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INTRODUÇÃO
LIDERANÇA NO MINISTÉRIO
V. LIDERANÇA NA IGREJA
A Igreja – Uma Instituição divina, o Corpo de Cristo, onde Ele é a cabeça da Igreja (Cl
1:18). É também uma organização administrativa admitindo, portanto, pessoas qualificadas
para a sua administração em vários órgãos: departamentos, secretaria, tesouraria, etc.
Deve o pastor prover a igreja de pessoas capacitadas, profissionais para gerir os atos
administrativos junto aos órgãos estatais, sendo que dos assuntos eclesiásticos o Senhor
Jesus se encarrega do provimento, conforme Ef 4:11-12: “E ele mesmo deu uns para
apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e
doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do corpo de Cristo”. Deus chama, capacita e coloca líderes no lugar certo no
Corpo de Cristo.
Quando Jesus falava aos discípulos sobre a Igreja, antes de sua crucificação, Ele disse
que a Igreja seria forte e combatente, a tal ponto que: “...as portas do inferno não
prevalecerão contra ela” (Mt 16:18). Ora! O que é a Igreja? São os salvos na pessoa do
Senhor Jesus Cristo, composta de membros e seus líderes obreiros. Portanto, são eles a
continuidade do Plano da Redenção, iniciado na Terra desde a antiguidade. Assim, a
Igreja continua anunciando o Reino de Deus, as Boas Novas de salvação.
Depois da ressurreição Jesus disse a Pedro: “...apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21:16-
17). Com essas palavras Jesus estava dizendo que a Igreja ficaria sob a liderança dos
seus obreiros, pastores e líderes. É evidente que o Espírito Santo é quem cuida da Igreja,
orientando seus líderes, instruindo-os para o bom desempenho da evangelização.
Pedro - Originalmente chamado Simão. Sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus
e fazia parte do círculo mais íntimo do Mestre. Era considerado como homem sem letra e
indouto pelos líderes judaicos de Jerusalém (At 4:313), mas ele exercia certa liderança
entre os discípulos. Estava sempre questionando e respondendo. Era tido como afoito,
arrojado, como no caso de se lançar ao mar ao encontro de Jesus quando caminhava
sobre as ondas (Mt 14:28-29). Foi ele que recebeu a Revelação Divina a respeito de Jesus
(Mt 16:16). Por outro lado, negou Jesus, porém foi perdoado e indicado para apascentar o
rebanho da Igreja.
Na “descida” do Espírito Santo, com ousadia proferiu um veemente discurso em defesa
daquele movimento, no qual discorreu desde as profecias do Velho Testamento,
nascimento, morte e ressurreição de Jesus (At 2:14 e seguintes), quando houve milhares
de conversões. Ali nascia uma Igreja poderosa e operosa, e Pedro com coragem e fé
continuou atuando de maneira eficaz ao ponto de escrever duas cartas, 1Pedro e 2Pedro,
fortalecendo assim o cristianismo.
Paulo - Considerado um dos mais, se não o mais influente de todos os apóstolos. Homem
culto, letrado e conhecedor profundo do judaísmo e da Lei. Conforme ele mesmo disse:
“Quanto a mim, sou varão judeu, nascido em Tarso da Cilicia, mas criado nesta cidade aos
pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso para com
Deus, como todos vós hoje sois” (At 22:3). Paulo não andou com Jesus, como os demais
discípulos, mas foi o próprio Jesus que se apresentou a ele, enquanto ainda Saulo.
O legado de Paulo para o cristianismo constitui-se, na sua maioria, em ensinos para todas
as épocas e classes de pessoas, porquanto, escreveu 13 Epístolas, as quais contêm
narrativas de caráter pessoal, universal e pastoral.
Paulo exerceu seu ministério com firmeza, mostrando-se um líder eficaz. Deus usou-o
como instrumento para desmistificar o cristianismo e o judaísmo, uma vez que ele, como
homem erudito, direcionou o seu conhecimento para a obra de Deus. Em suma, também é
difícil falar a respeito de Paulo em poucas linhas, mas eis aí uma síntese do que foi esse
grande apóstolo de Jesus.
V. LIDERANÇA NA IGREJA
1. Líder Eficaz para a Igreja
No Livro da Revelação, intitulado Apocalipse de João, logo no primeiro capítulo, a partir
do versículo quatro, onde algumas versões dão o título de Dedicatória às sete Igrejas da
Ásia ou Dedicação às sete Igrejas da Ásia, dentre outros nomes, está narrado que o
próprio Jesus diz: “Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e
aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete
candeeiros são as sete igrejas” (Ap 1:20).
Jesus está se referindo aos líderes daquelas Igrejas, onde Ele os denomina anjos, dando
assim a entender o grau de importância que aplica aos obreiros, pastores e líderes das
igrejas. Jesus faz elogios, advertências e recomendações. É o cuidado que Ele tem pela
Igreja que lhe custou caro. É por isso que o Espírito Santo está no meio dela, orientado
seus obreiros. Então vamos corresponder à altura a importância que Jesus nos dá.
