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O crédito pertence ao homem que está de fato na arena, cuja face está man-
chada de poeira, suor e sangue; que luta valentemente; que erra, que “quase chega
lá” repetidamente, porque não há nenhum esforço sem erros e falhas; que realmente
se esforça para fazer as obras; que conhece o grande entusiasmo, grandes devo-
ções; que se entrega a uma causa nobre; que, no melhor dos casos, conhece, ao
final, o triunfo da grande conquista e que, no pior dos casos, se falhar, ao menos
falha ousando com grandeza, de modo que o seu lugar jamais será entre as almas
frias e tímidas, que não conhecem nem a vitória, nem a derrota.
Muito, muito obrigado por ter escolhido o Gran Cursos Online para fazer sua
revisão de véspera rumo à conquista do cargo de Analista Judiciário – Especialidade
Direito (Cargo 6) e Oficial de Justiça Avaliador (Cargo 11) do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, cuja visão é “ser reconhecido pela sociedade como instituição aces-
Gabriel Granjeiro sível e confiável, voltada à pacificação social”, tendo como valores: acessibilidade,
Presidente credibilidade, probidade, eficiência, ética, participação, transparência, humanização
no atendimento e responsabilidade socioambiental.
Sobre o autor: A proposta do nosso aulão é a de revisar os principais e mais importantes tópicos,
Empreendedor apaixonado conteúdos, do edital do seu certame e assegurar, com isso, o fazimento de uma exce-
pelo ensino a distância. lente prova. É nosso propósito, também, passar valiosas dicas, detalhes, bizus que pode-
Começou a atuar na área rão garantir preciosos pontos e assim fazer a diferença entre a aprovação e a reprovação,
de concursos aos 14 anos com a sonhada classificação no concurso organizado pelo Cebraspe (CESPE/UnB).
de idade. Escalamos para este evento um time de excelentes professores, a elite do Gran
Fundador e Cursos Online, grandes mestres especialistas nas suas áreas de atuação e de docên-
Diretor-Presidente do cia. Só feras com a única e exclusiva missão de tentar acertar o que será cobrado na
Gran Cursos Online e da prova, como muito já ocorrera em outros eventos realizados pelo GRAN em várias
GG Educacional. capitais e grandes cidades do nosso grandioso País.
Aconselhamos que, humildemente, ouça tudo, registre tudo, não perca nenhuma
dica, nenhuma sugestão dos nossos professores. Aproveite o momento, curta a ener-
gia do evento, ganhe força, motivação e confiança para ser merecedor(a) de uma das vagas em disputa. Lembre-
-se, por oportuno, de que a aprovação é resultado de preparação adequada, renúncias, disciplina, foco, dedica-
ção, tática de saber fazer a prova, paciência e pensamento positivo.
Conheço muita gente para quem a grama do vizinho parece Uma pessoa feliz é aquela que,
sempre mais verde. São pessoas que imaginam que os outros não tendo aprendido a cultivar em solo
enfrentam problema nenhum; ao contrário, vivem felizes e contentes. rochoso ou arenoso, consegue
Quanta cegueira! Quanta imaginação equivocada! A alegria, caro leitor, extrair dali belos frutos.
é uma conquista; não o reflexo de uma vida isenta de problemas. Aliás,
em bom português, uma vida sem problemas não passa de mito. Se alguém não enfrenta dificuldades de vez
em quando, é porque não vive. Uma vida feliz é fruto do que foi cultivado em meio às adversidades, ao caos, às
turbulências… aos problemas.
Uma pessoa feliz é aquela que, tendo aprendido a cultivar em solo rochoso ou arenoso, consegue extrair dali
belos frutos. Alegria é, acredite, uma planta que cresce em terreno difícil. Dito de outra forma, a vida é um composto
feito ora de momentos de sofrimento e amargor, ora de momentos de puro deleite. Assim como não há vida só de
tristezas, também não há vida só de alegrias. Nosso caminho será sempre permeado de pedras e de flores.
O júbilo é uma dádiva que só vem depois do trabalho duro, do acordar cedo, do cultivar a lavoura, do
preparar-se adequadamente, de enfrentar dias cansativos de batalha, como a nossa revisão de véspera. No
caminho, o agricultor terá de lidar com ervas daninhas, pragas, variações climáticas, terrenos minados, a inveja
do concorrente; ou seja, com todo tipo de ameaça e peste. Para piorar, é muito comum que, nessas horas, ele
esteja só. Nesses momentos, o filho chora, e a mãe não vê. Mas também é nesses momentos que o menino vai
se transformando em homem.
Andar e semear com lágrimas é possivelmente passar fome
É ter consciência de que a vida
hoje para ter o que comer amanhã. É levantar-se de madrugada,
é feita de sombra e luz, de vales
contra a própria vontade e ignorando as queixas do corpo cansado,
e montanhas, de tempestades e
bonança, de lágrimas e sorrisos, para estudar, trabalhar ou simplesmente preparar a marmita do dia.
de medo e paz, de insônia e É ter consciência de que a vida é feita de sombra e luz, de vales
relaxamento, de derrotas e vitórias, e montanhas, de tempestades e bonança, de lágrimas e sorrisos,
de frustrações e realizações, de de medo e paz, de insônia e relaxamento, de derrotas e vitórias, de
aprovações e reprovações. frustrações e realizações, de aprovações e reprovações.
Semear com vontade de chorar ou já banhado em lágrimas Fica o alerta, futuro servidor: não
é fazê-lo com a certeza de que não há missão impossível, mas importa quanto tempo leve para
missão dada. E missão dada é missão cumprida. Lágrimas são o sua lavoura dar frutos; importa
soro da alma e a linguagem do coração. Claro, não devemos fazer que ela os dará. É com a faca nos
tudo chorando. Seria melancólico demais. Tampouco devemos fazer dentes, sangue nos olhos e paz de
tudo sorrindo. Seria monótono. O ideal é o equilíbrio entre lágrimas espírito que se conquista um cargo
e sorrisos. O equilíbrio mostra à alma como é o mundo de verdade. público ou qualquer outro objetivo.
Concurseiro, entenda que haverá momentos, em sua trajetória rumo ao serviço público, em que o valor
do conhecimento será infinitamente menor que o da perseverança. Perseverar é continuar mesmo cansado
e com dor em todos os ossos do corpo; é seguir, ainda que chorando. Você pode, sim, chorar, mas continue
caminhando. Saiba que o choro poderá durar a noite toda, mas a alegria o acalentará pela manhã. A dureza da
preparação é temporária, mas o cargo é permanente.
Dê o seu melhor amanhã, por mais que você tenha vivenciado momentos de tristeza e dificuldade
recentemente.
Se você concorda com o teor desta mensagem, registre nos comentários: “Semearei com alegria!”.
Aragonê Fernandes
Juiz de Direito do TJDFT; ex-Promotor de Justiça do MPDF; ex-Assessor de Ministros do STJ; ex-Analista
do STF; aprovado em vários concursos públicos. Professor de Direito Constitucional do Gran Cursos Online.
DIREITO CONSTITUCIONAL
1 Aplicabilidade das normas constitucionais. 1.1 2. (SEFAZ-RS/2019) Acerca das ações constitucio-
Normas de eficácia plena, contida e limitada. 1.2 nais, assinale a opção correta.
Normas programáticas. 2 Constituição da República a. Mandado de injunção destina-se a regulamentar
Federativa do Brasil de 1988. 2.1 Princípios fundamen- normas constitucionais de eficácia contida e de
tais. 2.2 Direitos e garantias fundamentais. 2.3 Organi- eficácia limitada.
zação político-administrativa do Estado. 2.3.1 Estado b. Ação popular pode ser ajuizada por pessoa físi-
federal brasileiro, União, estados, Distrito Federal, ca ou jurídica, podendo figurar como réus a admi-
nistração pública e pessoa física ou jurídica que
municípios e territórios. 2.4 Poder Executivo. 2.4.1 Atri-
tenha causado danos ao meio ambiente e(ou) ao
buições e responsabilidades do presidente da Repú-
patrimônio público, histórico e cultural.
blica. 2.5 Poder Legislativo. 2.5.1 Estrutura. 2.5.2 Fun-
c. Nas ações de habeas corpus, o juiz está adstrito à
cionamento e atribuições. 2.5.3 Processo legislativo.
causa de pedir e aos pedidos formulados.
