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COMUNICAÇÃO VISUAL
E
DESIGN
Apresentação da disciplina
É com grande satisfação que lhes apresentamos a disciplina de Comunicação Visual e Design, ela
está voltada ao entendimento de como se dá a Comunicação Visual e sua importância através dos estudos
da percepção, sua influência sobre a sociedade e se estende ao Design para que possamos ter condições
de criar uma reflexão crítica sobre o assunto.
O texto vai tratar a comunicação e o design como agentes transformadores do meio social, pelo seu
caráter dinâmico e participativo na construção de visões do mundo.
Praticamente tudo que vemos é comunicação visual; uma ave, uma flor, uma casa, um copo, etc.
Cada imagem tem valor diferente, segundo o contexto em que está inserido, dando-nos informações
diferentes.
O trabalho de um profissional dessa área deve percorrer caminhos muito bem estabelecidos
antecipadamente, para não se ter o risco de acabar gerando uma má comunicação visual. Ele deve ter em
mente para qual púbico irá trabalhar; qual a importância de sua mensagem e como o público vai receber
essa informação.
É, portanto, um trabalho de grande importância para a humanidade.
Percebemos que o campo da comunicação e design vem evoluindo constantemente e isso é
resultado da necessidade que sentimos em nos comunicarmos com o próximo.
Esperamos que ao final deste trabalho, tenha sido adquirido o discernimento necessário para
utilizar a comunicação visual de forma inequívoca.
Programa da disciplina
Ementa: Objetivos:
Bases para estudo dos elementos da Investigar, no campo da comunicação e do
visualidade e das imagens. Introdução ao design, não só a abordagem teórico-prática, mas
conceito de “projeto” (design) em suas diversas o estudo da cultura na qual se integram, a
vertentes (de produto, visual, moda e interiores), verificação das formas e de seus métodos de
apresentando a evolução da arte em geral, das aquisição e também do meio ambiente onde se
artes aplicadas em particular e desenvolver instauram.
conhecimentos sobre ferramentas, Metodologia:
equipamentos, materiais e acabamentos Disciplina oferecida na modalidade à
utilizados nas diversas áreas do design. A distância (EAD)
disciplina tem caráter de preparação para outras
de especialização na área.
Avaliação:
No sistema EAD, a legislação determina que haja avaliação presencial, sem, entretanto, se
caracterizar como a única forma possível e recomendada.
Na avaliação presencial, todos os alunos estão nas mesmas condições, em horário e espaço pré-
determinados.
Diferentemente, a avaliação a distância permite que o aluno realize as atividades avaliativas no seu
tempo, respeitando-se obviamente a necessidade de estabelecimento de prazos.
Comunicação VisualDisciplina
e Design
Bibliografia Básica;
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual - Uma psicologia da visão criadora. SP: Pioneira, 2000.
CARDOSO, R. Uma introdução à história do design. SP: Edgard Blücher, 2008.
MUNARI, B. Design e comunicação visual. SP: Martins Fontes, 2011.
Bibliografia Complementar:
Sumário
Unidade 01 Unidade 11
Introdução à Comunicação Visual 01 Introdução ao Design 41
Unidade 02 Unidade 12
Semiótica - Estudando a Linguagem 05 História do Design 45
Unidade 03 Unidade 13
Estruturas Semióticas da Linguagem 09 Sociedade e Ideologia 49
Unidade 04 Unidade 14
Os Signos 13 Design de Produtos 53
Unidade 05 Unidade 15
A Estrutura da Comunicação 17 Design de Moda 57
Unidade 06 Unidade 16
Percepção Visual - Equilíbrio 21 Design de Ambientes 61
Unidade 07 Unidade 17
Equilíbrio Visual - Peso e Direção 25 Design Conceitual 65
Unidade 08 Unidade 18
Elementos da Visualidade - Ponto e Linha 29 Design de Interfaces 69
Unidade 09 Unidade 19
Elementos da Visualidade - Cor e Textura 33 Design Gráfico 73
Unidade 10 Unidade 20
O Plano Original de Kandinsky 37 Projeto 77
Comunicação VisualDisciplina
e Design
Unidade 01
Introdução à Comunicação Visual
Objetivos:
Prezado aluno, vamos nessa primeira unidade compreender um pouco da COMUNICAÇÃO
VISUAL e suas várias categorias de expressão, onde a construção de qualquer uma delas implica em
conhecimento e na leitura de elementos visuais. O conhecimento da linguagem visual assume
fundamental importância quando se reconhece que vivemos na “civilização da imagem”.
Refletir criticamente sobre objetos e linguagens gerados por meios tecnológicos e artísticos.
Compreender a materialidade e a visualidade em seus aspectos semióticos e estéticos, educacionais,
históricos, sociológicos, morfológicos e no campo da subjetividade.
ESTUDANDO E REFLETINDO
A Comunicação Visual está ao nosso redor, podemos encará-la como uma habilidade de
sobrevivência que não precisamos aprender, pois está garantida somente pelo fato de enxergarmos. Nós
não precisamos visitar uma galeria de arte ou uma mostra de design
para vivenciar comunicação visual.
Nós usamos a comunicação visual para navegar e entender o mundo
em que vivemos. Signos, logomarcas, ícones, receitas, contas,
panfletos, livros, telefones celulares, tablets, televisores, revistas, etc...,
são exemplos de comunicação visual. Um relógio é um exemplo de
comunicação visual da qual nos tornamos dependentes para viver
todos os dias.
Ela é um campo multidisciplinar que envolve design, ilustração,
belas artes (como desenho e pintura), multimídia e fotografia.