O apóstolo Paulo, um dos maiores líderes da era cristã disse: “...se alguém deseja o
episcopado, excelente obra deseja” (I Tm 3:1). Paulo disse isso porque o Senhor se
agrada daqueles que desejam servi-Lo.
Apesar da necessidade, principalmente nos dias de hoje, do obreiro procurar estudar em
colégio ou faculdade e outros cursos, para obter conhecimentos seculares, não deve ele
desprezar a chamada e vocação ministerial se lhe for dada essa oportunidade, pois
trabalhar na Obra do Senhor é um privilégio. Não devemos pensar que ter o conhecimento
escolar, técnico ou profissional apropriados bastam para ser qualificado como líder. Tudo
isso é necessário, mas não o suficiente.
A vocação e a chamada ministerial são os itens mais relevantes para a vida de um líder
que deseja ver seu ministério crescer, frutificar. O preparo intelectual e o conhecimento
específico em geral são de suma importância para uma vocação administrativa
empresarial secular. Mas para a Obra de Deus, a sua Igreja, que tem suas doutrinas
baseadas na Bíblia, o conhecimento da Palavra de Deus é indispensável, como disse
Paulo: que “maneje bem a palavra da verdade”. No entanto não deve o obreiro desprezar
o conhecimento secular também para ser usado na Obra de Deus. Muito pelo contrário,
deve buscá-lo.
O verdadeiro líder, seja ele pastor ou tenha outra qualificação de obreiro, dirigente de uma
Igreja, grande ou pequena, regente de coral, de conjunto, orquestra, líder de mocidade,
professor da Escola Dominical e demais ocupações, em suas atitudes e tomadas de
decisões deve sempre contar com a parceria do Espírito Santo.
Resumindo: o Líder que quer ver seu trabalho prosperar deve submeter-se à liderança do
Espírito Santo.
V. LIDERANÇA NA IGREJA
2. Liderando para todos
Podemos, com muita propriedade, dar o exemplo de Paulo, pois, sabia ser flexível no seu
comportamento para influenciar as pessoas. Em um dos seus ensinamentos, falando
sobre o seu apostolado, escreveu:
“Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número
possível. Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os
que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que
vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei... Fiz-me fraco para com os
fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por
todos os modos salvar alguns” (1Co 9:19, 20 e 22). No v 23 ele conclui: “Tudo faço por
causa do Evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele”.
Observamos aí que o apostolo sabia se identificar e posicionar-se de acordo com a classe
de pessoas com que ele queria se relacionar.
O líder eficaz deve pelo menos observar como ele mesmo está se comportando à frente
dos seus liderados, pois fazendo esta avaliação estará mais seguro para exercer sua
liderança. Contudo, deve observar os seguintes aspectos, dentre outros:
a) Sensibilidade Situacional - deve fazer a leitura da situação;
b) Flexibilidade de Estilo ou Comportamento - capacidade de mudar o Estilo, a
maneira de liderança de acordo com as circunstâncias;
c) Gestão Situacional – Ter a habilidade de mudar determinada situação, se
necessário, ou de reformá-la.
V. LIDERANÇA NA IGREJA
3. Influência interpessoal
Quando um pastor ou um líder procura atingir o comportamento de um membro ou
liderado, está exercendo uma influência interpessoal, a relação está diretamente ligada ao
líder e à pessoa, como nos casos do:
Vendedor - freguês
Professor - aluno
Pastor - membro
V. LIDERANÇA NA IGREJA
5. Comportamento do líder à frente do seu grupo
· Identificação - O líder deve identificar-se com o grupo que lidera. O seu
comportamento tem que ser voltado para seus liderados. Por exemplo: O pastor conhece
as suas ovelhas e as ovelhas, o seu pastor (Jo 10:14). O pastor deve conhecer os hábitos
da ovelha. Conhecer como o general conhece seus soldados; o professor, seus alunos; o
maestro, seus músicos. Ou seja, cada um conhecendo perfeitamente seus comandados.
· Comunicação - A comunicação é a ponte, é o elo da corrente. Se o líder não se
comunicar adequadamente, não haverá entendimento entre as partes. O pastor tem que
falar a linguagem que a ovelha entende; o general dá o comando que o soldado entende.
É fundamental que as pessoas saibam quem você é quando fala com elas.
· Relacionamento – O líder que não se relaciona com seus liderados, está fadado ao
fracasso. O contato faz com que os líderes se aproximem do grupo, departamento ou
equipe, pois, ele vai acompanhar de perto o resultado, o crescimento e o objetivo proposto.
É no relacionamento que ele vai descobrir as atitudes, virtudes, esforço, desempenho e a
força de vontade de cada membro da sua equipe. Jesus de contínuo mantinha o
relacionamento com seus discípulos. Ele se identificava se comunicava e mantinha um
bom relacionamento, ao ponto de Pedro exclamar: “...para quem iremos...” (Jo 6:68).
O líder seja ele pastor de igreja, líder de grupo, departamento como Escola Dominical,
professor, regente, etc. têm que exercitar os itens acima enumerados. Isso faz com que
ele seja conhecido e ao mesmo tempo conheça as pessoas que estão sob sua liderança.