2.5.4 Fiscalização contábil, financeira e orçamentária. d. Mandado de segurança coletivo pode ser impetra-
2.5.5 Comissões parlamentares de inquérito. 2.6 Poder do por partido político legalmente constituído e em
Judiciário. 2.6.1 Disposições gerais. 2.6.2 Órgãos do funcionamento há pelo menos um ano.
poder Judiciário. 2.6.2.1 Organização e competências, e. Habeas data pode ser impetrado tanto por pessoa
Conselho Nacional de Justiça. 2.7 Funções essenciais física, brasileira ou estrangeira, quanto por pessoa
à justiça. jurídica, sendo uma ação isenta de custas.
1. (CGE-CE/2019) A respeito das garantias e dos di- 3. (SEFAZ-RS/2019) Felipe é brasileiro naturalizado
reitos constitucionalmente previstos, assinale a opção e foi morar no Japão, onde se casou com Júlia, uma
correta. mexicana. Quando Júlia estava a serviço de seu país,
a. Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, resi- na Alemanha, nasceu Alberto, filho do casal, que não
dentes no Brasil há mais de quinze anos ininter- foi registrado no consulado brasileiro nem no mexica-
ruptos e sem condenação penal equiparam-se aos no. Aos vinte anos de idade, Alberto veio para o Brasil,
brasileiros naturalizados, ainda que não requeiram onde instaurou residência e, ato contínuo, optou pela
a nacionalidade brasileira. nacionalidade brasileira.
b. A criação de associações e de cooperativas de-
Nessa situação hipotética, no que diz respeito à nacio-
pende de autorização na forma da lei.
nalidade, a CF estabelece que Alberto
c. A manifestação de pensamento é livre, porém é
a. é alemão e brasileiro, tendo obrigatoriamente du-
vedado o anonimato, resguardando-se o sigilo da
pla nacionalidade.
fonte quando se tratar de matéria jornalística.
b. é brasileiro naturalizado.
d. A defesa do consumidor, patrocinada pelo Estado,
c. é brasileiro nato.
é disposta em lei complementar.
d. não pode optar pela nacionalidade brasileira por
e. O rol dos direitos e das garantias fundamentais se
não estar residindo, sem condenação penal, há
esgota nos direitos e deveres individuais, na na-
mais de quinze anos ininterruptos no Brasil.
cionalidade e nos direitos políticos.
e. é alemão, brasileiro e mexicano, tendo obrigatoria-
mente cidadania múltipla.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Aragonê Fernandes
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Gilcimar Rodrigues
Gilcimar Rodrigues
Servidor público do Ministério Público da União, lotado no Conselho Nacional do Ministério Público; professor
em vários cursos preparatórios em Brasília na matéria Legislação Aplicada ao MPU, autor do Livro “Legislação
Aplicada ao MPU Questões Comentadas”, professor com conhecimento das principais bancas examinadoras
de concurso; orientador de métodos, técnicas e procedimentos de estudos.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
1. Nos termos do Regimento Interno do Tribunal de ríodo, pelo Tribunal Pleno.
Justiça do Estado do Pará, assinale a alternativa incor- e. Se a nomeação para o cargo de Desembargador
reta. ocorrer durante as férias, o prazo de 30 dias para
a. O Tribunal de Justiça é composto de 30 Desem- posse começará a ser contado do seu retorno
bargadores. ao serviço.
b. Mediante iniciativa do Tribunal Pleno, poderá ser
aumentado o número de Desembargadores. Comentário
c. As promoções para o cargo de Desembargador a. 1/5 das vagas destinadas para MP e Advogados.
serão feitas pelos critérios de merecimento e de b. Art. 6º, § 2º. Se houver empate na antiguidade re-
antiguidade, alternadamente. lativa à última entrância, terá preferência o juiz mais
d. As vagas para Desembargadores reservadas para antigo na carreira.
membros do Ministério Público devem respeitar c. Art. 7, caput. O escrutínio será aberto, e não se-
também os critérios de merecimento e antiguidade.
creto.
e. O Juiz mais antigo somente pode ser recusado
d. Art. 8, caput. O prazo pode ser prorrogado pelo
para promoção por voto fundamentado de dois
Presidente do Tribunal.
terços (2/3) de seus membros.
2. Sobre provimento e promoção de vagas no âmbito 4. Nos termos do Regimento Interno do Tribunal de Jus-
do Tribunal de Justiça, analise as afirmativas e assina- tiça do Estado do Pará, assinale a alternativa incorreta.
le a alternativa correta. a. O Tribunal de Justiça é composto de 30 Desem-
a. 1/5 das vagas de Desembargadores será destina- bargadores.
da aos membros do Ministério Público, e 1/5 desti- b. O Tribunal Pleno é composto de todos os Desem-
nada a Advogados. bargadores do Tribunal de Justiça do Estado do
b. Se houver empate na promoção por antiguidade Pará e Juízes convocados, enquanto perdurar a
relativa à última entrância, terá preferência o juiz convocação.
mais idoso. c. Para que se iniciem os trabalhos do Tribunal Ple-
c. No caso de vaga destinada ao Ministério Público, no, deve estar presente, no mínimo, a maioria re-
esse deverá elaborar lista sêxtupla, a qual será re- lativa de seus membros, sendo exigida, no entan-
duzida em lista tríplice, em escrutínio secreto por to, para julgamento, a maioria absoluta.
maioria absoluta de votos. d. Para a composição de quorum, poderá ser feita
d. O prazo para a posse é de 30 dias, contados da a convocação de Desembargadores, ainda que
data da publicação do ato de nomeação no Diário afastados em virtude de licenças, férias e a servi-
da Justiça, podendo ser prorrogado, por igual pe- ço da Justiça Eleitoral.
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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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Comentário
Art. 51, § 1º, reunião quinzenal.
Comentário
Art. 54, caput. A Comissão Permanente de Segu-
rança Institucional/CPSI é vinculada diretamente à
Presidência do Tribunal de Justiça.
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DIREITO CIVIL
Raquel Bueno
Raquel Bueno
Formada em Direito pela Universidade Católica de Brasília, especialista em Direito Civil e Processo Civil pela
Universidade Cândido Mendes-RJ, mestranda em Direito na Universidade Católica de Brasília, professora de
Direito Civil da graduação da Universidade Católica de Brasília e do IESB, da pós-graduação em Direito Civil da
UniEvangélica de Anápolis-GO e professora de Direito Civil e Processo Civil do Gran Cursos Online. Advogada.
DIREITO CIVIL
1. (CESPE/2019/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – Renata, casada com Carlos, ajuizou ação de divórcio
DIREITO) Por necessidade de salvar pessoa de sua litigioso com partilha de bens. Na instrução do proces-
família de grave dano iminente, Celso assumiu obriga- so, ela demonstrou que bens pessoais de seu cônjuge
ção excessivamente onerosa com determinada socie- haviam sido indevidamente ocultados no patrimônio de
dade empresária. Posteriormente, ajuizou ação judicial pessoa jurídica da qual Carlos era sócio-administrador.
requerendo a anulação do negócio jurídico por vício de Assertiva: Nesse caso, o ordenamento jurídico brasi-
consentimento. Considerando essa situação hipotéti- leiro permite que seja utilizado o instituto da desconsi-
ca, julgue os itens seguintes. deração inversa da personalidade jurídica para atingir
os bens ocultados.
A anulação do referido negócio jurídico depende
da demonstração de que a sociedade empresária 3. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI-
tinha conhecimento da situação de grave risco vi- NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) É nulo negócio ju-
venciada pelo familiar de Celso. rídico celebrado
a. sem revestir a forma prescrita em lei.
2. (CESPE/2019/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – b. com vício resultante de dolo, quando este for a
DIREITO) No que concerne à Lei de Introdução às Nor- sua causa.
mas do Direito Brasileiro, à pessoa natural, aos direi- c. com erro substancial.
tos da personalidade e à desconsideração de pessoa d. por agente relativamente incapaz.
jurídica, julgue o item a seguir. Situação hipotética: e. mediante fraude contra credores.
