12.12.2015, Sílvio Santos completou seu
ordinal até o nono: O diretor leu pausadamente a portaria 8ª (A) octogenário quinquagésimo aniversário.

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APOSTILAS OPÇÃO

(B) octogésimo quinto aniversário. nos: colocado depois do verbo na 1ª pessoa do plural,
(C) octingentésimo quinto aniversário. perde o S: Sentamo-nos à mesa para um café rápido.
(D) otogésimo quinto aniversário. me, te, lhe, nos, vos: quando colocado com verbos
(E) oitavo quinto aniversário. transitivos diretos (TD), têm sentido possessivo, equivalendo
a meu, teu, seu, dele, nosso, vosso: Os anos roubaram-lhe a
Gabarito esperança. (sua, dele, dela possessivo)

01.A / 02.B / 03.A / 04.C / 05.B Os pronomes pessoais oblíquos nos, vos, e se recebem o
nome de pronomes recíprocos quando expressam uma ação
Pronome mútua ou recíproca: Nós nos encontramos emocionados.
(pronome recíproco, nós mesmos). Nunca diga: Eu se apavorei.
É a palavra que acompanha ou substitui o nome, / Eu jà se arrumei; Eu me apavorei. / Eu me arrumei. (certos)
relacionando-o a uma das três pessoas do discurso. As três - Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituidos
pessoas do discurso são: por mim e ti após preposição: O segredo ficará somente entre
1ª pessoa: eu (singular) nós (plural): aquela que fala ou mim e ti.
emissor; - É obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu e tu,
2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com quem se quando funcionarem como sujeito: Todos pediram para eu
fala ou receptor; relatar os fatos cuidadosamente. (pronome reto + verbo no
3ª pessoa: ele, ela (singular) eles, elas (plural): aquela de infinitivo). Lembre-se de que mim não fala, não escreve, não
quem se fala ou referente. compra, não anda.
- As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas
Os pronomes são classificados em: pessoais, de tratamento, como complemento de verbos transitivos diretos ao passo
possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e que as formas lhe, lhes são empregadas como complementos
relativos. de verbos transitivos indiretos: Dona Cecília, querida amiga,
chamou-a. (verbo transitivo direto, VTD); Minha saudosa
Pronomes Pessoais comadre, Nircléia, obedeceu-lhe. (verbo transitivo
Os pronomes pessoais dividem-se em: indireto,VTI)
- Retos - exercem a função de sujeito da oração.
- Oblíquos - exercem a função de complemento do verbo - É comum, na linguagem coloquial, usar o brasileiríssimo
(objeto direto / objeto indireto). São: tônicos com preposição a gente, substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve
ou átonos sem preposição. fazer caridade com os mais necessitados.
- Chamam-se pronomes pessoais reflexivos os pronomes
Pessoas Retos Oblíquos que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete. (eu- 1ª
do Átonos Tônicos pessoa- sujeito / me- pronome pessoal reflexivo)
Discurso - Os pronomes pessoais oblíquos se, si e consigo devem ser
Singular 1ª pessoa eu me mim, empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e
2ª pessoa tu te comigo funcionam como complementos de um verbo na 3ª pessoa,
3ª pessoa ele/ela se, o, a, ti, contigo cujo sujeito é também da 3ª pessoa: Nicole levantou-se com
lhe si, ele, elegância e levou consigo (com ela própria) todos os olhares.
consigo (Nicole- sujeito, 3ª pessoa / levantou- verbo, 3ª pessoa /
Plural 1ª pessoa nós nos nós, se- complemento, 3ª pessoa / levou- verbo, 3ª pessoa /
2ª pessoa vós vos conosco consigo- complemento, 3ª pessoa).
3ª pessoa eles/elas se, os, vós, - Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes (formas de
as, lhes convosco Objeto Indireto) juntam-se a o, a, os, as (formas de Objeto
si, eles, Direto), assim:
consigo me+o (mo). Ex.: Recebi a carta e agradeci ao jovem, que ma
trouxe.
- Colocados antes do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª nos+o (no-lo). Ex.: Venderíamos a casa, se no-la exigissem.
pessoa, apresentam sempre a forma: o, a, os, as: Eu os vi saindo te+o: (to). Ex.: Dei-te os meus melhores dias. Dei-tos.
do teatro. lhe+o: (lho). Ex.: Ofereci-lhe flores. Ofereci-lhas.
- As palavras “só” e “todos” sempre acompanham os vos+o: (vo-lo). E.: Pedi-vos conselho. Pedi vo-lo.
pronomes pessoais do caso reto: Eu vi só ele ontem.
- Colocados depois do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª No Brasil, quase não se usam essas combinações (mo, to,
pessoa apresentam as formas: lho, no-lo, vo-lo), são usadas somente em escritores mais
o, a, os, as: se o verbo terminar em vogal ou ditongo oral: sofisticados.
Encontrei-a sozinha. Vejo-os diariamente.
o, a, os, as, precedidos de verbos terminados em: R/S/Z, Pronomes de Tratamento
assumem as formas: lo, Ia, los, las, perdendo, São usados no trato com as pessoas. Dependendo da
consequentemente, as terminações R, S, Z. Preciso pagar ao pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo, idade, título, o
verdureiro. (= pagá-lo); Fiz os exercícios a lápis. (= Fi-los a tratamento será familiar ou cerimonioso.
lápis)
lo, la, los, las: se vierem depois de: eis / nos / vos - Eis a Vossa Alteza - V.A. - príncipes, duques;
prova do suborno. (= Ei-la); O tempo nos dirá. (= no-lo dirá). Vossa Eminência - V.Ema - cardeais;
(eis, nos, vos perdem o S) Vossa Excelência - V.Ex.a - altas autoridades, presidente,
no, na, nos, nas: se o verbo terminar em ditongo nasal: m, oficiais;
ão, õe: Deram-na como vencedora; Põe-nos sobre a mesa. Vossa Magnificência - V.Mag.a - reitores de universidades;
lhe, lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa do plural, Vossa Majestade - V.M. - reis, imperadores;
terminado em S não modificado: Nós entregamoS-lhe a cópia Vossa Santidade - V.S. - Papa;
do contrato. (o S permanece) Vossa Senhoria -V.Sa - tratamento cerimonioso.

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APOSTILAS OPÇÃO

- São também pronomes de tratamento: o senhor, a este, esta, isto, estes, estas
senhora, a senhorita, dona, você. Ex.:
- Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Não gostei deste livro aqui.
Neste ano, tenho realizado bons negócios.
Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente Esta afirmação me deixou surpresa: gostava de
dois fechos: química.
Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive O homem e a mulher são massacrados pela cultura
para o presidente da República. atual, mas esta é mais oprimida.
Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia esse, essa, esses, essas
ou de hierarquia inferior. Ex.:
Não gostei desse livro que está em tuas mãos.
- A forma Vossa (Senhoria, Excelência) é empregada Nesse último ano, realizei bons negócios.
quando se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não Gostava de química. Essa afirmação me deixou
compareceu à reunião dos sem-terra? (falando com a pessoa) surpresa.
- A forma Sua (Senhoria, Excelência ) é empregada quando aquele, aquela, aquilo, aqueles, aquelas
se fala sobre a pessoa: Sua Eminência, o cardeal, viajou para Ex.:
um congresso. (falando a respeito do cardeal) Não gostei daquele livro que a Roberta trouxe.
- Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria, Tenho boas recordações de 1960, pois naquele ano
Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2ª realizei bons negócios.
pessoa (com quem se fala), exigem que outros pronomes e o O homem e a mulher são massacrados pela cultura
verbo sejam usados na 3ª pessoa. Vossa Excelência sabe que atual, mas esta é mais oprimida que aquele.
seus ministros o apoiarão.
- para retomar elementos já enunciados, usamos aquele (e
Pronomes Possessivos variações) para o elemento que foi referido em 1º Iugar e este
São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas (e variações) para o que foi referido em último lugar. Ex.: Pais
da fala. e mães vieram à festa de encerramento; aqueles, sérios e
orgulhosos, estas, elegantes e risonhas.
Masculino Feminino - dependendo do contexto os demonstrativos também
Singular Plural Singular Plural servem como palavras de função intensificadora ou
meu meus minha minhas depreciativa. Ex.: Júlia fez o exercício com aquela calma!
teu teus tua tuas (=expressão intensificadora). Não se preocupe; aquilo é uma
seu seus sua suas tranqueira! (=expressão depreciativa)
nosso nossos nossa nossas - as formas nisso e nisto podem ser usadas com valor de
vosso vossos vossa vossas então ou nesse momento. Ex.: A festa estava desanimada; nisso,
seu seus sua suas a orquestra tocou um samba e todos caíram na dança.
- os demonstrativos esse, essa, são usados para destacar um
Emprego dos Pronomes Possessivos elemento anteriormente expresso. Ex.: Ninguém ligou para o
incidente, mas os pais, esses resolveram tirar tudo a limpo.
- O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode
provocar, às vezes, a ambiguidade da frase. Ex.: João Luís disse Pronomes Indefinidos
que Laurinha estava trabalhando em seu consultório. O São aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de
pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir-se modo vago indefinido, impreciso: Alguém disse que Paulo
tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No César seria o vencedor. Alguns desses pronomes são variáveis
caso, usa-se o pronome dele, dela para desfazer a ambiguidade. em gênero e número; outros são invariáveis.
- Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco,
numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus certo, vários, tanto, quanto, um, bastante, qualquer.
trinta anos. Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, outrem, algo, quem,
- Na linguagem popular, o tratamento seu como em: Seu nada, cada, mais, menos, demais.
Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma
alteração fonética da palavra senhor. Emprego dos Pronomes Indefinidos
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
concorda com o mais próximo. Ex.: Trouxe-me seus livros e - O indefinido cada deve sempre vir acompanhado de um
anotações. substantivo ou numeral, nunca sozinho: Ganharam cem
- Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos: me, dólares cada um. (inadequado: Ganharam cem dólares cada.)
te, lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguir-lhe os - Certo, certa, certos, certas, vários, várias, são indefinidos
passos. (os seus passos) quando colocados antes dos substantivos, e adjetivos quando
- Deve-se observar as correlações entre os pronomes colocados depois do substantivo: Certo dia perdi o controle da
pessoais e possessivos. “Sendo hoje o dia do teu aniversário, situação. (antes do substantivo= indefinido); Eles voltarão no
apresso-me em apresentar-te os meus sinceros parabéns; dia certo. (depois do substantivo=adjetivo).
Peço a Deus pela tua felicidade; Abraça-te o teu amigo que te - Todo, toda (somente no singular) sem artigo, equivale a
preza.” qualquer: Todo ser nasce chorando. (=qualquer ser;
- Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando indetermina, generaliza).
se trata de parte do corpo. Ex.: Um cavaleiro todo vestido de - Outrem significa outra pessoa. Ex.: Nunca se sabe o
negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada pensamento de outrem.
em sua, mão. (usa-se: no ombro; na mão) - Qualquer, plural quaisquer. Ex.: Fazemos quaisquer
negócios.
Pronomes Demonstrativos
Indicam a posição dos seres designados em relação às Locuções Pronominais Indefinidas: são locuções
pessoas do discurso, situando-os no espaço ou no tempo. pronominais indefinidas duas ou mais palavras que equivalem
Apresentam-se em formas variáveis e invariáveis. ao pronome indefinido: cada qual / cada um / quem quer que

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APOSTILAS OPÇÃO

seja / seja quem for / qualquer um / todo aquele que / um ou Questões


outro / tal qual (=certo).
01. (CRP 2º Região/PE - Psicólogo Orientador - Fiscal -
Pronomes Relativos Quadrix/2018)
São aqueles que representam, numa 2ª oração, alguma
palavra que já apareceu na oração anterior. Essa palavra da
oração anterior chama-se antecedente: Comprei um carro que
é movido a álcool e à gasolina. É Flex Power. Percebe-se que o
pronome relativo que, substitui na 2ª oração, o carro, por isso
a palavra que é um pronome relativo. Dica: substituir que por
o, a, os, as, qual / quais.
Os pronomes relativos estão divididos em variáveis e
invariáveis.
Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja,
cujas, quanto, quantos;
Invariáveis: que, quem, quando, como, onde.

Emprego dos Pronomes Relativos

- O relativo que, por ser o mais usado, é chamado de


relativo universal. Ele pode ser empregado com referência à
pessoa ou coisa, no plural ou no singular. Ex.: Este é o CD novo
que acabei de comprar; João Adolfo é o cara que pedi a Deus.
- O relativo que pode ter por seu antecedente o pronome
demonstrativo o, a, os, as. Ex.: Não entendi o que você quis
dizer. (o que = aquilo que). Em "Mas ele não tinha muitas chances", as palavras
- O relativo quem refere se a pessoa e vem sempre classificam-se, morfologicamente, na ordem em que aparecem,
precedido de preposição. Ex.: Marco Aurélio é o advogado a como
quem eu me referi. (A) preposição, pronome, advérbio, ação, nome e adjetivo.
- O relativo cujo e suas flexões equivalem a de que, do qual, (B) conjunção, pronome, advérbio, verbo, pronome e
de quem e estabelecem relação de posse entre o antecedente e substantivo.
o termo seguinte. (cujo, vem sempre entre dois substantivos) (C) interjeição, pronome, nome, verbo, artigo e adjetivo.
- O pronome relativo pode vir sem antecedente claro, (D) conector, nome, adjetivo, verbo, pronome e nome.
explícito; é classificado, portanto, como relativo indefinido, e (E) conjunção, substantivo, advérbio, verbo, advérbio e
não vem precedido de preposição. Ex.: Quem casa quer casa; adjetivo.
Feliz o homem cujo objetivo é a honestidade; Estas são as
pessoas de cujos nomes nunca vou me esquecer. 02. (IF/PA - Auxiliar em Administração -
- Só se usa o relativo cujo quando o consequente é FUNRIO/2016) O emprego do pronome relativo está de
diferente do antecedente. Ex.: O escritor cujo livro te falei é acordo com as normas da língua-padrão em:
paulista. (A) Finalmente aprovaram o decreto que lutamos tanto
- O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois por ele.
de si. (B) Nas próximas férias, minha meta é fazer tudo que tenho
- O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a: direito.
em que, no qual. Ex.: Desconheço o lugar onde vende tudo (C) Eu aprovaria o texto daquele parecer que o relator
mais barato. (= lugar em que) apresentou ontem.
- Quanto, quantos e quantas são relativos quando usados (D) Existe um escritor brasileiro que todos os brasileiros
depois de tudo, todos, tanto. Ex.: Naquele momento, a querida nos orgulhamos.
comadre Naldete, falou tudo quanto sabia. (E) Na política, às vezes acontecem traições onde mostram
muita sordidez.
Pronomes Interrogativos
São os pronomes em frases interrogativas diretas ou 03. (Eletrobras/Eletrosul - Técnico de Segurança do
indiretas. Os principais interrogativos são: que, quem, qual, Trabalho - FCC/2016)
quanto:
- Afinal, quem foram os prefeitos desta cidade? Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo
(interrogativa direta, COM o ponto de interrogação) movido a energia solar
- Gostaria de saber quem foram os prefeitos desta cidade.
(interrogativa indireta, SEM a interrogação) Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é extremo.
Sessenta e três graus ou até mais no verão. E foi exatamente por
causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi uma das
maiores usinas de energia solar do mundo.
Os Emirados Árabes estão investindo em fontes energéticas
renováveis. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra
por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem é diversificar e
poluir menos. Uma aposta no futuro.
A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do
papel a cidade sustentável de Masdar. Dez por cento do
planejado está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que
deixa os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As ruas
são bem estreitas para que um prédio faça sombra no outro. É
perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes isolam o

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APOSTILAS OPÇÃO

calor. E a direção dos ventos foi estudada para criar corredores - pessoa (primeira, segunda e terceira);
de brisa. - modo (indicativo, subjuntivo e imperativo, formas
(Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a nominais: gerúndio, infinitivo e particípio);
energia solar”. Disponível
em:http://g1.globo.com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-
- tempo (presente, passado e futuro);
cidade-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html) - e apresenta voz (ativa, passiva, reflexiva).

Considere as seguintes passagens do texto: De acordo com a vogal temática, os verbos estão agrupados
I. E foi exatamente por causa da temperatura que foi em três conjugações:
construída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia 1ª conjugação – ar: cantar, dançar, pular.
solar do mundo. (1º parágrafo) 2ª conjugação – er: beber, correr, entreter.
II. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por 3ª conjugação – ir: partir, rir, abrir.
mais 100 anos pelo menos. (2º parágrafo)
III. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor,
fora. (3º parágrafo) compor, impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua
IV. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça origem latina poer.
sombra no outro. (3º parágrafo)
Elementos Estruturais do Verbo
O termo “que” é pronome e pode ser substituído por “o As formas verbais apresentam três elementos em sua
qual” APENAS em estrutura: radical, vogal temática e tema.
(A) I e II. Radical: elemento mórfico (morfema) que concentra o
(B) II e III. significado essencial do verbo. Observe as formas verbais da
(C) I, II e IV. 1ª conjugação: contar, esperar, brincar. Flexionando esses
(D) I e IV. verbos, nota-se que há uma parte que não muda, e que nela
(E) III e IV. está o significado real do verbo.
cont é o radical do verbo contar;
04. (Pref. Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo - esper é o radical do verbo esperar;
IDHTEC/2016) brinc é o radical do verbo brincar.

Se tirarmos as terminações ar, er, ir do infinitivo dos


verbos, teremos o radical desses verbos. Também podemos
antepor prefixos ao radical: desnutrir / reconduzir.

Vogal Temática: é o elemento mórfico que designa a qual


conjugação pertence o verbo. Há três vogais temáticas: 1ª
conjugação: a; 2ª conjugação: e; 3ª conjugação: i.

Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal


temática. Ex.: contar - cont (radical) + a (vogal temática) =
tema. Se não houver a vogal temática, o tema será apenas o
radical (contei = cont ei).
O emprego do pronome “aquela” na charge: Desinências: são elementos que se juntam ao radical, ou
(A) Dá uma conotação irônica à frase. ao tema, para indicar as flexões de modo e tempo, desinências
(B) Representa uma forma indireta de se dirigir ao casal. modo temporais e desinências número pessoais.
(C) Permite situar no espaço aquilo a que se refere.
(D) Indica posse do falante. Contávamos
(E) Evita a repetição do verbo. Cont = radical
a = vogal temática
05. (Pref. Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala - va = desinência modo temporal
FEPESE/2016) Analise a frase abaixo: mos = desinência número pessoal
“O professor discutiu............mesmos a respeito da Flexões Verbais
desavença entre .........e ........ . Flexão de número e de pessoa: o verbo varia para indicar
o número e a pessoa.
Assinale a alternativa que completa corretamente as - eu estudo – 1ª pessoa do singular;
lacunas do texto. - nós estudamos – 1ª pessoa do plural;
(A) com nós - eu - ti - tu estudas – 2ª pessoa do singular;
(B) conosco - eu - tu - vós estudais – 2ª pessoa do plural;
(C) conosco - mim - ti - ele estuda – 3ª pessoa do singular;
(D) conosco - mim - tu - eles estudam – 3ª pessoa do plural.
(E) com nós - mim - ti
- Algumas regiões do Brasil, usam o pronome tu de forma
Gabarito diferente da fala culta, exigida pela gramática oficial, ou seja,
tu foi, tu pega, tu tem, em vez de: tu fostes, tu pegas, tu tens.
01.B / 02.C / 03.B / 04.C / 05.E - O pronome vós aparece somente em textos literários ou
bíblicos.
Verbo - Os pronomes: você, vocês, que levam o verbo na 3ª
pessoa, é o mais usado no Brasil.
É a palavra que indica ação, movimento, fenômenos da
natureza, estado, mudança de estado. Flexiona-se em:
- número (singular e plural);

Português 31
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APOSTILAS OPÇÃO

Flexão de tempo e de modo: os tempos situam o fato ou a Futuro do Pretérito: comeria, comerias, comeria,
ação verbal dentro de determinado momento; pode estar em comeríamos, comeríeis, comeriam.
plena ocorrência, pode já ter ocorrido ou não. Essas três
possibilidades básicas, mas não únicas, são: presente, 3ª Conjugação: -IR
pretérito e futuro. Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem.
Pretérito Perfeito: parti, partiste, partiu, partimos,
O modo indica as diversas atitudes do falante com relação partistes, partiram.
ao fato que enuncia. São três os modos: Pretérito Imperfeito: partia, partias, partia,
- Modo Indicativo: a atitude do falante é de certeza, partíamos, partíeis, partiam.
precisão. O fato é ou foi uma realidade. Apresenta presente, Pretérito Mais-Que-Perfeito: partira, partiras, partira,
pretérito perfeito, imperfeito e mais que perfeito, futuro do partíramos, partíreis, partiram.
presente e futuro do pretérito. Futuro do Presente: partirei, partirás, partirá,
- Modo Subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza, de partiremos, partireis, partirão.
dúvida, exprime uma possibilidade. O subjuntivo expressa
Futuro do Pretérito: partiria, partirias, partiria,
uma incerteza, dúvida, possibilidade, hipótese. Apresenta partiríamos, partiríeis, partiriam.
presente, pretérito imperfeito e futuro. Ex: Tenha paciência,
Lourdes; Se tivesse dinheiro compraria um carro zero;
Emprego dos Tempos do Subjuntivo
Quando o vir, dê lembranças minhas.
- Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou
- Modo Imperativo: a atitude do falante é de ordem, um
duvidoso, muitas vezes ligados ao desejo, à suposição. Ex.:
desejo, uma vontade, uma solicitação. Indica uma ordem, um
Duvido de que apurem os fatos; Que surjam novos e honestos
pedido, uma súplica. Apresenta imperativo afirmativo e
políticos.
imperativo negativo.
- Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma
condição ou hipótese. Ex.: Se recebesse o prêmio, voltaria à
Emprego dos Tempos do Indicativo
universidade.
- Presente do Indicativo: para enunciar um fato
- Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético,
momentâneo. Ex.: Estou feliz hoje. Para expressar um fato que
pode ou não acontecer. Quando você fizer o trabalho, será
ocorre com frequência. Ex.: Eu almoço todos os dias na casa de
generosamente gratificado.
minha mãe. Na indicação de ações ou estados permanentes,
verdades universais. Ex.: A água é incolor, inodora, insípida.
1ª Conjugação –AR
- Pretérito Imperfeito: para expressar um fato passado,
Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance, que
não concluído. Ex.: Nós comíamos pastel na feira; Eu cantava
nós dancemos, que vós danceis, que eles dancem.
muito bem.
- Pretérito Perfeito: é usado na indicação de um fato Pretérito Imperfeito: se eu dançasse, se tu dançasses, se
passado concluído. Ex.: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi... ele dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se eles
- Pretérito Mais-Que-Perfeito: expressa um fato passado dançassem.
anterior a outro acontecimento passado. Ex.: Nós cantáramos Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando ele
no congresso de música. dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes,
- Futuro do Presente: na indicação de um fato realizado quando eles dançarem.
num instante posterior ao que se fala. Ex.: Cantarei domingo
no coro da igreja matriz. 2ª Conjugação -ER
- Futuro do Pretérito: para expressar um acontecimento Presente: que eu coma, que tu comas, que ele coma, que
posterior a um outro acontecimento passado. Ex.: Compraria nós comamos, que vós comais, que eles comam.
um carro se tivesse dinheiro Pretérito Imperfeito: se eu comesse, se tu comesses, se ele
comesse, se nós comêssemos, se vós comêsseis, se eles
1ª Conjugação: -AR comessem.
Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais, Futuro: quando eu comer, quando tu comeres, quando ele
dançam. comer, quando nós comermos, quando vós comerdes,
Pretérito Perfeito: dancei, dançaste, dançou, dançamos, quando eles comerem.
dançastes, dançaram.
Pretérito Imperfeito: dançava, dançavas, dançava, 3ª conjugação – IR
dançávamos, dançáveis, dançavam. Presente: que eu parta, que tu partas, que ele parta, que
Pretérito Mais-Que-Perfeito: dançara, dançaras, dançara, nós partamos, que vós partais, que eles partam.
dançáramos, dançáreis, dançaram. Pretérito Imperfeito: se eu partisse, se tu partisses, se ele
Futuro do Presente: dançarei, dançarás, dançará, partisse, se nós partíssemos, se vós partísseis, se eles
dançaremos, dançareis, dançarão. partissem.
Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria, Futuro: quando eu partir, quando tu partires, quando ele
dançaríamos, dançaríeis, dançariam. partir, quando nós partirmos, quando vós partirdes,
quando eles partirem.
2ª Conjugação: -ER
Presente: como, comes, come, comemos, comeis, comem. Emprego do Imperativo
Pretérito Perfeito: comi, comeste, comeu, comemos, Imperativo Afirmativo
comestes, comeram. - Não apresenta a primeira pessoa do singular.
Pretérito Imperfeito: comia, comias, comia, comíamos, - É formado pelo presente do indicativo e pelo presente do
comíeis, comiam. subjuntivo.
- O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o “s”.
Pretérito Mais-Que-Perfeito: comera, comeras, comera,
comêramos, comêreis, comeram. - O restante é cópia fiel do presente do subjuntivo.
Futuro do Presente: comerei, comerás, comerá,
Presente do Indicativo: eu amo, tu amas, ele ama, nós
comeremos, comereis, comerão.
amamos, vós amais, eles amam.

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APOSTILAS
APOSTILA ELABORADA OPÇÃO
PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS

Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não,
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem. preceder ou estiver distante do verbo da oração principal
Imperativo afirmativo: (X), ama tu, ame você, amemos (verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do
nós, amai vós, amem vocês. período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação
verbal. Exs.:
Imperativo Negativo Na esperança de sermos atendidos, muito lhe
- É formado através do presente do subjuntivo sem a agradecemos.
primeira pessoa do singular. Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem
- Não retira os “s” do tu e do vós. futebol.
Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
Presente do Subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem. crianças.
Imperativo negativo: (X), não ames tu, não ame você, não
amemos nós, não ameis vós, não amem vocês. - Com os verbos causativos "deixar", "mandar" e
"fazer" e seus sinônimos que não formam locução verbal
Além dos três modos citados (Indicativo, Subjuntivo e com o infinitivo que os segue. Ex.: Deixei-os sair cedo hoje.
Imperativo), os verbos apresentam ainda as formas nominais: - Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e
infinitivo – impessoal e pessoal, gerúndio e particípio. sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão.
Ex.: Vi-os entrar atrasados. Ouvi-as dizer que não iriam à
Infinitivo Impessoal7 festa.
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal,
isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, Infinitivo Pessoal
não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. É o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na
Assim, considera-se apenas o processo verbal. Ex.: Amar é 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências,
sofrer. assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-
Podendo ter valor e função de substantivo. Ex.: Viver é se da seguinte maneira:
lutar. (= vida é luta); É indispensável combater a corrupção. (= 2ª pessoa do singular: radical + ES. Ex.: teres (tu)
combate à) 1ª pessoa do plural: radical + mos. Ex.: termos (nós)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente 2ª pessoa do plural: radical + dês. Ex.: terdes (vós)
(forma simples) ou no passado (forma composta). Ex.: É 3ª pessoa do plural: radical + em. Ex.: terem (eles)
preciso ler este livro; Era preciso ter lido este livro.
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa
pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo colocação.
impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas
pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso
contexto da frase). Ex.: Para ler melhor, eu uso estes óculos. significa que ele atribui um agente ao processo verbal,
(1ª pessoa); Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa) flexionando-se.
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:
O infinitivo impessoal é usado:
- Quando o sujeito da oração estiver claramente
- Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se expresso. Exs.:
referir a um sujeito determinado. Ex. Querer é poder. Se tu não perceberes isto...
Fumar prejudica a saúde. É proibido colar cartazes neste Convém vocês irem primeiro.
muro. O bom é sempre lembrarmos (sujeito desinencial, sujeito
- Quando tem valor de Imperativo. Ex. Soldados, implícito = nós) desta regra.
marchar! (= Marchai!) Esquerda, volver!
- Quando é regido de preposição (geralmente - Quando tiver sujeito diferente daquele da oração
precedido da preposição “de”) e funciona como principal. Exs.:
complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos
oração anterior. Ex.: Eles não têm o direito de gritar assim. estudarem bastante para a prova.
As meninas foram impedidas de participar do jogo. Eu os Perdoo-te por me traíres.
convenci a aceitar. O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade.
O guarda fez sinal para os motoristas pararem.
No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar",
"tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) - Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na
deve ser flexionado. Exs.: terceira pessoa do plural). Exs.:
Eram pessoas difíceis de serem contentadas. Faço isso para não me acharem inútil.
Aqueles remédios são ruins de serem tomados. Temos de agir assim para nos promoverem.
Os jogos que você me emprestou são agradáveis de serem Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua
jogados. conduta.

- Nas locuções verbais. Ex.: Queremos acordar bem cedo - Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade
amanhã. Eles não podiam reclamar do colégio. Vamos pensar de ação. Exs.:
no seu caso. Vi os alunos abraçarem-se alegremente.
- Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da Fizemos os adversários cumprimentarem-se com
oração anterior. Ex. Eles foram condenados a pagar pesadas gentileza.
multas. Devemos sorrir ao invés de chorar. Tenho ainda alguns Mandei as meninas olharem-se no espelho.
livros por (para) publicar.

7 https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf69.php

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APOSTILAS OPÇÃO

Gerúndio (C) Ambos estão na terceira pessoa do singular do presente


Pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Ex.: Saindo de do modo indicativo.
casa, encontrei alguns amigos. (Função de advérbio); Nas ruas, (D) Ambos estão no presente do modo indicativo, embora
havia crianças vendendo doces. (Função adjetivo) o primeiro esteja na terceira pessoa do singular e o segundo na
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; terceira pessoa do plural.
na forma composta, uma ação concluída. Ex.: Trabalhando, (E) Ambos estão no presente do modo subjuntivo, embora
aprenderás o valor do dinheiro; Tendo trabalhado, aprendeu o o primeiro esteja na terceira pessoa do singular e o segundo na
valor do dinheiro. terceira pessoa do plural.

Particípio 02. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2018)


Quando não é empregado na formação dos tempos
compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma O drama dos viciados em dívidas
ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Ex.:
Terminados os exames, os candidatos saíram. Quando o Apesar dos sinais de recuperação da economia, o número
particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação de brasileiros endividados chegou a 61,7 milhões em fevereiro
temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo passado – o equivalente a 40% da população adulta. O número
(adjetivo verbal). Ex.: Ela foi a aluna escolhida para é alto porque o hábito de manter as contas em dia não é apenas
representar a escola. uma questão financeira decorrente do estado geral da
economia – pode ser uma questão comportamental. Por isso,
1ª Conjugação –AR há grupos especializados que promovem reuniões semanais
Infinitivo Impessoal: dançar. com devedores, com a finalidade de trocar experiências sobre
Infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu; dançar ele, consumo impulsivo e propensão a viver no vermelho. Uma
dançarmos nós, dançardes vós, dançarem eles. dessas organizações é o Devedores Anônimos (DA), que
Gerúndio: dançando. funciona nos mesmos moldes do Alcoólicos Anônimos (AA).
Particípio: dançado. Pertencer a uma classe social mais alta não livra ninguém
do problema. As pessoas de maior renda são justamente as que
2ª Conjugação –ER têm maior resistência em admitir a compulsão. Pior. É comum
Infinitivo Impessoal: comer. que, diante dos apuros, como a perda do emprego, algumas
Infinitivo pessoal: comer eu, comeres tu, comer ele, tentem manter o mesmo padrão de vida em lugar de cortar
comermos nós, comerdes vós, comerem eles. gastos para se encaixar na nova realidade. Pedir um
empréstimo para quitar outra dívida é um comportamento
Gerúndio: comendo.
recorrente entre os endividados.
Particípio: comido.
Para sair do vermelho, aceitar o vício é o primeiro passo.
Uma vez que o devedor reconhece o problema, a próxima
3ª Conjugação –IR etapa é se planejar.
Infinitivo Impessoal: partir. (Felipe Machado e Tatiana Babadobulos, Veja, 04.04.2018. Adaptado)
Infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele,
partirmos nós, partirdes vós, partirem eles. Assinale a alternativa em que os verbos estão conjugados
Gerúndio: partindo. de acordo com a norma-padrão, em substituição aos trechos
Particípio: partido. destacados na passagem – É comum que, diante dos apuros,
como a perda do emprego, algumas tentem manter o mesmo
Questões padrão de vida.
(A) Poderia acontecer que ... mantêm
01. (UNEMAT - Psicólogo - 2018) (B) Pôde acontecer que ... mantessem
(C) Podia acontecer que ... mantivessem
(D) Pôde acontecer que ... manteram
(E) Podia acontecer que ... mantiveram

03. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2018) A vida


de Dorinha Duval foi, ____ . O processo ainda não havia ido a
Júri quando a tese da defesa foi mudada. Não seria mais
Disponível violenta emoção, mas legítima defesa. Ela não teria atirado no
https://www.facebook.com/tirasamandinho/photos/a.488361671209144.11396 marido por ter sido ___ e chamada de velha, mas ______ o marido
3. passou a agredi-la. De fato, o exame pericial de corpo de delito
488356901209621/1568398126538821/?type=3&theater.
Acesso em: fev.2018.
realizado em Dorinha constatou a existência de _______ em seu
corpo. A versão da legítima defesa era ______ .
(Luiza Nagib Eluf, A paixão no banco dos réus. Adaptado)
Na tirinha, Fê conversa com Camilo sobre o que ela
considera ser machismo na cerimônia de casamento, enquanto As expressões verbais empregadas em tempo que exprime
Pudim diz a Armandinho que tudo aquilo que a garota a ideia de hipótese são:
questiona é algo natural. (A) seria e teria.
Nas falas atribuídas à menina, o verbo ter aparece em Tem (B) foi e seria.
casamentos [...] (quadro 1) e em [...] essas coisas têm (C) teria e ter sido.
significados! (quadro 2). (D) foi e constatou.
(E) ter sido e passou.
Em relação a esses empregos do verbo ter, assinale a
alternativa correta. 04. (Pref. Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo -
(A) Em ambos, o verbo é impessoal. IDHTEC/2016) Morto em 2015, o pai afirma que Jules Bianchi
(B) Ambos estão na terceira pessoa do plural do presente não __________culpa pelo acidente. Em entrevista, Philippe
do modo indicativo. Bianchi afirma que a verdade nunca vai aparecer, pois os
pilotos __________ medo de falar. "Um piloto não vai dizer nada

Português 34
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APOSTILAS OPÇÃO

se existir uma câmera, mas quando não existem câmeras, Locução verbal com verbo principal no gerúndio
todos __________ até mim e me dizem. Jules Bianchi bateu com Ex.: Estou escrevendo
seu carro em um trator durante um GP, aquaplanou e não verbo auxiliar flexionado: estou
conseguiu __________para evitar o choque. verbo principal no gerúndio: escrevendo
(http://espn.uol.com.br/noticia/603278_pai-diz-que-pilotos-da-f-1-
temmedo-de-falar-a-verdade-sobre-o-acidente-fatal-de-bianchi)
Locução verbal com verbo principal no infinitivo
Ex.: Quero sair
Complete com a sequência de verbos que está no tempo,
verbo auxiliar flexionado: quero
modo e pessoa corretos:
verbo principal no infinitivo: sair
(A) Tem – tem – vem - freiar
(B) Tem – tiveram – vieram - frear
Locução verbal com verbo principal no particípio
(C) Teve – tinham – vinham – frenar
Ex.: Tinha decidido
(D) Teve – tem – veem – freiar
verbo auxiliar flexionado: tinha
(E) Teve – têm – vêm – frear
verbo principal no particípio: decidido
05. (Prefeitura Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala -
Em todos os exemplos a ideia central é expressa pelo verbo
FEPESE/2016) Assinale a alternativa em que está correta a
principal, os verbos auxiliares apenas indicam flexões de
correlação entre os tempos e os modos verbais nas frases
tempo, modo, pessoa, número e voz. Sem os verbos principais,
abaixo.
os auxiliares não teriam sentido algum.
(A) A entonação correta ao falarmos colabora com o
entendimento que o outro tem do assunto tratado e reforçaria
Questões
a nossa persuasão.
(B) Para falar bem em público, organize as ideias de acordo
01. (CISSUL/MG - Condutor Socorrista - IBGP/2017)
com o tempo que você terá e, antes de falar, ensaie sua
apresentação.
(C) A capacidade de os adolescentes virem a falar em
público, teria dependido dos bons ensinamentos da escola.
(D) Quem vier a comparar a fala dos jovens de hoje com os
da geração passada, haveria de concluir que os jovens de hoje
leem muito menos.
(E) O contato visual também é importante ao falar em
público. Passa empatia e envolveria o outro.

Gabarito

01.D / 02.C / 03.A / 04.E / 05.B


Assinale a alternativa que contém uma locução verbal
Locução Verbal extraída do cartum.
(A) Não terão.
Uma locução verbal8 é a combinação de um verbo (B) Como andar.
auxiliar e um verbo principal. Esses dois verbos, aparecendo (C) Vai chegar.
juntos na oração, transmitem apenas uma ação verbal, (D) Todos terão.
desempenhando o papel de um único verbo. Exemplo:
- estive pensando 02. (CRQ 4ª REGIÃO/SP - Fiscal - QUADRIX)
- quero sair
- pode ocorrer
- tem investigado
- tinha decidido

Função dos verbos auxiliares nas locuções verbais


Apenas o verbo auxiliar é flexionado. Verbo auxiliar é o
que perdendo significado próprio, é utilizado para auxiliar na
conjugação de outro, o verbo principal. Assim, o tempo, o
modo, o número, a pessoa e o aspecto da ação verbal são
indicados pelo verbo auxiliar.

Os auxiliares mais comuns são: “Ter, Haver, Ser e Estar”.


Contudo, outros verbos também atuam como verbos auxiliares
nas locuções verbais, como os verbos poder, dever, querer,
começar a, deixar de, voltar a, continuar a, entre outros.

Função dos verbos principais nas locuções verbais


Nas locuções verbais o verbo auxiliar aparece conjugado e
o principal numa das formas nominais: no gerúndio, no
infinitivo ou no particípio.

8 https://www.conjugacao.com.br/locucao-verbal/

Português 35
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APOSTILAS OPÇÃO

Qual forma verbal substituiria, sem causar alteração de Comparativo de:


sentido, a locução verbal "vou ter", que aparece no primeiro Igualdade - tão + advérbio + quanto, como: Sou tão feliz
quadrinho? quanto / como você.
(A) "terei". Superioridade - Analítico: mais do que. Ex.: Raquel é mais
(B) "teria". elegante do que eu.
(C) "tivera". - Sintético: melhor, pior que. Ex.: Amanhã será melhor do
(D) "tenha". que hoje.
(E) "tinha". Inferioridade - menos do que: Falei menos do que devia.

03. (Pref. João Pessoa/PB - Professor Língua Superlativo Absoluto:


Portuguesa - FGV) Uma locução verbal é o conjunto formado Analítico - mais, muito, pouco,menos: O candidato
por um verbo auxiliar + um verbo principal, este último defendeu-se muito mal.
sempre em forma nominal. Nas frases a seguir as formas Sintético - íssimo, érrimo: Localizei-o rapídíssimo.
verbais sublinhadas constituem uma locução verbal, à exceção
de uma. Assinale‐a. Emprego do Advérbio
(A) Todos podem entrar assim que chegarem. - Na linguagem coloquial, familiar, é comum o emprego do
(B) Se os grevistas querem trabalhar menos, não vou sufixo diminutivo dando aos advérbios o valor de superlativo
atendê‐los. sintético: agorinha, cedinho, pertinho, devagarinho,
(C) Deixem entrar todos os atrasados. depressinha, rapidinho (bem rápido). Exs.: Rapidinho chegou
(D) Elas não sabem cozinhar como antigamente. a casa; Moro pertinho da universidade.
(E) A plantação foi‐se expandindo para os lados - Frequentemente empregamos adjetivos com valor de
advérbio: A cerveja que desce redondo. (redondamente)
Gabarito - Bastante - antes de adjetivo, é advérbio, portanto, não vai
para o plural; equivale a muito / a: Aquelas jovens são bastante
01.C / 02.A / 03.C simpáticas e gentis.
- Bastante - antes de substantivo, é adjetivo, portanto vai
Advérbio para o plural, equivale a muitos / as: Contei bastantes estrelas
no céu.
É a palavra invariável que modifica um verbo (Chegou - Não confunda mal (advérbio, oposto de bem) com mau
cedo), um outro advérbio (Falou muito bem), um adjetivo (adjetivo, oposto de bom): Mal cheguei a casa, encontrei-a de
(Estava muito bonita). mau humor.
- Antes de verbo no particípio, diz-se mais bem, mais mal:
De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio Ficamos mais bem informados depois do noticiário notumo.
pode ser de: - Em frase negativa o advérbio já equivale a mais: Já não se
Tempo: ainda, agora, antigamente, antes, amiúde fazem professores como antigamente. (=não se fazem mais)
(=sempre), amanhã, breve, brevemente, cedo, diariamente, - Na locução adverbial a olhos vistos (=claramente), o
depois, depressa, hoje, imediatamente, já, lentamente, logo, particípio permanece no masculino plural: Minha irmã Zuleide
novamente, outrora. emagrecia a olhos vistos.
Lugar: aqui, acolá, atrás, acima, adiante, ali, abaixo, além, - Dois ou mais advérbios terminados em mente, apenas no
algures (=em algum lugar), aquém, alhures (= em outro lugar), último permanece mente: Educada e pacientemente, falei a
dentro, defronte, fora, longe, perto. todos.
Modo: assim, bem, depressa, aliás (= de outro modo ), - A repetição de um mesmo advérbio assume o valor
devagar, mal, melhor, pior, e a maior parte dos advérbios que superlativo: Levantei cedo, cedo.
termina em mente: calmamente, suavemente, rapidamente,
tristemente. Palavras e Locuções Denotativas: São palavras
Afirmação: certamente, decerto, deveras, efetivamente, semelhantes a advérbios e que não possuem classificação
realmente, sim, seguramente. especial. Não se enquadram em nenhuma das dez classes de
Negação: absolutamente, de modo algum, de jeito palavras. São chamadas de denotativas e exprimem:
nenhum, nem, não, tampouco (=também não). Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem. Ex.: Ainda
Intensidade: apenas, assaz, bastante, bem, demais, mais, bem que você veio.
meio, menos, muito, quase, quanto, tão, tanto, pouco. Designação, Indicação: eis. Ex.: Eis aqui o herói da turma.
Dúvida: acaso, eventuamente, por ventura, quiçá, Exclusão: exclusive, menos, exceto, fora, salvo, senão,
possivelmente, talvez. sequer: Ex.: Não me disse sequer uma palavra de amor.
Inclusão: inclusive, também, mesmo, ainda, até, além disso,
Locuçoes Adverbiais: são duas ou mais palavras que têm de mais a mais. Ex.: Também há flores no céu.
o valor de advérbio: às cegas, às claras, às toa, às pressas, às Limitação: só, apenas, somente, unicamente. Ex.: Só Deus é
escondidas, à noite, à tarde, às vezes, ao acaso, de repente, de perfeito.
chofre, de cor, de improviso, de propósito, de viva voz, de Realce: cá, lá, é que, sobretudo, mesmo. Ex.: Sei lá o que ele
medo, com certeza, por perto, por um triz, de vez em quando, quis dizer!
sem dúvida, de forma alguma, em vão, por certo, à esquerda, à Retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes. Ex.: Irei à
direta, a pé, a esmo, por ali, a distância. Bahia na próxima semana, ou melhor, no próximo mês.
- De repente o dia se fez noite. Explicação: por exemplo, a saber. Ex.: Você, por exemplo,
- Por um triz eu não me denunciei. tem bom caráter.
- Sem dúvida você é o melhor.
Questões
Graus dos Advérbios: o advérbio não vai para o plural, são 01. Assinale a frase em que meio funciona como advérbio:
palavras invariáveis, mas alguns admitem a flexão de grau: (A) Só quero meio quilo.
comparativo e superlativo. (B) Achei-o meio triste.
(C) Descobri o meio de acertar.
(D) Parou no meio da rua.

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APOSTILAS OPÇÃO

(E) Comprou um metro e meio. As preposições acidentais são palavras de outras classes
02. Só não há advérbio em: que atuam eventualmente como preposições. São: como (=na
(A) Não o quero. qualidade de), conforme (=de acordo com), consoante, exceto,
(B) Ali está o material. mediante, salvo, visto, segundo, senão, tirante. Ex.: Agia
(C) Tudo está correto. conforme sua vontade. (= de acordo com)
(D) Talvez ele fale.
(E) Já cheguei. - O artigo definido a que vem sempre acompanhado de um
substantivo, é flexionado: a casa, as casas, a árvore, as árvores,
03. Qual das frases abaixo possui advérbio de modo? a estrela, as estrelas. A preposição a nunca vai para o plural e
(A) Realmente ela errou. não estabelece concordância com o substantivo. Ex.: Fiz todo o
(B) Antigamente era mais pacato o mundo. percurso a pé. (não há concordância com o substantivo
(C) Lá está teu primo. masculino pé)
(D) Ela fala bem. - As preposições essenciais são sempre seguidas dos
(E) Estava bem cansado. pronomes pessoais oblíquos: Despediu-se de mim
rapidamente. Não vá sem mim.
04. Classifique a locução adverbial que aparece em
"Machucou-se com a lâmina". Locuções Prepositivas: é o conjunto de duas ou mais
(A) modo palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra
(B) instrumento é sempre uma preposição. Veja quais são: abaixo de, acerca de,
(C) causa acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, dentro de,
(D) concessão embaixo de, em cima de, em frente a, em redor de, graças a,
(E) fim junto a, junto de, perto de, por causa de, por cima de, por trás
de, a fim de, além de, antes de, a par de, a partir de, apesar de,
05. (PC/SP - Investigador de Polícia - VUNESP/2018) através de, defronte de, em favor de, em lugar de, em vez de,
Nos EUA, a psicanálise lembra um pouco certas seitas – as (=no lugar de), ao invés de (=ao contrário de), para com, até a.
ideias do fundador são institucionalizadas e defendidas por - Não confunda locução prepositiva com locução adverbial.
discípulos ferrenhos, mas suas instituições parecem não Na locução adverbial, nunca há uma preposição no final, e sim
responder às necessidades atuais da sociedade. Talvez porque no começo: Vimos de perto o fenômeno do “tsunami”.
o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las. (locução adverbial); O acidente ocorreu perto de meu atelier.
Freud era um neurologista, e queria encontrar na Biologia (locução prepositiva)
as bases do comportamento. Como a tecnologia de então não - Uma preposição ou locução prepositiva pode vir com
lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria, criando a outra preposição: Abola passou por entre as pernas do
psicanálise. Cientista que era, contudo, nunca se apaixonou por goleiro. Mas é inadequado dizer: Proibido para menores de até
suas ideias, revisando sua obra ao longo da vida. Ele chegou a 18 anos; Financiamento em até 24 meses.
afirmar: “A Biologia é realmente um campo de possibilidades
ilimitadas do qual podemos esperar as elucidações mais Combinações e Contrações
surpreendentes. Portanto, não podemos imaginar que Combinação: ocorre quando não há perda de fonemas:
respostas ela dará, em poucos decêndios, aos problemas que a+o, os= ao, aos / a+onde = aonde.
formulamos. Talvez essas respostas venham a ser tais que Contração: ocorre quando a preposição perde fonemas:
farão o edifício de nossas hipóteses colapsar”. Provavelmente, de+a, o, as, os, esta, este, isto = da, do, das, dos, desta, deste,
é sua frase menos citada. Por razões óbvias. disto.
(Galileu, novembro de 2017. Adaptado) - em+ um, uma, uns, umas, isto, isso, aquilo, aquele, aquela,
aqueles, aquelas = num, numa, nuns, numas, nisto, nisso,
Nos trechos – … Talvez porque o autor das ideias não esteja naquilo, naquele, naquela, naqueles.
mais aqui… – ; – … nunca se apaixonou por suas ideias… – ; – A - de+ entre, aquele, aquela, aquilo = dentre, daquele,
Biologia é realmente um campo de possibilidades ilimitadas… daquela, daquilo.
– e – Provavelmente, é sua frase menos citada. –, os advérbios - para+ a = pra.
destacados expressam, correta e respectivamente, A contração da preposição a com os artigos ou pronomes
circunstância de: demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo recebe o nome de
(A) lugar; tempo; modo; afirmação. crase e é assinalada na escrita pelo acento grave ficando assim:
(B) lugar; tempo; afirmação; dúvida. à, às, àquele, àquela, àquilo.
(C) lugar; negação; modo; intensidade.
(D) afirmação; negação; afirmação; afirmação. Valores das Preposições
(E) afirmação; negação; modo; dúvida.
A
Gabarito (movimento=direção): Foram a Lucélia comemorar os
Anos Dourados.
01.B / 02.C / 03.D / 04.B / 05.B Modo: Partiu às pressas.
Tempo: Iremos nos ver ao entardecer.
Preposição Apreposição a indica deslocamento rápido: Vamos à praia.
(ideia de passear)
É a palavra invariável que liga um termo dependente a um
termo principal, estabelecendo uma relação entre ambos. As Ante
preposições podem ser: essenciais ou acidentais. (diante de): Parou ante mim sem dizer nada, tanta era a
emoção.
As preposições essenciais atuam exclusivamente como Tempo (substituída por antes de): Preciso chegar ao
preposições. São: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, encontro antes das quatro horas.
entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Exs.: Não dê
atenção a fofocas; Perante todos disse, sim. Após (depois de): Após alguns momentos desabou num
choro arrependido.

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APOSTILAS OPÇÃO

Até Trás (situação posterior; é preposição fora de uso. É


(aproximação): Correu até mim. substituída por atrás de, depois de): Por trás desta carinha
Tempo: Certamente teremos o resultado do exame até a vê-se muita falsidade.
semana que vem.
Atenção: Se a preposição até equivaler a inclusive, será Questões
palavra de inclusão e não preposição. Os sonhadores amam
até quem os despreza. (inclusive) 01. (PC/SP - Papiloscopista Policial - VUNESP/2018)

Com (companhia): Rir de alguém é falta de caridade;


deve-se rir com alguém.
Causa: A cidade foi destruída com o temporal.
Instrumento: Feriu-se com as próprias armas.
Modo: Marfinha, minha comadre, veste-se sempre com
elegância.

Contra
(oposição, hostilidade): Revoltou-se contra a decisão do
tribunal.
Direção a um limite: Bateu contra o muro e caiu.

De (origem): Descendi de pais trabalhadores e honestos.


Lugar: Os corruptos vieram da capital.
Causa: O bebê chorava de fome.
Posse: Dizem que o dinheiro do povo sumiu.
Assunto: Falávamos do casamento da Mariele.
Matéria: Era uma casa de sapé.
A preposição de não deve contrair-se com o artigo, que
precede o sujeito de um verbo. É tempo de os alunos
estudarem. (e não: dos alunos estudarem)

Desde No 3º quadrinho, nas três ocorrências, o sentido da


(afastamento de um ponto no espaço): Essa neblina vem preposição “sem” e o das expressões que ela forma são,
desde São Paulo. respectivamente, de
Tempo: Desde o ano passado quero mudar de casa. (A) negação e causa.
(B) adição e condição.
Em (C) ausência e modo.
(lugar): Moramos em Lucélia há alguns anos. (D) falta e consequência.
Matéria: As queridas amigas Nilceia e Nadélgia moram em (E) exceção e intensidade.
Curitiba.
Especialidade: Minha amiga Cidinha formou-se em Letras. 02. (Pref. Itaquitinga/PE - Técnico em Enfermagem -
Tempo: Tudo aconteceu em doze horas. IDHTEC/2016)
Entre (posição entre dois limites): Convém colocar o vidro MAMÃ NEGRA (Canto de esperança)
entre dois suportes.
Tua presença, minha Mãe - drama vivo duma Raça, Drama
Para de carne e sangue Que a Vida escreveu com a pena dos séculos!
Direção: Não lhe interessava mais ir para a Europa. Pelo teu regaço, minha Mãe, Outras gentes embaladas à voz da
Tempo: Pretendo vê-lo lá para o final da semana. ternura ninadas do teu leite alimentadas de bondade e poesia
Finalidade: Lute sempre para viver com dignidade. de música ritmo e graça... santos poetas e sábios... Outras
A preposição para indica permanência definitiva. Vou gentes... não teus filhos, que estes nascendo alimárias
para o litoral. (ideia de morar) semoventes, coisas várias, mais são filhos da desgraça: a
enxada é o seu brinquedo trabalho escravo - folguedo... Pelos
Perante (posição anterior): Permaneceu calado perante teus olhos, minha Mãe Vejo oceanos de dor Claridades de sol-
todos. posto, paisagens Roxas paisagens Mas vejo (Oh! se vejo!...) mas
vejo também que a luz roubada aos teus [olhos, ora esplende
Por (percurso, espaço, lugar): Caminhava por ruas demoniacamente tentadora - como a Certeza... cintilantemente
desconhecidas. firme - como a Esperança... em nós outros, teus filhos, gerando,
Causa: Por ser muito caro, não compramos um pendrive formando, anunciando -o dia da humanidade.
novo. (Viriato da Cruz. Poemas, 1961, Lisboa, Casa dos
Espaço: Por cima dela havia um raio de luz. Estudantes do Império)
Sem (ausência): Eu vou sem lenço sem documento. Em qual das alternativas o acento grave foi mal
empregado, pois não houve crase?
Sob (debaixo de / situação): Prefiro cavalgar sob o luar. (A) “Milena Nogueira foi pela primeira vez à quadra da
Viveu, sob pressão dos pais. escola de samba Império Serrano, na Zona Norte do Rio.”
(B) "Os relatos dos casos mostram repetidas violações dos
Sobre direitos à moradia, a um trabalho digno, à integridade cultural,
(em cima de, com contato): Colocou as taças de cristal a vida e ao território."
sobre a toalha rendada. (C) “O corpo de Lucilene foi encontrado próximo à ponte
Assunto: Conversávamos sobre política financeira. do Moa no dia 11 de maio.”

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APOSTILAS OPÇÃO

(D) “Fifa afirma que Blatter e Valcke enriqueceram às texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em
custas da entidade.” caso de injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de
(E) “Doriva saiu e Milton Cruz fez às vezes de técnico até a falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a
chegada de Edgardo Bauza no fim do ano passado.” desmentir e dar espaço ao contraditório.
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do
03. (TJ/AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça cão em nome da liberdade de expressão, que é mais expressão
Avaliador - FGV/2018) de ressentidos e covardes do que de liberdade, da verdadeira
liberdade. (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo,
Além do celular e da carteira, cuidado com as 16/05/2006 – adaptado)
figurinhas da Copa
Gilberto Porcidônio – O Globo, 12/04/2018 O segmento do texto em que o emprego da preposição EM
indica valor semântico diferente dos demais é:
A febre do troca-troca de figurinhas pode estar atingindo (A) “Tenho comentado aqui na Folha em diversas
uma temperatura muito alta. Preocupados que os mais afoitos crônicas”;
pelos cromos possam até roubá-los, muitos jornaleiros estão (B) A maioria dos abusos, se praticados em outros meios”;
levando seus estoques para casa quando termina o expediente. (C) “... seriam crimes já especificados em lei”;
Pode parecer piada, mas há até boatos sobre quadrilhas de (D) “...a comunicação virtual está em sua pré-história”;
roubo de figurinha espalhados por mensagens de celular. (E) “...ainda que em citação longa e sem aspas”.

No texto aparecem três ocorrências da preposição DE. Gabarito


1. “troca-troca de figurinhas”;
2. “roubo de figurinha”; 01.C / 02.E / 03.E / 04.C / 05.D
3. “mensagens de celular”.
Interjeição
Sobre o emprego dessa preposição nesses casos, é correto
afirmar que: É a palavra invariável que exprime emoções, sensações,
(A) os termos precedidos da preposição DE indicam estados de espírito ou apelos.
pacientes dos vocábulos anteriores;
(B) os termos precedidos da preposição DE indicam Locução Interjetiva: é o conjunto de duas ou mais
agentes dos termos anteriores; palavras com valor de uma interjeição: Muito bem! Que pena!
(C) os termos “de figurinha” e “de celular” são Quem me dera! Puxa, que legal!
complementos dos termos anteriores;
(D) os termos “de figurinhas” e “de celular” são adjuntos Classificaçao das Interjeições e Locuções Interjetivas
dos vocábulos precedentes;
(E) os termos “de figurinhas” e “de figurinha” são As intejeições e as locuções interjetivas são classificadas de
complementos dos vocábulos precedentes. acordo com o sentido que elas expressam em determinado
contexto. Assim, uma mesma palavra ou expressão pode
04. Assinale a alternativa em que a preposição destacada exprimir emoções variadas.
estabeleça o mesmo tipo de relação que na frase matriz: Admiração ou Espanto: Oh!, Caramba!, Oba!, Nossa!, Meu
Criaram-se a pão e água. Deus!, Céus!
(A) Desejo todo o bem a você. Advertência: Cuidado!, Atenção!, Alerta!, Calma!, Alto!,
(B) A julgar por esses dados, tudo está perdido. Olha lá!
(C) Feriram-me a pauladas. Alegria: Viva!, Oba!, Que bom!, Oh!, Ah!;
(D) Andou a colher alguns frutos do mar. Ânimo: Avante!, Ânimo!, Vamos!, Força!, Eia!, Toca!
(E) Ao entardecer, estarei aí. Aplauso: Bravo!, Parabéns!, Muito bem!
Chamamento: Olá!, Alô!, Psiu!, Psit!
05. (TJ/AL - Técnico Judiciário - FGV/2018) Aversão: Droga!, Raios!, Xi!, Essa não!, lh!
Medo: Cruzes!, Credo!, Ui!, Jesus!, Uh! Uai!
Ressentimento e Covardia Pedido de Silêncio: Quieto!, Bico fechado!, Silêncio!,
Chega!, Basta!
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os Saudação: Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!
usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma Concordância: Claro!, Certo!, Sim!, Sem dúvida!
legislação específica que coíba não somente os usos mas os Desejo: Oxalá!, Tomara!, Pudera!, Queira Deus! Quem me
abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação. A dera!
maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam
crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune Observe na relação acima, que as interjeições muitas vezes
injúrias, difamações e calúnias, bem como a violação dos são formadas por palavras de outras classes gramaticais:
direitos autorais, os plágios e outros recursos de apropriação Cuidado! Não beba ao dirigir! (cuidado é substantivo).
indébita.
No fundo, é um problema técnico que os avanços da Questões
informática mais cedo ou mais tarde colocarão à disposição
dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me 01. Assinale o par de frases em que as palavras destacadas
valendo do óbvio, a comunicação virtual está em sua pré- são substantivo e pronome, respectivamente:
história. (A) A imigração tornou-se necessária. / É dever cristão
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na praticar o bem.
internet, no que diz respeito aos cronistas, articulistas e (B) A Inglaterra é responsável por sua economia. / Havia
escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos muito movimento na praça.
ou deformados que circulam por aí e que não podem ser (C) Fale sobre tudo o que for preciso. / O consumo de
desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um jornal ou drogas é condenável.
revista é processado se publicar sem autorização do autor um

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APOSTILAS OPÇÃO

(D) Pessoas inconformadas lutaram pela abolição. / Exemplos:


Pesca-se muito em Angra dos Reis. Ela era explorada, mas não se queixava.
(E) Os prejudicados não tinham o direito de reclamar. / Os alunos estudaram, no entanto não conseguiram as
Não entendi o que você disse. notas necessárias.

02. Assinale o item que só contenha preposições: 3. Alternativas (alternância)


(A) durante, entre, sobre
(B) com, sob, depois Ou, ou
(C) para, atrás, por Ora, ora
(D) em, caso, após Quer, quer
(E) após, sobre, acima Já, já

03. Observe as palavras grifadas da seguinte frase: Exemplos:


“Encaminhamos a V. Senhoria cópia autêntica do Edital nº Ou você vem agora, ou não haverá mais ingressos.
19/82.” Elas são, respectivamente: Ora chovia, ora fazia sol.
(A) verbo, substantivo, substantivo
(B) verbo, substantivo, advérbio 4. Conclusivas (conclusão)
(C) verbo, substantivo, adjetivo Logo
(D) pronome, adjetivo, substantivo Portanto
(E) pronome, adjetivo, adjetivo Por conseguinte
Pois (após o verbo)
04. Assinale a opção em que a locução grifada tem valor
adjetivo:
Exemplos:
(A) “Comprei móveis e objetos diversos que entrei a
O caminho é perigoso; vá, pois, com cuidado!
utilizar com receio.”
Estamos nos esforçando, logo seremos recompensados.
(B) “Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos.”
(C) “Pediu-me com voz baixa cinquenta mil réis.”
5. Explicativas (explicação)
(D) “Expliquei em resumo a prensa, o dínamo, as serras...”
Que
(E) “Resolvi abrir o olho para que vizinhos sem
Porque
escrúpulos não se apoderassem do que era delas.”
Porquanto
05. O "que" está com função de preposição na alternativa: Pois (antes do verbo)
(A) Veja que lindo está o cabelo da nossa amiga!
(B) Diz-me com quem andas, que eu te direi quem és. Exemplos:
(C) João não estudou mais que José, mas entrou na Não leia no escuro, que faz mal à vista.
Faculdade. Compre estas mercadorias, pois já estamos ficando sem.
(D) O Fiscal teve que acompanhar o candidato ao banheiro. Conjunções Subordinativas
(E) Não chore que eu já volto.
Ligam uma oração principal a uma oração subordinativa,
Gabarito com verbo flexionado.

01.E / 02.A / 03.C / 04.E / 05.D 1. Integrantes: iniciam a oração subordinada substantiva
– Que / Se / Como
Conjunções
Exemplos:
Exercem a função de conectar as palavras dentro de uma Todos perceberam que você estava atrasado.
oração. Desta forma, elas estabelecem uma relação de Aposto como você estava nervosa.
coordenação ou subordinação e são classificadas em:
Conjunções Coordenativas e Conjunções Subordinativas. 2. Temporais (Tempo) – Quando / Enquanto / Logo que /
Assim que / Desde que
Conjunções Coordenativas Exemplos:
Logo que chegaram, a festa acabou.
1. Aditivas (Adição) Quando eu disse a verdade, ninguém acreditou.
E
Nem 3. Finais (Finalidade) – Para que / A fim de que
Não só... Mas também Exemplo:
Foi embora logo, a fim de que ninguém o perturbasse.
Mas ainda
Senão
4. Proporcionais (Proporcionalidade) – À proporção que
/ À medida que / Quanto mais ... mais / Quanto menos...
Exemplos: menos
Viajamos e descansamos. Exemplos:
Eu não só estudo, mas também trabalho. À medida que se vive, mais se aprende.
Quanto mais se preocupa, mais se aborrece.
2. Adversativas (posição contrária)
5. Causais (Causa) – Porque / Como / Visto que / Uma
Mas vez que
Porém Exemplo: Como estivesse doente, não pôde sair.
Todavia
Entretanto 6. Condicionais (Condição) – Se / Caso / Desde que
No entanto

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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplos: A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou esta


Comprarei o livro, desde que esteja disponível. quinta-feira que um adulto consuma por dia menos de dois
Se chover, não poderemos ir. gramas de sódio – ou seja, menos de cinco gramas de sal –
para reduzir os níveis de pressão arterial e as doenças
7. Comparativas (Comparação) – Como / Que / Do que / cardiovasculares.
Quanto / Que nem Pela primeira vez, a OMS faz recomendações também
Exemplos: para as crianças com mais de dois anos de idade, para que as
Os filhos comeram como leões. doenças relacionadas com a alimentação não se tornem
A luz é mais veloz do que o som. crônicas na idade adulta. Neste caso, a OMS diz que os valores
devem ainda ser mais baixos do que os dois gramas de sódio,
8. Conformativas (Conformidade) – Como / Conforme / devendo ser adaptados tendo em conta o tamanho, a idade e
Segundo as necessidades energéticas.
Exemplos: Teresa Firmino Adaptado de publico.pt/ciencia
As coisas não são como parecem.
Farei tudo, conforme foi pedido. Em para reduzir os níveis de pressão arterial e as doenças
cardiovasculares, a palavra para expressa o seguinte
9. Consecutivas (Consequência) – Que (precedido dos significado:
termos: tal, tão, tanto...) / De forma que (A) oposição
Exemplos: (B) finalidade
A menina chorou tanto, que não conseguiu ir para a (C) causalidade
escola. (D) comparação
Ontem estive viajando, de forma que não consegui (E) temporalidade
participar da reunião.
03. (SEDUC/PA - Professor Classe I - Português -
10. Concessivas (Concessão) – Embora / Conquanto / CONSULPLAN/2018)
Ainda que / Mesmo que / Por mais que
Exemplos: Coisas & Pessoas
Todos gostaram, embora estivesse mal feito.
Por mais que gritasse, ninguém o socorreu. Desde pequeno, tive tendência para personificar as coisas.
Tia Tula, que achava que mormaço fazia mal, sempre gritava:
Questões “Vem pra dentro, menino, olha o mormaço!”. Mas eu ouvia o
mormaço com M maiúsculo. Mormaço, para mim, era um
01. (PC/SP - Papiloscopista Policial - VUNESP/2018) velho que pegava crianças! Ia pra dentro logo. E ainda hoje,
quando leio que alguém se viu perseguido pelo clamor
público, vejo com estes olhos o Sr. Clamor Público, magro,
arquejante, de preto, brandindo um guarda-chuva, com um
gogó protuberante que se abaixa e levanta no excitamento da
perseguição. E já estava devidamente grandezinho, pois devia
contar uns trinta anos, quando me fui, com um grupo de
colegas, a ver o lançamento da pedra fundamental da ponte
Uruguaiana-Libres, ocasião de grandes solenidades, com os
presidentes Justo e Getúlio, e gente muita, tanto assim que
fomos alojados os do meu grupo num casarão que creio fosse
a Prefeitura, com os demais jornalistas do Brasil e Argentina.
Era como um alojamento de quartel, com breve espaço entre
as camas e todas as portas e janelas abertas, tudo com os
alegres incômodos e duvidosos encantos, um vulto junto à
minha cama, senti-me estremunhado e olhei atônito para um
tipo de chiru, ali parado, de bigodes caídos, pala pendente e
chapéu descido sobre os olhos. Diante da minha muda
interrogação, ele resolveu explicar-se, com a devida calma:
– Pois é! Não vê que eu sou o sereno…
Na fala do personagem no segundo quadrinho “Apesar da E eis que, por milésimo de segundo, ou talvez mais,
aparência, sou um homem ultramoderno!”, a expressão julguei que se tratasse do sereno noturno em pessoa. [...]
destacada estabelece entre as informações relação de sentido (Mário Quintana. Caderno H. 5. ed. São Paulo: Globo, 1989,
de p. 153-154.)
(A) comparação.
(B) finalidade. Após a leitura do texto e considerando seu conteúdo,
(C) consequência. pode-se afirmar quanto ao emprego da conjunção em relação
(D) conclusão. à titulação do texto que o sentido produzido indica
(E) concessão. (A) compensação de um elemento em relação ao outro.
(B) acrescentamento de um elemento em relação ao
02. (Prefeitura Trindade/GO - Auxiliar outro.
Administrativo - FUNRIO/2016) (C) sobreposição do último elemento em detrimento do
primeiro.
OMS recomenda ingerir menos de cinco gramas de sal (D) estabelecimento de uma relação de um elemento
por dia para com o outro.

Se você tem o hábito de pegar no saleiro e polvilhar a


comida com umas pitadas de sal, é melhor pensar duas vezes.

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APOSTILAS OPÇÃO

04. (IF/PE - Técnico em Enfermagem - 2016)

Crônica da cidade do Rio de Janeiro Sintaxe. Termos da oração.


Processos de coordenação e
No alto da noite do Rio de Janeiro, luminoso, generoso, o
Cristo Redentor estende os braços. Debaixo desses braços os subordinação.
netos dos escravos encontram amparo.
Uma mulher descalça olha o Cristo, lá de baixo, e
apontando seu fulgor, diz, muito tristemente:
- Daqui a pouco não estará mais aí. Ouvi dizer que vão tirar SINTAXE
Ele daí.
- Não se preocupe – tranquiliza uma vizinha. – Não se Sintaxe9 é a parte da gramática que estuda a disposição das
preocupe: Ele volta. palavras nos períodos, bem como a relação lógica entre elas.
A polícia mata muitos, e mais ainda mata a economia. Na De maneira geral, podemos dizer que a sintaxe é o conjunto
cidade violenta soam tiros e também tambores: os atabaques, das regras que determinam as diferentes possibilidades de
ansiosos de consolo e de vingança, chamam os deuses associação entre as palavras da língua para a formação de
africanos. Cristo sozinho não basta. enunciados verbais.
(GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: Para que a comunicação/interação verbal ocorra de
L&PM Pocket, 2009.) maneira eficiente e organizada entre os falantes, as línguas
possuem não somente um léxico composto por milhares de
Na construção “A polícia mata muitos, e mais ainda mata a palavras, mas também algumas regras que determinam o
economia”, a conjunção em destaque estabelece, entre as modo como as palavras podem combinar-se para formar os
orações, enunciados a partir de uma relação lógica. Essas regras são
(A) uma relação de adição. aquilo que definem a sintaxe das línguas.
(B) uma relação de oposição.
(C) uma relação de conclusão. Funções e Relações Sintáticas
(D) uma relação de explicação.
(E) uma relação de consequência. O enunciado10 se encaixa em uma
organização/estruturação específica prevista na língua. Essa
05. (COPASA - Analista de Saneamento - organização é sempre regulada pela sintaxe, a qual define as
Administrador - FUMARC/2018) sequências possíveis no interior dessas estruturas.

Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque Funções Sintáticas


sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Consiste na função específica de cada elemento na
Respiramos a cultura da medicalização. Não nos sentença ao se relacionar com outros elementos que também
perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. compõem o enunciado.
Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao
sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da Relações Sintáticas
riqueza. Consiste nas relações estabelecidas entre as palavras que
definem as estruturas possíveis na sintaxe das línguas.
Sobre os itens lexicais destacados no fragmento, estão
corretas as afirmativas, EXCETO: Quando falamos em sintaxe, devemos estudar os seguintes
(A) A conjunção “nem” liga dois itens (indústria / assuntos dentro da gramática:
sistema) indicando oposição entre eles. - Análise Sintática;
(B) A conjunção “porque” introduz uma relação de
causalidade entre as partes do período de que faz a ligação. ANÁLISE SINTÁTICA
(C) O conectivo “se” poderia ser substituído por “caso” e
indica condicionalidade. A Análise Sintática examina a estrutura do período, divide
(D) O pronome “algum” transfere sua indefinitude ao e classifica as orações que o constituem e reconhece a função
substantivo que acompanha, “transtorno”. sintática dos termos de cada oração.

Gabarito Frase

01.E / 02.B / 03.D / 04.B / 05.A É todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer
comunicação. Pode expressar um juízo, indicar uma ação,
estado ou fenômeno, transmitir um apelo, uma ordem ou
exteriorizar emoções11. São exemplos de frases12:

“Por favor!”
“Bom dia, tudo bem com você?”

Os sinais de pontuação são as pausas especiais nas frases,


e quando ocorre a inversão do sujeito + predicado, a sua
compreensão depende do contexto.

Chamam-se frases nominais as que se apresentam sem o


verbo ou seja frases constituídas apenas por nomes,

9 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/sintaxe.htm 11 OTHON, Garcia, Comunicação em Prosa Moderna. FGV.2011.


10 https://portugues.uol.com.br/gramatica/sintaxe.html

Português 42
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APOSTILAS OPÇÃO

substantivo, adjetivo e pronome. verbos. Assinale, pois, as frases verbais:


Exemplo: Cada louco com sua mania. (A) Deus te guarde!
(B) As risadas não eram normais.
Tipos de Frases (C) Que ideia absurda!
Declarativas: anuncia algo de forma afirmativa ou (D) O fósforo quebrou – se em três pedacinhos.
negativa, ou juízo acerca de alguma coisa ou alguém: (E) Tão preta como o túnel!
Pedro estuda muito. (afirmativa) (F) Quem bom!
Jamais comprarei aquele carro. (negativa) (G) As ovelhas são mansas e pacientes.
(H) Que espírito irônico e livre!
Interrogativas: pergunta alguma coisa (com ponto de
interrogação) ou de forma indireta (sem o ponto de Respostas
interrogação).
Por que quebraste o vidro? 01. “a” e “d”
Gostaria de comprar uma casa.
02. a) interrogativa; b) imperativa; c) exclamativa; d)
Imperativas: expressa uma ordem, pedido, pode ser optativa; e) interrogativa; f) declarativa; g) imperativa; h)
afirmativa ou negativa. declarativa
“Silêncio! Respeite o professor.” (afirmativa)
Não faça loucuras. (negativa) 03. a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!; b) Luisinho,
procure os fósforos no bolso!; c) Meninos, olhem à sua volta!
Exclamativas: expressa uma admiração, surpresa,
arrependimento e etc. 04. a = guarde / b = eram / d = quebrou / g = são
Como ela é inteligente!
Não acertaram mais! Oração

Optativas: exprimir um desejo. É todo enunciado linguístico dotado de sentido, porém há,
Deus te acompanhe! necessariamente, a presença do verbo. A oração encerra uma
Que você consiga passar no concurso. frase (ou segmento de frase), várias frases ou um período,
completando um pensamento e concluindo o enunciado
Imprecativas: uma imprecação (lançar uma praga, através de ponto final, interrogação, exclamação e, em alguns
maldição). casos, através de reticências.
Não conseguindo atingir seu intento, dirigiu maldições Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes
contra seu desafeto. elípticos - ocultos).
Maldito seja quem encontrar você. Não têm estrutura sintática, portanto não são orações,
assim não podem ser analisadas sintaticamente frases como:
Atenção: Algumas frases só podem ser entendidas quando
compreendemos o contexto em que são empregadas, como por Socorro!
exemplo em frases que contém ironia, sarcasmo, deboche e Com licença!
escárnio. Pois estas as vezes acabam expressando o contrário Que rapaz impertinente!
do que aparentemente se diz.
Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como
Questões partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos ou
as unidades sintáticas da oração. Cada termo da oração
01. Marque apenas as frases nominais: desempenha uma função sintática.
(A) Que voz estranha! Os termos da oração na língua portuguesa são classificados
(B) A lanterna produzia boa claridade. em três grandes níveis:
(C) As risadas não eram normais. - Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado.
(D) Luisinho, não! - Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e
Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e
02. Classifique as frases em declarativa, interrogativa, Agente da Passiva).
exclamativa, optativa ou imperativa. - Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal,
(A) Você está bem? Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo.
(B) Não olhe; não olhe, Luisinho!
(C) Que alívio! Termos Essenciais da Oração
(D) Tomara que Luisinho não fique impressionado! Dois termos fundamentais da oração: sujeito e predicado.
(E) Você se machucou?
(F) A luz jorrou na caverna. Sujeito Predicado
(G) Agora suma, seu monstro!
Felicidade é estar satisfeito.
(H) O túnel ficava cada vez mais escuro.
Os jovens compraram os
doces.
03. Transforme a frase declarativa em imperativa. Siga o
Um carro tombou nas ruas.
modelo:
forte
Luisinho ficou pra trás. (declarativa)
Lusinho, fique para trás. (imperativa)
Sujeito: é equivocado dizer que o sujeito é aquele que
(A) Eugênio e Marcelo caminhavam juntos. pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma
(B) Luisinho procurou os fósforos no bolso. coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto
(C) Os meninos olharam à sua volta. semântico do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto
estilístico (o tópico da sentença).
04. Sabemos que frases verbais são aquelas que têm Já que o sujeito é depreendido de uma análise sintática,
vamos restringir a definição apenas ao seu papel sintático na

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APOSTILAS
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sentença: aquele que estabelece concordância com o núcleo do O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou
predicado. por uma palavra ou expressão substantivada. Exemplos:
Quando se trata de predicado verbal, o núcleo é sempre um
verbo; sendo um predicado nominal, o núcleo é sempre um O sino era grande.
nome. 13Tendo assim por características básicas: Ela tem uma educação fina.
- Estabelecer concordância com o núcleo do predicado; Vossa Excelência agiu com imparcialidade.
- Apresentar-se como elemento determinante em relação
ao predicado; O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um
- Constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer
ou, ainda, qualquer palavra substantivada. Exemplo: palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções adjetivas,
etc.). Exemplo: “Todos os ligeiros rumores da mata tinham
O banco está interditado hoje. uma voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar)
está interditado hoje: predicado nominal.
interditado: nome adjetivo = núcleo do predicado. Classificação dos Sujeitos
O banco: sujeito. Simples - tem um só núcleo, no singular ou plural: O
Banco: núcleo do sujeito - nome masculino singular. cachorro tem uma casinha linda.
Composto - apresenta mais de um núcleo: O garoto e a
No interior de uma sentença, o sujeito é o termo menina brincavam alegremente.
determinante, ao passo que o predicado é o termo Expresso - está explícito, enunciado: Eu trabalharei
determinado. Essa posição de determinante do sujeito em amanhã.
relação ao predicado adquire sentido com o fato de ser Oculto (ou elíptico) - está implícito, não está expresso,
possível, na língua portuguesa, uma sentença sem sujeito, mas funciona como algo que não está claro, porém, no texto está o
nunca uma sentença sem predicado. Exemplos: significado dele: Trabalharei amanhã. (se deduz “eu” a partir
da desinência do verbo).
As formigas invadiram minha casa. Agente - ação expressa pelo verbo da voz ativa: O garoto
as formigas: sujeito = termo determinante. chutou a bola.
invadiram minha casa: predicado = termo determinado. Paciente - recebe os efeitos da ação expressa pelo verbo
passivo: A bola é chutada pelo menino. Construíram-se
Há formigas na minha casa. açudes. (= Açudes foram construídos.)
há formigas na minha casa: predicado = termo Agente e Paciente - quando o sujeito realiza a ação
determinado. expressa por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe
sujeito: inexistente. os efeitos dessa ação: O operário feriu-se durante o trabalho;
Regina trancou-se no quarto.
O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma Indeterminado - quando não se indica o agente da ação
nominal, isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse verbal: Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem
nome se refere a objetos da primeira e segunda pessoa, o atropelou a senhora? Não se diz, não se sabe quem a
sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto atropelou.); Come-se bem naquele restaurante (quem come).14
(eu, tu, ele, etc.).
Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa, sua Observações:
representação pode ser feita através de um substantivo, de um - Não confunda sujeito indeterminado com sujeito oculto.
pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras, - Sujeito formado por pronome indefinido não é
cujo núcleo funcione, na sentença, como um substantivo. indeterminado, mas expresso: Ninguém lhe telefonou.
Exemplos: - Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o
verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer agente
Eu acompanho você até o guichê. já expresso nas orações anteriores: Na rua olhavam-no com
eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa. admiração. “De qualquer modo, foi uma judiação matarem a
moça”.
Vocês disseram alguma coisa? - Assinala-se a indeterminação do sujeito com um verbo
vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa (tu) ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se.
O pronome se, neste caso, é índice de indeterminação do
Marcos tem um fã-clube no seu bairro. sujeito. Pode ser omitido junto de infinitivos. Exemplos:
Marcos: sujeito = substantivo próprio. Aqui paga-se bem.
Devagar se vai ao longe.
Ninguém entra na sala agora. Quando se é jovem, a vida é vigorosa.
ninguém: sujeito = pronome substantivo.
- O verbo no infinitivo impessoal, ocorre a indeterminação
O andar deve ser uma atividade diária. do sujeito. Exemplo: É legal assistir a estes filmes clássicos.
o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa
oração. Normalmente, o sujeito antecede o predicado; todavia, a
posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em nossa
Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir língua. Exemplo: Da casa próxima apareceu aquela moça. / É
de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de difícil esta situação.
oração substantiva subjetiva:
Sem Sujeito - são enunciados através do predicado, o
É difícil optar por esse ou aquele doce... verbo não é atribuído a nenhum sujeito. Construídas com
É difícil: oração principal. verbos impessoais na 3ª pessoa do singular: Havia gatos na
optar por esse ou aquele doce: oração substantiva sala. / Choveu durante a festa.
subjetiva.

13 www.portalsaofrancisco.com.br/portugues/sujeito 14 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

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APOSTILAS OPÇÃO

São verbos impessoais: Haver (nos sentidos de existir, Predicação verbal - tem como núcleo um verbo que
acontecer, realizar-se, decorrer). transmite ideia de ação, pode ser uma locução verbal (dois
Fazer, passar, ser e estar, com referência ao tempo. verbos). Alguns verbos, por natureza, têm sentido completo,
Chover, ventar, nevar, gear, relampejar, amanhecer, podendo, por si mesmos, constituir o predicado: são os verbos
anoitecer e outros que exprimem fenômenos meteorológicos. de predicação completa denominados intransitivos.
Exemplos: A planta nasceu. / Os meninos correm.
Predicado - é a soma de todos os termos da oração, exceto
o sujeito e o vocativo. É tudo o que se declara na oração Outros verbos, que tem predicação incompleta (sentido
referindo-se ao sujeito (quando há sujeito). Sempre apresenta incompleto) conhecido como transitivos (precisam de
um verbo.15 Exemplo: complemento) Exemplos: Paulo comprou cinco pães. / A casa
pertence ao Júlio.
Victor conhece os amigos do rei.
sujeito: Victor = termo determinante. Observe que, sem os seus complementos, os verbos
predicado: conhece os amigos do rei = termo determinado. “comprou” e “pertence” não transmitiriam informações
completas, pois ainda fica a dúvida: Comprou o quê? Pertence
No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um nome, a quem?
quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da oração,
ou um verbo (ou locução verbal). Os verbos de predicação completa denominam-se de
Predicado nominal - (seu núcleo significativo é um nome, intransitivos e os de predicação incompleta de transitivos.
substantivo, adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por um verbo Os verbos transitivos subdividem-se em: transitivos
de ligação). diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e
Predicado verbal - (seu núcleo é um verbo, seguido, ou indiretos (bitransitivos).
não, de complemento(s) ou termos acessórios). Quando, num
mesmo segmento o nome e o verbo são de igual importância, Além dos verbos transitivos e intransitivos, que encerram
ambos constituem o núcleo do predicado e resultam no tipo de uma noção definida ou conteúdo significativo, ainda existem
predicado verbo-nominal (tem dois núcleos significativos: os de ligação, verbos que entram na formação do predicado
um verbo e um nome). Exemplos: nominal, relacionando o predicativo com o sujeito.

