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Avis
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
Crise de 1383-1385
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
Batalha de Aljubarrota
O rei de Castela sentia-se com direito ao trono português, e mais uma
vez decidiu invadir o país. Juntou um exército com mais de trinta mil homens
e dirigiu-se para Lisboa.
O rei D. João I e o homem que escolhera para chefe militar – D. Nuno
Álvares Pereira, Condestável do reino – sabiam muito bem que iam ser
atacados. O melhor era impedi-los de chegarem à cidade, que já antes
sofrera um cerco terrível. Mas o problema era que os portugueses não
passavam dos dez mil homens.
D. Nuno Álvares Pereira percebeu que só pela força não iam conseguir
vencer; precisava de uma táctica. Então, decidiu encaminhar a sua gente
para Aljubarrota, mandou formar numa colina, entre dois rios, e ordenou que
se dispusessem numa espécie de quadrado. Ele próprio comandaria a linha
da frente, onde combateriam a pé.
Os castelhanos não se podiam desviar, porque nessa altura, desviar
caminho era uma desonra, era sinal de fraqueza. Assim, os castelhanos,
marcharam para o local escolhido por Nuno Álvares Pereira, convencidos de
que a superioridade da força lhes daria uma vitória rápida.
Mal começaram o ataque perceberam que Nuno Álvares Pereira lhes
tinha preparado várias armadilhas: mandara escavar buracos no campo por
onde os inimigos iriam cavalgar, disfarçou-os com ramos, e os cavalos
castelhanos sentiram o chão a falhar debaixo das patas. O Condestável
mandou todos lutarem a pé e despejaram nuvens de setas sobre os inimigos,
mas mesmo assim os castelhanos conseguiram romper a linha da frente.
Nuno Álvares Pereira tinha previsto que tal ia acontecer ; para os
receber formara um quadrado que se fechou sobre os inimigos, cercando-os
a toda volta. A luta durou até ao pôr-do-sol. O campo ficou cheio de corpos
e os castelhanos acabaram por fugir. Os portugueses tinham ganho.
Tal como prometido, D. João I mandou construir o Mosteiro da Batalha,
que ficou conhecido, não só pela batalha a que estava associado, mas
também pela história associada, contada por Alexandre Herculano, um
grande escritor, muitos séculos depois – A Abóbada.
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
Os filhos de D. João I
D. João I teve filhos muito célebres:
• D. Duarte – rei durante cinco anos, e foi escritor.
• D. Pedro – chegou a ser regente do reino depois da morte do seu
irmão D. Duarte, fez grandes viagens e também escreveu livros.
• D. Fernando – Tentou conquistar Tânger, cidade do norte de
África, e ficou lá prisioneiro. Acabou por morrer em Tânger, o que
fez com que o povo o considerasse um santo – o Infante Santo.
• Infante D. Henrique – Nasceu no Porto, mas
viveu em vários locais. O infante era chefe da
Ordem de Cristo e dedicou a sua vida e
fortuna ao sonho de descobrir o que havia
para lá da linha do horizonte. Organizou várias
viagens, as primeiras explorações comerciais,
a colonização e o povoamento das ilhas do
Atlântico.O infante D. Henrique tinha ao seu serviço muitos
navegadores. Hoje podes encontrar no País, estátuas e nomes de
ruas a lembrar esses navegadores.
O Infante D. Henrique deu tão boas provas em combate que o seu pai
logo ali o armou cavaleiro e concedeu-lhe o título de Duque de Viseu.
A partir daí, o Infante começou a organizar os Descobrimentos
portugueses.
Os Descobrimentos, impulsionados pelo Infante D. Henrique,
começaram com a descoberta de ilhas que ainda hoje são portuguesas.
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
Diogo de Silves
D. Duarte – o Eloquente
1433 - 1438
Gil Eanes
Os Descobrimentos
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
D. Afonso V – o Africano
1438 - 1481
Diogo Cão
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
Bartolomeu Dias
Os Descobrimentos em África
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
D. Manuel I – o Venturoso
1495 - 1521
Vasco da Gama
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
Descoberta do Brasil
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
O estilo Manuelino
Instrumentos de navegação
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
Macau é uma península chinesa que fica na foz do rio das Pérolas. Os
aventureiros portugueses que navegavam por sua conta nessa região foram-
se instalando por lá, embora não tivessem autorização. A pouco e pouco os
Chineses verificaram que tinham a ganhar com a presença daqueles
estrangeiros porque faziam bons negócios.