Comunicação Visual, como área de conhecimento, aplica os
fundamentos das artes visuais na solução de “problemas funcionais”
da comunicação. Em outras palavras, pode ser considerada como o
Rótulos - Cíntia Ribeiro (2012)
uso dos conceitos artísticos para veicular ideias e mensagens lápis de cor sobre Canson
específicas. Sabe-se que o homem se comunicou desde sempre e das
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Comunicação VisualDisciplina
e Design
BUSCANDO CONHECIMENTO
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Comunicação VisualDisciplina
e Design
Uma desvantagem dos sinais de fumaça um todo. Veja o emprego simples e intenso das
era que o inimigo também podia vê-los. Por essa cores utilizadas. Note ainda a impressão de
razão, não existia um único código para as movimento que temos ao olhar as figuras que
transmissões e cada tribo tinha seu próprio dançam. Repare nos pés e nos braços das figuras:
sistema. O significado da mensagem era pré- cada uma delas parece continuar o movimento
determinado e conhecido somente pelo iniciado pela outra, como numa roda que gira
remetente e pelo destinatário do sinal. Então essa sem interrupções.
Comunicação Intencional também tinha um
código decodificado que só o destinatário
conhecia.
Por sua vez, a comunicação visual
intencional pode ser examinada sob dois
aspectos: o da informação estética e o da
informação prática.
Como informação prática, sem
componente estético entende-se, por exemplo,
um desenho técnico, uma fotografia de
reportagem, o noticiário da TV, um sinal de
trânsito etc. Como informação estética, entende-
se uma mensagem que nos informe, por
exemplo, as linhas harmônicas que compõem
A Dança - Henri Matisse (1909)
uma forma, as construções volumétricas de uma
construção tridimensional, as relações temporais
visíveis de transformação de uma forma em
outra.
Observe no quadro ao lado, como as
figuras humanas, o céu ao fundo e a terra formam
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Comunicação Visual e Design
É necessário que você saiba que existe a comunicação verbal (através da fala e da escrita) e a não
verbal (através dos gestos e das imagens). A linguagem verbal é um dos códigos da comunicação mais
eficaz, mas não tem um caráter universal, pois cada povo tem a sua própria língua. No entanto
determinadas representações gráficas interpretadas e compreendidas de igual forma pelos diferentes
povos, é denominado de SEMIÓTICA, que será estudada melhor na próxima unidade.
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e Design
Unidade 02
Semiótica - Estudando a Linguagem
Objetivos:
Entender a linguagem como estrutura e campo de estudo necessário para refletir
criticamente sobre a forma como nos comunicamos de diversos modos, não só de forma verbal.
Desvincular o termo Linguagem do termo Língua e fazer a ligação entre Linguagem e Expressão.
ESTUDANDO E REFLETINDO
Lúcia Santaella em seu livro “O que é Semiótica” faz uma introdução bem-humorada sobre o tema,
mas que nos serve de como ponto de partida para não incorrer em enganos quanto aos termos que iremos
utilizar bastante nas próximas unidades desta disciplina.
Semi-ótica – ótica pela metade? ou Simiótica – estudo dos símios?
Essas são, via de regra, as primeiras traduções, a nível de brincadeira, que sempre surgem na abordagem da
Semiótica. Aí, a gente tenta ser sério e diz: - “O nome Semiótica vem da raiz grega semeion, que quer dizer
signo. Semiótica é a ciência dos signos.”. Contudo, pensando esclarecer, confundimos mais as coisas, pois
nosso interlocutor, com olhar de surpresa, compreende que está querendo apenas dar um novo nome para a
Astrologia.
Confusão instalada, tentamos desenredar, dizendo: - “Não são os signos do zodíaco, mas signo, linguagem.
A Semiótica é a ciência geral de todas as linguagens.”. Mas, assim, ao invés de melhorar, as coisas só pioram,
pois que, então, o interlocutor, desta vez com olhar de cumplicidade – segredo desvendado -, replica: - “Ah!
Nesse momento, nós nos damos conta desse primordial, enorme equívoco que, de saída, já ronda a
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Comunicação Visual e Design
A emissora da mensagem não colocou a padaria (construção feita de tijolos e cimento no papel). Ela
colocou um conjunto de letras que ordenadas de uma determinada maneira cria uma palavra que significa
a construção de tijolos onde se faz e vende pão.
Se olharmos mais profundamente para a situação, perceberemos ainda outras significações:
No bilhete não foi escrito o que seria comprado, mas cria-se a significação de alimentos, quando no
bilhete se encontra a palavra padaria.
Na próxima unidade veremos mais sobre os signos, mas antes disso, veja os vídeos nos links abaixo
sobre “O que é Linguagem”.
http://www.youtube.com/watch?v=I1Zusz__3e8 http://www.youtube.com/watch?v=4qr3CGs1Upg
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Comunicação Visual e Design
Unidade 03
Estruturas Semióticas da Comunicação
Objetivos:
Estabelecer relações semiológicas corretas entre sinais e mensagens; saber interpretar
signos visuais, com suas especialidades; saber manipular o uso da imagem visual.
Cada signo é uma unidade dividida em duas partes, composta pelo significante (em latim
signans - alguma forma física), e pelo significado (signatum - referente exterior).
ESTUDANDO E REFLETINDO
A semiótica é um saber muito antigo, que estuda os modos como o homem dá significado ao que
o rodeia. É o estudo dos signos, ou seja, as representações das coisas do mundo que estão em nossa
mente. A semiótica ajuda a entender como as pessoas interpretam mensagens, interagem com os
objetos, pensam e se emocionam. Ela serve para analisar as relações entre uma coisa e seu significado.