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DIREITO CIVIL
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4. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI-
ADI 4275
NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Acerca do instituto
da prescrição, julgue os itens a seguir. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.
DIREITO CONSTITUCIONAL E REGISTRAL.
I – A prescrição pode ser alegada em qualquer PESSOA TRANSGÊNERO. ALTERAÇÃO DO
grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. PRENOME E DO SEXO NO REGISTRO CIVIL.
II – Os prazos de prescrição podem ser alterados POSSIBILIDADE. DIREITO AO NOME, AO RECO-
por acordo das partes. NHECIMENTO DA PERSONALIDADE JURÍDICA,
III – É de dez anos o prazo prescricional a ser con- À LIBERDADE PESSOAL, À HONRA E À DIG-
siderado no caso de reparação civil com base NIDADE. INEXIGIBILIDADE DE CIRURGIA DE
em inadimplemento contratual. TRANSGENITALIZAÇÃO OU DA REALIZAÇÃO
DE TRATAMENTOS HORMONAIS OU PATOLO-
Assinale a opção correta. GIZANTES.
a. Apenas o item I está certo. 1. O direito à igualdade sem discriminações
b. Apenas o item II está certo. abrange a identidade ou expressão de gênero.
c. Apenas os itens I e III estão certos. 2. A identidade de gênero é manifestação da pró-
d. Apenas os itens II e III estão certos. pria personalidade da pessoa humana e, como tal,
e. Todos os itens estão certos. cabe ao Estado apenas o papel de reconhecê-la,
nunca de constituí-la.
5. (CESPE/2019/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA 3. A pessoa transgênero que comprove sua iden-
SUBSTITUTO) De acordo com o STF, é assegurado às tidade de gênero dissonante daquela que lhe foi
pessoas transexuais o direito à alteração de prenome e designada ao nascer por autoidentificação firmada
gênero em seus registros civis, em declaração escrita desta sua vontade dispõe do
a. desde que o juiz competente constitua a identida- direito fundamental subjetivo à alteração do pre-
de de gênero do(a) requerente. nome e da classificação de gênero no registro civil
b. caso tenha sido realizada a respectiva cirurgia de pela via administrativa ou judicial, independente-
transgenitalização, mesmo que o juiz não tenha mente de procedimento cirúrgico e laudos de tercei-
constituído a identidade de gênero do(a) requerente. ros, por se tratar de tema relativo ao direito funda-
c. desde que a identidade com o gênero autoperce- mental ao livre desenvolvimento da personalidade.
bido pelo(a) requerente seja atestada por certifica- 4. Ação direta julgada procedente.
ção médica ou psicológica.
d. desde que fique anotado nos documentos do(a)
6. (CESPE/2019/CGE-CE/AUDITOR DE CONTROLE
requerente que ocorreram as alterações requeri-
INTERNO – ÁREA DE CORREIÇÃO) À luz dos direitos
das, para garantia da segurança jurídica.
e. ainda que o(a) requerente não faça prova da sua da personalidade, é correto afirmar que a disposição
identidade de gênero, que é autopercebida. do próprio corpo é
a. permitida, sem exigência médica, mesmo que
o ato implique redução permanente da integri-
ADI 4815 dade física.
Ação direta julgada procedente para dar interpre- b. vedada para depois da morte, mesmo que seja
tação conforme a Constituição aos arts. 20 e 21 do para fins científicos.
Código Civil, sem redução de texto, para, em con- c. permitida com fins altruísticos, vedada a possibili-
sonância com os direitos fundamentais à liberdade dade de revogação do ato de disposição.
de pensamento e de sua expressão, de criação d. permitida para depois da morte, para fins científi-
artística, produção científica, declarar inexigível cos, vedada a possibilidade de revogação do ato
autorização de pessoa biografada relativamente a de disposição.
obras biográficas literárias ou audiovisuais, sendo e. vedada caso implique redução permanente da in-
também desnecessária autorização de pessoas tegridade física, salvo por exigência médica.
retratadas como coadjuvantes (ou de seus familia-
res, em caso de pessoas falecidas ou ausentes). 7. (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MI-
NISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) Acerca da des-
consideração da personalidade jurídica, julgue os itens
seguintes.
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DIREITO CIVIL
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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Formada em Direito pela Universidade Católica de Brasília, Especialista em Direito Civil e Processo Civil pela
Universidade Cândido Mendes-RJ, Mestranda em Direito na Universidade Católica de Brasília, professora de
Direito Civil da graduação da Universidade Católica de Brasília e IESB, da pós graduação em Direito Civil da
UniEvangélica de Anápolis-GO e professora de Direito Civil e Processo Civil do Gran Cursos Online. Advogada.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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c. Davi poderá requerer ao tribunal a concessão de e. A distribuição do pedido de tutela provisória re-
tutela antecipada recursal, desde que posterior- cursal não torna o seu relator prevento para julga-
mente à distribuição da apelação. mento de apelação interposta.
d. Interposta apelação, o prazo para apresentação de
contrarrazões terá início após a intimação do réu.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13.146/2015
Gustavo Scatolino
Gustavo Scatolino
Atualmente é Procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Administrativo e
Processo Administrativo. Ex-Assessor de Ministro do STJ. Aprovado em vários concursos públicos, dentre eles,
Analista Judiciário do STJ, exercendo essa função durante 5 anos, e Procurador do Estado do Espírito Santo.
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DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13146/2015
Gustavo Scatolino
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DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13146/2015
Gustavo Scatolino
9. (CESPE/2019/TJ-AMANALISTA JUDICIÁRIO –
ANALISTA DE SISTEMAS) Nos programas habitacio-
nais públicos, pessoas com deficiência têm prioridade
de aquisição de imóvel para moradia própria, com re-
serva de percentual mínimo legal de unidades para elas
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DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13146/2015
Gustavo Scatolino
RESERVAS DE VAGAS
Reserva de, no mínimo, 3% (três por cento) das unidades habi-
MORADIA tacionais para pessoa com deficiência.
Já existentes.
Hotéis, pousadas e simi- Devem ser construídos observando-se
- Pelo menos 10%
lares os princípios do desenho universal.
- Mínimo 1 unidade.
Estacionamento aberto
ao público, de uso público – 2% (dois por cento) do total;
ou privado de uso cole- – Mínimo 1 vaga;
tivo e em vias públicas – Vagas próximas aos acessos de circulação de pedestres.
Frotas de de táxi – 10% (dez por cento) de seus veículos.
– 1 veículo adaptado a cada 20 veículos da frota;
– No mínimo, câmbio automático, direção hidráulica, vidros elé-
Locadoras de veículos
tricos e comandos manuais de freio e de embreagem.
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DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – LEI N. 13146/2015
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Art. 9º
I – Proteção e socorro em quaisquer circunstân-
cias;
II – atendimento em todas as instituições e servi-
ços de atendimento ao público;
III – disponibilização de recursos, tanto humanos
quanto tecnológicos, que garantam atendimento
Acompanhante/
em igualdade de condições com as demais pes-
Atendente pessoal
soas;
SIM
IV – disponibilização de pontos de parada, esta-
ções e terminais acessíveis de transporte cole-
ATENDIMENTO tivo de passageiros e garantia de segurança no
PRIORITÁRIO embarque e no desembarque;
V – acesso a informações e disponibilização de
recursos de comunicação acessíveis;
VI – recebimento de restituição de imposto de
renda;
Obs.: PCD não tem isenção! PCD tem priori- Acompanhante/
dade em receber!!! Atendente pessoal
VII – tramitação processual e procedimentos NÃO
judiciais e administrativos em que for parte ou
interessada, em todos os atos e diligências.
Nos serviços de emergência públicos e privados, a prioridade conferida por esta Lei é condi-
cionada aos protocolos de atendimento médico.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino
Gustavo Scatolino
Atualmente é Procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Administrativo e
Processo Administrativo. Ex-Assessor de Ministro do STJ. Aprovado em vários concursos públicos, dentre eles,
Analista Judiciário do STJ, exercendo essa função durante 5 anos, e Procurador do Estado do Espírito Santo.