Em 1557, o imperador da China autorizou os Portugueses a fixarem-se
em Macau. A cidade cresceu e tornou-se um porto essencial para a carreira
do Japão.
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
Trocas comerciais
• Marfim
• Madeira
África • Ouro
• Escravos
• Especiarias (pimenta,
canela, gengibre)
Índia • Tecidos
• Pedras preciosas
• Outras riquezas
• Ouro
• Café
Brasil • Madeira
• Pedras preciosas
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
D. Sebastião – o Desejado
1557 - 1578
Com a morte de D. João III, foi o seu neto Sebastião, ainda criança, o
herdeiro do trono.
D. Sebastião tornou-se rei aos três anos de idade, mas foi o seu tio, o
cardeal D. Henrique que governou até que ele atingisse a idade para poder
ser rei.
Educado com excesso de mimo, cresceu convencido de que Deus o
fizera um ser excepcional, destinado a realizar façanhas especialíssimas. Na
realidade era apenas um rapaz doente, com ideias confusas, que vivia num
ambiente austero. Não teve oportunidade de brincar e divertir-se, e as suas
únicas distracções eram a equitação e a caça.
Todos estes aspectos contribuiram para que, apesar dos muitos esforços
para lhe arranjar noiva, nenhum casamento se tivesse concretizado.
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
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IV – II Dinastia – Joanina ou de Avis
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V – III Dinastia – Filipina ou
Castelhana
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V – III Dinastia – Filipina ou Castelhana
Crise de 1580
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V – III Dinastia – Filipina ou Castelhana
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V – III Dinastia – Filipina ou Castelhana
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VI – IV Dinastia – Brigantina ou
de Bragança
D. João IV – o Restaurador
1640 – 1656
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Dotou o país de novas fortalezas e foi grande impulsionador da
adaptação das existentes aos novos métodos de guerra, tornando o país
capaz de defrontar as forças espanholas na Batalha do Montijo, em Espanha.
Proporcionou verdadeiras embaixadas às cortes europeias de modo a
assegurar o apoio das restantes casas reais à causa da Restauração. Nem
sempre esta tarefa se revelou fácil, visto que durante a ocupação filipina,
muitas das nossas colónias tinham sido ocupadas por esses reinos, como foi o
caso dos holandeses no Brasil, que, por isso, se mostravam renitentes em
reconhecer um novo rei em Portugal.
D. Afonso VI – o Vitorioso
1656 – 1683
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A rainha defrontava-se então com a arrastada Guerra da Restauração
que continuava a consumir vidas, dinheiro e preocupações. D. Luísa de
Gusmão preocupada, vendo a impossibilidade de demover o filho da sua
vida boémia e desregrada, fez jurar herdeiro do trono o seu filho, o infante D.
Pedro.
D. Pedro II – o Pacífico
1683 – 1706
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No início da regência, D. Pedro assina a paz com Espanha, pondo assim
termo à longa Guerra da Restauração, facto que lhe granjeou o cognome de
o Pacifico.
Vendo toda a Europa Ocidental envolvida na Guerra de Sucessão de
Espanha, o monarca instigado pela Inglaterra, também se envolve no conflito,
não tendo podido assistir ao seu epílogo, pois de permeio a morte veio ao seu
encontro. Foi graças ao conde da Ericeira que, durante este pobre reinado,
se estabeleceram as bases, ainda que incipientes, da indústria portuguesa.
Uma das medidas económicas foi a celebração do Tratado de Methuen,
entre o nosso reino e o de Inglaterra onde ficou acordado que Portugal
receberia lanifícios ingleses e, em troca, exportaria vinho português para
Inglaterra.
No seu conturbado reinado D. Pedro teve de enfrentar o avanço da
influência inglesa na Índia. Como medida acertada, fez progredir para o
interior a ocupação portuguesa no Brasil.