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Comunicação Visual e Design
Existem mensagens que são apreendidas nossa história em vez de via férrea o ícone
(decodificadas) por certo grupos de pessoas, por representasse um animal. Isto alteraria a
só elas conhecerem o sistema de signos, sinais ou mensagem transmitida pelo código de transito
símbolos que estão organizados para construir rodoviário.
essas mensagens. Esses sistemas de organização O motorista saberia então que o trecho da
são chamados de códigos. As mensagens podem estrada estaria sujeito à passagem de animais,
ser consideradas produtos dos códigos. porque ele conhece o código rodoviário
Imagine se na primeira placa avistada em
Um código é, portanto, um sistema de normas e regras, delimitando o uso dos signos, que são
organizados para que se tornem comuns a um grupo.
Temos como exemplo de códigos os sinais de trânsito.
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Comunicação Visual e Design
Em ”Semiótica e filosofia da linguagem”, o certa maneira, representa algo para alguém. São
pesquisador e escritor italiano Umberto Eco signos: os símbolos, os ícones, os índices.
enumera os diferentes tipos de signos e a forma De acordo com Saussure, o signo possui
como funcionam nos processos de entendimento duas faces:
na semiose. a) o significante: escrita, fala.
O autor desenvolve exaustivamente as b) o significado: a imagem mental que chega até
diferenças entre esses "sintomas" em relação a nós no momento em que percebemos um signo.
seus diferentes níveis de objetividade e em Vamos pensar na palavra “noite”:
relação ao objeto a que se referem, solicitando a) cada uma das letras que formam a palavra, o
um raciocínio mais ou menos complexo a fim de som da palavra (significante).
se alcançar o entendimento ou significado deste b) momento do dia em que a Terra é iluminada
ou daquele signo. pela luz refletida na Lua. (significado)
Assim, a palavra, falada e escrita, é um tipo Quanto à origem, o signo pode ser:
de signo mais objetivo, direto na expressão de a) natural: que existe independente de nossa
sua mensagem, se comparado a uma sinfonia, vontade. Ex.: o trovão, a fumaça, o raio.
por exemplo. No entanto, uma sinfonia, uma b) artificial: que é criado pelo homem, produto
placa que diz "É proibido fumar", uma nódoa de cultural.
sangue em uma camisa, a figura estilizada de Ex.: a escrita, o cinema, a fotografia, etc.
uma mulher na porta de um banheiro, uma tosse, Quanto às formas de representação o
um espirro, uma dor de cabeça, todas essas signo pode ser:
realidades são signos ou combinações de signos a) verbal: é a fala ou escrita, a língua. Ex.:
passíveis de entendimento e mais, passíveis de português, inglês.
diferentes entendimentos em função da b) não verbal: qualquer outra manifestação que
circunstância na qual se dá sua ocorrência. não seja a língua. São exemplos: a dança, a
Signo é tudo o que em certa medida, de pintura, a escultura, a arquitetura, o cinema, etc.
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Comunicação Visual e Design
http://www.youtube.com/watch?v=I8FcuWGDXso
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Comunicação Visual e Design
Unidade 04
Os signos
Objetivos:
Estabelecer relações semiológicas corretas entre sinais e mensagens; saber interpretar
signos visuais, com suas especialidades; saber manipular o uso da imagem visual. De maneira mais geral,
os signos podem ser divido em arbitrários e motivados, sendo os tipos mais frequentes: ícone, símbolo e
signo arbitrário. É deles que trataremos abaixo
ESTUDANDO E REFLETINDO
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Comunicação Visual e Design
O universo dos signos abrange as inumeráveis "coisas representativas de outras coisas". Estímulos e
saberes que nos chegam via percepção e que passamos a conhecer e, sobretudo reconhecer, se
relacionam através da memória e dos raciocínios associativos. Sem signos não há um saber consciente de
coisa alguma.
Diante da diversidade de signos, os estudiosos buscam uma forma de agrupá-los em tipos
característicos. Na classificação mais simples e largamente utilizada distinguimos três espécies de signos
aos quais correspondem três diferentes modos de semiose. São signos: os símbolos, os ícones e os índices
(ou indícios).
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Comunicação Visual e Design
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Comunicação Visual e Design
Unidade 05
A Estrutura da Comunicação
Objetivos:
Compreender como a comunicação entre indivíduos acontece, o caminho que percorre,
como ela se estrutura e os elementos da comunicação.
ESTUDANDO E REFLETINDO
A Comunicação Visual está ao nosso redor, podemos encará-la como uma habilidade de
sobrevivência que não precisamos aprender, pois está garantida somente pelo fato de enxergarmos.
Nós não precisamos visitar uma galeria de arte ou uma mostra de design para vivenciar comunicação
visual.
Sempre que nos comunicamos estabelecemos uma relação com o outro, seja esse outro uma
pessoa ou um grupo de pessoas. Essa relação só ocorre porque uma série de elementos são chamados à
participar da comunicação, sem eles, não transmitimos mensagem alguma e não somos capazes de nos
comunicar.
Os elementos da comunicação são:
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Comunicação Visual e Design
BUSCANDO O CONHECIMENTO
Nos dois exemplos de comunicação, língua portuguesa de uma forma mais informal,
podemos perceber que uma pessoa (o emissor) utilizada na internet e SMS; no texto B, a língua
escreveu alguma coisa a outra ou outras (o portuguesa em sua norma culta, bilhetinhos da
destinatário), dando uma informação (a época da vovó). Além disso, o emissor precisou
mensagem). Para isso precisou de papel ou da selecionar um conjunto de vocábulos (ou
tela do computador, transformou o que tinha a desinais) no código que escolheu
dizer em um código, (a língua - no texto A, a
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Comunicação Visual e Design
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Comunicação Visual e Design
Nem sempre a troca de informações é bem sucedida. Denomina-se ruído aos elementos que
perturbam, dificultam a compreensão pelo destinador, como por exemplo, o barulho ou mesmo uma voz
muito baixa.