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Gustavo Scatolino
PODERES ADMINISTRATIVOS
PODERES ADMINISTRATIVOS
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DIREITO ADMINISTRATIVO
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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
PROIBIÇÃO DE
SUSPENSÃO
CONTRATAR COM A ELEMENTO
ATOS DE IMPROBIDADE DOS DIREITOS MULTA CIVIL
ADM. OU RECEBER SUBJETIVO
POLÍTICOS
BENEFÍCIO
ENRIQUECIMENTO Até 3 vezes o valor
8 A 10 ANOS 10 anos DOLO
ILÍCITO- 9 do enriquecimento
Até 2 vezes o valor
LESÃO AO ERÁRIO- 10 5 A 8 ANOS 5 anos DOLO/CULPA
do prejuízo
Até 100 vezes
ATENTA CONTRA
3 A 5 ANOS o valor da 3 anos DOLO
PRINCÍPIO ADM- 11
remuneração
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino
Comentário
A situação narrada caracteriza hipótese legal de
dispensa de licitação para a contratação de rema-
nescente de obra, caso em que deve ser atendida a
ordem de classificação da licitação anterior e devem
ser aceitas as mesmas condições oferecidas pelo
licitante vencedor.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino
6. (CESPE/2019/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO)
De acordo com o STF, são imprescritíveis as ações de
ressarcimento de danos ao erário decorrentes de ato
doloso de improbidade administrativa.
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GRAMÁTICA
Elias Santana
Elias Santana
Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade de Brasília. Possui mes-
trado pela mesma instituição, na área de concentração "Gramática – Teoria e Análise", com enfoque em ensino
de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de professor em vários colégios e cursos
preparatórios. Ministra aulas de gramática, redação discursiva e interpretação de textos. Ademais, é escritor,
com uma obra literária já publicada. Por essa razão, recebeu Moção de Louvor da Câmara Legislativa do Distrito
Federal.
GRAMÁTICA
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GRAMÁTICA
Elias Santana
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GRAMÁTICA
Elias Santana
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DIREITO PENAL
Érico Palazzo
Érico Palazzo
Delegado de Polícia do Distrito Federal, ex-agente da PCDF. Já atuou como advogado e consultor tributarista. É
especialista em Direito Administrativo pela Fundação Getúlio Vargas e foi aprovado em diversos concursos públi-
cos das áreas policial e jurídica nos últimos anos. É professor de Direito Penal e Legislação Extravagante Penal.
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DIREITO PENAL
Érico Palazzo
9. (CESPE/2015/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO
14. (CESPE/2016/PC-PE/AGENTE DE POLÍCIA) As-
– OFICIAL DE JUSTIÇA – AVALIADOR FEDERAL)
sinale a opção correta com relação a crimes contra a
Idealizada por Welzel e Roxin e considerada objetivo-
Administração Pública.
-subjetiva, a teoria do domínio do fato diferencia auto-
a. Policial que exigir propina para liberar a passagem
ria de participação em função da prática dos atos exe-
de pessoas por uma estrada cometerá corrup-
cutórios do delito. ção passiva.
b. O agente penitenciário que não recolher aparelhos
10. (CESPE/2018/MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/ celulares de pessoas em privação de liberdade co-
ÁREA PROCESSUAL) A renúncia, o perdão e a pe- meterá crime de condescendência criminosa.
rempção extinguem a punibilidade na ação penal pri- c. Um governador que ordenar a aquisição de viatu-
vada e na ação pública condicionada a representação. ras policiais e o pagamento destas com recurso le-
galmente destinado à educação infantil cometerá
11. (CESPE/2012/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA o crime de peculato.
– CIVIL) Julgue o próximo item, referente aos crimes d. Se forem ocupantes de cargos em comissão ou
contra a fé pública. de função de direção ou assessoramento de ór-
gão da Administração Direta, sociedade de econo-
Se um indivíduo adquirir, gratuitamente, maqui- mia mista, empresa pública ou fundação instituída
pelo poder público, os autores de crimes contra a
nismo para falsificar moedas e alcançar o seu
Administração Pública terão direito à redução de
intento, então, nesse caso, ele responderá pelo
suas penas.
crime de moeda falsa em concurso com o delito
e. A circunstância de funcionário público é comunicá-
de petrechos para falsificação de moeda.
vel a particular que cometa o crime sabendo dessa
condição especial do funcionário.
12. (CESPE/2016/TRT – 8ª REGIÃO/ANALISTA JUDI-
CIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-
RAL) Caracteriza falsificação de documento particular
a alteração de
a. testamento particular.
b. ações de sociedade comercial.
c. título ao portador ou transmissível por endosso.
d. nota fiscal.
e. livros mercantis.
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DIREITO PENAL
Érico Palazzo
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Geilza Diniz
Geilza Diniz
Doutora em Direito pelo Uniceub (2014) e Mestra em Direito Público pela UFPE (2002). Juíza de Direito do
TJDFT desde 2003, tendo sido aprovada em 1º lugar no concurso e com a maior média final da história do Tri-
bunal. Autora de diversos livros e artigos jurídicos. Coordenadora da Escola de Formação Judiciária do TJDFT.
Professora de Processo Penal e Técnica de Sentença Criminal e Professora universitária (UFRR e Uniceub).
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Geilza Diniz
e. No caso de crime consumado, a competência será d. O recurso deverá ser feito por meio de petição es-
fixada após a descoberta do paradeiro do réu. crita caso o réu não saiba assinar o nome, não
sendo viável que o recurso seja apresentado por
22. (CESPE/2019/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS termo nos autos.
DE NOTAS E DE REGISTROS – REMOÇÃO) De acor- e. O princípio da fungibilidade deverá ser aplicado a
do com a doutrina, a legislação pertinente e a jurispru- todos os recursos que forem apresentados de for-
dência dos tribunais superiores, assinale a opção corre- ma indevida.
ta, em relação às regras aplicadas à prisão temporária.
a. O magistrado não poderá determinar de ofício a Súmula Vinculante 14/STF: É direito do defensor, no
prorrogação do prazo da prisão temporária, ainda interesse do representado, ter acesso amplo aos ele-
que comprovada pela autoridade judiciária a ne- mentos de prova que, já documentados em procedi-
cessidade da referida medida. mento investigatório realizado por órgão com compe-
b. A lei de regência prevê a legitimidade do ofendi- tência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício
do para requerer a prisão temporária no curso das do direito de defesa.
investigações policiais em que se apure crime de
ação penal privada. 25. (CESPE/2019/CGE – CE/AUDITOR DE CON-
c. A eventual ilegalidade de decreto que tenha deter- TROLE INTERNO – ÁREA DE CORREIÇÃO) Hélio,
minado a prisão temporária torna nulas as provas servidor público, sem antecedentes criminais e com
derivadas da segregação. circunstâncias pessoais favoráveis, foi indiciado pelo
d. A prisão temporária poderá ser convertida, após a
crime de prevaricação, cuja pena máxima é de deten-
sua decretação, em medida cautelar menos gra-
ção de um ano.
vosa, a exemplo da liberdade provisória, com ou
Nessa situação hipotética, ao receber o inquérito poli-
sem fiança.
e. Estando em curso a prisão temporária do indicia- cial que indicia Hélio, o Ministério Público poderá
do, o juiz deverá aguardar o termo final da custó- a. oferecer denúncia em razão do princípio da obri-
dia para o recebimento da denúncia, caso ofereci- gatoriedade da ação penal.
b. oferecer a suspensão condicional do proces-
da pelo Ministério Público.
so, haja vista as condições pessoais favoráveis
do agente.