D. João V – o Magnânimo
1706 – 1750
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Iniciou o seu reinado, numa época em que a Europa sentia o peso do
domínio do rei de França. Portugal estava envolvido na Guerra de Sucessão
de Espanha e o Brasil descobria o seu grande potencial em ouro e diamantes.
A participação de Portugal na Guerra de Sucessão espanhola deveu-
se, sobretudo, ao perigo que constituía uma possível ligação entre Espanha e
França. Portugal, para esta guerra, disponibilizou o seu território como base de
ação, e fornecia, embora à escala do pequeno país que era, forças militares
para lutarem num conflito que envolvia as maiores potências europeias.
Em política externa, D. João V, seguiu uma orientação de neutralidade
face à Europa, sem deixar de acudir ao apelo do Papa na guerra contra os
turcos, tendo, os portugueses, tido, uma participação decisiva na Batalha de
Matapão. Da Santa Sé obteve a paridade diplomática relativamente a outros
Estados europeus, além de honras singulares, em especial para a Sé de Lisboa,
passando o rei de Portugal a ter o título de Fidelíssimo.
D. João V preocupa-se, igualmente, com a defesa do Brasil e das suas
rotas marítimas. As minas de ouro e de pedras preciosas descobertas durante
o reinado do seu antecessor levaram à renovação do seu povoamento com
famílias portuguesas e levou a efeito uma mais rigorosa demarcação das
fronteiras. Com o ouro e os diamantes do Brasil, realizou uma vasta tarefa de
enriquecimento cultural do País.
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A morte encontrou-o em 1750, sucedendo-lhe no trono o seu filho, D.
José.
D. José I – o Reformador
1750 – 1777
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Em 1758, aproveitou-se de um atentado contra D. José, para anular as
resistências mais poderosas que se opunham aos seus planos absolutistas.
Através da prisão de membros importantes da nobreza e da expulsão, em
1759, de jesuítas, estas ações implicaram consequências sobretudo no sector
da evangelização, da presença de Portugal no ultramar e no sector
educativo do País, uma vez que se teve de encerrar universidades, institutos
universitários e colégios que compunham quase a totalidade da rede de
ensino universitário e médio existentes. Com esta situação, foi necessário
construir bases do ensino secundário e do ensino profissional oficiais, criar o
ensino primário e criar a reforma da Universidade de Coimbra.
Para além disso, enquanto eram presas as forças sociais mais influentes,
Sebastião José de Carvalho e Melo procurou reforçar o funcionalismo judicial.
O insucesso de todas as campanhas monopolistas trouxe-lhe crescentes
problemas financeiros, fiscais e administrativos. Certo é que o rei ficou
conhecido pelo cognome de o Reformador, o título assentaria realmente bem
ao Marquês, que teve na mão, até à morte do soberano, todos os poderes.
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No entanto a ação governativa de D. José também teve alguns aspetos
positivos para o País. As primeiras reformas do monarca prendem-se com a
criação do Real Colégio dos Nobres, destinado à preparação dos filhos da
nova aristocracia; a Aula de Risco, onde se estudava engenharia; a reforma
da Universidade de Coimbra, com a criação das faculdades de Filosofia e de
Matemática, e a criação de escolas primárias.
Foi ainda desenvolvida intensa atividade impulsionadora da indústria e
do comércio. Foi crida a Real Companhia das Vinhas do Alto Douro e tomadas
medidas para proteger as indústrias dos lanifícios, da seda e do vidro. Foram
construídas fábricas no Fundão, Covilhã e Portalegre. Indispensáveis ao
incremento industrial e comercial, foram construídas, também, novas estradas,
que eram fundamentais para melhorar as vias de comunicação.
No domínio da defesa nacional, reorganizou-se o exército, fortificaram-
se algumas praças e foi aumentado, consideravelmente, o número de navios
da marinha de guerra e da marinha mercante.
Outra medida considerada de grande interesse para a estabilidade da
sociedade portuguesa, prende-se com a extinção da velha distinção entre
cristãos-velhos e cristãos-novos.
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