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Unidade 06
Percepção Visual - Equilíbrio
Objetivos:
Compreender como a comunicação visual ocorre no indivíduo, a forma como percebemos
as imagens e lemos informações não verbais. Para tanto, verificaremos os elementos da visualidade e
da percepção visual tais como o ponto, a linha, o espaço, a cor e buscaremos entender como eles se
relacionam para comunicar.
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Fechamento - da Gestalt
(Fechamento visual da forma)
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Unidade 07
Equilíbrio Visual - Peso e Direção
Objetivos:
Prezado aluno, vamos nessa unidade vamos iniciar o estudo sobre o equilíbrio visual, para
isso vamos entender como ocorre o peso e a direção em uma composição pictórica e como estes
elementos influenciam nas imagens que lemos.
ESTUDANDO E REFLETINDO
O estudo do peso está relacionado a alguns elementos encontrados numa obra pictórica, seja um
desenho, uma pintura, uma fotografia, um cartaz publicitário ou mesmo em objetos tridimensionais,
como na estrutura de um prédio ou no design de uma peça mobiliária.
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perder o equilíbrio.
(ARNHEIM, R. p 25)
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Unidade 08
Elementos da Visualidade - Ponto e Linha
Objetivos:
Saber utilizar adequadamente os elementos visuais na elaboração de uma composição
plástica.
Nessa unidade vamos caminhar pelo estudo dos elementos da visualidade e dos
processos técnicos criativos que estão envolvidos na elaboração de objetos e imagens.
Sempre que esboçamos, traçamos ou projetamos algo, o conteúdo visual desta
comunicação é composto por uma série de ELEMENTOS VISUAIS que estudaremos a seguir.
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Cruelty
Seurat
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Comunicação Visual e Design
... fato inevitável é limite externo do ponto que pequenos recortes, pode tender a outras
define sua forma exterior. formas, geométricas ou mesmo livres. Pode se
Em pensamento abstrato ou em nossa pontudo e se aproximar do triângulo. Por uma
concepção, o ponto é idealmente pequeno, tendência a uma relativa imobilidade, ele se faz
idealmente redondo. Em suma, é o círculo quadrado. Seus recor tes podem ser
idealmente pequeno. Mas, tanto quanto suas minuciosos ou generosos e se encontrar em
dimensões, seus contornos também são relações múltiplas. Não podemos definir
relativos. Em sua forma real, o ponto pode limites, o domínio dos pontos é ilimitado.
adquirir um número infinito de aparências: à (Kandinsky, W. Ponto e linha sobre o plano. p.
sua forma circular podem acrescentar-se 23. 2005)
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Comunicação Visual e Design
Unidade 09
Elementos da Visualidade - Cor e Textura
Objetivos:
Saber utilizar adequadamente os elementos visuais na elaboração de uma composição
plástica.
Nessa unidade vamos continuar o estudo dos elementos da visualidade e dos processos
técnicos criativos que estão envolvidos na elaboração de objetos e imagens.
Veremos a COR, a TEXTURA e um pouco de PERSPECTIVA
ESTUDANDO E REFLETINDO
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http://www.youtube.com/watch?v=JItpE--nk5E&feature=related
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Chamamos de escala tonal as diversas gradações entre o claro e o escuro. Esse recurso é muito
utilizado na técnica da perspectiva, chamada de perspectiva tonal.
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Comunicação Visual e Design
Unidade 10
O ‘Plano Original’ de Kandinsky
Objetivos:
Introduzir os conceitos básicos de plano, ponto e linha baseados nos estudos de Kandinsky,
para tanto, como texto-base será utilizado o livro ‘Ponto e linha sobre o plano’. Compreender o plano
construtivo pictórico e sua relevância para composição e leitura de imagens.
ESTUDANDO E REFLETINDO
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Esquerda
Direita
A B
C D
Baixo (inferior)
Alto (superior) A B
Esquerda
Direita
A B
Esquerda
Direita
C D
Baixo (inferior)
C D
Baixo (inferior) C e B se encontram em oposição, porém a
tensão criada entre C e B é moderada, pois a
As posições, como vimos, transmitem leitura é ascendente, a esta tensão chamamos:
sensações, assim, analisemos as sensações TENSÃO LÍRICA
produzidas quando adicionamos diagonais ao
plano: Assim, a ocorrência dos elementos dentro
Centro físico do
suporte.
do plano podem ser catalogadas como mostrado
no quadro abaixo
A B Centro sensível do
suporte.
Ponto de maior
equilíbrio visual.
C D
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Unidade 11
Introdução ao Design
Objetivos:
Adquirir conhecimentos em design e suas linguagens convergentes; analisar o trabalho do
profissional em design; identificar parâmetros de trabalho
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Comunicação Visual e Design
BUSCANDO O CONHECIMENTO com seu carro, mas o carro estava bem, não
estava com o alarme acionado, ao seguir o som
As pontas de flechas mostradas abaixo são para saber o que estava havendo, percebeu que o
produções dos índios norte-americanos da som se originava na copa da árvore em frente à
região do Missouri. Perceba a quantidade sua casa.
enorme de diferentes cabeças de flechas que eles Ele chegou mais perto para entender o
produziram. porque a árvore estava com o alarme disparado
(o que não é nada comum...). Olhando mais de
perto ele percebeu que o tordo estava imitando
um som, o som do alarme de seu carro.
Frank achou engraçado, a final, pássaros
cantam, e tordos cantam imitando outros
pássaros, mas o tordo não sabe ‘o por quê’
daquele canto, só repete o ‘como’ é cantado.
Aqui está a grande questão da
comunicação visual e do design: Pensar no
COMO não é tão importante quanto pensar no
A maioria das pessoas pode se perguntar: POR QUE.
‘Como eles faziam as flechas?’.
