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Clínica São Vicente da Gávea

CCIAH e Medicina do Trabalho

Programa de Prevenção e Controle de Acidentes


Ocupacionais com Material Biológico
Recomendações para Prevenção e Controle de Acidentes Ocupacionais por
exposição a material biológico

A exposição ocupacional do profissional de Saúde (PS) a material biológico carreia


risco de infecção por patógenos que podem ser transmitidos pelo sangue, sendo os vírus da
Hepatite-B (HBV), Hepatite-C (HCV) e o HIV os de maior importância.
A possibilidade de transmissão após exposição varia com o tipo de fluido orgânico ao
qual o indivíduo foi exposto, tipo de vírus, e com as características do acidente (tabela I).
Medidas preventivas devem ser adotadas antes e após a exposição minimizando desta forma
a possibilidade de transmissão.

Tabela I - Risco de transmissão após exposição a material biológico


Exposição Risco de transmissão de acordo com o material biológico
Percutânea Contato com Com risco ocupacional
Vírus (c/ Sangue) mucosa ou pele documentado ou teórico
não íntegra

HBV 6 a 40% não quantificado sangue e fluidos orgânicos com fezes, urina, escarro, vômito,
sangue, sêmen, secreção vaginal, lágrima suor e saliva, considerar
(maior com a líquor, líquido pleural,líquido
fonte HBeAg de risco,caso haja a presença de
pericárdico, líquido peritoneal, sangue.
positivo) líquido sinovial, líquido amniótico,
exsudatos ou tecidos. Em
odontologia, considerar saliva.

fezes, urina, escarro, vômito,


HCV 1,8 a 3% não quantificado sangue e fluidos orgânicos com lágrima suor e saliva, considerar
sangue. de risco,caso haja a presença de
sangue.

HIV 0,02-2%* 0,03 a 0,09% sangue e fluidos orgânicos com fezes, urina, escarro, vômito,
sangue, sêmen, secreção vaginal, lágrima suor e saliva, considerar
(Mucosa) líquor, líquido pleural,líquido de risco,caso haja a presença de
inferior a 0,03% pericárdico, líquido peritoneal, sangue.
(Pele não íntegra) líquido sinovial, líquido amniótico,
exsudatos ou tecidos. Em
odontologia, considerar saliva.

*O risco varia de acordo com a quantidade de sangue e a carga viral do paciente-fonte. A média de soroconversão é 0,3%.

MEDIDAS APÓS A EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO

Conduta do profissional acidentado imediatamente após exposição:


1. lavar a área lesada imediatamente com água e sabão e em caso de exposição da
mucosa, com solução fisiológica a 0,9%.
2. Dirigir-se ao atendimento na emergência da clínica.

Conduta do médico plantonista da Emergência:


1. Esclarecer e tranquilizar o profissional acidentado;
2. Identificar o paciente-fonte;
3. Solicitar autorização do médico assistente e do paciente para realização dos exames.
 testes rápidos anti-HIV e HbsAg do paciente-fonte;
 Anti-HCV e TGP do paciente-fonte.
4. Em caso de não autorização das sorologias, tentar nova abordagem em outro
momento. Se a autorização não for concedida, proceder como acidente de fonte
desconhecida;
5. Quando o paciente-fonte apresentar sorologia sabidamente negativa e documentada
no momento do acidente, avaliar necessidade de repetição do exame, de acordo com
o risco do paciente-fonte ter adquirido HIV, HCV e o HBV após o seu último teste;
6. Testar o funcionário para hepatite B, C e HIV;
7. Avaliar o início imediato das medidas preventivas.

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1ª SITUAÇÃO:
PACIENTE FONTE DESCONHECIDO OU SEM POSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DE
SOROLOGIA
Profissional não Iniciar vacinação para Hepatite B.
vacinado Realizar acompanhamento sorológico (HBsAg, Anti-HBc e Anti-
HBs no momento do acidente e após 6 meses do acidente).
Com resposta vacinal Profissional de saúde imune.
conhecida e adequada Caso encerrado.
( 10mUI/ml)
Sem resposta vacinal Iniciar nova série de vacina (3 doses)
Em relação
(Anti-HBs negativo nos e acompanhamento sorológico.
a
Profissional dois meses após a última Realizar acompanhamento sorológico.
Hepatite B
vacinado dose da vacinação) após
a 1a série (3 doses)
Vacinação incompleta Completar a vacinação. Realizar
(menos 3 doses) acompanhamento sorológico.
Em alguns casos considerados de “alto
risco” pode-se avaliar uso HBIG.
Resposta vacinal Realizar o Anti-HBs. Se for positivo, caso
desconhecida encerrado. Se for negativo, aplicar 4ª dose da
vacina e realizar acompanhamento
sorológico. Caso permaneça negativo,
proceder a 5ª e 6ª doses do esquema.
Testar o profissional para: Anti-HCV e TGP no
Em relação a
momento do acidente; PCR para HCV e TGP
Hepatite C
na 6ª sem e Anti-HCV e TGP após 6 meses.