Victor era jogador. Quanto à predicação classificam-se, pois os verbos em:


predicado: era jogador. Intransitivos: são os que não precisam de complemento,
núcleo do predicado: jogador = atributo do sujeito. pois têm sentido completo. Exemplo: “Três contos bastavam,
tipo de predicado: nominal. insistiu ele.” (Machado de Assis)

Predicativo do sujeito - é o nome dado ao núcleo do Observações: Os verbos intransitivos podem vir
predicado nominal, é atribuído uma qualidade ou acompanhados de um adjunto adverbial e mesmo de um
característica ao sujeito. Os verbos de ligação (ser, estar, predicativo (qualidade, características). Exemplos:
parecer, etc.) são a ligação entre o sujeito e o predicado.
Exemplo: Fui cedo; Passeamos pela cidade; Cheguei atrasado;
Entrei em casa aborrecido.
A prefeitura comprou várias coisas na licitação.
predicado: comprou várias coisas na licitação. As orações formadas com verbos intransitivos não podem
núcleo do predicado: comprou = nova informação sobre o “transitar” (= passar) para a voz passiva. 16
sujeito Verbos intransitivos passam, ocasionalmente, a transitivos
tipo de predicado: verbal quando construídos com o objeto direto ou indireto. Exemplo:

Os meninos jogavam bola contentes. “Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do


predicado: jogavam bola contentes. Nascimento)
núcleos do predicado: jogavam = nova informação sobre o “Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís
sujeito; contentes = atributo do sujeito. Jardim)
tipo de predicado: verbo-nominal. “Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves
Dias)
Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é “Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no mundo
responsável também por definir os tipos de elementos que que já morreu...” (Ciro dos Anjos)
aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho
basta para compor o predicado (verbo intransitivo). Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer,
Em outros casos é necessário um complemento que, crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar,
juntamente com o verbo, constituem a nova informação sobre chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc.
o sujeito. De qualquer forma, esses complementos do verbo
não interferem na tipologia do predicado. Transitivos Diretos: pedem um objeto direto, ou seja,
Entretanto, é muito comum a elipse (ou omissão) do verbo, sempre um complemento sem preposição. Alguns verbos
quando este puder ser facilmente subentendido, em geral por deste grupo: julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar,
estar expresso ou implícito na oração anterior. Exemplos: designar, considerar, declarar, adotar, ter, fazer, etc. Exemplos:
Comprei um terreno e construí a casa.
“A fraqueza de Pilatos é enorme, a ferocidade dos algozes “Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês de
inexcedível.” (Machado de Assis) (Está subentendido o verbo Maricá)
é depois de algozes)
“Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Moreira da Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque os
Silva) (Subentende-se o verbo está depois de peixe) que formam o predicado verbo nominal e se constrói com o

15 PESTANA, Fernando. Gramática para concursos. Elsevier.2011. 16 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

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APOSTILAS OPÇÃO

complemento acompanhado de predicativo. Exemplos: Observações: os verbos de ligação não servem apenas de
Consideramos a situação difícil. anexo, mas exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais
Fernando trazia os documentos. se considera a qualidade atribuída ao sujeito. O verbo ser, por
Em geral, os verbos transitivos diretos são usados na voz exemplo, traduz aspecto permanente e o verbo estar, aspecto
passiva. transitório. Exemplos:
Podem receber como objeto direto, os pronomes o, a, os, Ele é doente. (aspecto permanente)
as: convido-o, encontro-os, incomodo-a, conheço-as. Ele está doente. (aspecto transitório).
Podem ser construídos acidentalmente com preposição, a Muito desses verbos passam à categoria dos intransitivos
qual lhes acrescenta novo sentido: arrancar da espada; puxar em frases como por exemplo: Era = existia) uma vez uma
da faca; pegar de uma ferramenta; tomar do lápis; cumprir princesa.;
com o dever; Eu não estava em casa. / Fiquei à sombra. / Anda com
Alguns verbos transitivos diretos: abençoar, achar, colher, dificuldades. / Parece que vai chover.17
avisar, abraçar, comprar, castigar, contrariar, convidar,
desculpar, dizer, estimar, elogiar, entristecer, encontrar, ferir, Os verbos, relativamente à predicação, não fixos. Variam
imitar, levar, perseguir, prejudicar, receber, saldar, socorrer, conforme apresentado na frase, a sua regência e sentido
ter, unir, ver, etc. podem pertencer a outro grupo. Exemplos:
O homem anda. (intransitivo)
Transitivos Indiretos: são os que reclamam um O homem anda triste. (de ligação)
complemento regido de preposição, chamado objeto indireto.
Exemplos: O cego não vê. (intransitivo)
“Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por uma O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto)
adolescente.” (Ciro dos Anjos)
“Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e Predicativo: expressa estado, qualidade ou condição do
neutros.” (Érico Veríssimo) ser ao qual se refere, ou seja, é um atributo. Dois predicativos
são apontados.
Observações: Entre os verbos transitivos indiretos
importa distinguir os que se constroem com os pronomes Predicativo do Sujeito: exprime um atributo, estado ou
objetivos lhe, lhes. Em geral são verbos que exigem a modo de ser do sujeito, aparece como verbo de ligação, no
preposição a: agradar-lhe, agradeço-lhe, apraz-lhe, bate-lhe, predicado nominal. Exemplos:
desagrada-lhe, desobedecem-lhe, etc. O aluno é estudioso e exemplar.
Entre os verbos transitivos indiretos importa distinguir os A casa era toda feita de pedras raras.
que não admitem para objeto indireto as formas oblíquas lhe,
lhes, construindo-se com os pronomes retos precedidos de Outro tipo de predicativo, aparece no predicado verbo-
preposição: aludir a ele, anuir a ele, assistir a ela, atentar nele, nominal. Exemplos:
depender dele, investir contra ele, não ligar para ele, etc. José chegou cansado.
Os meninos chegaram cansados.
Em princípio, verbos transitivos indiretos não comportam
a forma passiva. Excetuam-se pagar, perdoar, obedecer, e O predicativo subjetivo pode estar preposicionado; E pode
pouco mais, usados também como transitivos diretos. o predicativo ser antes do sujeito e do verbo. Exemplo:
Exemplos: São horríveis essas coisas!
João paga (perdoa, obedece) o médico. Que linda estava Amélia!
O médico é pago (perdoado, obedecido) por João. Completamente feliz ninguém é.

Há verbos transitivos indiretos, como atirar, investir, Predicativo do Objeto: é o termo que se refere ao objeto
contentar-se, etc., que admitem mais de uma preposição, sem de um verbo transitivo. Exemplos:
mudança de sentido. Outros mudam de sentido com a troca da As paixões tornam os homens felizes.
preposição. Exemplos: Nós julgamos o fato estranho.
Trate de sua vida. (tratar=cuidar).
É desagradável tratar com gente grosseira. (tratar=lidar). Observações: O predicativo objetivo, pode estar regido de
preposição. É facultativo, as vezes. E o predicativo objetivo em
Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc., variam de geral se refere ao objeto direto. Em casos especiais, pode
significação conforme sejam usados como transitivos diretos referir-se ao objeto indireto do verbo chamar. Exemplo:
ou indiretos. Chamavam-lhe poeta.
Podemos também antepor o predicativo a seu objeto como
Transitivos Diretos e Indiretos: utilizam com dois por exemplo: O advogado considerava indiscutíveis os
objetos: um direto, outro indireto, ao mesmo tempo. direitos da herdeira. / Julgo inoportuna essa viagem. / “E até
Exemplos: embriagado o vi muitas vezes.” / “Tinha estendida a seus pés
A jornalista fornece informações para os concorrentes. uma planta rústica da cidade.” / “Sentia ainda muito abertos
Oferecemos rosas a nossa amiga. os ferimentos que aquele choque com o mundo me causara.”
Ceda o carro para sua mãe.
Termos Integrantes da Oração
De Ligação: ligam ao sujeito o predicativo, uma palavra. Complementam o sentido de certos verbos e nomes para
Esses verbos, formam o predicado nominal. Exemplos: que a oração fique completa, são chamados de:
A casa é feia.
A carroça está torta. - Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto);
A menina anda (=está) alegre. - Complemento Nominal;
A vizinha parecia uma mulher virtuosa. - Agente da Passiva.

17 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

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Objeto Direto: complementa o sentido de um verbo principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da
transitivo direto, não regido por preposição. Dica: faça as eufonia da frase: Judas traiu a Cristo; Amemos a Deus sobre
perguntas “o quê?” ou “quem?”. Exemplos: todas as coisas. “Provavelmente, enganavam é a Pedro.”; “O
O menino matou o passarinho. (o menino matou quem ?) estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã”.
Geraldo ama Andressa. (Geraldo ama o quê?) - Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto
direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!; Ao
Características do objeto direto: médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A este
- Completa a significação dos verbos transitivos diretos; confrade conheço desde os seus mais tenros anos”.
- Normalmente, não vem regido de preposição; - Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro
- Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os matava a
verbo ativo. Ex. Caim matou Abel. ambos...”.
- Torna-se sujeito da oração na voz passiva. Ex. Abel foi - Com certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes
morto por Caim. a pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e
odeias a outros?; Aumente a sua felicidade, tornando felizes
O objeto direto pode ser constituído: também aos outros.; A quantos a vida ilude!.
- Por um substantivo ou expressão substantivada: O - Em certas construções enfáticas, como puxar (ou
lavrador cultiva a terra; Unimos o útil ao agradável. arrancar) da espada, pegar da pena, cumprir com o dever,
- Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos: atirar com os livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas
Espero-o na estação; Estimo-os muito; Sílvia olhou-se ao de aço fino...”; “Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da
espelho; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo-lo a agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a
tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu vos amo.; coser.”; “Imagina-se a consternação de Itaguaí, quando soube
“Marchei resolutamente para a maluca e intimei-a a ficar do caso.”
quieta.”; “Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de vista.”
- Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na Observações: Nos quatro primeiros casos estudados a
loja; A árvore que plantei floresceu. (que: objeto direto de preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativo; A
plantei); Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas substituição do objeto direto preposicionado pelo pronome
do livro, ela o faz com cuidado; “Que teria o homem percebido oblíquo átono, quando possível, se faz com as formas o(s), a(s)
nos meus escritos?” e não lhe, lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer ao amigo
(convencê-lo); O objeto direto preposicionado, é obvio, só
Frequentemente transitivam-se verbos intransitivos, ocorre com verbo transitivo direto; Podem resumir-se em três
dando-se-lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da as razões ou finalidades do emprego do objeto direto
mesma esfera semântica. Exemlos: preposicionado: a clareza da frase; a harmonia da frase; a
“Viveu José Joaquim Alves vida tranquila e patriarcal.” ênfase ou a força da expressão.
(Vivaldo Coaraci)
“Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal Objeto Direto Pleonástico: aquele que se repete na
Machado) sequência da frase. Quando queremos dar destaque ou ênfase
“Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.” à ideia contida no objeto direto, colocamo-lo no início da frase
(Machado de Assis) e depois o repetimos ou reforçamos por meio do pronome
Em tais construções é de rigor que o objeto venha oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal chama-
acompanhado de um adjunto.18 se pleonástico, enfático ou redundante. Exemplos:
Objeto Direto Preposicionado: antecipado por preposição O pão, Paulo o trazia dentro da sacola.
não obrigatória. Exemplos: Seus cachorros, ele os cuidava em amor.
Identifiquei a vocês todos naquela foto (quem identifica,
identifica a algo, o verbo não pede preposição). Objeto Indireto: por meio de uma preposição obrigatória,
completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Dica: faça
Em certos casos, o objeto direto, vem precedido de às perguntas “para quê, em quê, de quê, ou preposição mais
preposição, e ocorrerá: quem?”
- Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico: Exemplos:Meu irmão cuidava de toda a sua casa. (cuidava
Deste modo, prejudicas a ti e a ela; “Mas dona Carolina amava de quê ?) João gosta de goiaba. (gosta do quê ?)
mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me que Roberto
hostilizava antes a mim do que à ideia.”; “Ricardina lastimava - Transitivos Indiretos: Assisti ao filme; Assistimos à
o seu amigo como a si própria.”; “Amava-a tanto como a nós”. festa e à folia; Aludiu ao fato; Aspiro a uma casa boa.
- Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro
Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a - Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou
todos; deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo passiva): Dou graças a Deus; Dedicou sua vida aos doentes e
desenvolvimento das suas graças.”; “Agora sabia que podia aos pobres; Disse-lhe a verdade. (Disse a verdade ao moço.)
manobrar com ele, com aquele homem a quem na realidade
também temia, como todos ali”. O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras
- Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evitando categorias, os quais, no caso, são considerados acidentalmente
que o objeto direto seja tomado como sujeito, impedindo transitivos indiretos: A bom entendedor meia palavra basta;
construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o filho amado; Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a ele); Isto não lhe
“Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem cerimônia, como convém; A proposta pareceu-lhe aceitável.
a um irmão.”; A qual delas iria homenagear o cavaleiro?
- Em expressões de reciprocidade, para garantir a clareza Observações: Há verbos que podem construir-se com dois
e a eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns aos objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: Rogue a
outros.”; “As companheiras convidavam-se umas às outras.”; Deus por nós; Ela queixou-se de mim a seu pai.; Pedirei para
“Era o abraço de duas criaturas que só tinham uma à outra”. ti a meu senhor um rico presente; Não confundir o objeto
- Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas, direto com o complemento nominal nem com o adjunto

18 PESTANA, Fernando. Gramática para concursos. Elsevier.2011.

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APOSTILAS OPÇÃO

adverbial; Em frases como “Para mim tudo eram alegrias”, Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)
“Para ele nada é impossível”, os pronomes em destaque
podem ser considerados adjuntos adverbiais. Observações: Frase de forma passiva analítica sem
complemento agente expresso, ao passar para a ativa, terá
O objeto indireto é sempre regido de preposição, expressa sujeito indeterminado e o verbo na 3ª pessoa do plural: Ele foi
ou implícita. A preposição está implícita nos pronomes expulso da cidade. (Expulsaram-no da cidade.); As florestas
objetivos indiretos (átonos) me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. são devastadas. (Devastam as florestas.); Na passiva
Exemplos: Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te pertence. pronominal não se declara o agente: Nas ruas assobiavam-se
(=Isto pertence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo a você...); as canções dele pelos pedestres. (errado); Nas ruas eram
Peço-vos isto. (=Peço isto a vós.). Nos demais casos a assobiadas as canções dele pelos pedestres. (certo);
preposição é expressa, como característica do objeto indireto: Assobiavam-se as canções dele nas ruas. (certo)
Recorro a Deus; Dê isto a (ou para) ele.; Contenta-se com
pouco.; Ele só pensa em si.; Esperei por ti.; Falou contra nós.; Termos Acessórios da Oração
Conto com você.; Não preciso disto.; O filme a que assisti São os que desempenham na oração uma função
agradou ao público.; Assisti ao desenrolar da luta.; A coisa de secundária, qual seja a de caracterizar um ser, determinar os
que mais gosto é pescar.; A pessoa a quem me refiro você a substantivos, exprimir alguma circunstância. São três os
conhece.; Os obstáculos contra os quais luto são muitos.; As termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto
pessoas com quem conto são poucas. adverbial e aposto.

Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é Adjunto adnominal: é o termo (expressão) que se junta a
representado pelos substantivos (ou expressões substantivas) um nome para melhor função especificar, detalhar ou
ou pelos pronomes. As preposições que o ligam ao verbo são: caracterizar o sentido desse nome (substantivos).20 Exemplo:
a, com, contra, de, em, para e por. Meu irmão veste roupas vistosas. (Meu determina o
substantivo irmão: é um adjunto adnominal – vistosas
Objeto Indireto Pleonástico: sempre representado por caracteriza o substantivo roupas: é também adjunto
um pronome oblíquo átono para dar ênfase a um objeto adnominal).
indireto que já tem na frase. Exemplos: O adjunto adnominal pode ser expresso: Pelos adjetivos:
A mim o que me deu foi pena.”; “Que me importa a mim o água fresca, animal feroz; Pelos artigos: o mundo, as ruas;
destino de uma mulher tísica...? “E, aos brigões, incapazes de Pelos pronomes adjetivos: nosso tio, este lugar, pouco sal,
se moverem, basta-lhes xingarem-se a distância.” muitas rãs ,país cuja história conheço, que rua? Pelos
numerais: dois pés ,quinto ano; Pelas locuções ou expressões
Complemento Nominal: completa o sentido de um (nome) adjetivas que exprimem qualidade, posse, origem, fim ou outra
substantivo, de um adjetivo e um advérbio, sempre regido por especificação:
preposição. Exemplos: A defesa da pátria; “O ódio ao mal é - presente de rei (=régio): qualidade
amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino.”; “Ah, - livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença
não fosse ele surdo à minha voz!” - água da fonte, filho de fazendeiros: origem
- fio de aço, casa de madeira: matéria
Observações: O complemento nominal representa o - casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade
recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um
nome: amor a Deus, a condenação da violência, o medo de Observações: Não confundir o adjunto adnominal
assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compositor de formado por locução adjetiva com complemento nominal. Este
músicas, etc. É regido pelas mesmas preposições usadas no representa o alvo da ação expressa por um nome transitivo: a
objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de eleição do presidente, aviso de perigo, declaração de guerra,
complementar verbos, complementa nomes (substantivos, empréstimo de dinheiro, plantio de árvores, colheita de
adjetivos) e alguns advérbios em –mente. Os nomes que trigo, destruidor de matas, descoberta de petróleo, amor ao
requerem complemento nominal correspondem, geralmente, próximo, etc. O adjunto adnominal formado por locução
a verbos de mesmo radical: amor ao próximo, amar o adjetiva representa o agente da ação, ou a origem, pertença,
próximo ;perdão das injúrias, perdoar as injúrias; obediente qualidade de alguém ou de alguma coisa: o discurso do
aos pais, obedecer aos pais; regresso à pátria, regressar à presidente, aviso de amigo, declaração do ministro,
pátria; etc.19 empréstimo do banco, a casa do fazendeiro, folhas de
árvores, farinha de trigo, beleza das matas, cheiro de
Agente da Passiva: complementa um verbo na voz petróleo, amor de mãe.21
passiva. Sempre representa quem pratica a ação expressa pelo
verbo passivo. Vem regido na maioria das vezes pela Adjunto adverbial: termo que exprime uma circunstância
preposição por, e menos frequentemente pela preposição de: (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que
O vencedor foi escolhido pelos jurados. modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.
O menino estava cercado pelo seu pai e mãe. Exemplo: “Meninas numa tarde brincavam de roda na
praça”. O adjunto adverbial é expresso: Pelos advérbios:
O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos Cheguei tarde; Maria é mais alta; Não durma na cabana; Ele
ou pelos pronomes: fala bem, fala corretamente; Talvez esteja enganado.; Pelas
O cão foi atropelado pelo carro. locuções ou expressões adverbiais: Compreendo sem
Este caderno foi rabiscado por mim. esforço.; Saí com meu pai.; Paulo reside em São Paulo.;
Escureceu de repente.
O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na
voz ativa: Observações: Pode ocorrer a elipse da preposição antes
A menina foi penteada pela mãe. (voz passiva) de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noite, não
A mãe penteou a menina. (voz ativa) dormi. (=Naquela noite...); Domingo que vem não sairei. (=No

19 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004. 21 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.
20 AMARAL, Emília. Novas Palavras. Editora FTD.2016.

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APOSTILAS OPÇÃO

domingo...); Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (=De “Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!”
ouvidos atentos...); Os adjuntos adverbiais classificam-se de (Maria de Lourdes Teixeira)
acordo com as circunstâncias que exprimem: adjunto “A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado
adverbial de lugar, modo, tempo, intensidade, causa, de Assis)
companhia, meio, assunto, negação, etc. É importante saber “Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (Fagundes Varela)
distinguir adjunto adverbial de adjunto adnominal, de objeto
indireto e de complemento nominal: sair do mar (ad. adv.); Observação: Profere-se o vocativo com entoação
água do mar (adj. adn.); gosta do mar (obj. indir.); ter medo exclamativa. Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo
do mar (compl. nom.). inicial, os pontos interrogativo e exclamativo indicam um
chamado alto e prolongado. O vocativo se refere sempre à 2ª
Aposto: um termo ou expressão que associa a um nome pessoa do discurso, que pode ser uma pessoa, um animal, uma
anterior, e explica ou esclarece o sentido desse nome. coisa real ou entidade abstrata personificada. Podemos
Geralmente, separado dos outros termos da oração por dois antepor-lhe uma interjeição de apelo (ó, olá, eh!):
pontos, travessão e vírgula.
Exemplos: “Tem compaixão de nós, ó Cristo!” (Alexandre Herculano)
Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de estômago. “Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!”
“Nicanor, ascensorista, expôs-me seu caso de consciência.” (Graciliano Ramos)
(Carlos Drummond de Andrade) “Esconde-te, ó sol de maio ,ó alegria do mundo!” (Camilo
Castelo Branco)
O núcleo do aposto pode ser expresso por um substantivo O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura
ou por um pronome substantivo. Exemplo: da oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado.22
Os responsáveis pelo projeto, tu e a arquiteta, não podem
se ausentar. Questões

O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases 01. O termo em destaque é adjunto adverbial de
seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo do intensidade em:
sujeito. Ex. (A) pode aprender e assimilar MUITA coisa
Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas. (B) enfrentamos MUITAS novidades
As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé de (C) precisa de um parceiro com MUITO caráter
cores. (D) não gostam de mulheres MUITO inteligentes
(E) assumimos MUITO conflito e confusão
Os apostos, em geral, têm pausas, indicadas, na escrita, por
vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo pausa, não 02. Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há
haverá vírgula, como nestes exemplos: dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifados são
O romance Tróia; o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o respectivamente:
Colégio Tiradentes, etc. (A) sujeito – objeto direto;
“Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?” (B) sujeito – aposto;
(Graciliano Ramos) (C) objeto direto – aposto;
(D) objeto direto – objeto direto;
O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às (E) objeto direto – complemento nominal.
vezes, está elíptico. Exemplos:
Rapaz impulsivo, Mário não se conteve. 03. Assinale a alternativa em que o termo destacado é
Mensageira da ideia, a palavra é a mais bela expressão da objeto indireto.
alma humana. (A) “Quem faz um poema abre uma janela.” (Mário
Quintana)
O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exemplos: (B) “Toda gente que eu conheço e que fala comigo / Nunca
Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal de teve um ato ridículo / Nunca sofreu enxovalho (...)”
tempestade iminente. (Fernando Pessoa)
O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito. (C) “Quando Ismália enlouqueceu / Pôs-se na torre a
sonhar / Viu uma lua no céu, / Viu uma lua no mar.”
Um aposto refere a outro aposto, às vezes: (Alphonsus de Guimarães)
“Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do (D) “Mas, quando responderam a Nhô Augusto: ‘– É a
velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo Ivo) jagunçada de seu Joãozinho Bem-Bem, que está descendo para
a Bahia.’ – ele, de alegre, não se pôde conter.” (Guimarães
O aposto pode vir antecedido das expressões explicativas, Rosa)
ou da preposição acidental como:
04. “Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. Nessa frase
Dois países sul-americanos, isto é, a Colômbia e o Chile, o sujeito de “fez”?
não são banhados pelo mar. (A) o prêmio;
(B) o jogador;
O aposto que se refere a objeto indireto, complemento (C) que;
nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição: (D) o gol;
O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado. (E) recebeu.
“Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das
coisas.” (Raquel Jardim) 05. Assinale a alternativa correspondente ao período onde
há predicativo do sujeito:
Vocativo: termo que exprime um nome, título, apelido, (A) como o povo anda tristonho!
usado para chamar o interlocutor. (B) agradou ao chefe o novo funcionário;

22 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

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(C) ele nos garantiu que viria; As orações coordenadas sindéticas são classificadas de
(D) no Rio não faltam diversões; acordo com o sentido expresso pelas conjunções
(E) o aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação. coordenativas que as introduzem. E podem ser:

Gabarito - Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não


01.D \ 02.C \ 03.D \ 04.C \ 05.A só... mas também, não só... mas ainda.
Saí da escola / e fui à lanchonete.
Período OCA OCS Aditiva
Toda frase com uma ou mais orações constitui um período,
que se encerra com ponto de exclamação, interrogação ou Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
reticências. conjunção que expressa ideia de acréscimo ou adição com
O período de uma oração pode ser: simples quando só traz referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção
uma oração, também conhecida como oração absoluta; ou coordenativa aditiva.
composto quando traz mais de uma oração. Exemplo:
Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração absoluta.) O menino comprou pães e um leite.
Quero que você aprenda. (Período composto.) As crianças não gritavam e nem choravam.
Os celulares não somente instruem mas também
Existe uma maneira prática de saber quantas orações há divertem.
num período, e para isso basta contar os verbos ou locuções
verbais. Num período haverá tantas orações quantos forem os - Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas,
verbos ou as locuções verbais neles existentes. Exemplos: porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.

Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração) Estudei bastante / mas não passei no teste.
Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações) OCA OCS Adversativa
Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma
oração) Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas conjunção que expressa ideia de oposição à oração anterior, ou
locuções verbais, duas orações) seja, por uma conjunção coordenativa adversativa.

Há três tipos de período composto: por coordenação, por O aluno é estudioso, porém, suas notas são baixas.
subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo “É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles)
tempo (também chamada de período misto).
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto,
Período Composto por Coordenação – Orações por isso, pois, logo.
Coordenadas
Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão.
Considere, por exemplo, este período composto: OCA OCS Conclusiva
Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os
tempos de infância. Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
1ª oração: Passeamos pela praia conjunção que expressa ideia de conclusão de um fato
2ª oração: brincamos enunciado na oração anterior, ou seja, por uma conjunção
3ª oração: recordamos os tempos de infância coordenativa conclusiva.
As três orações que compõem esse período têm sentido
próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência Vives mentindo; logo, não mereces fé.
sintática: elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
relação de sentido, mas, como já dissemos, uma não depende
da outra sintaticamente. - Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou... ou,
As orações independentes de um período são chamadas de ora... ora, seja... seja, quer... quer.
orações coordenadas (OC), e o período formado só de
orações coordenadas é chamado de período composto por Seja mais educado / ou retire-se da reunião!
coordenação. OCA OCS Alternativa

As orações coordenadas são classificadas em assindéticas Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
e sindéticas. conjunção que estabelece uma relação de alternância ou
- As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando escolha com referência à oração anterior, ou seja, por uma
não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo: conjunção coordenativa alternativa.
Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram.
OCA OCA OCA Cale-se agora ou nunca mais fale.
Ora colocava a luca, ora a retirava.
“Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de
Assis) - Orações coordenadas sindéticas explicativas: que,
“A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.” porque, pois, porquanto.
(Antônio Olavo Pereira) Vamos andar depressa / que estamos atrasados.
“O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.” OCA OCS Explicativa
(Coelho Neto) Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção
que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação à
- As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa
vêm introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo: explicativa.
O homem saiu do carro / e entrou na casa. Não comprei o carro, porque estava muito caro.
OCA OCS Cumprimente-a, pois hoje é o seu aniversário.

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APOSTILAS OPÇÃO

Questões Todos querem / que você participe. (oração subordinada


com função de objeto direto)
01. Relacione as orações coordenadas por meio de Não pude sair / porque estava chovendo. (oração
conjunções: subordinada com função de adjunto adverbial de causa)
(A) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões
surgiram. Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma
(B) Não durma sem cobertor. A noite está fria. certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto,
(C) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los. subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo
menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a
02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele
marulhar das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de: é classificado como período composto por subordinação.
(A) causa As orações subordinadas são classificadas de acordo com a
(B) explicação função que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas.
(C) conclusão
(D) proporção Orações Subordinadas Adverbiais (OSA)
(E) comparação São aquelas que exercem a função de adjunto adverbial da
oração principal (OP). São classificadas de acordo com a
03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração conjunção subordinativa que as introduz:
sublinhada pode indicar uma ideia de:
(A) concessão - Causais: expressam a causa do fato enunciado na oração
(B) oposição principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que,
(C) condição visto que.
(D) lugar Não fui à escola / porque fiquei doente.
(E) consequência OP OSA Causal

04. Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, O tambor soa porque é oco.
entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido. Como não me atendessem, repreendi-os severamente.
1. Correu demais, ... caiu. Como ele estava armado, ninguém ousou reagir.
2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz. “Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de
3. A matéria perece, ... a alma é imortal. Sousa)
4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com
detalhes. - Condicionais: expressam hipóteses ou condição para a
5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde. ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se,
contanto que, a menos que, a não ser que, desde que.
(A) porque, todavia, portanto, logo, entretanto Irei à sua casa / se não chover.
(B) por isso, porque, mas, portanto, que OP OSA Condicional
(C) logo, porém, pois, porque, mas
(D) porém, pois, logo, todavia, porque Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos
(E) entretanto, que, porque, pois, portanto ofensores.
05. Reúna as três orações em um período composto por Se o conhecesses, não o condenarias.
coordenação, usando conjunções adequadas. “Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond
de Andrade)
Os dias já eram quentes. A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência
A água do mar ainda estava fria. tenha êxito.
As praias permaneciam desertas.
- Concessivas: expressam ideia ou fato contrário ao da
Respostas oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização.
Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais
01. Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões que, mesmo que.
surgiram. Ela saiu à noite / embora estivesse doente.
Não durma sem cobertor, pois a noite está fria. OP OSA Concessiva
Quero desculpar-me, mas consigo encontrá-los. Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que
ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente.
02. E\03. C\04. B Embora não possuísse informações seguras, ainda
assim arriscou uma opinião.
05. Os dias já eram quentes, mas a água do mar ainda Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo
estava fria, por isso as praias permaneciam desertas. quando ou ainda quando ou mesmo que) todos nos
critiquem.
Período Composto por Subordinação Por mais que gritasse, não me ouviram.
Observe os termos destacados em cada uma destas
orações: - Conformativas: expressam a conformidade de um fato
Vi uma cena triste. (adjunto adnominal) com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo.
Todos querem sua participação. (objeto direto) O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado.
Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de OP OSA Conformativa
causa)
O homem age conforme pensa.
Veja, agora, como podemos transformar esses termos em Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi.
orações com a mesma função sintática: Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas.
Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada O jornal, como sabemos, é um grande veículo de
com função de adjunto adnominal) informação.

Português 51
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APOSTILAS OPÇÃO

- Temporais: acrescentam uma circunstância de tempo ao diminuindo.


que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando,
assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal Orações Subordinadas Substantivas
(=assim que). As orações subordinadas substantivas (OSS) são
Ele saiu da sala / assim que eu cheguei. aquelas que, num período, exercem funções sintáticas
OP OSA Temporal próprias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas
conjunções integrantes que e se. Elas podem ser:
Formiga, quando quer se perder, cria asas.
“Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: é
esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti) aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração
“Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto)
(Marquês de Maricá) O grupo quer / que você ajude.
Enquanto foi rico, todos o procuravam. OP OSS Objetiva Direta

- Finais: expressam a finalidade ou o objetivo do que foi O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O
enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de mestre exigia a presença de todos.)
que, porque (=para que), que. Mariana esperou que o marido voltasse.
Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar. Ninguém pode dizer: Desta água não beberei.
OP OSA Final O fiscal verificou se tudo estava em ordem.

“O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.” - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: é
(Marquês de Maricá) aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da
Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor. oração principal. Observe: Necessito de sua ajuda. (objeto
“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que = indireto)
para que) Necessito / de que você me ajude.
“Instara muito comigo não deixasse de frequentar as OP OSS Objetiva Indireta
recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse =
para que não deixasse) Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua
viagem.)
- Consecutivas: expressam a consequência do que foi Aconselha-o a que trabalhe mais.
enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como Daremos o prêmio a quem o merecer.
(= porque), pois que, visto que. Lembre-se de que a vida é breve.
A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
OP OSA Consecutiva - Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: é aquela
que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.
Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos. Observe :É importante sua colaboração. (sujeito)
“A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.” É importante / que você colabore.
(José J. Veiga) OP OSS Subjetiva
De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais. A oração subjetiva geralmente vem:
As notícias de casa eram boas, de maneira que pude - Depois de um verbo de ligação + predicativo, em
prolongar minha viagem. construções do tipo é bom ,é útil ,é certo ,é conveniente, etc.
Ex.: É certo que ele voltará amanhã.
- Comparativas: expressam ideia de comparação com - Depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta-
referência à oração principal. Conjunções: como, assim como, se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade.
tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado - Depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir,
com menos ou mais). ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e
Ela é bonita / como a mãe. seguidos das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos
OP OSA Comparativa participem da reunião.

A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é
ferro.” (Marquês de Maricá) necessária.)
Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro. Parece que a situação melhorou.
Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram. Aconteceu que não o encontrei em casa.
Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à Importa que saibas isso bem.
luz daquele olhar.
- Oração Subordinada Substantiva Completiva
Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam Nominal: É aquela que exerce a função de complemento
claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está nominal de um termo da oração principal. Observe: Estou
subentendido o verbo ser (como a mãe é). convencido de sua inocência. (complemento nominal)
Estou convencido / de que ele é inocente.
- Proporcionais: expressam uma ideia que se relaciona OP OSS Completiva Nominal
proporcionalmente ao que foi enunciado na principal.
Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão
quanto mais, quanto menos. dele.)
Quanto mais reclamava / menos atenção recebia. Estava ansioso por que voltasses.
OSA Proporcional OP Sê grato a quem te ensina.
“Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão
À medida que se vive, mais se aprende. cedo.” (Graciliano Ramos)
À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.
O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai

Português 52
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APOSTILAS OPÇÃO

- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: é - Subordinadas Adjetivas Explicativas: são explicativas


aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se
principal, vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem
importante é sua felicidade. (predicativo) restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo:
O importante é / que você seja feliz. O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um
OP OSS Predicativa novo livro.
Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.) OP OSA Explicativa OP
Minha esperança era que ele desistisse.
Meu maior desejo agora é que me deixem em paz. Deus, que é nosso pai, nos salvará.
Não sou quem você pensa. Valério, que nasceu rico, acabou na miséria.
Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho.
- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado.
que exerce a função de aposto de um termo da oração Observação: As explicativas são isoladas por pausas, que
principal. Observe: Ele tinha um sonho a união de todos em na escrita se indicam por vírgulas.23
benefício do país. (aposto)
Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício Orações Reduzidas
do país. Observe que as orações subordinadas eram sempre
OP OSS Apositiva introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e
apresentavam o verbo na forma do indicativo ou do
Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há
coisa: a sua felicidade) outras que se apresentam com o verbo numa das formas
Só lhe peço isto: honre o nosso nome. nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos:
“Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto:
de que virias a morrer...” (Osmã Lins) Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês.
“Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum (infinitivo)
motivo oculto?” (Machado de Assis) Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio)
As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
dois-pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à (particípio)
oração principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho
recuperasse a saúde, tornou-se realidade. As orações subordinadas que apresentam o verbo numa
das formas nominais são chamadas de reduzidas.
Observação: Além das conjunções integrantes que e se, as Para classificar a oração que está sob a forma reduzida,
orações substantivas podem ser introduzidas por outros devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo:
conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos: colocamos a conjunção ou o pronome relativo adequado ao
Não sei quando ele chegou. sentido e passamos o verbo para uma forma do indicativo ou
Diga-me como resolver esse problema. subjuntivo, conforme o caso. A oração reduzida terá a mesma
classificação da oração desenvolvida.
Orações Subordinadas Adjetivas
As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem a Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês.
função de adjunto adnominal de algum termo da oração Quando entrei na escola, / encontrei o professor de
principal. Observe como podemos transformar um adjunto inglês.
adnominal em oração subordinada adjetiva: OSA Temporal
Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal) Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial
Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada temporal, reduzida de infinitivo.
adjetiva)
Precisando de ajuda, telefone-me.
As orações subordinadas adjetivas são sempre Se precisar de ajuda, / telefone-me.
introduzidas por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem, OSA Condicional
etc.) e podem ser classificadas em: Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial
condicional, reduzida de gerúndio.
- Subordinadas Adjetivas Restritivas: são restritivas
quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
se referem. Exemplo: Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o
O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar. vestiário.
OP OSA Restritiva OSA Temporal
Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal,
Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica reduzida de particípio.
o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não
aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º Observações:
lugar. Exemplo: - Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de
desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas
Pedra que rola não cria limo. fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de
Os animais que se alimentam de carne chamam-se desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa
carnívoros. cidade.
Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas - O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem
escreveram. orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal.
“Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário Exemplos:
Mariano)

23 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

Português 53
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APOSTILAS OPÇÃO

Preciso terminar este exercício. orações seguintes?


Ele está jantando na sala. (A) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão.
Essa casa foi construída por meu pai. (B) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo.
- Uma oração coordenada também pode vir sob a forma (C) O aluno fez-se passar por doutor.
reduzida. Exemplo: (D) Precisa-se de operários.
O homem fechou a porta, saindo depressa de casa. (E) Não sei se o vinho está bom.
O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração
coordenada sindética aditiva) 05. “Lembro-me de que ele só usava camisas brancas.” A
Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de oração sublinhada é:
gerúndio. (A) subordinada substantiva completiva nominal
Qual é a diferença entre as orações coordenadas (B) subordinada substantiva objetiva indireta
explicativas e as orações subordinadas causais, já que ambas (C) subordinada substantiva predicativa
podem ser iniciadas por que e porquê? Às vezes não é fácil (D) subordinada substantiva subjetiva
estabelecer a diferença entre explicativas e causais, mas como (E) subordinada substantiva objetiva direta
o próprio nome indica, as causais sempre trazem a causa de
algo que se revela na oração principal, que traz o efeito. Respostas
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a 01.B \ 02.A \ 03.D \ 04.E \ 05.B
oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes,
imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal. COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS
Essa noção de causa e efeito não existe no período ÁTONOS
composto por coordenação. Exemplo:
Rosa chorou porque levou uma surra. Está claro que a De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi24, a
oração iniciada pela conjunção é causal, visto que a surra foi colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais
sem dúvida a causa do choro, que é efeito. oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se
Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. O referem.
período agora é composto por coordenação, pois a oração São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe,
iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se lhes, nos e vos.
revelou na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na
efeito: o fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é oração em relação ao verbo:
causa de ela ter chorado. 1. Próclise: pronome antes do verbo;
2. Ênclise: pronome depois do verbo;
Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto. 3. Mesóclise: pronome no meio do verbo.
OP OSA Comparativa OSA Condicional
Próclise
Questões A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
- Palavras com sentido negativo: Nada me faz querer sair
01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que dessa cama. / Não se trata de nenhuma novidade.
estava para ser mãe”, a oração destacada é:
(A) subordinada substantiva objetiva indireta - Advérbios: Nesta casa se fala alemão. / Naquele dia me
(B) subordinada substantiva completiva nominal falaram que a professora não veio.
(C) subordinada substantiva predicativa
(D) coordenada sindética conclusiva - Pronomes relativos: A aluna que me mostrou a tarefa não
(E) coordenada sindética explicativa veio hoje. / Não vou deixar de estudar os conteúdos que me
falaram.
02. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada. Há
reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na - Pronomes indefinidos: Quem me disse isso? / Todos se
realidade.” A oração sublinhada é: comoveram durante o discurso de despedida.
(A) adverbial conformativa
(B) adjetiva - Pronomes demonstrativos: Isso me deixa muito feliz! /
(C) adverbial consecutiva Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
(D) adverbial proporcional
(E) adverbial causal - Preposição seguida de gerúndio: Em se tratando de
qualidade, o Brasil Escola é o site mais indicado à pesquisa
03. “Esses produtos podem ser encontrados nos escolar.
supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com
características adaptadas às dificuldades para mastigar e para - Conjunção subordinativa: Vamos estabelecer critérios,
engolir dos mais velhos, e preparados para se encaixar em seus conforme lhe avisaram.
hábitos de consumo”. O segmento “para se encaixar” pode ter
sua forma verbal reduzida adequadamente desenvolvida em Ênclise
(A) para se encaixarem. A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não
(B) para seu encaixotamento. aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A
(C) para que se encaixassem. ênclise vai acontecer quando:
(D) para que se encaixem.
(E) para que se encaixariam. - O verbo estiver no imperativo afirmativo: Amem-se uns
aos outros. / Sigam-me e não terão derrotas.
04. A palavra “se” é conjunção integrante (por introduzir
oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das

24http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php
http://www.brasilescola.com/gramatica/colocacao-pronominal.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

- O verbo iniciar a oração: Diga-lhe que está tudo bem. / 05. A substituição do elemento grifado pelo pronome
Chamaram-me para ser sócio. correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
- O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os
preposição “a”: Naquele instante os dois passaram a odiar-se. (C) para fazer a dragagem = para fazê-la
/ Passaram a cumprimentar-se mutuamente. (D) que desviava a água = que lhe desviava
(E) supriam a necessidade = supriam-na
- O verbo estiver no gerúndio: Não quis saber o que
aconteceu, fazendo-se de despreocupada. Despediu-se, Respostas
beijando-me a face. 01.D/02.E/03.C/04.D/05.D

- Houver vírgula ou pausa antes do verbo: Se passar no


vestibular em outra cidade, mudo-me no mesmo instante. / Se
não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas. Discurso direto e indireto.
Mesóclise
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no
futuro do presente ou no futuro do pretérito: DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se
realizará). Discurso é a prática humana de construir textos, sejam eles
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma escritos ou orais. Sendo assim, todo discurso é uma prática
proposta a você). social. A análise de um discurso deve, portanto, considerar o
contexto em que se encontra, assim como as personagens e as
Questões condições de produção do texto.
Em um texto narrativo, o autor pode optar por três tipos
01. Considerada a norma culta escrita, há correta de discurso: o discurso direto, o discurso indireto e o discurso
substituição de estrutura nominal por pronome em: indireto livre. Não necessariamente estes três discursos estão
(A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço- separados, eles podem aparecer juntos em um texto, mas
lhes antecipadamente. dependerá de quem o produziu.
(B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do Vejamos cada um deles:
verbo fabricar se extraiu-lhe.
(C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os. Discurso Direto
(D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria
de conhecê-las. Neste tipo de discurso as personagens ganham voz. É o que
(E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela. ocorre normalmente em diálogos. Isso permite que traços da
fala e da personalidade das personagens sejam destacados e
02. Caso fosse necessário substituir o termo destacado em expostos no texto. O discurso direto reproduz fielmente as
“Basta apresentar um documento” por um pronome, de acordo falas das personagens. Verbos como dizer, falar, perguntar,
com a norma-padrão, a nova redação deveria ser entre outros, servem para que as falas das personagens sejam
(A) Basta apresenta-lo. introduzidas e elas ganhem vida, como em uma peça teatral.
(B) Basta apresentar-lhe. Ao ponto que travessões, dois pontos, aspas e exclamações
(C) Basta apresenta-lhe. são muito comuns durante a reprodução destas falas.
(D) Basta apresentá-la. Exemplos:
(E) Basta apresentá-lo. “O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis
que suspira lá na língua dele - Chente! que vida dura esta de
03. Em qual período, o pronome átono que substitui o guaxinim do banhado!...”
sintagma em destaque tem sua colocação de acordo com a
norma-padrão? “- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!”
(A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho –
conhecia-o Discurso Indireto
(B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça
Mauá – tinha encontrado-o. O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das
(C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro personagens. É escrito normalmente em terceira pessoa.
no Museu – relatá-las-ão. Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras suas para
(D) Quem explicou às crianças as histórias de seus reproduzir aquilo que foi dito pela personagem. Exemplos:
antepassados? – explicou-lhes.
(E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia “Elisiário confessou que estava com sono.” (Machado de
de um museu virtual – Lhes vinham perguntando. Assis)
04. De acordo com a norma-padrão e as questões “Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo
gramaticais que envolvem o trecho “Frustrei-me por não ver o cálculo aproximado do tempo, pois estava sem relógio e
Escola”, é correto afirmar que mesmo se o tivesse não poderia consultá-la à fraca luz da
(A) “me” poderia ser deslocado para antes do verbo que masmorra, imaginava podiam ser onze horas.” (Lima Barreto)
acompanha.
(B) “me” deveria obrigatoriamente ser deslocado para Passagem do discurso direto para discurso indireto
antes do verbo que acompanha.
(C) a ê nclise em “Frustrei-me” é facultativa. Na passagem do discurso direto para o discurso indireto,
(D) a inclusã o do advé rbio Nã o, no inı́cio da oraçã o ocorre mudança nas pessoas do discurso, mudança nos
“Frustrei-me”, tornaria a pró clise obrigató ria. tempos verbais, mudança na pontuação das frases e mudança
(E) a ê nclise em “Frustrei-me” é obrigató ria. nos advérbios e adjuntos adverbiais.

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APOSTILAS OPÇÃO

Mudança das pessoas do discurso: toda a narrativa que através de seu próprio discurso, ou seja, através de suas
se encontre na 1.ª pessoa no discurso direto passa para a 3.ª próprias palavras.
pessoa no discurso indireto, incluindo nessa mudança não só
o verbo, mas também todos os pronomes que aparecem na 02. Assinale a alternativa que melhor complete o seguinte
frase, como os pronomes eu, nós e meu, que passam para trecho:
ele/ela, eles/elas e seu no discurso indireto. No plano expressivo, a força da ____________ em _____________
provém essencialmente de sua capacidade de _____________ o
Mudança de tempos verbais nos tempos do indicativo: episódio, fazendo ______________ da situação a personagem,
o presente no discurso direto passa para pretérito imperfeito tornando-a viva para o ouvinte, à maneira de uma cena de
no discurso indireto, o pretérito perfeito no discurso direto teatro __________ o narrador desempenha a mera função de
passa para pretérito mais-que-perfeito no discurso indireto e indicador de falas.
o futuro do presente no discurso direto passa para futuro do (A) narração - discurso indireto - enfatizar - ressurgir –
pretérito no discurso indireto. onde;
(B) narração - discurso onisciente - vivificar - demonstrar-
Mudança de tempos verbais nos tempos do subjuntivo: se – donde;
O presente e o futuro no discurso direto passam para pretérito (C) narração - discurso direto - atualizar - emergir - em
imperfeito no discurso indireto. que;
(D) narração - discurso indireto livre - humanizar - imergir
Mudança de tempos verbais no imperativo: o - na qual;
imperativo no discurso direto passa para pretérito imperfeito (E) dissertação - discurso direto e indireto - dinamizar -
do subjuntivo no discurso indireto. protagonizar - em que.

Mudança na pontuação das frases: frases interrogativas, 03. Faça a associação entre os tipos de discurso e assinale
exclamativas e imperativas no discurso direto passam para a sequência correta.
frases declarativas no discurso indireto.
Reprodução fiel da fala da personagem, é demarcado pelo
Mudança nas noções temporais: as noções temporais uso de travessão, aspas ou dois pontos. Nesse tipo de discurso,
como ontem, hoje e amanhã no discurso direto passam para no as falas vêm acompanhadas por um verbo de elocução,
dia anterior, naquele dia e no dia seguinte no discurso indireto. responsável por indicar a fala da personagem.
Ocorre quando o narrador utiliza as próprias palavras para
Mudança nas noções espaciais: as noções espaciais como reproduzir a fala de um personagem.
aqui, aí, este e isto no discurso direto passam para ali, lá, aquele Tipo de discurso misto no qual são associadas as
e aquilo no discurso indireto. características de dois discursos para a produção de outro.
Discurso direto: Iremos de férias amanhã. Nele a fala da personagem é inserida de maneira discreta no
Discurso indireto: Eles disseram que iriam de férias no dia discurso do narrador.
seguinte.
( ) discurso indireto
Discurso Indireto Livre ( ) discurso indireto livre
( ) discurso direto
O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a
história, mas as personagens têm voz própria, de acordo com (A) 3, 2 e 1.
a necessidade do autor de fazê-lo. Sendo assim é uma mistura (B) 2, 3 e 1.
dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem. (C) 1, 2 e 3.
Exemplos: (D) 3, 1 e 2.

“Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com 04. “Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos
a respiração presa. Já nem podia mais. Estava desanimado. Que pela campina, achou-se isolado. Sozinho num mundo coberto
pena! Houve um momento em que esteve quase... quase!” de penas, de aves que iam comê-lo. Pensou na mulher e
suspirou. Coitada de Sinhá Vitória, novamente nos
“Retirou as asas e estraçalhou-a. Só tinham beleza. descampados, transportando o baú de folha.”
Entretanto, qualquer urubu... que raiva...” (Ana Maria
Machado) O narrador desse texto mistura-se de tal forma à
personagem que dá a impressão de que não há diferença entre
“D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. eles. A personagem fala misturada à narração. Esse discurso é
Para que estar catando defeitos no próximo? Eram todos chamado:
irmãos. Irmãos.” (Graciliano Ramos)25 (A) discurso indireto livre
(B) discurso direto
Questões (C) discurso indireto
(D) discurso implícito
01. Sobre o discurso indireto é correto afirmar, EXCETO: (E) discurso explícito
(A) No discurso indireto, o narrador utiliza suas próprias
palavras para reproduzir a fala de um personagem. Gabarito
(B) O narrador é o porta-voz das falas e dos pensamentos 01.D / 02. C / 03. B / 04.A
das personagens.
(C) Normalmente é escrito na terceira pessoa. As falas são
iniciadas com o sujeito, mais o verbo de elocução seguido da
fala da personagem.
(D) No discurso indireto as personagens são conhecidas

25 Celso Cunha in Gramática da Língua Portuguesa, 2ª edição

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APOSTILAS OPÇÃO

f) Em ões, ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães,


ermitões/ermitãos/ermitães.
Tempos, modos e vozes
9) Plural dos diminutivos com a letra Z
verbais. Coloca-se a palavra no plural, corta-se o S e acrescenta-se
zinhos (ou zinhas). Exemplo:
Coraçãozinho → corações → coraçõe → coraçõezinhos.
Azulzinha → azuis → azui → azuizinhas.
Caro(a) candidato(a) este assunto já foi abordado em
nossa apostila. 10) Plural com metafonia (ô → ó)
Algumas palavras, quando vão ao plural, abrem o timbre
da vogal o; outras, não. Veja a seguir.

Flexão nominal e verbal. Com metafonia singular (ô) e plural (ó)


coro - coros
corvo - corvos
destroço - destroços
FLEXÃO NOMINAL E VERBAL forno - fornos
fosso - fossos
FLEXÃO NOMINAL poço - poços
rogo - rogos
Flexão de número
Os nomes (substantivo, adjetivo etc.), de modo geral, Sem metafonia singular (ô) e plural (ô)
admitem a flexão de número: singular e plural. adorno - adornos
Ex.: animal – animais. bolso - bolsos
endosso - endossos
Palavras Simples esgoto - esgotos
1) Na maioria das vezes, acrescenta-se S. estojo - estojos
Ex.: ponte – pontes / bonito – bonitos. gosto - gostos

2) Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES. 11) Casos especiais:


Ex.: éter – éteres / avestruz – avestruzes. aval − avales e avais
Observação: o pronome qualquer faz o plural no meio: cal − cales e cais
quaisquer. cós − coses e cós
fel − feles e féis
3) Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se ES. mal e cônsul − males e cônsules
Ex.: ananás – ananases.
Observação: as paroxítonas e as proparoxítonas são Palavras Compostas
invariáveis. Ex.: o pires − os pires / o ônibus − os ônibus. Quanto a variação das palavras compostas:

4) Palavras terminadas em IL: 1) Variação de dois elementos: neste caso os compostos


a) átono: trocam IL por EIS. Ex.: fóssil – fósseis. são formados por substantivo mais palavra variável (adjetivo,
b) tônico: trocam L por S. Ex.: funil – funis. substantivo, numeral, pronome). Ex.:
amor-perfeito − amores-perfeitos
5) Palavras terminadas em EL: couve-flor − couves-flores
a) átono: plural em EIS. Ex.: nível – níveis. segunda-feira − segundas-feiras
b) tônico: plural em ÉIS. Ex.: carretel – carretéis.
2) Variação só do primeiro elemento: neste caso quando
6) Palavras terminadas em X são invariáveis. há preposição no composto, mesmo que oculto. Ex.:
Ex.: o clímax − os clímax. pé-de-moleque − pés-de-moleque
cavalo-vapor − cavalos-vapor (de ou a vapor)
7) Há palavras cuja sílaba tônica avança.
Ex.: júnior – juniores / caráter – caracteres. 3) A palavra também irá variar quando o segundo
Observação: a palavra caracteres é plural tanto de substantivo determina o primeiro (fim ou semelhança). Ex.:
caractere quanto de caráter. banana-maçã − bananas-maçã (semelhante a maçã)
navio-escola − navios-escola (a finalidade é a escola)
8) Palavras terminadas em ÃO, ÃOS, ÃES e ÕES.
Fazem o plural, por isso veja alguns muito importantes: Observações:
a) Em ões: balões, corações, grilhões, melões, gaviões. - Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos,
b) Em ãos: pagãos, cristãos, cidadãos, bênçãos, órgãos. porém é uma situação polêmica.
Ex.: mangas-espada (preferível) ou mangas-espadas.
Observação: os paroxítonos, como os dois últimos,
sempre fazem o plural em ÃOS. - Quando apenas o último elemento varia:
a) Quando os elementos são adjetivos. Ex.: hispano-
c) Em ães: escrivães, tabeliães, capelães, capitães, alemães. americano − hispano-americanos.
d) Em ões ou ãos: corrimões/corrimãos, verões/verãos, Observação: a exceção é surdo-mudo, em que os dois
anões/anãos adjetivos se flexionam: surdos-mudos.
e) Em ões ou ães: charlatões/charlatães, b) Nos compostos em que aparecem os adjetivos GRÃO,
guardiões/guardiães, cirugiões/cirurgiães. GRÃ e BEL. Ex.: grão-duque − grão-duques / grã-cruz − grã-
cruzes / bel-prazer − bel-prazeres.

Português 57
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c) Quando o composto é formado por verbo ou qualquer a) Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo
elemento invariável (advérbio, interjeição, prefixo etc.) mais designar os dois sexos. Ex.: a pessoa, o cônjuge, a testemunha.
substantivo ou adjetivo. Ex.: arranha-céu − arranha-céus / b) Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos,
sempre-viva − sempre-vivas / super-homem − super-homens. podendo então ser masculinos ou femininos. Ex.: o estudante
d) Quando os elementos são repetidos ou onomatopaicos − a estudante, o cientista − a cientista, o patriota − a patriota.
(representam sons). Ex.: reco-reco − reco-recos / pingue- c) Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os
pongue − pingue-pongues / bem-te-vi − bem-te-vis. animais. Ex.: O jacaré, a cobra, o polvo.

Observações: Observações:
- Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver alguma - O feminino de elefante é elefanta, e não elefoa. Aliá é
alteração nos elementos, ou seja, não serem iguais. correto, mas designa apenas uma espécie de elefanta.
- Se forem verbos repetidos, admite-se também pôr os dois - Mamão, para alguns gramáticos, deve ser considerado
no plural. Ex.: pisca-pisca − pisca-piscas ou piscas-piscas. epiceno. É algo discutível.
- Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas
4) Quando nenhum elemento varia. costumam trocar. Veja alguns que convém gravar.
- Quando há verbo mais palavra invariável. Ex.: o cola-tudo Masculinos - Femininos
− os cola-tudo. champanha - aguardente
- Quando há dois verbos de sentido oposto. Ex.: o perde- dó - alface
ganha − os perde-ganha. eclipse - cal
- Nas frases substantivas (frases que se transformam em formicida - cataplasma
substantivos). Ex.: O maria-vai-com-as-outras − os maria-vai- grama (peso) - grafite
com-as-outras. milhar - libido
plasma - omoplata
Observações: soprano - musse
- São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha, suéter - preá
sem-teto e sem-terra. telefonema
Ex.: Os sem-terra apreciavam os arco-íris.
- Existem substantivos que admitem os dois gêneros. Ex.:
- Admitem mais de um plural: diabetes (ou diabete), laringe, usucapião etc.
pai-nosso − pais-nossos ou pai-nossos
padre-nosso − padres-nossos ou padre-nossos Flexão de grau
terra-nova − terras-novas ou terra-novas
salvo-conduto − salvos-condutos ou salvo-condutos Por razões meramente didáticas, incluo, aqui, o grau entre
xeque-mate − xeques-mates ou xeques-mate os processos de flexão.

- Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras. Grau do substantivo
o bem-me-quer − os bem-me-queres 1) Normal ou positivo: sem nenhuma alteração. Ex.:
o joão-ninguém − os joões-ninguém chapéu.
o lugar-tenente − os lugar-tenentes
o mapa-múndi − os mapas-múndi 2) Aumentativo:
a) Sintético: chapelão;
Flexão de gênero b) Analítico: chapéu grande, chapéu enorme etc.

Os substantivos e as palavras que o acompanham na frase 3) Diminutivo:


admitem a flexão de gênero: masculino e feminino. Ex.: a) Sintético: chapeuzinho;
Meu amigo diretor recebeu o primeiro salário. b) Analítico: chapéu pequeno, chapéu reduzido etc.
Minha amiga diretora recebeu a primeira prestação. Obs.: Um grau é sintético quando formado por sufixo;
A flexão de feminino pode ocorrer de duas maneiras. analítico, por meio de outras palavras.

1) Com a troca de o ou e por a. Ex.: lobo – loba / mestre – Grau do adjetivo


mestra. 1) Normal ou positivo: João é forte.

2) Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero, 2) Comparativo:


muitas vezes com alterações do radical. Veja alguns femininos a) De superioridade: João é mais forte que André. (ou do
importantes: que);
ateu − ateia b) De inferioridade: João é menos forte que André. (ou do
bispo − episcopisa que);
conde − condessa c) De igualdade: João é tão forte quanto André. (ou como);
duque − duquesa
frade − freira 3) Superlativo:
ilhéu − ilhoa a) Absoluto
judeu − judia Sintético: João é fortíssimo.
marajá − marani Analítico: João é muito forte. (bastante forte, forte demais
monje − monja etc.)
pigmeu − pigmeia
b) Relativo:
Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, ou De superioridade: João é o mais forte da turma.
seja, possuem uma única forma para masculino e feminino. E De inferioridade: João é o menos forte da turma.
podem ser divididos em:

Português 58
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Observações: 04. (INSTITUTO AOCP - Assistente Administrativo –


a) O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento EBSERH) Assinale a alternativa cujas palavras em destaque
do adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo aceitam flexão de número e gênero.
ou imo) ou uma palavra de apoio, como muito, bastante, (A) “E, ainda, aumenta a capacidade sanguínea e faz bem
demasiadamente, enorme etc. ao coração, combate a depressão e, o melhor, é democrática,
aceita pessoas de todas as idades e raças.”.
b) As palavras maior, menor, melhor e pior constituem (B) “Entre os mais comuns estão samba, bolero, forró,
sempre graus de superioridade. Ex.: zouk, salsa, lindy hop, tango, valsa e muito mais’. Ele revela
O carro é menor que o ônibus. (menor - mais pequeno = que, apesar de sempre ser um desejo feminino, os homens
comparativo de superioridade.) estão cada vez mais presentes.”.
Ele é o pior do grupo. (pior - mais mau = superlativo (C) “A dança tem diferentes linguagens e provoca efeitos e
relativo de superioridade.) sensações diversas. Sem se ater ao profissional, ela tem o
poder de aproximar as pessoas, provocar romances, estimular
c) Alguns superlativos absolutos sintéticos também podem o cérebro, tonificar [...]”.
apresentar dúvidas. (D) “O bailarino, coreógrafo e professor Welbert de Melo
acre − acérrimo Nascimento, formado em pedagogia do movimento para o
amargo − amaríssimo ensino da dança pela UFMG, diz que a dança é sociocultural,
amigo − amicíssimo fundamental em um mundo cada vez mais individualista e de
antigo − antiquíssimo isolamento diante da tecnologia e da internet.”.
cruel − crudelíssimo (E) “No antigo Egito, ela homenageava o deus Osíris. Na
doce − dulcíssimo Grécia, fazia parte dos Jogos Olímpicos. Na era atual, ela existe
fácil − facílimo como manifestação artística [...]”.
feroz − ferocíssimo
fiel − fidelíssimo Gabarito
geral − generalíssimo
humilde − humílimo 01.B / 02.A / 03.E / 04. D
magro − macérrimo
negro − nigérrimo FLEXÃO VERBAL
pobre − paupérrimo
sagrado − sacratíssimo 1) Número: singular ou plural
sério − seriíssimo Ex.: ando, andas, anda → singular
soberbo – superbíssimo andamos, andais, andam → plural

Questões 2) Pessoas: são três.


a) A primeira é aquela que fala; corresponde aos pronomes
01. (Pref. Fortaleza/CE - Educação Física - 2016) Com eu (singular) e nós (plural).
base nas regras de flexão nominal e flexão verbal e com base Ex.: escreverei, escreveremos.
no aspecto semântico (o sentido das palavras e da
interpretação dos enunciados de acordo com o contexto), b) A segunda é aquela com quem se fala; corresponde aos
observe o seguinte excerto: pronomes tu (singular) e vós (plural).
“Eu nunca me esqueci da história daquela outra menina”. Ex.: escreverás, escrevereis.

Aponte a alternativa em que todas as palavras desse c) A terceira é aquela acerca de quem se fala; corresponde
excerto foram corretamente flexionadas apenas em número, aos pronomes ele ou ela (singular) e eles ou elas (plural).
de acordo com o contexto. Ex.: escreverá, escreverão.
(A) Nós nunca nos esqueceremos de histórias daquelas
outras meninas. 3) Modos: são três.
(B) Nós nunca nos esquecemos das histórias daquelas outras a) Indicativo: apresenta o fato verbal de maneira positiva,
meninas. indubitável. Ex.: vendo.
(C) Nós nunca nos esquecíamos da história daquelas outras
meninas. b) Subjuntivo: apresenta o fato verbal de maneira
(D) Nós nunca nos esquecemos das histórias daquela outra duvidosa, hipotética. Ex.: que eu venda.
menina.
c) Imperativo: apresenta o fato verbal como objeto de uma
02. Assinale o par de vocábulos que formam o plural como ordem. Ex.: venda!
órfão e mata-burro, respectivamente:
(A) cristão / guarda-roupa 4) Tempos: são três.
(B) questão / abaixo-assinado a) Presente: falo
(C) alemão / beija-flor
(D) tabelião / sexta-feira b) Pretérito:
(E) cidadão / salário-família - Perfeito: falei
- Imperfeito: falava
03. Aponte a alternativa em que haja erro quanto à flexão - Mais-que-perfeito: falara
do nome composto:
(A) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora Obs.: O pretérito perfeito indica uma ação extinta; o
(B) tico-ticos, salários-família, obras-primas imperfeito, uma ação que se prolongava num determinado
(C) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas ponto do passado; o mais-que-perfeito, uma ação passada em
(D) pseudo-esferas, chefes-de-seção, pães-de-ló relação a outra ação, também passada. Ex.:
(E) pisca-piscas, cartões-postais, mulas-sem-cabeças Eu cantei aquela música. (perfeito)
Eu cantava aquela música. (imperfeito)

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PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS

Quando ele chegou, eu já cantara. (mais-que-perfeito) Ex.: faze (tu) ou faz (tu)
dize (tu) ou diz (tu)
c) Futuro:
- Do presente: estudaremos e) Procure ter “na ponta da língua” a formação e o emprego
- Do pretérito: estudaríamos do imperativo. É assunto muito cobrado em concursos
públicos.
Obs.: No modo subjuntivo, com relação aos tempos
simples, temos apenas o presente, o pretérito imperfeito e o Tempos Primitivos e Tempos Derivados
futuro (sem divisão). Os tempos compostos serão estudados 1) O presente do indicativo é tempo primitivo. Da primeira
mais adiante. pessoa do singular sai todo o presente do subjuntivo.
Ex.: digo → que eu diga, que tu digas, que ele diga etc.
5) Vozes: são três. dizes
a) Ativa: o sujeito pratica a ação verbal. diz
Ex.: O carro derrubou o poste. Obs.: isso não ocorre apenas com os poucos verbos que
não apresentam a desinência o na primeira pessoa do singular.
b) Passiva: o sujeito sofre a ação verbal. Ex.: eu sou → que eu seja.
- Analítica ou verbal: com o particípio e um verbo auxiliar. eu sei → que eu saiba.
Ex.: O poste foi derrubado pelo carro.
2) O pretérito perfeito é tempo primitivo. Da segunda
- Sintética ou pronominal: com o pronome apassivador se. pessoa do singular saem:
Ex.: Derrubou-se o poste.
a) o mais-que-perfeito.
Obs.: Estudaremos bem o pronome apassivador (ou Ex.: coubeste → coubera, couberas, coubera, coubéramos,
partícula apassivadora) na sétima lição: concordância verbal. coubéreis, couberam.

c) Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação verbal; aparece b) o imperfeito do subjuntivo.


um pronome reflexivo. Ex.: O garoto se machucou. Ex.: coubeste → coubesse, coubesses, coubesse,
coubéssemos, coubésseis, coubessem.
Formação do Imperativo
1) Afirmativo: tu e vós saem do presente do indicativo c) o futuro do subjuntivo.
menos a letra s; você, nós e vocês, do presente do subjuntivo. Ex.: coubeste → couber, couberes, couber, coubermos,
Ex.: Imperativo afirmativo do verbo beber couberdes, couberem.
Bebo → beba
bebes → bebe (tu) bebas 3) Do infinitivo impessoal derivam:
bebe beba → beba (você)
bebemos bebamos → bebamos (nós) a) o imperfeito do indicativo.
bebeis → bebei (vós) bebais Ex.: caber → cabia, cabias, cabia, cabíamos, cabíeis, cabiam.
bebem bebam → bebam (vocês)
Reunindo, temos: bebe, beba, bebamos, bebei, bebam. b) o futuro do presente.
Ex.: caber → caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis,
2) Negativo: sai do presente do subjuntivo mais a palavra caberão.
não.
Ex.: beba c) o futuro do pretérito.
bebas → não bebas (tu) Ex.: caber → caberia, caberias, caberia, caberíamos,
beba → não beba (você) caberíeis, caberiam.
bebamos → não bebamos (nós)
bebais → não bebais (vós) d) o infinitivo pessoal.
bebam → não bebam (vocês) Ex.: caber → caber, caberes, caber, cabermos, caberdes,
Assim, temos: não bebas, não beba, não bebamos, não caberem.
bebais, não bebam.
e) o gerúndio.
Observações: Ex.: caber → cabendo.
a) No imperativo não existe a primeira pessoa do singular,
eu; a terceira pessoa é você. f) o particípio.
Ex.: caber → cabido.
b) O verbo ser não segue a regra nas pessoas que saem do
presente do indicativo. Eis o seu imperativo: Tempos Compostos
- Afirmativo: sê, seja, sejamos, sede, sejam. Formam-se os tempos compostos com o verbo auxiliar (ter
- Negativo: não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não ou haver) mais o particípio do verbo que se quer conjugar.
sejam.
1) Perfeito composto: presente do verbo auxiliar mais
c) O tratamento dispensado a alguém numa frase não pode particípio do verbo principal.
mudar. Se começamos a tratar a pessoa por você, não podemos Ex.: tenho falado ou hei falado → perfeito composto do
passar para tu, e vice-versa. indicativo tenha falado ou haja falado → perfeito composto do
Ex.: Pede agora a tua comida. (tratamento: tu) subjuntivo.
Peça agora a sua comida. (tratamento: você)
2) Mais-que-perfeito composto: imperfeito do auxiliar
d) Os verbos que têm z no radical podem, no imperativo mais particípio do principal.
afirmativo, perder também a letra e que aparece antes da Ex.: tinha falado → mais-que-perfeito composto do
desinência s. indicativo.

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tivesse falado → mais-que-perfeito composto do 9) Arguir, no presente do indicativo: arguo, argúis, argúi,
subjuntivo. arguimos, arguis, argúem.

3) Demais tempos: basta classificar o verbo auxiliar. 10) Apaziguar, averiguar, obliquar, no presente do
Ex.: terei falado → futuro do presente composto (terei é subjuntivo: apazigúe, apazigúes, apazigúe, apaziguemos,
futuro do presente). apazigueis, apazigúem.

Verbos Irregulares Comuns em Concursos 11) Mobiliar:


É importante saber a conjugação dos verbos que seguem. a) presente do indicativo: mobílio, mobílias, mobília,
Eles estão conjugados apenas nas pessoas, tempos e modos mobiliamos, mobiliais, mobíliam.
mais problemáticos.
1) Compor, repor, impor, expor, depor etc.: seguem b) presente do subjuntivo: mobílie, mobílies, mobílie,
integralmente o verbo pôr. mobiliemos, mobilieis, mobíliem.
Ex.: ponho → componho, imponho, deponho etc.
pus → compus, repus, expus etc. 12) Polir, no presente do indicativo: pulo, pules, pule,
polimos, polis, pulem.
2) Deter, conter, reter, manter etc.: seguem integralmente
o verbo ter. 13) Passear, recear, pentear, ladear (e todos os outros
Ex.: tivermos → contivermos, mantivermos etc. terminados em ear)
tiveste → retiveste, mantiveste etc. a) presente do indicativo: passeio, passeias, passeia,
passeamos, passeais, passeiam.
3) Intervir, advir, provir, convir etc.: seguem b) presente do subjuntivo: passeie, passeies, passeie,
integralmente o verbo vir. passeemos, passeeis, passeiem.
Ex.: vierem → intervierem, provierem etc.
vim → intervim, convim etc. Observações:
- Os verbos desse grupo (importantíssimo) apresentam o
4) Rever, prever, antever etc.: seguem integralmente o ditongo ei nas formas risotônicas, mas apenas nos dois
verbo ver. presentes.
Ex.: vi → revi, previ etc. - Os verbos estrear e idear apresentam ditongo aberto.
víssemos → prevíssemos, antevíssemos etc. Ex.: estreio, estreias, estreia; ideio, ideias, ideia.

Observações: 14) Confiar, renunciar, afiar, arriar etc.: verbos regulares.


- Como se vê nesses quatro itens iniciais, o verbo derivado Ex.: confio, confias, confia, confiamos, confiais, confiam.
segue a conjugação do seu primitivo. Basta conjugar o verbo
primitivo e recolocar o prefixo. Há outros verbos que dão Observações:
origem a verbos derivados. Por exemplo, dizer, haver e fazer. - Esses verbos não têm o ditongo ei nas formas risotônicas.
Para eles, vale a mesma regra explicada acima.
Ex.: eu houve → eu reouve (e não reavi, como normalmente - Mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e intermediar,
se fala por aí). apesar de terminarem em iar, apresentam o ditongo ei.
- Requerer e prover não seguem integralmente os verbos Ex.: medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais,
querer e ver. Eles serão mostrados mais adiante. medeiam, medeie, medeies, medeie, mediemos, medieis,
medeiem.
5) Crer, no pretérito perfeito do indicativo: cri, creste, creu,
cremos, crestes, creram. 15) Requerer: só é irregular na 1ª pessoa do singular do
presente do indicativo e, consequentemente, em todo o
6) Estourar, roubar, aleijar, inteirar etc.: mantém o ditongo presente do subjuntivo.
fechado em todos os tempos, inclusive o presente do Ex.: requeiro, requeres, requer
indicativo. Ex.: A bomba estoura. (e não estóra, como requeira, requeiras, requeira
normalmente se diz). requeri, requereste, requereu

7) Aderir, competir, preterir, discernir, concernir, impelir, 16) Prover: conjuga-se como verbo regular no pretérito
expelir, repelir: perfeito, no mais-que-perfeito, no imperfeito do subjuntivo, no
a) presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos, futuro do subjuntivo e no particípio; nos demais tempos,
aderimos, aderem. acompanha o verbo ver.
Ex.: Provi, proveste, proveu; provera, proveras, provera;
b) presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos, provesse, provesses, provesse etc.
adirais, adiram. provejo, provês, provê; provia, provias, provia; proverei,
proverás, proverá etc.
Obs.: Esses verbos mudam o e do infinitivo para i na
primeira pessoa do singular do presente do indicativo e em 17) Reaver, precaver-se, falir, adequar, remir, abolir,
todas do presente do subjuntivo. colorir, ressarcir, demolir, acontecer, doer são verbos
defectivos. Estude o que falamos sobre eles na lição anterior,
8) Aguar, desaguar, enxaguar, minguar: no item sobre a classificação dos verbos. Ex.: Reaver, no
a) presente do indicativo: águo, águas, água; enxáguo, presente do indicativo: reavemos, reaveis.
enxáguas, enxágua.

b) presente do subjuntivo: águe, águes, águe; enxágue,


enxágues, enxágue.

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Questões - Um dia eu mato um peste.


Matou. Escondeu-se por detrás de um pau e descarregou a
01. (FAPERP - Agente Administrativo - SeMAE) lazarina bem no coração do freguês.
(Graciliano Ramos, São Bernardo)
HÁBITOS SAUDÁVEIS E QUALIDADE DE VIDA26
A forma verbal grifada:
Para um indivíduo ter uma boa qualidade de vida, é (A) está no pretérito, indicando uma ação durativa ou
fundamental a busca de hábitos saudáveis. Esses, não devem ser repetitiva que começa num passado mais ou menos distante e
feitos esporadicamente, mas sim com frequência (para toda perdura ainda no momento da fala.
vida). A adoção desses hábitos saudáveis tem por objetivos a (B) está no futuro do pretérito, indicando uma ação
manutenção da saúde física e psicológica, aumentando a hipotética.
qualidade de vida. (C) está no presente, indicando que a ação se dará num
tempo futuro.
PRINCIPAIS HÁBITOS SAUDÁVEIS: (D) está no futuro, indicando que a ação se dará num futuro
do presente.
- Alimentação balanceada, nutritiva e de acordo com as (E) está no presente, indicando uma ação momentânea ou
necessidades de cada organismo; pontual.
- Prática regular de atividades físicas; - Atividades ao ar livre
e contato com a natureza; 04. (IESES - Auxiliar em Administração - IFC-SC)
- Não ter vícios (álcool, cigarro e outras drogas); Assinale a alternativa correta quanto à flexão dos verbos.
- Buscar se envolver em atividades sociais prazerosas e (A) Quando não disporem de tempo, precavenham-se,
construtivas; adiantando alguns de seus compromissos.
- Controlar e, na medida do possível, evitar o estresse; (B)Se o governo propor mudanças e intervier em favor da
- Valorizar a convivência social positiva; população, será possível melhorar sua imagem.
- Estimular o cérebro com atividades intelectuais (leitura, (C) Ele reaviu seus pertences apreendidos pela polícia.
teatro etc.); (D) Mesmo que as autoridades interviessem, perceber-se-
- Buscar ajuda de profissionais da saúde quando apresentar ia logo que o candidato não previra as consequências que
doenças ou problemas psicológicos. adviriam de sua conduta.

Os verbos “buscar”, “controlar”, “valorizar” e “estimular”, Gabarito


presentes no texto, foram empregados no infinitivo. Observe
as alternativas abaixo e assinale aquela que contiver a 1.D / 2.C / 3.C / 4.D
adequada análise da relação forma verbal / flexão de tempo e
modo.
(A) Buscaria: futuro do subjuntivo.
(B) Controlo: presente do imperativo. Concordância nominal e
(C) Valorizou: pretérito mais-que-perfeito do indicativo. verbal.
(D) Estimularemos: futuro do presente do indicativo.

02. (Pref. Itaquitinga/PE - Psicólogo - IDHTEC/2016)


Em qual dos trechos a seguir a flexão do verbo reflete um uso CONCORDÂNCIA NOMINAL
adequado da língua
(A) “Enquanto a campanha de vacinação contra o H1N1 Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos
não começa, especialistas recomendam que a população se demais termos da oração para que concordem em gênero e
precavenha redobrando os cuidados com a higiene e evitando número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o
aglomerações e o contato com muitas pessoas artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos
(B) “Cinco pássaros receberam transmissores para também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
monitorar sua adaptação à vida selvagem e se obter
financiamento para cinco novos transmissores, dez novos Regra geral: o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome
pássaros serão libertados.” concordam em gênero e número com o substantivo.
(C) “A mulher requereu o benefício em abril de 2014. Ela A pequena criança é uma gracinha. / O garoto que encontrei
apresentou diversos atestados médicos que comprovavam sua era muito gentil e simpático.
situação delicada e seu histórico de risco, mas o pedido foi
indeferido.” Casos especiais: veremos alguns casos que fogem à regra
geral mostrada acima.
(D) “A polícia interviu nos confrontos entre adeptos
ingleses, russos e franceses‟, disse o chefe local da polícia, que a) Um adjetivo após vários substantivos
teve de dispersar os apoiantes das duas seleções e cidadãos 1- Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o
franceses pelo terceiro dia consecutivo.” plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
(E) “A cada dois meses acumulados, ele sugere que Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. / Irmão
investidor se presentei com algo que deseja, para se sentir e primo recém-chegados estiveram aqui.
motivado a manter a reserva.”
2- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o
03. Leia o trecho: plural masculino ou concorda com o substantivo mais
Toda a gente dormia com a mulher do Jaqueira. Era só próximo.
empurrar a porta. Se a mulher não abria logo, Jaqueira ia abrir, Ela tem pai e mãe louros. / Ela tem pai e mãe loura.
bocejando e ameaçando:

26 http://www.todabiologia.com/saude/habitos_saudaveis.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

3- Adjetivo funciona como predicativo: vai


obrigatoriamente para o plural. l) Possível
O homem e o menino estavam perdidos. / O homem e sua Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou
esposa estiveram hospedados aqui. “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.
A mais possível das alternativas é a que você expôs.
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.
1- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da
próximo. cidade.
Comi delicioso almoço e sobremesa. / Provei deliciosa fruta
e suco. m) Meio
2- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: 1- Como advérbio: invariável.
concorda com o mais próximo ou vai para o plural. Estou meio (um pouco) insegura.
Estavam feridos o pai e os filhos. / Estava ferido o pai e os
filhos. 2- Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia (metade) laranja pela manhã.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo
1- antecede todos os adjetivos com um artigo. Falava n) Só
fluentemente a língua inglesa e a espanhola. 1- apenas, somente (advérbio): invariável.
2- coloca o substantivo no plural. Falava fluentemente as Só consegui comprar uma passagem.
línguas inglesa e espanhola.
2- sozinho (adjetivo): variável.
d) Pronomes de tratamento Estiveram sós durante horas.
Sempre concordam com a 3ª pessoa. Vossa Santidade
esteve no Brasil. Questões

e) Anexo, incluso, próprio, obrigado 01. Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou
Concordam com o substantivo a que se referem. nominal:
As cartas estão anexas. / A bebida está inclusa. (A) Será descontada em folha sua contribuição sindical.
(B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) encontros semanais com os diversos interessados no assunto.
Após essas expressões o substantivo fica sempre no (C) Alguma solução é necessária, e logo!
singular e o adjetivo no plural. (D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a
Renato advogou um e outro caso fáceis. / Pusemos numa e ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido
noutra bandeja rasas o peixe. não pode prosperar.
(E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D.
g) É bom, é necessario, é proibido João VI ter também elevado sua colônia americana à condição
Essas expressões não variam se o sujeito não vier de Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil
precedido de artigo ou outro determinante. obter certa autonomia econômica.
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada 02. Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de
é proibida. gênero, número ou pessoa):
(A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer
h) Muito, pouco, caro a diferença.”
1- Como adjetivos: seguem a regra geral. (B) Todos sabemos que a solução não é fácil.
Comi muitas frutas durante a viagem. / Pouco arroz é (C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às
suficiente para mim. cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã.
(D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de
2- Como advérbios: são invariáveis. longe...
Comi muito durante a viagem. / Pouco lutei, por isso perdi (E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais
a batalha. compreensivo.

i) Mesmo, bastante 03. A concordância nominal está INCORRETA em:


1- Como advérbios: invariáveis (A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o
Preciso mesmo da sua ajuda. envolvimento da empresa.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. (B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
desnecessária.
2- Como pronomes: seguem a regra geral. (C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da
Seus argumentos foram bastantes para me convencer. empresa e a campanha.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. (D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
desnecessárias.
j) Menos, alerta
Em todas as ocasiões são invariáveis. 04. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos
Preciso de menos comida para perder peso. / Estamos alerta parênteses.
para com suas chamadas. (A) Será que é ____ essa confusão toda? (necessário/
necessária)
k) Tal Qual (B) Quero que todos fiquem ____. (alerta/ alertas)
“Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o (C) Houve ____ razões para eu não voltar lá. (bastante/
consequente. bastantes)
As garotas são vaidosas tais qual a tia. / Os pais vieram (D) Encontrei ____ a sala e os quartos. (vazia/vazios)
fantasiados tais quais os filhos.