Mas tentando entender de onde vem o
design, vamos nos perguntar aqui ‘Por que tantas
flechas diferentes?’
Frank Chimero relata na introdução de
‘The Shape of Design’ um insight sobre o início
do processo de criação que ele teve ao encontrar
um tordo, pássaro cuja característica é imitar o
canto de outros pássaros.
Chimero conta que ao ouvir o alarme do
carro saiu para ver o que estava acontecendo
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e Design
Unidade 12
História do Design
Objetivos:
Refletir criticamente sobre a evolução do homem dentro da comunicação através do
design
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e Design
Vídeo-colagem da
história do Design
Willian Morris
http://www.youtube.com/watch?v=VAUQlAR4xZs
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O estilo de Artes e Ofícios começou como formas arrojadas e cores fortes, baseadas em
uma pesquisa para a concepção estética e desenhos medievais. Eles alegaram que acreditar
decoração e uma reação contra os estilos que no propósito moral da arte. Verdade material,
foram desenvolvidos por máquina de produção. estrutura e função também foram defendidos
Os objetos criados pela 'Arts & Crafts' eram pelo estilo de Artes e Ofícios, que em parte, foi
simples na forma, sem decoração desnecessária uma reação contra o estilo de muitos dos itens
ou excessiva. mostrados na Grande Exposição de 1851, com
Tendiam a enfatizar as qualidades dos objetos extremamente ornamentados, artificiais
materiais utilizados, muitas vezes tinham padrões e que ignoravam as qualidades dos materiais
inspirados pela flora e fauna britânicas e usava as utilizados.
tradições vernáculas, ou domésticas, da zona Morris, assim como seus colegas de
rural britânica. Alguns designers instalavam movimento, acreditavam na ornamentação que
oficinas nas áreas rurais para reavivar velhas era proposta pela natureza, que a beleza se
técnicas. encontrava no simples e no fazer manual.
Com influência do Neogótico (1830-1880), Com esse início da história do design,
se interessavam pelo estilo medieval, usando podemos perceber que a intenção, neste
primeiro momento não era, exatamente, o que
vemos hoje atendendo por Design.
Para esses primeiros designers, o que os
diferenciava era, não só criar, mas também
produzir o objeto.
Eles ‘nadavam contra’ a tendência do
momento industrial que produzia em série, com
linhas de produção baseadas em máquinas e com
valor estético pobre e repetitivo.
A intenção de criar uma opção aos
produtos advindos da industria, concebidos e
realizados por uma pessoa é o início do termo
design como usamos hoje.
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Comunicação VisualDisciplina
e Design
Unidade 13
Sociedade e Ideologia
Objetivos:
Entender os processos de criação dentro do design com base na sociedade e sua evolução.
Compreender e refletir criticamente sobre as características ideológicas e psicológicas
utilizadas na comunicação visual, mídia e comunicação de massa
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Comunicação VisualDisciplina
e Design
Unidade 13
Sociedade e Ideologia
Nesse sentido, muitos dos "ismos" que conhecemos hoje, durante uma breve sessão
provenientes dos reinos da literatura, pintura e de 'Ctrl+C – Ctrl+V' que só pode ser visto como
desenho podem ser vistos como ideologias de um ato de design.
pleno direito. Na verdade, é justamente o fato de que
No contexto de ideologias projetadas, muitas ideologias e sistemas de crenças são
Jules Régis Debray (filósofo, jornalista, escritor e totalmente baseados em textos (escrituras,
professor francês, nascido em Paris em 1940) manifestos) que nos mostra a construção de
descreve em 'Socialismo e impressão' o ideologia como design. Assim como os textos só
socialismo: como um movimento fabricado por podem existir em sua forma projetada (gráfica),
impressoras, tipógrafos, publicitários e ideologias existem apenas como entidades
bibliotecários. Em outras palavras, o socialismo designadas (por e para alguém).
não é concebido apenas; é graficamente A segunda proposta também nos mostra
concebido. um caminho interessante, design na ideologia,
Aqui já fica no ar que a mensagem é mesmo porque, a ideia de projeto está
pensada de forma visual também. intimamente ligada à ideologia do 'makeability':
E, para mencionar apenas mais um neologismo da língua inglesa que expressa a
exemplo, não nos ideia de que vivemos em um mundo que pode
esqueçamos de ser, conscientemente, moldado por pessoas e
quantas religiões e reciprocamente, moldar as pessoas. A noção de
sistemas de crenças 'makeability' e o conceito de criação não podem
são projetados ser vistos separados um do outro; não existe
também. Tomemos, qualquer maneira possível que eles possam ser
por exemplo, o separados.
Primeiro Concílio de É lógico que a consciência do fato de que
Nicéia (325 d.C.), em o mundo que nos rodeia pode ser moldado por
que um pequeno pessoas (makeability) levará automaticamente
grupo de líderes para o ato de moldar (criar um design do) o
religiosos compilou e editou a Bíblia para a forma mundo ao nosso redor e vice-versa.
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Comunicação VisualDisciplina
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Unidade 13
Seguindo este raciocínio, cada objeto
Sociedade e Ideologia
produto do design e não o design ser um produto
projetado, cada artefato cultural, é uma da ideologia, na visão de Debray o socialismo é
manifestação de ideologia, cada designer é um apresentado quase como a manifestação política
produtor/transmissor de ideologias, gostando ou do design gráfico e o modernismo como a
não. manifestação social do design gráfico. O design
Como já estabelecido, design está não é uma ferramenta para espalhar a ideologia e
intrinsecamente ligado com a ideologia, o sim, o contrário.
período que Debray descreve em 'Socialismo e
impressão' (o nascimento e os primeiros anos do BUSCANDO O CONHECIMENTO
socialismo), a palavra 'design gráfico' ainda era
inexistente. No entanto, quando Debray descreve Usamos o exemplo da ideologia do
a subcultura versátil de impressoras, tipógrafos, socialismo visto pelos olhos Debray por que fica
bibliotecários e editores que acabou por ser o claro no ensaio do filósofo que o socialismo
berço do socialismo, não é difícil ver que o existiu e cresceu graças ao ‘ainda não nomeado’
coração desta 'cadeia de trabalho' ainda não design gráfico.
nomeada é o que mais tarde seria conhecido O que ‘vendeu’ a ideia do socialismo ao
como 'design gráfico'. grande público foram os panfletos e cartazes.
