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GRAMÁTICA – Português Ensino Secundário

Nome: _________________________________ Turma: _____ N.o: _____ Data: ____/____/____

Ações estratégicas: Sistematização do conhecimento sobre constituintes da frase, funções sintáticas e identificação e classificação de orações.
Tempo previsto para a atividade: 1 tempo letivo

Lê os excertos de uma entrevista a Gonçalo Cadilhe e responde aos itens propostos.

Alexandra Ruivo | Céu Gaspar | Clara Ribeiro


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1. Identifica a classe e a subclasse das palavras destacadas.

«O mais importante para se levar numa viagem é uma boa ideia.»

A primeira viagem de Gonçalo Cadilhe, o figueirense de 51 anos que há mais de 30 percorre


o mundo de mochila às costas, foi a Cantanhede, com os escuteiros, tinha na altura sete anos, e
nem o susto de ser perseguido por um maluco com uma faca de barrar manteiga o impediu de
repetir a experiência. […]
Conversámos, com Gonçalo Cadilhe, sem efabulações como prometido, num dos melhores
spots de praia do país, o B’ART, na Murtinheira, na companhia da Sónia e do Martim, num final de
tarde quase tão perfeito como o dia em que apanhou a sua melhor onda em Arugam Bay, no Sri
Lanka.

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2. Indica as funções sintáticas desempenhadas pelas expressões destacadas.

Quais foram os momentos mais extraordinários que viveste?


Imensos! Mas, esses sim, consigo hierarquizar, fazer um top five. Desde logo, as travessias
oceânicas em cargueiro durante a viagem da volta ao mundo, quando tive de apanhar quatro
vezes cargueiros, uma para atravessar o Atlântico, outra para atravessar do Pacífico para a
Oceânia, a terceira da Oceânia para a China e a quarta de Jacarta para Bombaim no oceano Índico.
Outra grande emoção, outro grande momento, foram os cinco, seis dias de trekking de
sobrevivência no fish river canyon, na Namíbia. Realmente, é um sítio onde não vai ninguém, a
que só se tem acesso fazendo trekking e em sobrevivência, porque não há lá nada em baixo, não
há postos de abrigo, não há comidinha (risos). A ida ao Afeganistão, que continua off limits, mas
é um país muito bonito em termos de paisagem e património. Chegar ao limite oriental do Estreito
de Magalhães, onde Fernão de Magalhães percebeu que tinha vencido a sua aposta, foi outro dos
momentos marcantes. Lembro-me que estavam dois graus negativos no ar, com vento, e metendo
a mão na água do estreito, a temperatura era de cinco graus. Então, fiz essa brincadeira, deixar a
mão ao ar livre durante alguns segundos e depois meter no mar a cinco graus, parecia que

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queimava. Algo mais banal, mas que me marcou muito, foi ter ido a Bagan, na Birmânia (atual
Myanmar), país que esteve fechado durante muitos anos aos turistas. Quando cheguei a Bagan,
que é um sítio arqueológico extraordinário, uma planície abandonada com 4000 templos a sair do
meio da planície, não estava à espera de encontrar aquilo, por isso, quando cheguei, subi ao
primeiro templo e olhei em minha volta e foi um momento muito forte.

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3. Classifica as orações subordinadas destacadas.

O que é que mudou no mundo das viagens desde que começaste a viajar?
Mudou tudo. As vendas dos bilhetes de avião, a forma de reservar hotéis, a informação. Chego a
ter pena das pessoas que começam agora a viajar, porque nunca mais poderão ter o sentimento
de descoberta, de surpresa, de exultação pela conquista da viagem. Hoje já não há conquista, é
o contrário, tens de te defender do excesso de solicitações e ofertas, para que consigas perceber
exatamente o que queres. É incrível, vais ao Google para saber a data em que os portugueses
chegaram a Bangkok, escreves Bangkok e passado um segundo está o booking.com a oferecer-te
hotéis. Não queres viajar e és obrigado a pensar em viajar, ou seja, há uma falta de privacidade no
teu sonho de viagem. São tantas as ferramentas que te impõem hoje, o Google Earth, o Street
View, que quando sais de um aeroporto já não precisas de perguntar onde estão os autocarros
para o centro da cidade, porque já consultaste isso online.
Há tempos recebi um email, na sequência da viagem à Argélia, de um tipo que queria dar a volta
ao Mediterrâneo em dorso de cavalo. O que é que eu lhe tinha para dizer? Nada. Não faço a
mínima ideia como se alimenta um cavalo. As pessoas estão tão desesperadas para fazer alguma
coisa que não seja imposta, que já estão dispostas a quase tudo. Há dias ligaram da Visão para
um depoimento sobre turismo macabro, porque parece que as pessoas já não sabem o que fazer
para tornar as viagens interessantes, então vão ver Chernobyl, locais de massacres, vão fazer
selfies em Auschwitz, pagam para ir para palcos de guerra fazer turismo. Mas, apesar de tudo,
apesar da banalização, é sempre bom viajar, continua a ser melhor viajar do que não viajar.

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4. Transcreve do excerto as orações indicadas.

«São tantas as ferramentas que te impõem hoje, o Google Earth, o Street View, que quando sais
de um aeroporto já não precisas de perguntar onde estão os autocarros para o centro da cidade,
porque já consultaste isso online.»

a. Oração subordinada adjetiva restritiva


b. Oração subordinada substantiva completiva
c. Oração subordinada adverbial temporal
d. Oração subordinada adverbial consecutiva
e. Oração subordinada adverbial causal

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Entrevista disponível em https://revistabica.com/grande-entrevista-goncalo-cadilhe/ (consultada a 05.12.2019, texto adaptado)

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SOLUÇÕES
1. Classe e subclasse de palavras
«para» – preposição simples
«numa» – preposição contraída (preposição simples a + determinante artigo indefinido
uma)
«é» – verbo copulativo
«primeira» – adjetivo numeral ordinal
«que» – pronome relativo
«às» – preposição contraída (preposição simples a + determinante artigo definido as)
«perseguido» – adjetivo (particípio passado)
«o» – pronome pessoal
«melhor» – adjetivo qualificativo
«quase» – advérbio quantidade e grau
«apanhou» – verbo principal transitivo direto
«sua» – determinante possessivo

2. Funções sintáticas
«quando tive de apanhar quatro vezes cargueiros» – modificador (grupo verbal)
«ninguém» – sujeito
«que continua off limits» – modificador do nome apositivo
«que tinha vencido a sua aposta» – complemento direto
«marcantes» – modificador do nome restritivo
«que queimava» – predicativo do sujeito
«me» – complemento direto
«a Bagan» – complemento oblíquo
«abandonada» – modificador do nome restritivo

3. Classificação de orações
«desde que começaste a viajar» – oração subordinada adverbial temporal
«porque nunca mais poderão ter o sentimento de descoberta, de surpresa, de exultação
pela conquista da viagem» – oração subordinada adverbial causal
«o que queres» – oração subordinada substantiva completiva
«para saber a data» – oração subordinada adverbial final
«que já estão dispostas a quase tudo»- oração subordinada adverbial consecutiva
«do que não viajar» – oração subordinada adverbial comparativa

4. Transcrição de orações
a. «que te impõem hoje»
b. «onde estão os autocarros para o centro da cidade»
c. «quando sais de um aeroporto»
d. «que já não precisas de perguntar»
e. «porque já consultaste isso online»

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