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APOSTILAS OPÇÃO

(E) A dona do imóvel ficou ____ desiludida com o inquilino. - Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso
(meio/ meia) no singular, o verbo também permanecerá no singular: Algum
de nós o receberá.
05. Quanto à concordância nominal, verifica-se ERRO em:
(A) O texto fala de uma época e de um assunto polêmicos. 8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo
(B) Tornou-se clara para o leitor a posição do autor sobre pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do
o assunto. singular ou poderá concordar com o antecedente desse
(C) Constata-se hoje a existência de homem, mulher e pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. /
criança viciadas. Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.
(D) Não será permitido visita de amigos, apenas a de
parentes. 9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela
palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que
Respostas antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós
01.D / 02.D / 03.B / 04. a) necessária b) alerta c) que tomamos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo.
bastantes d) vazia e) meio / 05. C
10) No caso de o sujeito aparecer representado por
CONCORDÂNCIA VERBAL expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará
com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa
Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão da
referindo à relação de dependência estabelecida entre um diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão.
termo e outro mediante um contexto oracional. Observações:
- Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de
Casos Referentes a Sujeito Simples porcentagem, esse deverá concordar com o numeral:
1) Sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.
número e pessoa: O aluno chegou atrasado. - Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no
singular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da
2) O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo do diretoria.
singular, o verbo permanece na terceira pessoa do - Em casos em que o numeral estiver acompanhado de
singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos. determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os
Observação: no caso de o coletivo aparecer seguido de 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.
adjunto adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular
ou poderá ir para o plural: Uma multidão de pessoas saiu aos 11) Quando o sujeito estiver representado por pronomes
gritos. / Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira
pessoa do singular ou do plural: Vossas
3) Quando o sujeito é representado por expressões Majestades gostaram das homenagens. Vossas Excelência agiu
partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, a com inteligência.
metade de, uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode
concordar com o núcleo dessas expressões quanto com o 12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo
substantivo que a segue: A maioria dos alunos resolveu ficar. próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos
/ A maioria dos alunos resolveram ficar. que os determinam:
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões ser, este permanece no singular, contanto que o predicativo
aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo também esteja no singular: Memórias póstumas de Brás
concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de Cubas é uma criação de Machado de Assis.
vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas. - Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também
permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência
5) Em casos em que o sujeito é representado pela mundial.
expressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais - Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele
de um candidato se inscreveu no concurso de piadas. nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos
Observação: no caso da referida expressão aparecer é uma potência mundial.
repetida ou associada a um verbo que exprime reciprocidade,
o verbo, necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais Casos Referentes a Sujeito Composto
de um aluno, mais de um professor contribuíram na campanha 1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
de doação de alimentos. / Mais de um formando se gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando
abraçaram durante as solenidades de formatura. relacionado a dois pressupostos básicos:
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as
6) O sujeito for composto da expressão “um dos que”, o demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
verbo permanecerá no plural: Paulo é um dos que mais - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na
trabalhar. 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. / Tu e ele são primos.

7) Quanto aos relativos à concordância com locuções 2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer
pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós, anteposto (antes) ao verbo, este permanecerá no plural: O pai
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário e seus dois filhos compareceram ao evento.
nos atermos a duas questões básicas:
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, 3) No caso em que o sujeito aparecer posposto (depois) ao
o verbo poderá com ele concordar, como poderá também verbo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou
concordar com o pronome pessoal: Alguns permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus
de nós o receberemos. / Alguns de nós o receberão. dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.

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4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais
mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: matemático do que biológico: complexidade engendra
Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do complexidade, levando a uma corrida armamentista entre
mundo. espécies cujo subproduto é a inteligência.
Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e
sinônimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo coincidências que alguns animais transformaram a capacidade
poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se
vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de meu rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o
esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes
fruto de meu esforço. as chances de não chegarmos a nada parecido com a
inteligência.
Questões
(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 2012.)
01. A concordância realizou-se adequadamente em qual
alternativa? A frase em que as regras de concordância estão
(A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior plenamente respeitadas é:
potência econômica do planeta, mas há quem aposte que a (A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado,
China, em breve, o ultrapassará. as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos
(B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose.
que chegarão atrasados, tenho certeza disso. (B) Cada um dos organismos simples que vivem na
(C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode natureza sobrevivem de forma quase automática, sem se
comê-las sem receio! valerem de criatividade e planejamento.
(D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na (C) Desde que observe cuidados básicos, como obter
janela do hotel! energia por meio de alimentos, os organismos simples podem
preservar a vida ao longo do tempo com relativa facilidade.
02. Uma pergunta (D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio
de dificuldades para obter a energia necessária a sua
Frequentemente cabe aos detentores de cargos de sobrevivência e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças.
responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves (E) A maioria dos organismos mais complexos possui um
consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a
amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador e mudanças ambientais, como alterações na temperatura.
político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a
decisão: - Quem sofrerá? 04. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a a concordância verbal está correta em:
se considerar. (A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois
(Salvador Nicola, inédito) acabou os créditos.
(B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no que executa diversos serviços para os clientes.
singular para preencher adequadamente a lacuna da frase: (C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis
(A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de para os passageiros que chegavam à cidade.
corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. (D) Passou anos, mas a atriz não se esqueceu das calorosas
(B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre lembranças que seu tio lhe deixou.
o peso de suas mais graves decisões. (E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de
(C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) táxi para bater um papo com o motorista.
tomar decisões sem medir suas consequências.
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... Respostas
(costumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas. 01.C / 02.C / 03.E / 04.C
(E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade,
recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor
humana.
Regência nominal e verbal.
03. Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando
a constatação do satélite Kepler de que existem muitos
planetas com características físicas semelhantes ao nosso,
reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no
Universo. Regência Verbal
Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo
persuasivo em “Terra Rara”. Ali, o autor sugere que a vida A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre
microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos
em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa
o que, se não permite estimar o número de civilizações extra capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de
terráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas conhecermos as diversas significações que um verbo pode
expectativas. assumir com a simples mudança ou retirada de uma
Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da preposição.
inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos Observe:
complexos leva necessariamente à consciência e à A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar,
inteligência? contentar.

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A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
ou prazer", satisfazer.
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos
Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos
"agradar a alguém". adnominais).
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
Saiba que: Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira)
O conhecimento do uso adequado das preposições é um Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)
dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e
também nominal). As preposições são capazes de modificar Verbos Transitivos Indiretos
completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os Os verbos transitivos indiretos são complementados por
exemplos: objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma
Cheguei ao metrô. preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os
Cheguei no metrô. pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que
podem atuar como objetos indiretos são o "lhe", o "lhes", para
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a,
caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com
"Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se
lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua, pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em
sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem lugar dos pronomes átonos lhe, lhes.
divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
verbos, e a regência culta. a) Consistir - tem complemento introduzido pela
preposição "em".
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para
acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é todos.
um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes
formas em frases distintas. b) Obedecer e Desobedecer - possuem seus complementos
introduzidos pela preposição "a".
Verbos Intransitivos Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É Eles desobedeceram às leis do trânsito.
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. c) Responder - tem complemento introduzido pela
a) Chegar, Ir; preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais quem" ou "ao que" se responde.
de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para Respondi ao meu patrão.
indicar destino ou direção são: a, para. Respondemos às perguntas.
Fui ao teatro. Respondeu-lhe à altura.
Adjunto Adverbial de Lugar Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva
Ricardo foi para a Espanha. analítica. Veja: O questionário foi respondido corretamente. /
Adjunto Adverbial de Lugar Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.

b) Comparecer; d) Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos


O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido introduzidos pela preposição "com".
por em ou a. Antipatizo com aquela apresentadora.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último Simpatizo com os que condenam os políticos que governam
jogo. para uma minoria privilegiada.

Verbos Transitivos Diretos Verbos Transitivos Diretos e Indiretos


Os verbos transitivos diretos são complementados por Os verbos transitivos diretos e indiretos são
objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição para acompanhados de um objeto direto e um indireto. Merecem
o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses destaque, nesse grupo:
verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os,
as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem Agradecer, Perdoar e Pagar
assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais São verbos que apresentam objeto direto
terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas.
verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, Veja os exemplos:
quando complementos verbais, objetos indiretos. Agradeço aos ouvintes a audiência.
São verbos transitivos diretos: abandonar, abençoar, Objeto Indireto Objeto Direto
aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar,
alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador.
condenar, conhecer, conservar, convidar, defender, eleger, Objeto
estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, Direto Objeto Indireto
proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar, dentre Paguei o débito ao cobrador.
outros. Objeto Direto Objeto Indireto
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como
o verbo amar: - O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com
Amo aquele rapaz. / Amo-o. particular cuidado. Observe:
Amo aquela moça. / Amo-a. Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Amam aquele rapaz. / Amam-no. Agradeço a você. / Agradeço-lhe.

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APOSTILAS OPÇÃO

Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. correta interpretação de passagens escritas, oferece


Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os
Paguei minhas contas. / Paguei-as. principais, estão:
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
Agradar
Informar - Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos,
- Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto acariciar.
indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada
Informe os novos preços aos clientes. quando o revê.
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. /
preços) Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo.
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado
- Na utilização de pronomes como complementos, veja as a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido
construções: pela preposição "a".
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. O cantor não agradou aos presentes.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre O cantor não lhes agradou.
eles)
Aspirar
Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para os - Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar
seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir. (o ar), inalar.
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
Comparar - Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as como ambição.
preposições "a" ou "com" para introduzir o complemento Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a
indireto. elas)
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma Obs.: como o objeto direto do verbo "aspirar" não é
criança. pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas
"lhe" e "lhes" e sim as formas tônicas "a ele (s)", " a ela (s)". Veja
Pedir o exemplo:
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela)
forma de oração subordinada substantiva) e indireto de
pessoa. Assistir
Pedi-lhe favores. - Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar
Objeto Indireto Objeto Direto assistência a, auxiliar. Por Exemplo:
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
Pedi-lhe que mantivesse em silêncio. As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva - Assistir é transitivo indireto no sentido de ver,
Objetiva Direta presenciar, estar presente, caber, pertencer.

Saiba que: Exemplos:


1) A construção "pedir para", muito comum na linguagem Assistimos ao documentário.
cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No Não assisti às últimas sessões.
entanto, é considerada correta quando a Essa lei assiste ao inquilino.
palavra licença estiver subentendida. Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo "assistir" é
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. lugar introduzido pela preposição "em".
Assistimos numa conturbada cidade.
Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma
oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo Chamar
(para ir entregar-lhe os catálogos em casa). - Chamar é transitivo direto no sentido de convocar,
solicitar a atenção ou a presença de.
2) A construção "dizer para", também muito usada Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-
popularmente, é igualmente considerada incorreta. la.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
Preferir - Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere
indireto introduzido pela preposição "a". Por Exemplo: predicativo preposicionado ou não.
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. A torcida chamou o jogador mercenário.
Prefiro trem a ônibus. A torcida chamou ao jogador mercenário.
Obs.: na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado A torcida chamou o jogador de mercenário.
sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, A torcida chamou ao jogador de mercenário.
um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo
existente no próprio verbo (pre). Custar
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor
Mudança de Transitividade versus Mudança de ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial.
Significado Frutas e verduras não deveriam custar muito.
Há verbos que, de acordo com a mudança de - No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou
transitividade, apresentam mudança de significado. O transitivo indireto.
conhecimento das diferentes regências desses verbos é um
recurso linguístico muito importante, pois além de permitir a Muito custa viver tão longe da família.

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Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Regência Nominal


Intransitivo Reduzida de Infinitivo
É o nome da relação existente entre
Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos
atitude. regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso
- Subjetiva Reduzida de Infinitivo levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o
mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos
atribuem ao verbo "custar" um sujeito representado por nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os
pessoa. Observe o exemplo abaixo: nomes correspondentes: todos regem complementos
Custei para entender o problema. introduzidos pela preposição "a". Veja:
Forma correta: Custou-me entender o problema. Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
Implicar
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da
a) dar a entender, fazer supor, pressupor preposição ou preposições que os regem. Observe-os
Suas atitudes implicavam um firme propósito. atentamente e procure, sempre que possível, associar esses
b) Ter como consequência, trazer como consequência, nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
acarretar, provocar
Liberdade de escolha implica amadurecimento político de Substantivos
um povo. Admiração a, por
Devoção a, para, com, por
- Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, Medo a, de
envolver Aversão a, para, por
Implicaram aquele jornalista em questões econômicas. Doutor em
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo Obediência a
indireto e rege com preposição "com". Atentado a, contra
Implicava com quem não trabalhasse arduamente. Dúvida acerca de, em, sobre
Ojeriza a, por
Proceder Bacharel em
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter Horror a
cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se, Proeminência sobre
agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de Capacidade de, para
adjunto adverbial de modo. Impaciência com
As afirmações da testemunha procediam, não havia como Respeito a, com, para com, por
refutá-las.
Você procede muito mal. Adjetivos
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a Acessível a
preposição" de") e fazer, executar (rege complemento Diferente de
introduzido pela preposição "a") é transitivo indireto. Necessário a
O avião procede de Maceió. Acostumado a, com
Procedeu-se aos exames. Entendido em
O delegado procederá ao inquérito. Nocivo a
Afável com, para com
Querer Equivalente a
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter Paralelo a
vontade de, cobiçar. Agradável a
Querem melhor atendimento. Escasso de
Queremos um país melhor. Parco em, de
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, Alheio a, de
estimar, amar. Essencial a, para
Quero muito aos meus amigos. Passível de
Ele quer bem à linda menina. Análogo a
Despede-se o filho que muito lhe quer. Fácil de
Preferível a
Visar Ansioso de, para, por
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, Fanático por
fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. Prejudicial a
O homem visou o alvo. Apto a, para
O gerente não quis visar o cheque. Favorável a
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como Prestes a
objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição "a". Ávido de
O ensino deve sempre visar ao progresso social. Generoso com
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar Propício a
público. Benéfico a
Grato a, por
Próximo a
Capaz de, para
Hábil em

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APOSTILAS OPÇÃO

Relacionado com (D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na


Compatível com serra de Tunuí...
Habituado a (E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o
Relativo a gentio, mestre e colaborador...
Contemporâneo a, de
Idêntico a 04. (Agente Técnico - FCC)
Satisfeito com, de, em, por ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça...
Contíguo a O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o da
Impróprio para frase acima se encontra em:
Semelhante a (A) A palavra direito, em português, vem de directum, do
Contrário a verbo latino dirigere...
Indeciso em (B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das
Sensível a sociedades...
Curioso de, por (C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela
Insensível a justiça.
Sito em (D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações
Descontente com da justiça...
Liberal com (E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o
Suspeito de sentimento de justiça.
Desejoso de
Natural de 05. Leia a tira a seguir.
Vazio de

Advérbios
- Longe de;
- Perto de.

Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir


o regime dos adjetivos de que são formados: paralela à;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.27

Questões

01. (Administrador - FCC)


... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras
ciências ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o
grifado acima está empregado em:
(A) ...astros que ficam tão distantes...
(B) ...que a astronomia é uma das ciências...
(C) ...que nos proporcionou um espírito...
(D) ...cuja importância ninguém ignora...
Considerando as regras de regência da norma-padrão da
(E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro...
língua portuguesa, a frase do primeiro quadrinho está
corretamente reescrita, e sem alteração de sentido, em:
02. (Agente de Apoio Administrativo - FCC)
(A) Ter amigos ajuda contra o combate pela depressão.
...pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos filhos
(B) Ter amigos ajuda o combate sob a depressão.
do sueco.
(C) Ter amigos ajuda do combate com a depressão.
O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de
(D) Ter amigos ajuda ao combate na depressão.
complementos que o grifado acima está empregado em:
(E) Ter amigos ajuda no combate à depressão.
(A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO...
(B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra?
06. (Escrevente TJ SP - VUNESP) Assinale a alternativa
(C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia...
em que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de
(D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro...
junho de 2012, está correto quanto à regência nominal e à
(E) O delegado apenas olhou-a espantado com o
pontuação.
atrevimento.
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
03. (Agente de Defensoria Pública - FCC)
notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes
outros.
desiguais...
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o
rapidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o
grifado acima está empregado em:
avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
(A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a
exemplo!, do que em outros.
extremos de sutileza.
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam
(B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado nos
rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
troncos mais robustos.
avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
(C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam,
exemplo, do que em outros.
não raro, quem...
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam
rapidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o

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APOSTILAS OPÇÃO

avanço seja mais notável em alguns países - o Brasil é um


exemplo - do que em outros.
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, Ocorrência da Crase.
seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
outros. CRASE

07. (Papiloscopista Policial - VUNESP) Assinale a É de grande importância a crase da preposição “a” com o
alternativa correta quanto à regência dos termos em destaque. artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos pronomes
(A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a qual (as
responsabilidade pelo problema. quais).
(B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter se Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a
perdido. crase. O uso apropriado do acento grave depende da
(C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho de compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental
um índio na porta do prédio. também, para o entendimento da crase, dominar a regência
(D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se dos verbos e nomes que exigem a preposição “a”.
perdido de sua família. Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a
(E) A família toda se organizou para realizar a procura à verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um
garotinha. artigo ou pronome.28 Observe:
Vou a + a igreja.
08. (Analista de Sistemas - VUNESP) Assinale a Vou à igreja.
alternativa que completa, correta e respectivamente, as
lacunas do texto, de acordo com as regras de regência. No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”,
Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo
assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem “a” que está determinando o substantivo feminino igreja.
corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem,
A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que a a união delas é indicada pelo acento grave. Observe outros
mídia pode exercer sobre os jovens. exemplos:
(A) dos … na Conheço a aluna.
(B) nos … entre a Refiro-me à aluna.
(C) aos … para a
(D) sobre os … pela No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer
(E) pelos … sob a algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode
ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto
09. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”.
Públicas - VUNESP) Considerando a norma-padrão da língua, Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja
assinale a alternativa em que os trechos destacados estão feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes
corretos quanto à regência, verbal ou nominal. já especificados.
(A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais de
dez mil tomadas. Casos em que a crase NÃO ocorre
(B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver
um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé. 1) Diante de substantivos masculinos:
(C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de criar Andamos a cavalo.
logotipos e negociar. Fomos a pé.
(D) O taxista levou o autor a indagar no número de
tomadas do edifício. 2) Diante de verbos no infinitivo:
(E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor A criança começou a falar.
reparasse a um prédio na marginal. Ela não tem nada a dizer.

10. (Assistente de Informática II - VUNESP) Assinale a Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos
alternativa que substitui a expressão destacada na frase, exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
conforme as regras de regência da norma-padrão da língua e
sem alteração de sentido. 3) Diante da maioria dos pronomes e das expressões de
Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e
direitos dos trabalhadores domésticos. dona:
(A) da Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
(B) na Entreguei a todos os documentos necessários.
(C) pela Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
(D) sob a
E) sobre a Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes
podem ser identificados pelo método: troque a palavra
Respostas feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a
1.D / 2.D / 3.A / 4.A / 5.E / 6.D / 7.A / 8.C / 9.A / 10.C forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa.
(Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora.
(Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo.

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APOSTILAS OPÇÃO

(Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.) - ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado,
ocorrerá crase. Veja:
4) Diante de numerais cardinais: Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que,
Chegou a duzentos o número de feridos pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”.
Daqui a uma semana começa o campeonato.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos (Aquele (s),
Casos em que a crase SEMPRE ocorre Aquela (s), Aquilo)
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo
1) Diante de palavras femininas: regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Sempre vamos à praia no verão.
Refiro-me a + aquele atentado.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Preposição Pronome
2) Diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de”
(mesmo que a expressão moda de fique subentendida:
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. Refiro-me àquele atentado.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV. O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige
preposição, portanto, ocorre a crase.
3) Na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã. Observe este outro exemplo:
Elas chegaram às dez horas. Aluguei aquela casa.
Foram dormir à meia-noite. O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não
exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso.
4) Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de
que participam palavras femininas. Por exemplo: Crase com os Pronomes Relativos (A Qual, As Quais)
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e
à tarde às ocultas às pressas à medida que as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses
pronomes exigir a preposição a, haverá crase.
às
à noite às claras à força É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos
escondidas
utilizando a substituição do termo regido feminino por um
à vontade à beça à larga à escuta termo regido masculino. Por exemplo:

às avessas à revelia à exceção de à imitação de A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade
à esquerda às turras às vezes à chave
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a
à direita à procura à deriva à toa crase. Veja outros exemplos:
São normas às quais todos os alunos devem obedecer.
à sombra à proporção Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
à luz à frente de
de que
Crase com o Pronome Demonstrativo (a)
à semelhança A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a”
às ordens à beira de
de também pode ser detectada através da substituição do termo
regente feminino por um termo regido masculino. Veja:
Crase diante de Nomes de Lugar Minha revolta é ligada à do meu país.
Meu luto é ligado ao do meu país.
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do As orações são semelhantes às de antes.
artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo de modo que Os exemplos são semelhantes aos de antes.
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a
preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não Crase com a Palavra Distância
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o - Se a palavra distância estiver especificada ou
termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo:
“em”. A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está
nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por determinada)
exemplo: Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A
palavra está especificada.)
Vou à França. (Vim da[ de+a] França. Estou na[ em+a]
França.) - Se a palavra distância não estiver especificada, a crase
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.) não pode ocorrer. Por exemplo:
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) Os militares ficaram a distância.
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Gostava de fotografar a distância.
Alegre.) Ensinou a distância.

- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou Observação: por motivo de clareza, para evitar
A volto DE, crase PRA QUÊ?” ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja:
Ex.: Vou a Campinas. = Volto de Campinas. Gostava de fotografar à distância.
Vou à praia. = Volto da praia. Ensinou à distância.
Dizem que aquele médico cura à distância.

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APOSTILAS OPÇÃO

Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA 03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas
já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
1) Diante de nomes próprios femininos: é facultativo o uso (A) à - àqueles - a - há
da crase porque é facultativo o uso do artigo. Observe: (B) a - àqueles - a - há
Paula é muito bonita; ou A Paula é muito bonita. (C) a - aqueles - à - a
Laura é minha amiga; ou A Laura é minha amiga. (D) à - àqueles - a - a
(E) a - aqueles - à - há
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo
feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos 04. Leia o texto a seguir.
escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Entreguei o cartão a Paula; ou Entreguei o cartão à Paula. Comunicação
Entreguei o cartão a Roberto; ou Entreguei o cartão ao
Roberto. O público ledor (existe mesmo!) é sensorial: quer ter um
autor ao vivo, em carne e osso. Quando este morre, há uma
2) Diante de pronome possessivo feminino: é facultativo o queda de popularidade em termos de venda. Ou, quando
uso da crase porque é facultativo o uso do artigo. Observe: teatrólogo, em termos de espetáculo. Um exemplo: G. B. Shaw.
Minha avó tem setenta anos; ou A minha avó tem setenta E, entre nós, o suave fantasma de Cecília Meireles recém está
anos. se materializando, tantos anos depois.
Minha irmã está esperando por você; ou A minha irmã está Isto apenas vem provar que a leitura é um remédio para a
esperando por você. solidão em que vive cada um de nós neste formigueiro. Claro
que não me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de e efervescente.
pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as Porque o autor escreve, antes de tudo, para expressar-se.
frases abaixo das seguintes formas: Sua comunicação com o leitor decorre unicamente daí. Por
Cedi o lugar a minha avó; ou Cedi o lugar à minha avó. afinidades. É como, na vida, se faz um amigo.
Cedi o lugar a meu avô; ou Cedi o lugar ao meu avô. E o sonho do escritor, do poeta, é individualizar cada
formiga num formigueiro, cada ovelha num rebanho - para que
3) Depois da preposição até: sejamos humanos e não uma infinidade de xerox infinitamente
Fui até a praia; ou Fui até à praia. reproduzidos uns dos outros.
Acompanhe-o até a porta; ou Acompanhe-o até à porta. Mas acontece que há também autores xerox, que nos
A palestra vai até as cinco horas da tarde; ou A palestra vai invadem com aqueles seus best-sellers...
até às cinco horas da tarde. Será tudo isto uma causa ou um efeito?
Tristes interrogações para se fazerem num mundo que já
Questões foi civilizado.

01. No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar- (Mário Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova
se ______aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas Aguilar, 1. ed., 2005.)
consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades e
estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo Claro que não me estou referindo a essa vulgar comunicação
questões de saúde pública como programas de esclarecimento festiva e efervescente.
e prevenção, de tratamento para dependentes e de O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase se
reintegração desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome o segmento grifado for substituído por:
de um médico ou clínica ____quem tentar encaminhar um (A) leitura apressada e sem profundidade.
drogado da nossa própria família? (B) cada um de nós neste formigueiro.
(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, (C) exemplo de obras publicadas recentemente.
2012) (D) uma comunicação festiva e virtual.
(E) respeito de autores reconhecidos pelo público.
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
respectivamente, com: 05. O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP)
(A) aos … à … a … a também desenvolve atividades lúdicas de apoio______
(B) aos … a … à … a ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará-
(C) a … a … à … à lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em
(D) à … à … à … à liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e uma
(E) a … a … a … a vida digna.
(www.metropolitana.com.br. 2012)
02. Leia o texto a seguir.
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu Assinale a alternativa que preenche, correta e
______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-
procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu- padrão da língua portuguesa.
lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o (A) à … à … à
que fez. (B) a … a … à
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de Janeiro: Globo, (C) a … à … à
1997,)
(D) à … à ... a
(E) a … à … a
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
ordem dada:
Gabarito
(A) à – a – a
1.B / 2.A / 3.B / 4.A / 5.D
(B) a – a – à
(C) à – a – à
(D) à – à – a
(E) a – à – à

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APOSTILAS OPÇÃO

2) Depois de interjeições ou vocativos.


Ex.: - João! Há quanto tempo!
Pontuação
Ponto de Interrogação

Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.


PONTUAÇÃO “Então? Que é isso? Desertaram ambos?”
(Artur Azevedo)
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem
para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar Reticências
especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as
principais funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo 1) Indica que palavras foram suprimidas.
uso da língua portuguesa.29 Ex.: Comprei lápis, canetas, cadernos...

Ponto 2) Indica interrupção violenta da frase.


Ex.: Não... quero dizer... é verdade... Ah!
1) Indica o término do discurso ou de parte dele.
Ex.: Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em 3) Indica interrupções de hesitação ou dúvida
que se encontra. / Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga Ex.: Este mal... pega doutor?
e leite.
4) Indica que o sentido vai além do que foi dito
2) Usa-se nas abreviações. Ex.: Deixa, depois, o coração falar...
Ex.: V.Exª (Vossa Exelencia) , Sr. (Senhor), S.A (Sociedade
Anonima). Vírgula

Ponto e Vírgula Não se usa Vírgula


Separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-
1) Separa várias partes do discurso, que têm a mesma se diretamente entre si:
importância.
Ex.: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo 1) Entre sujeito e predicado.
pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; Todos os alunos da sala foram advertidos.
os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” sujeito predicado
(Vieira)
2) Separa partes de frases que já estão separadas por 2) Entre o verbo e seus objetos.
vírgulas. O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
Ex.: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros V.T.D.I .O.D .O.I.
montanhas, frio e cobertor.
3) Entre nome e complemento nominal; entre nome e
3) Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, adjunto adnominal.
decreto de lei, etc. Ex.: A surpreendente reação do governo contra os sonegadores
- Ir ao supermercado; despertou reações entre os empresários.
- Pegar as crianças na escola; adj. adnominal nome adj. adn. Compl. nominal
- Caminhada na praia;
- Reunião com amigos. Usa-se a Vírgula
1) Para marcar intercalação:
Dois Pontos a) Do adjunto adverbial: O café, em razão da sua
abundância, vem caindo de preço.
1) Antes de uma citação. b) Da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
Ex.: Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:... produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) Das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias
2) Antes de um aposto. não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem
Ex.: Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à abrir mão dos lucros altos.
tarde e calor à noite.
2) Para marcar inversão:
3) Antes de uma explicação ou esclarecimento. a) Do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
Ex.: Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
vivendo a rotina de sempre. b) Dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
4) Em frases de estilo direto. Ex.: c) Do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio
Maria perguntou: de 1982.
- Por que você não toma uma decisão?
3) Para separar entre si elementos coordenados (dispostos
Ponto de Exclamação em enumeração): Era um garoto de 15 anos, alto, magro. / A
ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
1) Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto,
súplica, etc. 4) Para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós queremos
Ex.: - Sim! Claro que eu quero me casar com você! comer pizza; e vocês, churrasco.

29 http://tudodeconcursosevestibulares.blogspot.com/2013/04/pontuacao-

resumo-com-questoes.html

Português 73
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APOSTILAS OPÇÃO

5) Para isolar: (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,


a) O aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
possui um trânsito caótico. notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
b) O vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. outros.
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam
Questões rapidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o
avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
01. Assinale a alternativa em que a pontuação está exemplo!, do que em outros.
corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da (C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam
língua portuguesa. rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, exemplo, do que em outros.
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. rapidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, avanço seja mais notável em alguns países - o Brasil é um
embora experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, exemplo - do que em outros.
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, outros.
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. 05. Assinale a alternativa em que a frase mantém-se
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, correta após o acréscimo das vírgulas.
embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrônica
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. ao grupo ou acione o código na internet.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, (B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o
embora, experimentasse a sensação de violar uma intimidade, código foi acionado.
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados,
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. recebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a
criança foi encontrada.
02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega
ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as primeiro às, areias do Guarujá.
lacunas da frase abaixo: (E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas de quem a encontrou e informar um ponto de referência
devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o
trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter. Respostas
(A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula 1.C / 2.C / 3.B / 4.D / 5.E
(B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
(C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
(D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
(E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
Equivalência e
transformação de estruturas.
03. Os sinais de pontuação estão empregados
corretamente em:
(A) Duas explicações, do treinamento para consultores
EQUIVALÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DE ESTRUTURAS
iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a
construção de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar
A equivalência e transformação de estruturas consiste em
das metas de vendas associadas aos dois temas.
saber mudar uma sentença ou parte dela de modo a que fique
(B) Duas explicações do treinamento para consultores
gramaticalmente correta. Um exemplo muito comum em
iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a
provas de concursos é o enunciado trazer uma frase no
construção de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar
singular, por exemplo, e pedir que o aluno passe a frase para o
das metas de vendas associadas aos dois temas.
plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é o enunciado dar
(C) Duas explicações do treinamento para consultores
a frase em um tempo verbal, e pedir que o aluno a passe para
iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a
outro tempo. Ou ainda a reescritura de trechos, mantendo a
construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar
correção semântica e sintática.
das metas de vendas associadas aos dois temas.
(D) Duas explicações do treinamento para consultores
Paralelismo Sintático e Paralelismo Semântico
iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a
construção de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar
O paralelismo sintático é um conceito que trata de um
das metas de vendas associadas aos dois temas.
encadeamento ou de uma repetição de estruturas
(E) Duas explicações, do treinamento para consultores
sintáticas semelhantes (termos ou orações), em uma
iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a
sequência ou enumeração. Tal conceito está diretamente
construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar
ligado ao conceito de coordenação. Termos coordenados entre
das metas, de vendas associadas aos dois temas.
si são aqueles que desempenham a mesma função sintática
dentro do período.
04. Assinale a alternativa em que o período, adaptado da
Orações coordenadas são aquelas sintaticamente
revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto
semelhantes e independentes uma da outra. Normalmente há
à regência nominal e à pontuação.
conectivos ligando tais termos ou orações.

Português 74
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APOSTILAS OPÇÃO

Segundo o gramático Manoel Pinto Ribeiro, neste processo As estruturas paralelísticas denotam o sentido de
de encadeamento de termos ou orações, há elementos progressão entre os elementos.
gramaticais, principalmente conectivos coordenativos, que
são utilizados com frequência.30 - Tanto... quanto
A coerência é um dos pontos importantes nesta temática. ”O tabagismo é prejudicial tanto para os fumantes ativos,
Desta forma, para que toda interlocução se materialize de quanto para os passivos.”
forma plausível, antes de tudo, as ideias precisam estar Aqui, tais estruturas, além de expressarem adição, ainda
dispostas em uma sequência lógica, clara e precisa, pois, se por acrescentam uma ideia de equiparação ou equivalência.
um motivo ou outro houver uma quebra desta sequência, o
discurso certamente estará comprometido. - Primeiro... segundo
Mediante este aspecto, vale dizer que determinados “Há dois procedimentos a realizar: primeiro você diz toda
elementos revelam sua parcela de contribuição para que tais a verdade; segundo, pede desculpas pelo erro cometido.”
pressupostos se tornem efetivamente concretizados, o que é Constatamos que os elementos utilizados se relacionam à
garantido, muitas vezes, pelo paralelismo sintático e pelo ideia de uma enumeração, evidenciados de forma sequencial.
paralelismo semântico.
Esses se caracterizam pelas relações de semelhança que - Não... e não / nem
determinadas palavras e expressões apresentam entre si. Tais “Não obteve um bom resultado neste ano, nem no
relações de similaridade podem se dar no campo morfológico anterior.”
(quando as palavras integram a mesma classe gramatical), no Tal recurso foi empregado no sentido de evidenciar uma
semântico (quando há correspondência de sentido) e no sequência negativa em relação aos fatos.
sintático (quando a construção de frases e orações se
apresenta de forma semelhante). - Seja... seja / quer...quer / ora... ora
Assim, analisemos um caso no qual podemos constatar a “Quer você apareça, quer não, iremos ao cinema.”
ausência de paralelismo de ordem morfológica: O emprego das estruturas paralelísticas está relacionado à
noção de alternância no que se refere às ações.
“A tão inesperada decisão é fruto resultante de
humilhações, mágoas, concepções equivocadas e agressores - Por um lado... por outro
por parte de colegas que almejavam ocupar sua função.” “Se por um lado as obras garantem o emprego de todos,
por outro, desagradam aos moradores.”
Constatamos uma nítida ruptura relacionada a fatores de
ordem gramatical, demarcada pela exposição de um adjetivo Tempos Verbais
(agressores) em detrimento ao substantivo “agressões”. Oberve o exemplo:
“Se todos comparecessem, o evento ficaria mais animado.”
Ausência de Paralelismo de Ordem Semântica “Se todos comparecerem, o evento ficará mais animado.”
Oberve o exemplo: “Marcela amou-me durante quinze
meses e onze contos de réis” (Machado de Assis). Constatamos que o emprego do pretérito imperfeito do
subjuntivo (comparecessem) na oração subordinada
Detectamos que houve uma quebra de sentido com relação condicional requisita o emprego do futuro do pretérito
à ideia expressa pelo tempo, ao associá-lo com a noção de (ficaria) na oração principal.
quantidade, valor. Já o emprego do futuro do subjuntivo (comparecerem) na
oração subordinada pede o emprego do futuro do presente
Ausência de Paralelismo de Ordem Sintática (ficará) na principal.31
Oberve o exemplo: “O respeito às leis de trânsito não
representa segurança somente para o motorista e é para o Questões
pedestre.”
Tal ocorrência manifesta-se por intermédio do uso do 01. (UFMT - Administração - UFMT)
conectivo “e” em detrimento a outro, que também integra a
classe das conjunções aditivas, representado pela expressão Quem descobriu Cuiabá
“mas também.”
Assim, no intento de reformularmos o discurso, Não houve dúvida, a riqueza estava no sertão. E os
obteríamos: “O respeito às leis de trânsito não representa paulistas se movimentaram descendo o rio Tietê, estrada que
segurança somente para o motorista, mas também para o anda e que facilitou a penetração, pois ele não é como a maioria
pedestre.” dos rios que correm para o mar. Ele é um rio bem brasileiro,
corre para o interior, por isso, graças ao Tietê, os Bandeirantes
Vejamos outros casos que representam esta dualidade vieram à Cuiabá.
paralelística: E foi assim, chegaram, acharam ouro e ficaram. Mas, para
chegar, subiram o rio e esse rio não tinha nome e daí vem a
- Não só... mas também lenda de que um moço português que fazia parte da bandeira,
“O respeito às leis de trânsito representa segurança não só indo beber água no rio, levou consigo uma cuia [...]. No
para o motorista, mas também para o pedestre.” momento em que a enchia, a cuia lhe escapou das mãos e, em
Tal construção, além de expressar a ideia de adição, ainda seu sotaque lusitano, gritou para os companheiros vendo a
retrata um enfoque especial ao se referir aos pedestres cuia descer rolando água abaixo: cuia que ba, querendo dizer
(representada pela conjunção “mas também”). que se vá.
Mas, isto é lenda.
- Quanto mais... (tanto) mais
“Atualmente, quanto mais nos aperfeiçoamos, mais temos Assinale a alternativa que NÃO apresenta ideias
condições de ser bem sucedidos.” sintaticamente coordenadas.

30 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2013.


31 classroombr.blogspot.com.br/2014/07/equivalencia-e-transformacao-de.html

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APOSTILAS OPÇÃO

(A) Não houve dúvida, a riqueza estava no sertão. todos os atos da administração pública, conforme estabelece o
(B) Ele é um rio bem brasileiro, corre para o interior, por artigo 37 da Constituição Federal:
isso, graças ao Tietê, os Bandeirantes vieram à Cuiabá.
(C) E foi assim, chegaram, acharam ouro e ficaram. “A administração pública direta e indireta de qualquer dos
(D) E os paulistas se movimentaram descendo o rio Tietê, Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
estrada que anda e que facilitou a penetração, pois ele não é Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
como a maioria dos rios que correm para o mar. impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência ( ... )”.

02. (Pref. de Mangaratiba/RJ - Assistente Social - 2016) A forma e o conteúdo da Redação Oficial devem convergir
O paralelismo sintático foi desobedecido na seguinte frase: na produção dos textos dessa natureza, razão pela qual, muitas
vezes, não há como separar uma do outro. Indicamse, a seguir,
(A) “Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é alguns pressupostos de como devem ser redigidos os textos
gostar do que você conseguiu”. (Dale Carnegie) oficiais.
(B) “Para o otimista todas as portas têm maçanetas e
dobradiças, para o pessimista todas as portas têm trincos e Padrão Culto do Idioma
fechaduras”. (William Arthur Ward)
(C) “Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não A redação oficial deve observar o padrão culto do idioma
houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, quanto ao léxico (seleção vocabular), à sintaxe (estrutura
valeu a intenção da semente”. (Henfil) gramatical das orações) e à morfologia (ortografia, acentuação
(D) “É barato construir castelos no ar e bem cara a sua gráfica etc.).
destruição”. (F. Mauriac) Por padrão culto do idioma devese entender a língua
(E) “Um acontecimento vivido é finito. Um acontecimento referendada pelos bons gramáticos e pelo uso nas situações
lembrado é ilimitado”. (Walter Benjamin) formais de comunicação. Devem-se excluir da Redação Oficial
a erudição minuciosa e os preciosismos vocabulares que criam
03. (TJM/MG - Técnico Judiciário - FUMARC) Assinale a entraves inúteis à compreensão do significado. Não faz sentido
alternativa em que se verifique FALTA de paralelismo usar “perfunctório” em lugar de “superficial” ou “doesto” em
semântico. vez de “acusação” ou “calúnia”. São descabidos também as
citações em língua estrangeira e os latinismos, tão ao gosto da
(A) Preferimos ir a algum lugar mais próximo, numa linguagem forense. Os manuais de Redação Oficial, que vários
escapada de fim de semana, a longas e demoradas viagens órgãos têm feito publicar, são unânimes em desaconselhar a
internacionais. utilização de certas formas sacramentais, protocolares e de
(B) Há uma enorme discrepância entre os poucos anacronismos que ainda se leem em documentos oficiais,
candidatos até agora inscritos e as vagas a serem preenchidas, como: “No dia 20 de maio, do ano de 2011 do nascimento de
cujo número passa de mil. Nosso Senhor Jesus Cristo”, que permanecem nos registros
(C) As recomendações dos peritos apontavam para a cartorários antigos.
necessidade de aumentar os dispositivos de combate a Não cabem também, nos textos oficiais, coloquialismos,
incêndio bem como de que se fornecesse treinamento aos neologismos, regionalismos, bordões da fala e da linguagem
funcionários encarregados da segurança. oral, bem como as abreviações e imagens sígnicas comuns na
(D) Naquelas circunstâncias, não se podiam adotar comunicação eletrônica.
medidas populistas, e que pusessem em risco a segurança da Diferentemente dos textos escolares, epistolares,
população. jornalísticos ou artísticos, a Redação Oficial não visa ao efeito
estético nem à originalidade. Ao contrário, impõe
Gabarito uniformidade, sobriedade, clareza, objetividade, no sentido de
01.D / 02.D / 03.D se obter a maior compreensão possível com o mínimo de
recursos expressivos necessários. Portarias lavradas sob
forma poética, sentenças e despachos escritos em versos
rimados pertencem ao “folclore” jurídico administrativo e são
Redação. práticas inaceitáveis nos textos oficiais. São também
inaceitáveis nos textos oficiais os vícios de linguagem,
provocados por descuido ou ignorância, que constituem
REDAÇÃO OFICIAL desvios das normas da língua padrão. Enumeram-se, a seguir,
alguns desses vícios:
Entende-se por Redação Oficial o conjunto de normas e
práticas que devem reger a emissão dos atos normativos e Barbarismos: são desvios:
comunicações do poder público, entre seus diversos - da ortografia: “advinhar” em vez de adivinhar; “excessão”
organismos ou nas relações dos órgãos públicos com as em vez de exceção.
entidades e os cidadãos. - da pronúncia: “rúbrica” em vez de rubrica.
A Redação Oficial inscreve-se na confluência de dois - da morfologia: “interviu” em vez de interveio.
universos distintos: a forma rege-se pelas ciências da - da semântica: desapercebido (sem recursos) em vez de
linguagem (morfologia, sintaxe, semântica, estilística etc.); o despercebido (não percebido, sem ser notado).
conteúdo submete-se aos princípios jurídico administrativos - pela utilização de estrangeirismos: galicismo (do
impostos à União, aos Estados e aos Municípios, nas esferas francês): “miseenscène” em vez de encenação; anglicismo (do
dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. inglês): “delivery” em vez de entrega em domicílio.
Pertencente ao campo da linguagem escrita, a Redação
Oficial deve ter as qualidades e características exigidas do Arcaísmos: utilização de palavras ou expressões
texto escrito destinado à comunicação impessoal, objetiva, anacrônicas, fora de uso. Ex.: “asinha” em vez de ligeira,
clara, correta e eficaz. depressa.
Por ser “oficial”, expressão verbal dos atos do poder
público, essa modalidade de redação ou de texto subordina-se Neologismos: palavras novas que, apesar de formadas de
aos princípios constitucionais e administrativos aplicáveis a acordo com o sistema morfológico da língua, ainda não foram

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APOSTILAS OPÇÃO

incorporadas pelo idioma. Ex.: “imexível” em vez de imóvel, comunicação. São inadmissíveis, portanto, as marcas
que não se pode mexer; “talqualmente” em vez de igualmente. individualizadoras, as ousadias estilísticas, a linguagem
metafórica ou a elíptica e alusiva. A Redação Oficial prima pela
Solecismos: são os erros de sintaxe e podem ser: denotação, pela sintaxe clara e pela economia vocabular, ainda
- de concordância: “sobrou” muitas vagas em vez de que essa regularidade imponha certa “monotonia burocrática”
sobraram. ao discurso.
- de regência: os comerciantes visam apenas “o lucro” em Reafirma-se que a intermediação entre o emissor e o
vez de ao lucro. receptor nas Redações Oficiais é o código linguístico, dentro do
- de colocação: “não tratava-se” de um problema sério em padrão culto do idioma; uma linguagem “neutra”, referendada
vez de não se tratava. pelas gramáticas, dicionários e pelo uso em situações formais,
acima das diferenças individuais, regionais, de classes sociais
Ambiguidade: duplo sentido não intencional. Ex.: O e de níveis de escolaridade.
desconhecido faloume de sua mãe( .Mãe de quem? Do
desconhecido? Do interlocutor)? Formalidade e Padronização
Cacófato: som desagradável, resultante da junção de duas As comunicações oficiais impõem um tratamento polido e
ou mais palavras da cadeia da frase. Ex.: Darei um prêmio por respeitoso. Na tradição iberoamericana, afeita a títulos e a
cada eleitor que votar em mim (por cada e porcada). tratamentos reverentes, a autoridade pública revela sua
posição hierárquica por meio de formas e de pronomes de
Pleonasmo: informação desnecessariamente redundante. tratamento sacramentais. “Excelentíssimo”, “Ilustríssimo”,
Ex.: As pessoas pobres, que não têm dinheiro, vivem na “Meritíssimo”, “Reverendíssimo” são vocativos que, em
miséria; Os moralistas, que se preocupam com a moral, vivem algumas instâncias do poder, tornaramse inevitáveis.
vigiando as outras pessoas. Entenda-se que essa solenidade tem por consideração o cargo,
a função pública, e não a pessoa de seu exercente.
A Redação Oficial supõe, como receptor, um operador Vale lembrar que os pronomes de tratamento são
linguístico dotado de um repertório vocabular e de uma obrigatoriamente regidos pela terceira pessoa. São erros
articulação verbal minimamente compatíveis com o registro muito comuns construções como “Vossa Excelência sois
médio da linguagem. Nesse sentido, deve ser um texto neutro, bondoso(a)”; o correto é “Vossa Excelência é bondoso(a)”.
sem facilitações que intentem suprir as deficiências cognitivas A utilização da segunda pessoa do plural (vós), com que os
de leitores precariamente alfabetizados. textos oficiais procuravam revestir-se de um tom solene e
Como exceção, citam-se as campanhas e comunicados cerimonioso no passado, é hoje incomum, anacrônica e
destinados a públicos específicos, que fazem uma aproximação pedante, salvo em algumas peças oratórias envolvendo
com o registro linguístico do público alvo. Mas esse é um tribunais ou juizes, herdeiras, no Brasil, da tradição retórica de
campo que refoge aos objetivos deste material, para se inserir Rui Barbosa e seus seguidores.
nos domínios e técnicas da propaganda e da persuasão. Outro aspecto das formalidades requeridas na Redação
Se o texto oficial não pode e não deve baixar ao nível de Oficial é a necessidade prática de padronização dos
compreensão de leitores precariamente equipados quanto à expedientes. Assim, as prescrições quanto à diagramação,
linguagem, fica evidente o falo de que a alfabetização e a espaçamento, caracteres tipográficos etc., os modelos
capacidade de apreensão de enunciados são condições inevitáveis de ofício, requerimento, memorando, aviso e
inerentes à cidadania. Ninguém é verdadeiramente cidadão se outros, além de facilitar a legibilidade, servem para agilizar o
não consegue ler e compreender o que leu. O domínio do andamento burocrático, os despachos e o arquivamento.
idioma é equipamento indispensável à vida em sociedade. É também por essa razão que quase todos os órgãos
públicos editam manuais com os modelos dos expedientes que
Impessoalidade e Objetividade integram sua rotina burocrática. A Presidência da República, a
Ainda que possam ser subscritos por um ente público Câmara dos Deputados, o Senado, os Tribunais Superiores,
(funcionário, servidor etc.), os textos oficiais são expressão do enfim, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário têm os
poder público e é em nome dele que o emissor se comunica, próprios ritos na elaboração dos textos e documentos que lhes
sempre nos termos da lei e sobre atos nela fundamentados. são pertinentes.
Não cabe na Redação Oficial, portanto, a presença do “eu”
enunciador, de suas impressões subjetivas, sentimentos ou Concisão e Clareza
opiniões. Mesmo quando o agente público manifesta-se em Houve um tempo em que escrever bem era escrever
primeira pessoa, em formas verbais comuns como: declaro, “difícil”. Períodos longos, subordinações sucessivas, vocábulos
resolvo, determino, nomeio, exonero etc., é nos termos da lei raros, inversões sintáticas, adjetivação intensiva,
que ele o faz e é em função do cargo que exerce que se enumerações, gradações, repetições enfáticas já foram
identifica e se manifesta. considerados virtudes estilísticas. Atualmente, a velocidade
O que interessa é aquilo que se comunica, é o conteúdo, o que se impõe a tudo o que se faz, inclusive ao escrever e ao ler,
objeto da informação. A impessoalidade contribui para a tornou esses recursos quase sempre obsoletos. Hoje, a
necessária padronização, reduzindo a variabilidade da concisão, a economia vocabular, a precisão lexical, ou seja, a
linguagem a certos padrões, sem o que cada texto seria eficácia do discurso, são pressupostos não só da Redação
suscetível de inúmeras interpretações. Oficial, mas da própria literatura. Basta observar o estilo
Por isso, a Redação Oficial não admite adjetivação. O “enxuto” de Graciliano Ramos, de Carios Drummond de
adjetivo, ao qualificar, exprime opinião e evidencia um juízo de Andrade, de João Cabral de Melo Neto, de Dalton Trevisan,
valor pessoal do emissor. São inaceitáveis também a mestres da linguagem altamente concentrada.
pontuação expressiva, que amplia a significação (! ... ), ou o Não têm mais sentido os imensos “prolegômenos” e
emprego de interjeições (Oh! Ah!), que funcionam como “exórdios” que se repetiam como ladainhas nos textos oficiais,
índices do envolvimento emocional do redator com aquilo que como o exemplo risível e caricato que segue:
está escrevendo. “Preliminarmente, antes de mais nada, indispensável se faz
Se nos trabalhos artísticos, jornalísticos e escolares o estilo que nos valhamos do ensejo para congratularmo-nos com Vossa
individual é estimulado e serve como diferencial das Excelência pela oportunidade da medida proposta à apreciação
qualidades autorais, a função pública impõe a de seus nobres pares. Mas, quem sou eu, humilde servidor
despersonalização do sujeito, do agente público que emite a

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público, para abordar questões de tamanha complexidade, a e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
respeito das quais divergem os hermeneutas e exegetas. Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
Entrementes, numa análise ainda que perfunctória das
causas primeiras, que fundamentaram a proposição - Do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores;
tempestivamente encaminhada por Vossa Excelência, Membros de Tribunais; Juizes; Auditores da Justiça Militar.
indispensável se faz uma abordagem preliminar dos
antecedentes imediatos, posto que estes antecedentes Vocativos
necessariamente antecedem os consequentes”. O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas
Observe que absolutamente nada foi dito ou informado. aos chefes de poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo
respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República;
Nas Comunicações Oficiais Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional;
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal
A redação das comunicações oficiais obedece a preceitos Federal.
de objetividade, concisão, clareza, impessoalidade, As demais autoridades devem ser tratadas com o vocativo
formalidade, padronização e correção gramatical. Senhor ou Senhora, seguido do respectivo cargo: Senhor
Além dessas, há outras características comuns à Senador / Senhora Senadora; Senhor Juiz/ Senhora Juiza;
comunicação oficial, como o emprego de pronomes de Senhor Ministro / Senhora Ministra; Senhor Governador /
tratamento, o tipo de fecho (encerramento) de uma Senhora Governadora.
correspondência e a forma de identificação do signatário,
conforme define o Manual de Redação da Presidência da Endereçamento
República. Outros órgãos e instituições do poder público De acordo com o Manual de Redação da Presidência, no
também possuem manual de redação próprio, como a Câmara envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às
dos Deputados, o Senado Federal, o Ministério das Relações autoridades tratadas por Vossa Excelência, deve ter a seguinte
Exteriores, diversos governos estaduais, órgãos do Judiciário forma:
etc. A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Pronomes de Tratamento Ministro de Estado da Justiça
A regra diz que toda comunicação oficial deve ser formal e 70064900 Brasília. DF
polida, isto é, ajustada não apenas às normas gramaticais,
como também às normas de educação e cortesia. Para isso, é A Sua Excelência o Senhor
fundamental o emprego de pronomes de tratamento, que Senador Fulano de Tal
devem ser utilizados de forma correta, de acordo com o Senado Federal
destinatário e as regras gramaticais. 70165900 Brasília. DF
Embora os pronomes de tratamento se refiram à segunda
pessoa (Vossa Excelência, Vossa Senhoria), a concordância é A Sua Excelência o Senhor
feita em terceira pessoa. Fulano de Tal
Juiz de Direito da l0ª Vara Cível
- Concordância verbal: Rua ABC, nº 123
Vossa Senhoria falou muito bem. 01010000 São Paulo. SP
Vossa Excelência vai esclarecer o tema.
Vossa Majestade sabe que respeitamos sua opinião. Conforme o Manual de Redação da Presidência, “em
comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento
- Concordância pronominal: pronomes de tratamento digníssimo (DD) às autoridades na lista anterior. A dignidade
concordam com pronomes possessivos na terceira pessoa. Ex.: é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público,
Vossa Excelência escolheu seu candidato. (e não “vosso...”). sendo desnecessária sua repetida evocação”.

- Concordância nominal: os adjetivos devem concordar Vossa Senhoria: É o pronome de tratamento empregado
com o sexo da pessoa a que se refere o pronome de tratamento. para as demais autoridades e para particulares. O vocativo
Vossa Excelência ficou confuso. (para homem) adequado é :Senhor Fulano de Tal / Senhora Fulana de Tal.
Vossa Excelência ficou confusa. (para mulher)
Vossa Senhoria está ocupado. (para homem) No envelope, deve constar do endereçamento:
Vossa Senhoria está ocupada. (para mulher) Ao Senhor
Sua Excelência - de quem se fala (ele/ela). Fulano de Tal
Vossa Excelência - com quem se fala (você) Rua ABC, nº 123
70123-000 – Curitiba.PR
Emprego dos Pronomes de Tratamento
As normas a seguir fazem parte do Manual de Redação da Conforme o Manual de Redação da Presidência, em
Presidência da República. comunicações oficiais “fica dispensado o emprego do
Vossa Excelência: É o tratamento empregado para as superlativo Ilustríssimo para as autoridades que recebem o
seguintes autoridades: tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente
- Do Poder Executivo: Presidente da República; Vice- o uso do pronome de tratamento Senhor.
presidente da República; Ministros de Estado; Governadores e O Manual também esclarece que “doutor não é forma de
vicegovernadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais tratamento, e sim título acadêmico”. Por isso, recomenda-se
generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários empregá-lo apenas em comunicações dirigidas a pessoas que
executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de tenham concluído curso de doutorado. No entanto, ressalva-se
natureza especial; Secretários de Estado dos Governos que “é costume designar por doutor os bacharéis,
Estaduais; Prefeitos Municipais. especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina”.
Vossa Magnificência: É o pronome de tratamento dirigido a
- Do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores; reitores de universidade. Correspondelhe o vocativo:
Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais Magnífico Reitor.

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APOSTILAS OPÇÃO

Vossa Santidade: É o pronome de tratamento empregado Padrões e Modelos


em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo
correspondente é :Santíssimo Padre. Padrão de Ofício
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima: São O Manual de Redação da Presidência da República lista três
os pronomes empregados em comunicações dirigidas a tipos de expediente que, embora tenham finalidades
cardeais. Os vocativos correspondentes são: Eminentíssimo diferentes, possuem formas semelhantes: Ofício, Aviso e
Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Memorando. A diagramação proposta para esses expedientes
Cardeal. é denominada padrão ofício.
Nas comunicações oficiais para as demais autoridades O Ofício, o Aviso e o Memorando devem conter as seguintes
eclesiásticas são usados: Vossa Excelência Reverendíssima partes:
(para arcebispos e bispos); Vossa Reverendíssima ou Vossa - Tipo e número do expediente, seguido da sigla do
Senhoria Reverendíssima (para monsenhores, cônegos e órgão que o expede.
superiores religiosos); Vossa Reverência (para sacerdotes, Of. 123/2002-MME
clérigos e demais religiosos). Aviso 123/2002-SG
Mem. 123/2002-MF
Fechos para Comunicações
De acordo com o Manual da Presidência, o fecho das - Local e data: devem vir por extenso com alinhamento à
comunicações oficiais “possui, além da finalidade óbvia de direita. Exemplo:
arrematar o texto, a de saudar o destinatário”, ou seja, o fecho Brasília, 20 de maio de 2011
é a maneira de quem expede a comunicação despedir-se de seu - Assunto: resumo do teor do documento. Exemplos:
destinatário. Assunto: Produtividade do órgão em 2010.
Até 1991, quando foi publicada a primeira edição do atual Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.
Manual de Redação da Presidência da República, havia 15
padrões de fechos para comunicações oficiais. O Manual - Destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é
simplificou a lista e reduziu-os a apenas dois para todas as dirigida a comunicação. No caso do ofício, deve ser incluído
modalidades de comunicação oficial. São eles: também o endereço.

- Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive - Texto: nos casos em que não for de mero
o presidente da República. encaminhamento de documentos, o expediente deve conter a
- Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia seguinte estrutura:
ou de hierarquia inferior.
a) Introdução: que se confunde com o parágrafo de
“Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a
a autoridades estrangeiras, que atenderem a rito e tradição comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”,
próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”,empregue a
Ministério das Relações Exteriores”, diz o Manual de Redação forma direta;
da Presidência da República. b) Desenvolvimento: no qual o assunto é detalhado; se o
A utilização dos fechos “Respeitosamente” e texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem
“Atenciosamente” é recomendada para os mesmos casos pelo ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior
Manual de Redação da Câmara dos Deputados e por outros clareza à exposição;
manuais oficiais. Já os fechos para as cartas particulares ou c) Conclusão: em que é reafirmada ou simplesmente
informais ficam a critério do remetente, com preferência para reapresentada a posição recomendada sobre o assunto.
a expressão “Cordialmente”, para encerrar a correspondência Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos
de forma polida e sucinta. casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e
subtítulos.
Identificação do Signatário Quando se tratar de mero encaminhamento de
Conforme o Manual de Redação da Presidência do documentos, a estrutura deve ser a seguinte:
República, com exceção das comunicações assinadas pelo
presidente da República, em todas as comunicações oficiais Introdução
devem constar o nome e o cargo da autoridade que as expede, Deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o
abaixo de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido
seguinte: solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da
comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados
(espaço para assinatura) completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou
Nome signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está
Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula:
“Em resposta ao Aviso nº 112, de 10 de fevereiro de 2011,
(espaço para assinatura) encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 2010,
Nome do Departamento Geral de Administração, que trata da
Ministro de Estado da Justiça requisição do servidor Fulano de Tal.”

“Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a ou


assinatura em página isolada do expediente. Transfira para
essa página ao menos a última frase anterior ao fecho”, alerta “Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia
o Manual. do telegrama nº 112, de 11 de fevereiro de 2011, do Presidente
da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto
de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.”
Desenvolvimento
Se o autor da comunicação desejar fazer algum comentário
a respeito do documento que encaminha, poderá acrescentar

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APOSTILAS OPÇÃO

parágrafos de desenvolvimento; em caso contrário, não há - endereço postal;


parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero - telefone e endereço de correio eletrônico.
encaminhamento.
- Fecho. Memorando ou Comunicação Interna
- Assinatura.
- Identificação do Signatário O Memorando é a modalidade de comunicação entre
unidades administrativas de um mesmo órgão ,que podem
Forma de Diagramação estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente.
Os documentos do padrão ofício devem obedecer à Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação
seguinte forma de apresentação: eminentemente interna.
- deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser
corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes etc.
rodapé; a serem adotados por determinado setor do serviço público.
- para símbolos não existentes na fonte Times New Roman, Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do
poder-se-ão utilizar as fontes symbol e Wíngdings; memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e
- é obrigatório constar a partir da segunda página o pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar
número da página; desnecessário aumento do número de comunicações, os
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser despachos ao memorando devem ser dados no próprio
impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens documento e, no caso de falta de espaço, em folha de
esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie
pares (“margem espelho”); de processo simplificado, assegurando maior transparência a
- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento
distância da margem esquerda; da matéria tratada no memorando.
- o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do
mínimo 3,0 cm de largura; padrão ofício, com a diferença de que seu destinatário deve ser
- o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm; mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos:
- deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e
de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em branco; Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos.
- não deve haver abuso no uso de negrito, itálico,
sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, Exposição de Motivos
bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a É o expediente dirigido ao presidente da República ou ao
elegância e a sobriedade do documento; vice-presidente para:
- a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em - informá-lo de determinado assunto;
papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas - propor alguma medida; ou
para gráficos e ilustrações; - submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
- todos os tipos de documento do padrão ofício devem ser Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente
impressos em papel de tamanho A4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm; da República por um Ministro de Estado. Nos casos em que o
- deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de assunto tratado envolva mais de um Ministério, a exposição de
arquivo Rich Text nos documentos de texto; motivos deverá ser assinada por todos os Ministros
- dentro do possível, todos os documentos elaborados envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de
devem ter o arquivo de texto preservado para consulta interministerial.
posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos; Formalmente a exposição de motivos tem a apresentação
- para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem do padrão ofício. De acordo com sua finalidade, apresenta duas
ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha
número do documento + palavras chave do conteúdo. caráter exclusivamente informativo e outra para a que
Exemplo: proponha alguma medida ou submeta projeto de ato
normativo.
“Of. 123 relatório produtividade ano 2010” No primeiro caso, o da exposição de motivos que
simplesmente leva algum assunto ao conhecimento do
Aviso e Ofício (Comunicação Externa) Presidente da República, sua estrutura segue o modelo antes
referido para o padrão ofício.
São modalidades de comunicação oficial praticamente Já a exposição de motivos que submeta à consideração do
idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido Presidente da República a sugestão de alguma medida a ser
exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de adotada ou a que lhe apresente projeto de ato normativo,
mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e embora sigam também a estrutura do padrão ofício, além de
pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o outros comentários julgados pertinentes por seu autor, devem,
tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração obrigatoriamente, apontar:
Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares. - Na introdução: o problema que está a reclamar a adoção
Quanto a sua forma, Aviso e Ofício seguem o modelo do da medida ou do ato normativo proposto;
padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o - No desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida ou
destinatário, seguido de vírgula. Exemplos: aquele ato normativo o ideal para se solucionar o problema, e
eventuais alternativas existentes para equacioná-lo;
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, - Na conclusão, novamente: qual medida deve ser
Senhora Ministra, tomada, ou qual ato normativo deve ser editado para
Senhor Chefe de Gabinete, solucionar o problema.

Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à
seguintes informações do remetente: exposição de motivos, devidamente preenchido, de acordo
- nome do órgão ou setor;

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APOSTILAS OPÇÃO

com o seguinte modelo previsto no Anexo II do Decreto nº aposentadoria), não é necessário o encaminhamento do
4.1760, de 28 de março de 2010. formulário de anexo à exposição de motivos. Ressalte-se que:
Anexo à exposição de motivos do (indicar nome do - a síntese do parecer do órgão de assessoramento jurídico
Ministério ou órgão equivalente) nº ______, de ____ de não dispensa o encaminhamento do parecer completo;
______________ de 201_. - o tamanho dos campos do anexo à exposição de motivos
- Síntese do problema ou da situação que reclama pode ser alterado de acordo com a maior ou menor extensão
providências; dos comentários a serem alí incluídos.
- Soluções e providências contidas no ato normativo ou na
medida proposta; Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presente que
- Alternativas existentes às medidas propostas. Mencionar: a atenção aos requisitos básicos da Redação Oficial (clareza,
- se há outro projeto do Executivo sobre a matéria; concisão, impessoalidade, formalidade, padronização e uso do
- se há projetos sobre a matéria no Legislativo; padrão culto de linguagem) deve ser redobrada. A exposição
- outras possibilidades de resolução do problema. de motivos é a principal modalidade de comunicação dirigida
- Custos. Mencionar: ao Presidente da República pelos Ministros. Além disso, pode,
- se a despesa decorrente da medida está prevista na lei em certos casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacional
orçamentária anual; se não, quais as alternativas para custeá- ou ao Poder Judiciário ou, ainda, ser publicada no Diário Oficial
la; da União, no todo ou em parte.
- se a despesa decorrente da medida está prevista na lei
orçamentária anual; se não, quais as alternativas para custeá- Mensagem
la; É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos
- valor a ser despendido em moeda corrente; Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo
- Razões que justificam a urgência (a ser preenchido Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar
somente se o ato proposto for medida provisória ou projeto de sobre fato da Administração Pública; expor o plano de governo
lei que deva tramitar em regime de urgência). Mencionar: por ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter ao
- se o problema configura calamidade pública; Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de
- por que é indispensável a vigência imediata; suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer
- se se trata de problema cuja causa ou agravamento não comunicações de tudo quanto seja de interesse dos poderes
tenham sido previstos; públicos e da Nação.
- se se trata de desenvolvimento extraordinário de Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos
situação já prevista. Ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias
- Impacto sobre o meio ambiente (somente que o ato ou caberá a redação final.
medida proposta possa vir a tê-lo) As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao
- Alterações propostas. Texto atual, Texto proposto; Congresso Nacional têm as seguintes finalidades:
- Síntese do parecer do órgão jurídico.
- Encaminhamento de projeto de lei ordinária,
Com base em avaliação do ato normativo ou da medida complementar ou financeira: os projetos de lei ordinária ou
proposa à luz das questões levantadas no item 10.4.3. complementar são enviados em regime normal (Constituição,
A falta ou insuficiência das informações prestadas pode art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1º a 4º). Cabe
acarretar, a critério da Subchefia para Assuntos Jurídicos da lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob o regime
Casa Civil, a devolução do projeto de ato normativo para que normal e mais tarde ser objeto de nova mensagem, com
se complete o exame ou se reformule a proposta. solicitação de urgência.
O preenchimento obrigatório do anexo para as exposições Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Membros do
de motivos que proponham a adoção de alguma medida ou a Congresso Nacional, mas é encaminhada com aviso do Chefe
edição de ato normativo tem como finalidade: da Casa Civil da Presidência da República ao Primeiro
- permitir a adequada reflexão sobre o problema que se Secretário da Câmara dos Deputados, para que tenha início sua
busca resolver; tramitação (Constituição, art. 64, caput).
- ensejar mais profunda avaliação das diversas causas do Quanto aos projetos de lei financeira (que compreendem
problema e dos defeitos que pode ter a adoção da medida ou a plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais
edição do ato, em consonância com as questões que devem ser e créditos adicionais), as mensagens de encaminhamento
analisadas na elaboração de proposições normativas no dirigem-se aos membros do Congresso Nacional, e os
âmbito do Poder Executivo (v. 10.4.3.) respectivos avisos são endereçados ao Primeiro Secretário do
- conferir perfeita transparência aos atos propostos. Senado Federal. A razão é que o art. 166 da Constituição impõe
a deliberação congressual sobre as leis financeiras em sessão
Dessa forma, ao atender às questões que devem ser conjunta, mais precisamente, “na forma do regimento comum”.
analisadas na elaboração de atos normativos no âmbito do E à frente da Mesa do Congresso Nacional está o Presidente do
Poder Executivo, o texto da exposição de motivos e seu anexo Senado Federal (Constituição, art. 57, § 5º), que comanda as
complementam-se e formam um todo coeso: no anexo, sessões conjuntas.
encontramos uma avaliação profunda e direta de toda a As mensagens aqui tratadas coroam o processo
situação que está a reclamar a adoção de certa providência ou desenvolvido no âmbito do Poder Executivo, que abrange
a edição de um ato normativo; o problema a ser enfrentado e minucioso exame técnico, jurídico e econômico-financeiro das
suas causas; a solução que se propõe, seus efeitos e seus matérias objeto das proposições por elas encaminhadas.
custos; e as alternativas existentes. O texto da exposição de Tais exames materializam-se em pareceres dos diversos
motivos fica, assim, reservado à demonstração da necessidade órgãos interessados no assunto das proposições, entre eles o
da providência proposta: por que deve ser adotada e como da Advocacia Geral da União. Mas, na origem das propostas, as
resolverá o problema. análises necessárias constam da exposição de motivos do
Nos casos em que o ato proposto for questão de pessoal órgão onde se geraram, exposição que acompanhará, por
(nomeação, promoção, ascenção, transferência, readaptação, cópia, a mensagem de encaminhamento ao Congresso.
reversão, aproveitamento, reintegração, recondução,
remoção, exoneração, demissão, dispensa, disponibilidade, - Encaminhamento de medida provisória: para dar
cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, o

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APOSTILAS OPÇÃO

Presidente da República encaminha mensagem ao Congresso, das demais mensagens, cuja publicação se restringe à notícia
dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secretário do seu envio ao Poder Legislativo.
do Senado Federal, juntando cópia da medida provisória,
autenticada pela Coordenação de Documentação da - Outras mensagens: também são remetidas ao Legislativo
Presidência da República. com regular frequência mensagens com:
- encaminhamento de atos internacionais que acarretam
- Indicação de autoridades: as mensagens que submetem ao encargos ou compromissos gravosos (Constituição, art. 49, I);
Senado Federal a indicação de pessoas para ocuparem - pedido de estabelecimento de alíquolas aplicáveis às
determinados cargos (magistrados dos Tribunais Superiores, operações e prestações interestaduais e de exportação
Ministros do TCU, Presidentes e diretores do Banco Central, (Constituição, art. 155, § 2º, IV);
Procurador Geral da República, Chefes de Missão Diplomática - proposta de fixação de limites globais para o montante da
etc.) têm em vista que a Constituição, no seu art. 52, incisos III dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI);
e IV, atribui àquela Casa do Congresso Nacional competência - pedido de autorização para operações financeiras
privativa para aprovar a indicação. O currículum vitae do externas (Constituição, art. 52, V); e outros.
indicado, devidamente assinado, acompanha a mensagem.
Entre as mensagens menos comuns estão as de:
- Pedido de autorização para o presidente ou o vice- - convocação extraordinária do Congresso Nacional
presidente da República se ausentarem do País por mais de 15 (Constituição, art. 57, § 6º);
dias: trata-se de exigência constitucional (Constituição, art. 49, - pedido de autorização para exonerar o Procurador Geral
III, e 83), e a autorização é da competência privativa do da República (art. 52, XI, e 128, § 2º);
Congresso Nacional. - pedido de autorização para declarar guerra e decretar
O presidente da República, tradicionalmente, por cortesia, mobilização nacional (Constituição, art. 84, XIX);
quando a ausência é por prazo inferior a 15 dias, faz uma - pedido de autorização ou referendo para celebrara paz
comunicação a cada Casa do Congresso, enviando-lhes (Constituição, art. 84, XX);
mensagens idênticas. - justificativa para decretação do estado de defesa ou de
sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4º);
- Encaminhamento de atos de concessão e renovação de - pedido de autorização para decretar o estado de sítio
concessão de emissoras de rádio e TV: a obrigação de submeter (Constituição, art. 137);
tais atos à apreciação do Congresso Nacional consta no inciso - relato das medidas praticadas na vigência do estado de
XII do artigo 49 da Constituição. Somente produzirão efeitos sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo único);
legais a outorga ou renovação da concessão após deliberação - proposta de modificação de projetas de leis financeiras
do Congresso Nacional (Constituição, art. 223, § 3º). Descabe (Constituição, art. 166, § 5º);
pedir na mensagem a urgência prevista no art. 64 da - pedido de autorização para utilizar recursos que ficarem
Constituição, porquanto o § 1º do art. 223 já define o prazo da sem despesas correspondentes, em decorrência de veto,
tramitação. emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual
Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a (Constituição, art. 166, § 8º);
mensagem o correspondente processo administrativo. - pedido de autorização para alienar ou conceder terras
públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art. 188,
- Encaminhamento das contas referentes ao exercício § 1º); etc.
anterior: o Presidente da República tem o prazo de sessenta
dias após a abertura da sessão legislativa para enviar ao As mensagens contêm:
Congresso Nacional as contas referentes ao exercício anterior - a indicação do tipo de expediente e de seu número,
(Constituição, art. 84, XXIV), para exame e parecer da horizontalmente, no início da margem esquerda:
Comissão Mista permanente (Constituição, art. 166, § 1º), sob
pena de a Câmara dos Deputados realizar a tomada de contas Mensagem nº
(Constituição, art. 51, II), em procedimento disciplinado no art.
215 do seu Regimento Interno. - vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o
cargo do destinatário, horizontalmente, no início da margem
- Mensagem de abertura da sessão legislativa: ela deve esquerda:
conter o plano de governo, exposição sobre a situação do País
e solicitação de providências que julgar necessárias Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
(Constituição, art. 84, XI).
O portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil da - o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;
Presidência da República. Esta mensagem difere das demais - o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto, e
porque vai encadernada e é distribuída a todos os horizontalmente fazendo coincidir seu final com a margem
congressistas em forma de livro. direita. A mensagem, como os demais atos assinados pelo
Presidente da República, não traz identificação de seu
- Comunicação de sanção (com restituição de autógrafos): signatário.
esta mensagem é dirigida aos membros do Congresso
Nacional, encaminhada por Aviso ao Primeiro Secretário da Telegrama
Casa onde se originaram os autógrafos. Nela se informa o Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os
número que tomou a lei e se restituem dois exemplares dos procedimentos burocráticos, passa a receber o título de
três autógrafos recebidos, nos quais o Presidente da República telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de
terá aposto o despacho de sanção. telegrafia, telex etc. Por se tratar de forma de comunicação
dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente superada,
- Comunicação de veto: dirigida ao Presidente do Senado deve restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas
Federal (Constituição, art. 66, § 1º), a mensagem informa situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou
sobre a decisão de vetar, se o veto é parcial, quais as fax e que a urgência justifique sua utilização e, também em
disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto vai razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação deve
publicado na íntegra no Diário Oficial da União, ao contrário pautar-se pela concisão.

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APOSTILAS OPÇÃO

Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a É o instrumento utilizado para o registro expositivo dos
estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos fatos e deliberações ocorridos em uma reunião ,sessão ou
Correios e em seu sítio na Internet. assembleia. Estrutura:
- Título ATA. Em se tratando de atas elaboradas
Fax sequencialmente, indicar o respectivo número da reunião ou
O fax (forma abreviada já consagrada de facsímile) é uma sessão, em caixa alta.
forma de comunicação que está sendo menos usada devido ao - Texto, incluindo: Preâmbulo registro da situação espacial
desenvolvimento da Internet. É utilizado para a transmissão e temporal e participantes; Registro dos assuntos abordados e
de mensagens urgentes e para o envio antecipado de de suas decisões, com indicação das personalidades
documentos, de cujo conhecimento há premência, quando não envolvidas, se for o caso; Fecho termo de encerramento com
há condições de envio do documento por meio eletrônico. indicação, se necessário, do redator, do horário de
Quando necessário o original, ele segue posteriormente pela encerramento, de convocação de nova reunião etc.
via e na forma de praxe. A ATA será assinada e/ou rubricada portodos os presentes
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia à reunião ou apenas pelo presidente e relator, dependendo das
xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos exigências regimentais do órgão.
modelos, se deteriora rapidamente. A fim de se evitarem rasuras nas atas manuscritas, deve-
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a se, em caso de erro, utilizar o termo “digo”, seguido da
estrutura que lhes são inerentes. É conveniente o envio, informação correta a ser registrada. No caso de omissão de
juntamente com o documento principal, de folha de rosto, isto informações ou de erros constatados após a redação, usa-se a
é, de pequeno formulário com os dados de identificação da expressão “Em tempo” ao final da ATA, com o registro das
mensagem a ser enviada. informações corretas.

Correio Eletrônico Carta


O correio eletrônico (“email”), por seu baixo custo e É a forma de correspondência emitida por particular, ou
celeridade, transformou-se na principal forma de autoridade com objetivo particular, não se confundindo com o
comunicação para transmissão de documentos. memorando (correspondência interna) ou o ofício
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é (correspondência externa), nos quais a autoridade que assina
sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida expressa uma opinião ou dá uma informação não sua, mas, sim,
para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de do órgão pelo qual responde. Em grande parte dos casos da
linguagem incompatível com uma comunicação oficial. correspondência enviada por deputados, deve-se usar a carta,
O campo assunto do formulário de correio eletrônico não o memorando ou ofício, por estar o parlamentar emitindo
mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a parecer, opinião ou informação de sua responsabilidade, e não
organização documental tanto do destinatário quanto do especificamente da Câmara dos Deputados. O parlamentar
remetente. deverá assinar memorando ou ofício apenas como titular de
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, função oficial específica (presidente de comissão ou membro
preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que da Mesa, por exemplo). Estrutura:
encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas - Local e data.
sobre seu conteúdo. - Endereçamento, com forma de tratamento, destinatário,
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de cargo e endereço.
confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar - Vocativo.
da mensagem pedido de confirmação de recebimento. - Texto.
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem - Fecho.
de correio eletrônico tenha valor documental, isto é, para que - Assinatura: nome e, quando necessário, função ou cargo.
possa ser aceita como documento original, é necessário existir
certificação digital que ateste a identidade do remetente, na Se o gabinete usar cartas com frequência, poderá numerá-
forma estabelecida em lei. las. Nesse caso, a numeração poderá apoiar-se no padrão
básico de diagramação.
Apostila O fecho da carta segue, em geral, o padrão da
É o aditamento que se faz a um documento com o objetivo correspondência oficial, mas outros fechos podem ser usados,
de retificação, atualização, esclarecimento ou fixar vantagens, a exemplo de “Cordialmente”, quando se deseja indicar relação
evitando-se assim a expedição de um novo título ou de proximidade ou igualdade de posição entre os
documento. Estrutura: correspondentes.
- Título: APOSTILA, centralizado.
- Texto: exposição sucinta da retificação, esclarecimento, Declaração
atualização ou fixação da vantagem, com a menção, se for o É o documento em que se informa, sob responsabilidade,
caso, onde o documento foi publicado. algo sobre pessoa ou acontecimento. Estrutura:
- Local e data. - Título: DECLARAÇÃO, centralizado.
- Assinatura: nome e função ou cargo da autoridade que - Texto: exposição do fato ou situação declarada, com
constatou a necessidade de efetuar a apostila. finalidade, nome do interessado em destaque (em maiúsculas)
Não deve receber numeração, sendo que, em caso de e sua relação com a Câmara nos casos mais formais.
documento arquivado, a apostila deve ser feita abaixo dos - Local e data.
textos ou no verso do documento. - Assinatura: nome da pessoa que declara e, no caso de
Em caso de publicação do ato administrativo originário, a autoridade, função ou cargo.
apostila deve ser publicada com a menção expressa do ato, A declaração documenta uma informação prestada por
número, dia, página e no mesmo meio de comunicação oficial autoridade ou particular. No caso de autoridade, a
no qual o ato administrativo foi originalmente publicado, a fim comprovação do fato ou o conhecimento da situação declarada
de que se preserve a data de validade. deve serem razão do cargo que ocupa ou da função que exerce.
Declarações que possuam características específicas
ATA podem receber uma qualificação, a exemplo da “declaração
funcional”.

Português 83
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APOSTILAS
APOSTILA ELABORADA OPÇÃO
PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS

Despacho A ementa justifica-se em portarias de natureza normativa.


É o pronunciamento de autoridade administrativa em Em portarias de matéria rotineira, como nos casos de
petição que lhe é dirigida, ou ato relativo ao andamento do nomeação e exoneração, por exemplo, suprime-se a ementa.
processo. Pode ter caráter decisório ou apenas de expediente.
Estrutura: Relatório
- Nome do órgão principal e secundário. É o relato expositivo, detalhado ou não ,do funcionamento
- Número do processo. de uma instituição, do exercício de atividades ou acerca do
- Data. desenvolvimento de serviços específicos num determinado
- Texto. período. Estrutura :
- Assinatura e função ou cargo da autoridade. - Título RELATÓRIO ou RELATÓRIO DE...
O despacho pode constituir-se de uma palavra, de uma - Texto registro em tópicos das principais atividades
expressão ou de um texto mais longo. desenvolvidas, podendo ser indicados os resultados parciais e
totais, com destaque, se for o caso, para os aspectos positivos
Ordem de Serviço e negativos do período abrangido. O cronograma de trabalho a
É o instrumento que encerra orientações detalhadas e/ou ser desenvolvido, os quadros, os dados estatísticos e as tabelas
pontuais para a execução de serviços por órgãos subordinados poderão ser apresentados como anexos.
da Administração. Estrutura : - Local e data.
- Título: ORDEM DE SERVIÇO, numeração e data. - Assinatura e função ou cargo do(s) funcionário(s)
- Preâmbulo e fundamentação: denominação da relator(es).
autoridade que expede o ato (em maiúsculas) e citação da No caso de Relatório de Viagem, aconselha-se registrar
legislação pertinente ou por força das prerrogativas do cargo, uma descrição sucinta da participação do servidor no evento
seguida da palavra “resolve”. (seminário, curso, missão oficial e outras), indicando o período
- Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser e o trecho compreendido. Sempre que possível, o Relatório de
dividido em itens, incisos, alíneas etc. Viagem deverá ser elaborado com vistas ao aproveitamento
- Assinatura: nome da autoridade competente e indicação efetivo das informações tratadas no evento para os trabalhos
da função. legislativos e administrativos da Casa.
A Ordem de Serviço se assemelha à Portaria, porém possui Quanto à elaboração de Relatório de Atividades, deve-se
caráter mais específico e detalhista. Objetiva, essencialmente, atentar para os seguintes procedimentos:
a otimização e a racionalização de serviços. - abster-se de transcrever a competência formal das
unidades administrativas já descritas nas normas internas;
Parecer - relatar apenas as principais atividades do órgão;
É a opinião fundamentada, emitida em nome pessoal ou de - evitar o detalhamento excessivo das tarefas executadas
órgão administrativo, sobre tema que lhe haja sido submetido pelas unidades administrativas que lhe são subordinadas;
para análise e competente pronunciamento. Visa fornecer - priorizar a apresentação de dados agregados, grandes
subsídios para tomada de decisão .Estrutura : metas realizadas e problemas abrangentes que foram
- Número de ordem (quando necessário). solucionados;
- Número do processo de origem. - destacar propostas que não puderam ser concretizadas,
- Ementa (resumo do assunto). identificando as causas e indicando as prioridades para os
- Texto, compreendendo: Histórico ou relatório próximos anos;
(introdução); Parecer (desenvolvimento com razões e - gerar um relatório final consolidado, limitado, se possível,
justificativas); Fecho opinativo (conclusão). ao máximo de dez páginas para o conjunto da Diretoria,
- Local e data. Departamento ou unidade equivalente.
- Assinatura, nome e função ou cargo do parecerista.
Além do Parecer Administrativo, acima conceituado, existe Requerimento (Petição)
o Parecer Legislativo, que é uma proposição, e, como tal, É o instrumento por meio do qual o interessado requer a
definido no art. 126 do Regimento Interno da Câmara dos uma autoridade administrativa um direito do qual se julga
Deputados. detentor. Estrutura :
O desenvolvimento do parecer pode ser dividido em tantos - Vocativo, cargo ou função (e nome do destinatário), ou
itens (e estes intitulados) quantos bastem ao parecerista para seja, da autoridade competente.
o fim de melhor organizar o assunto, imprimindo-lhe clareza e - Texto incluindo: Preâmbulo, contendo nome do
didatismo. requerente (grafado em letras maiúsculas) e respectiva
qualificação: nacionalidade, estado civil, profissão, documento
Portaria de identidade, idade (se maior de 60 anos, para fins de
É o ato administrativo pelo qual a autoridade estabelece preferência na tramitação do processo, segundo a Lei
regras, baixa instruções para aplicação de leis ou trata da 10.741/03), e domicílio (caso o requerente seja servidor da
organização e do funcionamento de serviços dentro de sua Câmara dos Deputados, precedendo à qualificação civil deve
esfera de competência. Estrutura: ser colocado o número do registro funcional e a lotação);
- Título: PORTARIA, numeração e data. Exposição do pedido, de preferência indicando os
- Ementa: síntese do assunto. fundamentos legais do requerimento e os elementos
- Preâmbulo e fundamentação: denominação da probatórios de natureza fática.
autoridade que expede o ato e citação da legislação pertinente,
seguida da palavra “resolve”. - Fecho: “Nestes termos, Pede deferimento”.
- Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser - Local e data.
dividido em artigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens. - Assinatura e, se for o caso de servidor, função ou cargo.
- Assinatura: nome da autoridade competente e indicação
do cargo. Quando mais de uma pessoa fizer uma solicitação,
reivindicação ou manifestação, o documento utilizado será um
Certas portarias contêm considerandos, com as razões que abaixoassinado, com estrutura semelhante à do requerimento,
justificam o ato. Neste caso, a palavra “resolve” vem depois devendo haver identificação das assinaturas.
deles.