Debray mostra repetidamente as muitas
maneiras em que o socialismo cresceu a partir de
um determinado ecossistema, um ecossistema
composto de impressão e tipografia. Debray
chama este sistema 'grafosfera', e situa essa
esfera no período compreendido 1448-1968,
numa interpretação mais livre de seu texto, a
palavra que chamamos 'grafosfera' poderia
muito bem ser um traduzido como modernismo,
iniciado com Gutenberg e a invenção da
imprensa e que termina com o nascimento do
período pós-moderno.
Na grafosfera de Debray, a ideologia é um
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Unidade 14
Design de Produtos
Objetivos:
Conhecer e compreender o que é DESIGN DE PRODUTOS e quais as características de seus
projetos, bem como o funcionamento deste tipo de produção
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É importante para o trabalho com o cliente material são determinados na fase de concepção
e também para analisar o mercado, para produzir detalhe. No entanto, o grau de detalhe gerado na
uma lista dos requisitos necessários para a fase de design do conceito irá variar de acordo
execução de um produto bem sucedido. O com produto a ser produzido.
designer deve verificar constantemente esse
relatório para garantir que o andamento e Detalhamento do Projeto - Normalmente, os
execução dos projetos estão adequados. designers esboçam as ideias no papel. Anotações
Para tal relatório é preciso pesquisar o e sketchs ajudam a identificar pontos-chave para
problema e analisar os produtos concorrentes e que essas ideias possam ser trabalhadas depois.
todos os pontos importantes e descobertas Serão essas ideias que darão forma ao
devem ser incluídos em nas especificações. projeto, mas ao desenhar os detalhes, anotar as
possíveis qualidades de cada material e imaginar
Design do Conceito - Usando o as medidas é necessário sempre voltar ou
relatório de especificações como relatório de especificações do
base, o designer deve produzir um futuro produto, pois é neste
esboço de uma solução. momento que ele será
Um projeto inicial é um realmente concebido.
esboço dos principais Nesta etapa do processo de
componentes, sua disposição design, o conceito escolhido é
com os detalhes do projeto p ro j e t a d o d e f o r m a m a i s
ficará para uma fase detalhada, com todas as
posterior. Por exemplo, um dimensões e especificações
design de conceito para uma necessárias para fazer o
cadeira pode consistir num projeto especificado em um
desenho que mostre um assento desenho detalhado do
com quatro pernas e o encosto. projeto.
Os detalhes dos Pode ser necessário para a
elementos constituintes da produção de protótipos para
cadeira, tais como o tamanho das pernas, ou o testar ideias nesta fase.
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Comunicação VisualDisciplina
e Design
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Comunicação Visual e Design
Unidade 15
Design de Moda
Objetivos:
Perceber a influência do design de moda no mundo moderno e conhecer os processos
criativos e de produção desta vertente do design.
ESTUDANDO E REFLETINDO
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Comunicação Visual e Design
Tempos Modernos:
As décadas de 50 e 60 também
presenciaram uma revolução contra os padrões
de moda estabelecidos. E quem protagonizou
isso? A música e a literatura, assim como no
século XVIII, música, literatura, arquitetura e o Cena do filme musical HAIR
cinema influenciaram as mudanças na moda. Tem como temática os hippies e
a Guerra do Vietnâ
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Comunicação Visual e Design
Unidade 16
Design de Ambientes
Objetivos:
Conhecer os qualidades necessárias para ser designer de ambiente e entender os
processos de elaboração e produção de design de ambientes
ESTUDANDO E REFLETINDO
Designers de ambientes são criativos, imaginativos e artísticos, mas também precisam ser
disciplinados, organizados e lógicos. A combinação do conhecimento com um forte senso estético
possibilita ao designer trabalhar com parceiros de projeto e clientes para desenvolver as soluções
necessárias para as pessoas que usam aquele espaço
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Comunicação Visual e Design
A profissão de design de ambientes é uma cliente a primeira ideia de como vai ficar o
profissão do setor de serviços, e como toda trabalho pronto.
profissão desse ramo, depende da habilidade do Para tanto, é necessário que o designer
designer compreender e realizar o desejo do faça esse desenho, neste momento, o uso da
cliente para ter sucesso. Assim, o profissional perspectiva é indispensável.
precisa ter conhecimentos artísticos e técnicos do
projeto, bom relacionamento inter-pessoal e Desenho em perspectiva.
estratégias de gerenciamento de pessoal,
materiais, tempo disponível e gastos. O desenho de perspectiva é uma técnica
usada para representar imagens tridimensionais
Conhecimentos Artísticos e Técnicos em um plano de imagem bidimensional.
" A perspectiva é para a pintura o que o
freio é para o cavalo, o leme para um navio
O design de ambientes precisa saber [...] Há três aspectos fundamentais na
perspectiva. O primeiro tem a ver com a
como planejar o espaço e criar uma comunicação forma como o tamanho dos objetos
visual e sensível do espaço com o cliente, o parece diminuir de acordo com a distância;
o segundo com a maneira pela qual as
designer precisa conhecer materiais, produtos, cores mudam quanto mais longe elas
estão do observador; a terceira define
formas, cores, texturas, luz e vários outros fatores como os objetos devem ser terminado
para apresentar ao cliente um ambiente que com menos cuidado quanto mais distantes
eles são " (Leonardo da Vinci)
interaja com as necessidades.