Quando a condição sorológica da fonte não é


Em relação ao
conhecida, o uso de PEP* deve ser decidido
HIV
em função da possibilidade da transmissão do
HIV que depende da gravidade do acidente e
da probabilidade do HIV (setor com alta
prevalência de indivíduos HIV+ ou história
epidemiológica para HIV/DSTs). Testar o
profissional (Anti-HIV) no momento do
acidente, após 6 semanas, 3 e 6 meses.
* PEP – profilaxia pós - exposição.

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2ª SITUAÇÃO: PACIENTE FONTE CONHECIDO

Checar se o paciente-fonte já possui sorologia para Hepatite B, C e HIV. Caso não possua e após
autorização do médico assistente e do próprio paciente, explicar a situação e realizar teste rápido
para HbsAg e HIV e sorologia para Hepatite B ;

a) PACIENTE FONTE POSITIVO PARA HEPATITE B (HBsAg positivo)

Profissional Iniciar vacinação, fazer 1 dose de HBIG e realizar acompanhamento sorológico


não vacinado (HbsAg e Anti-HBc no momento do acidente e após seis meses de ocorrido o
acidente. Realizar Anti-HBs apenas após 1 ano do acidente).
Com resposta vacinal Profissional de saúde imune.
conhecida e adequada ( Caso encerrado.
10mUI/ml)
Sem resposta vacinal (Anti-HBs negativo nos dois meses após a última dose
da vacinação) após a 1a série (3 doses) aplicar HBIG e 1 dose da vacina contra
hepatite B.

Profissional Caso o profissional já tenha feito 2 séries de vacinação com 3 doses cada,

vacinado deve-se fazer 2 doses de HBIG com intervalo de 1 mês entre elas. Fazer
acompanhamento sorológico.
Vacinação incompleta Completar a vacinação, aplicar 1 dose de HBIG e
fazer acompanhamento sorológico.
Resposta vacinal Realizar o Anti-HBs.
desconhecida Se for positivo, caso encerrado.
Se for negativo, aplicar 1 dose de vacina e 1 dose
de HBIG e fazer acompanhamento sorológico.

b) FONTE POSITIVA PARA HEPATITE C

Testar o profissional para Anti-HCV e TGP no momento do acidente e após 6 meses.


Realizar PCR (qualitativo) para detecção de RNA viral e TGP entre a 2ª e 6ª semana do acidente.

c) FONTE TESTE RÁPIDO POSITIVO PARA HIV


Testar o profissional para Anti-HIV e seguir as recomendações da tabela II
Acompanhamento sorológico: Anti-HIV no momento do acidente, após 6 semanas, 3 e 6 meses. O
profissional deverá ter acompanhamento 12 meses após o acidente. Se for iniciada profilaxia pós-
exposição realizar hemograma, plaquetas, transaminases, amilase, lipase, uréia, creatinina.

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Tabela II
Recomendações para quimioprofilaxia na exposição ocupacional ao HIV (MS,2004) .
Anti-HIV do paciente-fonte
Tipo de Exposição Gravidade HIV (+) AIDS ou carga Anti-HIV
assintomático ou viral alta Desconhecido ou não
carga viral baixa (> que 1500 realizado
(< que 1500 cópias/ml)
cópias/ml)