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APOSTILAS OPÇÃO

A Constituição Federal assegura a todos, Características:


independentemente do pagamento de taxas, o direito de 1. Título (a palavra CIRCULAR), em letras maiúsculas, sigla
petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra do órgão que o expede e número, à esquerda da folha.
ilegalidade ou abuso de poder (art. 51, XXXIV, “a”), sendo que 2. Local e data à direita da folha, e por extenso, na mesma
o exercício desse direito se instrumentaliza por meio de linha do título.
requerimento. No que concerne especificamente aos 3. Destinatário, após a palavra Para (com inicial
servidores públicos, a lei que institui o Regime único maiúscula).
estabelece que o requerimento deve ser dirigido à autoridade 4. Assunto, expressado sinteticamente.
competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio 5. Texto paragrafado, contendo a exposição do(s)
daquela a que estiver imediatamente subordinado o assunto(s) e o objetivo da Circular.
requerente (Lei nº 8.112/90, art. 105). 6. Fecho de cortesia, seguido do advérbio Atenciosamente.
7. Assinatura, nome e cargo da autoridade ou chefia que
Protocolo subscreve a Circular.
O registro de protocolo (ou simplesmente “o protocolo“) é
o livro (ou, mais atualmente, o suporte informático) em que Atestado32
são transcritos progressivamente os documentos e os atos em
entrada e em saída de um sujeito ou entidade (público ou Documento firmado por servidor em razão do cargo que
privado). Este registro, se obedecerem a normas legais, têm fé ocupa, ou função que exerce, declarando um fato existente, do
pública, ou seja, tem valor probatório em casos de qual tem conhecimento, a favor de uma pessoa.
controvérsia jurídica.
O termo protocolo tem um significado bastante amplo, Características:
identificando-se diretamente com o próprio procedimento. 1. Título (a palavra ATESTADO), em letras maiúsculas e
Por extensão de sentido, “protocolo” significa também centralizado sobre o texto.
um trâmite a ser seguido para alcançar determinado objetivo 2. Texto constante de um parágrafo, indicando a quem se
(“seguir o protocolo”). refere, o número de matrícula e a lotação, caso seja servidor, e
A gestão do protocolo é normalmente confiada a uma a matéria do Atestado.
repartição determinada, que recebe o material documentário 3. Local e data, por extenso.
do sujeito que o produz em saída e em entrada e os anota num 4. Assinatura, nome e cargo da chefia que expede o
registro (atualmente em programas informáticos), Atestado.
atruibuindo-lhes um número e também uma posição de
arquivo de acordo com suas características. Questões
O registro tem quatro elementos necessários e
obrigatórios: 01. Analise:
- Número progressivo. 1. Atendendo à solicitação contida no expediente acima
- Data de recebimento ou de saída. referido, vimos encaminhar a V. Sª. as informações referentes ao
- Remetente ou destinatário. andamento dos serviços sob responsabilidade deste setor.
- Regesto, ou seja, breve resumo do conteúdo da 2. Esclarecemos que estão sendo tomadas todas as medidas
correspondência. necessárias para o cumprimento dos prazos estipulados e o
atingimento das metas estabelecidas.
Certidão
A redação do documento acima indica tratar-se
Declaração feita por escrito, objetivando comprovar ato ou (A) do encaminhamento de uma ata.
assentamento constante de processo, livro ou documento que (B) do início de um requerimento.
se encontre em repartições públicas. Podem ser de inteiro teor (C) de trecho do corpo de um ofício.
- transcrição integral, também chamada traslado - ou (D) da introdução de um relatório.
resumidas, desde que exprimam fielmente o conteúdo do (E) do fecho de um memorando.
original.
02. A redação inteiramente apropriada e correta de um
Observação: documento oficial é:
Certidões autenticadas têm o mesmo valor probatório do (A) Estamos encaminhando à Vossa Senhoria algumas
original e seu fornecimento, gratuito por parte da repartição reivindicações, e esperamos poder estar sendo recebidos em
pública, é obrigação constitucional (Const. Fed. 1988, art. 5º, vosso gabinete para discutir nossos problemas salariais.
XXXIV, b). (B) O texto ora aprovado em sessão extraordinária prevê a
redistribuição de pessoal especializado em serviços gerais
Características: para os departamentos que foram recentemente criados.
1. Título (a palavra CERTIDÃO), em letras maiúsculas, à (C) Estou encaminhando a presença de V. Sª. este jovem,
esquerda, sobre o texto, com numeração. muito inteligente e esperto, que lhe vai resolver os problemas
2. Texto constante de um parágrafo, com o teor da do sistema de informatização de seu gabinete.
Certidão. (D) Quando se procurou resolver os problemas de pessoal
3. Local e data, por extenso, em seqüência ao texto. aqui neste departamento, faltaram um número grande de
4. Assinaturas: do datilógrafo ou digitador da Certidão e do servidores para os andamentos do serviço.
funcionário que a confere, confirmadas pelo visto da chefia (E) Do nosso ponto de vista pessoal, fica difícil vos
maior. informar de quais providências vão ser tomadas para resolver
essa confusão que foi criado pelos manifestantes.
Circular
Comunicação oficial, interna ou externa, expedida para
diversas unidades administrativas ou determinados
funcionários.

32 https://cotemar.com.br/wp-content/uploads/2017/01/redacao-oficial.pdf

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APOSTILAS OPÇÃO

03. A frase cuja redação está inteiramente correta e


apropriada para uma correspondência oficial é:
(A) É com muito prazer que encaminho à V. Exª .Os
convites para a reunião de gala deste Conselho, em que se fará
homenagens a todos os ilustres membros dessa diretoria,
importantíssima na execução dos nossos serviços.
(B) Por determinação hoje de nosso Excelentíssimo Chefe
do Setor, nos dirigimos a todos os de vosso gabinete, para
informar de que as medidas de austeridade recomendadas por
V. Sa. já está sendo tomadas, para evitar-se os atrasos dos
prazos.
(C) Estamos encaminhando a V. Sa. os resultados a que
chegaram nossos analistas sobre as condições de
funcionamento deste setor, bem como as providências a serem
tomadas para a consecução dos serviços e o cumprimento dos
prazos estipulados.
(D) As ordens expressas a todos os funcionários é de que
se possa estar tomando as medidas mais do que importantes
para tornar nosso departamento mais eficiente, na agilização
dos trâmites legais dos documentos que passam por aqui.
(E) Peço com todo o respeito a V. Exª,. que tomeis
providências cabíveis para vir novos funcionários para esse
nosso setor, que se encontra em condições difíceis de agilizar
todos os documentos que precisamos enviar.

04. A respeito dos padrões de redação de um ofício, é


INCORRETO afirmar que:
(A) Deve conter o número do expediente, seguido da sigla
do órgão que o expede.
(B) Deve conter, no início, com alinhamento à direita, o
local de onde é expedido e a data em que foi assinado.
(C) Deverá constar, resumidamente, o teor do assunto do
documento.
(D) O texto deve ser redigido em linguagem clara e direta,
respeitando-se a formalidade que deve haver nos expedientes
oficiais.
(E) O fecho deverá caracterizar-se pela polidez, como por
exemplo: Agradeço a V. Sª. a atenção dispensada.

Gabarito

01.C / 02.B / 03.C / 04.E

Anotações

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RACIOCÍNIO LÓGICO-
MATEMÁTICO

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APOSTILA ELABORADA APOSTILAS OPÇÃO


PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS

Operações com Números Inteiros


Números inteiros e
racionais: operações (adição, Adição de Números Inteiros: para melhor entendimento
desta operação, associaremos aos números inteiros positivos
subtração, multiplicação, a ideia de ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de
divisão, potenciação) perder.
Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+ 5) + (+ 3) = (+8)
Perder 3 + perder 4 = perder 7 (- 3) + (- 4) = (- 7)
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS – Z Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+ 8) + (- 5) = (+ 3)
O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado,
Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião mas o sinal (–) antes do número negativo NUNCA pode ser
do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...}, o dispensado.
conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este
conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen = número em Subtração de Números Inteiros: a subtração é
alemão). empregada quando:
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma
delas tem a mais que a outra;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a
uma delas para atingir a outra.

A subtração é a operação inversa da adição.


N ᑕ Z – O conjunto dos números Naturais está contido no Observe que em uma subtração o sinal do resultado é
Conjunto do Números Inteiros. sempre do maior número!!!
3+5=8
Subconjuntos notáveis: 3 – 5 = -2
- O conjunto dos números inteiros não nulos:
Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4, ...}; Exemplificando:
Z* = Z – {0} 1) Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou
de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da temperatura?
- O conjunto dos números inteiros não negativos: Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) –
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, ...} (+3) = +3
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N
2) Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o
- O conjunto dos números inteiros positivos: dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de 3 graus.
Z*+ = {1, 2, 3, 4, ...} Qual a temperatura registrada na noite de terça-feira?
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) =
- O conjunto dos números inteiros não positivos: +3
Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0} Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6)
– (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
- O conjunto dos números inteiros negativos: Temos:
Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1} (+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
Módulo (–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3
O módulo de um número inteiro é a distância ou
afastamento desse número até o zero, na reta numérica inteira. ATENÇÃO: Subtrair dois números inteiros é o mesmo que
Representa-se o módulo por | |. adicionar o primeiro com o oposto do segundo.
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7 Fique Atento!!!
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9 Todos parênteses, colchetes, chaves, números, entre
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é outros, precedidos de sinal negativo, tem o seu sinal
sempre positivo. invertido, ou seja, é dado o seu oposto.

Números opostos ou simétricos Multiplicação de Números Inteiros: a multiplicação


Dois números inteiros são ditos opostos um do outro funciona como uma forma simplificada de uma adição quando
quando apresentam soma zero; assim, os pontos que os os números são repetidos. Poderíamos analisar tal situação
representam distam igualmente da origem. como o fato de estarmos ganhando repetidamente alguma
Exemplo: O oposto do número 4 é -4, e o oposto de -4 é 4, quantidade, como por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes
pois 4 + (-4) = (-4) + 4 = 0 consecutivas, significa ganhar 30 objetos e esta repetição pode
Particularmente o oposto de zero é o próprio zero. ser indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2
+ 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60

Raciocínio Lógico-Matemático 1
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APOSTILAS OPÇÃO

Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2) 3) Potência de Potência: Conserva-se a base e
+ (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60 multiplicam-se os expoentes. Ex.: [(-8)5]2 = (-8)5 . 2 = (-8)10

Divisão de Números Inteiros: divisão exata de números 4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. Ex.: (-
inteiros. 8)1 = -8 e (+70)1 = +70
Veja o cálculo:
(– 20): (+ 5) = q  (+ 5) . q = (– 20)  q = (– 4) 5) Potência de expoente zero e base diferente de zero:
Logo: (– 20): (+ 5) = - 4 É igual a 1. Ex.: (+3)0 = 1 e (–53)0 = 1

Considerando os exemplos dados, concluímos que, para Radiciação de Números Inteiros: a raiz n-ésima (de
efetuar a divisão exata de um número inteiro por outro ordem n) de um número inteiro a é a operação que resulta em
número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do outro número inteiro não negativo b que elevado à potência n
dividendo pelo módulo do divisor. fornece o número a. O número n é o índice da raiz enquanto
que o número a é o radicando (que fica sob o sinal do radical).
Fique Atento!!!
* (+7): (–2) ou (–19): (–5) são divisões que não podem
ser realizadas em Z, pois o resultado não é um número
inteiro.
* No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é
associativa e não tem a propriedade da existência do
elemento neutro.
* Não existe divisão por zero. - A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a é a
* Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente operação que resulta em outro número inteiro não negativo
de zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro que elevado ao quadrado coincide com o número a.
por zero é igual a zero.
Exemplo: a) 0: (–10) = 0 b) 0: (+6) = 0 c) 0: (–1) = 0 ATENÇÃO: Não existe a raiz quadrada de um número
inteiro negativo no conjunto dos números inteiros.
Regra de Sinais aplicado a Multiplicação e Divisão
Fique Atento!!!
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais
didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas
aparecimento de: √9 = ±3 , mas isto é errado.
O certo é: √9 = +3

Potenciação de Números Inteiros: a potência an do Observação: não existe um número inteiro não negativo
número inteiro a, é definida como um produto de n fatores que multiplicado por ele mesmo resulte em um número
iguais. O número a é denominado a base e o número n é o negativo.
expoente. an = a x a x a x a x ... x a, a é multiplicado por a n vezes
- A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a
operação que resulta em outro número inteiro que elevado ao
cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os nossos
cálculos somente aos números não negativos. Exemplos:
3
(𝐼) √8 = 2, 𝑝𝑜𝑖𝑠 23 = 8
3
Exemplos: (𝐼𝐼) √−8 = −2, 𝑝𝑜𝑖𝑠 (−2)3 = 8
33 = (3) x (3) x (3) = 27
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125 Fique Atento!!!
(-7)² = (-7) x (-7) = 49 Ao obedecer à regra dos sinais para o produto de
(+9)² = (+9) x (+9) = 81 números inteiros, concluímos que:
(1) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número
Fique Atento!!! inteiro negativo.
- Toda potência de base positiva é um número inteiro (2) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz
positivo. Exemplo: (+3)2 = (+3). (+3) = +9 de qualquer número inteiro.

- Toda potência de base negativa e expoente par é um


número inteiro positivo. Exemplo: (– 8)2 = (–8). (–8) = +64 Propriedades da Adição e da Multiplicação dos
números Inteiros
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é Para todo a, b e c ∈ 𝑍
um número inteiro negativo. Exemplo: (–5)3 = (–5). (–5) . 1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
(–5) = –125 2) Comutativa da adição: a + b = b +a
3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
Propriedades da Potenciação 4) Elemento oposto da adição: a + (-a) = 0
1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva- 5) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
se a base e somam-se os expoentes. Ex.: (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 6) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a
= (–7)9 7) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
8) Distributiva da multiplicação relativamente à adição:
2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva- a.(b +c ) = ab + ac
se a base e subtraem-se os expoentes. Ex.: (-13)8 : (-13)6 = (- 9) Distributiva da multiplicação relativamente à
13)8 – 6 = (-13)2 subtração: a .(b –c) = ab –ac

Raciocínio Lógico-Matemático 2
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APOSTILAS OPÇÃO

10) Elemento inverso da multiplicação: Para todo inteiro z 05. SAP/SP – Agente de Segurança Penitenciária – MS
diferente de zero, existe um inverso CONCURSOS/2017) Dentre as alternativas, qual faz a
z –1 = 1/z em Z, tal que, z x z–1 = z x (1/z) = 1 afirmação verdadeira?
11) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de (A) A subtração de dois números inteiros sempre resultará
um número natural por outro número natural, continua como em um número inteiro.
resultado um número natural. (B) A subtração de dois números naturais sempre
resultará em um número natural.
Referências (C) A divisão de dois números naturais sempre resultará
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e
em um número natural.
Funções (D) A divisão de dois números inteiros sempre resultará
em um número inteiro.
Questões
Comentários
01. (Fundação Casa – Analista Administrativo –
VUNESP) Para zelar pelos jovens internados e orientá-los a 01. Resposta: A.
respeito do uso adequado dos materiais em geral e dos 50-20=30 atitudes negativas
recursos utilizados em atividades educativas, bem como da 20.4=80
preservação predial, realizou-se uma dinâmica elencando 30.(-1)=-30
“atitudes positivas” e “atitudes negativas”, no entendimento 80-30=50
dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um classificasse
suas atitudes como positiva ou negativa, atribuindo (+4) 02. Resposta: B.
pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude negativa. Se Em 1918 ele desfilou uma vez, logo 100 – 1 = 99. Somando
um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes 1918 + 99 = 2017.
anotadas, o total de pontos atribuídos foi
(A) 50. 03. Resposta: D.
(B) 45. Maior inteiro menor que 8 é o 7
(C) 42. Menor inteiro maior que - 8 é o - 7.
(D) 36. Portanto: 7(- 7) = - 49
(E) 32.
04. Resposta: E.
02. (CGE/RO – Auditor de Controle Interno – Se multiplicarmos o número de mesas por lugares que
FUNRIO/2018) O jornal “O Globo” noticiou assim, em cada uma tem, teremos: 18. 6 = 108 lugares.
10/02/2018, em sua página eletrônica, o desfile 108 lugares – 110 pessoas = -2, isto significa que todas as
comemorativo do centenário de fundação do tradicional bloco mesas foram preenchidas e 2 pessoas não sentaram.
carnavalesco “Cordão da Bola Preta”.
Se o tradicional bloco desfilou pela primeira vez em 1918 05. Resposta: A.
e, de lá para cá, desfilou todos os anos, apenas uma vez por ano, (a) A subtração de dois números inteiros sempre resultará
então o centésimo desfile do Cordão da Bola Preta realizou-se em um número inteiro. – V
ou se realizará no ano de: (b) A subtração de dois números naturais sempre resultará
(A) 2016. em um número natural. – somente se o primeiro for maior que
(B) 2017. o segundo - F
(C) 2018. (c) A divisão de dois números naturais sempre resultará
(D) 2019. em um número natural. – somente se o dividendo for maior
(E) 2020. que o divisor - F
(d) A divisão de dois números inteiros sempre resultará
03. (BNDES - Técnico Administrativo – CESGRANRIO) em um número inteiro. – somente se o dividendo for maior que
Multiplicando-se o maior número inteiro menor do que 8 pelo o divisor - F
menor número inteiro maior do que - 8, o resultado
encontrado será CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS – Q
(A) - 72 𝑚
(B) - 63 Um número racional é o que pode ser escrito na forma ,
𝑛
(C) - 56 onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser
(D) - 49 diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para significar
(E) – 42 a divisão de m por n.
Como podemos observar, números racionais podem ser
04. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – Cachoeira obtidos através da razão entre dois números inteiros, razão
Dourada – MPE-GO/2017) Para o jantar comemorativo do pela qual, o conjunto de todos os números racionais é
aniversário de certa empresa, a equipe do restaurante reconhecido pela letra Q. Assim, é comum encontrarmos na
preparou 18 mesas com 6 lugares cada uma e, na hora do literatura a notação:
jantar, 110 pessoas compareceram. É correto afirmar que: m
(A) se todos sentaram em mesas completas, uma ficou Q={ : m e n em Z, n ≠0}
vazia; n
(B) se 17 mesas foram completamente ocupadas, uma
ficou com apenas 2 pessoas;
(C) se 17 mesas foram completamente ocupadas, uma ficou
com apenas 4 pessoas;
(D) todas as pessoas puderam ser acomodadas em menos
de 17 mesas;
(E) duas pessoas não puderam sentar.

Raciocínio Lógico-Matemático 3
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APOSTILAS OPÇÃO

N ᑕ Z ᑕ Q – O conjunto dos números Naturais e Inteiros b) Seja a dízima 3, 1919...


estão contidos no Conjunto do Números Racionais. O período que se repete é o 19, logo dois noves no
denominador (99). Observe também que o 3 é a parte inteira,
Subconjuntos notáveis: logo ele vem na frente, formando uma fração mista:
No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos: 19
3 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜
- Q* = conjunto dos racionais não nulos; 99
- Q+ = conjunto dos racionais não negativos; 316
→ (3.99 + 19) = 316, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos; 99
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos; 316
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos. Assim, a geratriz de 3,1919... é a fração .
99

Representação Decimal das Frações Neste caso para transformarmos uma dízima periódica
𝒎
Tomemos um número racional , tal que m não seja simples em fração, basta utilizarmos o dígito 9 no
𝒏
múltiplo de n. Para escrevê-lo na forma decimal, basta efetuar denominador para cada dígito que tiver o período da
a divisão do numerador pelo denominador. dízima.
Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
1º) O número decimal obtido possui, após a vírgula, um c) Seja a dízima 0,2777...
número finito de algarismos (decimais exatos): Agora, para cada algarismo do anteperíodo se coloca um
3 algarismo zero, no denominador, e para cada algarismo do
= 0,6 período se mantém o algarismo 9 no denominador.
5
No caso do numerador, faz-se a seguinte conta:
2º) O número decimal obtido possui, após a vírgula,
infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se (Parte inteira com anteperíodo e período) - (parte inteira
periodicamente (Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas): com anteperíodo)
1
= 0,3030 …
33

Existem frações muito simples que são representadas por


formas decimais infinitas, com uma característica especial
(existência de um período):

Uma forma decimal infinita com período de UM dígito


pode ser associada a uma soma com infinitos termos desse
tipo:
1 1 1 1
0, 𝑎𝑎𝑎𝑎. . . = 𝑎. 1
+ 𝑎. 2
+ 𝑎. 3
+ 𝑎. …
(10) (10) (10) (10)4

Aproveitando, vejamos um exemplo:


1 1 1 1 d) Seja a dízima 1, 23434...
0,444. . . = 4. 1
+ 4. 2
+ 4. 3
+ 4. … O número 234 é a junção do anteperíodo com o período.
(10) (10) (10) (10)4
Neste caso temos uma dízima periódica composta, pois existe
uma parte que não se repete e outra que se repete. Neste caso
Representação Fracionária dos Números Decimais
temos um anteperíodo (2) e o período (34). Ao subtrairmos
Estando o número racional escrito na forma decimal, e
deste número o anteperíodo (234-2), obtemos como
transformando-o na forma de fração, vejamos os dois casos:
numerador o 232. O denominador é formado pelo dígito 9 –
1º) Transformamos o número em uma fração cujo
que corresponde ao período, neste caso 99(dois noves) – e
numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador
pelo dígito 0 – que corresponde a tantos dígitos que tiverem o
é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quanto
anteperíodo, neste caso 0(um zero).
forem as casas decimais após a virgula do número dado:
7
0,7 =
10

7
0,007 =
1000

2º) Devemos achar a fração geratriz (aquela que dá 232


origem a dízima periódica) da dízima dada; para tanto, vamos 1 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 − 𝑎:
990
apresentar o procedimento através de alguns exemplos: 1222
(1.990 + 232) = 1222, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
990
a) Seja a dízima 0, 444...
Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo Simplificando por 2, obtemos 𝑥 =
611
, a fração geratriz da
495
4), então vamos colocar um 9 no denominador e repetir no
dízima 1, 23434...
numerador o período.

4
Assim, a geratriz de 0,444... é a fração .
9

Raciocínio Lógico-Matemático 4
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APOSTILAS
APOSTILA ELABORADA OPÇÃO
PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS

Módulo ou valor absoluto: é a distância do ponto que multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p ÷ q = p ×
representa esse número ao ponto de abscissa zero. 𝑎 𝑐 𝑑
q-1 onde p = , q = e q-1= ;
𝑏 𝑑 𝑐
𝑎 𝑐 𝑎 𝑑
: = .
𝑏 𝑑 𝑏 𝑐

Potenciação de Números Racionais: a potência bn do


número racional b é um produto de n fatores iguais. O número
b é denominado a base e o número n é o expoente.
bn = b × b × b × b × ... × b, (b aparece n vezes)
Exemplos:
3 2 3 3 9
𝑎) ( ) = . =
Logo, o módulo de: 7 7 7 49
5 5
− é . 3 3 3 3 3 27
7 7 𝑏) (− ) = (− ) . (− ) . (− ) = −
5 5 7 7 7 7 343
𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟: |− | =
7 7
Propriedades da Potenciação
Números Opostos: dizemos que − 𝑒
5 5
são números 1) Toda potência com expoente 0 é igual a 1.
7 7 3 0
racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto do ( ) =1
5 5 7
outro. As distâncias dos pontos − é ao ponto zero da reta
7 7
são iguais. 2) Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.
3 1 3
Inverso de um Número Racional ( ) =
7 7
a −n b n 5 −2 7 2
( ) ,a ≠ 0 = ( ) ,b ≠ 0 → ( ) = ( )
b a 7 5 3) Toda potência com expoente negativo de um número
racional, diferente de zero é igual a outra potência que tem a
Representação geométrica dos Números Racionais base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao
oposto do expoente anterior.
3 −2 7 2 49
( ) =( ) =
7 3 9

4) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal


da base.
Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem
3 3 3 3 3 27
infinitos números racionais. (− ) = (− ) . (− ) . (− ) = −
7 7 7 7 343
Operações com Números Racionais
5) Toda potência com expoente par é um número positivo.
Soma (Adição) de Números Racionais: como todo 3 2 3 3 9
( ) = . =
número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de 7 7 7 49
uma fração, definimos a adição entre os números racionais a/b
e, c/d, da mesma forma que a soma de frações, através de: 6) Produto de potências de mesma base: reduzir a uma só
𝑎 𝑐 𝑎𝑑 + 𝑏𝑐 potência de mesma base, conservamos as bases e somamos os
+ = expoentes.
𝑏 𝑑 𝑏𝑑
3 2 3 3 3 2+3 3 5
( ) .( ) = ( ) =( )
Subtração de Números Racionais: a subtração de dois 7 7 7 7
números racionais p e q é a própria operação de adição do
𝑎
número p com o oposto de q, isto é: p – q = p + (–q), onde p = e 7) Divisão de potências de mesma base: reduzir a uma só
𝑏
𝑐 potência de mesma base, conservamos a base e subtraímos os
q= .
𝑑 expoentes.
𝑎 𝑐 𝑎𝑑 − 𝑏𝑐
− = 3 5 3 3 3 5−3 3 2
𝑏 𝑑 𝑏𝑑 ( ) :( ) =( ) =( )
7 7 7 7
Multiplicação (Produto) de Números Racionais: como
8) Potência de Potência: reduzir a uma potência (de
todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na
mesma base) de um só expoente, conservamos a base e
forma de uma fração, definimos o produto de dois números
multiplicamos os expoentes.
racionais a/b e, c/d, da mesma forma que o produto de 3
frações, através de: 3 2 3 2.3 3 6
𝑎 𝑐 𝑎𝑐 [( ) ] = ( ) = ( )
. = 7 7 7
𝑏 𝑑 𝑏𝑑
Radiciação de Números Racionais: se um número
O produto dos números racionais a/b e c/d também pode representa um produto de dois ou mais fatores iguais, então
ser indicado por a/b × c/d ou a/b . c/d. Para realizar a cada fator é chamado raiz do número.
multiplicação de números racionais, devemos obedecer à
mesma regra de sinais que vale em toda a Matemática. Exemplos:
𝟏 1 1 1 2
Divisão (Quociente) de Números Racionais: a divisão 1) √ , representa o produto . ou ( ) .
𝟐𝟓 5 5 5
de dois números racionais p e q é a própria operação de 1 1
Logo, é a raiz quadrada de .
5 25

Raciocínio Lógico-Matemático 5
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APOSTILAS OPÇÃO

2) 0,216 representa o produto 0,6. 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. Logo, Comentários


0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se: 3√0,216 = 0,6.
01. Resposta: D.
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o Ele recebeu 120 de mesada, deste guardou 1/6 na
número zero ou um número racional positivo. poupança, logo:
120
= 20
Fique Atento!!! 6
Os números racionais negativos não têm raiz quadrada Então ele guardou na poupança 20 e sobrou 120 – 20 =
em Q. 100.
Desses 100, gastou 2/5 com figurinhas:
Referências 2
IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único
100. = 40
5
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 1 – Conjuntos e Funções Ele gastou 40,00 com figurinhas e sobrou 100 – 40 = 60,
https://educacao.uol.com.br
http://mat.ufrgs.br que ele gastou com a excursão.

Questões 02. Resposta: B.


Quantia que eu tinha: x
01. (SAP/SP – Oficial Administrativo – MS Gastei na farmácia: 2/5 x, logo sobrou em meu bolso 3/5x
3𝑥 1 3𝑥
CONCURSOS/2018) Um menino ganhou sua mesada de Compadre pagou 1/3 do que eu tinha no bolso: . =
5 3 15
R$120,00, guardou 1/6 na poupança, do restante usou 2/5
para comprar figurinhas e gastou o que sobrou numa excursão Fiquei com a quantia total de:
da escola. Quanto gastou nessa excursão? 3𝑥 3𝑥 9𝑥 + 3𝑥 12𝑥
+ = =
(A) 32 5 15 15 15
(B) 40 Gastei metade deste valor em alimentos:
(C) 52 12𝑥
(D) 60 15 = 12𝑥 . 1 = 12𝑥
(E) 68 2 15 2 30
Logo o que sobrou(metade) corresponde a 420,00:
02. (IPSM - Analista de Gestão Municipal – 12𝑥 12600
Contabilidade – VUNESP/2018) Saí de casa com = 420 → 12𝑥 = 12600 → 𝑥 = → 𝑥 = 1050
30 12
determinada quantia no bolso. Gastei, na farmácia, 2/5 da
quantia que tinha. Em seguida, encontrei um compadre que me Como o compadre pagou 3x/15, basta substituirmos o
pagou uma dívida antiga que correspondia exatamente à terça valor de x por 1050 e acharmos o valor:
parte do que eu tinha no bolso. Continuei meu caminho e gastei 3.1050
a metade do que tinha em alimentos que doei para uma casa = 210
15
de apoio a necessitados. Depois disso, restavam-me 420 reais.
O valor que o compadre me pagou é, em reais, igual a
(A) 105. 03. Resposta: A.
(B) 210. Basta dividirmos 9/40 = 0,225.
(C) 315.
(D) 420. 04. Resposta: A.
(E) 525. Simplificando temos:
36/2 = 18
03. (Pref. Santo Expedito/SP – Motorista – Prime 100/2 = 50
Concursos/2017) Qual a alternativa que equivale a 9/40 em Logo temos 18/50
forma decimal
(A) 0,225 05. Resposta: E.
(B) 225 X = envelopes
3
(C) 0,0225 𝐴= 𝑥
(D) 0,22 8

5 4 4
04. (Pref. Santo Expedito/SP – Motorista – Prime 𝐵 = 𝑥. = 𝑥
Concursos/2017) Ao simplificar a fração 36/100, dividindo o 8 5 8
numerador e o denominador por 2, obtemos:
Sobrou 75
(A) 18/50
Logo o número de envelopes total é
(B) 9/25
3𝑥 4𝑥 3𝑥 + 4𝑥 + 600
(C) 12/50 𝑥= + + 75 → 𝑥 = →
(D) 9/50 8 8 8

8x = 7x + 600 → 8x – 7x = 600 → x = 600


05. (Câmara de Dois Córregos/SP – Oficial de
O número total de envelopes é 600.
Atendimento e Administração – VUNESP/2018) Uma
empresa comprou um lote de envelopes e destinou 3/ 8 deles
ao setor A. Dos envelopes restantes, 4/ 5 foram destinados ao
setor B, e ainda restaram 75 envelopes. O número total de Expressões numéricas
envelopes do lote era
(A) 760.
(B) 720.
(C) 700. Expressões numéricas são todas sentenças matemáticas
(D) 640. formadas por números, suas operações (adições, subtrações,
(E) 600. multiplicações, divisões, potenciações e radiciações) e também

Raciocínio Lógico-Matemático 6
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APOSTILAS OPÇÃO

por símbolos chamados de sinais de associação, que podem 31 + 6 = 37


aparecer em uma única expressão.
C) [(5² - 6.2²).3 + (13 – 7)² : 3] : 5
Para resolvermos devemos estar atentos a alguns [(25 – 6.4).3 + 6² : 3] : 5 =
procedimentos: [(25 – 24).3 + 36 : 3 ] : 5 =
[1.3 + 12] : 5 =
1º) Nas expressões que aparecem as operações numéricas, [3 + 12 ] : 5 =
devemos resolver as potenciações e/ou radiciações 15 : 5 = 3
primeiramente, na ordem que elas aparecem e somente depois
as multiplicações e/ou divisões (na ordem que aparecem) e 𝟑
D) [(𝟏𝟎 − √𝟏𝟐𝟓)𝟐 + (𝟑 + 𝟐𝟑 : 𝟒)]𝟐
por último as adições e subtrações também na ordem que [(10 - 5)2 + (3 + 8 : 4)]2
aparecem. [5² + (3+2)]2
Exemplos: [25 + 5]2
A) 10 + 12 – 6 + 7→ primeiro resolvemos a adição e 302
subtração em qualquer ordem 900
22 – 6 + 7
16 + 7 Expressões Numéricas com Frações
23 A ordem das operações para se resolver uma expressão
numérica com fração, são as mesmas para expressões
numéricas com números reais. Você também precisará
B) 15 x 2 – 30 ÷ 3 + 7 → primeiro resolveremos a dominar as principais operações com frações: adição,
multiplicação e a divisão, em qualquer ordem. subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação.
30 – 10 + 7 → Agora resolveremos a adição e subtração, Um ponto que deve ser levado em conta é o m.m.c (mínimo
também em qualquer ordem. múltiplo comum) entre os denominadores das frações, através
27 da fatoração numérica.

2º) Quando aparecem os sinais de associações os mesmos Exemplos:


tem uma ordem a ser seguida. Primeiro, resolvemos os 1) Qual o valor da expressão abaixo?
parênteses ( ), quando acabarem os cálculos dentro dos 1 3 1 3
( ) + .
parênteses, resolvemos os colchetes [ ]; e quando não houver 2 2 4
mais o que calcular dentro dos colchetes { }, resolvemos as
chaves. A) 7/16
B) 13/24
→ Quando o sinal de adição (+) anteceder um parêntese, C) 1/2
colchetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o D) 21/24
colchete ou chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os Resolvendo temos:
números internos com o seus sinais originais.
1º passo resolver as operações entre parênteses, depois a
→ Quando o sinal de subtração (-) anteceder um parêntese, multiplicação:
colchetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o
colchete ou chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os 1 3
+ , 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑜 𝑑𝑒𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜𝑟 é 𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜,
números internos com o seus sinais invertidos. 8 8

Exemplos: 4 1
𝑒𝑓𝑒𝑡𝑢𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝑎𝑑𝑖çã𝑜: , 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑟:
A) {100 – 413 x (20 – 5 x 4) + 25} : 5 → Inicialmente 8 2
devemos resolver os parênteses, mas como dentro dos
parênteses há subtração e multiplicação, vamos resolver a Resposta: C
multiplicação primeiro, em seguida, resolvemos a subtração.
{100 – 413 x (20 – 5 x 4) + 25} : 5 9 2 2 4
2) O resultado da expressão 3. − {[( ) + 2] : √ }, em
{100 – 413 x (20 – 20) + 25} : 5 4 3 9
{100 – 413 x 0 + 25} : 5 sua forma mais simples é:
Eliminado os parênteses, vamos resolver as chaves, A) 6/37
efetuando as operações seguindo a ordem. B) 37/12
{100 – 413 x 0 + 25} : 5 C) 27/4
{100 – 0 + 25} : 5 D) 22/6
{100 + 25} : 5 Resolvendo:
125 : 5 Vamos resolver a multiplicação do início, a potenciação
25 que está entre parênteses e a radiciação do final:
27 4 2
− {[ + 2] : },
B) – 62 : (– 5 + 3) – [– 2 . (– 1 + 3 – 1)² – 16 : (– 1 + 3)²] → 4 9 3
elimine os parênteses.
– 62 : (– 2) – [– 2 . (2 – 1)² – 16 : 2²] → continue eliminando Na sequência vamos resolver a operação entre colchetes:
os parênteses.
– 62 : (– 2) – [– 2 . 1 – 16 : 2²] → resolva as potências dentro 27 4 + 18 2
− {[ ] : } , 𝑜 𝑚𝑚𝑐 é 9,
do colchetes. 4 9 3
– 62 : (– 2) – [– 2 . 1 – 16 : 4] → resolva as operações de 27 22 2
𝑎𝑔𝑜𝑟𝑎 𝑣𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑢𝑎𝑟 𝑎 𝑠𝑜𝑚𝑎: − {[ ] : }
multiplicação e divisão nos colchetes. 4 9 3
– 62 : (– 2) – [– 2 – 4] =
– 62 : (– 2) – [– 6] = elimine o colchete. 27 22 3
𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑠ã𝑜, 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠: − { . },
– 62 : (– 2) + 6 = efetue a potência. 4 9 2

Raciocínio Lógico-Matemático 7
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APOSTILAS OPÇÃO

Lembrando que na divisão com frações conservamos a 1ª (A) -22 × 3-1 + 1 ÷ 3 = -1


fração e multiplicamos pelo inverso da 2ª, podemos também (B) 3 - 3 ÷ 3 + 3 × 3 - 3 = 6
simplificar o resultado: (C) 48 ÷ 2 ÷ 2 × 3 = 4
27 11 (D) (-17 + 26) ÷ 9 × 2 = 1/2
− { }.
4 3 (E) 7 + 2 × 3 - 5 × (-2) = 17

27 11 Respostas
− , 𝑓𝑎𝑧𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑚𝑚𝑐(4,3) = 12,
4 3
01. Resposta: A.
3.27 − 4.11 81 − 44 37 Resolvendo as expressões temos:
= =
12 12 12 (a) 2 + [(5 - 3) + 4] x 2 + 3 ⇾ 2 + [2 + 4] x 2 + 3
2 + [6] x 2 + 3 ⇾ 2 + 12 + 3 = 17
Resposta: B. (b) 13 - [5 x (2 - 1) + 4 x 2] ⇾ 13 - [5 x (1) + 8]
13 - [5 + 8] ⇾ 13 -13 = 0
Referências
http://quimsigaud.tripod.com/expnumericas
(c) 6 + 4 x 2 x (5 - 1) – 7 ⇾ 6 + 8 x (4) - 7
6 + 32 – 7 ⇾ 31
Questões Colocando em ordem crescente: 0 < 17 < 31, que é b < a < c

01. (Pref. Tramandaí/RS – Auxiliar Administrativo – 02. Resposta: E.


OBJETIVA) Dadas as três expressões numéricas abaixo, é Vamos resolver cada expressão separadamente:
1 1 1 1 1 16 + 8 + 4 + 2 + 1 31
CORRETO afirmar que: 𝐴= + + + + = =
(a) 2 + [(5 - 3) + 4] x 2 + 3 2 4 8 16 32 32 32
(b) 13 - [5 x (2 - 1) + 4 x 2]
1 1 1 1 1
(c) 6 + 4 x 2 x (5 - 1) - 7 𝐵= + + + +
3 9 27 81 243
(A) b < a < c 81 + 27 + 9 + 3 + 1 121
(B) a < b < c =
(C) c < a < b 243 243
(D) c < b < a 31 121 243.31 + 32.121
A+B = + =
32 243 7776
02. (MANAUSPREV – Analista Previdenciário –
Administrativa – FCC) Considere as expressões numéricas, 7533 + 3872 11405
abaixo. = = 1,466 ≅ 1,5
7776 7776
A = 1/2 + 1/4+ 1/8 + 1/16 + 1/32 e B = 1/3
+ 1/9 + 1/27 + 1/81 + 1/243
03. Resposta: A.
O valor, aproximado, da soma entre A e B é Resolvendo cada termo em partes temos:
(A) 2 10010 = 1
(B) 3 1 3 2 3+3 2
(C) 1 ( + ) =( ) = (1)2 = 1
(D) 2,5 2 6 6
(E) 1,5 3
11/3 = √1 = 1
03. (Pref. Tanguá/RJ – Agente Administrativo – MS 1001/2 = √100 = 10
CONCURSOS/2017) Com base nas operações e propriedades Montando a expressão temos: 1 + 1 + 1. 10 ⇾ 2 + 10 = 12
dos números reais, resolva a expressão abaixo:
1 3 2 1 1 04. Resposta: E.
x = 10010 + ( + ) + 13 .1002 Resolvendo por partes temos:
2 6
(121 – 100) ÷ (30 – 9) ÷ 3 ⇾ (21) ÷ (21) ÷ 3 ⇾ 1 ÷ 3 ou
1/3
Qual é o valor correto de x?
(A) 12 05. Resposta: A.
(B) 10 (a) -4 x 1/3 + 1/3 = -1 ⇾ -4/3 + 1/3 = -1 ⇾ -3/3 = -1 ⇾ -1
(C) 1002 = -1 (V)
(D) 102 (b) 3 – 1 + 9 – 3 = 6 ⇾ 2 + 6 = 6 ⇾ 8 = 6 (F)
(c) 24 ÷ 2 x 3 = 4 ⇾ 12 x 3 = 4 ⇾ 36 = 4 (F)
04. (UNESP – Assistente Administrativo – (d) 7 + 6 + 10 = 17 ⇾ 23 = 17 (F)
VUNESP/2017) Considere a seguinte expressão numérica:
(112 – 102 ) ÷ (3·2·5 – 32 ) ÷ 3
O resultado correto é Múltiplos e divisores de
(A) 5/3 números naturais; problemas
(B) 4/3
(C) 1
(D) 2/3
MÚLTIPLOS E DIVISORES
(E) 1/3
Sabemos que 30 : 6 = 5, porque 5 x 6 = 30.
05. (UFSCAR – Assistente em Administração –
Podemos dizer então que:
UFSCAR/2017) Considerando as expressões matemáticas
“30 é divisível por 6 porque existe um número natural (5)
apresentadas a seguir, qual das seguintes igualdades é
que multiplicado por 6 dá como resultado 30.”
verdadeira?

Raciocínio Lógico-Matemático 8
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APOSTILAS OPÇÃO

Um número natural a é divisível por um número natural b, do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo
não-nulo, se existir um número natural c, tal que c . b = a. de 7. Neste, o processo será repetido a fim de diminuir a
quantidade de algarismos a serem analisados quanto à
Conjunto dos múltiplos de um número natural: É divisibilidade por 7.
obtido multiplicando-se esse número pela sucessão dos Exemplo: 41909 é divisível por 7 conforme podemos
números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,... conferir: 9.2 = 18 ; 4190 – 18 = 4172 → 2.2 = 4 ; 417 – 4 = 413
Para acharmos o conjunto dos múltiplos de 7, por exemplo, → 3.2 = 6 ; 41 – 6 = 35 ; 35 é multiplo de 7.
multiplicamos por 7 cada um dos números da sucessão dos
naturais: Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando
7x0=0 seus três últimos algarismos forem 000 ou formarem um
7x1=7 número divisível por 8.
7 x 2 = 14 Exemplos:
7 x 3 = 21 a) 57000 é divisível por 8, pois seus três últimos
⋮ algarismos são 000.
b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos
O conjunto formado pelos resultados encontrados forma o algarismos formam o número 24, que é divisível por 8.
conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7, 14, 21, ...}.
Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando
Observações: a soma dos valores absolutos de seus algarismos formam um
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo. número divisível por 9.
- Todo número natural é múltiplo de 1. Exemplos:
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 + 6 + 1 =
múltiplos. 27 é divisível por 9.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural. b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0 + 3 =
- Os múltiplos do número 2 são chamados de números 14 não é divisível por 9.
pares, e a fórmula geral desses números é 2k (k N). Os demais
são chamados de números ímpares, e a fórmula geral desses Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10
números é 2k + 1 (k N). quando seu algarismo da unidade termina em zero.
O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k  Z. Exemplo:
563040 é divisível por 10, pois termina em zero.
Critérios de divisibilidade
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11
número é ou não divisível por outro, sem efetuarmos a divisão. quando a diferença entre a soma dos algarismos de posição
ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta em um
Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando número divisível por 11 ou quando essas somas forem iguais.
termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, ou seja, quando ele é par. Exemplo:
Exemplo: - 43813:
9656 é divisível por 2, pois termina em 6, e é par. 1º 3º 5º  Algarismos de posição ímpar.(Soma dos
algarismos de posição impar: 4 + 8 + 3 = 15.)
Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando 4 3 8 1 3
a soma dos valores absolutos de seus algarismos é divisível por 2º 4º  Algarismos de posição par.(Soma dos
3. algarismos de posição par:3 + 1 = 4)
Exemplo:
65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27, e 27 é 15 – 4 = 11  diferença divisível por 11. Logo 43813 é
divisível por 3. divisível por 11.

Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12
seus dois algarismos são 00 ou formam um número divisível quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo.
por 4. Exemplo:
Exemplos: ) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 ( 7 + 8 + 3
a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00. + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24).
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24 é
divisível por 4. Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15
quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo.
Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando Exemplo:
termina em 0 ou 5. a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 ( 6 + 5 +
Exemplos: 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0).
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0.
b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5. Fatoração numérica
Essa fatoração se dá através da decomposição em fatores
Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando primos. Para decompormos um número natural em fatores
é divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo. primos, dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo,
Exemplos: após pegamos o quociente e dividimos o pelo seu menor
a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3 (4 divisor, e assim sucessivamente até obtermos o quociente 1. O
+ 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18). produto de todos os fatores primos representa o número
b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por 3 (8 fatorado.
+ 0 + 5 + 3 + 0 = 16).

Divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando


o último algarismo do número, multiplicado por 2, subtraído

Raciocínio Lógico-Matemático 9
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo: 3 + 1 = 4 e 1 + 1 = 2 ; então pegamos os resultados e


multiplicamos 4.2 = 8, logo temos 8 divisores de 40.

02. Resposta: D.
Sabemos que o produto de MDC pelo MMC é:
MDC (A, B). MMC (A, B) = A.B, temos que MDC (A, B) = 4 e
o produto entre eles 96, logo:
Divisores de um número natural 4 . MMC (A, B) = 96 → MMC (A, B) = 96/4 → MMC (A, B) =
Vamos pegar como exemplo o número 12 na sua forma 24, fatorando o número 24 temos:
fatorada: 24 = 23 .3 , para determinarmos o número de divisores,
12 = 22 . 31 pela regra, somamos 1 a cada expoente e multiplicamos o
O número de divisores naturais é igual ao produto dos resultado:
expoentes dos fatores primos acrescidos de 1. (3 + 1).(1 + 1) = 4.2 = 8
Logo o número de divisores de 12 são:
22 . 3⏟1 → (2 + 1) .(1 + 1) = 3.2 = 6 divisores naturais
⏟ 03. Resposta: D.
(2+1) (1+1)
Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao
mesmo tempo, e por isso deverá ser par também, e a soma dos
Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos
seus algarismos deve ser um múltiplo de 3.
cada fator da decomposição e seu respectivo expoente natural
Logo os finais devem ser 4 e 6:
que varia de zero até o expoente com o qual o fator se
354, 456, 534, 546, 564, 576, 654, 756, logo temos 8
apresenta na decomposição do número natural.
números.
Exemplo:
12 = 22 . 31 → 22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
MDC
20 . 30=1
20 . 31=3
O máximo divisor comum(MDC) de dois ou mais números
21 . 30=2
é o maior número que é divisor comum de todos os números
21 . 31=2.3=6
dados. Consideremos:
22 . 31=4.3=12
22 . 30=4
- o número 18 e os seus divisores naturais:
O conjunto de divisores de 12 são: D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
D+ (18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}.
A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28
- o número 24 e os seus divisores naturais:
Observação
D+ (24) = {1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24}.
Para sabermos o conjunto dos divisores inteiros de 12, basta
multiplicarmos o resultado por 2 (dois divisores, um negativo e
Podemos descrever, agora, os divisores comuns a 18 e 24:
o outro positivo).
D+ (18) ∩ D+ (24) = {1, 2, 3, 6}.
Assim teremos que D(12) = 6.2 = 12 divisores inteiros.
Observando os divisores comuns, podemos identificar o
Questões
maior divisor comum dos números 18 e 24, ou seja: MDC (18,
24) = 6.
01. O número de divisores positivos do número 40 é:
(A) 8
Outra técnica para o cálculo do MDC:
(B) 6
Decomposição em fatores primos
(C) 4
Para obtermos o MDC de dois ou mais números por esse
(D) 2
processo, procedemos da seguinte maneira:
(E) 20
- Decompomos cada número dado em fatores primos.
02. O máximo divisor comum entre dois números naturais
- O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos, cada um
é 4 e o produto dos mesmos 96. O número de divisores
deles elevado ao seu menor expoente.
positivos do mínimo múltiplo comum desses números é:
Exemplo:
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8
(E) 10

03. Considere um número divisível por 6, composto por 3 MMC


algarismos distintos e pertencentes ao conjunto
A={3,4,5,6,7}.A quantidade de números que podem ser O mínimo múltiplo comum(MMC) de dois ou mais
formados sob tais condições é: números é o menor número positivo que é múltiplo comum de
(A) 6 todos os números dados. Consideremos:
(B) 7
(C) 9 - O número 6 e os seus múltiplos positivos:
(D) 8 M*+ (6) = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, ...}
(E) 10
Respostas - O número 8 e os seus múltiplos positivos:
M*+ (8) = {8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, ...}
01. Resposta: A.
Vamos decompor o número 40 em fatores primos. Podemos descrever, agora, os múltiplos positivos comuns:
40 = 23 . 51 ; pela regra temos que devemos adicionar 1 a M*+ (6) M*+ (8) = {24, 48, 72, ...}
cada expoente:

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APOSTILAS OPÇÃO

Observando os múltiplos comuns, podemos identificar o Respostas


mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8, ou seja: MMC (6,
8) = 24 01. Resposta: D.
Fazendo o mdc entre os números teremos:
Outra técnica para o cálculo do MMC: 60 = 2².3.5
72 = 2³.3³
Decomposição isolada em fatores primos 48 = 24.3
Para obter o MMC de dois ou mais números por esse Mdc(60,72,48) = 2².3 = 12
processo, procedemos da seguinte maneira: 60/12 = 5
- Decompomos cada número dado em fatores primos. 72/12 = 6
- O MMC é o produto dos fatores comuns e não-comuns, 48/12 = 4
cada um deles elevado ao seu maior expoente. Somando a quantidade de envelopes por provas teremos:
Exemplo: 5 + 6 + 4 = 15 envelopes ao todo.

02. Resposta: C.
Devemos achar o mmc (40,60,80)

O produto do MDC e MMC é dado pela fórmula abaixo:

MDC(A, B).MMC(A,B)= A.B


𝑚𝑚𝑐(40,60,80) = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 3 ∙ 5 = 240
Questões
03. Resposta: B.
01. Um professor quer guardar 60 provas amarelas, 72 Como os trens passam de 2,4 e 1,8 minutos, vamos achar o
provas verdes e 48 provas roxas, entre vários envelopes, de mmc(18,24) e dividir por 10, assim acharemos os minutos
modo que cada envelope receba a mesma quantidade e o
menor número possível de cada prova. Qual a quantidade de
envelopes, que o professor precisará, para guardar as provas?
(A) 4;
(B) 6;
(C) 12;
(D) 15. Mmc(18,24)=72
Portanto, será 7,2 minutos
02. O policiamento em uma praça da cidade é realizado por 1 minuto---60s
um grupo de policiais, divididos da seguinte maneira: 0,2--------x
x = 12 segundos
Grupo Intervalo de passagem Portanto se encontrarão depois de 7 minutos e 12
Policiais a pé 40 em 40 minutos segundos
Policiais de moto 60 em 60 minutos
Policiais em viaturas 80 em 80 minutos
Frações e operações com
Toda vez que o grupo completo se encontra, troca frações
informações sobre as ocorrências. O tempo mínimo em
minutos, entre dois encontros desse grupo completo será:
(A) 160 Quando um todo ou uma unidade é dividido em partes
(B) 200 iguais, uma dessas partes ou a reunião de várias formam o que
(C) 240 chamamos de uma fração do todo. Para se representar uma
(D) 150 fração são, portanto, necessários dois números inteiros:
(E) 180 a) O primeiro, para indicar em quantas partes iguais foi
dividida a unidade (ou todo) e que dá nome a cada parte e, por
03. Na linha 1 de um sistema de Metrô, os trens partem 2,4 essa razão, chama-se denominador da fração;
em 2,4 minutos. Na linha 2 desse mesmo sistema, os trens b) O segundo, que indica o número de partes que foram
partem de 1,8 em 1,8 minutos. Se dois trens partem, reunidas ou tomadas da unidade e, por isso, chama-se
simultaneamente das linhas 1 e 2 às 13 horas, o próximo numerador da fração. O numerador e o denominador
horário desse dia em que partirão dois trens simultaneamente constituem o que chamamos de termos da fração.
dessas duas linhas será às 13 horas, Observe a figura abaixo:
(A) 10 minutos e 48 segundos.
(B) 7 minutos e 12 segundos.
(C) 6 minutos e 30 segundos.
(D) 7 minutos e 20 segundos.
(E) 6 minutos e 48 segundos.

Raciocínio Lógico-Matemático 11
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APOSTILAS OPÇÃO

A primeira nota dó é 14/14 ou 1 inteiro, pois representa a Exemplos:


fração cheia; a ré é 12/14 e assim sucessivamente.
25 4
Nomenclaturas das Frações 𝑨) =3 ⇒
7 7

Numerador → Indica 4 25
quantas partes 𝑩) 3 = ⇒
tomamos do total 7 7
que foi dividida a
unidade. - Frações equivalentes: Duas ou mais frações que
apresentam a mesma parte da unidade.
Denominador → Exemplo:
Indica quantas partes 4: 4 1 4: 2 2 2: 2 1
= ; 𝑜𝑢 = ; 𝑜𝑢 =
iguais foi dividida a 8: 4 2 8: 2 4 4: 2 2
unidade.
4 2 1
As frações , e são equivalentes.
Na figura, lê-se: três oitavos. 8 4 2

-Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, -Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o
quartos, quintos, sextos, sétimos, oitavos, nonos e décimos. denominador são primos entre si.
-Frações com denominadores potências de 10: Exemplo: 5/11 ; 17/29; 5/3
décimos, centésimos, milésimos, décimos de milésimos,
centésimos de milésimos etc. Comparação e simplificação de frações
- Denominadores diferentes dos citados
anteriormente: Enuncia-se o numerador e, em seguida, o Comparação:
denominador seguido da palavra “avos”. - Quando duas frações tem o mesmo denominador, a
maior será aquela que possuir o maior numerador.
Exemplos: Exemplo: 5/7 >3/7
8
𝑙ê − 𝑠𝑒 ∶ 𝑜𝑖𝑡𝑜 𝑣𝑖𝑛𝑡𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑐𝑜 𝑎𝑣𝑜𝑠; - Quando os denominadores são diferentes, devemos
25
reduzi-lo ao mesmo denominador.
2 Exemplo: 7/6 e 3/7
𝑙ê − 𝑠𝑒 ∶ 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑐𝑒𝑛𝑡é𝑠𝑖𝑚𝑜𝑠; 1º - Fazer o mmc dos denominadores → mmc(6,7) = 42
100
7.7 3.6 49 18
𝑒 → 𝑒
Tipos de Frações 42 42 42 42
2º - Compararmos as frações:
- Frações Próprias: Numerador é menor que o 49/42 > 18/42.
denominador.
1 5 3 Simplificação: É dividir os termos por um mesmo número
Exemplos: ; ; ; …
6 8 4 até obtermos termos menores que os iniciais. Com isso
formamos frações equivalentes a primeira.
- Frações Impróprias: Numerador é maior ou igual ao Exemplo:
denominador. 4: 4 1
6 8 4
Exemplos: ; ; ; … =
5 5 3 8: 4 2

- Frações aparentes: Numerador é múltiplo do Operações com frações


denominador. As mesmas pertencem também ao grupo das
frações impróprias. - Adição e Subtração
6 8 4
Exemplos: ; ; ; … Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador
1 4 2 e soma-se ou subtrai-se os numeradores.
- Frações particulares: Para formamos uma fração de
uma grandeza, dividimos esta pelo denominador e
multiplicamos pelo numerador.
Exemplos:
1 – Se o numerador é igual a zero, a fração é igual a zero:
0/7 = 0; 0/5=0
2- Se o denominador é 1, a fração é igual ao denominador: Com denominadores diferentes: Reduz-se ao mesmo
25/1 = 25; 325/1 = 325 denominador através do mmc entre os denominadores.
O processo é valido tanto para adição quanto para
- Quando o denominador é zero, a fração não tem sentido, subtração.
pois a divisão por zero é impossível.
- Quando o numerador e denominador são iguais, o
resultado da divisão é sempre 1.

- Números mistos: Números compostos de uma parte


inteira e outra fracionária. Podemos transformar uma fração
imprópria na forma mista e vice e versa.

Raciocínio Lógico-Matemático 12
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APOSTILAS
APOSTILA ELABORADA PELA OPÇÃO
EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS

Respostas

01. Resposta: A.
Vamos chamar de x a mesada.
Multiplicação e Divisão Como ele gastou a terça parte 1/3 de 3/5 da mesada que
equivale a 23,00. Podemos escrever da seguinte maneira:
- Multiplicação: É produto dos numerados dados e dos 1 3 𝑥
denominadores dados. . 𝑥 = = 23 → 𝑥 = 23.5 → 𝑥 = 115
3 5 5
Exemplo:
Logo a metade de 115 = 115/2 = 57,50

02. Resposta: A.
1
. 200000 = 40000
5
Podemos ainda simplificar a fração resultante:
288: 2 144 03. Resposta: E.
=
10: 2 5 Vamos chamar a quantidade de tortas de (x). Assim:
𝟐 𝟐
* Dona Amélia: . 𝟏 =
- Divisão: O quociente de uma fração é igual a primeira 𝟑 𝟑
fração multiplicada pelo inverso da segunda fração.
𝟑 𝟐
Exemplo: * 1º filho: . =𝟏
𝟐 𝟑

𝟑 𝟑
* 2º filho: .𝟏 =
𝟐 𝟐

Simplificando a fração resultante: 𝟑 𝟑 𝟗


168: 8 21 * 3º filho: . =
𝟐 𝟐 𝟒
=
24: 8 3 𝟑 𝟗 𝟐𝟕
* 4º filho: . =
𝟐 𝟒 𝟖
Referência
CABRAL, Luiz Claudio; NUNES, Mauro César – Matemática básica explicada passo
𝟐 𝟑 𝟗 𝟐𝟕
a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. +𝟏+ + +
𝟑 𝟐 𝟒 𝟖

Questões 𝟏𝟔 + 𝟐𝟒 + 𝟑𝟔 + 𝟓𝟒 + 𝟖𝟏 𝟐𝟏𝟏 𝟐𝟒 𝟏𝟗 𝟏𝟗
= =𝟖. + =𝟖+
𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒
01. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica –
Matemática – GR Consultoria e Assessoria) João gastou R$ Ou seja, eles comeram 8 tortas, mais 19/24 de uma torta.
23,00, equivalente a terça parte de 3/5 de sua mesada. Desse Por fim, a fração de uma torta que sobrou foi:
modo, a metade do valor da mesada de João é igual a:
(A) R$ 57,50; 𝟐𝟒

𝟏𝟗
=
𝟓
𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒
(B) R$ 115,00;
(C) R$ 172,50;
(D) R$ 68,50; Números e grandezas
02. (EBSERH/ HUSM – UFSM/RS – Analista proporcionais: razões e
Administrativo – Administração – AOCP) Uma revista proporções
1
perdeu dos seus 200.000 leitores.
5
Quantos leitores essa revista perdeu?
(A) 40.000. É o quociente entre dois números (quantidades, medidas,
(B) 50.000. grandezas).
(C) 75.000. Sendo a e b dois números a sua razão, chama-se razão de a
(D) 95.000. para b:
(E) 100.000. 𝑎
𝑜𝑢 𝑎: 𝑏 , 𝑐𝑜𝑚 𝑏 ≠ 0
03. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC) 𝑏
Onde:
Dona Amélia e seus quatro filhos foram a uma doceria comer
tortas. Dona Amélia comeu 2 / 3 de uma torta. O 1º filho comeu
3 / 2 do que sua mãe havia comido. O 2º filho comeu 3 / 2 do
que o 1º filho havia comido. O 3º filho comeu 3 / 2 do que o 2º
filho havia comido e o 4º filho comeu 3 / 2 do que o 3º filho
havia comido. Eles compraram a menor quantidade de tortas Exemplo:
inteiras necessárias para atender a todos. Assim, é possível Em um vestibular para o curso de marketing, participaram
calcular corretamente que a fração de uma torta que sobrou 3600 candidatos para 150 vagas. A razão entre o número de
foi vagas e o número de candidatos, nessa ordem, foi de
(A) 5 / 6.
(B) 5 / 9. 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠 150 1
= =
(C) 7 / 8. 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑡𝑜𝑠 3600 24
(D) 2 / 3.
(E) 5 / 24. Lemos a fração como: Um vinte e quatro avós.

- Quando a e b forem medidas de uma mesma grandeza,


essas devem ser expressas na mesma unidade.

Raciocínio Lógico-Matemático 13
Pedido N.: 2702711 - Apostila Licenciada para lucouto20@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
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APOSTILAS OPÇÃO

- Razões Especiais B) 3/5


Escala → Muitas vezes precisamos ilustrar distâncias C) 5/10
muito grandes de forma reduzida, então utilizamos a escala, D) 2/7
que é a razão da medida no mapa com a medida real (ambas E) 6/7
na mesma unidade).
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑎𝑝𝑎 Resolução:
𝐸=
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙

Velocidade média → É a razão entre a distância percorrida Resposta “B”


e o tempo total de percurso. As unidades utilizadas são km/h,
m/s, entre outras. Referências
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e
𝑉= Estatística Descritiva
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
http://educacao.globo.com
Densidade → É a razão entre a massa de um corpo e o seu
volume. As unidades utilizadas são g/cm³, kg/m³, entre outras. Questões
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝐷=
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 01. André, Bruno, Carlos e Diego são irmãos e suas idades
formam, na ordem apresentada, uma proporção. Considere
PROPORÇÃO que André tem 3 anos, Diego tem 18 anos e Bruno é 3 anos
mais novo que Carlos. Assim, a soma das idades, destes quatro
É uma igualdade entre duas razões. irmãos, é igual a
(A) 30
𝑎 𝑐 𝑎 𝑐
Dada as razões e , à setença de igualdade = chama- (B) 32;
𝑏 𝑑 𝑏 𝑑
se proporção. (C) 34;
Onde: (D) 36.

02. Alfredo irá doar seus livros para três bibliotecas da


universidade na qual estudou. Para a biblioteca de
matemática, ele doará três quartos dos livros, para a biblioteca
de física, um terço dos livros restantes, e para a biblioteca de
- Propriedades da Proporção química, 36 livros. O número de livros doados para a biblioteca
1 - Propriedade Fundamental de física será
O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto (A) 16.
é, a . d = b . c (B) 22.
Exemplo: (C) 20.
45 9 (D) 24.
Na proporção = ,(lê-se: “45 esta para 30 , assim como (E)18.
30 6
9 esta para 6.), aplicando a propriedade fundamental , temos:
45.6 = 30.9 = 270 03. Foram construídos dois reservatórios de água. A razão
entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2
2 - A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro para 5, e a soma desses volumes é 14m³. Assim, o valor
(ou para o segundo termo), assim como a soma dos dois absoluto da diferença entre as capacidades desses dois
últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo). reservatórios, em litros, é igual a
𝑎 𝑐 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 (A) 8000.
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑 (B) 6000.
(C) 4000.
3 - A diferença entre os dois primeiros termos está para o (D) 6500.
primeiro (ou para o segundo termo), assim como a diferença (E) 9000.
entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto
termo). Comentários
𝑎 𝑐 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑 01. Resposta: D.
Pelo enunciado temos que:
4 - A soma dos antecedentes está para a soma dos A=3
consequentes, assim como cada antecedente está para o seu B=C–3
consequente. C
𝑎 𝑐 𝑎+𝑐 𝑎 𝑎+𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 = D = 18
𝑏 𝑑 𝑏+𝑑 𝑏 𝑏+𝑑 𝑑 Como eles são proporcionais podemos dizer que:
𝐴 𝐶 3 𝐶
5 - A diferença dos antecedentes está para a diferença dos = → = → 𝐶 2 − 3𝐶 = 3.18 → 𝐶 2 − 3𝐶 − 54 = 0
𝐵 𝐷 𝐶 − 3 18
consequentes, assim como cada antecedente está para o seu
consequente. Vamos resolver a equação do 2º grau:
𝑎 𝑐 𝑎−𝑐 𝑎 𝑎−𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏−𝑑 𝑏 𝑏−𝑑 𝑑
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝑥=
- Problema envolvendo razão e proporção 2𝑎
Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram
aprovadas 1800. A razão do número de candidatos aprovados −(−3) ± √(−3)2 − 4.1. (−54) 3 ± √225
para o total de candidatos participantes do concurso é: → →
2.1 2
A) 2/3

Raciocínio Lógico-Matemático 14
APOSTILA
Pedido N.: 2702711 ELABORADA
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APOSTILAS OPÇÃO

3 ± 15 Exemplos:

2 1) Para decompor o número 200 em duas partes A e B
diretamente proporcionais a 2 e 3, montaremos o sistema de
3 + 15 18 3 − 15 −12 modo que A + B = 200, cuja solução segue de:
𝑥1 = = = 9 ∴ 𝑥2 = = = −6
2 2 2 2
𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 200
Como não existe idade negativa, então vamos considerar = = = = 𝟒𝟎
2 3 5 5
somente o 9. Logo C = 9
B=C–3=9–3=6 Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 40.2 = 80 e
Somando teremos: 3 + 6 + 9 + 18 = 36 B=40.3 = 120

02. Resposta: E. 2) Determinar números A e B diretamente proporcionais a


X = total de livros 8 e 3, sabendo-se que a diferença entre eles é 40. Para resolver
Matemática = ¾ x, restou ¼ de x este problema basta tomar A – B = 40 e escrever:
Física = 1/3.1/4 = 1/12
Química = 36 livros 𝐴 𝐵 𝐴 − 𝐵 40
Logo o número de livros é: 3/4x + 1/12x + 36 = x = = = =𝟖
8 3 5 5
Fazendo o mmc dos denominadores (4,12) = 12
Logo: Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 8.8 = 64 e B =
9𝑥 + 1𝑥 + 432 = 12𝑥 8.3 = 24
→ 10𝑥 + 432 = 12𝑥
12
- Divisão em várias partes diretamente proporcionais
→ 12𝑥 − 10𝑥 = 432 → 2𝑥 = 432 → Para decompor um número M em partes x1, x2, ..., xn
432 diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um
𝑥= → 𝑥 = 216
2 sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas x1 + x2
+ ... + xn= M e p1 + p2 + ... + pn = P.
Como a Biblioteca de Física ficou com 1/12x, logo teremos: 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
1 216 = =⋯=
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛
. 216 = = 18
12 12 A solução segue das propriedades das proporções:
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 𝑀
03. Resposta: B. = =⋯= = = =𝑲
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 𝑝1 + 𝑝2 + ⋯ 𝑝𝑛 𝑃
Primeiro:2k Observa-se que partimos do mesmo princípio da divisão
Segundo:5k em duas partes proporcionais.
2k + 5k = 14 → 7k = 14 → k = 2
Primeiro: 2.2 = 4 Exemplos:
Segundo5.2=10 1) Para decompor o número 240 em três partes A, B e C
Diferença: 10 – 4 = 6 m³ diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um
1m³------1000L sistema com 3 equações e 3 incógnitas tal que A + B + C = 240
6--------x e 2 + 4 + 6 = P. Assim:
x = 6000 l
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 240
= = = = = 𝟐𝟎
2 4 6 𝑃 12
Divisão em partes
proporcionais Logo: A = 20.2 = 40; B = 20.4 = 80 e C = 20.6 =120

2) Determinar números A, B e C diretamente


Uma forma de divisão no qual determinam-se proporcionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 480
valores(a,b,c,..) que, divididos por quocientes(x,y,z..) A solução segue das propriedades das proporções:
previamente determinados, mantêm-se uma razão que não
𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 480
tem variação. = = = = = −𝟔𝟎
2 4 6 2.2 + 3.4 − 4.6 −8
Divisão Diretamente Proporcional
Logo: A = - 60.2 = -120 ; B = - 60.4 = - 240 e C = - 60.6 = -
360.
- Divisão em duas partes diretamente proporcionais
Também existem proporções com números negativos.
Para decompor um número M em duas partes A e B
Divisão Inversamente Proporcional
diretamente proporcionais a p e q, montamos um sistema com
duas equações e duas incógnitas, de modo que a soma das
- Divisão em duas partes inversamente proporcionais
partes seja A + B = M, mas
𝐴 𝐵 Para decompor um número M em duas partes A e B
= inversamente proporcionais a p e q, deve-se decompor este
𝑝 𝑞
número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a
A solução segue das propriedades das proporções:
1/p e 1/q, que são, respectivamente, os inversos de p e q.
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀
= = = =𝑲 Assim basta montar o sistema com duas equações e duas
𝑝 𝑞 𝑝+𝑞 𝑝+𝑞 incógnitas tal que A + B = M. Desse modo:
O valor de K é que proporciona a solução pois: A = K.p e B 𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞
= K.q = = = = =𝑲
1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞

O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = K/q.

Raciocínio Lógico-Matemático 15
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplos: Para decompor um número M em duas partes A e B


1) Para decompor o número 120 em duas partes A e B diretamente proporcionais a, c e d e inversamente
inversamente proporcionais a 2 e 3, deve-se montar o sistema proporcionais a p e q, deve-se decompor este número M em
tal que A + B = 120, de modo que: duas partes A e B diretamente proporcionais a c/q e d/q, basta
montar um sistema com duas equações e duas incógnitas de
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 120 120.6 forma que A + B = M e além disso:
= = = = = 144
1/2 1/3 1/2 + 1/3 5/6 5
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞
= = = = =𝑲
Assim A = K/p → A = 144/2 = 72 e B = K/q → B = 144/3 = 𝑐/𝑝 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐. 𝑞 + 𝑝. 𝑑
48

2 - Determinar números A e B inversamente proporcionais O valor de K proporciona a solução pois: A = K.c/p e B =


a 6 e 8, sabendo-se que a diferença entre eles é 10. Para K.d/q.
resolver este problema, tomamos A – B = 10. Assim:
Exemplos:
𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 10 1) Para decompor o número 58 em duas partes A e B
= = = = 240
1/6 1/8 1/6 − 1/8 1/24 diretamente proporcionais a 2 e 3, e, inversamente
proporcionais a 5 e 7, deve-se montar as proporções:
Assim A = K/p → A = 240/6 = 40 e B = K/q → B = 240/8 =
30 𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 58
= = = = 70
2/5 3/7 2/5 + 3/7 29/35
- Divisão em várias partes inversamente
proporcionais Assim A = K.c/p = (2/5).70 = 28 e B = K.d/q = (3/7).70 = 30
Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn
inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor 2) Para obter números A e B diretamente proporcionais a
este número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente 4 e 3 e inversamente proporcionais a 6 e 8, sabendo-se que a
proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. diferença entre eles é 21. Para resolver este problema basta
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas, escrever que A – B = 21 resolver as proporções:
assume que x1 + x2 + ... + xn= M e além disso
𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 21
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 = = = = 72
= =⋯= 4/6 3/8 4/6 − 3/8 7/24
1/𝑝1 1/𝑝2 1/𝑝𝑛
Assim A = K.c/p = (4/6).72 = 48 e B = K.d/q = (3/8).72 = 27
Cuja solução segue das propriedades das proporções:
Divisão em n partes direta e inversamente
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛
= =⋯= = proporcionais
1 1 1 1 1 1 Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn
+ +⋯
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛
diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn e inversamente
proporcionais a q1, q2, ..., qn, basta decompor este número M
𝑀
= =𝑲 em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a p1/q1,
1 1 1 p2/q2, ..., pn/qn.
+ + ⋯+
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas
exige que x1 + x2 + ... + xn = M e além disso
Exemplos:
1-Para decompor o número 220 em três partes A, B e C 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um = =⋯=
𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑝𝑛 /𝑞𝑛
sistema com 3 equações e 3 incógnitas, de modo que A + B + C
= 220. Desse modo: A solução segue das propriedades das proporções:
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 220 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥𝑛 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛
= = = = = 240 = =⋯= 𝑝 =𝑝
1/2 1/4 1/6 1/2 + 1/4 + 1/6 11/12 𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑛 1 𝑝 𝑝 =𝑲
+ 2 +⋯+ 𝑛
𝑞𝑛 𝑞1 𝑞2 𝑞𝑛
A solução é A = K/p1 → A = 240/2 = 120, B = K/p2 → B =
240/4 = 60 e C = K/p3 → C = 240/6 = 40 Exemplos:
1) Para decompor o número 115 em três partes A, B e C
2-Para obter números A, B e C inversamente proporcionais diretamente proporcionais a 1, 2 e 3 e inversamente
a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 10, devemos montar as proporcionais a 4, 5 e 6, deve-se montar um sistema com 3
proporções: equações e 3 incógnitas de forma de A + B + C = 115 e tal que:

𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 120 𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 115


= = = = = = = = = = 100
1/2 1/4 1/6 2/2 + 3/4 − 4/6 13/12 13 1/4 2/5 3/6 1/4 + 2/5 + 3/6 23/20

logo A = 60/13, B = 30/13 e C = 20/13 Logo A = K.p1/q1 = (1/4)100 = 25, B = K.p2/q2 = (2/5)100 =
Existem proporções com números fracionários! 40 e C = K.p3/q3 = (3/6)100 = 50

Divisão em partes direta e inversamente 2) Determinar números A, B e C diretamente


proporcionais proporcionais a 1, 10 e 2 e inversamente proporcionais a 2, 4
e 5, de modo que 2A + 3B - 4C = 10.
- Divisão em duas partes direta e inversamente A montagem do problema fica na forma:
proporcionais

Raciocínio Lógico-Matemático 16
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APOSTILAS OPÇÃO

𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 100 O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B =


= = = = =
1/2 10/4 2/5 2/2 + 30/4 − 8/5 69/10 69 K/q.

A solução é A = K.p1/q1 = 50/69, B = K.p2/q2 = 250/69 e C Vamos chamar as funcionárias de p e q respectivamente:


= K.p3/q3 = 40/69 p = 20 anos (funcionária de menor idade)
q = 30 anos
Problemas envolvendo Divisão Proporcional Como será dividido os processos entre as duas, logo cada
1) As famílias de duas irmãs, Alda e Berta, vivem na mesma uma ficará com A e B partes que totalizam 150:
casa e a divisão de despesas mensais é proporcional ao A + B = 150 processos
número de pessoas de cada família. Na família de Alda são três 𝐴 𝐵 150 150
= = =
pessoas e na de Berta, cinco. Se a despesa, num certo mês foi 1 1 1 1 1 1
+ +
de R$ 1.280,00, quanto pagou, em reais, a família de Alda? 𝑝 𝑞 20 30 20 30
A) 320,00
B) 410,00 150.20.30 90000
= = = 𝟏𝟖𝟎𝟎
C) 450,00 20 + 30 50
D) 480,00
E) 520,00 A = k/p → A = 1800 / 20 → A = 90 processos.
Questões
Resolução:
Alda: A = 3 pessoas 01. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática –
Berta: B = 5 pessoas IMA) Uma herança de R$ 750.000,00 deve ser repartida entre
A + B = 1280 três herdeiros, em partes proporcionais a suas idades que são
𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 1280 de 5, 8 e 12 anos. O mais velho receberá o valor de:
+ = = = 160 (A) R$ 420.000,00
3 5 3+5 8
(B) R$ 250.000,00
A = K.p = 160.3 = 480 (C) R$ 360.000,00
Resposta D (D) R$ 400.000,00
(E) R$ 350.000,00
2) Dois ajudantes foram incumbidos de auxiliar no
transporte de 21 caixas que continham equipamentos 02. (TRF 3ª – Técnico Judiciário – FCC) Quatro
elétricos. Para executar essa tarefa, eles dividiram o total de funcionários dividirão, em partes diretamente proporcionais
caixas entre si, na razão inversa de suas respectivas idades. Se aos anos dedicados para a empresa, um bônus de R$36.000,00.
ao mais jovem, que tinha 24 anos, coube transportar 12 caixas, Sabe-se que dentre esses quatro funcionários um deles já
então, a idade do ajudante mais velho, em anos era? possui 2 anos trabalhados, outro possui 7 anos trabalhados,
A) 32 outro possui 6 anos trabalhados e o outro terá direito, nessa
B) 34 divisão, à quantia de R$6.000,00. Dessa maneira, o número de
C) 35 anos dedicados para a empresa, desse último funcionário
D) 36 citado, é igual a
E) 38 (A) 5.
(B) 7.
Resolução: (C) 2.
v = idade do mais velho (D) 3.
Temos que a quantidade de caixas carregadas pelo mais (E) 4.
novo:
Qn = 12 03. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo
Pela regra geral da divisão temos: – FCC) Uma prefeitura destinou a quantia de 54 milhões de
Qn = k.1/24 → 12 = k/24 → k = 288 reais para a construção de três escolas de educação infantil. A
A quantidade de caixas carregadas pelo mais velho é: 21 – área a ser construída em cada escola é, respectivamente, 1.500
12 = 9 m², 1.200 m² e 900 m² e a quantia destinada à cada escola é
Pela regra geral da divisão temos: diretamente proporcional a área a ser construída.
Qv = k.1/v → 9 = 288/v → v = 32 anos Sendo assim, a quantia destinada à construção da escola
Resposta A com 1.500 m² é, em reais, igual a
(A) 22,5 milhões.
3) Em uma seção há duas funcionárias, uma com 20 anos (B) 13,5 milhões.
de idade e a outra com 30. Um total de 150 processos foi (C) 15 milhões.
dividido entre elas, em quantidades inversamente (D) 27 milhões.
proporcionais às suas respectivas idades. Qual o número de (E) 21,75 milhões.
processos recebido pela mais jovem?
A) 90 Respostas
B) 80
C) 60 01. Resposta: C.
D) 50 5x + 8x + 12x = 750.000
E) 30 25x = 750.000
x = 30.000
Estamos trabalhando aqui com divisão em duas partes O mais velho receberá: 1230000=360000
inversamente proporcionais, para a resolução da mesma
temos que: 02. Resposta: D.
2x + 7x + 6x + 6000 = 36000
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞 15x = 30000
= = = = =𝑲 x = 2000
1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞

Raciocínio Lógico-Matemático 17
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APOSTILAS OPÇÃO

Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”),
dedicou 3 anos a empresa, pois 2000.3 = 6000 vamos colocar uma flecha:

03. Resposta: A.
1500x + 1200x + 900x = 54000000
3600x = 54000000
x = 15000 Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de
Escola de 1500 m²: 1500.15000 = 22500000 = 22,5 álcool também duplica. Então, as grandezas distância e litros
milhões. de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que
estamos montando, indicamos esse fato colocando uma flecha
na coluna “distância” no mesmo sentido da flecha da coluna
“litros de álcool”:
Regra de três

REGRA DE TRÊS SIMPLES

Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:
ou inversamente proporcionais podem ser resolvidos através
de um processo prático, chamado regra de três simples. 180 15
=
Vejamos a tabela abaixo: 210 𝑥
→ 𝑜𝑚𝑜 180 𝑒 210 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑟 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 30, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠:
Grandezas Relação Descrição 180: 30 15 1806 15
= =
Nº de MAIS funcionários contratados 210: 30 𝑥 2107 𝑥
funcionário x Direta demanda MAIS serviço
serviço produzido → 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑢𝑧𝑎𝑑𝑜(𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠)
Nº de MAIS funcionários contratados 105
→ 6𝑥 = 7.156𝑥 = 105 → 𝑥 = = 𝟏𝟕, 𝟓
funcionário x Inversa exigem MENOS tempo de 6
tempo trabalho Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.
Nº de MAIS eficiência (dos
funcionário x Inversa funcionários) exige MENOS 2) Viajando de automóvel, à velocidade de 50 km/h, eu
eficiência funcionários contratados gastaria 7 h para fazer certo percurso. Aumentando a
Nº de Quanto MAIOR o grau de velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse
funcionário x dificuldade de um serviço, percurso?
Direta
grau MAIS funcionários deverão ser
dificuldade contratados Indicando por x o número de horas e colocando as
MAIS serviço a ser produzido grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as
Serviço x
Direta exige MAIS tempo para realiza- grandezas de espécies diferentes que se correspondem em
tempo
lo uma mesma linha, temos:
Quanto MAIOR for a eficiência
Serviço x
Direta dos funcionários, MAIS serviço Velocidade (km/h) Tempo (h)
eficiência
será produzido
50 ---- 7
Quanto MAIOR for o grau de
80 ---- x
Serviço x grau dificuldade de um serviço,
Inversa
de dificuldade MENOS serviços serão
produzidos Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos
Quanto MAIOR for a eficiência colocar uma flecha:
dos funcionários, MENOS
Tempo x
Inversa tempo será necessário para
eficiência
realizar um determinado
serviço Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica
Quanto MAIOR for o grau de
reduzido à metade. Isso significa que as grandezas velocidade
dificuldade de um serviço,
Tempo x grau e tempo são inversamente proporcionais. No nosso
Direta MAIS tempo será necessário
de dificuldade esquema, esse fato é indicado colocando-se na coluna
para realizar determinado
serviço “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da flecha da
coluna “tempo”:
Exemplos:
1) Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros
de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?
O problema envolve duas grandezas: distância e litros de
álcool.
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das
consumido. flechas. Assim, temos:
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma 7 80 7 808
= , 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑙𝑎𝑑𝑜 → = 5 → 7.5 = 8. 𝑥
mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que se 𝑥 50 𝑥 50
correspondem em uma mesma linha:
35
𝑥= → 𝑥 = 4,375 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
Distância (km) Litros de álcool 8
180 ---- 15
210 ---- x

Raciocínio Lógico-Matemático 18
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APOSTILAS OPÇÃO

Como 0,375 corresponde 22 minutos (0,375 x 60 minutos), (D) R$ 358,50.


então o percurso será feito em 4 horas e 22 minutos (E) R$ 360,00.
aproximadamente.
03. (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.
3) Ao participar de um treino de fórmula Indy, um IMARUÍ) Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(vinte e
competidor, imprimindo a velocidade média de 180 km/h, faz sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por cento) sobre
o percurso em 20 segundos. Se a sua velocidade fosse de 300 o valor de custo do tal veículo, por quanto Manoel adquiriu o
km/h, que tempo teria gasto no percurso? carro em questão?
(A) R$24.300,00
Vamos representar pela letra x o tempo procurado. (B) R$29.700,00
Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade (C) R$30.000,00
(180 km/h e 300 km/h) com dois valores da grandeza tempo (D)R$33.000,00
(20 s e x s). (E) R$36.000,00
Queremos determinar um desses valores, conhecidos os
outros três. Respostas

01. Resposta: E.
Utilizaremos uma regra de três simples:
ano %
Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto
11442 ------- 100
para fazer o percurso cairá para a metade; logo, as grandezas
17136 ------- x
são inversamente proporcionais. Assim, os números 180 e 300
11442.x = 17136 . 100 x = 1713600 / 11442 = 149,8%
são inversamente proporcionais aos números 20 e x.
(aproximado)
Daí temos:
3600 149,8% – 100% = 49,8%
180.20 = 300. 𝑥 → 300𝑥 = 3600 → 𝑥 = Aproximando o valor, teremos 50%
300
𝑥 = 12
Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em 02. Resposta: C.
300 km/h, teria gasto 12 segundos para realizar o percurso. Se R$ 315,00 já está com o desconto de 10%, então R$
315,00 equivale a 90% (100% - 10%).
Questões Utilizaremos uma regra de três simples:
$ %
01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 3 de 315 ------- 90
maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte x ------- 100
informação sobre o número de casos de dengue na cidade de 90.x = 315 . 100 x = 31500 / 90 = R$ 350,00
Campinas.
03. Resposta: C.
Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é
90% do valor total.
Valor %
27000 ------ 90
X ------- 100

27000 909 27000 9


= 10 → = → 9.x = 27000.10 → 9x = 270000
𝑥 100 𝑥 10
→ x = 30000.