A perspectiva foi desenvolvida no século
15 pelos arquitetos, Leon Baptista Alberti (1404-
1472) e Filippo Brunelleschi (1377-1446). Por 500
anos, o desenho em perspectiva permaneceu
como um dos princípios básicos da arte ocidental
até que foi desafiado pelas idéias dos cubistas.
Se você está trabalhando com materiais
convencionais, como lápis e tintas, ou mídia
digital contemporânea, o conhecimento e a
compreensão do desenho em perspectiva
Antes de realizar as modificações, é
continua a ser uma ferramenta essencial para
necessário apresentar o projeto, para isso são
ajudar você a melhorar a sua técnica de desenho.
feitos os croquis, os desenhos que darão ao
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Comunicação Visual e Design
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Comunicação Visual e Design
https://www.youtube.com/watch?v=yDP0Gr5TfJs
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Comunicação Visual e Design
Unidade 17
Design Conceitual
Objetivos:
Entender o design conceitual e sua função dentro do mercado do design, não somente
como produto mercadológico, mas como forma de protesto e renovação.
ESTUDANDO E REFLETINDO
O design conceitual não tem por finalidade a criação de um objeto para produção em massa e
comercialização. Sua função é questionar as formas de consumo da sociedade em que vivemos.
O texto abaixo explica como ocorre este processo:
O Processo de criação no design conceitual.
Explorando o potencial reflexivo e dialético do projeto
Carlo Franzato - cfranzato@unisinos.br
Designer, doutor em Design pelo Politecnico di Milano.
Professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Design da Universidade do Vale do Rio dos Sinos.
Resumo
O artigo propõe uma contribuição para os estudos sobre os processos de criação. Apresenta o design
conceitual, uma abordagem projetual usada pelos designers contemporâneos. Trata-se de um tipo de
produção que explora as possibilidades reflexivas e dialéticas que são intrínsecas ao design,
entendendo o projeto como uma forma de especulação sobre questões que não pertenciam
estritamente à disciplina. A atividade dos designers que trabalham com o design conceitual é
freqüentemente relacionada com a vida cotidiana, observada e reinterpretada. Estas experiências não
são diretamente voltadas ao desenvolvimento de novos produtos para produção em série, mas à
proposta de ideias em debates abertos por meio de conceitos projetuais.
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Comunicação Visual e Design
O artigo revela que o processo projetual disciplinares, para formular teses a respeito e
do design conceitual se aproxima do processo expô-las publicamente.
artístico, tornando-se possível um paralelo entre Para a realização do estudo, inicialmente
os processos de criação na arte e no design. foram analisadas revistas setoriais, com o
propósito de selecionar os designers, as empresas
Introdução e outras organizações relevantes para o tema
Esse artigo tem como principal objetivo contribuir tratado. Em um segundo momento, passou-se ao
para estudos sobre processo de criação com exame da produção desses designers, dos
reflexões em torno da prática projetual, tratando catálogos das empresas e das iniciativas das
de um tipo de abordagem usada por diversos organizações, com o propósito de coletar
jovens designers contemporâneos, o design exemplos de projetos e estudar os casos mais
conceitual. significativos. Quatro desses exemplos são
O projeto é uma das mais significativas sinteticamente apresentados neste artigo. A
formas de expressão da criatividade (DASGUP- pesquisa conta, também, com a experiência
TA, 1994: 6-9; 15-22). Por isso, os estudos sobre profissional do autor na área em questão.
processos de criação devem necessariamente O trabalho se divide em três seções. A
considerar o design, a arquitetura e a engenharia – primeira tem como objetivo apresentar as pre-
ou seja, as disciplinas que compartilham a “cultura missas do design conceitual. Na sequência, o
de projeto” (FRANZATO, 2010) – como campos de artigo busca enfocar a fenomenologia do design
pesquisa próprios. conceitual, ligada à obser vação e à
No design conceitual, os designers reinterpretação do cotidiano pelo designer. Para
exploram as potencialidades reflexivas e dialéticas finalizar, a terceira seção aborda o uso relexivo e
do processo de criação do design, abrindo espaço dialético do projeto nos processos criativos do
para pensar e discutir os assuntos mais diversos. design conceitual, reposicionando o lugar do
Os designers que escolhem tal abordagem conceito nessa prática, e reposicionando o papel
se expressam por meio de maquetes, artefatos social do design.
únicos, pequenas produções ou auto-produções, Para nosso estudo de design conceitual
ou seja, formas que ficam longe da produção em não será apresentado todo o artigo de Franzato,
série e não cabem em lógicas comerciais. Trata-se porém, alguns excertos do texto são toda a
de profissionais que usam suas competências para conceituação necessária para nosso
tratar de questões que transpõem os limites entendimento deste tipo de design.
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Unidade 18
Design de Interfaces
Objetivos:
Conhecer o campo de atuação do Design de Interfaces, seus objetos , e finalidades.
Compreender o surgimento deste ramo de design e suas diferentes aplicações, bem como
as ferramentas e processos de criação.
ESTUDANDO E REFLETINDO
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Além dos quesitos citados acima, alguns A nova interface tornou visualmente mais
outros critérios devem ser observados ao criar intuitiva, dando ao usuário mais possibilidades de
uma interface. explorar o sistema.
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Comunicação Visual e Design
Unidade 19
Design Gráfico
Objetivos:
Conhecer as diversas vertentes de apresentadas no design gráfico e seus processos de
produção.
