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OBJECTIVOS
Pretende-se com este trabalho:
- Fazer um estudo das interacções do fármaco em doentes com sonda nasogástrica;
- Descrever os principais mecanismos a tipos de interacções, fazendo-se referência à algumas atitudes a
tomar para minimizar a interacção fármaco/nutriente;
- Elaborar um guia de fármacos cuja F.F. não deve ser alterada; suas alternativas, formulas líquidas
comercializadas ou formulas líquidas extemporâneas que podem ser preparadas nos serviços
farmacêuticos a as recomendações nos casos em que as alternativas não existam.
Interacção fármaco/sonda
Na administração de fármacos por sonda, o medicamento pode aderir à parede da sonda. Neste caso, a
quantidade de substância activa que atinge o estômago é superior à que atinge o compartimento sanguíneo, mas
inferior à dose administrada, podendo ser subterapêutica, a dose que atinge o compartimento sanguíneo.
As partículas que aderem à parede da sonda podem reagir com a N.E. e ocasionar a obstrução da sonda.
É comum os materiais não serem quimicamente inertes. Podem existir interacções entre os medicamentos
e as fibras de silicone ou PVC, razão pela qual a perfusão de certos fármacos não pode ser efectuada em balões
constituídos por estes materiais.
Interacção fármaco/fármaco
Quando vários fármacos têm que ser administrados por sonda de N.E., ou se administram os diferentes
medicamentos separadamente, ou faz-se um bólus único. Esta situação deve ser evitada, uma vez que podem
ocorrer interacções medicamento/medicamento. Logo, os medicamentos devem ser administrados
separadamente, e seguidos de 5 ml de água entre cada um deles.
Cápsula
Penetração Penetração
Cápsula Cápsula Conteúdo disperso
parcialmente
Dissolução
Dissolução
Dissolução
Princípio
Absorção
Princípio activo no
sangue
Figura 2. Principais estádios de libertação do princípio activo a partir de uma cápsula (adaptado de
Doelker e Coll).
desintegração desagregação
Comprimido Grânulos
[FIGURA 3]
Partículas
absorção
80 70
70 60
60
50
Conc. mg/ml
Conc. mg/ml
50
40
40
30
30
20 20
10 10
0 0
0 5 10 15 0 5 10 15
Horas Horas
80
70
70
60
60
50
50
Conc. mg/ml
Conc. mg/ml
40 40
30
30
20
20
10
10
0
0 5 10 15
0
Horas
0 5 10 15
Horas
CONCLUSÃO
A administração de uma terapêutica oral por sonda nasogástrica modifica a biodisponibilidade do
medicamento e um certo número de interacções poderão daí advir. É necessário conhecer e respeitar
cada terapêutica e o seu modo de administração.
Existem formas farmacêuticas sólidas orais que não devem, de forma alguma, ser trituradas. São
as que possuem:
- Revestimento gástrico e/ou entérico;
- Libertação controlada;
- Administração sublingual;
- Revestimento por mau sabor ou fármaco agressivo;
- Fármaco lábil à luz ou humidade;
- Potencial carcinogénico;
- Comprimidos efervescentes;
- Cápsulas gelatinosas moles com líquido no interior.
BIBLIOGRAFIA
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formas farmaceuticas orales que no deberían ser trituradas antes de su
administración. Farm. Clin. 1988; 5, 324-38
ANEXO 1. Classificação das formas medicamentosas orais a administração por sonda
nasogástrica.