REGRA DE TRÊS COMPOSTA

O processo usado para resolver problemas que envolvem


mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
proporcionais, é chamado regra de três composta.

Exemplos:
1) Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em
De acordo com essas informações, o número de casos quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras produziriam
registrados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014, 300 dessas peças?
teve um aumento em relação ao número de casos registrados Indiquemos o número de dias por x. Coloquemos as
em 2007, aproximadamente, de grandezas de mesma espécie em uma só coluna e as grandezas
(A) 70%. de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma
(B) 65%. linha. Na coluna em que aparece a variável x (“dias”),
(C) 60%. coloquemos uma flecha:
(D) 55%.
(E) 50%.

02. (FUNDUNESP – Assistente Administrativo –


VUNESP) Um título foi pago com 10% de desconto sobre o Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.
valor total. Sabendo-se que o valor pago foi de R$ 315,00, é
correto afirmar que o valor total desse título era de As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais.
(A) R$ 345,00. No nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna
(B) R$ 346,50. “peças” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna
(C) R$ 350,00. “dias”:

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APOSTILAS OPÇÃO

Questões

01. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO


ADMINISTRATIVO – FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m²
de calçada é feita em um dia de trabalho por 18 varredores
trabalhando 5 horas por dia. Mantendo-se as mesmas
As grandezas máquinas e dias são inversamente
proporções, 15 varredores varrerão 7.500 m² de calçadas, em
proporcionais (duplicando o número de máquinas, o número
um dia, trabalhando por dia, o tempo de
de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será
(A) 8 horas e 15 minutos.
indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma flecha no
(B) 9 horas.
sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”:
(C) 7 horas e 45 minutos.
(D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos.

02. (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL) Uma


equipe constituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por
Agora vamos montar a proporção, igualando a razão que dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma área igual a
4 4800 m². Se essa equipe fosse constituída por 15 operários,
contém o x, que é , com o produto das outras razões, obtidas trabalhando 10 horas por dia, durante 80 dias, faria o
x calçamento de uma área igual a:
 6 160  (A) 4500 m²
segundo a orientação das flechas  . : (B) 5000 m²
 8 300  (C) 5200 m²
(D) 6000 m²
(E) 6200 m²

03. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Dez


Simplificando as proporções obtemos: funcionários de uma repartição trabalham 8 horas por dia,
4 2 4.5 durante 27 dias, para atender certo número de pessoas. Se um
= → 2𝑥 = 4.5 → 𝑥 = → 𝑥 = 10 funcionário doente foi afastado por tempo indeterminado e
𝑥 5 2
outro se aposentou, o total de dias que os funcionários
Resposta: Em 10 dias. restantes levarão para atender o mesmo número de pessoas,
trabalhando uma hora a mais por dia, no mesmo ritmo de
2) Uma empreiteira contratou 210 pessoas para trabalho, será:
pavimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após 4 meses de (A) 29.
serviço, apenas 75 km estavam pavimentados. Quantos (B) 30.
empregados ainda devem ser contratados para que a obra seja (C) 33.
concluída no tempo previsto? (D) 28.
(E) 31.
Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.
As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente Respostas
proporcionais (duplicando o número de pessoas, o tempo fica
reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado 01. Resposta: D.
colocando-se na coluna “tempo” uma flecha no sentido Comparando- se cada grandeza com aquela onde esta o x.
contrário ao da flecha da coluna “pessoas”: M² varredores horas
6000--------------18-------------- 5
7500--------------15--------------- x
Quanto mais a área, mais horas (diretamente
proporcionais)
Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente
proporcionais)
As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente 5 6000 15
proporcionais. No nosso esquema isso será indicado = ∙
𝑥 7500 18
colocando-se na coluna “estrada” uma flecha no mesmo
sentido da flecha da coluna “pessoas”: 6000 ∙ 15 ∙ 𝑥 = 5 ∙ 7500 ∙ 18
90000𝑥 = 675000
𝑥 = 7,5 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7
horas e 30 minutos.

02. Resposta: D.
Operários horas dias área
20-----------------8-------------60-------4800
Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 – 210 15----------------10------------80-------- x
= 105 pessoas. Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:
Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas. 4800 20 8 60
= ∙ ∙
𝑥 15 10 80
Referências
20 ∙ 8 ∙ 60 ∙ 𝑥 = 4800 ∙ 15 ∙ 10 ∙ 80
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição –
Rio de Janeiro: Elsevier,2013. 9600𝑥 = 57600000
𝑥 = 6000𝑚²

Raciocínio Lógico-Matemático 20
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APOSTILAS OPÇÃO

03. Resposta: B. Exemplo:


Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamento Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00.
esse número passou para 8. Se eles trabalham 8 horas por dia, Determinar:
passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo um total de a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
9 horas, nesta condições temos: b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.
Funcionários horas dias
10---------------8--------------27 Resolução:
8----------------9-------------- x Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100
Quanto menos funcionários, mais dias devem ser → Lucro = R$ 25,00
trabalhados (inversamente proporcionais).
Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
𝑎) . 100% ≅ 33,33%
trabalhados (inversamente proporcionais). 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜
Funcionários horas dias
8---------------9-------------- 27 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
10----------------8----------------x 𝑏) . 100% = 25%
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎
27 8 9
= ∙ → x.8.9 = 27.10.8 → 72x = 2160 → x = 30 dias. - Aumento e Desconto Percentuais
𝑥 10 8
A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo
𝒑
por (𝟏 + ).V .
𝟏𝟎𝟎
Logo:
Porcentagem e problemas 𝒑
VA = (𝟏 + ).V
𝟏𝟎𝟎

Exemplo:
Razões de denominador 100 que são chamadas de 1 - Aumentar um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo
razões centesimais ou taxas percentuais ou simplesmente de por 1,20, pois:
porcentagem. Servem para representar de uma 20
(1 + ).V = (1+0,20).V = 1,20.V
maneira prática o "quanto" de um "todo" se está 100
referenciando.
Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo
𝒑
símbolo % (Lê-se: “por cento”). por (𝟏 − ).V.
𝟏𝟎𝟎
Logo:
𝒙 𝒑
𝒙% = V D = (𝟏 − ).V
𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎

Exemplo: Exemplo:
Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por
moças. Qual é a taxa percentual de rapazes na classe? 0,60, pois:
40
Resolução: A razão entre o número de rapazes e o total de (1 − ). V = (1-0,40). V = 0, 60.V
100
18
alunos é . Devemos expressar essa razão na forma
30 𝒑 𝒑
centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que: A esse valor final de (𝟏 + ) ou (𝟏 − ), é o que
𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎
chamamos de fator de multiplicação, muito útil para
18 𝑥 resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um
= ⟹ 𝑥 = 60
30 100 acréscimo ou decréscimo no valor do produto.

E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter - Aumentos e Descontos Sucessivos


divido 18 por 30, obtendo: São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente.
Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos
18 uso dos fatores de multiplicação.
= 0,60(. 100%) = 60%
30
Vejamos alguns exemplos:
- Lucro e Prejuízo 1) Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um
É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo. único aumento de...?
Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja 𝑝
Utilizando VA = (1 + ).V → V. 1,1 , como são dois de
negativa, temos prejuízo(P). 100
10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21 Analisando o fator de
Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C). multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos
significam um único aumento de 21%.
Podemos ainda escrever: Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a
C + L = V ou L = V - C 21% e não a 20%.
P = C – V ou V = C - P
2) Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um
A forma percentual é: único desconto de:
𝑝
Utilizando VD = (1 − ).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . .
100
Analisando o fator de multiplicação 0,64, observamos que
esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim
o valor pago com o desconto. Para sabermos o valor que
representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:
100% - 64% = 36%
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a
36% e não a 40%.
Raciocínio Lógico-Matemático 21
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APOSTILAS OPÇÃO
Referências
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e
Estatística Descritiva Estrutura lógica de relações
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
http://www.porcentagem.org
arbitrárias entre pessoas,
http://www.infoescola.com lugares, objetos ou eventos
Questões
fictícios; deduzir novas
informações das relações
01. Marcos comprou um produto e pagou R$ 108,00, já fornecidas e avaliar as
inclusos 20% de juros. Se tivesse comprado o produto, com
25% de desconto, então, Marcos pagaria o valor de:
condições usadas para
(A) R$ 67,50 estabelecer a estrutura
(B) R$ 90,00 daquelas relações
(C) R$ 75,00
(D) R$ 72,50
ESTRUTURAS LÓGICAS
02. O departamento de Contabilidade de uma empresa tem
20 funcionários, sendo que 15% deles são estagiários. O Em uma primeira aproximação, a lógica pode ser
departamento de Recursos Humanos tem 10 funcionários, entendida como a ciência que estuda os princípios e o métodos
sendo 20% estagiários. Em relação ao total de funcionários que permitem estabelecer as condições de validade e
desses dois departamentos, a fração de estagiários é igual a invalidade dos argumentos. Um argumento é uma parte do
(A) 1/5. discurso no qual localizamos um conjunto de uma ou mais
(B) 1/6. sentenças denominadas premissas e uma sentença
(C) 2/5. denominada conclusão.
(D) 2/9. Em diversas provas de concursos são empregados toda
(E) 3/5. sorte de argumentos com os mais variados conteúdos: político,
religioso, moral e etc. Pode-se pensar na lógica como o estudo
03. Quando calculamos 15% de 1.130, obtemos, como da validade dos argumentos, focalizando a atenção não no
resultado conteúdo, mas sim na sua forma ou na sua estrutura.
(A) 150
(B) 159,50; Conceito de proposição
(C) 165,60; Chama-se proposição a todo conjunto de palavras ou
(D) 169,50. símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de
sentido completo. Assim, as proposições transmitem
Comentários pensamentos, isto é, afirmam, declaram fatos ou exprimem
juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou
01. Resposta: A. entes.
Como o produto já está acrescido de 20% juros sobre o seu Elas devem possuir além disso:
preço original, temos que: - um sujeito e um predicado;
100% + 20% = 120% - e por último, deve sempre ser possível atribuir um valor
Precisamos encontrar o preço original (100%) da lógico: verdadeiro (V) ou falso (F).
mercadoria para podermos aplicarmos o desconto. Preenchendo esses requisitos estamos diante de uma
Utilizaremos uma regra de 3 simples para encontrarmos: proposição.
R$ % Vejamos alguns exemplos:
108 ---- 120 A) Terra é o maior planeta do sistema Solar
X ----- 100 B) Brasília é a capital do Brasil.
120x = 108.100 → 120x = 10800 → x = 10800/120 → x = C) Todos os músicos são românticos.
90,00
O produto sem o juros, preço original, vale R$ 90,00 e A todas as frases podemos atribuir um valor lógico (V ou
representa 100%. Logo se receber um desconto de 25%, F).
significa ele pagará 75% (100 – 25 = 75%) → 90. 0,75 = 67,50 TOME NOTA!!!
Então Marcos pagou R$ 67,50. Uma forma de identificarmos se uma frase simples é ou
não considerada frase lógica, ou sentença, ou ainda
02. Resposta: B. proposição, é pela presença de:
15 30
* Dep. Contabilidade: . 20 = = 3 → 3 (estagiários) - sujeito simples: "Carlos é médico";
100 10
- sujeito composto: "Rui e Nathan são irmãos";
* Dep. R.H.:
20
. 10 =
200
= 2 → 2 (estagiários) - sujeito inexistente: "Choveu"
100 100
- verbo, que representa a ação praticada por esse sujeito,
e estar sujeita à apreciação de julgamento de ser verdadeira
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠 5 1
∗ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = = (V) ou falsa (F), caso contrário, não será considerada
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 30 6 proposição.
03. Resposta: D. Atenção: orações que não tem sujeito, NÃO são
15% de 1130 = 1130.0,15 ou 1130.15/100 → 169,50 consideradas proposições lógicas.

Princípios fundamentais da lógica


A Lógica matemática adota como regra fundamental três
princípios1 (ou axiomas):

1 Algumas bibliografias consideram apenas dois axiomas o II e o III.

Raciocínio Lógico-Matemático 22
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APOSTILAS OPÇÃO

4) Proposição (sentença) fechada: quando a proposição


I – PRINCÍPIO DA IDENTIDADE: uma proposição admitir um único valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso,
verdadeira é verdadeira; uma proposição falsa é falsa. nesse caso, será considerada uma frase, proposição ou
sentença lógica.
II – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma
proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo Observe os exemplos:
tempo.
Frase Sujeito Verbo Conclusão
III – PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda Maria é Maria É (ser) É uma frase
proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre baiana (simples) lógica
um desses casos, NUNCA existindo um terceiro caso. Lia e Maria Lia e Maria Têm (ter) É uma frase
têm dois (composto) lógica
irmãos
Se esses princípios acimas não puderem ser aplicados, Ventou Inexistente Ventou É uma frase
NÃO podemos classificar uma frase como proposição. hoje (ventar) lógica
Um lindo Um lindo Frase sem NÂO é uma
Valores lógicos das proposições livro de livro verbo frase lógica
Chamamos de valor lógico de uma proposição a verdade, literatura
se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se a proposição Manobrar Frase sem Manobrar NÂO é uma
é falsa (F). esse carro sujeito frase lógica
Consideremos as seguintes proposições e os seus Existe vida Vida Existir É uma frase
respectivos valores lógicos: em Marte lógica
a) Brasília é a capital do Brasil. (V)
b) Terra é o maior planeta do sistema Solar. (F) Sentenças representadas por variáveis
a) x + 4 > 5;
A maioria das proposições são proposições contingenciais, b) Se x > 1, então x + 5 < 7;
ou seja, dependem do contexto para sua análise. Assim, por c) x = 3 se, e somente se, x + y = 15.
exemplo, se considerarmos a proposição simples:
Observação: Os termos “atômicos” e “moleculares”
“Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira (do referem-se à quantidade de verbos presentes na frase.
ponto de vista da religião espírita) ou falsa (do ponto de vista Consideremos uma frase com apenas um verbo, então ela será
da religião católica); mesmo assim, em ambos os casos, seu valor dita atômica, pois se refere a apenas um único átomo (1 verbo
lógico é único — ou verdadeiro ou falso. = 1 átomo); consideremos, agora, uma frase com mais de um
verbo, então ela será dita molecular, pois se refere a mais de
Classificação das proposições um átomo (mais de um átomo = uma molécula).
As proposições podem ser classificadas em:
1) Proposições simples (ou atômicas): são formadas por Questões
um única oração, sem conectivos, ou seja, elementos de
ligação. Representamos por letras minusculas: p, q, r,... . 01. (Pref. Tanguá/RJ- Fiscal de Tributos – MS
CONCURSOS/2017) Qual das seguintes sentenças é
Exemplos: classificada como uma proposição simples?
O céu é azul. (A) Será que vou ser aprovado no concurso?
Hoje é sábado. (B) Ele é goleiro do Bangu.
(C) João fez 18 anos e não tirou carta de motorista.
2) Proposições compostas (ou moleculares): possuem (D) Bashar al-Assad é presidente dos Estados Unidos.
elementos de ligação (conectivos) que ligam as orações,
podendo ser duas, três, e assim por diante. Representamos por 02. (IF/PA- Auxiliar de Assuntos Educacionais –
letras maiusculas: P, Q, R, ... . IF/PA/2016) Qual sentença a seguir é considerada uma
proposição?
Exemplos: (A) O copo de plástico.
O ceu é azul ou cinza. (B) Feliz Natal!
Se hoje é sábado, então vou a praia. (C) Pegue suas coisas.
(D) Onde está o livro?
Observação: os termos em destaque são alguns dos (E) Francisco não tomou o remédio.
conectivos (termos de ligação) que utilizamos em lógica
matemática. 03. (Cespe/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:
• “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
3) Sentença aberta: quando não se pode atribuir um • A expressão x + y é positiva.
valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a • O valor de √4 + 3 = 7.
proposição!), portanto, não é considerada frase lógica. São • Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
consideradas sentenças abertas: • O que é isto?
a) Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou Há exatamente:
ontem? – Fez Sol ontem? (A) uma proposição;
b) Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso! (B) duas proposições;
c) Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue (C) três proposições;
a televisão. (D) quatro proposições;
d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas, (E) todas são proposições.
paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é verdadeira” (expressão
paradoxal) – O cavalo do meu vizinho morreu (expressão
ambígua) – 2 + 3 + 7

Raciocínio Lógico-Matemático 23
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APOSTILA ELABORADAAPOSTILAS OPÇÃO


PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS

Respostas Número de linhas de uma Tabela Verdade


O número de linhas de uma proposição composta depende
01. Resposta: D. do número de proposições simples que a integram, sendo dado
Analisando as alternativas temos: pelo seguinte teorema:
(A) Frases interrogativas não são consideradas
proposições. “A tabela verdade de uma proposição composta com n*
(B) O sujeito aqui é indeterminado, logo não podemos proposições simples componentes contém 2n linhas.” (*
definir quem é ele. Algumas bibliografias utilizam o “p” no lugar do “n”)
(C) Trata-se de uma proposição composta Os valores lógicos “V” e “F” se alteram de dois em dois para
(D) É uma frase declarativa onde podemos identificar o a primeira proposição “p” e de um em um para a segunda
sujeito da frase e atribuir a mesma um valor lógico. proposição “q”, em suas respectivas colunas, e, além disso, VV,
VF, FV e FF, em cada linha, são todos os arranjos binários com
02. Resposta: E. repetição dos dois elementos “V” e “F”, segundo ensina a
Analisando as alternativas temos: Análise Combinatória.
(A) Não é uma oração composta de sujeito e predicado.
(B) É uma frase imperativa/exclamativa, logo não é Construção da tabela verdade de uma proposição
proposição. composta
(C) É uma frase que expressa ordem, logo não é proposição. Para sua construção começamos contando o número de
(D) É uma frase interrogativa. proposições simples que a integram. Se há n proposições
(E) Composta de sujeito e predicado, é uma frase simples componentes, então temos 2n linhas. Feito isso,
declarativa e podemos atribuir a ela valores lógicos. atribuimos a 1ª proposição simples “p1” 2n / 2 = 2n -1 valores
V , seguidos de 2n – 1 valores F, e assim por diante.
03. Resposta: B.
Analisemos cada alternativa: Exemplos
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não 1) Se tivermos 2 proposições temos que 2n =22 = 4 linhas e
podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma 2n – 1 = 22 - 1 = 2, temos para a 1ª proposição 2 valores V e 2
sentença lógica. valores F se alternam de 2 em 2 , para a 2ª proposição temos
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir que os valores se alternam de 1 em 1 (ou seja metade dos
valores lógicos, logo não é sentença lógica. valores da 1ª proposição). Observe a ilustração, a primeira
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois parte dela corresponde a árvore de possibilidades e a segunda
podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado a tabela propriamente dita.
que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também
podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando
a quantidade certa de gols, apenas se podemos atribuir um
valor de V ou F a sentença).
(E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir
valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.

CONCEITO DE TABELA VERDADE

Sabemos que tabela verdade é toda tabela que atribui,


previamente, os possíveis valores lógicos que as proposições
simples podem assumir, como sendo verdadeiras (V) ou (Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)
falsas (F), e, por consequência, permite definir a solução de
uma determinada fórmula (proposição composta). 2) Neste caso temos 3 proposições simples, fazendo os
De acordo com o Princípio do Terceiro Excluído, toda cálculos temos: 2n =23 = 8 linhas e 2n – 1 = 23 - 1 = 4, temos para
proposição simples “p” é verdadeira ou falsa, ou seja, possui o a 1ª proposição 4 valores V e 4 valores F se alternam de 4 em
valor lógico V (verdade) ou o valor lógico F (falsidade). 4 , para a 2ª proposição temos que os valores se alternam de 2
Em se tratando de uma proposição composta, a em 2 (metade da 1ª proposição) e para a 3ª proposição temos
determinação de seu valor lógico, conhecidos os valores valores que se alternam de 1 em 1(metade da 2ª proposição).
lógicos das proposições simples componentes, se faz com base
no seguinte princípio, vamos relembrar:

O valor lógico de qualquer proposição composta


depende UNICAMENTE dos valores lógicos das
proposições simples componentes, ficando por eles
UNIVOCAMENTE determinados.

Para determinarmos esses valores recorremos a um


dispositivo prático que é o objeto do nosso estudo: A tabela
verdade. Em que figuram todos os possíveis valores lógicos da
proposição composta (sua solução) correspondente a todas as
possíveis atribuições de valores lógicos às proposições (Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)
simples componentes.

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APOSTILAS OPÇÃO

Vejamos alguns exemplos: NÂO é o planeta mais distante do Sol” e negando novamente a
proposição “~p” teremos ~(~p): “NÃO É VERDADE que Netuno
01. (FCC) Com relação à proposição: “Se ando e bebo, NÃO é o planeta mais distante do Sol”, sendo seu valor lógico
então caio, mas não durmo ou não bebo”. O número de linhas verdadeiro (V). Logo a dupla negação equivale a termos de
da tabela-verdade da proposição composta anterior é igual a: valores lógicos a sua proposição primitiva.
(A) 2;
(B) 4; p ≡ ~(~p)
(C) 8;
(D) 16; Observação: O termo “equivalente” está associado aos
(E) 32. “valores lógicos” de duas fórmulas lógicas, sendo iguais pela
natureza de seus valores lógicos.
Vamos contar o número de verbos para termos a Exemplo:
quantidade de proposições simples e distintas contidas na 1. Saturno é um planeta do sistema solar.
proposição composta. Temos os verbos “andar’, “beber”, “cair” 2. Sete é um número real maior que cinco.
e “dormir”. Aplicando a fórmula do número de linhas temos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas. Sabendo-se da realidade dos valores lógicos das
Resposta D. proposições “Saturno é um planeta do sistema solar” e “Sete é
um número rela maior que cinco”, que são ambos verdadeiros
02. (Cespe/UnB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições (V), conclui-se que essas proposições são equivalentes, em
simples e distintas, então o número de linhas da tabela- termos de valores lógicos, entre si.
verdade da proposição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2; 2) Conjunção – produto lógico (^): chama-se de
(B) 4; conjunção de duas proposições p e q a proposição
(C) 8; representada por “p e q”, cujo valor lógico é verdade (V)
(D) 16; quando as proposições, p e q, são ambas verdadeiras e
(E) 32. falsidade (F) nos demais casos.
Simbolicamente temos: “p ^ q” (lê-se: “p E q”).
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio Pela tabela verdade temos:
acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.

Estudo dos Operadores e Operações Lógicas


Quando efetuamos certas operações sobre proposições
chamadas operações lógicas, efetuamos cálculos
proposicionais, semelhantes a aritmética sobre números, de Exemplos
forma a determinarmos os valores das proposições. (a)
p: A neve é branca. (V)
1) Negação ( ~ ): chamamos de negação de uma q: 3 < 5. (V)
proposição representada por “não p” cujo valor lógico é V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ V = V
verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F) quando p é
verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de (b)
p. p: A neve é azul. (F)
Pela tabela verdade temos: q: 6 < 5. (F)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ F = F

(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
Simbolicamente temos: V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ F = F
~V = F ; ~F = V
V(~p) = ~V(p) (d)
p: A neve é azul. (F)
Exemplos q: 7 é número ímpar. (V)
Proposição Negação: ~p V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ V = F
(afirmações): p
Carlos é médico Carlos NÃO é médico - O valor lógico de uma proposição simples “p” é indicado
Juliana é carioca Juliana NÃO é carioca por V(p). Assim, exprime-se que “p” é verdadeira (V),
Nicolas está de férias Nicolas NÃO está de férias escrevendo:
Norberto foi NÃO É VERDADE QUE V(p) = V
trabalhar Norberto foi trabalhar
- Analogamente, exprime-se que “p” é falsa (F),
escrevendo:
A primeira parte da tabela todas as afirmações são
V(p) = F
verdadeiras, logo ao negarmos temos passam a ter como valor
lógico a falsidade.
- As proposições compostas, representadas, por exemplo,
pelas letras maiúsculas “P”, “Q”, “R”, “S” e “T”, terão seus
- Dupla negação (Teoria da Involução): vamos
respectivos valores lógicos representados por:
considerar as seguintes proposições primitivas, p:” Netuno é o
V(P), V(Q), V(R), V(S) e V(T).
planeta mais distante do Sol”; sendo seu valor verdadeiro ao
negarmos “p”, vamos obter a seguinte proposição ~p: “Netuno

Raciocínio Lógico-Matemático 25
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APOSTILAS OPÇÃO

3) Disjunção inclusiva – soma lógica – disjunção 5) Implicação lógica ou condicional (→): chama-se
simples (v): chama-se de disjunção inclusiva de duas proposição condicional ou apenas condicional representada
proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo por “se p então q”, cujo valor lógico é falsidade (F) no caso em
valor lógico é verdade (V) quando pelo menos uma das que p é verdade e q é falsa e a verdade (V) nos demais
proposições, p e q, é verdadeira e falsidade (F) quando casos.
ambas são falsas.
Simbolicamente: “p v q” (lê-se: “p OU q”). Simbolicamente: “p → q” (lê-se: p é condição suficiente
Pela tabela verdade temos: para q; q é condição necessária para p).
p é o antecedente e q o consequente e “→” é chamado de
símbolo de implicação.
Pela tabela verdade temos:

Exemplos
(a)
p: A neve é branca. (V)
Exemplos
q: 3 < 5. (V)
(a)
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v V = V
p: A neve é branca. (V)
q: 3 < 5. (V)
(b)
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → V = V
p: A neve é azul. (F)
q: 6 < 5. (F)
(b)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v F = F
p: A neve é azul. (F)
q: 6 < 5. (F)
(c)
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → F = V
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
(c)
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v F = V
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
(d)
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → F = F
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V)
(d)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v V = V
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V)
4) Disjunção exclusiva ( v ): chama-se disjunção
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → V = V
exclusiva de duas proposições p e q, cujo valor lógico é
verdade (V) somente quando p é verdadeira ou q é
6) Dupla implicação ou bicondicional (↔):chama-se
verdadeira, mas não quando p e q são ambas verdadeiras
proposição bicondicional ou apenas bicondicional
e a falsidade (F) quando p e q são ambas verdadeiras ou
representada por “p se e somente se q”, cujo valor lógico é
ambas falsas.
verdade (V) quando p e q são ambas verdadeiras ou falsas
Simbolicamente: “p v q” (lê-se; “OU p OU q”; “OU p OU q,
e a falsidade (F) nos demais casos.
MAS NÃO AMBOS”).
Simbolicamente: “p ↔ q” (lê-se: p é condição necessária e
Pela tabela verdade temos:
suficiente para q; q é condição necessária e suficiente para p).
Pela tabela verdade temos:

Para entender melhor vamos analisar o exemplo. Exemplos


p: Nathan é médico ou professor. (Ambas podem ser (a)
verdadeiras, ele pode ser as duas coisas ao mesmo tempo, uma p: A neve é branca. (V)
condição não exclui a outra – disjunção inclusiva). q: 3 < 5. (V)
Podemos escrever: V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ V = V
Nathan é médico ^ Nathan é professor
(b)
q: Mario é carioca ou paulista (aqui temos que se Mario é p: A neve é azul. (F)
carioca implica que ele não pode ser paulista, as duas coisas q: 6 < 5. (F)
não podem acontecer ao mesmo tempo – disjunção exclusiva). V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ F = V
Reescrevendo:
Mario é carioca v Mario é paulista. (c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
Exemplos q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
a) Plínio pula ou Lucas corre, mas não ambos. V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ F = F
b) Ou Plínio pula ou Lucas corre.

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APOSTILAS OPÇÃO

(d) b) p ^ ((q → r) v s)
p: A neve é azul. (F) c) (p ^ (q → r)) v s
q: 7 é número ímpar. (V) d) p ^ (q → (r v s))
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ V = F e) (p ^ q) → (r v s)

Transformação da linguagem corrente para a Aqui duas quaisquer delas não tem o mesmo significado.
simbólica Porém existem muitos casos que os parêntesis são suprimidos,
Este é um dos tópicos mais vistos em diversas provas e por a fim de simplificar as proposições simbolizadas, desde que,
isso vamos aqui detalhar de forma a sermos capazes de naturalmente, ambiguidade alguma venha a aparecer. Para
resolver questões deste tipo. isso a supressão do uso de parêntesis se faz mediante a
algumas convenções, das quais duas são particularmente
Sejam as seguintes proposições simples denotadas por “p”, importantes:
“q” e “r” representadas por:
p: Luciana estuda. 1ª) A “ordem de precedência” para os conectivos é:
q: João bebe. (I) ~ (negação)
r: Carlos dança. (II) ^, v (conjunção ou disjunção têm a mesma
precedência, operando-se o que ocorrer primeiro, da esquerda
Sejam, agora, as seguintes proposições compostas para direita).
denotadas por: “P ”, “Q ”, “R ”, “S ”, “T ”, “U ”, “V ” e “X ” (III) → (condicional)
representadas por: (IV) ↔ (bicondicional)
P: Se Luciana estuda e João bebe, então Carlos não dança. Portanto o mais “fraco” é “~” e o mais “forte” é “↔”.
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana não
estuda. Logo: Os símbolos → e ↔ têm preferência sobre ^ e v.
R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se,
João não bebe. Exemplo
p → q ↔ s ^ r , é uma bicondicional e nunca uma
O primeiro passo é destacarmos os operadores lógicos condicional ou uma conjunção. Para convertê-la numa
(modificadores e conectivos) e as proposições. Depois condicional há que se usar parêntesis:
reescrevermos de forma simbólica, vajamos: p →( q ↔ s ^ r )
E para convertê-la em uma conjunção:
(p → q ↔ s) ^ r

2ª) Quando um mesmo conectivo aparece


Juntando as informações temos que, P: (p ^ q) → ~r sucessivamente repetido, suprimem-se os parêntesis,
fazendo-se a associação a partir da esquerda.
Continuando:
Segundo estas duas convenções, as duas seguintes
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana proposições se escrevem:
estuda.
Proposição Nova forma de escrever
a proposição
((~(~(p ^ q))) v (~p)) ~~ (p ^ q) v ~p
((~p) → (q → (~(p v r)))) ~p→ (q → ~(p v r))

- Outros símbolos para os conectivos (operadores lógicos):


Simbolicamente temos: Q: ~ (q v r ^ ~p).
“¬” (cantoneira) para negação (~).
“●” e “&” para conjunção (^).
R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se,
“‫( ”ﬤ‬ferradura) para a condicional (→).
João não bebe.
(p v r) ↔ ~q
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que
facilitará na resolução de diversas questões
Observação: os termos “É falso que”, “Não é verdade que”,
“É mentira que” e “É uma falácia que”, quando iniciam as
frases negam, por completo, as frases subsequentes.

- O uso de parêntesis
A necessidade de usar parêntesis na simbolização das
proposições se deve a evitar qualquer tipo de ambiguidade,
assim na proposição, por exemplo, p ^ q v r, nos dá a seguinte (Fonte: http://www laifi.com.)

proposições:
Exemplo
(I) (p ^ q) v r - Conectivo principal é da disjunção. Vamos construir a tabela verdade da proposição:
(II) p ^ (q v r) - Conectivo principal é da conjunção. P(p,q) = ~ (p ^ ~q)

As quais apresentam significados diferentes, pois os 1ª Resolução) Vamos formar o par de colunas
conectivos principais de cada proposição composta dá valores correspondentes as duas proposições simples p e q. Em
lógicos diferentes como conclusão. seguida a coluna para ~q , depois a coluna para p ^ ~q e a
Agora observe a expressão: p ^ q → r v s, dá lugar, útima contento toda a proposição ~ (p ^ ~q), atribuindo todos
colocando parêntesis as seguintes proposições: os valores lógicos possíveis de acordo com os operadores
a) ((p ^ q) → r) v s lógicos.

Raciocínio Lógico-Matemático 27
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APOSTILAS OPÇÃO

p q ~q p ^~q ~ (p ^ ~q)
V V F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V

2ª Resolução) Vamos montar primeiro as colunas


correspondentes a proposições simples p e q , depois traçar
colunas para cada uma dessas proposições e para cada um dos
conectivos que compõem a proposição composta. 3ª Resolução) Resulta em suprimir a tabela verdade
p q ~ (p ^ ~ q) anterior as duas primeiras da esquerda relativas às
V V proposições simples componentes p e q. Obtermos então a
V F seguinte tabela verdade simplificada:
F V
F F ~ (p ^ ~ q)
V V F F V
Depois completamos, em uma determinada ordem as F V V V F
colunas escrevendo em cada uma delas os valores lógicos. V F F F V
p q ~ (p ^ ~ q) V F F V F
V V V V 4 1 3 2 1
V F V F
F V F V Referências
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
F F F F lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
1 1 ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
p q ~ (p ^ ~ q)
V V V F V ÁLGEBRA DAS PROPOSIÇÕES
V F V V F
F V F F V Propriedades da Conjunção: Sendo as proposições p, q e
F F F V F r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também
simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e
1 2 1
F(falsidade), temos as seguintes propriedades:
p q ~ (p ^ ~ q)
1) Idempotente: p ^ p ⇔ p (o símbolo “⇔” representa
V V V F F V equivalência).
V F V V V F A tabela verdade de p ^ p e p, são idênticas, ou seja, a
F V F F F V bicondicional p ^ p ↔ p é tautológica.
F F F F V F
1 3 2 1 p p^p p^p↔p
V V V
p q ~ (p ^ ~ q) F F V
V V V V F F V
V F F V V V F 2) Comutativa: p ^ q ⇔ q ^ p
F V V F F F V A tabela verdade de p ^ q e q ^ p são idênticas, ou seja, a
F F V F F V F bicondicional p ^ q ↔ q ^ p é tautológica.
4 1 3 2 1
p q p^q q^p p^q↔q^p
Observe que vamos preenchendo a tabela com os valores V V V V V
lógicos (V e F), depois resolvemos os operadores lógicos V F F F V
(modificadores e conectivos) e obtemos em 4 os valores F V F F V
lógicos da proposição que correspondem a todas possíveis F F F F V
atribuições de p e q de modo que:
3) Associativa: (p ^ q) ^ r ⇔ p ^ (q ^ r)
P(V V) = V, P(V F) = F, P(F V) = V, P(F F) = V A tabela verdade de (p ^ q) ^ r e p ^ (q ^ r) são idênticas,
ou seja, a bicondicional (p ^ q) ^ r ↔ p ^ (q ^ r) é tautológica.
A proposição P(p,q) associa a cada um dos elementos do
conjunto U – {VV, VF, FV, FF} com um ÚNICO elemento do p q r p^q (p ^ q) ^ r q^r p ^ (q ^ r)
conjunto {V,F}, isto é, P(p,q) outra coisa não é que uma função V V V V V V V
de U em {V,F} V V F V F F F
V F V F F F F
P(p,q): U → {V,F} , cuja representação gráfica por um V F F F F F F
diagrama sagital é a seguinte: F V V F F V F
F V F F F F F
F F V F F F F
F F F F F F F

4) Identidade: p ^ t ⇔ p e p ^ w ⇔ w
A tabela verdade de p ^ t e p, e p ^ w e w são idênticas, ou
seja, a bicondicional p ^ t ↔ p e p ^ w ↔ w são tautológicas.
Raciocínio Lógico-Matemático 28
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APOSTILAS OPÇÃO

p t w p^t p^w p^t↔p p^w↔w p q r qvr p ^ (q v p^q p^ (p ^ q) v (p ^


V V F V F V V r) r r)
F V F F F V V V V V V V V V V
V V F V V V F V
Estas propriedades exprimem que t e w são V F V V V F V V
respectivamente elemento neutro e elemento absorvente da V F F F F F F F
conjunção. F V V V F F F F
F V F V F F F F
Propriedades da Disjunção: Sendo as proposições p, q e F F V V F F F F
r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também F F F F F F F F
simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e
F(falsidade), temos as seguintes propriedades: Analogamente temos ainda que a tabela verdade das
proposições p v (q ^ r) e (p v q) ^ (p v r) são idênticas e sua
1) Idempotente: p v p ⇔ p bicondicional p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r) é tautológica.
A tabela verdade de p v p e p, são idênticas, ou seja, a
bicondicional p v p ↔ p é tautológica. A equivalência p ^ (q v r) ↔ (p ^ q) v (p ^ r), exprime que a
conjunção é distributiva em relação à disjunção e a
p pvp pvp↔p equivalência p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r), exprime que a
V V V disjunção é distributiva em relação à conjunção.
F F V Exemplo:
“Carlos estuda E Jorge trabalha OU viaja” é equivalente à
2) Comutativa: p v q ⇔ q v p seguinte proposição:
A tabela verdade de p v q e q v p são idênticas, ou seja, a “Carlos estuda E Jorge trabalha” OU “Carlos estuda E Jorge
bicondicional p v q ↔ q v p é tautológica. viaja”.

p q pvq qvp pvq↔qvp 2) Absorção:


V V V V V - p ^ (p v q) ⇔ p
V F V V V - p v (p ^ q) ⇔ p
F V V V V
F F F F V A tabela verdade das proposições p ^ (p v q) e p, ou seja, a
bicondicional p ^ (p v q) ↔ p é tautológica.
3) Associativa: (p v q) v r ⇔ p v (q v r)
A tabela verdade de (p v q) v r e p v (q v r) são idênticas, ou p q pvq p ^ (p v q) p ^ (p v q) ↔ p
seja, a bicondicional (p v q) v r ↔ p v (q v r) é tautológica. V V V V V
V F V V V
p q r pvq (p v q) v r qvr p v (q v r) F V V F V
V V V V V V V F F F F V
V V F V V V V
V F V V V V V Analogamente temos ainda que a tabela verdade das
V F F V V F V proposições p v (p ^ q) e p são idênticas, ou seja a bicondicional
F V V V V V V p v (p ^ q) ↔ p é tautológica.
F V F V V V V
F F V F V V V p q p^q p v (p ^ q) p v (p ^ q) ↔ p
F F F F F F F V V V V V
V F F V V
4) Identidade: p v t ⇔ t e p v w ⇔ p F V F F V
A tabela verdade de p v t e p, e p v w e w são idênticas, ou F F F F V
seja, a bicondicional p v t ↔ t e p v w ↔ p são tautológicas.
Referências
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
p t w pvt pvw pvt↔t pvw↔p lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
V V F V V V V ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
F V F V F V V Nobel – 2002.

Estas propriedades exprimem que t e w são Questões


respectivamente elemento absorvente e elemento neutro da
disjunção. 01. (MEC – Conhecimentos básicos para os Postos
9,10,11 e 16 – CESPE)
Propriedades da Conjunção e Disjunção: Sejam p, q e r
proposições simples quaisquer.
1) Distributiva:
- p ^ (q v r) ⇔ (p ^ q) v (p ^ r)
- p v (q ^ r) ⇔ (p v q) ^ (p v r)

A tabela verdade das proposições p ^ (q v r) e (p v q) ^ (p


v r) são idênticas, e observamos que a bicondicional p ^ (q v r)
↔ (p ^ q) v (p ^ r) é tautológica.

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APOSTILAS OPÇÃO

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela- Respostas


verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V
e F correspondem, respectivamente, aos valores lógicos 01. Resposta: Certo.
verdadeiro e falso. P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:
Com base nessas informações e utilizando os conectivos
lógicos usuais, julgue o item subsecutivo. R Q P [P v (Q ↔ R) ]
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição V V V V V V V V
lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal
V V F F V V V V
é igual a
V F V V V F F V
V F F F F F F V
F V V V V V F F
( ) Certo ( ) Errado F V F F F V F F
F F V V V F V F
02. (BRDE-Analista de Sistemas, Desenvolvimento de F F F F V F V F
Sistemas – FUNDATEC) Qual operação lógica descreve a
tabela verdade da função Z abaixo cujo operandos são A e B? 02. Resposta: D.
Considere que V significa Verdadeiro, e F, Falso. Observe novamente a tabela abaixo, considere A = p, B = q
e Z = condicional.

03. Resposta: E.
(A) Ou. Como já foi visto, a disjunção só é falsa quando as duas
(B) E. proposições são falsas.
(C) Ou exclusivo.
(D) Implicação (se...então). 04. Resposta: Errado.
(E) Bicondicional (se e somente se). Temos que montar a tabela verdade de P = A∧B, assim

03. (EBSERH – Técnico em Citopatologia – INSTITUTO A B P = A∧B


AOCP) Considerando a proposição composta ( p ∨ r ) , é V V V
correto afirmar que V F F
(A) a proposição composta é falsa se apenas p for falsa.
F V F
(B) a proposição composta é falsa se apenas r for falsa.
F F F
(C) para que a proposição composta seja verdadeira é
Assim a negação de P será:
necessário que ambas, p e r sejam verdadeiras.
(D) para que a proposição composta seja verdadeira é ~P = R
necessário que ambas, p e r sejam falsas. F
(E) para que a proposição composta seja falsa é necessário V
que ambas, p e r sejam falsas. V
V
04. (CRM/DF – Assistente Administrativo –
QUADRIX/2018) Considerando que Mário seja assistente de EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
tecnologia da informação de determinado Conselho Regional
de Medicina (CRM) e a seguinte proposição a respeito das Definição: Duas ou mais proposições compostas são
atividades de Mário no referido órgão: P: “Mário dá suporte às equivalentes, mesmo possuindo fórmulas (ou estruturas
salas de treinamento e executa scripts de atualização do banco lógicas) diferentes, quando apresentarem a mesma solução em
de dados.”, julgue o item a seguir. suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P e Q são ambas TAUTOLOGIAS, ou
Simbolizando-se P por A∧B, a negação da proposição P então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.
será a proposição R: “Mário não dá suporte às salas de
treinamento nem executa scripts de atualização do banco de Exemplo:
dados.”, cuja tabela-verdade é a apresentada abaixo. Dada as proposições “~p → q” e “p v q” verificar se elas são
equivalentes.
Vamos montar a tabela verdade para sabermos se elas são
equivalentes.
p q ~p → q p v q

V V F V V V V V

V F F V F V V F

F V V V V F V V

( )Certo ( )Errado F F V F F F F F

Raciocínio Lógico-Matemático 30
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APOSTILAS OPÇÃO

Observamos que as proposições compostas “~p → q” e “p Equivalências notáveis:


∨ q” são equivalentes.
1 - Distribuição (equivalência pela distributiva)
~p → q ≡ p ∨ q ou ~p → q ⇔ p ∨ q, onde “≡” e “⇔” são os a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
símbolos que representam a equivalência entre proposições.
p q r p ^ (q v r) (p ^ q) v (p ^ r)
Equivalências fundamentais
V V V V V V V V V V V V V V V
1 – Simetria (equivalência por simetria)
a) p ^ q ⇔ q ^ p V V F V V V V F V V V V V F F

p q p ^ q q ^ p V F V V V F V V V F F V V V V

V V V V V V V V V F F V F F F F V F F F V F F

V F V F F F F V F V V F F V V V F F V F F F V

F V F F V V F F F V F F F V V F F F V F F F F

F F V F F F V V F F F F F F V
F F F F F F F F
F F F F F F F F F F F F F F F
b) p v q ⇔ q v p
p q p v q q v p b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)
p q r p v (q ^ r) (p v q) ^ (p v r)
V V V V V V V V
V V V V V V V V V V V V V V V
V F V V F F V V
V V F V V V F F V V V V V V F
F V F V V V V F
V F V V V F F V V V F V V V V
F F F F F F F F
V F F V V F F F V V F V V V F

c) p ∨ q ⇔ q ∨ p F V V F V V V V F V V V F V V
p q p v q q v p F V F F F V F F F V V F F F F

V V V F V V F V F F V F F F F V F F F F F V V

V F V V F F V V F F F F F F F F F F F F F F F

F V F V V V V F
2 - Associação (equivalência pela associativa)
F F F F F F F F a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
p q r p ^ (q ^ r) (p ^ q) ^ (p ^ r)

V V V V V V V V V V V V V V V
d) p ↔ q ⇔ q ↔ p
p q p ↔ q q ↔ p V V F V F V F F V V V F V F F

V F V V F F F V V F F F V V V
V V V V V V V V
V F F V F F F F V F F F V F F
V F V F F F F V
F V V F F V V V F F V F F F V
F V F F V V F F
F V F F F V F F F F V F F F F
F F F V F F V F
F F V F F F F V F F F F F F V
2 - Reflexiva (equivalência por reflexão) F F F F F F F F F F F F F F F
p→p⇔p→p
b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)
p p p → p p → p
p q r p v (q v r) (p v q) v (p v r)
V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V
F F F V F F V F V V F V V V V F V V V V V V F

V F V V V F V V V V F V V V V
3 – Transitiva
Se P(p,q,r,...) ⇔ Q(p,q,r,...) E V F F V V F F F V V F V V V F
Q(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) ENTÃO
P(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) . F V V F V V V V F V V V F V V

F V F F V V V F F V V V F F F

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APOSTILAS OPÇÃO

F F V F V F V V F F F V F V V 4 º Caso: (p → q) ⇔ ~p v q
p q p → q ~p v q
F F F F F F F F F F F F F F F
V V V V V F V V
3 – Idempotência
V F V F F F F F
a) p ⇔ (p ∧ p) F V F V V V V V
p p p ^ p
F F F V F V V F
V V V V V

F F F F F Exemplo:
p → q: Se estudo então passo no concurso.
~p v q: Não estudo ou passo no concurso.
b) p ⇔ (p ∨ p)
p p p v p 5 - Pela bicondicional
a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição
V V V V V p q p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
F F F F F V V V V V V V V V V V V

4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se outra V F V F F V F F F F V V


condicional equivalente à primeira, apenas invertendo-se e
F V F F V F V V F V F F
negando-se as proposições simples que as compõem.
F F F V F F V F V F V F
1º caso – (p → q) ⇔ (~q → ~p)
p q p → q ~q → ~p b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q), aplicando-se a
contrapositiva às partes
V V V V V F V F
p q p ↔ q (~q → ~p) ^ (~p → ~q)
V F V F F V F F
V V V V V F V F V F V F
F V F V V F V V
V F V F F V F F F F V V
F F F V F V V V
F V F F V F V V F V F F

F F F V F V V V V V V V
Exemplo:
p → q: Se André é professor, então é pobre.
~q → ~p: Se André não é pobre, então não é professor. c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)
p q p ↔ q (p ^ q) v (~p ^ ~q)
2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p)
p q ~p → q ~q → p V V V V V V V V V F F F

V V F V V F V V V F V F F V F F F F F V

V F F V F V V V F V F F V F F V F V F F

F V V V V F V F F F F V F F F F V V V V

F F V F F V F F 6 - Pela exportação-importação
[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]
Exemplo: p q r [(p ^ q) → r] [p → (q → r)]
~p → q: Se André não é professor, então é pobre.
~q → p: Se André não é pobre, então é professor. V V V V V V V V V V V V V

V V F V V V F F V F V F F
3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)
p q p → ~q q → ~p V F V V F F V V V V F V V

V V V F F V F F V F F V F F V F V V F V F

F V V F F V V V F V V V V
V F V V V F V F
F V F F F V V F F V V F F
F V F V F V V V
F F V F F F V V F V F V V
F F F V V F V V
F F F F F F V F F V F V F
Exemplo:
p → ~q: Se André é professor, então não é pobre.
q → ~p: Se André é pobre, então não é professor.

Raciocínio Lógico-Matemático 32
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APOSTILAS OPÇÃO

Proposições Associadas a uma Condicional (se, então) Questões


Chama-se proposições associadas a p → q as três
proposições condicionadas que contêm p e q: 01. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV) Considere a
– Proposições recíprocas: p → q: q → p sentença:
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q “Corro e não fico cansado”.
– Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p Uma sentença logicamente equivalente à negação da
sentença dada é:
Observe a tabela verdade dessas quatro proposições: (A) Se corro então fico cansado.
(B) Se não corro então não fico cansado.
(C) Não corro e fico cansado.
(D) Corro e fico cansado.
(E) Não corro ou não fico cansado.

Note que: 02. (TCE/RN – Conhecimentos Gerais para o cargo 4 –


CESPE) Em campanha de incentivo à regularização da
documentação de imóveis, um cartório estampou um cartaz
com os seguintes dizeres: “O comprador que não escritura e
não registra o imóvel não se torna dono desse imóvel”.
A partir dessa situação hipotética e considerando que a
proposição P: “Se o comprador não escritura o imóvel, então
ele não o registra” seja verdadeira, julgue o item seguinte.
A proposição P é logicamente equivalente à proposição “O
comprador escritura o imóvel, ou não o registra”.
( ) Certo ( ) Errado

Comentários

01. Resposta: A.
A negação de P→Q é P ^ ~ Q
A equivalência de P-->Q é ~P v Q ou pode ser: ~Q-->~P
Observamos ainda que a condicional p → q e a sua
recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO SÃO 02. Resposta: Certo.
EQUIVALENTES. Relembrando temos que: Se p então q = Não p ou q. (p → q
Exemplos: = ~p v q)
p → q: Se T é equilátero, então T é isósceles. (V)
q → p: Se T é isósceles, então T é equilátero. (F) IMPLICAÇÃO LÓGICA

Exemplo: Uma proposição P(p,q,r,...) implica logicamente ou apenas


Vamos determinar: implica uma proposição Q(p,q,r,...) se Q(p,q,r,...) é verdadeira
a) A contrapositiva de p → q (V) todas as vezes que P(p,q,r,...) é verdadeira (V), ou seja, a
b) A contrapositiva da recíproca de p → q proposição P implica a proposição Q, quando a condicional P
c) A contrapositiva da contrária de p → q → Q for uma tautologia.
Representamos a implicação com o símbolo “⇒”,
Resolução: simbolicamente temos:
a) A contrapositiva de p → q é ~q → ~p
A contrapositiva de ~q → ~p é ~~p → ~~q ⇔ p → q P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).

b) A recíproca de p → q é q → p A não ocorrência de VF na tabela verdade de P → Q, ou


A contrapositiva q → q é ~p → ~q ainda que o valor lógico da condicional P → Q será sempre V,
ou então que P → Q é uma tautologia.
c) A contrária de p → q é ~p → ~q
A contrapositiva de ~p → ~q é q → p Observação: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente
distintos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um
Equivalência “NENHUM” e “TODO” conectivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação
1 – NENHUM A é B ⇔ TODO A é não B. lógica que pode ou não existir entre duas proposições.
Exemplo:
Nenhum médico é tenista ⇔ Todo médico é não tenista (= Exemplo:
Todo médico não é tenista). A tabela verdade da condicional (p ^ q) → (p ↔ q) será:

2 – TODO A é B ⇔ NENHUM A é não B. p q p^q p↔q (p ^ q) → (p ↔ q)


Exemplo:
Toda música é bela ⇔ Nenhuma música é não bela (= V V V V V
Nenhuma música é bela).
V F F F V
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: F V F F V
Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio F F F V V
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Portanto, (p ^ q) → (p ↔ q) é uma tautologia, por isso (p ^


q) ⇒ (p ↔q).

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APOSTILAS OPÇÃO

Em particular: A proposição “p ↔ q” é verdadeira (V) na 1ª e 4ª linha e as


- Toda proposição implica uma Tautologia: p ⇒ p v ~p proposições “p → q” e “q → p” também são verdadeiras. Logo a
primeira proposição IMPLICA cada uma das outras duas
p p v ~p
proposições. Então:
V V
p↔q⇒p→q e p↔q⇒q→p
F V
3 - Dada a proposição: (p v q) ^ ~p sua tabela verdade é:
- Somente uma contradição implica uma contradição: p ^
~p ⇒ p v ~p → p ^ ~p

p ~p p ^ ~p p v ~p → p ^ ~p

V F F F
Esta proposição é verdadeira somente na 3ª linha e nesta
F V F F linha a proposição “q” também verdadeira, logo subsiste a
IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada Regra do Silogismo
disjuntivo.
Propriedades da Implicação Lógica
(p v q) ^ ~p ⇒ q
A implicação lógica goza das propriedades reflexiva e
transitiva:
É válido também: (p v q) ^ ~q ⇒ p
Reflexiva: P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
4 – A tabela verdade da proposição (p → q) ^ p é:
Uma proposição complexa implica ela mesma.
Transitiva: Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e
Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então
P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...)
Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R.

Exemplificação e Regras de Inferência


Inferência é o ato de derivar conclusões lógicas de
proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em
outras palavras :é a obtenção de novas proposições a partir de A proposição é verdadeira somente na 1ª linha, e nesta
proposições verdadeiras já existentes. Vejamos as regras de linha a proposição “q” também é verdadeira, logo subsiste a
inferência obtidas da implicação lógica: IMPLICAÇÃO LÓGICA, também denominada Regra de Modus
ponens.
1 – A tabela verdade das proposições p ^ q, p v q , p ↔ q
é: (p → q) ^ p ⇒ q

5 – A tabela verdade das proposições (p → q) ^ ~q e ~p


é:

A proposição “p ^ q” é verdadeira (V) somente na 1ª linha,


e também nesta linha as proposições “p v q” e “p → q” também
são. Logo a primeira proposição IMPLICA cada uma das outras
duas proposições. A proposição (p → q) ^ ~q é verdadeira somente na 4º
Então: linha e nesta a proposição “~p” também é verdadeira, logo
p^q⇒pvq subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada de Regra Modus
p^q⇒p→q tollens.
(p → q) ^ ~q ⇒ ~p
A tabela acima também demonstram as importantes
Regras de Inferência: Observe que “~p” implica “p → q”, isto é: ~p ⇒ p → q
Adição – p ⇒ p v q e q ⇒ p v q
Simplificação – p ^ q ⇒ p e p ^ q ⇒ q Recapitulando as Regras de Inferência aplicadas a
Implicação Lógica:
2 – A tabela verdade das proposições p ↔ q, p → q e q →
p, é:
Adição p⇒pvq
L p q p↔q p→q q→p q⇒pvq

1ª V V V V V Simplificação p^q⇒p
p^q⇒q
2ª V F F F V
Silogismo disjuntivo (p v q) ^ ~p ⇒ q
(p v q) ^ ~q ⇒ p
3ª F V F V F
Modus ponens (p → q) ^ p ⇒ q
4ª F F V V V
Modus tollens (p → q) ^ ~q ⇒ ~p

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APOSTILAS OPÇÃO

Referência NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS


ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
Para se negar uma proposição composta é necessário que
se entenda que irá gerar uma outra proposição composta
Questões
equivalente a negação de sua primitiva.
De modo geral temos que:
01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial –
Sejam “♦” e “♪” conectivos lógicos quaisquer.
FGV) Renato falou a verdade quando disse:
• Corro ou faço ginástica. Temos ~ (p ♦ q) ⇔ (p ♪ q).
• Acordo cedo ou não corro. Obs.: O símbolo “⇔” representa equivalência entre as
• Como pouco ou não faço ginástica. proposições.
Certo dia, Renato comeu muito.
Tem-se que: “p ♪ q” é equivalente à negação de “p ♦ q” e
É correto concluir que, nesse dia, Renato: ainda “p ♦ q” é uma proposição oposta à “p ♪ q”.
(A) correu e fez ginástica;
(B) não fez ginástica e não correu;
(C) correu e não acordou cedo;
(D) acordou cedo e correu;
(E) não fez ginástica e não acordou cedo.

02. Dizer que “André é artista ou Bernardo não é


engenheiro” é logicamente equivalente a dizer que:
(A) André é artista se e somente Bernardo não é
engenheiro.
(B) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro. Vejamos:
(C) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro. – Negação de uma disjunção exclusiva
(D) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista. Por definição, ao negar-se uma DISJUNÇÃO EXCLUSIVA,
(E) André não é artista e Bernardo é engenheiro. gera-se uma BICONDICIONAL.
~ (p v q) ⇔ (p ↔ q) ⇔ (p → q) ^ (q → p)
03. Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista,” é
do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que:
(A) Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.
(B) Se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro.
(C) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista.
(D) Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista.
(E) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista.

Resposta

01. Resposta: D.
Na disjunção, para evitarmos que elas fiquem falsas, basta
por uma das proposições simples como verdadeira, logo:
“Renato comeu muito”
Como pouco ou não faço ginástica
F V

Corro ou faço ginástica


V F

Acordo cedo ou não corro - Negação de uma condicional


V F Ao negar-se uma condicional, conserva-se o valor lógico
de sua 1ª parte, troca-se o conectivo CONDICIONAL pelo
Portanto ele: conectivo CONJUNÇÃO e nega-se sua 2ª parte.
Comeu muito
Não fez ginástica ~ (p → q) ⇔ (p ^ ~q) ⇔ ~~ p ^ ~q
Correu, e;
Acordou cedo

02. Resposta D
Na expressão temos ~p v q  p → q  ~q → ~p. Temos
duas possibilidades de equivalência p → q: Se André não é
artista , então Bernardo não é engenheiro. Porém não temos
essa opção ~q → ~p: Se Bernardo é engenheiro, então André
é artista. Logo reposta letra d).
- Negação de uma bicondicional
03. Resposta: A. Ao negarmos uma bicondicional do tipo “p ↔ q” estaremos
Na expressão temos ~p v q  p → q p → q: Se Pedro é negando a sua formula equivalente dada por “(p → q) ∧ (q →
pedreiro, então Paulo é paulista. Letra a). p)”, assim, negaremos uma conjunção cujas partes são duas
condicionais: “(p → q)” e “(q → p)”. Aplicando-se a negação de
uma conjunção a essa bicondicional, teremos:

Raciocínio Lógico-Matemático 35
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APOSTILAS OPÇÃO

~ (p ↔ q) ⇔ ~ [(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)] É comum a banca, através de uma assertiva, “induzir” os
candidatos a cometerem um erro muito comum, que é a
negação dessa assertiva pelo resultado, utilizando-se da
operação matemática em questão para a obtenção desse
resultado, e não, como deve ser, pela negação dos símbolos
matemáticos.
Exemplo:
Negar a expressão “4 + 7 = 16” não é dada pela expressão
“4 + 7 = 11”, e sim por “4 + 7 ≠ 16”

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS – LEIS DE


MORGAN

As Leis de Morgan demonstram que:


- Negar que duas dadas proposições são ao mesmo tempo
verdadeiras equivale a afirmar que pelo menos uma é falsa
- Negar que uma pelo menos de duas proposições é
verdadeira equivale a afirmar que ambas são falsas.
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÂO transforma:
CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO e
DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

Vejamos:
– Negação de uma conjunção (Leis de Morgan)
DUPLA NEGAÇÃO (TEORIA DA INVOLUÇÃO) Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o
– De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p) conectivo CONJUNÇÃO pelo conectivo DISJUNÇÃO.
~ (p ^ q) ⇔ (~p v ~q)

- De uma condicional: p → q ⇔ ~p v q
A dupla negação de uma condicional dá-se por negar a 1ª
parte da condicional, troca-se o conectivo CONDICIONAL pela
DISJUNÇÃO e mantém-se a 2ª parte. Ao negarmos uma
proposição primitiva duas vezes consecutivas, a proposição
resultante será equivalente à sua proposição primitiva. - Negação de uma disjunção (Lei de Morgan)
Para negar uma disjunção, basta negar as partes e trocar o
NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES MATEMÁTICAS conectivo DISJUNÇÃO pelo conectivo-CONJUNÇÃO.
Considere os seguintes símbolos matemáticos: igual (“=”); ~ (p v q) ⇔ (~p ^ ~q)
diferente (“≠”); maior que (“>”); menor que (“<”); maior ou
igual a (“≥”) e menor ou igual (“≤”). Estes símbolos, associados
a números ou variáveis, formam as chamadas expressões
aritméticas ou algébricas.
Exemplo:
a) 5 + 6 = 11
b) 5 > 1
c) 3 + 5 ≥ 8

Para negarmos uma sentença matemática basta negarmos


os símbolos matemáticos, assim estaremos negando toda
sentença, vejamos: Exemplo:
Vamos negar a proposição “É inteligente e estuda”, vemos
Sentença Negação Sentença que se trata de uma CONJUNÇÂO, pela Lei de Morgan temos
Matemática ou obtida que uma CONJUNÇÃO se transforma em uma DISJUNÇÃO,
algébrica negando-se as partes, então teremos:
“Não é inteligente ou não estuda”
5 + 6 = 11 ~ (5 + 6 = 11) 5 + 6 ≠ 11
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
5–3≠4 ~ (5 – 3 ≠ 4) 5–3=4 Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
5>1 ~ (5 > 1) 5≤1 lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

7< 10 ~ (7< 10) 7≥ 10 Questões


3+5≥8 ~ (3 + 5 ≥ 8) 3+5<8 01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial –
FGV) Considere a afirmação:
y+5≤7 ~ (y + 5 ≤ 7) y+5>7
“Mato a cobra e mostro o pau”
Raciocínio Lógico-Matemático 36
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APOSTILAS OPÇÃO

A negação lógica dessa afirmação é:


(A) não mato a cobra ou não mostro o pau;
(B) não mato a cobra e não mostro o pau;
Compreensão e elaboração
(C) não mato a cobra e mostro o pau; da lógica das situações por
(D) mato a cobra e não mostro o pau; meio de: raciocínio verbal,
(E) mato a cobra ou não mostro o pau.
raciocínio matemático,
02. (CODEMIG – Advogado Societário – FGV) Em uma raciocínio sequencial,
empresa, o diretor de um departamento percebeu que Pedro, orientação espacial e
um dos funcionários, tinha cometido alguns erros em seu
trabalho e comentou:
temporal, formação de
“Pedro está cansado ou desatento.” conceitos, discriminação de
A negação lógica dessa afirmação é: elementos
(A) Pedro está descansado ou desatento.
(B) Pedro está descansado ou atento.
(C) Pedro está cansado e desatento.
(D) Pedro está descansado e atento. Raciocínio lógico é um processo de estruturação do
(E) Se Pedro está descansado então está desatento. pensamento de acordo com as normas da lógica que permite
chegar a uma determinada conclusão ou resolver um
03 (TJ/AP-Técnico Judiciário / Área Judiciária e problema. É aquele que se desvincula das relações entre os
Administrativa- FCC) Vou à academia todos os dias da objetos e procede da própria elaboração do indivíduo. Surge
semana e corro três dias na semana. Uma afirmação que através da coordenação das relações previamente criadas
corresponde à negação lógica da afirmação anterior é entre os objetos.
(A) Não vou à academia todos os dias da semana ou não
corro três dias na semana. Um raciocínio lógico requer consciência e capacidade de
(B) Vou à academia quase todos os dias da semana e corro organização do pensamento. É possível resolver problemas
dois dias na semana. usando o raciocínio lógico. No entanto, ele não pode ser
(C) Nunca vou à academia durante a semana e nunca corro ensinado diretamente, mas pode ser desenvolvido através da
durante a semana. resolução de exercícios lógicos que contribuem para a
(D) Não vou à academia todos os dias da semana e não evolução de algumas habilidades mentais.
corro três dias na semana. Muitas empresas utilizam exercícios de raciocínio lógico
(E) Se vou todos os dias à academia, então corro três dias para testarem a capacidade dos candidatos.
na semana.
Raciocínio lógico matemático ou quantitativo
Respostas O raciocínio lógico matemático ou quantitativo é o
raciocínio usado para a resolução de alguns problemas e
01. Resposta: A. exercícios matemáticos. Esses exercícios são
Negação do ''ou'': nega-se as duas partes e troca o frequentemente usados no âmbito escolar, através de
conectivo ''ou'' pelo ''e''. problemas matriciais, geométricos e aritméticos, para que
os alunos desenvolvam determinadas aptidões. Este tipo de
02. Resposta: D. raciocínio é bastante usado em áreas como a análise
Pedro está cansado ou desatento. combinatória.
O conectivo ou vira e, dai basta negar as proposições.
Pedro não está cansado e nem está desatento, ou seja, - Raciocínio analítico (crítico) ou Lógica informal - é a
Pedro está descansado e atento. capacidade de raciocinar rapidamente através da percepção.
Em concursos exigem bastante senso crítico do candidato e
03. Resposta: A. capacidade de interpretação, portanto exigem mecanismos
Quebrando a sentença em P e Q: próprios para a resolução das questões. O raciocínio analítico
P: Vou à academia todos os dias da semana nada mais é que a avaliação de situações através de
Conectivo: ∧ (e) interpretação lógica de textos.
Q: Corro três dias na semana
Aplicando a lei de Morgan: ~(P∧ Q) ≡ ~P ∨ ~Q Tipos de Raciocínio
~P: Não vou à academia todos os dias da semana
Conectivo: ∨ (ou) Raciocínio Raciocínio espacial Raciocínio
~Q: Não corro três dias na semana verbal - consiste - remete para a abstrato -
Logo: Não vou à academia todos os dias da semana ou não na capacidade de aptidão para criar e responsável pelo
corro três dias na semana. apreensão e manipular pensamento
estruturação de representações abstrato e a
elementos mentais visuais. Está capacidade para
verbais, relacionada com a determinar
culminando na capacidade de ligações
formação de visualização e de abstratas entre
significados e uma raciocinar em três conceitos através
ordem e relação dimensões. de ideias
entre eles. inovadoras.

Vejamos um exemplo que roda pela internet e redes sociais, os


quais são chamados de Desafios, os mesmos envolvem o

Raciocínio Lógico-Matemático 37
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APOSTILAS OPÇÃO

“raciocínio” para chegarmos ao resultado: (C) T.


(D) W.

Substituindo as letras pelas posições no alfabeto:


C - 3º posição do alfabeto / E - 5º posição do alfabeto / H -
8ºposição do alfabeto
L- 12º posição do alfabeto / G- 7º posição do alfabeto / S-
19º posição do alfabeto
I - 9º posição do alfabeto / K - 11º posição do alfabeto /
Qual será a letra?

Após a substituição observamos que a 1ª letra é a diferença


Solução: 4 em romanos é IV e 1 em inglês é ONE, logo das outras duas:
juntando os dois temos: IVONE. C (3) E (5) H (8)
L (12) G (7) S (19)
CONCEITOS LÓGICOS I (9) K (11) ?

A lógica a qual conhecemos hoje foi definida por 8–5=3


Aristóteles, constituindo-a como uma ciência autônoma que se 19 – 7 = 12
dedica ao estudo dos atos do pensamento (Conceito, Juízo, ? – 11 = 9 → ? = 9 + 11 → ? = 20 = T.
Raciocínio, Demonstração) do ponto de vista da sua estrutura Resposta: C.
ou forma lógica, sem ter em conta qualquer conteúdo material.
Falar de Lógica durante séculos, era o mesmo que falar da 02. (Pref. Barbacena/MG – Advogado – FCM) Maria tem
lógica aristotélica. Apesar dos enormes avanços da lógica, três filhos, Bianca, Celi e João, e seis netos, Ana, André, Beth,
sobretudo a partir do século XIX, a matriz aristotélica persiste Cláudia, Fernando e Paula. Sabe-se que:
até aos nossos dias. A lógica de Aristóteles tinha objetivo Bianca tem três filhos(as).
metodológico, a qual tratava de mostrar o caminho correto Celi tem dois filhos(as).
para a investigação, o conhecimento e a demonstração João tem um(a) filho(a).
científica. O método científico que ele preconizava assentava Cláudia não tem irmãos.
nas seguintes fases: Beth é irmã de Paula.
1. Observação de fenômenos particulares; André não tem irmãs.
2. Intuição dos princípios gerais (universais) a que os Com essas informações, pode-se afirmar que Ana é
mesmos obedeciam; (A) filha de Celi.
3. Dedução a partir deles das causas dos fenômenos (B) prima de Beth.
particulares. (C) prima de Paula.
(D) filha de Bianca.
Por este e outros motivos Aristóteles é considerado o pai
da Lógica Formal. Partindo das informações temos:
A lógica matemática (ou lógica formal) estuda a lógica
segundo a sua estrutura ou forma. A lógica matemática Filhos (3) Netos (6)
consiste em um sistema dedutivo de enunciados que tem como Bianca (3 filhos(as))
Maria
objetivo criar um grupo de leis e regras para determinar a Celi (2 filhos (as))
validade dos raciocínios. Assim, um raciocínio é considerado João (1 filho (a))
válido se é possível alcançar uma conclusão verdadeira a partir
de premissas verdadeiras. Netos: André e Fernando (2)
Em sentido mais amplo podemos dizer que a Lógica está Netas: Ana, Beth, Claudia, Paula (4)
relacionado a maneira específica de raciocinar de forma - A resposta mais direta é a de Claudia que não tem irmãos,
acertada, isto é, a capacidade do indivíduo de resolver logo é filha única e só pode ser filha de João.
problemas complexos que envolvem questões matemáticas, as - Depois temos que André não tem irmãs. Logo ele pode ter
sequências de números, palavras, entre outros e de irmão, como só tem 2 meninos. André e Fernando são filhos de
desenvolver essa capacidade de chegar a validade do seu Celi.
raciocínio. - Observe que sobrou Ana, Beth e Paula que só podem ser
filhas de Bianca.
Exemplos Analisando as alternativas a única correta é a D.

01. (Câmara de Aracruz/ES – Agente Administrativo e Referências


ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Legislativo – IDECAN) Analise a lógica envolvida nas figuras Nobel – 2002.
a seguir. CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
http://conceito.de/raciocinio-logico
http://www.significados.com.br/raciocinio-logico

Questões

01. "Abaixar" está para "Curvar" assim como


"Continuidade" está para:
A letra que substitui o sinal “?” é: (A) Intervalo
(A) O. (B) Frequência
(B) R. (C) Intermitência
(D) Interrupção
(E) Suspensão
Raciocínio Lógico-Matemático 38
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APOSTILAS OPÇÃO

02. Marcelo tinha 77 figurinhas e Paulo tinha 58. Marcelo L>B


deu algumas de suas figurinhas para Paulo. Depois dessa A>L
doação, é possível que Marcelo e Paulo fiquem, A>M.
respectivamente, com as seguintes quantidades de figurinhas: Portanto a maior de todas é A= Analu.
(A) 82 e 53
(B) 74 e 62 05. Resposta: C
(C) 68 e 68 Se em cada lado deverá haver 20 estacas, nos quatro lados
(D) 66 e 69 do terreno deverá ter 4x20 – 4 = 76 estacas.
(E) 56 e 89 Diminuímos 4 porque contando 20 em cada lado as que
estão no canto (vértices) foram contadas duas vezes.
03. (SESAU-RO – Farmacêutico – FUNRIO/2017) A soma
de 10 números é 400. Um desses números é o 44. Assim, avalie CALENDÁRIOS
se as seguintes afirmativas são falsas (F) ou verdadeiras (V):
Ao menos um dos demais 9 números é menor do que 40. Pode-se dizer que Calendário visa atender diversas
Ao menos três números são menores ou iguais a 39. necessidades tanto civis quanto religiosas para orientações
Ao menos um dos números é menor do que 37. espaciais e temporais, além disso, temos as divisões do ano:
As afirmativas são respectivamente: Um ano possui 365 dias (modo padronizado, lembre-se
(A) F, V e V. que temos o ano bissexto) divididos em semanas de 7 dias,
(B) V, F e V. assim um ano possui 52 semanas mais 1 dia, com isso lembre-
(C) V, F e F. se que se uma determinado ano começa em uma terça-feira no
(D) F, V e F. ano seguinte começará em uma quarta-feira (se não for
(E) F, F e F. bissexto).
O primeiro dia da semana é o domingo e encerra-se no
04. (SESAU-RO – Técnico em Informática – sábado (sétimo dia da semana).
FUNRIO/2017) Capitu é mais baixa que Marilu e é mais alta O ano é dividido em 12 meses:
que Lulu. Lulu é mais alta que Babalu mas é mais baixa que Janeiro: 31 dias.
Analu. Marilu é mais baixa que Analu. Assim, a mais alta das Fevereiro: 28 dias (em ano bissexto possui 29 dias).
cinco é: Março: 31 dias.
(A) Analu. Abril: 30 dias.
(B) Babalu. Maio: 31 dias.
(C) Capitu. Junho: 30 dias.
(D) Lulu. Julho: 31 dias.
(E) Marilu. Agosto: 31 dias.
Setembro: 30 dias.
05. Um terreno retangular será cercado com arames e Outubro: 31 dias.
estacas. Quantas estacas serão necessárias se em cada lado Novembro: 30 dias.
terá de haver 20 delas? Dezembro: 31 dias.
(A) 80 estacas. Lembre-se: 1 dia possui 24 horas, 1 hora possui 60
(B) 78 estacas. minutos e 1 minuto possui 60 segundos.
(C) 76 estacas.
(D) 74 estacas. Um ano bissexto é o nome dado ao ano que possui 366 dias
(E) 72 estacas. (52 semanas mais 2 dias). O ano bissexto foi criado para
ajustar o calendário pois um ano não possui exatamente 365
Respostas dias e sim 365 dias e 6 horas aproximadamente, e se não
houvesse este ajuste as datas não cairiam nas mesmas épocas
01. Resposta: B e estações naturais (primavera, verão, outono e inverno).
O sinônimo de "Continuidade" é "Frequência".
Regras do ano bissexto.
02.Resposta: D
Se Marcelo doou figurinhas, então ele ficou com uma Ocorre de 4 em 4 anos.
quantidade inferior a que ele possuía, assim sendo considere a De 100 em 100 anos não é bissexto.
alternativa D como a correta. Pois se Marcelo ficou com 66, De 400 em 400 anos é bissexto.
significa que ele doou 11, e Paulo recebeu 11, logo 58 + 11 = A ordem prevalece das últimas para as primeiras.
69. Por exemplo, 1600 foi um ano bissexto pois é múltiplo de
03. Resposta: C 400, 1500 não foi um ano bissexto pois é múltiplo de 100, 2008
Se um dos números é 44, os outros nove somam 356. foi um ano bissexto pois é múltiplo de 4.
Dividindo 356 por 9, temos 39,555.... Logo, podemos ver
que não importa quais são os números, um necessariamente Concluindo:
será menor que 40. Por isso, a afirmativa I é Verdadeira. - 1 ano tem 365 a 366(bissexto) dias;
É possível que menos de 3 números seja menor maior que - 1 ano está dividido em 12 meses;
39. Por exemplo, 100 + 100 + 100 + 40 + 10 + 2 + 2 + 1 + 1 = - 1 mês tem de 30 a 31 dias, exceto fevereiro;
356. Logo, afirmativa II é Falsa. - 1 dia tem 24 horas.
Como vimos, é possível que os 9 números restantes sejam
iguais a 39,999... ou seja, afirmação III é Falsa. Questões
Gabarito: V, F e F.
01 . (IBGE - CESGRANRIO) Depois de amanhã é segunda-
04. Resposta: A feira, então, ontem foi
Seja A= Analu, B= Babalu, C= Capitu, L= Lulu e M= Marilu. (A) terça-feira.
Pelo enunciado temos: (B) quarta-feira.
M>L (C) quinta-feira.

Raciocínio Lógico-Matemático 39
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APOSTILAS
APOSTILA ELABORADA OPÇÃO DIGITAÇÕES & CONCURSOS
PELA EMPRESA

(D) sexta-feira. Ontem Hoje Amanhã Depois de Amanhã


(E) sábado Sexta Sábado Domingo Segunda

02. (TRT 18 – Técnico Judiciário – Área Administrativa


- FCC) A audiência do Sr. José estava marcada para uma
segunda-feira. Como ele deixou de apresentar ao tribunal uma Com isso concluímos que ontem é sexta-feira.
série de documentos, o juiz determinou que ela fosse
remarcada para exatos 100 dias após a data original. A nova 02. Resposta: D.
data da audiência do Sr. José cairá em uma Vamos dividir os 100 dias pela quantidade de dias da
(A) quinta-feira. semana(7) ⇾ 100 dias /7 = 14 semanas + 2 dias. Obtemos 14
(B) terça-feira. semanas e 2 dias (resto da divisão). Como após uma semana é
(C) sexta-feira. segunda de novo, então após 14 semanas cairá em uma
(D) quarta-feira. segunda, só que como tenho +2 dias, logo:
(E) segunda-feira. Segunda-feira + 2 dias = quarta-feira.
03. (IF/RO – Administrador – Makiyama) A Terra leva, 03. Resposta: A.
aproximadamente, 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 Se nos basearmos no calendário fiscal(4-4-5) chegamos à
segundos para dar uma volta completa em torno do Sol. Por conclusão que a única alternativa certa é a que contém
isso, nosso calendário, o gregoriano, tem 365 dias divididos em Fevereiro. Pois os meses de Janeiro e Fevereiro tem sempre 4
12 meses. Assim, a cada 4 anos, um dia é acrescentado ao mês domingos os demais nada podemos dizer pois variam de
de fevereiro para compensar as horas que “sobram” e, então, acordo com o ano.
tem-se um ano bissexto. Em um ano não bissexto, três meses
consecutivos possuem exatamente 4 domingos cada um. Logo, 04. Resposta: B.
podemos afirmar que: Sabe-se que a cada ano todos os dias da semana
(A) Um desses meses é fevereiro. apresentam 52 dias iguais. O dia da semana em que o ano se
(B) Dois desses devem ter 30 dias. inicia aparece por 53 vezes. Logo, se 2014 iniciou numa
(C) Um desses meses deve ser julho ou agosto. quarta-feira em 2014 teremos 53 quartas feiras, 52 segundas
(D) Um desses meses deve ser novembro ou dezembro. feiras e 52 sextas feiras.
(E) Dois desses meses devem ter 31 dias. O ano de 2015 se iniciará numa quinta-feira. Logo, teremos
52 quartas feiras, 52 segundas feiras e 52 sextas feiras.
04. (TRT/2ª Região – Técnico Judiciário – Área Resumindo, teremos: 53 + (5x52) = 53 + 260 = 313.
Administrativa - FCC) Um jogo eletrônico fornece, uma vez
por dia, uma arma secreta que pode ser usada pelo jogador LÓGICA SEQUENCIAL
para aumentar suas chances de vitória. A arma é recebida
mesmo nos dias em que o jogo não é acionado, podendo ficar Foi pelo processo do raciocínio que ocorreu o
acumulada. A tabela mostra a arma que é fornecida em cada desenvolvimento do método matemático, este considerado
dia da semana. instrumento puramente teórico e dedutivo, que prescinde de
Dia da semana Arma secreta fornecida dados empíricos. Logo, resumidamente o raciocínio pode ser
pelo jogo considerado também um dos integrantes dos mecanismos dos
2ªs, 4ªs e 6ªs feiras Bomba colorida processos cognitivos superiores da formação de conceitos e da
3ªs feiras Doce listrado solução de problemas.
5ªs feiras Bala de goma
Domingos Rosquinha gigante Sequências Lógicas

Considerando que o dia 1º de janeiro de 2014 foi uma 4ª As sequências podem ser formadas por números, letras,
feira e que tanto 2014 quanto 2015 são anos de 365 dias, o pessoas, figuras, etc. Existem várias formas de se estabelecer
total de bombas coloridas que um jogador terá recebido no uma sequência, o importante é que existem pelo menos três
biênio formado pelos anos de 2014 e 2015 é igual a elementos que caracterize a lógica de sua formação, entretanto
(A) 312. algumas séries necessitam de mais elementos para definir sua
(B) 313. lógica.
(C) 156.
(D) 157. Sequência de Números
(E) 43.
Respostas Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um
01. Resposta: D. mesmo número.
Vamos enumerar os dias para que possamos ter a
verdadeira noção do dia que estamos e do dia que queremos.
Temos a informação que Depois de amanhã é segunda e que
precisamos saber o dia de ontem, no esquema abaixo temos
uma maneira de visualizar melhor o que queremos:
Progressão Geométrica: Multiplica-se constantemente
Ontem Hoje Amanhã Depois de Amanhã um mesmo número.
Segunda

Seguindo a sequência dos dias da semana, temos que


enumera-los agora para trás:

Raciocínio Lógico-Matemático 40
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APOSTILAS OPÇÃO

Incremento em Progressão: O valor somado é que está em Sequência de Fibonacci


progressão. O matemático Leonardo Pisa, conhecido como Fibonacci,
propôs no século XIII, a sequência numérica: (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13,
21, 34, 55, 89, …). Essa sequência tem uma lei de formação
simples: cada elemento, a partir do terceiro, é obtido
somando-se os dois anteriores. Veja: 1 + 1 = 2, 2 + 1 = 3, 3 + 2
= 5 e assim por diante. Desde o século XIII, muitos
Série de Fibonacci: Cada termo é igual à soma dos dois matemáticos, além do próprio Fibonacci, dedicaram-se ao
anteriores. estudo da sequência que foi proposta, e foram encontradas
inúmeras aplicações para ela no desenvolvimento de modelos
1 1 2 3 5 8 13 explicativos de fenômenos naturais.
Veja alguns exemplos das aplicações da sequência de
Números Primos: Naturais que possuem apenas dois Fibonacci e entenda porque ela é conhecida como uma das
divisores naturais. maravilhas da Matemática. A partir de dois quadrados de lado
1, podemos obter um retângulo de lados 2 e 1. Se adicionarmos
2 3 5 7 11 13 17 a esse retângulo um quadrado de lado 2, obtemos um novo
retângulo 3 x 2. Se adicionarmos agora um quadrado de lado
Quadrados Perfeitos: Números naturais cujas raízes são 3, obtemos um retângulo 5 x 3. Observe a figura a seguir e veja
naturais. que os lados dos quadrados que adicionamos para determinar
os retângulos formam a sequência de Fibonacci.
1 4 9 16 25 36 49

Sequência de Letras
As sequências de letras podem estar associadas a uma
série de números ou não. Em geral, devemos escrever todo o
alfabeto (observando se deve, ou não, contar com k, y e w) e
circular as letras dadas para entender a lógica proposta.