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Comunicação Visual e Design
Muitas vezes o termo Branding é mal considerada um ícone cultural. Muitos críticos
entendido, generalizando seu uso para qualquer acreditam que o artista teve a intenção de criticar
coisa, o que acaba, muita vez, virando piada. No e ridicularizar o mercado da arte; outros
entanto, seu trabalho vai além de verificar se o acreditam que era apenas criticar a sociedade de
cliente associa o logotipo ao produto, ele consumo.
desperta também o real interesse do consumidor. Apesar de suas verdadeiras ou falsas intenções, a
Esse termo “marca ou brand” independente da única certeza que temos é que foi muito positiva
opinião dos profissionais em marketing, refere-se para a marca Campbell's em t e r m o s d e
à opinião que os consumidores têm sobre o que a marketing.
marca é. Baseado no que
Portanto, a marca não existe enquanto observamos temos mais uma
não for colocada nas ruas para ser vivenciada e prova, de como uma boa
experimentada pelo consumidor. estratégia de design de
O propósito do branding é fazer com que embalagem pode promover o produto.
o consumidor não tenha dúvida em qual das Hoje em dia, devido à concorrência,
marcas deve escolher. Seu papel é fazer com que algumas empresas em “design de embalagem”
esse consumidor perceba que a marca escolhida abusam da criatividade para atrair atenção do seu
é sua única opção. Ele deve chamar a atenção do público consumidor.
consumidor para a marca, não lhe restando outra
alternativa. Por isso, não basta trabalhar com o
que é diferente, mas tem que ser relevante; ser a
solução. Um bom brand vai garantir o
retorno do investimento na marca.
Vamos agora para o Design de
embalagem (ou Packaging Design). A
imagem que você está vendo é do
ar tista A ndy Warhol, obra esta
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Unidade 20
Projeto
Objetivos:
Fazer uma análise do que constitui o projeto gráfica.
Avaliar e compreender as etapas do projeto e realização de um trabalho gráfico
ESTUDANDO E REFLETINDO
Todo trabalho gráfico exige um projeto, principalmente quando ele está voltado para o mercado.
A comunicação visual e o design estão intimamente ligados e em algumas situações são
interdependentes, para realizar o design é necessário o conhecimento dos elementos visuais da
comunicação e sempre que um objeto, produto, cartaz, outdoor é concebido, ele o é para uma finalidade
e a transmissão da ideia desse fim ocorre com a análise dos aspectos visuais.
Mesmo que pensemos no design de uma cadeira o designer deverá
se ater na função da mesma, onde ela será utilizada, quem vai comprar a
cadeira... entre outras coisas.
Pensando em um exemplo, não faria sentido se um designer
criasse uma cadeira de escritório, para ser usada em uma empresa de
telemarketing que fosse feita de mogno, pesasse 200 quilos e tivesse o
estofamento forrado de veludo francês, ela não funcionaria bem nesse
ambiente. Em contrapartida, um designer contratado pela rainha da
Inglaterra não poderia apresentar como projeto para o trono uma cadeira
tubular de alumínio com o assento de lona.
Assim, é necessário que o projeto seja pensado não só de acordo
com quem está criando, mas também de acordo com para quem se
está criando. Para não cometer esse tipo de equívoco é necessária a
separação do projeto em algumas etapas.
A primeira etapa, e talvez mais importante, é o BRIEFING, ponto
principal de nossa discussão, mas veremos todas as etapas.
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quer se posicionar, como ela pretende alcançá-os no documento, estudos indicam que um bom
e como este projeto específico pode auxiliar nesta briefing deveria ser escrito em conjunto entre
jornada); designers e clientes de forma que ambos entrem
Apresentar informações sobre em comum acordo em todos os detalhes.
competidores diretos e indiretos; Com base na experiência, pesquisa,
Fornecer respostas às perguntas: Quem, análise de alguns estudos e no seminário do DMI
Como, Quando, Onde e Por quê; disponibilizo abaixo um modelo de briefing de
Questionar sobre custos, cronograma, design, sendo que o mesmo deve ser adaptado
materiais, especificações técnicas quando de acordo com as informações necessárias para
necessário; cada projeto:
Em função do grau de detalhes envolvidos
Histórico e Descrição do Projeto – Descrição do escopo do projeto, necessidades da empresa ao
desenvolvê-lo e objetivos a médio e longo prazos;
Análise do Mercado - Resumo do mercado e da categoria em que está inserida empresa/produto;
Análise do Consumidor - Descrição de todos os consumidores, o mais completa possível, levando em
consideração fatores como cultura, diferenças regionais, idade, classe social, etc;
Empresa e Portfólio de produtos – Apresentação detalhada da estratégia da empresa em relação a suas
marcas e produtos (a empresa possui uma marca institucional assinando todos os produtos ou uma marca
individual para cada linha de produtos? Qual a hierarquia entre as marcas?, etc.);
Objetivos da empresa e estratégia de design – Uma das etapas mais importantes do briefing. Basicamente
esta seção do documento deve traçar um plano de ação, atrelando cada objetivo do negócio a uma
estratégia de design (e não criativa) para atingi-lo.
Escopo do projeto, cronograma e budget – Definição de cada etapa do projeto e seus respectivos budget,
prazos, prioridades, responsáveis e critérios de aprovação. Deve ser inserido também critérios de controle,
avaliação e mensuração dos resultados. Outra importante definição refere-se ao fechamento do projeto, o
qual deve ser estipulado durante nesta seção;
Stakeholders – Relação de todos os stakeholders com envolvimento direto ou indireto que possam ter
algum impacto no projeto;
Gerenciamento dos riscos – Identificação dos possíveis riscos que podem atingir cada etapa do projeto e
criação de planos de contingência;
Informações e questões extras complementares – Todas as informações extras que complementarem o
projeto de alguma forma como resultados de pesquisa, artigos, imagens, referências etc.
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POLOS EAD
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