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Burns
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Paulo escreve para a igreja de Filipos com o forte desejo de ver os
membros vivendo como fiéis testemunhas do Senhor Jesus Cristo. Os
crentes deviam ser “luzeiros”, vivendo de forma “irrepreensível”,
“sincera” e “inculpável”, no meio de uma “geração pervertida e corrupta”
(v. 15). Com esta descrição pesada, o contexto da igreja é condenado
como proibido para ela. Não há nenhum elogio ou instrução de
identificação com o mundo que a cerca. A igreja tem que ser diferente,
um contraste marcante contra a opressão, a sensualidade, as brigas, a
escuridão espiritual, o egoísmo e a destruição que marcava o cotidiano da
cidade. Contextualização para os crentes em Filipos era viver Cristo de
forma evidente e agradável, como luzes na escuridão.
Essencial para ser luz são o amor e a unidade. Em vez de egoísmo, deviam
se preocupar com e servir ao outro. Deviam ter compaixão, afetos e
misericórdias, tendo o mesmo sentimento, o mesmo amor e a mesma
alma (vss 1-4). É excluído a “luta pelo poder”, a necessidade de receber
reconhecimento, os ciúmes e a exclusão. A igreja tinha que ser diferente
do seu contexto, visívelmente superior, refletindo a glória de Deus como
se fosse estrela refletindo a luz do sol. Para tanto há dois segredos:
HUMILDADE e a PALAVRA DA VIDA.
Sem humildade e sem a Palavra a igreja não consegue ser fiel, nem luz. A
contextualização da igreja se torna uma coisa insípida, sem limites e sem
critérios. O contexto sufoca a luz, a igreja imita o mundo e os crentes se
tornam iguais as pessoas ao seu redor.
Nós também devemos ser diferentes e mostrar Deus através das nossas
vidas e através da vida da comunidade cristã. Contextualização cristã é
isso – levar a mensagem relevante da Palavra de Deus ao mundo que sem
ela perece. Em amor e espírito de servo, é importar com o outro dentro da
igreja e com o outro que ainda não conhece a verdade da Palavra.