ACFJOU

Observe que foram saltadas 1, 2, 3, 4 e 5 letras e esses


números estão em progressão.
Se utilizarmos um compasso e traçarmos o quarto de
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTU circunferência inscrito em cada quadrado, encontraremos
uma espiral formada pela concordância de arcos cujos raios
B1 2F H4 8L N16 32R T64 são os elementos da sequência de Fibonacci.

Nesse caso, associou-se letras e números (potências de 2),


alternando a ordem. As letras saltam 1, 3, 1, 3, 1, 3 e 1 posições.

ABCDEFGHIJKLMNOPQRST

Sequência de Pessoas
Na série a seguir, temos sempre um homem seguido de
duas mulheres, ou seja, aqueles que estão em uma posição
múltipla de três (3º, 6º, 9º, 12º,...) serão mulheres e a posição
dos braços sempre alterna, ficando para cima em uma posição
múltipla de dois (2º, 4º, 6º, 8º,...). Sendo assim, a sequência se
repete a cada seis termos, tornando possível determinar quem
estará em qualquer posição. O Partenon que foi construído em Atenas pelo célebre
arquiteto grego Fidias. A fachada principal do edifício, hoje em
ruínas, era um retângulo que continha um quadrado de lado
igual à altura. Essa forma sempre foi considerada satisfatória
do ponto de vista estético por suas proporções sendo chamada
retângulo áureo ou retângulo de ouro.
Sequência de Figuras
Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão visto
na sequência de pessoas ou simplesmente sofrer rotações,
como nos exemplos a seguir.

Como os dois retângulos indicados na figura são


𝑦 𝑎
semelhantes temos: = (1).
𝑎 𝑏

Raciocínio Lógico-Matemático 41
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APOSTILAS OPÇÃO

Como: b = y – a (2). Multiplicar os números sempre por 3.


Substituindo (2) em (1) temos: y2 – ay – a2 = 0. 1x3=3
Resolvendo a equação: 3x3=9
9 x 3 = 27
𝑦=
𝑎(1±√5
em que (
1−√5
< 0) não convém. 27 x 3 = 81
2 2 81 x 3 = 243
243 x 3 = 729
𝑦 (1+√5
Logo: = = 1,61803398875 729 x 3 = 2187
𝑎 2

Esse número é conhecido como número de ouro e pode ser Exemplo 4


representado por:

1 + √5
𝜃=
2

Todo retângulo e que a razão entre o maior e o menor lado


for igual a 𝜃 é chamado retângulo áureo como o caso da
fachada do Partenon.

As figuras a seguir possuem números que representam


uma sequência lógica. Veja os exemplos:
A diferença entre os números vai aumentando 2 unidades.
Exemplo 1 24 – 22 = 2
28 – 24 = 4
34 – 28 = 6
42 – 34 = 8
52 – 42 = 10
64 – 52 = 12
78 – 64 = 14

Questões
A sequência numérica proposta envolve multiplicações
01. Observe atentamente a disposição das cartas em cada
por 4.
linha do esquema seguinte:
6 x 4 = 24
24 x 4 = 96
96 x 4 = 384
384 x 4 = 1536

Exemplo 2

A diferença entre os números vai aumentando 1 unidade.


13 – 10 = 3
17 – 13 = 4
22 – 17 = 5
28 – 22 = 6
35 – 28 = 7

Exemplo 3 A carta que está oculta é:

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APOSTILAS OPÇÃO

02. Considere que a sequência de figuras foi construída 07. As figuras da sequência dada são formadas por partes
segundo um certo critério. iguais de um círculo.

Continuando essa sequência, obtém-se exatamente 16


círculos completos na:
Se tal critério for mantido, para obter as figuras (A) 36ª figura
subsequentes, o total de pontos da figura de número 15 deverá (B) 48ª figura
ser: (C) 72ª figura
(A) 69 (D) 80ª figura
(B) 67 (E) 96ª figura
(C) 65
(D) 63 08. Analise a sequência a seguir:
(E) 61

03. O próximo número dessa sequência lógica é: 1000, 990,


970, 940, 900, 850, ...
(A) 800
(B) 790 Admitindo-se que a regra de formação das figuras
(C) 780 seguintes permaneça a mesma, pode-se afirmar que a figura
(D) 770 que ocuparia a 277ª posição dessa sequência é:

04. Na sequência lógica de números representados nos


hexágonos, da figura abaixo, observa-se a ausência de um deles
que pode ser:

09. Observe a sequência: 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ... Qual é o
próximo número?
(A) 20
(B) 21
(A) 76 (C) 100
(B) 10 (D) 200
(C) 20
(D) 78 10. Observe a sequência: 3,13, 30, ... Qual é o próximo
número?
05. Uma criança brincando com uma caixa de palitos de (A) 4
fósforo constrói uma sequência de quadrados conforme (B) 20
indicado abaixo: (C) 31
(D) 21

11. Os dois pares de palavras abaixo foram formados


segundo determinado critério.

LACRAÇÃO → cal
AMOSTRA → soma
LAVRAR → ?
.............
1° 2° 3° Segundo o mesmo critério, a palavra que deverá ocupar o
lugar do ponto de interrogação é:
Quantos palitos ele utilizou para construir a 7ª figura? (A) alar
(A) 20 palitos (B) rala
(B) 25 palitos (C) ralar
(C) 28 palitos (D) larva
(D) 22 palitos (E) arval
06. Ana fez diversas planificações de um cubo e escreveu
em cada um, números de 1 a 6. Ao montar o cubo, ela deseja
que a soma dos números marcados nas faces opostas seja 7. A
única alternativa cuja figura representa a planificação desse
cubo tal como deseja Ana é:

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APOSTILAS OPÇÃO

12. Observe que as figuras abaixo foram dispostas, linha a 16. Em cada linha abaixo, as três figuras foram desenhadas
linha, segundo determinado padrão. de acordo com determinado padrão.

Segundo o padrão estabelecido, a figura que substitui Segundo esse mesmo padrão, a figura que deve substituir
corretamente o ponto de interrogação é: o ponto de interrogação é:

(A) (B) (C) (D) (E)


(A) (B) (C)
13. Observe que na sucessão seguinte os números foram
colocados obedecendo a uma lei de formação.
(D) (E)

17. Observe que, na sucessão de figuras abaixo, os


números que foram colocados nos dois primeiros triângulos
obedecem a um mesmo critério.
Os números X e Y, obtidos segundo essa lei, são tais que X
+ Y é igual a:
(A) 40
(B) 42
(C) 44
(D) 46
(E) 48 Para que o mesmo critério seja mantido no triângulo da
direita, o número que deverá substituir o ponto de
14. A figura abaixo representa algumas letras dispostas em interrogação é:
forma de triângulo, segundo determinado critério. (A) 32
(B) 36
(C) 38
(D) 42
(E) 46

18. Considere a seguinte sequência infinita de números: 3,


12, 27, __, 75, 108,... O número que preenche adequadamente a
quarta posição dessa sequência é:
(A) 36,
Considerando que na ordem alfabética usada são excluídas (B) 40,
as letra “K”, “W” e “Y”, a letra que substitui corretamente o (C) 42,
ponto de interrogação é: (D) 44,
(A) P (E) 48
(B) O
(C) N 1 1 1 1
19. Observando a sequência (1, , , , , ...) o próximo
(D) M 2 6 12 20
(E) L numero será:
1
(A)
24
15. Considere que a sequência seguinte é formada pela
sucessão natural dos números inteiros e positivos, sem que os (B)
1
algarismos sejam separados. 30

1
1234567891011121314151617181920... (C)
36

O algarismo que deve aparecer na 276ª posição dessa (D)


1
40
sequência é:
(A) 9 20. Considere a sequência abaixo:
(B) 8
(C) 6 BBB BXB XXB
(D) 3 XBX XBX XBX
(E) 1 BBB BXB BXX

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APOSTILAS OPÇÃO

O padrão que completa a sequência é: (C) 56874


(D) 58746
(A) (B) (C) (E) 46875
XXX XXB XXX
XXX XBX XXX 26. Considere que os símbolos  e  que aparecem no
XXX BXX XXB quadro seguinte, substituem as operações que devem ser
efetuadas em cada linha, a fim de se obter o resultado
(D) (E) correspondente, que se encontra na coluna da extrema direita.
XXX XXX 36  4  5 = 14
XBX XBX 48  6  9 = 17
XXX BXX
54  9  7 = ?
21. Na série de Fibonacci, cada termo a partir do terceiro é
igual à soma de seus dois termos precedentes. Sabendo-se que Para que o resultado da terceira linha seja o correto, o
os dois primeiros termos, por definição, são 0 e 1, o sexto ponto de interrogação deverá ser substituído pelo número:
termo da série é: (A) 16
(A) 2 (B) 15
(B) 3 (C) 14
(C) 4 (D) 13
(D) 5 (E) 12
(E) 6
27. Segundo determinado critério, foi construída a
22. Nosso código secreto usa o alfabeto A B C D E F G H I J L sucessão seguinte, em que cada termo é composto de um
M N O P Q R S T U V X Z. Do seguinte modo: cada letra é número seguido de uma letra: A1 – E2 – B3 – F4 – C5 – G6 – ....
substituída pela letra que ocupa a quarta posição depois dela. Considerando que no alfabeto usado são excluídas as letras K,
Então, o “A” vira “E”, o “B” vira “F”, o “C” vira “G” e assim por Y e W, então, de acordo com o critério estabelecido, a letra que
diante. O código é “circular”, de modo que o “U” vira “A” e assim deverá anteceder o número 12 é:
por diante. Recebi uma mensagem em código que dizia: BSA HI (A) J
EDAP. Decifrei o código e li: (B) L
(A) FAZ AS DUAS; (C) M
(B) DIA DO LOBO; (D) N
(C) RIO ME QUER; (E) O
(D) VIM DA LOJA;
(E) VOU DE AZUL. 28. Os nomes de quatro animais – MARÁ, PERU, TATU e
URSO – devem ser escritos nas linhas da tabela abaixo, de
23. A sentença “Social está para laicos assim como 231678 modo que cada uma das suas respectivas letras ocupe um
está para...” é melhor completada por: quadrinho e, na diagonal sombreada, possa ser lido o nome de
(A) 326187; um novo animal.
(B) 876132;
(C) 286731;
(D) 827361;
(E) 218763.

24. A sentença “Salta está para Atlas assim como 25435 está
para...” é melhor completada pelo seguinte número: Excluídas do alfabeto as letras K, W e Y e fazendo cada letra
(A) 53452; restante corresponder ordenadamente aos números inteiros
(B) 23455; de 1 a 23 (ou seja, A = 1, B = 2, C = 3,..., Z = 23), a soma dos
(C) 34552; números que correspondem às letras que compõem o nome do
(D) 43525; animal é:
(E) 53542. (A) 37
(B) 39
25. Repare que com um número de 5 algarismos,
(C) 45
respeitada a ordem dada, podem-se criar 4 números de dois
(D) 49
algarismos. Por exemplo: de 34.712, podem-se criar o 34, o 47,
(E) 51
o 71 e o 12. Procura-se um número de 5 algarismos formado
pelos algarismos 4, 5, 6, 7 e 8, sem repetição. Veja abaixo
Nas questões 29 e 30, observe que há uma relação entre o
alguns números desse tipo e, ao lado de cada um deles, a
primeiro e o segundo grupos de letras. A mesma relação
quantidade de números de dois algarismos que esse número
deverá existir entre o terceiro grupo e um dos cinco grupos
tem em comum com o número procurado.
que aparecem nas alternativas, ou seja, aquele que substitui
Número Quantidade de números de 2 corretamente o ponto de interrogação. Considere que a ordem
dado algarismos em comum alfabética adotada é a oficial e exclui as letras K, W e Y.
48.765 1
29. CASA: LATA: LOBO: ?
86.547 0 (A) SOCO
87.465 2 (B) TOCO
(C) TOMO
48.675 1
(D) VOLO
(E) VOTO
O número procurado é:
(A) 87456
(B) 68745
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30. ABCA: DEFD: HIJH: ? 38. Retire três palitos e obtenha apenas três quadrados.
(A) IJLI
(B) JLMJ
(C) LMNL
(D) FGHF
(E) EFGE

31. Os termos da sucessão seguinte foram obtidos


considerando uma lei de formação (0, 1, 3, 4, 12, 13, ...).
Segundo essa lei, o décimo terceiro termo dessa sequência é
um número:
(A) Menor que 200. 39. Qual será o próximo símbolo da sequência abaixo?
(B) Compreendido entre 200 e 400.
(C) Compreendido entre 500 e 700.
(D) Compreendido entre 700 e 1.000.
(E) Maior que 1.000.

Para responder às questões de números 32 e 33, você deve


observar que, em cada um dos dois primeiros pares de
palavras dadas, a palavra da direita foi obtida da palavra da
esquerda segundo determinado critério. Você deve descobrir
esse critério e usá-lo para encontrar a palavra que deve ser
colocada no lugar do ponto de interrogação. 40. Reposicione dois palitos e obtenha uma figura com
cinco quadrados iguais.
32. Ardoroso → rodo
Dinamizar → mina
Maratona → ?
(A) mana
(B) toma
(C) tona
(D) tora
(E) rato

33. Arborizado → azar


Asteróide → dias
Articular → ? 41. Observe as multiplicações a seguir:
(A) luar 12.345.679 × 18 = 222.222.222
(B) arar 12.345.679 × 27 = 333.333.333
(C) lira ... ...
(D) luta 12.345.679 × 54 = 666.666.666
(E) rara
Para obter 999.999.999 devemos multiplicar 12.345.679
34. Preste atenção nesta sequência lógica e identifique por quanto?
quais os números que estão faltando: 1, 1, 2, __, 5, 8, __,21, 34,
55, __, 144, __... 42. Esta casinha está de frente para a estrada de terra.
Mova dois palitos e faça com que fique de frente para a estrada
35. Uma lesma encontra-se no fundo de um poço seco de asfaltada.
10 metros de profundidade e quer sair de lá. Durante o dia, ela
consegue subir 2 metros pela parede; mas à noite, enquanto
dorme, escorrega 1 metro. Depois de quantos dias ela
consegue chegar à saída do poço?

36. Quantas vezes você usa o algarismo 9 para numerar as


páginas de um livro de 100 páginas?

37. Quantos quadrados existem na figura abaixo?

43. Remova dois palitos e deixe a figura com dois


quadrados.

Raciocínio Lógico-Matemático 46
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APOSTILAS OPÇÃO

44. As cartas de um baralho foram agrupadas em pares, 50. Mude a posição de quatro palitos e obtenha cinco
segundo uma relação lógica. Qual é a carta que está faltando, triângulos.
sabendo que K vale 13, Q vale 12, J vale 11 e A vale 1?

45. Mova um palito e obtenha um quadrado perfeito. Respostas

01. Resposta: A.
A diferença entre os números estampados nas cartas 1 e 2,
em cada linha, tem como resultado o valor da 3ª carta e, além
disso, o naipe não se repete. Assim, a 3ª carta, dentro das
opções dadas só pode ser a da opção (A).

02. Resposta: D.
Observe que, tomando o eixo vertical como eixo de
46. Qual o valor da pedra que deve ser colocada em cima
simetria, tem-se:
de todas estas para completar a sequência abaixo?
Na figura 1: 01 ponto de cada lado → 02 pontos no total.
Na figura 2: 02 pontos de cada lado → 04 pontos no total.
Na figura 3: 03 pontos de cada lado → 06 pontos no total.
Na figura 4: 04 pontos de cada lado → 08 pontos no total.
Na figura n: n pontos de cada lado → 2.n pontos no total.

Em particular:
Na figura 15: 15 pontos de cada lado → 30 pontos no total.

Agora, tomando o eixo horizontal como eixo de simetria,


tem-se:
47. Mova três palitos nesta figura para obter cinco Na figura 1: 02 pontos acima e abaixo → 04 pontos no total.
triângulos. Na figura 2: 03 pontos acima e abaixo → 06 pontos no total.
Na figura 3: 04 pontos acima e abaixo → 08 pontos no total.
Na figura 4: 05 pontos acima e abaixo → 10 pontos no total.
Na figura n: (n+1) pontos acima e abaixo → 2.(n+1) pontos
no total.

Em particular:
Na figura 15: 16 pontos acima e abaixo → 32 pontos no
48. Tente dispor 6 moedas em 3 fileiras de modo que em total. Incluindo o ponto central, que ainda não foi considerado,
cada fileira fiquem apenas 3 moedas. temos para total de pontos da figura 15: Total de pontos = 30
+ 32 + 1 = 63 pontos.

03. Resposta: B.
Nessa sequência, observamos que a diferença: entre 1000
e 990 é 10, entre 990 e 970 é 20, entre o 970 e 940 é 30, entre
940 e 900 é 40, entre 900 e 850 é 50, portanto entre 850 e o
49. Reposicione três palitos e obtenha cinco quadrados.
próximo número é 60, dessa forma concluímos que o próximo
número é 790, pois: 850 – 790 = 60.

04. Resposta: D.
Nessa sequência lógica, observamos que a diferença: entre
24 e 22 é 2, entre 28 e 24 é 4, entre 34 e 28 é 6, entre 42 e 34 é
8, entre 52 e 42 é 10, entre 64 e 52 é 12, portanto entre o
próximo número e 64 é 14, dessa forma concluímos que o
próximo número é 78, pois: 76 – 64 = 14.

05. Resposta: D.
Observe a tabela:
Figuras 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª
N° de Palitos 4 7 10 13 16 19 22

Temos de forma direta, pela contagem, a quantidade de


palitos das três primeiras figuras. Feito isto, basta perceber

Raciocínio Lógico-Matemático 47
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APOSTILAS OPÇÃO

que cada figura a partir da segunda tem a quantidade de para o 2º termo ocorreu uma multiplicação por 3; já do 2º
palitos da figura anterior acrescida de 3 palitos. Desta forma, termo para o 3º, houve uma subtração de 2 unidades. Assim, Y
fica fácil preencher o restante da tabela e determinar a é igual a 10 multiplicado por 3, isto é, Y = 30. Logo, X + Y = 10 +
quantidade de palitos da 7ª figura. 30 = 40.

06. Resposta: A. 14. Resposta: A.


Na figura apresentada na letra “B”, não é possível obter a A sequência do alfabeto inicia-se na extremidade direita do
planificação de um lado, pois o 4 estaria do lado oposto ao 6, triângulo, pela letra “A”; aumenta a direita para a esquerda;
somando 10 unidades. Na figura apresentada na letra “C”, da continua pela 3ª e 5ª linhas; e volta para as linhas pares na
mesma forma, o 5 estaria em face oposta ao 3, somando 8, não ordem inversa – pela 4ª linha até a 2ª linha. Na 2ª linha, então,
formando um lado. Na figura da letra “D”, o 2 estaria em face as letras são, da direita para a esquerda, “M”, “N”, “O”, e a letra
oposta ao 4, não determinando um lado. Já na figura que substitui corretamente o ponto de interrogação é a letra
apresentada na letra “E”, o 1 não estaria em face oposta ao “P”.
número 6, impossibilitando, portanto, a obtenção de um lado.
Logo, podemos concluir que a planificação apresentada na 15. Resposta: B.
letra “A” é a única para representar um lado. A sequência de números apresentada representa a lista
dos números naturais. Mas essa lista contém todos os
07. Resposta: B. algarismos dos números, sem ocorrer a separação. Por
Como na 3ª figura completou-se um círculo, para exemplo: 101112 representam os números 10, 11 e 12. Com
completar 16 círculos é suficiente multiplicar 3 por 16: 3. 16 = isso, do número 1 até o número 9 existem 9 algarismos. Do
48. Portanto, na 48ª figura existirão 16 círculos. número 10 até o número 99 existem: 2 x 90 = 180 algarismos.
Do número 100 até o número 124 existem: 3 x 25 = 75
08. Resposta: B. algarismos. E do número 124 até o número 128 existem mais
A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Assim, 12 algarismos. Somando todos os valores, tem-se: 9 + 180 + 75
continua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A figura de + 12 = 276 algarismos. Logo, conclui-se que o algarismo que
número 277 ocupa, então, a mesma posição das figuras que ocupa a 276ª posição é o número 8, que aparece no número
representam número 5n + 2, com n ∈ N. Ou seja, a 277ª figura 128.
corresponde à 2ª figura, que é representada pela letra “B”.
16. Resposta: D.
09. Resposta: D. Na 1ª linha, internamente, a 1ª figura possui 2 “orelhas”, a
A regularidade que obedece a sequência acima não se dá 2ª figura possui 1 “orelha” no lado esquerdo e a 3ª figura
por padrões numéricos e sim pela letra que inicia cada possui 1 “orelha” no lado direito. Esse fato acontece, também,
número. “Dois, Dez, Doze, Dezesseis, Dezessete, Dezoito, na 2ª linha, mas na parte de cima e na parte de baixo,
Dezenove, ... Enfim, o próximo só pode iniciar também com internamente em relação às figuras. Assim, na 3ª linha
“D”: Duzentos. ocorrerá essa regra, mas em ordem inversa: é a 3ª figura da 3ª
linha que terá 2 “orelhas” internas, uma em cima e outra em
10. Resposta: C. baixo. Como as 2 primeiras figuras da 3ª linha não possuem
Esta sequência é regida pela inicial de cada número. Três, “orelhas” externas, a 3ª figura também não terá orelhas
Treze, Trinta,... O próximo só pode ser o número Trinta e um, externas. Portanto, a figura que deve substituir o ponto de
pois ele inicia com a letra “T”. interrogação é a 4ª.

11. Resposta: E. 17. Resposta: B.


Na 1ª linha, a palavra CAL foi retirada das 3 primeiras No 1º triângulo, o número que está no interior do triângulo
letras da palavra LACRAÇÃO, mas na ordem invertida. Da dividido pelo número que está abaixo é igual à diferença entre
mesma forma, na 2ª linha, a palavra SOMA é retirada da o número que está à direita e o número que está à esquerda do
palavra AMOSTRA, pelas 4 primeiras letras invertidas. Com triângulo: 40 : 5 = 21 - 13 = 8.
isso, da palavra LAVRAR, ao se retirarem as 5 primeiras letras, A mesma regra acontece no 2º triângulo: 42 ÷ 7 = 23 - 17
na ordem invertida, obtém-se ARVAL. = 6.
Assim, a mesma regra deve existir no 3º triângulo:
12. Resposta: C. ? ÷ 3 = 19 – 7
Em cada linha apresentada, as cabeças são formadas por ? ÷ 3 = 12
quadrado, triângulo e círculo. Na 3ª linha já há cabeças com ? = 12 x 3 = 36.
círculo e com triângulo. Portanto, a cabeça da figura que está
faltando é um quadrado. As mãos das figuras estão levantadas, 18. Resposta: E.
em linha reta ou abaixadas. Assim, a figura que falta deve ter Verifique os intervalos entre os números que foram
as mãos levantadas (é o que ocorre em todas as alternativas). fornecidos. Dado os números 3, 12, 27, __, 75, 108, obteve-se os
As figuras apresentam as 2 pernas ou abaixadas, ou 1 perna seguintes 9, 15, __, __, 33 intervalos. Observe que 3x3, 3x5, 3x7,
levantada para a esquerda ou 1 levantada para a direita. Nesse 3x9, 3x11. Logo 3x7 = 21 e 3x 9 = 27. Então: 21 + 27 = 48.
caso, a figura que está faltando na 3ª linha deve ter 1 perna
levantada para a esquerda. Logo, a figura tem a cabeça 19. Resposta: B.
quadrada, as mãos levantadas e a perna erguida para a Observe que o numerador é fixo, mas o denominador é
esquerda. formado pela sequência:

13. Resposta: A. Primeir Segund Terceir Quart Quint Sext


Existem duas leis distintas para a formação: uma para a o o o o o o
parte superior e outra para a parte inferior. Na parte superior, 1 1x2=2 2x3=6 3x4= 4x5= 5x6
tem-se que: do 1º termo para o 2º termo, ocorreu uma 12 20 = 30
multiplicação por 2; já do 2º termo para o 3º, houve uma
subtração de 3 unidades. Com isso, X é igual a 5 multiplicado
por 2, ou seja, X = 10. Na parte inferior, tem-se: do 1º termo

Raciocínio Lógico-Matemático 48
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APOSTILAS OPÇÃO

20. Resposta: D. dadas podemos perceber facilmente que tem cada uma 6 letras
O que de início devemos observar nesta questão é a e que as letras de uma se repete na outra em uma ordem
quantidade de B e de X em cada figura. Vejamos: diferente. Essa ordem diferente nada mais é, do que a primeira
palavra de trás para frente, de maneira que SALTA vira ATLAS.
BBB BXB XXB Fazendo o mesmo com a sequência numérica fornecida temos:
XBX XBX XBX 25435 vira 53452, sendo esta a resposta.
BBB BXB BXX
7B e 2X 5B e 4X 3B e 6X 25. Resposta: E.
Pelo número 86.547, tem-se que 86, 65, 54 e 47 não
Vê-se, que os “B” estão diminuindo de 2 em 2 e que os “X” acontecem no número procurado. Do número 48.675, as
estão aumentando de 2 em 2; notem também que os “B” estão opções 48, 86 e 67 não estão em nenhum dos números
sendo retirados um na parte de cima e um na parte de baixo e apresentados nas alternativas. Portanto, nesse número a
os “X” da mesma forma, só que não estão sendo retirados, coincidência se dá no número 75. Como o único número
estão, sim, sendo colocados. Logo a 4ª figura é: apresentado nas alternativas que possui a sequência 75 é
46.875, tem-se, então, o número procurado.
XXX
XBX 26. Resposta: D.
XXX O primeiro símbolo representa a divisão e o 2º símbolo
1B e 8X representa a soma. Portanto, na 1ª linha, tem-se: 36  4 + 5 =
9 + 5 = 14. Na 2ª linha, tem-se: 48  6 + 9 = 8 + 9 = 17. Com isso,
21. Resposta: D. na 3ª linha, ter-se-á: 54  9 + 7 = 6 + 7 = 13. Logo, podemos
Montando a série de Fibonacci temos: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, concluir então que o ponto de interrogação deverá ser
21, 34... A resposta da questão é a alternativa “D”, pois como a substituído pelo número 13.
questão nos diz, cada termo a partir do terceiro é igual à soma
de seus dois termos precedentes. 2 + 3 = 5 27. Resposta: A.
As letras que acompanham os números ímpares formam a
22. Resposta: E. sequência normal do alfabeto. Já a sequência que acompanha
A questão nos informa que ao se escrever alguma os números pares inicia-se pela letra “E”, e continua de acordo
mensagem, cada letra será substituída pela letra que ocupa a com a sequência normal do alfabeto: 2ª letra: E, 4ª letra: F, 6ª
quarta posição, além disso, nos informa que o código é letra: G, 8ª letra: H, 10ª letra: I e 12ª letra: J.
“circular”, de modo que a letra “U” vira “A”. Para decifrarmos,
temos que perceber a posição do emissor e do receptor. O 28. Resposta: D.
emissor ao escrever a mensagem conta quatro letras à frente Escrevendo os nomes dos animais apresentados na lista –
para representar a letra que realmente deseja, enquanto que o MARÁ, PERU, TATU e URSO, na seguinte ordem: PERU, MARÁ,
receptor, deve fazer o contrário, contar quatro letras atrás TATU e URSO, obtém-se na tabela:
para decifrar cada letra do código. No caso, nos foi dada a frase
para ser decifrada, vê-se, pois, que, na questão, ocupamos a P E R U
posição de receptores. Vejamos a mensagem: BSA HI EDAP.
M A R A
Cada letra da mensagem representa a quarta letra anterior de
modo que: T A T U
VxzaB: B na verdade é V; U R S O
OpqrS: S na verdade é O;
UvxzA: A na verdade é U; O nome do animal é PATO. Considerando a ordem do
DefgH: H na verdade é D; alfabeto, tem-se: P = 15, A = 1, T = 19 e 0 = 14. Somando esses
EfghI: I na verdade é E; valores, obtém-se: 15 + 1 + 19 + 14 = 49.
AbcdE: E na verdade é A;
ZabcD: D na verdade é Z; 29. Resposta: B.
UvxaA: A na verdade é U; Na 1ª e na 2ª sequências, as vogais são as mesmas: letra
LmnoP: P na verdade é L; “A”. Portanto, as vogais da 4ª sequência de letras deverão ser
as mesmas da 3ª sequência de letras: “O”. A 3ª letra da 2ª
23. Resposta: B. sequência é a próxima letra do alfabeto depois da 3ª letra da
A questão nos traz duas palavras que têm relação uma com 1ª sequência de letras. Portanto, na 4ª sequência de letras, a 3ª
a outra e, em seguida, nos traz uma sequência numérica. É letra é a próxima letra depois de “B”, ou seja, a letra “C”. Em
perguntado qual sequência numérica tem a mesma ralação relação à primeira letra, tem-se uma diferença de 7 letras entre
com a sequência numérica fornecida, de maneira que, a relação a 1ª letra da 1ª sequência e a 1ª letra da 2ª sequência. Portanto,
entre as palavras e a sequência numérica é a mesma. entre a 1ª letra da 3ª sequência e a 1ª letra da 4ª sequência,
Observando as duas palavras dadas, podemos perceber deve ocorrer o mesmo fato. Com isso, a 1ª letra da 4ª sequência
facilmente que têm cada uma 6 letras e que as letras de uma se é a letra “T”. Logo, a 4ª sequência de letras é: T, O, C, O, ou seja,
repete na outra em uma ordem diferente. Tal ordem, nada TOCO.
mais é, do que a primeira palavra de trás para frente, de
maneira que SOCIAL vira LAICOS. Fazendo o mesmo com a 30. Resposta: C.
sequência numérica fornecida, temos: 231678 viram 876132, Na 1ª sequência de letras, ocorrem as 3 primeiras letras do
sendo esta a resposta. alfabeto e, em seguida, volta-se para a 1ª letra da sequência. Na
2ª sequência, continua-se da 3ª letra da sequência anterior,
24. Resposta: A. formando-se DEF, voltando-se novamente, para a 1ª letra
A questão nos traz duas palavras que têm relação uma com desta sequência: D. Com isto, na 3ª sequência, têm-se as letras
a outra, e em seguida, nos traz uma sequência numérica. Foi HIJ, voltando-se para a 1ª letra desta sequência: H. Com isto, a
perguntado qual a sequência numérica que tem relação com a 4ª sequência iniciará pela letra L, continuando por M e N,
já dada de maneira que a relação entre as palavras e a voltando para a letra L. Logo, a 4ª sequência da letra é: LMNL.
sequência numérica é a mesma. Observando as duas palavras

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31. Resposta: E. = 04
Do 1º termo para o 2º termo, ocorreu um acréscimo de 1
unidade. Do 2º termo para o 3º termo, ocorreu a multiplicação
do termo anterior por 3. E assim por diante, até que para o 7º
termo temos 13 . 3 = 39. 8º termo = 39 + 1 = 40. 9º termo = 40
. 3 = 120. 10º termo = 120 + 1 = 121. 11º termo = 121 . 3 = 363.
12º termo = 363 + 1 = 364. 13º termo = 364 . 3 = 1.092.
Portanto, podemos concluir que o 13º termo da sequência é =01
um número maior que 1.000.
Portanto, há 16 + 9 + 4 + 1 = 30 quadrados.
32. Resposta: D.
Da palavra “ardoroso”, retiram-se as sílabas “do” e “ro” e 38.
inverteu-se a ordem, definindo-se a palavra “rodo”. Da mesma
forma, da palavra “dinamizar”, retiram-se as sílabas “na” e
“mi”, definindo-se a palavra “mina”. Com isso, podemos
concluir que da palavra “maratona”. Deve-se retirar as sílabas
“ra” e “to”, criando-se a palavra “tora”.

33. Resposta: A.
Na primeira sequência, a palavra “azar” é obtida pelas
letras “a” e “z” em sequência, mas em ordem invertida. Já as 39. Os símbolos são como números em frente ao espelho.
letras “a” e “r” são as 2 primeiras letras da palavra Assim, o próximo símbolo será 88.
“arborizado”. A palavra “dias” foi obtida da mesma forma: As
letras “d” e “i” são obtidas em sequência, mas em ordem 40.
invertida. As letras “a” e “s” são as 2 primeiras letras da
palavra “asteroides”. Com isso, para a palavras “articular”,
considerando as letras “i” e “u”, que estão na ordem invertida,
e as 2 primeiras letras, obtém-se a palavra “luar”.

34. O nome da sequência é Sequência de Fibonacci. O


número que vem é sempre a soma dos dois números
imediatamente atrás dele. A sequência correta é: 1, 1, 2, 3, 5, 8,
13, 21, 34, 55, 89, 144, 233...

35.
Dia Subida Descida
41.
1º 2m 1m
12.345.679 × (2×9) = 222.222.222
2º 3m 2m 12.345.679 × (3×9) = 333.333.333
3º 4m 3m ... ...
4º 5m 4m 12.345.679 × (6×9) = 666.666.666
5º 6m 5m Portanto, para obter 999.999.999 devemos multiplicar
12.345.679 por (9x9) = 81
6º 7m 6m
7º 8m 7m 42.
8º 9m 8m
9º 10m ----

Portanto, depois de 9 dias ela chegará na saída do poço.

36. 09 – 19 – 29 – 39 – 49 – 59 – 69 – 79 – 89 – 90 – 91 –
92 – 93 – 94 – 95 – 96 – 97 – 98 – 99. Portanto, são necessários
20 algarismos.

37.
43.

= 16

= 09
44. Sendo A = 1, J = 11, Q = 12 e K = 13, a soma de cada par
de cartas é igual a 14 e o naipe de paus sempre forma par com
o naipe de espadas. Portanto, a carta que está faltando é o 6 de
espadas.

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APOSTILAS OPÇÃO

45.
Compreensão do processo
lógico que, a partir de um
conjunto de hipóteses, conduz,
de forma válida, a conclusões
determinadas

No estudo da Lógica Matemática, a dedução formal é a


principal ferramenta para o raciocínio válido de um
argumento. Ela avalia de forma genérica as conclusões que a
46. Observe que: argumentação pode tomar, quais dessas conclusões são
válidas e quais são inválidas (falaciosas). Ainda na Lógica
Matemática, estudam-se as formas válidas de inferência de
3 6 18 72 360 2160 15120
uma linguagem formal ou proposicional constituindo-se,
x2 x3 x4 x5 x6 x7
assim, a teoria da argumentação.
Um argumento é um conjunto finito de premissas –
Portanto, a próxima pedra terá que ter o valor: 15.120 x 8
proposições –, sendo uma delas a consequência das demais.
= 120.960
Tal premissa (proposição), que é o resultado dedutivo ou
consequência lógica das demais, é chamada conclusão.
47.
Um argumento é uma fórmula: P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ Pn → Q, em
que os Pis (P1, P2, P3...) e Q são fórmulas simples ou
compostas. Nesse argumento, as fórmulas Pis (P1, P2, P3...) são
chamadas premissas e a fórmula Q é chamada conclusão.

Conceitos
Premissas (proposições): são afirmações que podem ser
verdadeiras ou falsas. Com base nelas que os argumentos são
48. compostos, ou melhor, elas possibilitam que o argumento seja
aceito.

Inferência: é o processo a partir de uma ou mais


premissas se chegar a novas proposições. Quando a inferência
é dada como válida, significa que a nova proposição foi aceita,
podendo ela ser utilizada em outras inferências.

Conclusão: é a proposição que contém o resultado final da


inferência e que esta alicerçada nas premissas. Para separa as
premissas das conclusões utilizam-se expressões como “logo,
...”, “portanto, ...”, “por isso, ...”, entre outras.
49.
Sofisma: é um raciocínio falso com aspecto de verdadeiro.

Falácia: é um argumento inválido, sem fundamento ou


tecnicamente falho na capacidade de provar aquilo que
enuncia.

Silogismo: é um raciocínio composto de três proposições,


dispostas de tal maneira que a conclusão é verdadeira e deriva
logicamente das duas primeiras premissas, ou seja, a
conclusão é a terceira premissa.

O argumento é uma fórmula constituída de premissas e


50.
conclusões (dois elementos fundamentais da argumentação)
conforme dito no início temos:

Todas as PREMISSAS tem uma CONCLUSÃO. Os exemplos


acima são considerados silogismos.
Um argumento de premissas P1, P2, ..., Pn e de conclusão
Q, indica-se por:
P1, P2, ..., Pn |----- Q

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Argumentos Válidos
Um argumento é VÁLIDO (ou bem construído ou legítimo)
quando a conclusão é VERDADEIRA (V), sempre que as
premissas forem todas verdadeiras (V). Dizemos, também, que
um argumento é válido quando a conclusão é uma
consequência obrigatória das verdades de suas premissas. Ou
seja:
Exemplos
A verdade das premissas é incompatível com a falsidade da 01. Seja um argumento formado pelas seguintes
conclusão. premissas: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. Se
Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. Nem Rita foi à
Um argumento válido é denominado tautologia quando festa, nem Paula ficou em casa.
assumir, somente, valorações verdadeiras, Sejam as seguintes premissas:
independentemente de valorações assumidas por suas P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa.
estruturas lógicas. P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa.
P3: Nem Rita foi à festa, nem Paula ficou em casa.
Argumentos Inválidos Inicialmente, reescreveremos a última premissa “P3” na
Um argumento é dito INVÁLIDO (ou falácia, ou ilegítimo ou forma de uma conjunção, já que a forma “nem A, nem B” pode
mal construído), quando as verdades das premissas são ser também representada por “não A e não B”. Portanto,
insuficientes para sustentar a verdade da conclusão. teremos:
Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências Então, sejam as premissas:
geradas pelas verdades de suas premissas, tem-se como P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa.
conclusão uma contradição (F). P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa.
Um argumento não válido diz-se um SOFISMA. P3: Rita não foi à festa e Paula não ficou em casa.

- A verdade e a falsidade são propriedades das Lembramos que, para que esse argumento seja válido,
proposições. todas as premissas que o compõem deverão ser
- Já a validade e a invalidade são propriedades inerentes necessariamente verdadeiras.
aos argumentos. P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa: (V)
- Uma proposição pode ser considerada verdadeira ou P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa: (V)
falsa, mas nunca válida e inválida. P3: Rita não foi à festa e Paula não ficou em casa: (V)
- Não é possível ter uma conclusão falsa se as
premissas são verdadeiras. Nesse caso, não há um “ponto de referência”, ou seja, não
- A validade de um argumento depende exclusivamente temos uma proposição simples que faça parte desse
da relação existente entre as premissas e conclusões. argumento; logo, tomaremos como verdade a conjunção da
premissa “P3”, já que uma conjunção é considerada verdadeira
somente quando suas partes forem verdadeiras. Assim,
teremos a confirmação dos seguintes valores lógicos
Critérios de Validade de um argumento verdadeiros: “Rita não foi à festa” (1º passo) e “Paula não ficou
Pelo teorema temos: em casa” (2º passo).
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa.
Um argumento P1, P2, ..., Pn |---- Q é VÁLIDO se e somente P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa.
se a condicional:
(P1 ^ P2 ^ ...^ Pn) → Q é tautológica.

Métodos para testar a validade dos argumentos


Estes métodos nos permitem, por dedução (ou inferência),
atribuirmos valores lógicos as premissas de um argumento Ao confirmar a proposição simples “Paula não fica em casa”
para determinarmos uma conclusão verdadeira. como verdadeira, estaremos confirmando, também, como
Também podemos utilizar diagramas lógicos caso sejam verdadeira a 1ª parte da condicional da premissa “P2” (3º
estruturas categóricas (frases formadas pelas palavras ou passo).
quantificadores: todo, algum e nenhum). P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa.

Os métodos consistem em:


1) Atribuição de valores lógicos: o método consiste na
dedução dos valores lógicos das premissas de um
argumento, a partir de um “ponto de referência inicial” que,
geralmente, será representado pelo valor lógico de uma
Se a 1ª parte de uma condicional for verdadeira, logo, a 2ª
premissa formada por uma proposição simples. Lembramos
parte também deverá ser verdadeira, já que uma verdade
que, para que um argumento seja válido, partiremos do
implica outra verdade. Assim, concluímos que “Marta vai à
pressuposto que todas as premissas que compõem esse
festa” (4º passo).
argumento são, na totalidade, verdadeiras.
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa.
Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como
auxílio a tabela-verdade dos conectivos.

Sabendo-se que “Marta vai à festa” é uma proposição


simples verdadeira, então a 2ª parte da condicional da

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APOSTILAS OPÇÃO

premissa P1 será falsa (5º passo). Lembramos que, sempre


que confirmarmos como falsa a 2ª parte de uma condicional,
devemos confirmar também como falsa a 1ª parte (6º passo),
já que F → F: V.

Portanto, de acordo com os valores lógicos atribuídos,


podemos obter as seguintes conclusões: “Pedro não é pintor”;
“Eduardo é eletricista”; “Saulo não é síndico” e “Paulo é
porteiro”.
Portanto, de acordo com os valores lógicos atribuídos,
podemos obter as seguintes conclusões: “Ana não vai à festa”; Caso o argumento não possua uma proposição simples “ponto
“Marta vai à festa”; “Paula não fica em casa” e “Rita não foi de referência inicial”, devem-se iniciar as deduções pela
à festa”. conjunção, e, caso não exista tal conjunção, pela disjunção
exclusiva ou pela bicondicional, caso existam.
02. Seja um argumento formado pelas seguintes
premissas: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.
Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista. Paulo é porteiro se, e 2) Método da Tabela – Verdade: para resolvermos temos
somente se, Saulo não é síndico. que levar em considerações dois casos.
Sejam as seguintes premissas: 1º caso: quando o argumento é representado por uma
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista. fórmula argumentativa.
P2: Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista.
P3: Paulo é porteiro se, e somente se, Saulo não é síndico. Exemplo:
A → B ~A = ~B
Lembramos que, para que esse argumento seja válido, Para resolver vamos montar uma tabela dispondo todas as
todas as premissas que o compõem deverão ser, proposições, as premissas e as conclusões afim de chegarmos
necessariamente, verdadeiras. a validade do argumento.
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista: (V)
P2: Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista: (V)
P3: Paulo é porteiro se, e somente se, Saulo não é síndico:
(V)
Caso o argumento não possua uma proposição simples
(ponto de referência inicial) ou uma conjunção ou uma
disjunção exclusiva, então as deduções serão iniciadas pela
bicondicional, caso exista.
Sendo P3 uma bicondicional, e sabendo-se que toda
bicondicional assume valoração verdadeira somente
(Fonte: http://www.marilia.unesp.br)
quando suas partes são verdadeiras ou falsas,
simultaneamente, então consideraremos as duas partes da
O caso onde as premissas são verdadeiras e a conclusão
bicondicional como sendo verdadeiras (1º e 2º passos), por
é falsa está sinalizada na tabela acima pelo asterisco. Observe
dedução.
também, na linha 4, que as premissas são verdadeiras e a
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.
conclusão é verdadeira. Chegamos através dessa análise que o
argumento não é valido.

2o caso: quando o argumento é representado por uma


Confirmando-se a proposição simples “Saulo não é síndico” sequência lógica de premissas, sendo a última sua conclusão, e
como verdadeira, então a 1ª parte da disjunção em P2 será é questionada a sua validade.
valorada como falsa (3º passo). Se uma das partes de uma Exemplo:
disjunção for falsa, a outra parte “Eduardo é eletricista” deverá “Se leio, então entendo. Se entendo, então não
ser necessariamente verdadeira, para que toda a disjunção compreendo. Logo, compreendo.”
assuma valoração verdadeira (4º passo). P1: Se leio, então entendo.
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista. P2: Se entendo, então não compreendo.
C: Compreendo.
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte
estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento:
P1 ∧ P2 → C

Representando inicialmente as proposições primitivas


Ao confirmar como verdadeira a proposição simples “leio”, “entendo” e “compreendo”, respectivamente, por “p”,
“Eduardo é eletricista”, então a 2ª parte da condicional em P1 “q” e “r”, teremos a seguinte fórmula argumentativa:
será falsa (5º passo). Se a 2ª parte de uma condicional for P1: p → q
valorada como falsa, então a 1ª parte também deverá ser P2: q → ~r
considerada falsa (6º passo), para que seu valor lógico seja C: r
considerado verdadeiro (F → F: V).
[(p → q) ∧ (q → ~r)] → r ou

Raciocínio Lógico-Matemático 53
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APOSTILAS OPÇÃO

Montando a tabela verdade temos (vamos montar o passo P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r


a passo):
P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r V V V V V V F V F F V V

V V V V V V V F V V V F V V V V V V V F F

V V F V V V V V F V F V V F F F F V F V V

V F V V F F F F V V F F V F F F F V V V F

V F F V F F F V F F V V F V V F V F F V V

F V V F V V V F V F V F F V V V V V V F F

F V F F V V V V F F F V F V F V F V F V V

F F V F V F F F V F F F F V F V F V V F F

F F F F V F F V F 1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 5º 1º

1º 2º 1º 1º 1º 1º
Sendo a solução (observado na 5a resolução) uma
contingência (possui valores verdadeiros e falsos), logo, esse
P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r argumento não é válido. Podemos chamar esse argumento de
sofisma embora tenha premissas e conclusões verdadeiras.
V V V V V V V F F V
Implicações tautológicas: a utilização da tabela verdade
em alguns casos torna-se muito trabalhoso, principalmente
V V F V V V V V V F
quando o número de proposições simples que compõe o
argumento é muito grande, então vamos aqui ver outros
V F V V F F F V F V métodos que vão ajudar a provar a validade dos argumentos.

V F F V F F F V V F 3.1 - Método da adição (AD)

F V V F V V V F F V

F V F F V V V V V F
3.2 - Método da adição (SIMP)
1º caso:
F F V F V F F V F V

F F F F V F F V V F

1º 2º 1º 1º 3º 1º 1º 2º caso:

P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
3.3 - Método da conjunção (CONJ)
V V V V V V F V F F V 1º caso:

V V F V V V V V V V F

V F V V F F F F V F V
2º caso:
V F F V F F F F V V F

F V V F V V F V F F V

F V F F V V V V V V F 3.4 - Método da absorção (ABS)

F F V F V F V F V F V

F F F F V F V F V V F
3.5 – Modus Ponens (MP)
1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 1º

Raciocínio Lógico-Matemático 54
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APOSTILAS
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3.6 – Modus Tollens (MT) 1º caso - quando a condicional conclusiva é formada pelas
proposições simples que aparecem apenas uma vez no
conjunto das premissas do argumento.
Exemplo
Dado o argumento: Se chove, então faz frio. Se neva, então
3.7 – Dilema construtivo (DC) chove. Se faz frio, então há nuvens no céu .Se há nuvens no
céu ,então o dia está claro.
Temos então o argumento formado pelas seguintes
premissas:
P1: Se chove, então faz frio.
P2: Se neva, então chove.
P3: Se faz frio, então há nuvens no céu.
3.8 – Dilema destrutivo (DD) P4: Se há nuvens no céu, então o dia está claro.

Vamos denotar as proposições simples:


p: chover
q: fazer frio
r: nevar
3.9 – Silogismo disjuntivo (SD) s: existir nuvens no céu
1º caso: t: o dia está claro
Montando o produto lógico teremos:

2º caso:
Conclusão: “Se neva, então o dia está claro”.

Observe que: As proposições simples “nevar” e “o dia está


claro” só apareceram uma vez no conjunto de premissas do
3.10 – Silogismo hipotético (SH) argumento anterior.

2º caso - quando a condicional conclusiva é formada por,


apenas, uma proposição simples que aparece em ambas as
partes da condicional conclusiva, sendo uma a negação da
outra. As demais proposições simples são eliminadas pelo
3.11 – Exportação e importação. processo natural do produto lógico.
Neste caso, na condicional conclusiva, a 1ª parte deverá
1º caso: Exportação necessariamente ser FALSA, e a 2ª parte, necessariamente
VERDADEIRA.

Tome Nota:
Nos dois casos anteriores, pode-se utilizar o recurso de
2º caso: Importação equivalência da contrapositiva (contraposição) de uma
condicional, para que ocorram os devidos reajustes entre as
proposições simples de uma determinada condicional que
resulte no produto lógico desejado.
(p → q) ~q → ~p
Produto lógico de condicionais: este produto consiste na
dedução de uma condicional conclusiva – que será a Exemplo
conclusão do argumento –, decorrente ou resultante de Seja o argumento: Se Ana trabalha, então Beto não estuda.
várias outras premissas formadas por, apenas, Se Carlos não viaja, então Beto não estuda. Se Carlos viaja, Ana
condicionais. trabalha.
Ao efetuar o produto lógico, eliminam-se as proposições Temos então o argumento formado pelas seguintes
simples iguais que se localizam em partes opostas das premissas:
condicionais que formam a premissa do argumento, P1: Se Ana viaja, então Beto não trabalha.
resultando em uma condicional denominada condicional P2: Se Carlos não estuda, então Beto não trabalha.
conclusiva. Vejamos o exemplo: P3: Se Carlos estuda, Ana viaja.
Denotando as proposições simples teremos:
p: Ana trabalha
q: Beto estuda
r: Carlos viaja
Montando o produto lógico teremos:

Conclusão: “Beto não estuda”.


Nós podemos aplicar a soma lógica em três casos:

Raciocínio Lógico-Matemático 55
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3º caso - aplicam-se os procedimentos do 2o caso em, que o argumento formado pelas premissas p e q e pela
apenas, uma parte das premissas do argumento. conclusão c é um argumento válido.
Exemplo ( ) Certo ( ) Errado
Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é palmeirense.
Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são-paulino. 03. (Petrobras – Técnico (a) de Exploração de Petróleo
Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino. Se Nivaldo é Júnior – Informática – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma
corintiano, então Márcio não é palmeirense. fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então
Então as premissas que formam esse argumento são: Monarca é um centauro. Se Monarca é um centauro, então
P1: Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é Tristeza é uma bruxa.
palmeirense. Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
P2: Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são- (A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
paulino. (B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um
P3: Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino. centauro.
P4: Se Nivaldo é corintiano, então Márcio não é (C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
palmeirense. (D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
Denotando as proposições temos: (E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.
p: Nivaldo é corintiano
q: Márcio é palmeirense Respostas
r: Pedro é são paulino
Efetuando a soma lógica: 01. Resposta: Errado.
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as
premissas chegamos a uma conclusão. Enumerando as
premissas:
A = Chove
B = Maria vai ao cinema
C = Cláudio fica em casa
Vamos aplicar o produto lógico nas 3 primeiras premissas D = Faz frio
(P1,P2,P3) teremos: E = Fernando está estudando
F = É noite
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V)
Lembramos a tabela verdade da condicional:

A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª


Conclusão: “Márcio é palmeirense”. falsa, utilizando isso temos:
O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então
Referências Fernando estava estudando. // B → ~E
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Iniciando temos:
Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio 4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A →
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. ~B = V – para que o argumento seja válido temos que Quando
chove tem que ser F.
Questões 3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema
(V). // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que
01. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016) Maria vai ao cinema tem que ser V.
Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras. 2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. → ~D = V - para que o argumento seja válido temos que Quando
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. Cláudio sai de casa tem que ser F.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. 5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove
• Quando Fernando está estudando, não chove. (V). // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está
• Durante a noite, faz frio. estudando pode ser V ou F.
Tendo como referência as proposições apresentadas, 1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V
julgue o item subsecutivo. Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. foi ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou
( ) Certo ( ) Errado F); pois temos dois valores lógicos para chegarmos à
conclusão (V ou F).
02. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 –
CESPE) Mariana é uma estudante que tem grande apreço pela 02. Resposta: Errado.
matemática, apesar de achar essa uma área muito difícil. Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte
Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana é estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento:
aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na P1 ∧ P2 → C
faculdade. Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina Organizando e resolvendo, temos:
chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela A: Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1
não tem tempo suficiente para estudar e não será aprovada B: Mariana aprende o conteúdo de Química Geral
nessa disciplina. C: Mariana é aprovada em Química Geral
A partir das informações apresentadas nessa situação Argumento: [(A → B) ∧ (B → C)] ⇒ C
hipotética, julgue o item a seguir, acerca das estruturas lógicas. Vamos ver se há a possibilidade de a conclusão ser falsa e
Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana as premissas serem verdadeiras, para sabermos se o
aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo argumento é válido:
de Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de Testando C para falso:
Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral”; c: (A → B) ∧ (B →C)
“Mariana foi aprovada em Química Geral”, é correto afirmar (A →B) ∧ (B → F)

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APOSTILAS OPÇÃO

Para obtermos um resultado V da 2º premissa, logo B têm


que ser F:
(A → B) ∧ (B → F)
(A → F) ∧ (F → F)
(F → F) ∧ (V)
Para que a primeira premissa seja verdadeira, é preciso
que o “A” seja falso:
(A → F) ∧ (V)
(F → F) ∧ (V) Tipos de falácias
(V) ∧ (V) Abaixo temos as mais comuns falácias lógicas
(V) argumentativas. Alguns tipos de falácias são chamadas de
Então, é possível que o conjunto de premissas seja apelos. Os mesmo possuem a intenção de neutralizar o senso
verdadeiro e a conclusão seja falsa ao mesmo tempo, o que nos crítico do interlocutor para que uma mensagem errônea seja
leva a concluir que esse argumento não é válido. aceita de forma irrefletida.

03. Resposta: B. - Falso dilema: apresentar apenas duas opções, quando,


Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Tristeza na verdade, existem mais.
não é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como Exemplos:
conclusão o valor lógico (V), então: Brasil: ame-o ou deixe-o.
(4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo Você não suporta seu marido? Separe-se!
(F) → V Ou eu colo na prova ou eu serei reprovado.
(3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um
centauro (F) → V
(2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma
bruxa(F) → V
(1) Tristeza não é uma bruxa (V)
Logo:
Temos que:
Esmeralda não é fada(V)
Bongrado não é elfo (V)
Monarca não é um centauro (V)
Então concluímos que:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.

ARGUMENTOS FALACIOSOS

Uma falácia (ou sofisma) é uma espécie de mentira, é um


argumento logicamente inconsistente, inválido. São
argumentos que se destinam à persuasão e podem parecer - Pergunta complexa: apresentar duas proposições
convincentes para grande parte do público apesar de conectadas como se fossem uma única proposição, tratando-se
conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa de assuntos que não tenham relação, pressupondo-se que já se
disso. Reconhecer as falácias é por vezes difícil. tenha dado uma resposta a uma pergunta anterior.
Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, Exemplos:
íntima, psicológica, mas não validade lógica. É importante Você não é a favor do aborto e da liberdade feminina?
conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na Você é a favor da pena de morte e da luta contra
própria argumentação e para analisar a argumentação alheia. impunidade?

- Composição: concluir que uma propriedade


compartilhada por um número de elementos em particular,
também é compartilhada por um conjunto desses elementos;
ou que as propriedades de uma parte do objeto devem ser as
mesmas nele inteiro.
Exemplo:
Essa bicicleta é feita inteiramente de componentes de
baixa densidade, logo é muito leve.

As falácias podem ser classificadas como: - Divisão (oposto da composição): assumir que a
propriedade de um elemento deve aplicar-se às suas partes; ou
Formais: são erros de raciocínio que resultam que uma propriedade de um conjunto de elementos é
exclusivamente da sua forma lógica, isto é, da sua estrutura compartilhada por todos.
interna. Exemplos:
Não formais: são erros de raciocínio que não resultam Você deve ser rico, pois estuda em um colégio de ricos.
exclusivamente da forma lógica, mas do conteúdo. Isto é, da Formigas podem destruir uma árvore. Logo, essa formiga
sua relação com a realidade e com o contexto em que se também pode.
inserem.
- Petição por princípio: ocorre quando as premissas são
pelo menos tão questionáveis quanto as conclusões atingidas.
Exemplo:
Não posso acreditar nisso, porque é mentira.

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- Causa Falsa ou falsa causa: uma relação real ou - Falácia da diversão: introdução de material irrelevante
percebida entre duas coisas significa que uma é a causa da ao ponto em discussão, em geral com o objetivo de desviar o
outra. argumento para outra conclusão, muitas vezes mais fácil de ser
Uma variação dessa falácia é a “cum hoc ergo propter hoc” combatido.
(com isto, logo por causa disto), na qual alguém supõe que, Exemplo:
pelo fato de duas coisas estarem acontecendo juntas, uma é a Não acho que homens e mulheres devam ganhar o mesmo
causa da outra. Este erro consiste em ignorar a possibilidade salário por funções iguais. Sou contra a igualdade entre os
de que possa haver uma causa em comum para ambas, ou, sexos. Em um shopping center, imagine o que aconteceria se
como mostrado no exemplo abaixo, que as duas coisas em os banheiros fossem unissex: tanto homens quanto mulheres
questão não tenham absolutamente nenhuma relação de se sentiriam desconfortáveis. Você não acha que tenho razão?
causa, e a sua aparente conexão é só uma coincidência.
Exemplo:
Os fabricantes de bebida gaseificada apontam pesquisas
que mostram que, dos cinco países onde a bebida é mais
vendida, três estão na lista dos dez países mais saudáveis do
mundo, logo, bebida gaseificada é saudável.

- Causa complexa: supervalorizar uma causa que faz parte


de um sistema, ou seja, é a identificação de apenas parte das
causas de um evento.
Exemplo:
O acidente não teria ocorrido se não fosse a má localização
da árvore.

- Regra geral: ocorre quando uma regra geral é aplicada a


um caso particular onde a regra não deveria ser aplicada.
Exemplo:
Cristãos geralmente não gostam de ateus. Você é um
cristão, então você não deve gostar de ateus.

- Ataque à Pessoa (apelo): atacar ou desmoralizar a


pessoa e não seus argumentos. Pensa-se que, ao se atacar a
pessoa, pode-se enfraquecer ou anular sua argumentação.
Exemplos:
Se foi um burguês quem disse isso, certamente é engodo.
Se foi um político que disse isso, certamente é desonesto.

- Falsa indução: é o oposto da Regra Geral. Ocorre quando


uma regra específica é atribuída ao caso genérico.
Exemplos:
Minha namorada me traiu. Logo, as mulheres tendem à
traição.

- Espantalho: consiste em criar ideias reprováveis ou


fracas, atribuindo-as à posição oposta.
Exemplos:
Depois de Felipe dizer que o governo deveria investir mais
em saúde e educação, Jader respondeu dizendo estar surpreso - Apelo à ignorância: concluir que algo é verdadeiro por
que Felipe odeie tanto o Brasil, a ponto de querer deixar o não ter sido provado que é falso, ou que algo é falso por não ter
nosso país completamente indefeso, sem verba militar. sido provado que é verdadeiro.
Exemplo:
- Falácia da falácia: consiste em argumentar que uma Existe vida em outro planeta, pois nunca provaram o
proposição é falsa porque foi apresentada como a conclusão de contrário.
um argumento falacioso. Lembre-se que um argumento
falacioso pode chegar a conclusões verdadeiras.
Exemplo:
Percebendo que Lia cometeu uma falácia ao defender que
devemos comer alimentos saudáveis porque eles são
populares, Alice resolveu ignorar a posição de Lia por
completo e comer hambúrguer todos os dias.

Raciocínio Lógico-Matemático 58
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APOSTILAS OPÇÃO

instituição de autoridade no lugar de um argumento válido. (A


popular “carteirada”.)
É importante mencionar que, no que diz respeito a esta
falácia, as autoridades de cada campo podem muito bem ter
argumentos válidos, e que não se deve desconsiderar a
experiência e expertise do outro.
Para formar um argumento, no entanto, deve-se defender
seus próprios méritos, ou seja, deve-se saber por que a pessoa
em posição de autoridade tem aquela posição. No entanto, é
- Apelo a força: ameaçar com consequências claro, é perfeitamente possível que a opinião de uma pessoa ou
desagradáveis se não for aceita ou acatada a proposição instituição de autoridade esteja errada; assim sendo, a
apresentada. autoridade de que tal pessoa ou instituição goza não tem
Exemplos: nenhuma relação intrínseca com a veracidade e validade das
Você deve se enquadrar nas novas normas do setor. Ou suas colocações.
quer perder o emprego? Exemplos:
Acredite em Deus, senão queimará eternamente no - As maiores organizações de defesa dos direitos dos
Inferno. animais afirmam que uma dieta vegetariana é a mais saudável.
Logo, uma dieta vegetariana é a mais saudável.

- Apelo à emoção: tenta-se manipular uma resposta Comunicação eficiente de argumentos


emocional no lugar de um argumento válido ou convincente. Ao formular argumentos, é possível distinguir alguns
Apelos à emoção são relacionados a medo, inveja, ódio, elementos explícitos, que aparecem claramente, e
pena, orgulho, entre outros. implícitos, que não estão descritos claramente no texto, mas
É importante dizer que às vezes um argumento logicamente podem ser subentendidos. Os elementos implícitos precisam
coerente pode inspirar emoção, ou ter um aspecto emocional, ser decodificados pelo pensador crítico. São considerados
mas o problema e a falácia acontecem quando a emoção é usada elementos implícitos de um argumento:
no lugar de um argumento lógico. Ou, para tornar menos claro
o fato de que não existe nenhuma relação racional e convincente - Premissas subjacentes: são ideias necessárias para
para justificar a posição de alguém. compreendermos adequadamente o significado das
Exemplos: comunicações e cuja descoberta exige uma análise daquilo em
O papai fica triste quando você faz isso, não faça mais isso. que o autor baseou seu raciocínio.
Me dê dinheiro, pois estou com fome. Exemplo:
Dizem que o pessoal da ANATEL é muito competente, mas
Luiz Carlos não tem se saído bem. (Para esse argumento ser
coerente, a premissa subjacente é que Luiz Carlos seja
funcionário da ANATEL)

- Pressupostos semânticos: são ideias não expressas


explicitamente mas, de alguma forma, contidas no próprio
significado das palavras.
Exemplo:
Desde que casei, nunca mais morei sozinha. (Pela definição
é possível que a pessoa morava sozinha antes e que depois que
- Apelo popular: sustentar uma proposição por ser casou ela não mora mais sozinha).
defendida pela população ou parte dela. Sugere que quanto
mais pessoas defendem uma ideia mais verdadeira ou correta - Ideias subentendidas: referem-se àquelas não faladas
ela é. Incluem-se aqui os boatos, o “ouvi falar”, o “dizem”, o explicitamente que, por uma questão de costumes sobre o uso
“sabe-se que”. linguagem, fazem parte íntegra das afirmativas em questão.
Exemplo: Exemplo:
A maioria das pessoas acredita em alienígenas, portanto Eu não acredito que você, uma pessoa honesta e sensata,
eles existem. se filiou ao sindicato. (Aqui fica subentendida que o autor é
contra sindicalização)
- Apelo circunstancial: utilizar os interesses do
interlocutor para que ele aceite o argumento sem refletir. - Significado social: algumas palavras e expressões são
Exemplo: utilizadas de forma diferente do conceito formal (aquele do
Você não quer ganhar mais? Então vamos votar na chapa dicionário), o que pode revelar um significado social mais
verde. amplo dotado de regionalismos, gírias e senso comum. Nesse
sentido, é importante diferenciar denotação de conotação.
- Apelo à autoridade: usa-se sua posição como figura ou Exemplo:

Raciocínio Lógico-Matemático 59
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Os donos soltaram os cachorros para proteger a fazenda. Tenho um Escort ou tenho um Focus.
(Sentido denotativo = soltar o que estava preso.) Não tenho um Escort.
Eles soltaram os cachorros quando perceberam que foram Logo, tenho um Focus.
trapaceados. (Sentido conotativo = ficar bravo, ...).
Chamado de P a proposição: “Tenho um Escort”, escreve-
- Intertextualidade: entende-se a criação de um texto a se: P: Tenho um Escort.
partir de outro pré-existente. A intertextualidade pode Chamado de C a proposição: “Tenho um Focus”, escreve-
apresentar funções diferentes, as quais dependem muito dos se: C: Tenho um Focus.
textos/contextos em que ela é inserida, ou seja, dependendo
da situação. Exemplos de obras intertextuais incluem: alusão, Das proposições P e C resulta a proposição “Tenho um
versão, plágio, tradução, pastiche e paródia. Evidentemente, o Escort ou tenho um Focus”. Denotamos: P + C: Tenho um
fenômeno da intertextualidade está ligado ao “conhecimento Escort ou tenho um Focus.
do mundo”, que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao Com a negativa da proposição P, tem-se a premissa “Não
produtor e ao receptor de textos. O diálogo pode ocorrer ou tenho um Escort”. Escreve-se: ~P: Não tenho um Escort (é o
não em diversas áreas do conhecimento, não se restringindo mesmo que dizer: “não possuo um carro denominado Escort”).
única e exclusivamente a textos literários. Reescrevendo o argumento, obteremos:
Exemplo:
P + C, ~P ╞ C

ou

P+C
~P
Logo, C

Silogismo Categórico de Forma Típica

Chamaremos de silogismo categórico de forma típica ao


argumento formado por duas premissas e uma conclusão, de
Referências modo que todas as premissas envolvidas são categóricas de
http://ahduvido.com.br/30-falacias-mais-comum-utilizadas-em-debates- forma típica (A, E, I, O). Teremos também três termos:
e-discussoes
http://falacia.wikidot.com - Termo menor: sujeito da conclusão.
http://blog.qualconcurso.com.br/2015/07/argumentos-falaciosos-e- - Termo maior: predicado da conclusão.
apelativos.html - Termo médio: é o termo que aparece uma vez em cada
premissa e não aparece na conclusão.
Questão
Chamaremos de premissa maior a que contém o termo
1. (FUNPRESP-JUD-Analista. CESPE/2016) À luz da maior, e premissa menor a que contém o termo menor.
teoria da argumentação, julgue o item subsequente. Exemplo

Os sofismas são considerados argumentos válidos; as Todas as mulheres são bonitas.


falácias, argumentos inválidos. Todas as princesas são mulheres.
( ) Certo ( ) Errado ________________________
Todas as princesas são bonitas.

Resposta. ERRADO. Termo menor: as princesas.


Sofismo é um raciocínio ou falácia se chama a uma Termo maior: bonitas.
refutação aparente, refutação sofística e também a um Termo médio: mulheres.
silogismo aparente, ou silogismo sofístico, mediante os quais
se quer defender algo falso e confundir o contraditor, sendo Premissa menor: Todas as princesas são mulheres.
então um argumento falso. Premissa maior: Todas as mulheres são bonitas.
Falácia é um raciocínio errado com aparência de
verdadeiro. Na lógica e na retórica, uma falácia é um Regras do Silogismo
argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, Para que um silogismo seja válido, sua estrutura deve
inválido ou falho na tentativa de provar eficazmente o que respeitar regras. Tais regras, em número de oito, permitem
alega. verificar a correção ou incorreção do silogismo. As quatro
primeiras regras são relativas aos termos e as quatro últimas
SILOGISMO são relativas às premissas. São elas:
- Todo silogismo contém somente 3 termos: maior, médio
O silogismo é a dedução feita a partir de duas proposições e menor;
denominadas premissas, de modo a originar uma terceira - Os termos da conclusão não podem ter extensão maior
proposição logicamente implicada, denominada conclusão. que os termos das premissas;
Exemplo: - O termo médio não pode entrar na conclusão;
- O termo médio deve ser universal ao menos uma vez;
Tenho um Escort ou tenho um Focus, não tenho um Escort. - De duas premissas negativas, nada se conclui;
╞ Tenho um Focus. - De duas premissas afirmativas não pode haver conclusão
negativa;
Observação: o símbolo “╞” é chamado de traço de - A conclusão segue sempre a premissa mais fraca;
asserção ;É usado entre as premissas e a conclusão .Esse - De duas premissas particulares, nada se conclui.
silogismo também pode ser representado como:

Raciocínio Lógico-Matemático 60
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Estas regras reduzem-se às três regras que Aristóteles Silogismo Informe: caracteriza-se pela possibilidade de
definiu. O que se entende por “parte mais fraca” são as sua estrutura expositiva poder ser transformada na forma
seguintes situações: entre uma premissa universal e uma silogística típica. Por exemplo: “a defesa pretende provar que
particular, a “parte mais fraca” é a particular; entre uma o réu não é responsável do crime por ele cometido. Esta
premissa afirmativa e outra negativa, a “parte mais fraca” é a alegação é gratuita. Acabamos de provar, por testemunhos
negativa. Atenção: Para determinar se um argumento é uma irrecusáveis, que, ao perpetrar o crime, o réu tinha o uso
falácia ou silogismo, deve-se analisar o resultado, ou perfeito da razão e nem podia fugir às graves
argumento final: quando se chega a um argumento falso, tem- responsabilidades deste ato”. Este argumento pode ser
se uma falácia; quando se chega a um argumento verdadeiro, formalizado assim:
tem-se um silogismo.
Todo aquele que perpetra um crime quando no uso da
Silogismos Derivados razão é responsável por seus atos.
Silogismos derivados são estruturas argumentativas que Ora, o réu perpetrou um crime no uso da razão.
não seguem a forma rigorosa do silogismo típico, mas que Logo, o réu é responsável por seus atos.
mesmo assim são formas válidas.
Sorites: é semelhante ao polissilogismo, mas neste caso
Entimema: trata-se de um argumento em que uma ou ocorre que o predicado da primeira proposição se torna
mais proposições estão omitidas, porém. Por exemplo: todo sujeito na proposição seguinte, seguindo assim até que na
metal é corpo, logo o chumbo é corpo. Neste caso, fica conclusão se unem o sujeito da primeira proposição com o
subentendida a premissa “todo chumbo é metal”. Passando predicado da última. Por exemplo:
para a forma silogística:
A Grécia é governada por Atenas.
Todo metal é corpo. Atenas é governada por mim.
Todo chumbo é metal. Eu sou governado por minha mulher.
___________________ Minha mulher é governada por meu filho, criança de 10
Todo chumbo é corpo. anos.
Logo, a Grécia é governada por esta criança de 10 anos.
Mais um exemplo: Todo quadrúpede tem 4 patas. Logo, um
cavalo é um quadrúpede. No dia a dia, usamos muitas formas Silogismo Hipotético: contém proposições hipotéticas ou
como essa, pois as premissas faltantes são óbvias ou implícitas compostas, isto é, apresentam duas ou mais proposições
e repeti-las pode cansar os ouvintes. Contudo, é comum haver simples unidas entre si por uma cópula não verbal, isto é, por
confusão justamente por causa de premissas faltantes. partículas. As proposições compostas podem ser divididas em:

Epiquerema: é um argumento onde uma ou ambas as - Claramente Compostas: são aquelas proposições em
premissas apresentam a prova ou razão de ser do sujeito. que a composição entre duas ou mais proposições simples são
Geralmente é acompanhada do termo porque ou algum indicadas pelas partículas: e, ou, se ... então.
equivalente. Por exemplo:
Copulativa ou Conjuntiva: “a lua se move e a terra não se
O demente é irresponsável, porque não é livre. move”. Nesse exemplo, duas proposições simples são unidas
Ora, Pedro é demente, porque o exame médico revelou ser pela partícula e ou qualquer elemento equivalente a essa
portador de paralisia geral progressiva. conjunção. Dentro do cálculo proposicional será considerada
Logo, Pedro é irresponsável. verdadeira a proposição que tiver as duas proposições simples
verdadeiras e será simbolizada como: p ∧ q.
No epiquerema sempre existe, pelo menos, uma
proposição composta, sendo que uma das proposições simples Disjuntivas: “a sociedade tem um chefe ou tem desordem”.
é razão ou explicação da outra. Caracteriza-se por duas proposições simples unidas pela
partícula “ou” ou equivalente. Dentro do cálculo proposicional,
Polissilogismo: é uma espécie de argumento que a proposição composta será considerada verdadeira se uma ou
contempla vários silogismos, onde a conclusão de um serve de as duas proposições simples forem verdadeiras e será
premissa menor para o próximo. Por exemplo: simbolizada como: p ∨ q.

Quem age de acordo com sua vontade é livre. Condicional: “se vinte é número ímpar, então vinte não é
Ora, o racional age de acordo com sua vontade. divisível por dois”. Aqui, duas proposições simples são unidas
Logo, o racional é livre. pela partícula se... então. Dentro do cálculo proposicional, essa
proposição, será considerada verdadeira se sua consequência
Ora, quem é livre é responsável. for boa ou verdadeira, simbolicamente: p → q.
Logo, o racional é responsável.
- Ocultamente Compostas: são duas ou mais proposições
Ora, quem é responsável é capaz de direitos. simples que formam uma proposição composta com as
Logo, o racional é capaz de direitos. partículas de ligação: salvo, enquanto, só.

Silogismo Expositório: não é propriamente um silogismo, Exceptiva: “todos corpos, salvo o éter, são ponderáveis”. A
mas um esclarecimento ou exposição da ligação entre dois proposição composta é formada por três proposições simples,
termos, caracteriza-se por apresentar, como termo médio, um sendo que a partícula salvo oculta as suas composições. As três
termo singular. Por exemplo: proposições simples componentes são: “todos os corpos são
ponderáveis”, “o éter é um corpo” e “o éter não é ponderável”.
Aristóteles é discípulo de Platão. Também são exceptivos termos como fora, exceto, etc. Essa
Ora, Aristóteles é filósofo. proposição composta será verdadeira se todas as proposições
Logo, algum filósofo é discípulo de Platão. simples forem verdadeiras.

Raciocínio Lógico-Matemático 61
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APOSTILAS OPÇÃO

Reduplicativa: “a arte, enquanto arte, é infalível”. Nessa simples, na proposição composta, é “e”. Nesse silogismo, a
proposição temos duas proposições simples ocultas pela premissa maior deve ser composta por duas proposições
partícula enquanto. As duas proposições simples simples que possuem o mesmo sujeito e não podem ser
componentes da composta são: “a arte possui uma verdadeiras ao mesmo tempo, ou seja, os predicados devem
indeterminação X” e “tudo aquilo que cai sobre essa ser contraditórios. Possui somente uma figura legítima, o
indeterminação X é infalível”. O termo realmente também é Ponendo Tollens, afirmando uma das proposições simples da
considerado reduplicativo. A proposição composta será premissa maior na premissa menor, nega-se a outra
considerada verdadeira se as duas proposições simples forem proposição na conclusão.
verdadeiras.
Ninguém pode ser, simultaneamente, mestre e discípulo.
Exclusiva: “só a espécie humana é racional”. A partícula Ora, Pedro é mestre.
“só” oculta as duas proposições simples que compõem a Logo, Pedro não é discípulo.
composta, são elas: “a espécie humana é racional” e “nenhuma
outra espécie é racional”. O termo apenas também é Dilema: o dilema é um conjunto de proposições onde, a
considerado exclusivo. A proposição será considerada primeira, é uma disjunção tal que, afirmando qualquer uma
verdadeira se as duas proposições simples forem verdadeiras. das proposições simples na premissa menor, resulta sempre a
mesma conclusão. Por exemplo:
O silogismo hipotético apresenta três variações, conforme
o conetivo utilizado na premissa maior: Se dizes o que é justo, os homens te odiarão.
Se dizes o que é injusto, os deuses te odiarão.
Condicional: a partícula de ligação das proposições Portanto, de qualquer modo, serás odiado.
simples é se... então.
Questões
Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve.
A temperatura da água é de 100°C. 01. (CESGRANRIO - CAPES - Analista de Sistemas)
Logo, a água ferve. Silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua forma
padronizada ,é constituído por três proposições: as duas
Esse silogismo apresenta duas figuras legítimas: primeiras denominam-se premissas e a terceira, conclusão .As
premissas são juízos que precedem a conclusão .Em um
- Ponendo Ponens (do latim afirmando o afirmado): ao silogismo, a conclusão é consequência necessária das
afirmar a condição (antecedente), prova-se o condicionado premissas. Assinale a alternativa que corresponde a um
(consequência). silogismo.
(A)
Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve. Premissa 1: Marcelo é matemático.
A temperatura da água é de 100°C. Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física.
Logo, a água ferve. Conclusão: Marcelo gosta de física.

- Tollendo Tollens (do latim negando o negado): ao (B)


destruir o condicionado (consequência), destrói-se a condição Premissa 1: Marcelo é matemático.
(antecedente). Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física.
Conclusão: Marcelo não gosta de física.
Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve.
Ora, a água não ferve. (C)
Logo, a água não atingiu a temperatura de 100°C. Premissa 1: Mário gosta de física.
Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física.
Disjuntivo: a premissa maior, do silogismo hipotético, Conclusão: Mário é matemático.
possui a partícula de ligação “ou”.
(D)
Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem. Premissa 1: Mário gosta de física.
Ora, a sociedade não tem chefe. Premissa 2: Todos os matemáticos gostam de física.
Logo, a sociedade tem desordem. Conclusão: Mário é matemático.

Esse silogismo também apresenta duas figuras legítimas: (E)


Premissa 1: Mário gosta de física.
- Ponendo Tollens: afirmando uma das proposições Premissa 2: Nenhum matemático gosta de física.
simples da premissa maior na premissa menor, nega-se a Conclusão: Mário não é matemático.
conclusão.
02. (FGV - MEC - Documentador) O silogismo é uma
Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem. forma de raciocínio dedutivo. Na sua forma padronizada, é
Ora, a sociedade tem um chefe. constituído por três proposições: as duas primeiras
Logo, a sociedade não tem desordem. denominam-se premissas e a terceira, conclusão. As premissas
são juízos que precedem a conclusão. Em um silogismo, a
- Tollendo Ponens: negando uma das proposições simples conclusão é consequência necessária das premissas. São dados
da premissa maior na premissa menor, afirma a conclusão. três conjuntos formados por duas premissas verdadeiras e
uma conclusão não necessariamente verdadeira.
Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem.
Ora, a sociedade não tem um chefe. I-
Logo, a sociedade tem desordem. Premissa 1: Todos os mamíferos são homeotérmicos.
Premissa 2: Todas as baleias são mamíferas.
Conjuntivo: a partícula de ligação das proposições Conclusão: Todas as baleias são homeotérmicas.

Raciocínio Lógico-Matemático 62
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APOSTILAS OPÇÃO

II-
Premissa 1: Todos os peixes são pecilotérmicos.
Premissa 2: Todos os tubarões são pecilotérmicos.
Conclusão: Todos os tubarões são peixes.
III-
Premissa 1: Todos os primatas são mamíferos.
Premissa 2: Todos os mamíferos são vertebrados.
Conclusão: Todos os vertebrados são primatas.

Assinale:
(A) se somente o conjunto I for um silogismo.
(B) se somente o conjunto II for um silogismo. II - Todos os peixes são pecilotérmicos. Todos os tubarões
(C) se somente o conjunto III for um silogismo. são pecilotérmicos. Conclusão: todos os tubarões são peixes.
(D) se somente os conjuntos I e III forem silogismos. Não podemos afirmar tal coisa... pode ser que alguns ou até
(E) se somente os conjuntos II e III forem silogismos. todos sejam, mas a questão não dá informações suficientes
para isso... em um conjunto teríamos o conjunto dos
Respostas pecilotérmicos e dentro dele 2 conjuntos... dos peixes e dos
tubarões... eles podem ter alguma intersecção ou nenhuma,
01. Resposta “E”. por isso não podemos afirmar.
Parte inferior do formulário
A letra “D” parece certa, mas observe que certa seria se a
segunda premissa fosse invertida: “Todos os que gostam de
física são matemáticos”. A letra “E” é correta. Existem algumas
proposições que podem ser negadas.
Algum → negação: Nenhum.
Nenhum → negação: Algum.
Todo → negação: Algum não.
Algum não → negação: Todo. III - Todos os primatas são mamíferos. Todos os mamíferos
são vertebrados. Conclusão: todos os vertebrados são
Nessa questão basta negar todas as proposições com suas primatas. Mais uma vez não podemos afirmar, pois a questão
equivalências supracitadas, ou basta fazer conjuntos (ou não dá informações para concluirmos tal coisa... o conjunto dos
balões): primatas está contido no conjunto dos mamíferos e os
mamíferos contidos no conjunto dos vertebrados, então pode
(A) Há dois grupos “matemáticos” e “aqueles que gostam ser que tenha primatas que não sejam primatas ou que não
de física”. Há uma intersecção entre eles, com matemáticos que sejam mamíferos....
gostam e matemáticos que não gostam de física. Marcelo pode
estar tanto em um como em outro grupo.
(B) Mesmo raciocínio. Marcelo pode gostar ou não de
física.
(C) Há intersecção entre “matemáticos” e “gostam de
física”. Mário pode estar no grupo “matemáticos que gostam
de física” e o outro grupo, “aqueles que gostam de física e não
são matemáticos”.
(D) O grupo “matemáticos” está dentro de “os que gostam
de física”. Porém, Mario tanto pode ser matemático como
pertencer a outro grupo que também goste de física.
(E) Não há intersecção entre os grupos “os que gostam de
física” e “matemáticos”. Mário gosta de física, logo, ele não
pode ser matemático. (Alternativa correta)

02. Resposta “A”.


I - Todos os mamíferos são homeotérmicos. Todas as Anotações
baleias são mamíferos. Conclusão: todas as baleias são
homeotérmicos. Está certa... essa questão fica clara se
desenharmos um conjunto.... assim fica da seguinte forma: o
conjunto dos mamíferos está contido no conjunto dos
homeotérmicos... e o conjunto das baleias está contido dentro
do conjunto dos mamíferos, consequentemente está dentro do
conjunto dos homeotérmicos, por isso podemos afirmar que
todas as baleias são homeotérmicos.