Os líderes de departamentos e organizações da igreja não devem ter a visão voltada só
para seu grupo, sem se importar com o crescimento da Igreja. Eles têm que ter uma visão
ampliada, ver a Igreja como um todo, isto é, ter um macro visão, pois, afinal de contas ele
está prestando um serviço para Deus.
V. LIDERANÇA NA IGREJA
6. O Líder, a Crítica e a Repreensão.
Quem lidera deve estar ciente de que é susceptível de receber críticas, as quais podem
ser construtivas ou destrutivas. O líder deve estar pronto para receber críticas, sejam elas
boas ou más, pois, pode tirar proveito. Às vezes, por causa de uma crítica, mudamos a
direção de certas decisões ou posições equivocadas que tomamos ou deixamos de tomá-
las. Basta ter humildade para aceitá-las. Moisés recebeu de bom grado as críticas e
conselhos de Jetro seu sogro, e teve a humildade de tomar decisões corretas ao
estabelecer maiorais de mil, de cem, de cinquenta e de dez (Ex 18), o que foi um alívio
para ele.
Moisés foi muito criticado, mas teve a humildade de receber e suportar as críticas, e
quando injustiçado Deus sempre estava ao seu lado, tomando-lhe as dores e
repreendendo os criticadores.
Por outro lado, Moisés compreendeu que se não repreendesse a pessoa que errava muito
provavelmente o caso se agravaria. Assim Moisés estabeleceu diretrizes para tratar os que
se comportavam mal: “Não aborrecerás teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu
próximo, e por causa dele não levarás sobre ti o pecado. Não te vingarás nem guardarás
ira contra os filhos de teu povo; mas amarás a teu próximo como a ti mesmo”. Repreender
será bom tanto para nós quanto para a pessoa repreendida. A raiva e amargura
reprimidas, tanto para quem repreende como quem recebe deve ser um alívio.
A disciplina aplicada no momento certo, com serenidade, sem ódio, rancor ou vingança e
não com objetivo de humilhar, faz bem. Aqui está se praticando a correção cristã dentro da
Palavra de Deus.
Liderança é responsável.
Perder é inaceitável.
Paixão é infindável.
Criatividade é fundamental.
Desistência é impensável.
Compromisso é inquestionável.
Vitória é inevitável.
“Com essa disposição, abraçam a visão, abordam os desafios com decisão e levam seu
pessoal à vitória”.
A Lei do Sacrifício – Do que você estaria disposto a abrir mão em prol das pessoas que o
seguiram? Esse líder deu sua vida. Por quê? Porque Ele compreendeu o poder da lei do
sacrifício. Jesus estava tão comprometido com sua missão, que foi capaz de permitir que
pessoas fracas o apanhassem, prendessem e crucificassem. Jesus abriu mão de sua vida
praticando a Lei do Sacrifício.
A vida de um líder pode ser glamorosa para as pessoas de fora. Mas a realidade é que
liderança exige sacrifício. O líder precisa abrir mão para continuar. Mais recentemente,
vemos líderes que usaram e abusaram de suas organizações em benefício próprio, e os
escândalos empresariais resultantes são frutos dessa ganância e desse egoísmo. O cerne
da boa liderança é o sacrifício.
A Lei do Momento - Decisões tomadas na hora certa, no momento próprio podem evitar
catástrofes. Você já deve ter ouvido falar do princípio da oportunidade, onde um pequeno
espaço de tempo é importante para tomada de decisões.
A despeito desta lei, o autor, John C. Maxwel se reporta ao furacão Katrina que no final de
agosto e início de setembro de 2005, praticamente varreu a cidade de Nova Orleans, nos
Estados Unidos. Se o prefeito daquela cidade tivesse ordenado a evacuação no momento
certo, muita gente teria se salvado. O momento e o princípio da oportunidade não foram
observados pelo prefeito.
A pregação das boas novas deve ser feita a tempo e fora de tempo (2Tm 4:2), mas
algumas decisões não podem ser proteladas pelos líderes cristãos em detrimento da Obra
de Deus.
CONCLUSÃO
Devemos sempre agregar valores ao nosso conhecimento e colocá-los à disposição da
obra de Deus, pois Ele observa aqueles que querem se colocar na brecha, conforme
escreveu Ezequiel: “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na
brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas ninguém
achei” (Ez 22:30). Você pode ser esse homem e certamente Deus te achará.
Encerrando este trabalho, sugiro aos prezados irmãos e amigos fazer uma reflexão e uma
análise, se possível, de cada personagem aqui citada. Porque, sem dúvidas, iremos tirar
lições, erros e acertos, para nossa edificação e, por que não dizer, subsídios para exercer
a liderança na obra de Deus.
Foram homens e mulheres dotados de coragem, perseverança, sacrifício e, sobretudo, da
fé que fortalecia a esperança nas promessas, e que dependiam totalmente de Deus, sem
outra alternativa para levarem a cabo a missão que lhes fora confiada.
Com muita razão, o escritor aos Hebreus expressa: “Homens dos quais o mundo não era
digno, errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra” (Hb
11:38).