23. (CESPE/2016/PC-GO/ESCRIVÃO DE POLÍCIA
c. oferecer a transação penal, haja vista as condi-
SUBSTITUTO) A situação em que um indivíduo é pre-
ções pessoais do agente e o baixo potencial ofen-
so em flagrante delito por ser surpreendido logo após sivo do crime.
cometer um homicídio caracteriza um d. requerer ao juízo a suspensão condicional da
a. flagrante presumido. pena, haja vista as condições pessoais favoráveis
b. flagrante impróprio. do agente.
c. flagrante assimilado. e. proceder ao arquivamento de ofício do inquéri-
d. flagrante próprio. to, haja vista as condições pessoais favoráveis
e. quase-flagrante. do agente.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Geilza Diniz
c. É cabível a apelação contra a decisão de rejeição cionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade
da denúncia ou da queixa-crime, devendo o recur- disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de
so ser interposto no prazo de dez dias por petição nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere,
ou termo nos autos. sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
d. Compete exclusivamente ao seu titular, na ação
penal privada, propor a transação penal ao que- Súmula 38/STJ: Compete à Justiça Estadual Comum,
relado, não cabendo ao Ministério Público a prer-
na vigência da Constituição de 1988, o processo por
rogativa de ofertá-la, mesmo diante da inércia
contravenção penal, ainda que praticada em detri-
do titular
mento de bens, serviços ou interesse da União ou de
e. Compete ao tribunal de justiça local processar e
suas entidades.
julgar revisão criminal proposta pelo réu contra
sentença homologatória de transação penal profe-
rida em juizado especial criminal. Súmula 234/STJ: A participação de membro do Minis-
tério Público na fase investigatória criminal não acar-
27. (CESPE/2017/TRE-BA/ANALISTA JUDICIÁRIO – reta o seu impedimento ou suspeição para o ofereci-
ÁREA ADMINISTRATIVA) Com relação às provas no mento da denúncia.
processo penal, julgue os seguintes itens.
Súmula 542/STJ: A ação penal relativa ao crime de
I – O exame de corpo delito, imprescindível nos lesão corporal resultante de violência doméstica contra
casos em que as infrações penais deixam a mulher é pública incondicionada.
vestígios, pode ser suprido pela confissão do
acusado. Súmula 208/STF: O assistente do Ministério Público
II – Desaparecidos os vestígios da infração penal, não pode recorrer, extraordinariamente, de decisão
a prova testemunhal poderá suprir a falta do concessiva de habeas corpus.
exame de corpo delito.
III – Do ofendido não será colhido o compromisso Súmula 330/STJ: É desnecessária a resposta prelimi-
de dizer a verdade sobre o que souber, não
nar de que trata o artigo 514 do Código de Processo
podendo ele ser responsabilizado pelo crime
Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.
de falso testemunho.
IV – Reputar-se-á verdadeira a acusação formula-
Súmula 366/STF: Não é nula a citação por edital que
da contra o acusado que permanecer em si-
lêncio em seu interrogatório judicial. indica o dispositivo da lei penal, embora não transcreva
a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que
Estão certos apenas os itens se baseia.
a. I e II.
b. I e III. Súmula 455/STJ: A decisão que determinar a produ-
c. I e IV. ção antecipada de provas com base no artigo 366 do
d. II e III. CPP deve ser concretamente fundamentada, não a
e. III e IV. justificando unicamente o mero decurso do tempo.
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TEXTO E REDAÇÃO DISCURSIVA
Tereza Cavalcanti
Tereza Cavalcanti
Professora de Língua Portuguesa desde 1984. Formada pela Universidade de Brasília em 1986 (Letras –
Português), com especialização em Literatura Brasileira pela mesma instituição e em Docência para Ensino
Superior pelo IESB. Trabalhou em educação regular (ensino médio e superior) e em cursos preparatórios
para vestibular durante vinte e cinco anos. Há vinte anos, dedica-se à preparação para concurso público,
ministrando aulas de Gramática, Interpretação de Texto, Redação Oficial e Redação Discursiva. Aprovada em
diversos concursos (Secretaria de Educação, Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Colégio Militar, Correios,
IF-DF, Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal Militar), encontrou nas aulas para concurso sua verdadeira
vocação e tem-se dedicado exclusivamente a essa área há dez anos.
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TEXTO E REDAÇÃO DISCURSIVA
Tereza Cavalcanti
4. Em cada uma das opções a seguir é apresentada TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 6 A 10.
uma proposta de reescrita do seguinte trecho do texto:
“Cada indivíduo nada mais sendo do que uma urdidu- 1 A valorização do direito à vida digna pre-
ra de laços sociais, toda sua vida transcorre em plano serva as duas faces do homem: a do indivíduo e
superior ao de sua própria vida física, e seus meios de a do ser político; a do ser em si e a do ser com
expressão não podem ser outros que os das institui- o outro. O homem é inteiro em sua dimensão
ções de sua sociedade.” (l. 11 a 16). Assinale a opção 5 plural e faz-se único em sua condição social. Igual
que apresenta uma proposta de reescrita que mantém em sua humanidade, o homem desiguala-se, sin-
a correção gramatical e a coerência do texto. gulariza-se em sua individualidade.
a. Cada indivíduo é uma urdidura de laços sociais, O direito é o instrumento da fraternização ra-
e em toda sua vida transcorre em plano superior cional e rigorosa. O direito à vida é a substância em
à de sua própria vida física e seus meios de ex- 10 torno da qual todos os direitos se conjugam, se
pressão só podem ser os das instituições de sua desdobram, se somam para que o sistema fique
sociedade. mais e mais próximo da ideia concretizável de jus-
b. Os seres humanos são mais do que uma urdidu- tiça social.
ra de laços sociais, os quais cuja vida perpassa o Mais valeria que a vida atravessasse as
plano superior ao de sua própria vida física e seus 15 páginas da Lei Maior a se traduzir em palavras que
meios de expressão não podem ser os mesmos fossem apenas a revelação da justiça. Quando os
das instituições sociais. descaminhos não conduzirem a isso, competirá ao
c. Como o indivíduo não é senão uma urdidura de homem transformar a lei na vida mais digna para
laços sociais, toda a sua vida desenrola-se em que a convivência política seja mais fecunda e
plano superior ao de sua própria vida física, e os 20 humana.
meios de expressão desse indivíduo são os mes-
Cármen Lúcia Antunes Rocha. Comentário ao
mos das instituições de sua sociedade.
artigo 3.º. In: 50 anos da Declaração Universal dos
d. Cada indivíduo sendo mais nada que uma urdidu- Direitos Humanos 1948-1998: conquistas e desa-
ra de laços sociais tem sua vida percorrida ao pla- fios.
no superior de sua própria vida física cujos meios
de expressão não podem ser distintos das institui- 6. Compreende-se do texto que o ser humano tem
ções sociais. direito
e. Sendo cada indivíduo mais do que uma urdidura a. de agir de forma autônoma, em nome da lei da
de laços sociais, toda a vida transcorre em plano sobrevivência das espécies.
que ultrapassa os da própria vida física dele e os b. de ignorar o direito do outro se isso lhe for neces-
meios de expressão dele não são senão aqueles sário para defender seus interesses.
das instituições da sociedade a que se insere. c. de demandar ao sistema judicial a concretização
de seus direitos.
5. No primeiro período do segundo parágrafo do tex- d. à institucionalização do seu direito em detrimento
to, a expressão “Desde que” (l. 7) introduz oração que dos direitos de outros.
exprime circunstância de e. a uma vida plena e adequada, direito esse que
a. causa. está na essência de todos os direitos.
b. concessão.
c. condição. 7. A correção e o sentido do texto seriam preservados
d. conformidade. caso se inserisse uma vírgula logo após
e. consequência. a. “Mais” (l. 14).
b. “digna” (l. 18).
c. “homem” (l. 2).
d. “Igual” (l. 5).
e. “fraternização” (l. 8).
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TEXTO E REDAÇÃO DISCURSIVA
Tereza Cavalcanti
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TEXTO E REDAÇÃO DISCURSIVA
Tereza Cavalcanti
REDAÇÃO DISCURSIVA
TEMA 1
Em seu texto, aborde as causas de desastres ambientais e a responsabilidade do poder público sobre
o tema. Mencione ao menos um exemplo ao longo do texto.
TEMA 2
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TEXTO E REDAÇÃO DISCURSIVA
Tereza Cavalcanti
TEMA 3
TEMA 4
Economia do compartilhamento
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E PODER JUDICIÁRIO
Renato Lacerda
Renato Lacerda
Servidor público federal desde 2004, atualmente ocupa o cargo de Analista de Gestão Pública do Ministério
Público da União, na Procuradoria-Geral do Trabalho. Responsável pelo projeto de implantação nacional da
Gestão por Competências do MPT, lotado na Coordenação de Desenvolvimento de Pessoas, na Seção de
Treinamento, assumindo responsabilidades no planejamento de cursos, no acompanhamento, na contrata-
ção e no desenvolvimento de soluções instrucionais e de aprendizagem organizacional. Administrador por
formação, como professor, procura contextualizar teoria e prática, alinhando a experiência profissional na
administração pública com as teorias exigidas pelas principais bancas. Como concurseiro, foi aprovado em
diversos concursos, com isso direciona os estudos adaptados à linguagem necessária à sua aprovação. Além
de professor das disciplinas de Administração Geral e Pública e Gestão de Pessoas, é palestrante e fornece
capacitações para órgãos e entidades da Administração Pública em suas diversas esferas e Poderes.