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NOÇÕES DE DIREITO
ADMINISTRATIVO

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PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS

tal princípio encontra-se em diversos institutos do Direito


Administrativo. Vejamos alguns exemplos práticos:
- a nossa Constituição garante o direito à propriedade (art.
5º, XXII), mas com base no princípio da Supremacia do
Interesse Público, a Administração pode, por exemplo,
desapropriar uma propriedade, requisitá-la ou promover o
seu tombamento, suprimindo ou restringindo o direito à
propriedade.
- a Administração e o particular podem celebrar contratos
Princípios básicos da administrativos, mas esses contratos preveem uma série de
Administração Pública. cláusulas exorbitantes que possibilitam a Administração, por
exemplo, modificar ou rescindir unilateralmente tal contrato.
- o poder de polícia administrativa que confere à
Administração Pública a possibilidade, por exemplo, de
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO
determinar a proibição de venda de bebida alcoólica a partir
PÚBLICA
de determinada hora da noite com o objetivo de diminuir a
violência.
Princípios são proposições que servem de base para toda
estrutura de uma ciência, no Direito Administrativo não é
Diante de inúmeros abusos, ilegalidades e arbitrariedades
diferente, temos os princípios que servem de alicerce para este
cometidas em nome do aludido princípio, já existem vozes na
ramo do direito público.
doutrina proclamando a necessidade de se pôr fim a este,
Os princípios podem ser expressos ou implícitos, os
através da Teoria da Desconstrução do Princípio da
expressos são os consagrados no art. 37 da Constituição da
Supremacia. Na verdade, esvaziar tal princípio não resolverá
República Federativa do Brasil, já os implícitos são aqueles que
o problema da falta de probidade de nossos homens públicos.
de alguma forma regem a atuação da Administração Pública.
Como afirma a maioria da doutrina, o princípio da Supremacia
O caput do art. 37 afirma que a administração pública
do Interesse Público é essencial, sendo um dos pilares da
direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Administração, devendo ser aplicado de forma correta e
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
efetiva. Se há desvio na sua aplicação, o Poder Judiciário deve
princípios de Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,
ser provocado para corrigi-lo.
Publicidade e Eficiência, a famosa LIMPE.
Antes de mais nada é necessário falar de dois princípios
Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público
que regem a Administração Pública de forma geral, são eles o
princípio da supremacia do interesse público e o princípio da
Este princípio é o segundo pilar do regime jurídico-
indisponibilidade do interesse público.
administrativo, funcionando como contrapeso ao princípio da
Supremacia do Interesse Público.
Princípio da Supremacia Do Interesse Público
Ao mesmo tempo em que a Administração tem
prerrogativas e poderes exorbitantes para atingir seus fins
Este princípio consiste na sobreposição do interesse
determinados em lei, ela sofre restrições, limitações que não
público em face do interesse particular. Havendo conflito entre
existem para o particular. Essas limitações decorrem do fato
o interesse público e o interesse particular, aquele
de que a Administração Pública não é proprietária da coisa
prevalecerá.
pública, não é proprietária do interesse público, mas sim, mera
Podemos conceituar INTERESSE PÚBLICO como o
gestora de bens e interesses alheios que pertencem ao povo.
somatório dos interesses individuais desde que represente o
Em decorrência deste princípio, a Administração somente
interesse majoritário, ou seja, a vontade da maioria da
pode atuar pautada em lei. A Administração somente poderá
sociedade.
agir quando houver lei autorizando ou determinando a sua
O interesse público PRIMÁRIO é o interesse direto do povo,
atuação. A atuação da Administração deve, então, atender o
é o interesse da coletividade como um todo. Já o interesse
estabelecido em lei, único instrumento capaz de retratar o que
público SECUNDÁRIO é o interesse direto do Estado como
seja interesse público.
pessoa jurídica, titular de direitos e obrigações, em suma, é
Este princípio também se encontra implícito em nosso
vontade do Estado. Assim, a vontade do povo (interesse
ordenamento, surgindo sempre que estiver em jogo o
público PRIMÁRIO) e a vontade do Estado (interesse público
interesse público. Exemplos da utilização deste princípio na
SECUNDÁRIO) não se confundem.
prática:
O interesse público SECUNDÁRIO só será legítimo se não
- os bens públicos não são alienados como os particulares,
contrariar nenhum interesse público PRIMÁRIO. E, ao menos
havendo uma série de restrições a sua venda.
indiretamente, possibilite a concretização da realização de
- em regra, a Administração não pode contratar sem prévia
interesse público PRIMÁRIO. Daremos um exemplo para que
licitação, por estar em jogo o interesse público.
você compreenda perfeitamente esta distinção.
- necessidade de realização de concurso público para
Este princípio é um dos dois pilares do denominado regime
admissão de cargo permanente.
jurídico-administrativo, fundamentando a existência das
prerrogativas e dos poderes especiais conferidos à
Sem prejuízo, voltamos a frisar que a Administração
Administração Pública para que esta esteja apta a atingir os
Pública deverá se pautar principalmente nos cinco princípios
fins que lhe são impostos pela Constituição e pelas leis.
estabelecidos pelo “caput” do artigo 37 da Constituição da
O ordenamento jurídico determina que o Estado-
República Federativa do Brasil de 1988. Os princípios são os
Administração atinja uma gama de objetivos e fins e lhe
seguintes: legalidade, impessoalidade, moralidade,
confere meios, instrumentos para alcançar tais metas. Aqui se
publicidade e eficiência.
encaixa o princípio da Supremacia do Interesse Público,
fornecendo à Administração as prerrogativas e os poderes
Princípio da Legalidade
especiais para obtenção dos fins estabelecidos na lei.
O princípio da legalidade, um dos mais importantes
O princípio comentado não está expresso em nosso
princípios consagrados no ordenamento jurídico brasileiro,
ordenamento jurídico. Nenhum artigo de lei fala, dele, porém
consiste no fato de que o administrador somente poderá fazer

Noções de Direito Administrativo 1


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APOSTILAS OPÇÃO

o que a lei permite. É importante demonstrar a diferenciação inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição
entre o princípio da legalidade estabelecido ao administrado e Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990;
ao administrador. Como já explicitado para o administrador, o revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da
princípio da legalidade estabelece que ele somente poderá agir Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências).
dentro dos parâmetros legais, conforme os ditames Os remédios constitucionais do habeas data e mandado de
estabelecidos pela lei. Já, o princípio da legalidade visto sob a segurança cumprem importante papel enquanto garantias de
ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado a concretização da transparência.
fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude lei.
Esta interpretação encontra abalizamento no artigo 5º, II, da Princípio da Eficiência
Constituição Federal de 1988. Por derradeiro, o último princípio a ser abarcado pelo
artigo 37 CF/88 é o da eficiência.
Princípio da Impessoalidade Se, na iniciativa privada, se busca a excelência e a
Posteriormente, o artigo 37 estabelece que deverá ser efetividade, na administração outro não poderia ser o
obedecido o princípio da impessoalidade. Este princípio caminho, enaltecido pela Emenda Constitucional n. 19/98, que
estabelece que a Administração Pública, através de seus fixou a eficiência também para a Administração Pública.
órgãos, não poderá, na execução das atividades, estabelecer Por sua atualidade merece especial referência a questão do
diferenças ou privilégios, uma vez que deve imperar o nepotismo, ou seja, a designação de cônjuge, companheiro e
interesse social e não o interesse particular. parentes para cargos públicos no órgão. A lei proíbe o
De acordo com os ensinamentos de Di Pietro1, o princípio nepotismo direto, aquele em que o beneficiado deve estar
da impessoalidade estaria intimamente relacionado com a subordinado a seu cônjuge ou parente, limitado ao segundo
finalidade pública. De acordo com a autora: grau civil, por consanguinidade (pai, mãe, avós, irmãos, filhos
“A Administração não pode atuar com vista a prejudicar ou e netos) ou por afinidade (sogros, pais dos sogros, cunhados,
beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o enteados e filhos dos enteados).
interesse público que deve nortear o seu comportamento”
Em interessante constatação, se todos são iguais perante a Princípio da autotutela
lei (art. 5º, caput) necessariamente o serão perante a Como o Poder Público está submetido a lei, sua atuação é
Administração, que deverá atuar sem favoritismo ou voltada ao controle de legalidade e quando esse poder é
perseguição, tratando a todos de modo igual, ou quando exercido pela própria Administração, esses atos são
necessário, fazendo a discriminação necessária para se chegar denominados de autotutela.
à igualdade real e material. A autotutela permite que o Poder Público anule ou revogue
seus atos administrativos, quando forem inconvenientes com
Princípio da Moralidade Administrativa a lei. Para tanto, não será necessária a intervenção do Poder
A Administração Pública, de acordo com o princípio da Judiciário.
moralidade administrativa, deve agir com boa-fé, Essa forma de controle interno se dá em dois momentos:
sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta com a anulação de atos ilegais e contrários ao ordenamento
a obrigação ao administrador público de observar não jurídico, e a revogação de atos em confronto com os interesses
somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras da Administração, cuja manutenção se afigura inoportuna e
éticas extraídas dos padrões de comportamento designados inconveniente.
como moralidade administrativa (obediência à lei). No entanto, essa autotutela apresenta algumas limitações
Não basta ao administrador ser apenas legal, deve objetivas e subjetivas, decorrentes do princípio da segurança
também, ser honesto tendo como finalidade o bem comum. jurídica.
Para Maurice Hauriou, o princípio da moralidade Importante destacar a Súmula no 473 do STF, que
administrativa significa um conjunto de regras de conduta consolida nosso estudo: “A administração pode anular seus
tiradas da disciplina interior da Administração. Trata-se de próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
probidade administrativa, que é a forma de moralidade. Tal porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
preceito mereceu especial atenção no texto vigente motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
constitucional (§ 4º do artigo 37 CF), que pune o ímprobo direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
(pessoa não correto -desonesta) com a suspensão de direitos apreciação judicial”.
políticos.
Por fim, devemos entender que a moralidade como Princípio da Igualdade
também a probidade administrativa consiste exclusivamente Também conhecido como Princípio da Isonomia, considera
no dever de funcionários públicos exercerem (prestarem seus que a Administração Pública deve se preocupar em tratar
serviços) suas funções com honestidade. Não devem igualmente as partes no processo administrativo, sem que haja
aproveitar os poderes do cargo ou função para proveito discriminações não permitidas.
pessoal ou para favorecimento de outrem. O objetivo é tratar o administrado com urbanidade, com
equidade, com congruência.
Princípio da Publicidade No processo administrativo, busca-se uma decisão legal e
O princípio da publicidade tem por objetivo a divulgação justa, pois se deve tratar igualmente os iguais e desigualmente
de atos praticados pela Administração Pública, obedecendo, os desiguais, na exata medida de suas desigualdades.
todavia, as questões sigilosas.
Complementando o princípio da publicidade, o art. 5º, Princípio da Finalidade
XXXIII, garante a todos o direito a receber dos órgãos públicos A Administração Pública deve satisfazer a pretensão do
informações de seu interesse particular, ou de interesse interesse público, caso não seja satisfeita a vontade, leva-se à
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena invalidade do ato praticado pelo administrador.
de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja A finalidade2 da atuação da Administração situa-se no
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, matéria atendimento do interesse público e o desvirtuamento dessa
essa regulamentada pela Lei nº 12.527/2011 (Regula o finalidade suscita o vício do desvio de poder ou desvio de
acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5 o, no finalidade.

1 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 31ªEdição, 2018 2 Idem

Noções de Direito Administrativo 2


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APOSTILAS OPÇÃO

Por exemplo, uma passeata de interesse coletivo, conta a proporcionalidade entre os meios empregados e a
autorizadas pela Administração Pública, poderá ser dissolvida, finalidade a ser alcançada e, também, as circunstâncias que
se tornar-se violenta, a ponto de causarem problemas à envolvem a prática do ato.
coletividade (desvio da finalidade).
Questões
Princípio da Motivação
A motivação é um dos critérios entre a discricionariedade 01. (USP - Agente Técnico de Assistência à Saúde
e a arbitrariedade, levando-se a conclusão de que o que não é (Psicólogo) – USP/2017). Um servidor público utiliza sua
motivado é arbitrário. verba de representação ou cartão corporativo em negócios
A autoridade administrativa deve demonstrar as razões não previstos à sua condição de pessoa pública ou do exercício
que permitiram tomar determinada decisão. A motivação é a profissional. Com base nestas informações, os princípios de
exigência do Estado de Direito. Sem a explicitação dos motivos Administração Pública atingidos são:
fica difícil aferir a correção do que foi decidido. A falta de (A) Legalidade e publicidade.
motivação no ato discricionário é o que permite a ocorrência (B) Moralidade e impessoalidade
de desvio de poder e até mesmo de abuso, devido a (C) Impessoalidade e publicidade.
impossibilidade de controle judicial, pois como dito (D) Moralidade e legalidade
anteriormente, a motivação é o que permite aferir a intenção
do agente. 02. (SEDF - Conhecimentos Básicos - CESPE/2017). Em
relação aos princípios da administração pública e à
Princípio da Segurança Jurídica organização administrativa, julgue o item que se segue.
O Estado como garantidor deve conceder segurança O administrador, quando gere a coisa pública conforme o
jurídica aos cidadãos, devido a necessidade de demonstrar que que na lei estiver determinado, ciente de que desempenha o
embora seja o detentor de poder maior, deve-se dosar o papel de mero gestor de coisa que não é sua, observa o
controle da utilização deste poder. princípio da indisponibilidade do interesse público.
A Segurança Jurídica garante aos cidadãos os seus direitos ( ) Certo ( ) Errado
naturais, como por exemplo, direito à liberdade, à vida, à
propriedade, entre outro. 03. (MPE/RN - Técnico do Ministério Público Estadual
Em sentido amplo ela refere-se ao sentido geral de - COMPERVE/2017). A Administração Pública, nos termos do
garantia, proteção, estabilidade de situação ou pessoa em art. 37 da Constituição Federal (CF), deve obedecer a certos
vários campos. Devemos pensar que em sentido amplo está princípios. Tendo em vista os princípios constitucionais
ligada à garantia real de direitos que possuem amparo na expressos no art. 37, da CF,
Constituição Federal, como por exemplo os que são (A) a moralidade administrativa, embora seja observada
reconhecidos pelo artigo 5º, do citado diploma legal. por grande parte dos administradores, não se configura um
Em sentido estrito, a segurança jurídica assume o sentido princípio positivado no ordenamento jurídico brasileiro.
de garantia de estabilidade e de certeza dos negócios (B) a publicação do nome dos servidores públicos com seus
jurídicos, admite que as pessoas saibam previamente que, respectivos vencimentos em sítios eletrônicos, de acordo com
uma vez envolvidas em certa relação jurídica, está se mantém o entendimento do Supremo Tribunal Federal, é legítima, haja
estável, mesmo se alterar a base legal sob a qual se institui. vista o princípio da publicidade dos atos administrativos.
(C) o princípio da legalidade determina que a
Princípio da Continuidade do Serviço Público Administração Pública não pode ser obrigada a fazer ou a
Visa não prejudicar o atendimento à população, uma vez deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei.
que os serviços essenciais não podem ser interrompidos. (D) o princípio da impessoalidade, de acordo com o
Celso Ribeiro Bastos (in Curso de direito administrativo, 2. entendimento do Supremo Tribunal Federal, possibilita a
ed. – São Paulo: Saraiva, 1996, p. 165.), é um dos doutrinadores contratação de parentes de terceiro grau da autoridade
que defende a não interrupção do serviço público essencial: "O nomeante para o exercício de cargo em comissão.
serviço público deve ser prestado de maneira continua, o que
significa dizer que não é passível de interrupção. Isto ocorre 04. (Prefeitura de Belo Horizonte /MG - Procurador
pela própria importância de que o serviço público se reveste, Municipal – CESPE/2017). A respeito dos princípios
o que implica ser colocado à disposição do usuário com aplicáveis à administração pública, assinale a opção correta.
qualidade e regularidade, assim como com eficiência e (A) Dado o princípio da autotutela, poderá a administração
oportunidade"... "Essa continuidade afigura-se em alguns anular a qualquer tempo seus próprios atos, ainda que eles
casos de maneira absoluta, quer dizer, sem qualquer tenham produzido efeitos benéficos a terceiros.
abrandamento, como ocorre com serviços que atendem (B) Apesar de expressamente previsto na CF, o princípio da
necessidades permanentes, como é o caso de fornecimento de eficiência não é aplicado, por faltar-lhe regulamentação
água, gás, eletricidade. Diante, pois, da recusa de um serviço legislativa.
público, ou do seu fornecimento, ou mesmo da cessação (C) Ao princípio da publicidade corresponde, na esfera do
indevida deste, pode o usuário utilizar-se das ações judiciais direito subjetivo dos administrados, o direito de petição aos
cabíveis, até as de rito mais célere, como o mandado de órgãos da administração pública.
segurança e a própria ação cominatória". (D) O princípio da autoexecutoriedade impõe ao
administrador o ônus de adequar o ato sancionatório à
Princípio da Probidade infração cometida.
Consiste na honradez, caráter íntegro, honestidade.
Configura a retidão no agir, permitindo uma atuação na 05. (IF Sul/MG - Assistente em Administração - IFSUL-
administração de boa qualidade. . MG/2016). A divulgação oficial do ato da Administração para
ciência do público em geral, com efeito de início da atuação
Princípio da Razoabilidade e Equidade externa, ou seja, de gerar efeitos jurídicos, corresponde à qual
O princípio da razoabilidade visa estruturar a aplicação de Princípio da Administração Pública, conforme Constituição da
outras normas, princípios ou regras, de modo que sejam República Federativa do Brasil de 1988?
aplicadas de forma razoável e justa. Consiste em agir com bom (A) Princípio da Moralidade.
senso, moderação e ter atitudes coerentes. Deve ser levada em (B) Princípio da Legalidade.

Noções de Direito Administrativo 3


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APOSTILAS OPÇÃO

(C) Princípio da Publicidade. O Poder Público só poderá explorar atividade econômica a


(D) Princípio da Impessoalidade. título de exceção em duas situações previstas na CF/88, no seu
art. 173:
Gabarito - para fazer frente à uma situação de relevante interesse
coletivo;
01.D/ 02.Certo/ 03.B/ 04.C/ 05. C - para fazer frente à uma situação de segurança nacional.
O Poder Público não tem a obrigação de gerar lucro quando
explora atividade econômica. Quando estiver atuando na
Organização atividade econômica, entretanto, estará concorrendo em grau
de igualdade com os particulares, estando sob o regime do art.
administrativa: administração 170 da CF/88, inclusive quanto à livre concorrência.
direta e indireta; centralizada
e descentralizada; autarquias, Questões
fundações, empresas públicas, 01. (Prefeitura de São Paulo/SP - Assistente de Gestão
sociedades de economia de Políticas Públicas I – CESPE/2016). No que se refere à
mista. administração pública direta e indireta, assinale a opção
correta.
(A) As pessoas administrativas que formam a
administração pública indireta são aquelas dotadas de
A Organização Administrativa compõe a parte do Direito
personalidade jurídica de direito público (como as autarquias
Administrativo que estuda os órgãos e pessoas jurídicas que a
e as fundações públicas).
compõem, além da estrutura interna da Administração
(B) Na esfera municipal, a administração direta é formada
Pública.
pelos órgãos que compõem a prefeitura e a câmara municipal,
Em âmbito federal, o assunto vem disposto no Decreto-Lei
além das fundações e das empresas públicas de âmbito local.
n. 200/67 que “dispõe sobre a organização da Administração
(C) A administração indireta compreende as pessoas
Pública Federal e estabelece diretrizes para a Reforma
administrativas que, vinculadas à respectiva administração
Administrativa”.
direta, desempenham atividades administrativas de forma
Administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e
descentralizada.
agentes do Estado que procuram satisfazer as necessidades da
(D) Tanto a administração direta quanto a indireta são
sociedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc.
compostas por órgãos e por pessoas jurídicas administrativas,
Em outras palavras, administração pública é a gestão dos
com a diferença de que todas as que integram a administração
interesses públicos por meio da prestação de serviços
indireta estão submetidas a regime de direito privado.
públicos, sendo dividida em administração direta e indireta.
(E) O aspecto mais relevante que caracteriza a
administração indireta é o fato de ela ser, ao mesmo tempo,
Administração pública direta
titular e executora de serviço público.
A Administração Pública Direta é o conjunto de órgãos
02. (CASAN - Advogado - INSTITUTO AOCP/2016).
públicos vinculados diretamente ao chefe da esfera
Quanto à Administração Pública Indireta, assinale a
governamental que integram. Não possuem personalidade
alternativa correta.
jurídica própria, patrimônio e autonomia administrativa e
(A) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia,
cujas despesas são realizadas diretamente através do
empresa pública, sociedade de economia mista e fundação,
orçamento da referida esfera.
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas
Sua competência abarca os diversos órgãos que compõem
de sua atuação.
a entidade pública por eles responsáveis. Exemplos:
(B) A criação de subsidiárias pelas empresas públicas e
Ministérios, Secretarias, Departamentos e outros que, como
sociedades de economia mista, bem como sua participação em
característica inerente da Administração Pública Direta, não
empresas privadas, depende de autorização legislativa, exceto
possuem personalidade jurídica, pois não podem contrair
se já houver previsão para esse fim na própria lei que instituiu
direitos e assumir obrigações, haja vista que estes pertencem
a empresa de economia mista matriz, tendo em vista que a lei
a pessoa política (União, Estado, Distrito Federal e
criadora é a própria medida autorizadora.
Municípios).
(C) A fundação pública não pode ser extinta por ato do
A Administração direta não possui capacidade
Poder Público.
postulatória, ou seja, não pode ingressar como autor ou réu em
(D) O chefe do Poder Executivo poderá, por decreto,
relação processual. Exemplo: Servidor público estadual lotado
extinguir empresa pública ou sociedade de economia mista.
na Secretaria da Fazenda que pretende interpor ação judicial
(E) A sociedade de economia mista poderá ser estruturada
pugnando o recebimento de alguma vantagem pecuniária. Ele
sob qualquer das formas admitidas em direito.
não irá propor a demanda em face da Secretaria, mas sim em
desfavor do Estado que é a pessoa política dotada de
03. (TJ/RS - Contador – FAURGS/2016). A
personalidade jurídica para estar no outro polo da lide.
Administração Direta compreende
(A) as autarquias.
Administração pública indireta
(B) as empresas públicas.
(C) as sociedades de economia mista.
São integrantes da Administração indireta as fundações, as
(D) as fundações públicas.
autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia
(E) a presidência da república e os ministérios.
mista.
Essas quatro pessoas são criadas para a prestação de
04. (Prefeitura de Cláudio/MG - Guarda Municipal –
serviços públicos ou para a exploração de atividades
FUNDEP/2016). Assinale a alternativa em que, segundo o
econômicas, com o objetivo de aumentar o grau de
direito positivo brasileiro, todas as pessoas indicadas são
especialidade e eficiência da prestação do serviço público.
componentes da Administração Pública Indireta.
(A) Autarquia, fundação e organização social.

Noções de Direito Administrativo 4


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APOSTILAS OPÇÃO

(B) Fundação, agência executiva e sociedade de propósitos público. Descentralização, entretanto, significa transferir a
específicos. execução de um serviço público para terceiros que não se
(C) Organização da sociedade civil de interesse público, confundem com a Administração Direta, e a desconcentração
conselho popular e consórcio público. significa transferir a execução de um serviço público de um
(D) Autarquia, sociedade de economia mista e empresa órgão para o outro dentro da Administração Direta,
pública. permanecendo está no centro.

Gabarito Questões

01.C/ 02.B/ 03.E/ 04.D 01. (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil
– ESAF/2016). Complete as lacunas em branco com os termos
Centralização e descentralização descentralização ou desconcentração.
Ao final, assinale a opção que contenha a sequência
A execução do serviço público poderá ser por: correta.
Centralização: Quando a execução do serviço estiver
sendo feita pela Administração direta do Estado (ex.: 1. Em nenhuma forma de _____________ há hierarquia.
Secretarias, Ministérios etc.). Dessa forma, o ente federativo 2. Ocorre a chamada ______________ quando o Estado
será tanto o titular do serviço público, como o prestador do desempenha algumas de suas atribuições por meio de outras
mesmo, o próprio estado é quem centraliza a atividade. pessoas e não pela sua administração direta.
Descentralização: Quando estiver sendo feita por 3. Trata-se, a ____________________, de mera técnica
terceiros que não se confundem com a Administração direta administrativa de distribuição interna de competências.
do Estado. Esses terceiros poderão estar dentro ou fora da 4. Porque a ______________ ocorre no âmbito de uma pessoa
Administração Pública. Se estiverem dentro da Administração jurídica, surge relação de hierarquia, de subordinação, entre os
Pública, poderão ser autarquias, fundações, empresas públicas órgãos dela resultantes.
e sociedades de economia mista (Administração indireta do (A) descentralização/desconcentração/desconcentração/
Estado). Se estiverem fora da Administração, serão descentralização
particulares e poderão ser concessionários, permissionários (B) descentralização/descentralização/desconcentração/
ou autorizados. desconcentração
Assim, descentralizar é repassar a execução e a (C) desconcentração/desconcentração/descentralização/
titularidade, ou só a execução de uma pessoa para outra, não descentralização
havendo hierarquia. Por exemplo, quando a União transferiu a (D) desconcentração/descentralização/desconcentração/
titularidade dos serviços relativos à seguridade social à descentralização
autarquia INSS. (E) desconcentração/descentralização/descentralização/
desconcentração
Concentração e desconcentração
02. (DER/CE - Procurador Autárquico – UECE-
Desconcentração (Criar órgãos): Mera técnica CE/2016). A criação de uma autarquia na estrutura da
administrativa de distribuição interna de competências Administração Pública consiste no instituto jurídico da
mediante criação de órgãos públicos. Pressupõe a existência (A) descentralização.
de apenas uma pessoa, pois os órgãos não possuem (B) desconcentração.
personalidade jurídica própria. (C) concentração.
Ocorre desconcentração administrativa quando uma (D) centralização.
pessoa política ou uma entidade da administração indireta
distribui competências no âmbito de sua própria estrutura 03. (Prefeitura de Resende/RJ - Assistente
afim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. Administrativo – IBEG/2016). "Ocorre quando a entidade da
Desconcentração envolve, obrigatoriamente, uma só pessoa Administração, encarregada de executar um ou mais serviços,
jurídica. distribui competências, no âmbito de sua própria estrutura, no
Porque a desconcentração ocorre no âmbito de uma intuito de tornar mais eficiente e ágil a prestação dos serviços”.
mesma pessoa jurídica, surge relação de hierarquia, de O presente conceito refere-se à:
subordinação, entre os órgãos dela resultantes. No âmbito das (A) Descentralização administrativa.
entidades desconcentradas temos controle hierárquico, o qual (B) Centralização administrativa.
compreende os poderes de comando, fiscalização, revisão, (C) Concentração administrativa.
punição, solução de conflitos de competência, delegação e (D) Desconcentração administrativa.
avocação. (E) Nenhuma das alternativas.
Concentração (extinguir órgãos): Trata-se da técnica
administrativa que promove a extinção de órgãos públicos. Gabarito
Pessoa jurídica integrante da administração pública extingue
órgãos antes existentes em sua estrutura, reunindo em um 01.B/ 02.A/ 03.D.
número menor de unidade as respectivas competências.
Imagine-se, como exemplo, que a secretaria da fazenda de um Feitas essas considerações iniciais, passamos à análise das
município tivesse em sua estrutura superintendências, pessoas jurídicas que compõem a Administração Pública
delegacias, agências e postos de atendimento, cada um desses Indireta:
órgãos incumbidos de desempenhar específicas competências
da referida secretaria. Caso a administração pública municipal Autarquias
decidisse, em face de restrições orçamentárias, extinguir os
postos de atendimento, atribuindo às agências as As autarquias são pessoas jurídicas de direito público
competências que aqueles exerciam, teria ocorrido criadas para a prestação de serviços públicos, contando com
concentração administrativa. capital exclusivamente público, ou seja, as autarquias são
Diferença entre Descentralização e Desconcentração: regidas integralmente por regras de direito público, podendo,
As duas figuras dizem respeito à forma de prestação do serviço tão-somente, serem prestadoras de serviços e contando com

Noções de Direito Administrativo 5


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APOSTILAS OPÇÃO

capital oriundo da Administração Direta (ex.: INCRA, INSS, - As profissionais ou corporativas: Para fiscalizar as
DNER, Banco Central etc.). profissões;
Características: Temos como principais características - As culturais ou de ensino: Universidades federais.
das autarquias: Patrimônio: A questão patrimonial diz respeito à
- Criação por lei: é exigência que vem desde o Decreto-lei caracterização dos bens em públicos e privados. Em 1916, o
nº 6 016/43, repetindo-se no Decreto-lei nº 200/67 e sistema jurídico administrativo sofreu várias mudanças com a
constando agora do artigo 37, XIX, da Constituição; criação desse tipo especial de pessoas jurídicas - as autarquias
- Personalidade jurídica pública: ela é titular de direitos - que, mesmo sem integrar a organização política do Estado, a
e obrigações próprios, distintos daqueles pertencentes ao ente ela está vinculada, ostentando personalidade jurídica de
que a instituiu: sendo pública, submete-se a regime jurídico de direito público.
direito público, quanto à criação, extinção, poderes, Pessoal: Com o artigo 39 da Constituição, em sua redação
prerrogativas, privilégios, sujeições; vigente, as pessoas federativas (União, Estados, DF e
- Capacidade de autoadministração: não tem poder de Municípios) ficaram com a obrigação de instituir, no âmbito de
criar o próprio direito, mas apenas a capacidade de se auto sua organização, regime jurídico único para todos os
administrar a respeito das matérias especificas que lhes foram servidores da administração direta, das autarquias e das
destinadas pela pessoa pública política que lhes deu vida. A fundações públicas. Segundo Carvalho Filho, o art. 39 da CF, foi
outorga de patrimônio próprio é necessária, sem a qual a a maneira que o legislador encontrou de manter planos de
capacidade de autoadministração não existiria. carreira idênticos para esses setores administrativos,
Pode-se compreender que ela possui dirigentes e acabando com as antigas diferenças que, como é sabido, por
patrimônio próprios. anos e anos, provocaram inconformismos e litígios entre os
- Especialização dos fins ou atividades: coloca a servidores.
autarquia entre as formas de descentralização administrativa Controle Judicial: As autarquias, por serem dotadas de
por serviços ou funcional, distinguindo-a da descentralização personalidade jurídica de direito público, podem praticar atos
territorial; o princípio da especialização impede de exercer administrativos típicos e atos de direito privado (atípicos),
atividades diversas daquelas para as quais foram instituídas; e sendo este último, controlados pelo judiciário, por vias
- Sujeição a controle ou tutela: é indispensável para que comuns adotadas na legislação processual, tal como ocorre
a autarquia não se desvie de seus fins institucionais. com os atos jurídicos normais praticados por particulares. Já
- Liberdade Financeira: As autarquias possuem verbas os atos administrativos, possuem algumas características
próprias (surgem como resultado dos serviços que presta) e especiais, pois eles são controlados pelo judiciário tanto por
verbas orçamentárias (são aquelas decorrentes do vias comuns, quanto pelas especiais, como é o caso do
orçamento). Terão liberdade para manejar as verbas que mandado e da ação popular.
recebem como acharem conveniente, dentro dos limites da lei Foro dos litígios judiciais: Os litígios comuns, onde as
que as criou. autarquias federais figuram como autoras, rés, assistentes ou
- Liberdade Administrativa: As autarquias têm liberdade oponentes, têm suas causas processadas e julgadas na Justiça
para desenvolver os seus serviços como acharem mais Federal, o mesmo foro apropriado para processar e julgar
conveniente (comprar material, contratar pessoal etc.), dentro mandados de segurança contra agentes autárquicos.
dos limites da lei que as criou. Quanto às autarquias estaduais e municipais, os processos
Classificação: Para Carvalho Filho, pode-se apontar três em que encontramos como partes ou intervenientes terão seu
fatores que de fato demarcam diferenças entre as autarquias. curso na Justiça Estadual comum, sendo o juízo indicado pelas
São eles: disposições da lei estadual de divisão e organização
- o nível federativo: as autarquias podem ser federais, judiciárias.
estaduais, distritais e municipais, conforme instituídas pela Responsabilidade civil: Prevê a Constituição que as
União, Estados, Distrito Federal e pelos Municípios; pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos
- quanto ao objeto: dentro das atividades típicas do que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros.
Estado, as que estão pré-ordenadas; e A regra contida no referido dispositivo, consagra a teoria
- as autarquias podem ter diferentes objetivos: as da responsabilidade objetiva do Estado, aquela que independe
autarquias assistenciais são aquelas que visam a dispensar da investigação sobre a culpa na conduta do agente.
auxílio a regiões menos desenvolvidas, ou à categorias sociais Prerrogativas autárquicas: As autarquias possuem
específicas, para o fim de minorar as desigualdades regionais algumas prerrogativas de direito público, sendo elas:
e sociais, conforme artigo 3º, inciso III, da Constituição (ex.: - imunidade tributária: previsto no art. 150, § 2 º, da CF,
SUDENE). veda a instituição de impostos sobre o patrimônio, a renda e
Segundo di Pietro, a classificação pode ser de acordo com os serviços das autarquias, desde que vinculados às suas
vários critérios: finalidades essenciais ou às que delas decorram. Podemos,
- tipo de atividade: Econômicas, de crédito e industriais, assim, dizer que a imunidade para as autarquias tem natureza
de previdência e assistência, profissionais ou corporativas; condicionada.
- capacidade administrativa: geográfica ou territorial e a - impenhorabilidade de seus bens e de suas rendas:
de serviço ou institucional; não pode ser usado o instrumento coercitivo da penhora como
- estrutura: fundações e corporativas; e garantia do credor.
- âmbito de atuação: federais, estaduais e municipais. - imprescritibilidade de seus bens: caracterizando-se
Quanto ao tipo de atividade elas ainda podem ser como bens públicos, não podem ser eles adquiridos por
distribuídas em 5 grupos de classificação: terceiros através de usucapião.
- Econômicas: São destinadas para incentivar a produção - prescrição quinquenal: dívidas e direitos em favor de
e controle de produtos. Como é o exemplo do Instituto do terceiros contra autarquias prescrevem em 5 anos.
Açúcar e do Álcool; - créditos sujeitos à execução fiscal: os créditos
- De crédito e industriais: Para gestão de recursos autárquicos são inscritos como dívida ativa e podem ser
financeiros, bem como sua distribuição mediante empréstimo. cobrados pelo processo especial das execuções fiscais.
Atualmente foram substituídas por empresas públicas, como é - presunção de legitimidade de seus atos administrativos:
o caso da Caixa Econômica Federal; - principais situações processuais específicas:
- De previdência e assistência: Para atividades de As autarquias são consideradas como fazenda pública,
seguridade social. Como é o caso do INSS e o IPESP; razão pela qual, nos processos em que é parte, tem prazo em

Noções de Direito Administrativo 6


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APOSTILAS OPÇÃO

dobro para recorrer (art. 183 do NCPC). Elas estão sujeitas ao desenvolvimento dos recursos humanos e o fortalecimento da
duplo grau de jurisdição. A defesa de autarquia em execução identidade institucional da Agência Executiva.
por quantia certa, fundada em título judicial, se formaliza em O Poder Executivo definirá também os critérios e
outros apensos ao processo principal e por meio de embargos procedimentos para a elaboração e o acompanhamento dos
do devedor. Contratos de Gestão e dos programas de reestruturação e de
desenvolvimento institucional das Agências.
Chamamos a atenção com relação aos prazos: A qualificação como Agência Executiva deve ser dada por
A redação do Código de Processo Civil de 1973, previa meio de decreto do Presidente da República.
prazo em dobro para a Fazenda Pública e o Ministério O Poder Executivo também estabelecerá medidas de
Público se manifestarem e prazo em quádruplo para organização administrativa específicas para as Agências
recorrer. Executivas, com o objetivo de assegurar a sua autonomia de
Com o novo Código de Processo de 2015, esse prazo gestão, bem como as condições orçamentárias e financeiras
sofreu modificações, de forma que o Ministério Público, à para o cumprimento dos contratos de gestão.
Fazenda Pública e à Defensoria Pública gozam de prazo em O plano estratégico de reestruturação deve produzir
dobro para manifestação nos autos, exceto nos casos em melhorias na gestão da instituição, com vistas à melhoria dos
que a lei estabelecer, de maneira expressa, outro prazo resultados, do atendimento aos seus clientes e usuários e da
específico para esses entes. utilização dos recursos públicos.
Entretanto, esse benefício da contagem do prazo em O contrato de gestão estabelecerá os objetivos estratégicos
dobro, não se aplica ao ente público, Ministério Público ou e as metas a serem alcançadas pela instituição em
Defensoria Pública, quando a lei estabelecer, de forma determinado período de tempo, além dos indicadores que
expressa, prazo próprio para o ente público. (art. 183, §2º, medirão seu desempenho na realização de suas metas
NCPC) contratuais, condições de execução, gestão de recursos
humanos, de orçamento e de compras e contratos.
Contratos; Os contratos celebrados pelas autarquias são A autonomia concedida estará subordinada à assinatura do
de caráter administrativo e possuem as cláusulas exorbitantes, Contrato de Gestão com o Ministério supervisor, no qual serão
que garantem à administração prerrogativas que o contratado firmados, de comum acordo, compromissos de resultados.
não tem, assim, dependem de prévia licitação, exceto nos casos Organização administrativa das Agências Executivas.
de dispensa ou inexigibilidade e precisam respeitar os As Agências Executivas serão objeto de medidas específicas de
trâmites da lei 8.666/1993, além da lei 10.520/2002, que organização administrativa. Os objetivos são, basicamente,
institui a modalidade licitatória do pregão para os entes aumento de eficiência na utilização dos recursos públicos,
públicos. melhoria do desempenho e da qualidade dos serviços
Isto acontece pelo fato de que por terem qualidade de prestados, maior autonomia de administração orçamentária,
pessoas jurídicas de direito público, as entidades autárquicas financeira, operacional e de recursos humanos além de
relacionam-se com os particulares com grau de supremacia, eliminar fatores restritivos à sua atuação como instituição.
gozando de todas as prerrogativas estatais. A não existência de certos limites de atuação das Agências
Autarquia de regime especial: É toda aquela em que a lei é condicionada à existência prévia de recursos orçamentários
instituidora conferir privilégios específicos e aumentar sua disponíveis e a necessidade dos serviços para o cumprimento
autonomia comparativamente com as autarquias comuns, sem dos objetivos e metas do contrato de gestão.
infringir os preceitos constitucionais pertinentes a essas Sem aumentar despesas e o numeral de cargos da entidade,
entidades de personalidade pública. O que posiciona a os Ministros supervisores tem competência para aprovação ou
autarquia de regime especial são as regalias que a lei criadora readequação das estruturas regimentais ou estatutos das
lhe confere para o pleno desempenho de suas finalidades Agências Executivas. Esta competência poderá ser delegada
específicas. 3 pelo Ministro supervisor ao dirigente máximo da Agência
Assim, são consideradas autarquias de regime especial o Executiva.
Banco Central do Brasil, as entidades encarregadas, por lei, dos Os dirigentes máximos das Agências Executivas também
serviços de fiscalização de profissões. Com a política poderão autorizar os afastamentos do País de servidores civis
governamental de transferir para o setor privado a execução das respectivas entidades.
de serviços públicos, reservando ao Estado a regulamentação, As Agências Executivas também poderão editar
o controle e fiscalização desses serviços, houve a necessidade regulamentos próprios de avaliação de desempenho dos seus
de criar na administração agências especiais destinadas a esse servidores. Estes serão previamente aprovados pelo seu
fim. Ministério supervisor e, provavelmente, pelo substituto
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado nos
Agências executivas: A qualificação de agências governos posteriores à sua extinção.
executivas se dá por meio de requerimento dos órgãos e das De acordo com o que se viu a partir da Emenda
entidades que prestam atividades exclusivas do Estado e se Constitucional nº 19 de 1998, os resultados da avaliação
candidatam à qualificação. Aqui estão envolvidas a instituição poderão ser levados em conta para efeito de progressão
e o Ministério responsável pela sua supervisão.4 funcional dos servidores das Agências Executivas.
Segundo determina a lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998, As Agências Executivas poderão editar regulamento
artigos. 51 e 52 e parágrafos, o Poder Executivo poderá próprio de valores de diárias no País e condições especiais
qualificar como Agência Executiva autarquias ou fundações para sua concessão. O que se busca é adequá-las às
que tenham cumprido os requisitos de possuir plano necessidades específicas de todos os tipos de deslocamentos.
estratégico de reestruturação e de desenvolvimento Todos os dados relativos a número, valor, classificação
institucional em andamento além da celebração de Contrato funcional programática e de natureza da despesa,
de Gestão com o respectivo Ministério supervisor. correspondentes à nota de empenho ou de movimentação de
Os planos devem definir diretrizes, políticas e medidas créditos devem ser publicados no Diário Oficial da União em
voltadas para a racionalização de estruturas e do quadro de atendimento ao princípio constitucional da publicidade.
servidores, a revisão dos processos de trabalho, o

3 http://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/27676/autarquias-de- 4 http://www.ambito-
regime-especial juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=661

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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA


APOSTILAS DIGITAÇÕES & CONCURSOS
OPÇÃO

Agências Reguladoras: As agências reguladoras foram 03. (TCE/PR - Auditor – CESPE/2016). Na organização
criadas pelo Estado com a finalidade de tentar fiscalizar as administrativa do poder público, as autarquias públicas são
atividades das iniciativas privadas. Tratam-se de espécies do (A) entidades da administração indireta com
gênero autarquias, possuem as mesmas características, exceto personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios.
pelo fato de se submeterem a um regime especial. Seu escopo (B) sociedades de economia mista criadas por lei para a
principal é a regulamentação, controle e fiscalização da exploração de atividade econômica.
execução dos serviços públicos transferidos ao setor privado. (C) organizações da sociedade civil constituídas com fins
São criadas por meio de leis e tem natureza de autarquia filantrópicos e sociais.
com regime jurídico especial, ou seja, é aquela que a lei (D) órgãos da administração direta e estão vinculadas a
instituidora confere privilégios específicos e maior autonomia algum ministério.
em comparação com autarquias comuns, sem de forma alguma (E) organizações sociais sem fins lucrativos com atividades
infringir preceitos constitucionais. dirigidas ao ensino e à pesquisa científica
Uma das principais características das Agências
Reguladoras é a sua relativa autonomia e independência. As 04. (EPT – Maricá -Assistente Administrativo –IESAP).
agências sujeitam-se ao processo administrativo (Lei Sobre as autarquias não é correto afirmar:
9.784/99, na esfera federal, além dos próprios dispositivos das (A) Deve ser criada mediante lei específica.
leis especificas). (B) Executa atividades típicas da administração pública,
Caso ocorra lesão ou ameaça de lesão de direito, a empresa que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
concessionária poderá ir ao Judiciário. Sua função é regular a administrativa e financeira descentralizada.
prestação de serviços públicos, organizar e fiscalizar esses (C) É uma entidade com personalidade jurídica de direito
serviços a serem prestados por concessionárias ou privado, criada por lei.
permissionárias. (D) São entes de direito público com personalidade
jurídica e patrimônios próprios.
Questões
05. (ESAF - Analista de Planejamento e Orçamento -
01. (TRE/SP - Analista Judiciário - Área Administrativa Conhecimentos Gerais – ESAF). São características das
– FCC/2017). A Administração pública, quando se organiza de autarquias, exceto:
forma descentralizada, contempla a criação de pessoas (A) criação por lei de iniciativa do Chefe do Poder
jurídicas, com competências próprias, que desempenham Executivo.
funções originariamente de atribuição da Administração (B) personalidade de direito público, submetendo-se a
direta. Essas pessoas jurídicas, regime jurídico administrativo quanto à criação, extinção e
(A) quando constituídas sob a forma de autarquias, podem poderes.
ter natureza jurídica de direito público ou privado, podendo (C) capacidade de autoadministração, o que implica
prestar serviços públicos com os mesmos poderes e autonomia referente às suas atividades de administração
prerrogativas que a Administração direta. ordinária (atividade meio), bem como às suas atividades
(B) podem ter natureza jurídica de direito privado ou normativas e regulamentares.
público, mas não estão habilitadas a desempenhar os poderes (D) especialização dos fins ou atividades, sendo-lhes
típicos da Administração direta. vedado exercer atividades diversas daquelas para as quais
(C) desempenham todos os poderes atribuídos à foram instituídas.
Administração direta, à exceção do poder de polícia, em (E) sujeição a controle ou tutela, o que não exclui o controle
qualquer de suas vertentes, privativo da Administração direta, interno.
por envolver limitação de direitos individuais.
(D) quando constituídas sob a forma de autarquias, Gabarito
possuem natureza jurídica de direito público, podendo exercer
poder de polícia na forma e limites que lhe tiverem sido 01.D/ 02.C/ 03.A/ 04.C/ 05.C.
atribuídos pela lei de criação.
(E) terão natureza jurídica de direito privado quando se Fundações públicas
tratar de empresas estatais, mas seus bens estão sujeitos a
regime jurídico de direito público, o que também se aplica no Fundação é uma pessoa jurídica composta por um
que concerne aos poderes da Administração, que patrimônio personalizado, destacado pelo seu instituidor para
desempenham integralmente, especialmente poder de polícia. atingir uma finalidade específica. As fundações poderão ser
tanto de direito público quanto de direito privado.
02. (PC/PE - Escrivão de Polícia – CESPE/2016). Com As fundações que integram a Administração indireta,
referência à administração pública direta e indireta, assinale a quando forem dotadas de personalidade de direito público,
opção correta. serão regidas integralmente por regras de Direito Público.
(A) Os serviços sociais autônomos, por possuírem Quando forem dotadas de personalidade de direito privado,
personalidade jurídica de direito público, são mantidos por serão regidas por regras de direito público e direito privado.
dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais. O patrimônio da fundação pública é destacado pela
(B) A fundação pública não tem capacidade de Administração direta, que é o instituidor para definir a
autoadministração. finalidade pública. Como exemplo de fundações, temos: IBGE
(C) Como pessoa jurídica de direito público, a autarquia (Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico); Universidade de
realiza atividades típicas da administração pública. Brasília; Fundação CASA; FUNAI; Fundação Memorial da
(D) A sociedade de economia mista tem personalidade América Latina; Fundação Padre Anchieta (TV Cultura).
jurídica de direito público e destina-se à exploração de Características:
atividade econômica. - Liberdade financeira;
(E) A empresa pública tem personalidade jurídica de - Liberdade administrativa;
direito privado e controle acionário majoritário da União ou - Dirigentes próprios;
outra entidade da administração indireta. - Patrimônio próprio: Patrimônio personalizado significa
dizer que sobre ele recai normas jurídicas que o tornam sujeito

Noções de Direito Administrativo 8


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de direitos e obrigações e que ele está voltado a garantir que (D) Agência Reguladora.
seja atingido a finalidade para qual foi criado. (E) Administração Direta.
Não existe hierarquia ou subordinação entre a fundação e
a Administração direta. O que existe é um controle de Gabarito
legalidade, um controle finalístico.
As fundações governamentais, sejam de personalidade de 01.E/ 02.C
direito público, sejam de direito privado, integram a
Administração Pública. A lei cria e dá personalidade para as Empresas públicas
fundações governamentais de direito público. As fundações
governamentais de direito privado são autorizadas por lei e Empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito
sua personalidade jurídica se inicia com o registro de seus Privado, criadas para a prestação de serviços públicos ou para
estatutos. a exploração de atividades econômicas que contam com
As fundações são dotadas dos mesmos privilégios que a capital exclusivamente público e são constituídas por qualquer
Administração direta, tanto na área tributária (ex.: imunidade modalidade empresarial. Se a empresa pública é prestadora de
prevista no art. 150 da CF/88), quanto na área processual (ex.: serviços públicos, por consequência está submetida a regime
prazo em dobro). jurídico público. Se a empresa pública é exploradora de
As fundações respondem pelas obrigações contraídas atividade econômica, estará submetida a regime jurídico igual
junto a terceiros. A responsabilidade da Administração é de ao da iniciativa privada.
caráter subsidiário, independente de sua personalidade. Alguns exemplos de empresas públicas:
As fundações governamentais têm patrimônio público. Se - BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
extinta, o patrimônio vai para a Administração indireta, Social): Embora receba o nome de banco, não trabalha como
submetendo-se as fundações à ação popular e mandado de tal. A única função do BNDS é financiar projetos de natureza
segurança. As particulares, por possuírem patrimônio social. É uma empresa pública prestadora de serviços públicos.
particular, não se submetem à ação popular e mandado de - EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos): É
segurança, sendo estas fundações fiscalizadas pelo Ministério prestadora de serviço público (art. 21, X, da CF/88).
Público. - Caixa Econômica Federal: Atua no mesmo segmento das
empresas privadas, concorrendo com os outros bancos. É
Questões empresa pública exploradora de atividade econômica.
- RadioBrás: Empresa pública responsável pela “Voz do
01. (ANS - Técnico Administrativo – FUNCAB/2016). Brasil”. É prestadora de serviço público.
Em relação à organização administrativa, marque a alternativa As empresas públicas, independentemente da
correta. personalidade jurídica, têm as seguintes características:
(A) As entidades paraestatais, como as fundações ou - Liberdade financeira: Têm verbas próprias, mas também
entidades de apoio, e os serviços sociais autônomos compõem são contempladas com verbas orçamentárias;
a estrutura da Administração Pública e se submetem ao regime - Liberdade administrativa: Têm liberdade para contratar
jurídico administrativo previsto na Constituição da República. e demitir pessoas, devendo seguir as regras da CF/88. Para
(B) As autarquias, assim como as fundações públicas, contratar, deverão abrir concurso público; para demitir,
podem assumir a personalidade de direito privado ou público. deverá haver motivação.
No entanto, quando criadas com natureza privada, não se Não existe hierarquia ou subordinação entre as empresas
submetem ao regime próprio das entidades públicas. públicas e a Administração Direta, independentemente de sua
(C) As sociedades de economia mista federais são dotadas função. Poderá a Administração Direta fazer controle de
de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio legalidade e finalidade dos atos das empresas públicas, visto
próprio e capital exclusivo da União, e só podem assumir a que estas estão vinculadas àquela. Só é possível, portanto,
forma jurídica de sociedades anônimas. controle de legalidade finalístico.
(D) Os servidores das empresas públicas federais são A lei não cria, somente autoriza a criação das empresas
admitidos obrigatoriamente por concurso público para ocupar públicas, ou seja, independentemente das atividades que
cargos públicos sem estabilidade e sujeitos às normas desenvolvam, a lei somente autorizará a criação das empresas
estabelecidas na CLT. públicas.
(E) As fundações públicas de direito privado somente A empresa pública será prestadora de serviços públicos ou
adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura exploradora de atividade econômica. A CF/88 somente admite
pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas a empresa pública para exploração de atividade econômica em
Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do duas situações (art. 173 da CF/88):
Código Civil concernentes às fundações. - Fazer frente a uma situação de segurança nacional;
- Fazer frente a uma situação de relevante interesse
02. (JUCEPAR/PR - Administrador – FAU/2016). A coletivo: A empresa pública deve obedecer aos princípios da
Administração Pública pode ser exercida por meio de órgãos ordem econômica, visto que concorre com a iniciativa privada.
ou instituições diretas e indiretas, de várias formas e com Quando o Estado explora, portanto, atividade econômica por
conceitos e caracterizações bem definidos. Neste sentido intermédio de uma empresa pública, não poderão ser
questiona-se: a que tipo de órgão ou instituição pertence a conferidas a ela vantagens e prerrogativas diversas das da
seguinte caracterização? iniciativa privada (princípio da livre concorrência).
Vale fazer uma ressalva quanto às empresas públicas
“(...) o patrimônio, total ou parcialmente público, dotado de prestadoras de serviço público, muitos doutrinadores
personalidade jurídica, de direito público ou privado, e divergem se eles podem ou não falir. Trouxemos os
destinado por lei, ao desempenho de atividades do Estado na entendimentos apontados por alguns doutrinadores no
ordem social, com capacidade de autoadministração e sentido que essas empresas não se submetem ao regime
mediante controle da Administração Pública, nos limites da falimentar.
lei.”
(A) Autarquia. Empresas privadas Primeiramente devemos enfatizar
(B) Sociedade de Economia Mista. que a empresa privada não depende do poder do Estado para
(C) Fundação. sua subsistência, o particular, conhecido como empresário é

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que terá comando sobre esta. Contudo, vale lembrar que o fato Sociedade de economia mista
de não depender do Estado não desobriga a pessoa jurídica
criadora da empresa a pagar impostos ao Estado. Entretanto, As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de
o Estado funciona como sócio desta, vide artigo 37, XX, CF. Direito Privado criadas para a prestação de serviços públicos
As empresas privadas funcionam em um sistema de ou para a exploração de atividade econômica, contando com
mercado. O empresário possui liberdade para agir, ainda que capital misto e constituídas somente sob a forma empresarial
se submeta a algumas limitações relacionadas `a natureza do de S/A. As sociedades de economia mista são:
produto, condições de trabalho, entre outros. - Pessoas jurídicas de Direito Privado.
Nela encontramos a concorrência, pois é formada por - Exploradoras de atividade econômica ou prestadoras de
particulares, ensejando na perda e ganhos de seus produtos. serviços públicos.
Desta forma apresenta vantagens, já que precisa ter um - Empresas de capital misto.
diferencial em relação às demais, oferecendo os melhores - Constituídas sob forma empresarial de S/A.
produtos e um preço mais atrativo para o consumidor. Veja alguns exemplos de sociedade mista:
Os bens e serviços que produz estão destinados a um a. Exploradoras de atividade econômica: Banco do Brasil.
mercado, a reação do qual é um elemento de risco do b. Prestadora de serviços públicos: Petrobrás, Sabesp,
gerenciamento da empresa. Metrô, CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional
Infelizmente, devido ao insucesso de algumas, acaba Urbano) e CPOS (Companhia Paulista de Obras e Serviços,
ocorrendo a falência por não se adequarem ao competitivo empresa responsável pelo gerenciamento da execução de
mercado de trabalho. Para que isso não ocorra com a maioria contratos que envolvem obras e serviços públicos no Estado
das nossas empresas privadas, o Estado mantendo-se de São Paulo).
indiretamente como sócio. As sociedades de economia mista têm as seguintes
Subsidiárias são empresas que são controladas ou características:
pertencem a outra empresa. A empresa que controla a - Liberdade financeira;
subsidiária é conhecida como empresa mãe (holding). - Liberdade administrativa;
Uma holding tem a função de controlar a outra empresa e - Dirigentes próprios;
não de controlar seu próprio negócio. Caso a holding detenha - Patrimônio próprio.
todo o estoque, a subsidiária que é controladas passa a se Não existe hierarquia ou subordinação entre as sociedades
chamar de subsidiária integral. de economia mista e a Administração Direta,
Vários são os motivos para a criação das subsidiárias, como independentemente da função dessas sociedades. No entanto,
por exemplo: é possível o controle de legalidade. Se os atos estão dentro dos
- constituir nova empresa fora do país de origem, pois a lei limites da lei, as sociedades não estão subordinadas à
do seu país pode restringir algumas atividades que o Administração Direta, mas sim à lei que as autorizou.
empresário sonha em construir; As sociedades de economia mista integram a
- conseguir benefícios fiscais ou outras vantagens legais Administração Indireta e todas as pessoas que a integram
que poderia conseguir com a constituição de uma subsidiária precisam de lei para autorizar sua criação, sendo que elas
e a posterior exigência de alguns impostos; serão legalizadas por meio do registro de seus estatutos.
- aplicações financeiras diversificadas. A lei, portanto, não cria, somente autoriza a criação das
sociedades de economia mista, ou seja, independentemente
Questão das atividades que desenvolvam, a lei somente autorizará a
criação das sociedades de economia mista.
01. (Prefeitura de Rio de Janeiro – RJP- Assistente A Sociedade de economia mista, quando explora atividade
Administrativo - Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ). De econômica, submete-se ao mesmo regime jurídico das
acordo com o entendimento doutrinário, as empresas públicas empresas privadas, inclusive as comerciais. Logo, a sociedade
podem ser conceituadas como: mista que explora atividade econômica submete-se ao regime
(A) pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da falimentar. Sociedade de economia mista prestadora de serviço
Administração Indireta, criadas por lei sob a forma de público não se submete ao regime falimentar, visto que não
sociedades anônimas para desempenhar funções que, está sob regime de livre concorrência.
despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas de
estado Questão
(B) pessoas jurídicas de direito público, integrantes da
Administração Indireta, criadas por autorização legal sob 01. (TJ/SC - Técnico Judiciário Auxiliar – FGV). São
qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da
governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em Administração Indireta do Estado, criadas por autorização
certas situações, execute a prestação de serviços públicos legal, sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza,
(C) pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da para que o Governo exerça atividades gerais de caráter
Administração Indireta, criadas por autorização legal sob econômico ou, em certas situações, execute a prestação de
qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o serviços públicos, as:
governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em (A) autarquias;
certas situações, execute a prestação de serviços públicos (B) fundações públicas;
(D) pessoas jurídicas de direito público, integrantes da (C) fundações privadas;
Administração Indireta, criadas por autorização legal sob a (D) empresas públicas;
forma de sociedades anônimas, cujo controle acionário (E) agências reguladoras.
pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como regra, a
exploração de atividades gerais de caráter econômico e a Gabarito
prestação de serviços públicos
01.D
Gabarito

01.C.

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Com base nestas peculiaridades, poder hierárquico pode


Poderes administrativos: ser definido como o vínculo que subordina uns aos outros
órgãos do Poder Executivo, ponderando a autoridade de cada
poder hierárquico, poder um.
disciplinar, poder Ressaltando por fim que, mediante decreto, será de
regulamentar, poder de competência do Presidente da República (art. 84 CF/88)
versar sobre a organização e funcionamento da Administração
polícia, uso e abuso do poder. Pública Federal, mas caso implicar o aumento das despesas ou
até mesmo na criação e extinção de órgãos públicos, será
mediante lei.
PODERES E DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Questões
Poderes da Administração Pública
01. (ANS - Técnico em Regulação de Saúde
O poder administrativo representa uma prerrogativa Suplementar - FUNCAB/2016) No tocante aos poderes
especial de direito público (conjunto de normas que disciplina administrativos pode-se afirmar que a delegação e avocação
a atividade estatal) outorgada aos agentes do Estado, no qual decorrem do poder:
o administrador público para exercer suas funções necessita (A) hierárquico.
ser dotado de alguns poderes. (B) discricionário.
Esses poderes podem ser definidos como instrumentos (C) disciplinar.
que possibilitam à Administração cumprir com sua finalidade, (D) regulamentar.
contudo, devem ser utilizados dentro das normas e princípios (E) de polícia.
legais que o regem.
Vale ressaltar que o administrador tem obrigação de zelar 02. (MPOG - Atividade Técnica - FUNCAB). Delegação e
pelo dever de agir, de probidade, de prestar contas e o dever avocação são institutos relacionados ao poder interno e
de pautar seus serviços com eficiência. permanente da Administração Pública denominada:
(A) disciplinar.
Espécies de Poderes (B) restritivo.
(C) policial.
Poder Hierárquico: a Administração Pública é (D) consultivo.
hierarquizada, ou seja, existe um escalonamento de poderes (E) hierárquico.
entre as pessoas e órgãos. É pelo poder hierárquico que, por
exemplo, um servidor está obrigado a cumprir ordem 03. (Câmara Municipal de Caruaru/PE - Analista
emanada de seu superior desde que não sejam Legislativo - FGC) A Administração Pública escalona, em
manifestamente ilegais. É também esse poder que autoriza a plano vertical, seus órgãos e agentes com o objetivo de
delegação, a avocação, etc. organizar a função administrativa, por meio do poder
A lei é quem define as atribuições dos órgãos (A) disciplinar.
administrativos, bem como cargos e funções, de forma que (B) de polícia.
haja harmonia e unidade de direção. Percebam que o poder (C) regulamentar.
hierárquico vincula o superior e o subordinado dentro do (D) hierárquico.
quadro da Administração Pública. (E) vinculado.
Compete ainda a Administração Pública:
a) editar atos normativos (resoluções, portarias, Gabarito
instruções), que tenham como objetivo ordenar a atuação dos
órgãos subordinados, pois refere-se a atos normativos que 01.A / 02.E / 03.D
geram efeitos internos e não devem ser confundidas com os
regulamentos, por serem decorrentes de relação Poder Disciplinar: para que a Administração possa se
hierarquizada, não se estendendo a pessoas estranhas; organizar é necessário que haja a possibilidade de aplicar
b) dar ordens aos subordinados, com o dever de sanções aos agentes que agem de forma ilegal. A aplicação de
obediência, salvo para os manifestamente ilegais; sanções para o agente que infringiu norma de caráter
c) controlar a atividade dos órgãos inferiores, com o funcional é exercício do poder disciplinar. Não se trata aqui de
objetivo de verificar a legalidade de seus atos e o cumprimento sanções penais e sim de penalidades administrativas como
de suas obrigações, permitindo anular os atos ilegais ou advertência, suspensão, demissão, entre outras.
revogar os inconvenientes, seja ex. officio (realiza algo em Estão sujeitos às penalidades os agentes públicos quando
razão do cargo sem nenhuma provocação) ou por provocação praticarem infração funcional, que é aquela que se relaciona
dos interessados, através dos recursos hierárquicos; com a atividade desenvolvida pelo agente.
d) aplicar sanções em caso de cometimento de infrações Acima vimos que a aplicação de sanção é ato discricionário,
disciplinares; ou seja, cabe ao administrador público verificar qual a sanção
e) avocar atribuições, caso não sejam de competência mais oportuna e conveniente para ser aplicada ao caso
exclusiva do órgão subordinado; concreto. Para tanto ele deve considerar as atenuantes e as
f) delegação de atribuições que não lhe sejam privativas. agravantes, a natureza e a gravidade da infração, bem como os
prejuízos causados e os antecedentes do agente público.
Podemos perceber que a relação hierárquica é acessória da É necessário que a decisão de aplicar ou não a sanção seja
organização administrativa, permitindo a distribuição de motivada para que se possa controlar sua regularidade.
competências dentro da organização administrativa.
A relação hierárquica encontra-se da seguinte forma: Questões
- gradua a competência de cada um;
- coordena relações; 01. (MPE/RN -Técnico do Ministério Público Estadual -
- subordina uns aos outros; e COMPERVE/2017) Os poderes inerentes à Administração
- é uma relação estabelecida entre órgãos. Pública são necessários para que ela sobreponha a vontade da

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lei à vontade individual, o interesse público ao privado. Nessa - O caráter abstrato é aquele onde há uma relação entre a
perspectiva, circunstância ou atividade que poderá ocorrer e a norma
(A) no exercício do poder disciplinar, são apuradas regulamentadora que disciplina eventual atividade.
infrações e aplicadas penalidades aos servidores públicos Tal privatividade, enunciada no art. 84, caput, da
sempre por meio de procedimento em que sejam asseguradas Constituição Federal, é coerente com a regra prevista no art.
a ampla defesa e o contraditório. 13, I, da Lei nº 9.784/99, segundo a qual não pode ser objeto
(B) no exercício do poder normativo, são editados decretos de delegação a edição de atos de caráter normativo.
regulamentares estabelecendo normas ultra legem, inovando Entretanto, o parágrafo único do art. 84 da Constituição
na ordem jurídica para criar direitos e obrigações. Federal prevê a possibilidade de o Presidente da República
(C) o poder de polícia, apesar de possuir o atributo da delegar aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
coercibilidade, carece do atributo da autoexecutoriedade, de República ou ao Advogado-Geral da União a competência para
modo que a Administração Pública deve sempre recorrer ao dispor, mediante decreto, sobre:
judiciário para executar suas decisões.
(D) o poder conferido à Administração Pública é uma A) Organização e funcionamento da administração federal,
faculdade que a Constituição e a lei colocam à disposição do quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
administrador, que o exercerá de acordo com sua livre extinção de órgãos públicos; e
convicção. B) Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

02. (PC/PE - Delegado de Polícia - CESPE/2016) Acerca Deve-se considerar as hipóteses do art. 84, parágrafo
dos poderes e deveres da administração pública, assinale a único, da CF, como os únicos casos admitidos de delegação de
opção correta. competência regulamentar.
(A) A autoexecutoriedade é considerada exemplo de abuso Cabe destacar que as agências reguladoras são legalmente
de poder: o agente público poderá impor medidas coativas a dotadas de competência para estabelecer regras disciplinando
terceiros somente se autorizado pelo Poder Judiciário. os respectivos setores de atuação. É o denominado poder
(B) À administração pública cabe o poder disciplinar para normativo das agências.
apurar infrações e aplicar penalidades a pessoas sujeitas à Tal poder normativo tem sua legitimidade condicionada ao
disciplina administrativa, mesmo que não sejam servidores cumprimento do princípio da legalidade na medida em que os
públicos. atos normativos expedidos pelas agências ocupam posição de
(C) Poder vinculado é a prerrogativa do poder público para inferioridade em relação à lei dentro da estrutura do
escolher aspectos do ato administrativo com base em critérios ordenamento jurídico.
de conveniência e oportunidade; não é um poder autônomo, Além disso, convém frisar que não se trata tecnicamente de
devendo estar associado ao exercício de outro poder. competência regulamentar porque a edição de regulamentos é
(D) Faz parte do poder regulamentar estabelecer uma privativa do Chefe do Poder Executivo (art. 84, IV, da CF). Por
relação de coordenação e subordinação entre os vários órgãos, isso, os atos normativos expedidos pelas agências reguladoras
incluindo o poder de delegar e avocar atribuições. nunca podem conter determinações, simultaneamente, gerais
(E) O dever de prestar contas aos tribunais de contas é e abstratas, sob pena de violação da privatividade da
específico dos servidores públicos; não é aplicável a dirigente competência regulamentar.
de entidade privada que receba recursos públicos por Portanto, é fundamental não perder de vista dois limites ao
convênio. exercício do poder normativo decorrentes do caráter
infralegal dessa atribuição, que são:
03. (MPOG - Atividade Técnica - FUNCAB) A aplicação da A) Os atos normativos não podem contrariar regras fixadas
penalidade de demissão a um servidor público exemplifica o na legislação ou tratar de temas que não foram objeto de lei
exercício de um dos poderes da Administração Pública. O anterior;
referido poder denomina-se B) É vedada a edição, pelas agências, de atos
(A) de polícia. administrativos gerais e abstratos.
(B) disciplinar.
(C) hierárquico. Questões
(D) regulamentar.
(E) delegatório. 01. (PC/AC - Escrivão de Polícia Civil - IBADE/2017)
Considerando os Poderes e Deveres da Administração Pública
Gabarito e dos administradores públicos, é correta a seguinte
afirmação:
01.A / 02.B / 03.B (A) O dever-poder normativo viabiliza que o Chefe do
Poder Executivo expeça regulamentos para a fiel execução de
Poder Regulamentar ou Poder Normativo: é o poder que leis.
tem os chefes do Poder Executivo de criar regulamentos, de (B) O dever-poder de polícia, também denominado de
dar ordens e de editar decretos, com a finalidade de oferecer dever-poder disciplinar ou dever-poder da supremacia da
fiel execução à lei, sendo, portanto, privativa dos Chefes do administração perante os súditos, é a atividade da
Executivo e, em princípio, indelegável. administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
Podemos dizer então que esse poder, são normas internas interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de
da Administração. Como exemplo temos a seguinte disposição fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à
constitucional (art. 84, IV, CF/88). higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
A função do poder regulamentar é estabelecer detalhes mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes
quanto ao modo de aplicação de dispositivos legais, dando de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade
maior clareza aos comandos gerais de caráter abstratos pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais
presentes na lei. ou coletivos.
- Os atos gerais são os atos como o próprio nome diz, geram (C) Verificado que um agente público integrante da
efeitos para todos (erga omnes); e estrutura organizacional da Administração Pública praticou
uma infração funcional, o dever-poder de polícia autoriza que

Noções de Direito Administrativo 12


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seu superior hierárquico aplique as sanções previstas para (A) disciplinar.


aquele agente. (B) regulamentar.
(D) O dever-poder de polícia pressupõe uma prévia relação (C) hierárquico.
entre a Administração Pública e o administrado. Esta é a razão (D) de polícia.
pela qual este dever-poder possui por fundamento a (E) normativo.
supremacia especial.
(E) A possibilidade do chefe de um órgão público emitir Gabarito
ordens e punir servidores que desrespeitem o ordenamento
jurídico não possui arrimo no dever-poder de polícia, mas sim 01.A / 02.A / 03.B / 04.D / 05.C
no dever-poder normativo.
Poder de Polícia: é o poder conferido à Administração
02. (Prefeitura de Rio de Janeiro/RJ - Administrador - para condicionar, restringir e frenar o exercício de direitos e
RJ/2016) Ao editar leis, o Poder Legislativo nem sempre atividades dos particulares em nome dos interesses da
possibilita que elas sejam executadas. Cumpre, então, à coletividade. Ex.: fiscalização.
Administração criar os mecanismos de complementação das Será considerado originário, o Poder de Polícia exercido
leis indispensáveis a sua efetiva aplicabilidade. Essa atividade pelas pessoas políticas do Estado, como é o caso da União,
é definida pela doutrina como base do exercício do poder: Estados e Municípios. Por sua vez o poder delegado é aquele
(A) regulamentar exercido pelas pessoas pertencentes à Administração Indireta.
(B) hierárquico Estes recebem o poder e o executam.
(C) disciplinar O art. 78 do Código Tributário Nacional conceitua poder de
(D) vinculado polícia.
O que autoriza o Poder Público a condicionar ou restringir
03. (PC/PA - Escrivão de Polícia Civil - FUNCAB/2016) o exercício de direitos e a atividade dos particulares é a
No que se refere aos poderes da Administração Pública, é supremacia do interesse público sobre o interesse particular.
correto afirmar que: O poder de polícia se materializa por atos gerais ou atos
(A) praticado o ato por autoridade, no exercício de individuais:
competência delegada, contra a autoridade delegante caberá - Ato geral é aquele que não tem um destinatário específico.
mandado de segurança, ou outra medida judicial, por ser Exemplo: Ato que proíbe a venda de bebidas alcoólicas a
detentora da competência originária. menores – atinge todos os estabelecimentos comerciais.
(B) o Poder regulamentar deverá ser exercido nos limites - Ato individual é aquele que tem um destinatário
legais, sem inovar no ordenamento jurídico, expedindo específico. Exemplo: Autuação de um estabelecimento
normas gerais e abstratas, permitindo a fiel execução das leis, comercial específico por qualquer motivo de irregularidade,
minudenciando seus termos. por exemplo, segurança.
(C) o Poder Hierárquico é o escalonamento vertical típico Os meios de atuação da Administração no exercício do
da administração direta. Desta forma, a aplicação de uma poder de polícia compreendem os atos normativos que
penalidade pelo poder executivo da União a uma estabelecem limitações ao exercício de direitos e atividades
concessionária de serviço público é uma forma de individuais e os atos administrativos consubstanciados em
manifestação deste Poder. medidas preventivas e repressivas, dotados de coercibilidade.
(D) tanto a posição da doutrina, quanto da jurisprudência A competência surge como limite para o exercício do poder
são pacíficas sobre a possibilidade de edição dos regulamentos de polícia. Quando o órgão não for competente, o ato não será
autônomos, mesmo quando importarem em aumento de considerado válido.
despesas. O limite do poder de atuação do poder de polícia não
(E) decorre do Poder Hierárquico a punição de um aluno poderá divorciar-se das leis e fins em que são previstos, ou
de uma universidade pública pelo seu reitor, uma vez que este seja, deve-se condicionar o exercício de direitos individuais em
é o chefe da autarquia educacional, sendo competência dele a nome da coletividade. Neste pensamento podemos indagar o
punição dos alunos faltosos. seguinte, poder de polícia pode ser exercido por meio de atos
vinculados ou de atos discricionários, neste caso quando
04. (TRT 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - houver certa margem de apreciação deixada pela lei.
CESPE/2016) Assinale a opção correta, a respeito dos poderes
da administração. Limites5: Mesmo que o ato de polícia seja discricionário, a
(A) A autoexecutoriedade inclui-se entre os poderes da lei impõe alguns limites quanto à competência, à forma, aos
administração fins ou ao objeto.
(B) A existência de níveis de subordinação entre órgãos e Quanto à competência e procedimento (forma), observa-se
agentes públicos é expressão do poder discricionário as normas legais pertinentes, a lei.
(C) Poder disciplinar da administração pública e poder Já em relação aos fins, o poder de polícia só deve ser
punitivo do Estado referem-se à repressão de crimes e exercido para atender ao interesse público. A autoridade que
contravenções tipificados nas leis penais. fugir a esta regra incidirá em desvio de poder e acarretará a
(D) O poder regulamentar refere-se às competências do nulidade do ato com todas as consequências nas esferas civil,
chefe do Poder Executivo para editar atos administrativos penal e administrativa. O fundamento do poder de polícia é a
normativos. predominância do interesse público sobre o particular, logo,
(E) O poder de polícia não se inclui entre as atividades torna-se escuso qualquer benefício em detrimento do
estatais administrativas. interesse público.
Enquanto que o objeto (meio de ação), deve-se considerar
05. (TRE/RR - Técnico Judiciário - FCC) A edição de atos o princípio da proporcionalidade dos meios aos fins. O poder
normativos de efeitos internos, com o objetivo de ordenar a de polícia não deve ir além do necessário para a satisfação do
atuação dos órgãos subordinados decorre do poder interesse público que visa proteger, pois sua finalidade é
assegurar o exercício dos direitos individuais, condicionando-

5 http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8930

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os ao bem-estar social. Só poderá reduzi-los quando em que descumpre as regras de direção de veículos configura-se o
conflito com interesses maiores da coletividade e na medida exercício do poder
estritamente necessária à consecução dos fins estatais. (A) de polícia.
Os limites impostos à discricionariedade, o que se (B) disciplinar.
pretende é vedar qualquer manifestação de arbitrariedade por (C) ordinatório.
parte do agente do poder de polícia. A intenção não é extinguir (D) regulamentar
os direitos individuais com as medidas administrativas
referentes ao poder de polícia mas sim aplicar os princípios da 02. (IF/BA - Assistente em Administração -
necessidade, proporcionalidade, eficácia e razoabilidade. FUNRIO/2016) O poder de polícia tem atributos específicos e
peculiares ao seu exercício, sendo eles:
Liberdades públicas e o poder de polícia (A) discricionariedade, autoexecutoriedade e
Estes se referem aos atributos do poder de polícia. Os coercibilidade.
atributos do poder de polícia, é certo que busca-se garantir (B) imperatividade, direção e coercibilidade.
a sua execução e a prioridade do interesse público. São eles: (C) objetividade, imperatividade e autoexecutoriedade.
discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade. (D) exclusividade, coercibilidade e objetividade.
(E) discricionariedade, tempestividade e direção.
- Discricionariedade: a Administração Pública goza de
liberdade para estabelecer, de acordo com sua conveniência e 03. (Prefeitura de Curitiba/PR - Procurador - UFPR)
oportunidade, quais serão os limites impostos ao exercício dos Sobre o poder de polícia, é correto afirmar:
direitos individuais e as sanções aplicáveis nesses casos. (A) Um dos fundamentos do poder de polícia é o princípio
Também confere a liberdade de fixar as condições para o da supremacia do interesse público sobre o particular.
exercício de determinado direito. (B) O poder de polícia é uma das manifestações subjetivas
No entanto, a partir do momento em que são fixados esses da Administração Pública.
limites, com suas posteriores sanções, a Administração será (C) O princípio da proporcionalidade é um dos limites
obrigada a cumpri-las, ficando dessa maneira obrigada a impostos ao exercício do poder de polícia, porém a ele (poder
praticar seus atos vinculados. da polícia) não se aplica o princípio da motivação, por ser uma
Por exemplo: fixar o limite de velocidade para transitar nas atividade de cunho discricionário.
vias públicas. (D) São características do poder de polícia a coercibilidade,
a autoexecutoriedade e a eficácia, esta considerada como a
- Autoexecutoriedade: Não é necessário que o Poder relação entre o direito individual e o dano a ser prevenido.
Judiciário intervenha na atuação da Administração Pública. No (E) A competência do agente, por se situar no plano da
entanto, essa liberdade não é absoluta, pois compete ao Poder eficácia da medida de polícia, deve ser observada, sob pena de
Judiciário o controle desse ato. ilegalidade da atuação administrativa.
Somente será permitida a autoexecutoriedade quando esta
for prevista em lei, além de seu uso para situações 04. (Prefeitura de Rio Grande da Serra/SP -
emergenciais, em que será necessária a atuação da Procurador - IMES) São características inerentes ao poder de
Administração Pública. polícia da Administração Pública:
Vale lembrar que a administração pública pode executar, (A) legalidade, impessoalidade e facultatividade.
por seus próprios meios, suas decisões, não precisando de (B) moralidade, coatividade e proporcionalidade.
autorização judicial. (C) autoexecutoriedade, discricionariedade e
coercibilidade.
- Coercibilidade: Limita-se ao princípio da (D) eficiência, imperatividade e derrogabilidade.
proporcionalidade, na medida que for necessária será
permitido o uso da força par cumprimento dos atos. A 05. (PC/SE - Delegado de Polícia – CESPE/2018) Acerca
coercibilidade é um atributo que torna obrigatório o ato do poder de polícia — poder conferido à administração
praticado no exercício do poder de polícia, pública para impor limites ao exercício de direitos e de
independentemente da vontade do administrado. atividades individuais em função do interesse público —,
julgue o próximo item.
Uso e Abuso De Poder O poder de polícia é indelegável.
( ) Certo ( ) Errado
Sempre que a Administração extrapolar os limites dos
poderes aqui expostos, estará cometendo uma ilegalidade. A Gabarito
ilegalidade traduz o abuso de poder que, por sua vez, pode ser
punido judicialmente. 01.A / 02.A / 03.A / 04.C / 05. Errado
O abuso de poder pode gerar prejuízos a terceiros, caso em
que a Administração será responsabilizada. Todos os Poderes
Públicos estão obrigados a respeitar os princípios e as normas Servidores públicos: cargo,
constitucionais, qualquer lesão ou ameaça, outorga ao lesado
a possibilidade do ingresso ao Poder Judiciário. emprego e função públicos.
A responsabilidade do Estado se traduz numa obrigação,
atribuída ao Poder Público, de compor os danos patrimoniais
causados a terceiros por seus agentes públicos tanto no Agente público é a pessoa física que presta serviços às
exercício das suas atribuições quanto agindo nessa qualidade. Pessoas Jurídicas da Administração Pública Direta ou Indireta,
também são aqueles que exercem função pública, seja qual for
Questões a modalidade (mesário, jurado, funcionário público aprovado
em concurso público, etc.).
01. (CFESS - Assistente Técnico Administrativo - A denominação “agente público” é tratada como gênero do
CONSULPLAN/2017) Quando a Administração Pública aplica qual são espécies os agentes políticos, servidores públicos
penalidade de cassação da carteira de motorista ao particular (servidores estatais, empregado público, temporários e

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comissionados), particulares em colaboração, agentes d) Cargos em Comissão6: Cargos de provimento em


militares e os agentes de fato. comissão são aqueles de livre escolha, nomeação e exoneração,
de caráter provisório, destinando-se às atribuições de direção,
Espécies chefia e assessoramento, podendo recair ou não em servidor
efetivo do Estado. Ao servidor ocupante exclusivamente de
Para facilitar os estudos, antes de adentrarmos na cargo em comissão aplica-se o regime geral de previdência
explicação de cada espécie de Agente Público. social previsto na Constituição Federal, artigo 40, § 13.
Percebam, agentes públicos abrangem todas as demais
categorias, sendo que, servidores podem ser os SERVIDORES Cargo, Emprego e Função pública
Públicos (de Pessoas Jurídicas de Direito Público) e os
EMPREGADOS Públicos (que são os servidores de entes A Constituição Federal, em vários dispositivos, emprega os
governamentais de Direito Privado. vocábulos cargo, emprego e função para designar realidades
diversas, porém que existem paralelamente na Administração.
Servidores Públicos: em sentido amplo, são pessoas Cumpre, pois, distingui-las.
físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades da Para bem compreender o sentido dessas expressões, é
Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante preciso partir da ideia de que na Administração Pública todas
remuneração paga pelos cofres públicos. as competências são definidas na lei e distribuídas em três
Já os servidores públicos em sentido estrito, são aqueles níveis diversos: pessoas jurídicas (União, Estados e
que possuem uma relação com o regime estatutário, que sejam Municípios), órgãos (Ministérios, Secretarias e suas
ocupantes de cargos públicos efetivos ou em comissão e se subdivisões) e servidores públicos; estes ocupam cargos,
submetam a regime jurídico de direito público. empregos ou exercem funções.
Os servidores públicos abrangem os servidores
estatutários, empregados públicos, os servidores temporários Cargo público: é o lugar dentro da organização funcional
e os comissionados. da Administração Direta de suas autarquias e fundações
públicas que, ocupado por servidor público, submetidos ao
a) Servidores estatutários: são os ocupantes de CARGOS regime estatuário, tem funções específicas e remuneração
PÚBLICOS e estão sob o regime estatutário. Quando nomeados, fixada em lei ou diploma a ela equivalente.
ingressam numa situação jurídica previamente definida, à qual Com efeito, as várias competências previstas na
se submetem com o ato da posse. Assim, não tem como Constituição para a União, Estados e Municípios são
modificar as normas vigentes por meio de contrato entre o distribuídas entre seus respectivos órgãos, cada qual dispondo
servidor e a Administração, mesmo que com a concordância de de determinado número de cargos criados por lei, que lhes
ambos, por se tratar de normas de ordem pública. Não há confere denominação própria, define suas atribuições e fixa o
contrato de trabalho entre os estatutários e a Administração, padrão de vencimento ou remuneração.
há termo de posse. Há para os servidores estatutários a Criar um cargo é oficializa-lo, atribuindo a ele
pluralidade normativa, ou seja, cada Ente Federativo tem denominação própria, número certo, funções determinadas,
autonomia para disciplinar suas normas estatutárias, sendo a etc. Somente se cria um cargo por meio de lei, logo cada Poder,
escolha do regime estatutário do Chefe do Executivo (artigo no âmbito de suas competências pode criar um cargo por meio
61, §1°, II, ‘c’, CF). Ex. União, Lei 8.112/90, Estado de São Paulo, da lei.
Lei 10.261/68. A transformação ocorre quando há modificação ou
b) Empregado público: são os contratados pelo regime alteração na natureza do cargo de forma que, ao mesmo tempo
CELETISTA, porém se submetem às normas constitucionais que o cargo é extinto, outro é criado. Somente se dá por meio
quanto à investidura, acumulação de cargos, vencimentos, etc. de lei e há o aproveitamento de todos os servidores quando o
Mesmo sendo celetistas, há a necessidade da aprovação de novo cargo tiver o mesmo nível e atribuições compatíveis com
concurso público e se submetem ao teto remuneratório. o anterior.
Os empregados públicos são os que ocupam empregos na A extinção corresponde ao fim do cargo e também deve
Administração Pública Indireta (empresas públicas, ser efetuada por meio de lei.
sociedades de economia mista e fundações estatais de direito O art. 84, VI, “b” da CF traz exceção ao atribuir competência
privado). Eles não gozam da estabilidade, porém, a dispensa para o Presidente da República para dispor, mediante decreto,
deve ser motivada. A competência para julgar ações dos sobre a extinção de funções ou cargos públicos quando vagos.
empregados públicos é da Justiça do Trabalho
c) Temporários ou Regime Especial: são os contratados Empregos públicos: são núcleos de encargos de trabalho
por tempo determinado, com base no artigo 37, IX, CF. Não permanentes a serem preenchidos por pessoas contratadas
ocupam cargos ou empregos públicos e não exige aprovação para desempenhá-los, sob relação jurídica trabalhista e
em concurso público, mas a Administração Pública deve somente podem ser criados por lei.
respeitar os princípios constitucionais da impessoalidade e da
moralidade, realizando um processo seletivo simplificado, Função pública: é a atividade em si mesma, é a atribuição,
conforme o artigo 3° da Le 8.745/93. as tarefas desenvolvidas pelos servidores. São espécies:
O trabalho temporário é regulado pela Lei nº 6.019/74 - é a) Funções de confiança, exercidas exclusivamente por
aquele prestado por pessoa física a uma empresa para atender servidores ocupantes de cargo efetivo, e destinadas ás
à necessidade transitória de substituição de seu pessoal atribuições de chefia, direção e assessoramento;
regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de b) Funções exercidas por contratados por tempo
serviços. determinado para atender a necessidade temporária de
Para que tenha a contratação de temporários, se faz excepcional interesse público, nos termos da lei autorizadora,
necessária a existência de lei regulamentadora, com a previsão que deve advir de cada ente federado.
dos casos de contratação, o prazo da contratação, a
necessidade temporária e a motivação do interesse público. Acumulação: em regra, o ordenamento jurídico brasileiro
proíbe a acumulação remunerada de cargos ou empregos

http://www.portaldoservidor.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteu
do=561

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públicos. Porém, a CF prevê um rol taxativo de casos A exigência de concurso é válida apenas para os cargos de
excepcionais em que a acumulação é permitida. provimento efetivo – aqueles preenchidos em caráter
Importantíssimo destacar que, em qualquer hipótese, a permanente.
acumulação só será permitida se houver compatibilidade de Os cargos preenchidos em caráter temporário não
horários e observado o limite máximo de dois cargos. precisam ser precedidos de concurso, pois a situação
As hipóteses de acumulação constitucionalmente excepcional e de temporariedade, que fundamenta sua
autorizadas são: necessidade, é incompatível com a criação de um concurso
a) a de dois cargos de professor (art. 37, XVI, a); público.
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou Para os cargos em comissão também não se exige concurso
científico (art. 37, XVI, b); público (art.37, inc. V), desde que as atribuições sejam de
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais direção, chefia e assessoramento. Esses devem ser
de saúde, com profissões regulamentadas (art. 37, XVI, c); preenchidos nas condições e nos percentuais mínimos
d) a de um cargo de vereador com outro cargo, emprego ou previstos em lei.
função pública (art. 38, III); Para as funções de confiança não se impõe o concurso
e) a de um cargo de magistrado com outro no magistério público, no entanto a mesma norma acima mencionada
(art. 95, parágrafo único, I); estabelece que tal função será exercida exclusivamente por
f) a de um cargo de membro do Ministério Público com servidores ocupantes de cargo efetivo.
outro no magistério (art. 128, § 5º, II, d). Durante o prazo do concurso, o aprovado não tem direito
adquirido à contratação. Há apenas uma expectativa de direito
Posse: é o ato pelo qual uma pessoa assume, de maneira em relação a esta.
efetiva, o exercício das funções para que foi nomeada, O art. 37, inc. IV, apenas assegura ao aprovado o direito
designada ou eleita. O ato da posse determina a concordância adquirido de não ser preterido por novos concursados.
e a vontade do sujeito em entrar no exercício, além de cumprir
a exigência regulamentar. Questões

Exercício: é o momento em que o servidor dá início ao 01. (IF/MS - Tecnólogo em Gestão Pública –
desempenho de suas atribuições de trabalho. A data do efetivo IF/MS/2019) Os agentes públicos são classificados pela
exercício é considerada como o marco inicial para a produção doutrina em diversas categorias, dentre as quais estão os
de todos os efeitos jurídicos da vida funcional do servidor agentes políticos. Sobre os agentes políticos, assinale a
público e ainda para o início do período do estágio probatório, alternativa CORRETA.
da contagem do tempo de contribuição para aposentadoria, (A) Agente político é apenas aquele investido pelo voto
período aquisitivo para a percepção de férias e outras popular.
vantagens remuneratórias. (B) Os agentes políticos serão remunerados
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado
Cessão Funcional de Servidores: trata-se de ato o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono,
autorizativo para o exercício de cargo em comissão ou função prêmio, verba de representação ou outra espécie
de confiança, ou para atender situações previstas em leis remuneratória.
específicas, em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, (C) Os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sem Distritais e Municipais não são considerados agentes políticos.
alteração da lotação no órgão de origem.7 (D) São considerados agentes políticos o Presidente da
O servidor da Administração Pública Federal Direta, suas República, os Governadores e os Prefeitos, não recaindo esta
autarquias e fundações poderá ser cedido a outro órgão ou condição sobre os seus respectivos vices.
entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito (E) Não é possível a imputação de responsabilidade aos
Federal e dos Municípios, abarcando as empresas públicas e agentes políticos nos casos de irregularidades grosseiras,
sociedades de economia mista, seja para o exercício de cargo avaliadas sob enfoque amplo, ocorrida na condução de
em comissão ou função de confiança, podendo atender as assuntos de sua competência.
situações que tenham previsão em leis específicas (art. 93 da
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990). 02. (CRESS - Assistente Administrativo Jr –
Quadrix/2019) Quanto aos agentes e serviços públicos,
Investidura: é um ato complexo, exigindo, segundo julgue o item.
Meirelles8, a manifestação de vontade de mais de um órgão As prerrogativas dos servidores públicos não incluem o
administrativo – a nomeação é feita pelo Chefe do Executivo; a direito de greve.
posse e o exercício são dados pelo Chefe da Repartição. ( )Certo ( )Errado
O art. 37, I, da CF dispõe que os brasileiros e estrangeiros
que preencham os requisitos estabelecidos em lei terão acesso
aos cargos, aos empregos e às funções públicas. 03. (UFPB - Assistente em Administração - INSTITUTO
Essa norma é de eficácia contida. Enquanto não há lei AOCP/2019) Com o poder disciplinar atribuído à
regulamentando, não é possível sua aplicação. A Constituição Administração Pública, busca-se punir seus agentes pela
Federal permitiu o amplo acesso aos cargos, aos empregos e às prática de infrações de caráter funcional, com abrangência
funções públicas, porém, excepciona-se a relação trazida pelo (A) para sanções administrativas e penais.
§ 3.º do art. 12 da CF, que define os cargos privativos de (B) apenas para sanções administrativas.
brasileiros natos. (C) para sanções administrativas, penais e civis.
O art. 37, inc. II, da CF estabelece que para a investidura em (D) para sanções penais e civis.
cargo ou emprego público é necessário a aprovação prévia em (E) apenas para sanções penais.
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego. Gabarito

01.B / 02.Errado / 03.B

7 https://jus.com.br/artigos/21640/cessao-e-requisicao-de-servidor- 8 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo:

publico-federal. Malheiros, 2005.

Noções de Direito Administrativo 16


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APOSTILAS
APOSTILA ELABORADA OPÇÃODIGITAÇÕES & CONCURSOS
PELA EMPRESA

própria ou alguma realização material em cumprimento a uma


Ato administrativo: decisão de si própria.
(E) manifestação unilateral de vontade da Administração
conceito, requisitos e pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato
atributos; anulação, adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar
revogação e convalidação; direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si
própria.
discricionariedade e
vinculação. Gabarito

01.A / 02.E
Ato administrativo é toda manifestação lícita e unilateral
de vontade da Administração ou de quem lhe faça às vezes, que Requisitos / Elementos
agindo nesta qualidade tenha por fim imediato adquirir,
transferir, modificar ou extinguir direitos e obrigações. São as condições necessárias para a existência válida do
Os atos administrativos podem ser praticados pelo Estado ato. Do ponto de vista da doutrina tradicional (e majoritária
ou por alguém que esteja em nome dele. Logo, pode-se concluir nos concursos públicos), os requisitos dos atos
que os atos administrativos não são definidos pela condição da administrativos são cinco:
pessoa que os realiza. Tais atos são regidos pelo Direito Competência: o ato deve ser praticado por sujeito capaz,
Público. trata-se de requisito vinculado. Para que um ato seja válido
Deve-se diferenciar o conceito de ato administrativo do deve-se verificar se foi praticado por agente competente.
conceito de ato da Administração. Este último é ato praticado No Direito Administrativo quem define as competências de
por órgão vinculado à estrutura do Poder Executivo. cada agente é a lei, que deverá limitar sua atuação e fazer as
Nem todo ato praticado pela Administração será ato atribuições de cada agente.
administrativo, ou seja, há circunstâncias em que a O ato deve ser praticado por agente público, assim
Administração se afasta das prerrogativas que possui, considerado todo aquele que atue em nome do Estado,
equiparando-se ao particular. podendo ser de qualquer título, mesmo que não ganhe
O que qualifica o ato como administrativo é o fato que sua remuneração, por prazo determinado ou vínculo de natureza
repercussão jurídica produz efeitos a uma determinada permanente.
sociedade, devendo existir uma regulação pelo direito público. Podem ser englobados como agentes, os agentes políticos,
Para que esse ato seja caracterizado, é necessário que ele seja que são os detentores de mandatos eletivos, secretários e
emanado por um agente público, quer dizer, alguém que esteja ministros de Estado, considerando ainda os membros da
investido de múnus público, podendo atuar em nome da magistratura e do Ministério Público. Os atos ainda poderão
Administração. ser praticados por particulares em colaboração com o poder
público, podendo se considerar aqueles que exercem função
Questões estatal, sem vínculo definido, como acontece com jurados e
mesários, por exemplo.
01. (Câmara Municipal de Atibaia/SP - Advogado - Objeto lícito: É o conteúdo do ato, o resultado que se visa
CAIP-IMES/2016) Assinale a alternativa incorreta. receber com sua expedição. Todo e qualquer ato
administrativo tem por objeto a criação, modificação ou
Os atos administrativos: comprovação de situações jurídicas referentes a pessoas,
(A) decorrem de manifestação bilateral de vontade da coisas ou atividades voltadas à ação da Administração Pública.
Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por Forma: é o requisito vinculado que envolve a maneira de
fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, exteriorização e demais procedimentos prévios que forem
extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos exigidos com a expedição do ato administrativo. Via de regra,
administrados, apenas. os atos devem ser escritos, permitindo de maneira excepcional
(B) decorrem de manifestação unilateral de vontade da atos gestuais, verbais ou provindos de forças que não sejam
Administração Pública no exercício da função administrativa produzidas pelo homem, mas sim por máquinas, que são os
típica. casos dos semáforos, por exemplo.
(C) decorrem de manifestação unilateral de vontade da Motivo: este integra os requisitos dos atos administrativos
Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por tendo em vista a defesa de interesses coletivos. Por isso existe
fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, a teoria dos motivos determinantes;
extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos O motivo será válido, sem irregularidades na prática do ato
administrados ou a si própria. administrativo, exigindo-se que o fato narrado no ato
(D) decorrem de manifestação unilateral de vontade da praticado seja real e tenha acontecido da forma como estava
Administração Pública, portanto são de exclusividade do descrito na conduta estatal.
Poder Executivo no exercício da função típica. Contudo, os Difere-se de motivação, pois este é a explicação por escrito
demais poderes (Judiciário e Legislativo) também podem das razões que levaram à prática do ato.
exercê-los, atipicamente. Finalidade: o ato administrativo somente visa a uma
finalidade, que é a pública; se o ato praticado não tiver essa
02. (CNMP -Técnico do CNMP FCC) Ato administrativo é: finalidade, ocorrerá abuso ou desvio de poder.
(A) realização material da Administração em cumprimento
de alguma decisão administrativa. Questão
(B) sinônimo de fato administrativo.
(C) manifestação bilateral de poder da Administração 01. (DPE/PE - Estagiário de Direito - DPE-PE). São
pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato elementos do ato administrativo:
adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir, declarar (A) presunção de legalidade, economicidade, eficiência e
direitos e impor obrigações aos administrados. motivação.
(D) manifestação unilateral de vontade da Administração (B) competência, forma e vinculação.
pública que visa impor obrigações aos administrados ou a si (C) presunção de legitimidade e impessoalidade.

Noções de Direito Administrativo 17


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APOSTILAS OPÇÃO

(D) competência, forma, objeto, finalidade e motivo (C) A arguição de invalidade de ato administrativo por
(E) vinculação e discricionariedade. vícios ou defeitos impede a imediata execução e afasta a
imperatividade.
Gabarito (D) Todos os atos administrativos possuem como atributos
a presunção de legitimidade, a imperatividade e a
01.D autoexecutoriedade.
(E) A administração deverá fazer prova da legalidade do
Atributos ou Características ato administrativo quando sobrevier impugnação pelo
destinatário.
São prerrogativas que existem por conta dos interesses
que a Administração representa, são as qualidades que Gabarito
permitem diferenciar os atos administrativos dos outros atos
jurídicos. São eles: 01.A
Presunção de legitimidade: é a presunção de que os atos
administrativos devem ser considerados válidos, até que se Vinculação e discricionariedade
demonstre o contrário, a bem da continuidade da prestação No ato vinculado, o administrador não tem liberdade para
dos serviços públicos. Isso não significa que os atos decidir quanto à atuação. A lei previamente estabelece um
administrativos não possam ser contrariados, no entanto, o único comportamento possível a ser tomado pelo
ônus da prova é de quem alega. administrador no caso concreto; não podendo haver juízo de
O atributo de presunção de legitimidade confere maior valores, o administrador não poderá analisar a conveniência e
agilidade à atuação administrativa, já que depois da prática do a oportunidade do ato.
ato, estará apto a produzir efeitos automaticamente, como se O ato discricionário é aquele que, editado sob o manto da
fosse válido, até que se declare sua ilegalidade por decisão lei, confere ao administrador a liberdade para fazer um juízo
administrativa ou judicial. de conveniência e oportunidade. A diferença entre o ato
Imperatividade: é o poder que os atos administrativos vinculado e o ato discricionário está no grau de liberdade
possuem de gerar unilateralmente obrigações aos conferido ao administrador. Tanto o ato vinculado quanto o
administrados, independente da concordância destes. É a ato discricionário só poderão ser reapreciados pelo Judiciário
prerrogativa que a Administração possui para impor no tocante à sua legalidade, pois o judiciário não poderá
determinado comportamento a terceiros. intervir no juízo de valor e oportunidade da Administração
Exigibilidade ou coercibilidade: é o poder que possuem Pública.
os atos administrativos de serem exigidos quanto ao seu
cumprimento sob ameaça de sanção. Questões
Autoexecutoriedade: é o poder pelo qual os atos
administrativos podem ser executados materialmente pela 01. (TRT/14ª Região - Técnico Judiciário - FCC/2016).
própria administração, independentemente da atuação do Sobre atos administrativos, considere:
Poder Judiciário. I. Os atos administrativos vinculados comportam anulação
Para a ocorrência da autoexecutoriedade é necessário a e revogação.
presença dos seguintes requisitos: II. Em regra, os atos administrativos que integram um
a) Quando a lei expressamente previr; procedimento podem ser revogados.
b) Quando estiver tacitamente prevista em lei (nesse caso III. A competência para revogar é intransferível, salvo por
deverá haver a soma dos seguintes requisitos: força de lei.
- situação de urgência; e
- inexistência de meio judicial idôneo capaz de, a tempo, Está correto o que se afirma em
evitar a lesão. (A) III, apenas.
Tipicidade9: é o atributo pelo qual o ato administrativo (B) I, II e III.
deve corresponder a figuras previamente definidas pela lei (C) I e III, apenas.
como aptas a produzir determinados efeitos. O presente (D) I e II, apenas.
atributo é uma verdadeira garantia ao particular que impede a (E) II, apenas.
Administração de agir absolutamente de forma discricionária.
Para tanto, o administrador somente pode exercer sua 02. (PC/CE - Inspetor de Polícia Civil de 1ª Classe –
atividade nos termos estabelecidos na lei, presente nos atos VUNESP). Diz-se que os atos administrativos são vinculados
unilaterais. Não existe tipicidade em atos bilaterais, já que não quando
há imposição de vontade da Administração perante a outra (A) observam corretamente os princípios constitucionais
parte. É o caso dos contratos, onde a sua realização depende da moralidade administrativa.
de aceitação da parte contrária. (B) a lei estabelece que, diante de determinados requisitos,
a Administração deve agir de forma determinada.
Questão (C) o administrador público os pratica ultrapassando os
limites regrados pelo sistema jurídico vigente.
01. (DPE/RS - Defensor Público Sobre atos (D) a autoridade competente deixa de observar dispositivo
administrativos - FCC) É correto afirmar: constitucional obrigatório, quando deveria fazê-lo.
(A) A autoexecutoriedade é um atributo de alguns atos (E) a lei estabelece várias situações passíveis de apreciação
administrativos que autoriza a execução coercitiva, subjetiva pela autoridade competente.
independente da concorrência da função jurisdicional.
(B) A autoexecutoriedade constitui atributo dos atos Gabarito
administrativos negociais, que, como contratos, dependem da
concorrência de vontade do administrado. 01.A / 02.B

http://www.stf.jus.br/repositorio/cms/portalTvJustica/portalTvJusticaNoticia/a
nexo/Carlos_Barbosa_Atos_administrativos_Parte_1.pdf

Noções de Direito Administrativo 18


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APOSTILAS OPÇÃO

Extinção do ato administrativo Existem três formas de convalidação:


Cassação Ocorre a extinção do ato administrativo quando a) Ratificação: É a convalidação feita pela própria
o administrado deixa de preencher condição necessária para autoridade que praticou o ato;
permanência da vantagem, ou seja, o beneficiário descumpre b) Confirmação: É a convalidação feita por autoridade
condição indispensável para manutenção do ato superior àquela que praticou o ato;
administrativo. c) Saneamento: É a convalidação feita por ato de terceiro,
Exemplo: habilitação cassada porque o condutor ficou ou seja, não é feita nem por quem praticou o ato nem por
cego.10 autoridade superior.
Anulação ou invalidação (desfazimento) É a retirada, o
desfazimento do ato administrativo em decorrência de sua Verificado que um determinado ato é anulável, a
invalidade, ou seja, é a extinção de um ato ilegal, determinada convalidação será discricionária, ou seja, a Administração
pela Administração ou pelo judiciário, com eficácia retroativa convalidará ou não o ato de acordo com a conveniência. Alguns
– ex tunc. autores, tendo por base o princípio da estabilidade das
A anulação pode acontecer por via judicial ou por via relações jurídicas, entendem que a convalidação deverá ser
administrativa. Ocorrerá por via judicial quando alguém obrigatória, visto que, se houver como sanar o vício de um ato,
solicita ao Judiciário a anulação do ato. Ocorrerá por via ele deverá ser sanado. É possível, entretanto, que existam
administrativa quando a própria Administração expede um obstáculos ao dever de convalidar, não havendo outra
ato anulando o antecedente, utilizando-se do princípio da alternativa senão anular o ato.
autotutela, ou seja, a Administração tem o poder de rever seus
atos sempre que eles forem ilegais ou inconvenientes. Quando Os obstáculos ao dever de convalidar são:
a anulação é feita por via administrativa, pode ser realizada de Impugnação do ato: Se houve a impugnação, judicial ou
ofício ou por provocação de terceiros. administrativa, não há que se falar mais em convalidação. O
A anulação de um ato não pode prejudicar terceiro de boa- dever de convalidar o ato só se afirma se ainda não houve sua
fé. impugnação.
Vide Súmulas 346 e 473 do STF. Decurso de tempo: O decurso de tempo pode gerar um
Um ponto muito discutido pela doutrina diz respeito ao obstáculo ao dever de convalidar. Se a lei estabelecer um prazo
caráter vinculado ou discricionário da anulação. Os que para a anulação administrativa, na medida em que o decurso
defendem que deve-se anular (caráter vinculado), embasam de prazo impedir a anulação, o ato não poderá ser convalidado,
esse entendimento no princípio da legalidade e os que visto que o decurso de tempo o estabilizará – o ato não poderá
defendem como uma faculdade (caráter discricionário) ser anulado e não haverá necessidade de sua convalidação.
invocam o princípio da predominância do interesse público Conversão É o ato administrativo que, com efeitos
sobre o particular. retroativos, sana vício de ato antecedente, transformando-o
O entendimento por nós defendido é de que, em regra, a em ato distinto, desde o seu nascimento, ou seja, aproveita o
Administração, tem o dever de anular os atos ilegais. ato defeituoso como ato válido de outra categoria. Exemplo:
Revogação É a retirada do ato administrativo em Concessão de uso sem prévia autorização legislativa; A
decorrência da sua inconveniência ou inoportunidade em face concessão é transformada em permissão de uso, que não
dos interesses públicos. Somente se revoga ato válido que foi precisa de autorização legislativa, para que seja um ato válido
praticado de acordo com a lei. A revogação somente poderá ser – conversão.
feita por via administrativa. Não se deve confundir a convalidação com a conversão do
Quando se revoga um ato, diz-se que a Administração ato administrativo. O ato nulo, embora não possa ser
perdeu o interesse na manutenção deste, ainda que não exista convalidado, poderá ser convertido, transformando-se em ato
vício que o tome. Trata-se de ato discricionário, referente ao válido.
mérito administrativo, por set um ato legal, todos os atos já Prescrição O instituto da prescrição, entendida como a
foram produzidos de forma lícita, de modo que a revogação perda do direito de ação devido à inércia de seu titular,
não irá retroagir, contudo mantem-se os efeitos já produzidos também é reconhecido pela legislação pertinente ao Direito
(ex nunc). Administrativo.
Não há limite temporal para a revogação de atos Como regra, o prazo para interposição de recursos
administrativos, não se configurando a decadência, no prazo administrativos é de cinco dias.
quinquenal, tendo em vista o entendimento que o interesse Já o prazo para propositura de ações judiciais, tanto pela
público pode ser alterado a qualquer tempo. Administração quanto pelo administrado, em regra é de cinco
Não existe efeito repristinatório, ou seja, a retirada do ato, anos. Importante destacar que as hipóteses de suspensão e
por razões de conveniência e oportunidade. interrupção do prazo prescricional previstas na legislação civil
também são aplicáveis às ações judiciais pertinentes ao Direito
Convalidação ou sanatória É o ato administrativo que, Administrativo.
com efeitos retroativos, sana vício de ato antecedente, de Decadência A decadência (art. 207 do Código Civil), incide
modo a torná-lo válido desde o seu nascimento, ou seja, é um sobre direitos potestativos, que “são poderes que a lei confere
ato posterior que sana um vício de um ato anterior, a determinadas pessoas de influírem, com uma declaração de
transformando-o em válido desde o momento em que foi vontade, sobre situações jurídicas de outras, sem o concurso
praticado. Alguns autores, ao se referir à convalidação, da vontade destas”, ou seja, quando a lei ou a vontade fixam
utilizam a expressão sanatória. determinado prazo para serem exercidos e se não o forem,
O ato convalidatório tem natureza vinculada (corrente extingue-se o próprio direito material.
majoritária), constitutiva, secundária, e eficácia ex tunc. O instituto da decadência tem a mesma finalidade da
Há alguns autores que não aceitam a convalidação dos atos, prescrição, qual seja, garantir a segurança jurídica. A
sustentando que os atos administrativos somente podem ser decadência que decorre de prazo legal é de ordem pública, não
nulos. Os únicos atos que se ajustariam à convalidação seriam podendo ser renunciada. Entretanto, se o prazo decadencial
os atos anuláveis. for ajustado, por declaração unilateral de vontade ou por
convenção entre as partes, pode ser renunciado, que

10 MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 4ª edição. 2014.

Noções de Direito Administrativo 19


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APOSTILAS OPÇÃO

corresponderá a uma revogação da condição para o exercício (D) atos ineficazes, porque ainda não implementada
de um direito dentro de determinado tempo. condição deflagradora de sua eficácia, estão sujeitos à
Em suma, decadência administrativa ocorre com o revogação.
transcurso do prazo, impedindo a prática de um ato pela (E) é possível revogar atos vinculados, desde que sua
própria Administração. edição seja de competência autoridade que editará o ato
Questões revocatório

01. (SEJUS/PI - Agente Penitenciário – NUCEPE/2017). 05. (TRT - 18ª Região (GO)Prova: Juiz do Trabalho –
Sobre a revogação dos atos administrativos, assinale a FCC). No que tange à validade dos atos administrativos
alternativa INCORRETA. (A) é possível convalidar ato administrativo praticado com
(A) Nem todos os atos administrativos podem ser vício de finalidade, desde que se evidencie que tal decisão não
revogados. acarrete prejuízo a terceiros.
(B) A revogação de ato administrativo é realizada, (B) todos os atos administrativos praticados com vício de
ordinariamente, pelo Poder Judiciário, cabendo-lhe ainda competência devem ser anulados, pois se trata de elemento
examinar os aspectos de validade do ato revogador. essencial à validade dos atos administrativos.
(C) Considerando que a revogação atinge um ato que foi (C) o descumprimento, pelo administrado, dos requisitos
praticado em conformidade com a lei, seus efeitos são ex nunc. referentes ao desfrute de uma dada situação jurídica, justifica
(D) Pode a Administração Pública se arrepender da a anulação do ato administrativo que gerou referida situação.
revogação de determinado ato. (D) a caducidade é a extinção de ato administrativo em
(E) O fundamento jurídico da revogação reside no poder razão da superveniência de legislação que tornou inadmissível
discricionário da Administração Pública situação anteriormente consentida, com base na legislação
então aplicável.
02. (CONFERE - Assistente Administrativo VII - (E) os atos praticados por agente incompetente estão
INSTITUTO CIDADES/2016). A anulação do ato sujeitos à revogação pela autoridade que detém a competência
administrativo: legal para sua prática.
(A) Pode ser decretada à revelia pelo administrador
público. Gabarito
(B) Pode ser decretada somente pelo poder judiciário,
desde que exista base legal para isso. 01.B/ 02.C/ 03.C/ 04.D/ 05.D.
(C) Pode ser decretada tanto pelo poder judiciário como
pela administração pública competente.
(D) Não pode ser decretada em hipótese alguma, pois o ato Lei nº 8.112/1990 (Regime
administrativo tem força de lei.
Jurídico dos Servidores
03. (TJ/RS - Juiz de Direito Substituto – FAURGS/2016). Públicos Civis da União e
No que se refere aos atos administrativos, assinale a alterações): disposições
alternativa correta.
(A) Em face de sua competência para apreciar a legalidade
preliminares; provimento,
de quaisquer atos administrativos para fins de registro, a vacância, remoção,
declaração de invalidade ou anulação por vícios legais desses redistribuição e substituição;
atos é exclusiva do Poder Legislativo respectivo.
(B) O direito da Administração de anular seus próprios
direitos e vantagens:
atos de que decorram efeitos favoráveis aos destinatários vencimento e remuneração,
prescreve em 3 (três) anos, contados da data em que foram vantagens, férias, licenças,
praticados, salvo comprovada má-fé.
(C) A Administração deve anular seus próprios atos,
afastamentos, direito de
quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por petição; regime disciplinar:
motivos de conveniência ou oportunidade, respeitados os deveres e proibições,
direitos adquiridos.
(D) Têm natureza política e são excluídos de apreciação
acumulação,
pelo Poder Judiciário os atos administrativos dotados de responsabilidades,
vinculação resultantes do exercício do poder de polícia penalidades; processo
administrativa que limitam ou disciplinam direito, interesse
ou liberdade dos administrados.
administrativo disciplinar.
(E) Os atos administrativos eivados de vício que os tornem
ilegais somente podem ser declarados inválidos ou revogados
pelo Poder Judiciário. Prezado candidato, por motivos didáticos e para melhor
entendimento, disponibilizaremos a lei naquilo que o edital
04. (DPE/MA - Defensor Público – FCC). No que tange à exige.
competência para revogar atos administrativos, é correto LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 – REGIME
afirmar que JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO,
(A) a revogação de atos que se sabem eivados de nulidade DAS AUTARQUIAS E DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS
é possível, desde que devidamente motivada por razões de FEDERAIS, E SUAS ALTERAÇÕES11
interesse público.
(B) a competência para revogar é sempre delegável. Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis
(C) atos já exauridos podem ser revogados, desde seja da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
expressamente atribuído efeito retroativo ao ato revocatório.

11 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm Acesso em:

28.05.2019

Noções de Direito Administrativo 20


APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
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APOSTILAS OPÇÃO

Título I II - em comissão, inclusive na condição de interino, para


Capítulo Único cargos de confiança vagos.
Das Disposições Preliminares Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão
ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício,
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das
Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá
especial, e das fundações públicas federais. optar pela remuneração de um deles durante o período da
interinidade.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa
legalmente investida em cargo público. Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado
de provimento efetivo depende de prévia habilitação em
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que ordem de classificação e o prazo de sua validade.
devem ser cometidas a um servidor. Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção,
brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de
vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos.
caráter efetivo ou em comissão.
Seção III
Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os Do Concurso Público
casos previstos em lei.
Título II Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos,
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a
Substituição lei e o regulamento do respectivo plano de carreira,
Capítulo I condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor
Do Provimento fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e
Seção I ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente
Disposições Gerais previstas.

Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos,
público: podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.
I - a nacionalidade brasileira; § 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua
II - o gozo dos direitos políticos; realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; Oficial da União e em jornal diário de grande circulação.
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; § 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver
V - a idade mínima de dezoito anos; candidato aprovado em concurso anterior com prazo de
VI - aptidão física e mental. validade não expirado.
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de
outros requisitos estabelecidos em lei. Seção IV
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o Da Posse e do Exercício
direito de se inscrever em concurso público para provimento de
cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo,
que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as
(vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das
tecnológica federais poderão prover seus cargos com partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as § 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da
normas e os procedimentos desta Lei. publicação do ato de provimento.
Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante § 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de
ato da autoridade competente de cada Poder. publicação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos
I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI,
Art.7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo será
contado do término do impedimento.
Art. 8º São formas de provimento de cargo público: § 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
I - nomeação; § 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por
II - promoção; nomeação.
III - (Revogado); § 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de
IV - (Revogado); bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração
V - readaptação; quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função
VI - reversão; pública.
VII - aproveitamento; § 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse
VIII - reintegração; não ocorrer no prazo previsto no § 1º deste artigo.
IX - recondução.
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia
Seção II inspeção médica oficial.
Da Nomeação Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for
julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.
Art. 9º A nomeação far-se-á:
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do
provimento efetivo ou de carreira; cargo público ou da função de confiança.

Noções de Direito Administrativo 21


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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em § 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será
cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente
§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29.
efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não § 3º O servidor em estágio probatório poderá exercer
entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de
o disposto no art. 18. direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de
§ 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade
onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento
exercício. em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores -
§ 4º O início do exercício de função de confiança coincidirá DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes.
com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o § 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser
servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81,
motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar
o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias de curso de formação decorrente de aprovação em concurso
da publicação. para outro cargo na Administração Pública Federal.
§ 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem
exercício serão registrados no assentamento individual do assim na hipótese de participação em curso de formação, e será
servidor. retomado a partir do término do impedimento.
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor
apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao Seção V
seu assentamento individual. Da Estabilidade

Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e
que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá
data de publicação do ato que promover o servidor. estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de
efetivo exercício. (prazo 3 anos - vide EMC nº 19).
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município
em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido Atualmente o prazo mencionado é de 3 anos (36
ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no meses) de efetivo exercício para o servidor público (de
máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, forma geral), adquirir estabilidade é o que está previsto na
para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do Constituição Federal, que foi alterado após a Emenda nº
cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o 19/98.
deslocamento para a nova sede. Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de
§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou sentença judicial transitada em julgado ou de processo
afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla
contado a partir do término do impedimento. defesa.
§ 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos
estabelecidos no caput. Seção VI
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada Da Transferência
em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, Art. 23. (Revogado).
respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta Seção VII
horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e Da Readaptação
oito horas diárias, respectivamente.
§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo
confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação
observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada
que houver interesse da Administração. em inspeção médica.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica a duração de § 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o
trabalho estabelecida em leis especiais. readaptando será aposentado.
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e
cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de
por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como
aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o excedente, até a ocorrência de vaga.
desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (Vide
EMC nº 19). Seção VIII
I - assiduidade; Da Reversão
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa; Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor
IV - produtividade; aposentado:
V- responsabilidade. I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar
§ 1º 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou
probatório, será submetida à homologação da autoridade II - no interesse da administração, desde que:
competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada a) tenha solicitado a reversão;
por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou c) estável quando na atividade;
cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores
enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo. à solicitação;
e) haja cargo vago.

Noções de Direito Administrativo 22


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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo Capítulo II


resultante de sua transformação. Da Vacância
§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será
considerado para concessão da aposentadoria. Relaciona-se com o surgimento de vaga no cargo público
§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o ocupado pelo servidor nas seguintes hipóteses:
servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a
ocorrência de vaga. Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
§ 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da I - exoneração;
administração perceberá, em substituição aos proventos da II - demissão;
aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, III - promoção;
inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia IV - (Revogado);
anteriormente à aposentadoria. V - (Revogado);
§ 5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os VI - readaptação;
proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer VII - aposentadoria;
pelo menos cinco anos no cargo. VIII - posse em outro cargo inacumulável;
§ 6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste IX - falecimento.
artigo. Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do
servidor, ou de ofício.
Art. 26. (Revogado). Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
I - quando não satisfeitas as condições do estágio
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver probatório;
completado 70 (setenta) anos de idade. II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em
exercício no prazo estabelecido.
Seção IX
Da Reintegração Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de
função de confiança dar-se-á:
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável I - a juízo da autoridade competente;
no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua II - a pedido do próprio servidor.
transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão Parágrafo único. (Revogado).
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as
vantagens. Capítulo III
§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará Da Remoção e da Redistribuição
em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31. Seção I
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual Da Remoção
ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou
disponibilidade. de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de
sede.
Seção X Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo,
Da Recondução entende-se por modalidades de remoção:
I - de ofício, no interesse da Administração;
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo II - a pedido, a critério da Administração;
anteriormente ocupado e decorrerá de: III - a pedido, para outra localidade, independentemente do
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; interesse da Administração:
II - reintegração do anterior ocupante. a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da
o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi
art. 30. deslocado no interesse da Administração;
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro
Seção XI ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu
Da Disponibilidade e do Aproveitamento assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta
médica oficial;
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em
far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de que o número de interessados for superior ao número de vagas,
atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade
ocupado. em que aqueles estejam lotados.

Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil Segundo as sábias palavras de Alexandre Mazza:
determinará o imediato aproveitamento de servidor em “Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de
disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de
entidades da Administração Pública Federal. sede. A remoção pode ser: a) de ofício: no interesse da
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3º do art. 37, o Administração; b) a pedido, a critério da Administração ou, para
servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob outra localidade, independentemente do interesse da
responsabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Administração. Pode ocorrer remoção a pedido, para outra
Administração Federal - SIPEC, até o seu adequado localidade, nas seguintes hipóteses (art. 36, III, da Lei n.
aproveitamento em outro órgão ou entidade. 8.112/90)

Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada


a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo
legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

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APOSTILAS OPÇÃO

Seção II Questões
Da Redistribuição
01. (IF/BA - Auxiliar em Administração –
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de FUNRIO/2016). De acordo com o regime jurídico dos
provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral servidores públicos civis da União, das autarquias e das
de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com fundações públicas federais, constitui forma de provimento de
prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os cargo público a
seguintes preceitos: (A) nomeação.
I - interesse da administração; (B) chamada.
II - equivalência de vencimentos; (C) indicação.
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; (D) ascensão.
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e (E) transferência.
complexidade das atividades;
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou 02. (IF/BA - Assistente em Administração –
habilitação profissional; FUNRIO/20016). De acordo com o regime jurídico dos
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as servidores públicos civis da União, das autarquias e das
finalidades institucionais do órgão ou entidade. fundações públicas federais, o retorno do servidor estável ao
§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de cargo anteriormente ocupado é definido como
lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, (A) recondução.
inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de (B) reversão.
órgão ou entidade. (C) readaptação.
§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará (D) promoção.
mediante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os (E) transferência.
órgãos e entidades da Administração Pública Federal
envolvidos. 03. (IF/BA - Assistente em Administração –
§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou FUNRIO/2016). O regime jurídico dos servidores públicos
entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no civis da União, das autarquias e das fundações públicas
órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído federais, estabelece que somente haverá posse nos casos de
será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na provimento de cargo por
forma dos arts. 30 e 31. (A) seleção simples.
§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em (B) convocação.
disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do (C) nomeação.
órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro (D) reversão.
órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento. (E) alocação.

A redistribuição ocorre quando há deslocamento do Gabarito


CARGO de provimento efetivo para outro órgão ou entidade do
mesmo poder, desde que observadas as seguintes regras: 01. A / 02. A / 03. C

Capítulo IV Título III


Da Substituição Dos Direitos e Vantagens
Capítulo I
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de Do Vencimento e da Remuneração
direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial
terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício
de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo de cargo público, com valor fixado em lei.
do órgão ou entidade.
§ 1º O substituto assumirá automática e cumulativamente, Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo,
sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas
função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos em lei.
afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do § 1º A remuneração do servidor investido em função ou
titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar cargo em comissão será paga na forma prevista no art. 62.
pela remuneração de um deles durante o respectivo período. § 2º O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou
§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do entidade diversa da de sua lotação receberá a remuneração de
cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza acordo com o estabelecido no § 1º do art. 93.
Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais § 3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens
do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na de caráter permanente, é irredutível.
proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o § 4º É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de
referido período. atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre
Os cargos de chefia e direção, quando necessário, deverão servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter
ser substituídos de acordo com o regimento interno, ou, no individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.
caso de omissão, previamente designados pelo dirigente § 5º Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao
máximo do órgão ou entidade. salário mínimo.

Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a
de unidades administrativas organizadas em nível de título de remuneração, importância superior à soma dos valores
assessoria. percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no
âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por
membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo
Tribunal Federal.

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APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as §2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao


vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61. vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

Art. 43 (Revogado). Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas,


nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros
Art. 44. O servidor perderá: acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem idêntico fundamento.
motivo justificado;
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos Seção I
atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que Das Indenizações
trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de
compensação de horário, até o mês subsequente ao da Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:
ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata. I - ajuda de custo;
Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso II - diárias;
fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério III - transporte.
da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo IV - auxílio-moradia.
exercício.
Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, I a III do art. 51, assim como as condições para a sua concessão,
nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. serão estabelecidos em regulamento.
§ 1ºMediante autorização do servidor, poderá haver
consignação em folha de pagamento em favor de terceiros, a Subseção I
critério da administração e com reposição de custos, na forma Da Ajuda de Custo
definida em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 13.172, de
2015). Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas
§ 2º O total de consignações facultativas de que trata o § 1o de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a
não excederá a 35% (trinta e cinco por cento) da remuneração ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em
mensal, sendo 5% (cinco por cento) reservados exclusivamente caráter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização,
para: (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015). a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que
I - a amortização de despesas contraídas por meio de cartão detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na
de crédito; ou (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015). mesma sede.
II - a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão § 1º Correm por conta da administração as despesas de
de crédito. (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015). transporte do servidor e de sua família, compreendendo
passagem, bagagem e bens pessoais.
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas § 2º À família do servidor que falecer na nova sede são
até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de
servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.
no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a § 3º Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de
pedido do interessado. remoção previstas nos incisos II e III do parágrafo único do art.
§ 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao 36.
correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou
pensão. Art. 54 A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do
§ 2º Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo
anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita exceder a importância correspondente a 3 (três) meses.
imediatamente, em uma única parcela.
§ 3º Na hipótese de valores recebidos em decorrência de Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que
cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato
sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles eletivo.
atualizados até a data da reposição.
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, servidor da União, for nomeado para cargo em comissão, com
exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade mudança de domicílio.
cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art.
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto 93, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário, quando
implicará sua inscrição em dívida ativa. cabível.

Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de
objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova
prestação de alimentos resultante de decisão judicial. sede no prazo de 30 (trinta) dias.

Capítulo II Subseção II
Das Vantagens Das Diárias

Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em
as seguintes vantagens: caráter eventual ou transitório para outro ponto do território
I - indenizações; nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias
II - gratificações; destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária
III - adicionais. com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme
§1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou dispuser em regulamento.
provento para qualquer efeito.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de
devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite 2006.
fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será
despesas extraordinárias cobertas por diárias. considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro
§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir cargo em comissão relacionado no inciso V.
exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.
§ 3º Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar Art. 60-C. (Revogado)
dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana
ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a
regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão,
mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência função comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado.
dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se § 1º O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25%
estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em (vinte e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Estado.
que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os § 2º Independentemente do valor do cargo em comissão ou
afastamentos dentro do território nacional. função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem
os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e
Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da oitocentos reais).
sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las
integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de
em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês.
restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no
caput. Seção II
Das Gratificações e Adicionais
Subseção III
Da Indenização de Transporte Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta
Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições,
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor gratificações e adicionais:
que realizar despesas com a utilização de meio próprio de I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e
locomoção para a execução de serviços externos, por força das assessoramento;
atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em II - gratificação natalina;
regulamento. III - (Revogado)
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres,
Subseção IV perigosas ou penosas;
Do Auxílio-Moradia V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
VI - adicional noturno;
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das VII - adicional de férias;
despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado IX - gratificação por encargo de curso ou concurso.
por empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação
da despesa pelo servidor. Subseção I
Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção,
Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se Chefia e Assessoramento
atendidos os seguintes requisitos:
I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em
servidor; função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de
II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida
funcional; retribuição pelo seu exercício.
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração
tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9º.
promitente cessionário de imóvel no Município aonde for
exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal
averbação de construção, nos doze meses que antecederem a sua Nominalmente Identificada - VPNI a incorporação da
nomeação; retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou
IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de
auxílio-moradia; Natureza Especial a que se referem os arts. 3º e 10 da Lei no
V - o servidor tenha se mudado do local de residência para 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3º da Lei no 9.624, de 2 de
ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Grupo- abril de 1998.
Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo
Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; somente estará sujeita às revisões gerais de remuneração dos
VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou servidores públicos federais.
função de confiança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, §
3º, em relação ao local de residência ou domicílio do servidor; Subseção II
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido Da Gratificação Natalina
no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo
em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um
inferior a sessenta dias dentro desse período; e doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de
VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
de lotação ou nomeação para cargo efetivo. Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze)
dias será considerada como mês integral.

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte
de dezembro de cada ano. e cinco por cento), computando-se cada hora como cinquenta e
Parágrafo único. (VETADO). dois minutos e trinta segundos.
Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário,
Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a
natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada remuneração prevista no art. 73.
sobre a remuneração do mês da exoneração.
Subseção VII
Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para Do Adicional de Férias
cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao
Subseção III servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente a
Do Adicional por Tempo de Serviço 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias.
Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de
Art. 67. (Revogado) direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em
comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do
Subseção IV adicional de que trata este artigo.
Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou
Atividades Penosas Subseção VIII
Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
Art. 68 Os servidores que trabalhem com habitualidade em
locais insalubres ou em contato permanente com substâncias Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um é devida ao servidor que, em caráter eventual:
adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. I - atuar como instrutor em curso de formação, de
§ 1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no
e de periculosidade deverá optar por um deles. âmbito da administração pública federal;
§ 2º O direito ao adicional de insalubridade ou II - participar de banca examinadora ou de comissão para
periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos exames orais, para análise curricular, para correção de provas
riscos que deram causa a sua concessão. discursivas, para elaboração de questões de provas ou para
julgamento de recursos intentados por candidatos;
Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de III - participar da logística de preparação e de realização de
servidores em operações ou locais considerados penosos, concurso público envolvendo atividades de planejamento,
insalubres ou perigosos. coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado,
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas
afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das operações atribuições permanentes;
e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de
local salubre e em serviço não penoso e não perigoso. exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas
atividades.
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, § 1º Os critérios de concessão e os limites da gratificação de
de insalubridade e de periculosidade, serão observadas as que trata este artigo serão fixados em regulamento, observados
situações estabelecidas em legislação específica. os seguintes parâmetros:
I - o valor da gratificação será calculado em horas,
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida;
servidores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a
cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada
limites fixados em regulamento. situação de excepcionalidade, devidamente justificada e
previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e
Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle vinte) horas de trabalho anuais;
permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos
ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria. seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo básico da administração pública federal:
serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses. a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se
tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput deste
Subseção V artigo;
Do Adicional por Serviço Extraordinário b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se
tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com artigo.
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora § 2º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
normal de trabalho. somente será paga se as atividades referidas nos incisos do caput
deste artigo forem exercidas sem prejuízo das atribuições do
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de
atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o compensação de carga horária quando desempenhadas durante
limite máximo de 2 (duas) horas por jornada. a jornada de trabalho, na forma do § 4º do art. 98 desta Lei.
§ 3º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se
Subseção VI incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer
Do Adicional Noturno efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para
quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário proventos da aposentadoria e das pensões.
compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco)

Noções de Direito Administrativo 27


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APOSTILAS OPÇÃO

Capítulo III Seção II


Das Férias Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo
ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do
necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas
legislação específica. (Férias de Ministro - Vide) expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante
§1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão comprovação por perícia médica oficial.
exigidos 12 (doze) meses de exercício. § 1º A licença somente será deferida se a assistência direta
§2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao do servidor for indispensável e não puder ser prestada
serviço. simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante
§3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do
desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da art. 44.
administração pública. § 2º A licença de que trata o caput, incluídas as
prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze
Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será meses nas seguintes condições:
efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período, I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida
observando-se o disposto no §1º deste artigo. (Férias de Ministro a remuneração do servidor; e
- Vide) II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem
§ 1°(Revogado); remuneração.
§2º (Revogado); § 3º O início do interstício de 12 (doze) meses será contado
§ 3º O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, a partir da data do deferimento da primeira licença concedida.
perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver § 4º A soma das licenças remuneradas e das licenças não
direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês remuneradas, incluídas as respectivas prorrogações, concedidas
de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias. em um mesmo período de 12 (doze) meses, observado o disposto
§ 4º A indenização será calculada com base na remuneração no § 3º, não poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos
do mês em que for publicado o ato exoneratório. incisos I e II do § 2º.
§ 5º Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor
adicional previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Seção III
Federal quando da utilização do primeiro período. Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge

Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para
Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para
consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o
proibida em qualquer hipótese a acumulação. exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e
Parágrafo único. (Revogado). Legislativo.
§ 1º A licença será por prazo indeterminado e sem
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por remuneração.
motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação § 2º No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou
para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do companheiro também seja servidor público, civil ou militar, de
serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
entidade. (Férias de Ministro - Vide) e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou
Parágrafo único. O restante do período interrompido será entidade da Administração Federal direta, autárquica ou
gozado de uma só vez, observado o disposto no art. 77. fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível
com o seu cargo.
Capítulo IV
Das Licenças Seção IV
Seção I Da Licença para o Serviço Militar
Disposições Gerais
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: concedida licença, na forma e condições previstas na legislação
I - por motivo de doença em pessoa da família; específica.
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá
III - para o serviço militar; até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício
IV - para atividade política; do cargo.
V - para capacitação;
VI - para tratar de interesses particulares; Seção V
VII - para desempenho de mandato classista. Da Licença para Atividade Política
§ 1º A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem
como cada uma de suas prorrogações serão precedidas de Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração,
exame por perícia médica oficial, observado o disposto no art. durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção
204 desta Lei. partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do
§ 2º (Revogado) registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
§ 3º É vedado o exercício de atividade remunerada durante § 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde
o período da licença prevista no inciso I deste artigo. desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia,
assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será
Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua
término de outra da mesma espécie será considerada como candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia
prorrogação. seguinte ao do pleito.

Noções de Direito Administrativo 28


APOSTILA
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia § 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou
seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados sociedade de economia mista, nos termos das respectivas
os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela
meses. remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da
retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionária
Seção VI efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou
Da Licença para Capacitação entidade de origem
§ 3º A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário
Art. 87. Após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor Oficial da União.
poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício § 4º Mediante autorização expressa do Presidente da
do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três República, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em
meses, para participar de curso de capacitação profissional. outro órgão da Administração Federal direta que não tenha
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo
não são acumuláveis. certo.
Art. 88. e 89 - (Revogado) § 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou
servidor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e 2º deste
Art. 90. (VETADO). artigo.
§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de
Seção VII sociedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de
pagamento de pessoal, independem das disposições contidas nos
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o exercício do
ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em empregado cedido condicionado a autorização específica do
estágio probatório, licenças para o trato de assuntos Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos
particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem casos de ocupação de cargo em comissão ou função gratificada.
remuneração. § 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com
Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a a finalidade de promover a composição da força de trabalho dos
qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. órgãos e entidades da Administração Pública Federal, poderá
determinar a lotação ou o exercício de empregado ou servidor,
Seção VIII independentemente da observância do constante no inciso I e
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista nos §§ 1º e 2º deste artigo.

Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem Seção II


remuneração para o desempenho de mandato em confederação, Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato
representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-
profissão ou, ainda, para participar de gerência ou se as seguintes disposições:
administração em sociedade cooperativa constituída por I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital,
servidores públicos para prestar serviços a seus membros, ficará afastado do cargo;
observado o disposto na alínea c do inciso VIII do art. 102 desta II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
Lei, conforme disposto em regulamento e observados os sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
seguintes limites: III - investido no mandato de vereador:
I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as
(dois) servidores; vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo
II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 eletivo;
(trinta mil) associados, 4 (quatro) servidores; b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado
III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
associados, 8 (oito) servidores. § 1º No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá
§ 1º Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para a seguridade social como se em exercício estivesse.
para cargos de direção ou de representação nas referidas § 2º O servidor investido em mandato eletivo ou classista não
entidades, desde que cadastradas no órgão competente. poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade
§ 2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser diversa daquela onde exerce o mandato.
renovada, no caso de reeleição.
Seção III
Capítulo V Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
Dos Afastamentos
Seção I Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para
Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da
República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em Presidente do Supremo Tribunal Federal.
outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou § 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a
do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: missão ou estudo, somente decorrido igual período, será
I - para exercício de cargo em comissão ou função de permitida nova ausência.
confiança § 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não
II - em casos previstos em leis específicas. será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse
§ 1º Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou particular antes de decorrido período igual ao do afastamento,
entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com
ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, seu afastamento.
mantido o ônus para o cedente nos demais casos. § 3º O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da
carreira diplomática.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 4º As hipóteses, condições e formas para a autorização de Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que
que trata este artigo, inclusive no que se refere à remuneração houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não
do servidor, serão disciplinadas em regulamento. podendo ser renovado. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão ser
internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30
dar-se-á com perda total da remuneração. (trinta) dias.

Seção IV Art. 107. Caberá recurso:


Do Afastamento para Participação em Programa de I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
Pós-Graduação Stricto Sensu no País II - das decisões sobre os recursos sucessivamente
interpostos.
Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, § 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente
e desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e,
com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.
afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva § 2º O recurso será encaminhado por intermédio da
remuneração, para participar em programa de pós-graduação autoridade a que estiver imediatamente subordinado o
stricto sensu em instituição de ensino superior no País. requerente.
§ 1º Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá,
em conformidade com a legislação vigente, os programas de Art. 108. O prazo para interposição de pedido de
capacitação e os critérios para participação em programas de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da
pós-graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.
que serão avaliados por um comitê constituído para este fim.
§ 2º Os afastamentos para realização de programas de Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito
mestrado e doutorado somente serão concedidos aos servidores suspensivo, a juízo da autoridade competente.
titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de
pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão
doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não à data do ato impugnado.
tenham se afastado por licença para tratar de assuntos
particulares para gozo de licença capacitação ou com Art. 110. O direito de requerer prescreve:
fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de
solicitação de afastamento. cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem
§ 3º Os afastamentos para realização de programas de pós- interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de
doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de trabalho;
cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo
quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não quando outro prazo for fixado em lei.
tenham se afastado por licença para tratar de assuntos Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data
particulares ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo
anteriores à data da solicitação de afastamento. interessado, quando o ato não for publicado.
§ 4º Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos
nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo terão que permanecer no exercício Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando
de suas funções após o seu retorno por um período igual ao do cabíveis, interrompem a prescrição.
afastamento concedido.
§ 5º Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser
ou aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência relevada pela administração.
previsto no § 4º deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou
entidade, na forma do art. 47 da Lei no8.112, de 11 de dezembro Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada
de 1990, dos gastos com seu aperfeiçoamento. vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a
§ 6º Caso o servidor não obtenha o título ou grau que procurador por ele constituído.
justificou seu afastamento no período previsto, aplica-se o
disposto no § 5º deste artigo, salvo na hipótese comprovada de Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer
força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo tempo, quando eivados de ilegalidade.
do órgão ou entidade.
§ 7º Aplica-se à participação em programa de pós- Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos
graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta neste Capítulo, salvo motivo de força maior.
Lei, o disposto nos §§ 1º a 6º deste artigo.
Título IV
[...] Do Regime Disciplinar
Capítulo I
Capítulo VIII Dos Deveres
Do Direito de Petição
Art. 116. São deveres do servidor:
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando
competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio manifestamente ilegais;
daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente. V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

Noções de Direito Administrativo 30


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b) à expedição de certidões requeridas para defesa de 04. (IF/SP - Matemática – IF/SP/2018) A Lei nº
direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; 8.112/1990 dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. públicos civis da União, das autarquias e das fundações
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão públicas federais. Considerando o Art. 116. da referida Lei,
do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando assinale a afirmativa que apresenta três dos deveres do
houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de servidor:
outra autoridade competente para apuração; (A) exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
VII - zelar pela economia do material e a conservação do cumprir as ordens superiores irrestritamente; promover
patrimônio público; manifestação de apreço no recinto da repartição.
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; (B) observar as normas legais e regulamentares; atender
IX - manter conduta compatível com a moralidade com presteza ao público em geral; manter conduta compatível
administrativa; com a moralidade administrativa.
X - ser assíduo e pontual ao serviço; (C) ser assíduo e pontual ao serviço; atender às requisições
XI - tratar com urbanidade as pessoas; da Receita; cometer a outro servidor atribuições estranhas ao
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de cargo que ocupa, em situações de emergência.
poder. (D) ser leal à administração pública federal; promover a
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII urbanidade; investigar as irregularidades de que tiver ciência
será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela em razão do cargo.
autoridade superior àquela contra a qual é formulada,
assegurando-se ao representando ampla defesa. Gabarito

Questões 01. D / 02. B / 03. E / 04. B

01. (UFRJ - Analista de Tecnologia da Informação - Capítulo II


Órgão – UFRJ/2018). Nos termos da Lei nº 8.112/1990, são Das Proibições
deveres do servidor público:
(A) cumprir as ordens superiores, ainda que Art. 117. Ao servidor é proibido:
manifestamente ilegais. I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
(B) recusar fé a documentos públicos. autorização do chefe imediato;
(C) promover manifestação de apreço no recinto da II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
repartição. qualquer documento ou objeto da repartição;
(D) representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de III - recusar fé a documentos públicos;
poder. IV - opor resistência injustificada ao andamento de
(E) aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a documento e processo ou execução de serviço;
associação profissional ou sindical. V - promover manifestação de apreço ou desapreço no
recinto da repartição;
02. (UFRPE - Assistente Social - SUGEP/2018) Com base VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
no regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua
autarquias e das fundações públicas federais, são deveres do responsabilidade ou de seu subordinado;
servidor, EXCETO: VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se
(A) exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo. a associação profissional ou sindical, ou a partido político;
(B) reparar o dano causado por imprudência ou imperícia. VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de
(C) guardar sigilo sobre assunto da repartição. confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau
(D) observar as normas legais e regulamentares. civil;
(E) cumprir as ordens superiores, exceto quando IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
manifestamente ilegais. outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
X - participar de gerência ou administração de sociedade
03. (UNIFAP - Assistente em Administração - privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio,
DEPSEC/2018) Em relação aos deveres e proibições do exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
servidor público federal, em consonância ao disposto na Lei XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a
8112/90, é CORRETO afirmar: repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
(A) É proibido ao servidor público federal participar de previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau,
gerência ou administração de empresa privada, de sociedade e de cônjuge ou companheiro;
civil, ou exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de
cotista ou comanditário. qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
(B) Deve o servidor público federal, em todo caso, levar ao XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
conhecimento da autoridade superior as irregularidades de estrangeiro;
que tiver ciência em razão do cargo. XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
(C) Não é permitido ao servidor federal opor qualquer XV - proceder de forma desidiosa;
resistência ao andamento de documento e processo ou XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em
execução de serviço. serviços ou atividades particulares;
(D) É dever do servidor público federal, representar, pela XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao
via por ele escolhida, contra ilegalidade, omissão ou abuso de cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e
poder. transitórias;
(E) O servidor público federal possui o dever de atender XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis
com presteza a expedição de certidões requeridas para defesa com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;
de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal. XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando
solicitado.
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput
deste artigo não se aplica nos seguintes casos:

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I - participação nos conselhos de administração e fiscal de quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou
empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social,
indiretamente, participação no capital social ou em sociedade observado o que, a respeito, dispuser legislação específica.
cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros;
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que
na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em
conflito de interesses. cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os
cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver
Questões compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles,
declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades
01. (IF/CE - Assistente em Administração - Órgão: envolvidos.
IF/CE/2017) Sobre os deveres e as proibições aos servidores
federais previstos na Lei n. 8.112/90, quanto às condutas que Capítulo IV
respeitam esses deveres e proibições, é certo declarar-se que Das Responsabilidades
(A) Francisco, gestor do IFCE, alertou seus servidores que
é proibido promover manifestações de repúdio ao Presidente Art. 121. O servidor responde civil, penal e
da República em exercício dentro das instalações do IFCE. administrativamente pelo exercício irregular de suas
(B) Bruno, servidor do IFCE, pode atuar como procurador atribuições.
de seu primo José em processo seletivo de que este último
participa no Campus Acarati. Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou
(C) Breno, docente do Campus Crato, solicitou a um colega comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário
professor da UNIFOR que fosse substituí-lo nas suas aulas do ou a terceiros.
dia 16/11/2016, pois tinha compromisso agendado e não § 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao
queria deixar seus alunos sem aula. erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na
(D) Carlos, servidor do IFCE, sempre que pode, imprime, falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela
com recursos da instituição, algumas poucas folhas para via judicial.
trabalhos acadêmicos de seu curso de graduação oferecido § 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o
pelo seu órgão de lotação. servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
(E) Vanessa, servidora efetiva do IFCE, é Diretora de § 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores
Administração no Campus Juazeiro, onde seu pai Cláudio, e contra eles será executada, até o limite do valor da herança
também servidor efetivo, é o Diretor Geral. recebida.

02. (EBSERH - Tecnólogo em Gestão Pública - Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e
CESPE/2018) No que concerne a direitos, deveres e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
responsabilidades dos servidores públicos, julgue o próximo
item. Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de
Nos termos da Lei n.º 8.112/1990, os deveres do servidor ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou
público incluem representar contra ilegalidade, omissão ou função.
abuso de poder e promover manifestação de apreço no recinto
da repartição. Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão
( ) Certo ( )Errado cumular-se, sendo independentes entre si.

Gabarito Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será


afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência
01. A / Errado do fato ou sua autoria.

Capítulo III Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado


Da Acumulação civil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade
superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é outra autoridade competente para apuração de informação
vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha
§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo,
e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, emprego ou função pública.
sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos
Estados, dos Territórios e dos Municípios. Responsabilidade dos Agentes Públicos
§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica
condicionada à comprovação da compatibilidade de horários. No que diz respeito à responsabilidade dos servidores,
§ 3º Considera-se acumulação proibida a percepção de podemos dizer que ao exercer funções públicas, os servidores
vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos públicos não estão desobrigados de se responsabilizar por
da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas seus atos, tanto atos públicos quanto atos administrativos,
remunerações forem acumuláveis na atividade. além dos atos políticos, dependendo de sua função, cargo ou
emprego.
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em Esta responsabilidade é algo indispensável na atividade
comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9º, administrativa, ou seja, enquanto houver exercício irregular
nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação de direito ou de poder a responsabilidade deve estar presente.
coletiva. É uma forma de manter a soberania e a autenticidade dos
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à órgãos públicos.
remuneração devida pela participação em conselhos de Quanto o Estado repara o dano, fica com direito de
administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de regresso contra o responsável, isto é, com o direito de
economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como

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APOSTILAS OPÇÃO

recuperar o valor da indenização junto ao agente que causou o 8.112/90, apuráveis conforme o rito previsto naquele
dano. Estatuto. Dessa forma, tem como pólo passivo a pessoa
O agente público poderá ser responsabilizado nos âmbitos legalmente investida em cargo público, seja de provimento
civil, penal e administrativo. efetivo, seja de provimento comissionado.

a) Responsabilidade Civil: Neste caso, responsabilidade Capítulo V


civil se refere à responsabilidade patrimonial, que faz Das Penalidades
referência aos Atos Ilícitos e que traz consigo a regra geral da
responsabilidade civil, que é de reparar o dano causado a Art. 127. São penalidades disciplinares:
outrem. O órgão público, confirmada a responsabilidade de I - advertência;
seus agentes, como preceitua a no art.37, §6, parte final do II - suspensão;
Texto Maior, é "assegurado o direito de regresso contra o III - demissão;
responsável nos casos de dolo ou culpa", descontará nos IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
vencimentos do servidor público, respeitando os limites V - destituição de cargo em comissão;
mensais, a quantia exata para o ressarcimento do dano. VI - destituição de função comissionada.

b) Responsabilidade Administrativa: A Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a


responsabilidade administrativa é apurada em processo natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela
administrativo, assegurando-se ao servidor o contraditório e a provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes
ampla defesa. Uma vez constatada a prática do ilícito ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
administrativo, ficará o servidor sujeito à sanção Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade
administrativa adequada ao caso, que poderá ser advertência, mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção
suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou disciplinar.
disponibilidade, destituição de cargo em comissão ou
destituição de função comissionada. A penalidade deve Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos
sempre ser motivada pela autoridade competente para sua de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e
aplicação, sob pena de ser nula. Na motivação da penalidade, XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei,
devem estar presentes os motivos de fato (os atos irregulares regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição
praticados pelo servidor) e os motivos de direito (os de penalidade mais grave.
dispositivos legais ou regulamentares violados e a penalidade
prevista). Se durante a apuração da responsabilidade Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência
administrativa a autoridade competente verificar que o ilícito das faltas punidas com advertência e de violação das demais
administrativo também está capitulada como ilícito penal, proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de
deve encaminhar cópia do processo administrativo ao demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
Ministério Público, que irá mover ação penal contra o servidor § 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o
servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a
c) Responsabilidade Penal: A responsabilidade penal do inspeção médica determinada pela autoridade competente,
servidor é a que resulta de uma conduta tipificada por lei como cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
infração penal. A responsabilidade penal abrange crimes e determinação.
contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. Muitos § 2º Quando houver conveniência para o serviço, a
dos crimes funcionais estão definidos no Código Penal, artigos penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na
312 a 326, como o peculato, a concussão, a corrupção passiva, base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou
a prevaricação etc. Outros estão previstos em leis especiais remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em
federais. A responsabilidade penal do servidor é apurada em serviço.
Juízo Criminal. Se o servidor for responsabilizado penalmente,
sofrerá uma sanção penal, que pode ser privativa de liberdade Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão
(reclusão ou detenção), restritiva de direitos (prestação seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco)
pecuniária, perda de bens e valores, prestação de serviço à anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não
comunidade ou a entidades públicas, interdição temporária de houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
direitos e limitação de fim de semana) ou multa (Código Penal, Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá
art. 32). efeitos retroativos.
A responsabilidade administrativa do servidor será
afastada se, no processo criminal, o servidor for absolvido por Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
ter sido declarada a inexistência do fato ou, quando o fato I - crime contra a administração pública;
realmente existiu, não tenha sido imputada sua autoria ao II - abandono de cargo;
servidor. Notem que, se o servidor for absolvido por falta ou III - inassiduidade habitual;
insuficiência de provas, a responsabilidade administrativa não IV - improbidade administrativa;
será afastada. V - incontinência pública e conduta escandalosa, na
repartição;
Ilícito administrativo disciplinar12 VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular,
O ilícito administrativo-disciplinar é toda conduta do salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
servidor que, no âmbito de suas atribuições ou a pretexto de VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
exercê-las, contraria dispositivo estatutário. Os ilícitos IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do
administrativos englobam inobservância de deveres cargo;
funcionais do artigo 116, afrontas às proibições do artigo 117 X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
e cometimento de condutas do artigo 132, todos da Lei nº nacional;

12 http://www.cgu.gov.br/sobre/perguntas-frequentes/atividade-
disciplinar/direito-administrativo-disciplinar

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APOSTILAS OPÇÃO

XI - corrupção; Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão,


XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a
públicas; indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. prejuízo da ação penal cabível.

Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão,
de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-
refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo
chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável prazo de 5 (cinco) anos.
de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público
omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em
regularização imediata, cujo processo administrativo comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.
disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência
comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias
simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da consecutivos.
transgressão objeto da apuração;
II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao
relatório; serviço, sem causa justificada, por sessenta dias,
III - julgamento. interpoladamente, durante o período de doze meses.
§ 1º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á
pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou
descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação inassiduidade habitual, também será adotado o procedimento
de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente
das datas de ingresso, do horário de trabalho e do que:
correspondente regime jurídico. I - a indicação da materialidade dar-se-á:
§ 2º A comissão lavrará, até três dias após a publicação do a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa
ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão do período de ausência intencional do servidor ao serviço
transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, superior a trinta dias;
bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias
por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou
dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se lhe vista do superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de
processo na repartição, observado o disposto nos arts. 163 e 164. doze meses;
§ 3º Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará
conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade
servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos,
sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo indicará o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de
dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao
instauradora, para julgamento. serviço superior a trinta dias e remeterá o processo à autoridade
§ 4º No prazo de cinco dias, contados do recebimento do instauradora para julgamento.
processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão,
aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3º do art. 167. Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
§ 5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas
defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-
automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de
§ 6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao
aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de respectivo Poder, órgão, ou entidade;
aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, II - pelas autoridades administrativas de hierarquia
empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior
hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
comunicados. III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma
§ 7º O prazo para a conclusão do processo administrativo dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de
disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
contados da data de publicação do ato que constituir a IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se
comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, tratar de destituição de cargo em comissão.
quando as circunstâncias o exigirem.
§ 8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
destituição de cargo em comissão;
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência.
a demissão. § 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que
o fato se tornou conhecido.
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por § 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-
não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de se às infrações disciplinares capituladas também como crime.
infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão. § 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida
artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será por autoridade competente.
convertida em destituição de cargo em comissão.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de
a correr a partir do dia em que cessar a interrupção. apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do
denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a
Questões autenticidade.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar
01. (UFT - Administrador – COPESE-UFT/2017). evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será
Assinale a alternativa CORRETA. Nos termos da Lei nº arquivada, por falta de objeto.
8.112/1990 (Estatuto do Servidor Público Federal), entende-
se por inassiduidade habitual: Art. 145. Da sindicância poderá resultar:
(A) a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta I - arquivamento do processo;
dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de
(B) a falta ao serviço, ainda que justificada, por sessenta até 30 (trinta) dias;
dias, sucessivamente. III - instauração de processo disciplinar.
(C) a falta ao serviço, por sessenta dias, intercaladamente, Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não
durante o período de vinte e quatro meses. excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual
(D) a falta ao serviço, justificada ou não, por trinta dias, período, a critério da autoridade superior.
sucessivos ou intercaladamente no período de doze meses.
Sindicância é meio pelo qual se deve apurar se houve ou
02. (UFT - Assistente em Administração - COPESE – não irregularidades no serviço público. Como diz o artigo, dela,
UFT/2017). Assinale a alternativa CORRETA. Nos termos da pode resultar o arquivamento, caso não tenha materialidade
Lei nº 8.112/1990 (Estatuto do Servidor Público Federal), ou a autoria da irregularidade denunciada. Caso tenha, poderá
configura abandono de cargo: haver a aplicação de advertência ou suspensão, ou,
(A) A ausência intencional do servidor ao serviço por mais dependendo do grau da gravidade, a instauração de processo
de trinta dias consecutivos. disciplinar (hipóteses no artigo seguinte, 146 da presente lei).
(B) A ausência, dolosa ou culposa do servidor, ao serviço
por mais de vinte e cinco dias consecutivos. Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar
(C) A ausência, ainda que justificada do servidor, ao serviço a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta)
por mais de sessenta dias consecutivos ou intercaladamente. dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou
(D) A ausência, intencional ou justificada do servidor, ao disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será
serviço por quarenta e cinco dias sucessivos ou obrigatória a instauração de processo disciplinar.
intercaladamente.
Capítulo II
03. (UFT - Assistente em Administração - - COPESE – Do Afastamento Preventivo
UFT/2017). Considerando o estabelecido pela Lei nº
8.112/1990 (Estatuto do Servidor Público Federal), assinale a Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não
alternativa INCORRETA. A ação disciplinar prescreverá: venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade
(A) Em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu
demissão. afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60
(B) Em 3 (três) anos, quanto às infrações puníveis com (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
cassação de aposentadoria ou disponibilidade. Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por
(C) Em 2 (dois) anos, quanto às infrações puníveis com igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não
suspensão. concluído o processo.
(D) Em 180 (cento e oitenta) dias, quanto às infrações
puníveis com advertência. Capítulo III
Do Processo Disciplinar
Gabarito
O processo disciplinar é o instrumento pelo qual se apura
01. A / 02. A / 03. B a responsabilidade de servidor público por infração praticada
no exercício de suas atribuições, ou então, que tenha relação
Título V com as atribuições do cargo em que se encontre investido.
Do Processo Administrativo Disciplinar
Capítulo I Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a
Disposições Gerais apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no
exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no atribuições do cargo em que se encontre investido.
serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata,
mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão
assegurada ao acusado ampla defesa. composta de três servidores estáveis designados pela autoridade
§ 1º (Revogado); competente, observado o disposto no § 3º do art. 143, que
§ 2º (Revogado); indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante
§ 3º A apuração de que trata o caput, por solicitação da de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de
autoridade a que se refere, poderá ser promovida por escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
autoridade de órgão ou entidade diverso daquele em que tenha § 1º A Comissão terá como secretário servidor designado
ocorrido a irregularidade, mediante competência específica pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus
para tal finalidade, delegada em caráter permanente ou membros.
temporário pelo Presidente da República, pelos presidentes das § 2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de
Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado,
Procurador-Geral da República, no âmbito do respectivo Poder, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
órgão ou entidade, preservadas as competências para o grau.
julgamento que se seguir à apuração.

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Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências
à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração. cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando
Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa
terão caráter reservado. elucidação dos fatos.

Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar
fases: o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador,
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e
comissão; contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, pericial.
defesa e relatório; § 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos
III - julgamento. considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de
nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar § 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a
não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação comprovação do fato independer de conhecimento especial de
do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação perito.
por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.
§ 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor mediante
integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a
do ponto, até a entrega do relatório final. segunda via, com o ciente do interessado, ser anexado aos autos.
§ 2º As reuniões da comissão serão registradas em atas que Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a
deverão detalhar as deliberações adotadas. expedição do mandado será imediatamente comunicada ao
chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora
Seção I marcados para inquirição.
Do Inquérito
Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e reduzido
O inquérito administrativo (ou, simplesmente, inquérito), a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.
que é a parte contraditória do processo, conduzida § 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.
autonomamente pela comissão, comporta os seguintes atos, na § 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se
ordem: a) atos iniciais do inquérito (instalação da comissão infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.
processante; comunicação da instalação; designação do
secretário); b) atos de instrução (notificação do servidor, Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a
depoimentos, perícias, diligências, interrogatório, indicação e comissão promoverá o interrogatório do acusado, observados os
citação para apresentar defesa escrita); c) defesa escrita e d) procedimentos previstos nos arts. 157 e 158.
relatório13. § 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será
A Comissão inicia com a elaboração da Ata de Instalação ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas
dos Trabalhos, a qual deve: comunicar a instalação; designar declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a
secretário; analisar os autos do processo; e registrar, se for o acareação entre eles.
caso, outras providências imediatas a serem tomadas. § 2º O procurador do acusado poderá assistir ao
A comissão deve comunicar à autoridade instauradora o interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-
início dos trabalhos, o local de instalação e o horário de lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se
funcionamento. lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da
A comissão deve ter um secretário, designado pelo comissão.
presidente, preferencialmente com prática em digitação e
elaboração de expedientes em geral, pois a ele incumbem os Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do
serviços de expediente do colegiado (digitação, cópia, entrega acusado, a comissão proporá à autoridade competente que ele
de documentos, etc.). A Lei nº 8.112/1990 estabelece como seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual
requisito que o secretário seja servidor (não pode ser participe pelo menos um médico psiquiatra.
celetista) e prevê a possibilidade de a designação recair sobre Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será
um dos membros; mas também pode ser designado algum processado em auto apartado e apenso ao processo principal,
servidor estranho à comissão (neste caso, não se exige o após a expedição do laudo pericial.
requisito da estabilidade).
Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a
Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele
do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a imputados e das respectivas provas.
utilização dos meios e recursos admitidos em direito. § 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo
presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo
Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo de 10 (dez) dias, assegurando-se lhe vista do processo na
disciplinar, como peça informativa da instrução. repartição.
Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância § 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e
concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a de 20 (vinte) dias.
autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao § 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro,
Ministério Público, independentemente da imediata instauração para diligências reputadas indispensáveis.
do processo disciplinar. § 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia
da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada,

13 Disponível em http://www.cgu.gov.br/sobre/perguntas-
frequentes/atividade-disciplinar/fases-do-procedimento-disciplinar-inquerito#2.

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APOSTILA ELABORADA OPÇÃO
PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS

em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, § 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade
com a assinatura de (2) duas testemunhas. do processo.
§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obrigado que trata o art. 142, § 2º, será responsabilizada na forma do
a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado. Capítulo IV do Título IV.

Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a
sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial da autoridade julgadora determinará o registro do fato nos
União e em jornal de grande circulação na localidade do último assentamentos individuais do servidor.
domicílio conhecido, para apresentar defesa.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como crime,
defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do o processo disciplinar será remetido ao Ministério Público para
edital. instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.

Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar só
regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal. poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente,
§ 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade,
processo e devolverá o prazo para a defesa. acaso aplicada.
§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o
instauradora do processo designará um servidor como defensor parágrafo único, inciso I do art. 34, o ato será convertido em
dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de demissão, se for o caso.
mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do
indiciado. Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias:
I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório sede de sua repartição, na condição de testemunha, denunciado
minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e ou indiciado;
mencionará as provas em que se baseou para formar a sua II - aos membros da comissão e ao secretário, quando
convicção. obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a
§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
ou à responsabilidade do servidor.
§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão Seção III
indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem Da Revisão do Processo
como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos
será remetido à autoridade que determinou a sua instauração, novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do
para julgamento. punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento
Seção II do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a
Do Julgamento revisão do processo.
§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do será requerida pelo respectivo curador.
recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua
decisão. Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao
§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da requerente.
autoridade instauradora do processo, este será encaminhado à
autoridade competente, que decidirá em igual prazo. Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não
§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, constitui fundamento para a revisão, que requer elementos
o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição novos, ainda não apreciados no processo originário.
da pena mais grave.
§ 3º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de Art. 177. O requerimento de revisão do processo será
aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que,
autoridades de que trata o inciso I do art. 141. se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do
§ 4º Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar.
autoridade instauradora do processo determinará o seu Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade
arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à prova dos competente providenciará a constituição de comissão, na forma
autos. do art. 149.

Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão, Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo
salvo quando contrário às provas dos autos. originário.
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia
as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, e hora para a produção de provas e inquirição das testemunhas
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou que arrolar.
isentar o servidor de responsabilidade.
Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a
Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a conclusão dos trabalhos.
autoridade que determinou a instauração do processo ou outra
de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total ou Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no
parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de outra que couber, as normas e procedimentos próprios da comissão do
comissão para instauração de novo processo. processo disciplinar.

Noções de Direito Administrativo 37


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APOSTILAS
APOSTILA ELABORADA PELA OPÇÃO
EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS

Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao
penalidade, nos termos do art. 141. instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vinte) lhes são correlatos.
dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a § 1º É vedado aos agentes públicos:
autoridade julgadora poderá determinar diligências. I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de
convocação, cláusulas ou condições que comprometam,
Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive
efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam
do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede
comissão, que será convertida em exoneração. ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar impertinente ou irrelevante para o específico objeto do
agravamento de penalidade. contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5º a 12 deste artigo e no
art. 3º da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991;
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza
Licitações (Lei nº comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra,
entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se
8.666/1993 e alterações refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo
posteriores): das disposições quando envolvidos financiamentos de agências internacionais,
gerais; da licitação; dos ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3o da Lei
no 8.248, de 23 de outubro de 1991.
contratos; das disposições § 2º Em igualdade de condições, como critério de
gerais das sanções desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos
administrativas, das sanções bens e serviços:
I - Revogado.
administrativas. II - produzidos no País;
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País.
V- produzidos ou prestados por empresas que comprovem
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa
Federal, institui normas para licitações e contratos da com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que
Administração Pública e dá outras providências. atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação
§ 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
§ 4º (Vetado).
Capítulo I §5º Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS margem de preferência para: (Redação dada pela Lei
Seção I nº 13.146, de 2015)
Dos Princípios I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que
atendam a normas técnicas brasileiras; e (Incluído
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e pela Lei nº 13.146, de 2015)
contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas
inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista
âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da
e dos Municípios. Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)
dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as § 6º A margem de preferência de que trata o § 5º será
autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as estabelecida com base em estudos revistos periodicamente,
sociedades de economia mista e demais entidades controladas em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e consideração:
Municípios. I - geração de emprego e renda;
II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e
Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, municipais
compras, alienações, concessões, permissões e locações da III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no
Administração Pública, quando contratadas com terceiros, País;
serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as IV - custo adicional dos produtos e serviços; e
hipóteses previstas nesta Lei. V - em suas revisões, análise retrospectiva de resultados.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se § 7º Para os produtos manufaturados e serviços nacionais
contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica
Administração Pública e particulares, em que haja um acordo realizados no País, poderá ser estabelecido margem de
de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de preferência adicional àquela prevista no § 5º.
obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada. § 8º As margens de preferência por produto, serviço, grupo
de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ 5º e
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do 7º, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo
princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por
mais vantajosa para a administração e a promoção do cento) sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços
desenvolvimento nacional sustentável e será processada e estrangeiros.
julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da

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