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Emissor Receptor
Ruído
Feedback
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12. A comunicação interpessoal é um mecanismo para à centralização. Será mais informal quando mediada
transmitir informações, motivar e melhorar o desempe- mais pela coordenação, de forma mais livre e cara a
nho de grupos e equipes. Serve também como meca- cara. Será pessoal quando permitir a interação e simul-
nismo de controle e regulação do comportamento das taneidade, e impessoal quando o meio ou canal não
pessoas, expressão das emoções, entre outras funções. permitir tal interação social, a exemplo de comunica-
ções em outdoors e afins.
13. A comunicação pode ser verbal ou não verbal, for-
mal ou informal, com canais mais pessoais ou impes- 14. Quanto à riqueza dos canais de comunicação, Ro-
soais. Será mais formal quando mediada pela hierar- bbins assim estabelece:
quia e obedecer a certo rito ou formalidade, tendendo
Grupos de
Relatórios
Discursos discussão Discursos ao
e boletins Videoconferências
gravados on-line vivo
formais
(groupware)
Canal Canal
pouco muito
rico rico
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25. A formação de grupos e equipes atravessa as se- rém, para que ele ecloda, é preciso que uma das par-
guintes etapas: formação; conflito ou tormenta; aquies- tes aja ou se omita deliberadamente no intuito de que
cência ou normatização, desempenho ou realização; e, ele ocorra. Logo, o conflito necessita de: percepção,
para equipes temporárias, como as de projeto e força- incompatibilidade, alguma forma de interação.
-tarefa, desintegração.
28. Para Chiavenato, conflito ocorre em três níveis de
26. Equipes podem ser funcionais, com um chefe e gravidade: latente ou potencial, experienciado ou vela-
seus subordinados; autogerenciadas, nas quais todos do, manifesto ou aberto.
são responsáveis por todo o processo ou segmento de
trabalho; interfuncionais (multidisciplinares), quando os 29. As condições antecedentes podem ser a interde-
integrantes são de mesmo nível hierárquico, mas de di- pendência de atividades, o compartilhamento de recur-
ferentes áreas ou níveis de atuação; permanentes; de sos escassos, a diferenciação de grupos, a ambiguida-
projetos (geram inovação); ou podem ser forças-tarefa de de papéis, os objetivos concorrentes, entre outros.
(resolvem problema específico), sendo que, nos dois
últimos casos, têm caráter temporário.
Comportamento
Condições Percepção do
de conflito de uma Resolução Resultado
Antecedentes conflito
das partes
Comportamento
da outra parte
Episódio de conflito
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30. Há diferentes correntes e visões acerca do conflito mas somente quando não for para trabalhos rotineiros,
na história da administração. A visão tradicional (1930 que não exijam criatividade, pois, nesses casos, esses
a 1940) dizia que todo conflito é disfuncional, logo deve conflitos devem ser evitados.
ser evitado a todo custo. A visão interacionista defende
que, além de uma força positiva no grupo, o conflito 32. Os conflitos de relacionamento são baseados na
é absolutamente necessário para seu desempenho incompatibilidade nas relações interpessoais e, segun-
eficaz e, desde que funcional, deve ser estimulado. do pesquisas, são quase sempre disfuncionais, con-
A visão focada em resultados (conflito administrado) sumindo estes, em média, 18% do tempo do gestor.
defende que os conflitos, no longo prazo, reduzem a Devem ser, portanto, evitados.
confiança, o respeito e a coesão dos grupos, ainda que
sejam funcionais, focando, portanto, em administrar o 33. Os conflitos de processo são ligados à maneira
contexto geral no qual o conflito ocorre, preparando as como o trabalho é ou deve ser realizado. Eles podem
pessoas para o desenvolvimento de estratégias de re- ser tão destrutivos quanto os conflitos de relaciona-
solução, facilitando a discussão aberta. mento e devem ser evitados para não gerar incertezas
quanto ao papel de cada um, não aumentar o tempo de
31. Os conflitos de tarefas são baseados em discordân- realização das tarefas nem levar os membros a traba-
cias quanto ao conteúdo e aos objetivos do trabalho e lhar com propósitos difusos.
devem ser mantidos em níveis baixos a moderados,
ASSUNTOS: LIDERANÇA E PODER. TEORIAS DA 35. Autoridade refere-se ao poder formal, baseado na
LIDERANÇA. posição superior no organograma, o que por si não ga-
rante o exercício da autoridade. Assim, o líder tem à
34. Liderança é o exercício do poder sobre os outros, sua disposição o poder baseado na posição ou na sua
ao exercer influência sobre os demais, controlando seu própria pessoa, conforme abaixo caracterizado:
comportamento.
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timento, satisfação no trabalho e considerações acerca 49. A cultura representa as reiteradas soluções ado-
da própria cultura organizacional. tadas pela organização para problemas de integração
interna e adaptação externa que de tão válidas tornam-
48. A cultura organizacional é um termo antropológico -se valores que fundamentarão, inclusive, a determina-
que descreve a personalidade e características da or- ção da missão organizacional.
ganização, seu sistema básico de valores, símbolos,
ritos, crenças e suposições mais profundas. Desen- ASSUNTOS: MODELOS DE GESTÃO DE PESSOAS.
volve-se por um processo coletivo e histórico, que tem
início com os fundadores da organização. A partir da 50. Chiavenato assim define as eras da gestão de pes-
interação entre as pessoas, dos pressupostos básicos, soas, cada qual se refere a um modelo:
surgem os valores compartilhados, que fazem emergir
todo o universo simbólico e mais facilmente acessado
no nível de artefatos da cultura.
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Administração de
Características Relações industriais Gestão de Pessoas
Recursos Humanos
Descentralização rumo
Centralização total das ope- Responsabilidade de
Formato do trabalho aos gerentes e às suas
rações no órgão de RH. linha e função de staff.
equipes.
Burocratizada e Operacio- Departamentalizada e Focalização global e
Nível de atuação
nal. Rotina. tática. estratégica no negócio.
Decisões vindas da cúpula Decisões vindas da
Decisões e ações do
da organização e ações cúpula da área e ações
Comando da ação gerente e de sua equipe
centralizadas no órgão de centralizadas no órgão
de trabalho.
RH. de RH.
Execução de serviços espe- Consultoria interna e Consultoria interna.
Tipo de atividade cializados. Centralização e prestação de serviços Descentralização e
isolamento da área. especializados. compartilhamento.
Recrutamento, sele- Como os gerentes e
Admissão, demissão, con- ção, treinamento, admi- suas equipes podem
trole de frequência, legisla- nistração de salários, escolher, treinar, liderar,
Principais atividades
ção do trabalho, disciplina, benefícios, higiene e motivar, avaliar e recom-
relações sindicais, ordem. segurança, relações sin- pensar os seus partici-
dicais. pantes.
Vigilância, coerção, coação,
Criar a melhor empresa
punições. Atrair e manter os
Missão da área e a melhor qualidade de
Confinamento social das melhores funcionários.
trabalho.
pessoas.
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acesso aos dados públicos fornecidos pelos governos, verno Federal para o desenvolvimento de uma série
quando solicitados, de modo ágil, tempestivo, de forma de ações.
clara e completa.
59. Os conselhos têm função:
54. A transparência é mais ampla que a publicidade,
validando a democracia, a cidadania e a participação • fiscalizadora, referindo-se ao acompanhamento e
popular no processo decisório e no controle social. controle dos atos praticados pelos governantes;
• mobilizadora, com a função de estimular a partici-
55. A Lei de Acesso à Informação, a Lei de Respon- pação popular na gestão pública e contribuir para
sabilidade Fiscal, o Portal da Transparência e outros a formulação e disseminação de estratégias de
elementos reforçam a transparência na gestão pública informação para a sociedade sobre as políticas
e o dever de prestar contas do gestor público e sua públicas;
responsabilização, o que pressupõe o exercício do ac- • deliberativa, referindo-se à sua prerrogativa de
countability vertical (relação de desigualdade em que a decidir sobre as estratégias utilizadas nas políti-
sociedade passa a intervir mais ativamente no controle cas públicas de sua competência;
estatal e no monitoramento de suas ações) e horizontal • consultiva, relacionando-se à emissão de opi-
(relação de igualdade entre os Poderes do Estado, em niões e sugestões sobre assuntos que lhe são
que, no exercício da função atípica e segundo o siste- correlatos.
ma de freios e de contrapesos, um controla o outro, co-
brando ações e agindo de modo a equilibrar as funções 60. Com o orçamento participativo, que é obrigatório
do Estado e os direitos da cidadania). para os municípios e facultativo aos demais entes polí-
ticos, o poder de decisão passa da alta burocracia e de
56. O controle social é entendido como a participação pessoas influentes para toda a sociedade. Isso reforça
do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no mo- a vontade popular para a execução das políticas públi-
nitoramento e no controle das ações da Administração cas. Ele reforça a transparência, a participação, o con-
Pública. Ele auxilia na prevenção da corrupção, pois, trole social e, assim, contribui para reduzir a corrupção
quando a sociedade está atenta à atuação dos gestores e o mau gasto dos recursos públicos, além de gerar
e fiscaliza a aplicação do dinheiro público, as chances de o desenvolvimento de uma cultura democrática dentro
ocorrerem desvios e irregularidades tendem a diminuir. da comunidade e o fortalecimento da sociedade local,
inclusive na criação de lideranças locais que represen-
57. O controle social visa suprimir a lacuna do Estado tem a vontade das suas comunidades.
em seu controle institucional, ainda mais se considerar-
mos a ampla descentralização política e administrativa 61. Governabilidade antecede a governança e pressu-
do Estado brasileiro (temos mais de 5.500 municípios, põe a legitimidade oriunda de condições estatais para
a grande maioria com mais de 20 mil habitantes). A o exercício do poder. No Brasil, a governabilidade ad-
Constituição de 88 e a transferência de sua gestão aos vém do controle político (voto), pois todo poder emana
municípios – avanço da democracia participativa, inci- do povo, que se faz representar por meio dos políti-
tou o surgimento dos Conselhos de Gestão, que são cos eleitos. Uma vez atribuído o poder ao detentor do
canais de participação que articulam representantes cargo político, ele precisará exercê-lo, mas, para tanto,
da população e membros do poder público estatal em precisa ter condições ou capacidades financeiras, téc-
práticas que dizem respeito à gestão de bens públicos. nicas, gerenciais, entre outras. Assim, a governança
significa a capacidade de planejar, implementar, moni-
58. Conselhos de gestão/políticas públicas são espa- torar e avaliar as políticas públicas.
ços institucionais de interação do Estado com a so-
ciedade, compostos por representantes da sociedade 62. Intermediação de interesses é um tipo específico
civil e do poder público. A instituição de conselhos e de articulação, expressão e defesa de interesses pri-
o fornecimento das condições necessárias para o seu vados junto às instituições do Estado. Formações as-
funcionamento são condições obrigatórias para que sociativas que surgem normalmente em qualquer re-
estados e municípios possam receber recursos do Go- gime, destinando-se a expressar, de maneira menos
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Renato Lacerda
formal (via normas) e mais técnica, as tendências e cuidado com os tangíveis, que são indícios físicos da
preferências da sociedade quanto à atividade estatal. qualidade da prestação (instalações, tom de voz, rou-
O clientelismo é a mais elementar forma, em que os pas, placas e indicações gráficas, por exemplo).
interesses privados prevalecem sobre os estatais, com
eles se misturando, o que é característico do patrimo- 66. O contrato de gestão, por sua vez, tem sido um
nialismo e seus desvios, como corrupção, nepotismo, mecanismo bastante utilizado para implantar a gestão
fisiologismo. Com a burocracia varguista, ainda, surge por resultados, seja na publicização ou na agencifica-
o corporativismo, ou corporativismo estatal, em que ção. Além disso, os orçamentos públicos, em especial
a mediação de interesses se fará por associações e pelos planos plurianuais, têm ampliado essa visão, mi-
sindicatos autorizados e controlados pelo Estado à dé- grando de um foco nos processos a priori para um foco
cada de 30 para tutelar interesses de seus represen- em resultados a posteriori. O Estado, portanto, tende a
tados, muito em decorrência da instituição do Wellfare deixar de ser o executor direto de serviços, passando
State. Por fim, o estado gerencial requer outras formas a regular e mediar a prestação por novos atores, in-
de participação da sociedade e intermediação de seus centivando as comunidades também a prestarem seus
interesses, o que faz surgir o neocorporativismo ou próprios serviços.
corporativismo liberal/social, em que o Estado não é
mais controlador e centralizador das ações, mas des- 67. Por último, são princípios de governança:
centraliza às comunidades organizadas em ONGs, Or- • a transparência (disclosure);
ganizações Sociais, Conselhos de Gestão, Orçamento • a equidade (fairness);
Participativo. • o cumprimento das normas (compliance);
• a responsabilização (accountability).
ASSUNTOS: EMPREENDEDORISMO GOVER-
NAMENTAL E NOVAS LIDERANÇAS NO SETOR ASSUNTOS: O CICLO DO PLANEJAMENTO EM
PÚBLICO. EXCELÊNCIA NOS SERVIÇOS PÚBLI- ORGANIZAÇÕES (PDCA).
COS. GESTÃO POR RESULTADOS NA PRODUÇÃO
DE SERVIÇOS PÚBLICOS. 68. Criado no contexto da gestão da qualidade por
Shewhart e Deming, o ciclo PDCA aplica-se hoje a di-
63. A tendência moderna do estado é descentralizar versos contextos da gestão, desde o planejamento de
a prestação de serviços e sua gestão, primando pela políticas públicas, por exemplo, ao gerenciamento de
parceria e o controle de resultados a posteriori, o que processos. Trata-se de um ciclo de melhoria contínua
vai ao encontro do modelo gerencial de gestão, carac- definido a partir da fase de planejamento, em que são
terístico do empreendedorismo governamental. definidos objetivos, metas e diagnóstico da situação
presente, seguidos da fase de execução do plano, com
64. Um governo empreendedor é o que pretende me- treinamento e educação ainda nessa fase, que dá en-
lhorar seu sistema de governança, ou seja, a capacida- sejo à verificação e análise dos resultados alcançados,
de financeira, gerencial e técnica de o Estado planejar, que, a partir do feedback gerado, dá subsídio para a
implementar, monitorar e avaliar a aplicação das po- última das etapas, a ação corretiva (aqui poderá ocor-
líticas públicas. Assim, parte da premissa do governo rer a padronização para a melhoria, fazendo girar no-
catalisador a grande descentralização e o foco na pre- vamente o ciclo, desde que necessário).
venção de problemas, a orientação aos resultados e
efetividade da ação do Estado, e essa busca se faz ASSUNTOS: BALANCED SCORECARD (BSC).
somando esforços entre o Estado, o mercado e as or- PRINCIPAIS CONCEITOS, APLICAÇÕES, MAPA
ganizações privadas sem fins lucrativos, formando re- ESTRATÉGICO, PERSPECTIVAS, TEMAS ESTRA-
des de parceria com objetivos comuns. TÉGICOS, OBJETIVOS ESTRATÉGICOS, RELAÇÕES
DE CAUSA E EFEITO, INDICADORES, METAS, INI-
65. As dimensões da qualidade na prestação de servi- CIATIVAS ESTRATÉGICAS.
ços públicos abarcam fatores como cordialidade, cele-
ridade, modicidade, modernidade, apresentação, aces- 69. O Balanced Scorecard (BSC) traduz a estratégia
sibilidade, disponibilidade, humanização, bem como em termos operacionais por meio de indicadores de
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72. O planejamento estratégico é o nível de maior risco ASSUNTOS: NEGÓCIO, MISSÃO, VISÃO DE
e incertezas. Nele são avaliados o ambiente organiza- FUTURO, VALORES. PLANEJAMENTO ESTRA-
cional e o ambiente externo, compostos respectiva- TÉGICO DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO
mente de forças e fraquezas (variáveis controláveis); PARÁ PARA O PERÍODO DE 2015 A 2020, ESTRA-
oportunidades e ameaças (variáveis incontroláveis). TÉGIA NACIONAL DO PODER JUDICIÁRIO PARA O
Da contraposição dessas variáveis, surgem cenários PERÍODO DE 2 DE 2015 A 2020. MISSÃO, VISÃO,
projetivos ou prospectivos e estratégias, que, a partir da VALORES E MACRODESAFIOS DO TRIBUNAL DE
predominância das forças, fraquezas, oportunidades JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ. MISSÃO, VISÃO
e ameaças, podem ser definidos em cenários de de- E VALORES DO PODER JUDICIÁRIO. OS MACRO-
senvolvimento/alavancagem (forças+oportunidades), DESAFIOS DO PODER JUDICIÁRIO APLICÁVEIS À
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77. Missão do Poder Judiciário: realizar justiça. Des- • Processos internos: combate à corrupção e
crição: fortalecer o Estado Democrático e fomentar a à improbidade administrativa, celeridade e pro-
construção de uma sociedade livre, justa e solidária, dutividade na prestação jurisdicional, adoção
por meio de uma efetiva prestação jurisdicional. de soluções alternativas de conflito, gestão das
78. Visão do Poder Judiciário: ser reconhecido pela so- demandas repetitivas e dos grandes litigantes,
ciedade como instrumento efetivo de justiça, equidade impulso às execuções fiscais, cíveis e traba-
e paz social. Descrição: ter credibilidade e ser reco- lhistas, aprimoramento da gestão da justiça
nhecido como um Poder célere, acessível, responsá- criminal, fortalecimento da segurança do pro-
vel, imparcial, efetivo e justo, que busca o ideal demo- cesso eleitoral.
crático e promove a paz social, garantindo o exercício
pleno dos direitos de cidadania. • Recursos: melhoria da gestão de pessoas,
aperfeiçoamento da gestão de custos, institui-
79. Atributos de valor para a sociedade: Credibilidade, ção da governança judiciária, melhoria da infra-
Celeridade, Modernidade, Acessibilidade, Imparciali- estrutura e governança de TIC.
dade, Transparência e Controle Social, Ética, Probida-
VALORES: Acessibilidade
Credibilidade
MISSÃO: Realizar a jus- Probidade
tiça por meio da efetiva VISÃO: Ser reconhecido pela Transparência
prestação jurisdicional sociedade como instituição Responsabilidade socioambien-
com vistas ao fortaleci- acessível e confiável, voltada tal
mento do Estado Demo- à pacificação social. Humanização no atendimento
crático de Direito. Eficiência
Ética
Participação
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Sociedade
Processos internos
Recursos
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82. Metas nacionais e correlação com as metas esta- citos eleitorais (STJ, Justiça Estadual, Justiça
duais (e do TJPA) Federal, Justiça Eleitoral e Justiça Militar da
União e dos Estados)
• META 1 – Julgar mais processos que os distri-
buídos (Todos os segmentos) – (JUSTIÇA ESTADUAL) Identificar e julgar até
31/12/2019 70% das ações de improbidade
– (JUSTIÇA ESTADUAL) Julgar quantidade administrativa e das ações penais relacionadas
maior de processos de conhecimento do que a crimes contra a Administração Pública, distri-
os distribuídos no ano corrente, excluídos os buídas até 31/12/2016, em especial a corrupção
suspensos e sobrestados no ano corrente; ativa e passiva, peculato em geral e concussão;
– (JUSTIÇA ESTADUAL) Identificar e julgar até • META 6 – Priorizar o julgamento das ações
31/12/2019, pelo menos, 80% dos processos dis- coletivas (STJ, TST, Justiça Estadual, Justiça
tribuídos até 31/12/2015 no 1º grau, 80% dos pro- Federal e Justiça do Trabalho)
cessos distribuídos até 31/12/2016 no 2º grau, e
90% dos processos distribuídos até 31/12/2016 – (JUSTIÇA ESTADUAL) Identificar e julgar até
nos Juizados Especiais e Turmas Recursais; 31/12/2019 60% das ações coletivas distribuídas
até 31/12/2016 no 1º grau, e 80% das ações cole-
• META 3 – Estimular a conciliação (Justiça Fede- tivas distribuídas até 31/12/2017 no 2º grau;
ral, Justiça do Trabalho e Justiça Estadual)
• META 7 – Priorizar o julgamento dos processos
– (JUSTIÇA ESTADUAL) Aumentar o indicador dos maiores litigantes e dos recursos repetiti-
Índice de Conciliação do Justiça em Números em vos (STJ, TST, Justiça do Trabalho)
2 pontos percentuais em relação ao ano anterior;
• META 8 – Priorizar o julgamento dos proces-
• META 4 – Priorizar o julgamento dos proces- sos relacionados ao feminicídio e à violência
sos relativos a crimes contra a Administração doméstica e familiar contra as mulheres (Jus-
Pública, à improbidade administrativa e aos ilí- tiça Estadual)
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87. Os indicadores são compostos por padrões (que é 31/12/2018 e 50% dos casos pendentes de julgamen-
aquilo que se pretende atingir), por metas, uma fórmula, to relacionados à violência doméstica e familiar contra
métricas com medidas, é índice, que é o valor numérico a mulher distribuídos até 31/12/2018”, ela será nosso
final, resultante da fórmula, que servirá como medida de padrão. A fórmula de taxa de congestionamento usará
comparação com o padrão previamente estabelecido. as medidas ou métricas processos pendentes e pro-
cessos baixados. O valor final dessa fórmula, o índice,
88. Se utilizarmos a meta estadual “Identificar e julgar, deverá ser maior ou igual a 50% dos casos pendentes
até 31/12/2019, 50% dos casos pendentes de julga- de julgamento para que se cumpra a meta.
mento relacionados ao feminicídio distribuídos até
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Boa prova!
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
Rebecca Guimarães
Rebecca Guimarães
Bacharel em Sociologia e Antropologia pela Universidade de Brasília (UnB). Pós-graduada em Docência do
Ensino Superior (UniCeub). Pós-graduanda em Relações Internacionais com ênfase em comércio exterior
(UniCeub). Mais de 15 anos de experiência em escolas de ensino médio, pré-vestibulares e preparatórios para
concursos públicos. Leciona: Atualidades, Ética e Sociologia.
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
Rebecca Guimarães
6. Servidores públicos são orientados a agir de forma 13. A vida do ser humano em comunidade teve como
involuntária no exercício de suas funções, porque consequência a construção e a aquisição de valores
estão subordinados ao conjunto das leis e normas que acerca do bem e do mal, do justo e do injusto, que se
regulam as funções públicas; portanto, suas ações, tornaram costumes aceitos que, transmitidos de gera-
especialmente as que sejam relativas ao uso de recur- ção para geração, passaram a constituir o domínio da
sos públicos, não podem ser pautadas nos princípios ética e da moral.
da ética aristotélica.
14. O pretorianismo é considerado um fator que favo-
7. Segundo Aristóteles, é preciso identificar entre as rece a democracia, por garantir o exercício da cidadania.
ações e as paixões as que sejam voluntárias, ou seja,
aquelas que dependem da vontade, a fim de se reco- 15. Além de demandar a obediência a valores e
nhecer seu aspecto ético. normas de conduta, a solução dos problemas éticos na
Administração Pública requer um padrão transparente
8. Segundo Aristóteles, a prodigalidade e a mesqui- e previsível de procedimentos.
nhez correspondem a vícios, marcados pelo excesso
e pela falta respectivamente, ao passo que a generosi- 16. Os termos moral e ética têm sentidos distintos,
dade corresponde a uma virtude a ser buscada volun- embora sejam frequente e erroneamente empregados
tariamente para se encontrar a mediania. como sinônimos.
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
Rebecca Guimarães
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GABARITOS
GABARITOS
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GABARITOS
Direito Penal
Érico Palazzo
1 a 10 E
2 b 11 E
3 C 12 d
4 E 13 e
5 E 14 e
6 E 15 e
7 C 16 C
8 d 17 E
9 E
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ANOTAÇÕES
GABARITOS
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