Menos grave AZT+3TC AZT+3TC+IP* Em geral não se


(escoriação recomenda.
superficial, Nesta situação, o uso
agulha sem lúmen) de PEP deve ser
decidido em função
da possibilidade da
Percutânea Mais grave AZT+3TC+IP* AZT+3TC+IP* transmissão do HIV
(agulha de grosso que depende da
calibre, lesão gravidade do acidente
profunda, sangue e da probabilidade de
visível no dispositivo infecção pelo HIV
usado ou agulha através do acidente
usada recentemente (locais com alta
em artéria ou veia do prevalência de
paciente) indivíduos HIV+ ou
Pequeno A PEP é opcional e pacientes não
(poucas gotas e curta deve ser baseada AZT+3TC testados e com
Mucosa ou pele duração) na análise história
não íntegra individual da epidemiológica para
exposição e HIV e outras DST).
decisão entre o
acidentado e o
médico assistente.
Grande volume
(contato prolongado AZT+3TC AZT+3TC+IP*
ou grande quantidade
de material biológico
de risco)
*IP = inibidor de protease (indinavir com ritonavir ou preferencialmente nelfinavir);
 A quimioprofilaxia deve ser iniciada nas primeiras duas horas após a exposição. Os anti-retrovirais podem
não ser efetivos quando administrados com atraso de até 72 horas, mas o seu uso deve ser avaliado,
excepcionalmente até 1 ou 2 semanas, nos acidentes de alto risco para soroconversão. A duração da
quimioprofilaxia é 4 semanas.

Tabela III - DOSES RECOMENDADAS DOS ANTI-RETROVIRAIS


Anti-retrovirais Nome Comercial Dose recomendada
AZT + 3TC ou Lamivudina(1cp = BiovirR 1cp VO de 12 em 12 horas
300mg de AZT e 150 mg de 3TC)
NFV (Nelfinavir,1cp = 250 mg) ViraceptR 1250 mg VO 2 x ao dia. Ingerir com
alimentos.
IDV (Indinavir, 1 cp = 400 mg) e Crixivan R
800 mg de IDV e 100 mg de RTV 2x ao dia
RTV (Ritonavir, 1 cp = 100 mg) e Norvir R VO. Ingerir 1,5 l de líquidos por dia.

Referência: Recomendações para atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico: HIV e hepatites
A e B. Programa Nacional DST/AIDS, 2004, www.aids.gov.br

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FORMULÁRIO DE ACOMPANHAMENTO DOS PROFISSIONAIS
EM USO DE ANTI-RETROVIRAIS
Nome do Hospital:
Nome do profissional :
Acompanhado por : N
Data do acidente: ___/ ___ / ___ Setor do acidente:
 O profissional acidentado em uso de anti-retrovirais deve ser avaliado semanalmente.
 AZT + 3 TC - hemograma completo, transaminases e amilase;
 (+) IP – acrescentar glicemia de jejum e para os que iniciarem indinavir, coletar uréia e
creatinina séricas.
Antes do início das drogas
Hemograma Hb Plaq:
Ht: Leu:
Transaminases TGP: TGO:
Amilase U /L
Glicemia de jejum U /L
Após 2 semanas de profilaxia
Hemograma Hb Plaq::
Ht: Leu:
Transaminases TGP: TGO:
Amilase U /L
Glicemia de jejum U /L
Após a suspensão da profilaxia
Hemograma Hb Plaq::
Ht: Leu:
Transaminases TGP: TGO:
Amilase U /L
Glicemia de jejum U /L

FORMULÁRIO DE ACOMPANHAMENTO SOROLÓGICO


Nome do Hospital:
Nome do profissional :
Acompanhado por : N SMS:
Data do acidente: ___/ ___ / ___ Setor do acidente:

Caso Fonte HIV Positiva ( ) desconhecida ( )


Funcionário no dia do acidente Anti-HIV  Positivo  Negativo
Data: ____/____/_____ (Elisa) Indeterminado  Não realizado
Seis semanas após o acidente Anti-HIV  Positivo  Negativo

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Data: ____/____/_____ (Elisa) Indeterminado  Não realizado
Três meses após o acidente Anti-HIV  Positivo  Negativo
Data: ____/____/_____ (Elisa) Indeterminado  Não realizado
Seis meses após o acidente Anti-HIV  Positivo  Negativo
Data: ____/____/_____ (Elisa) Indeterminado  Não realizado
Doze meses após o acidente Anti-HIV  Positivo  Negativo
Data: ____/____/_____ (Elisa) Indeterminado  Não realizado

Caso Fonte HBV Positiva ( ) desconhecida ( )


Se o PS usou HBIG só realizar o Anti-HBs 12 meses após o acidente.
Funcionário no momento do HBsAg  Positivo  Negativo  NR
acidente Anti-HBc IgG  Positivo  Negativo  NR
Data: ____/____/_____ Anti-HBc IgM  Positivo  Negativo  NR
Anti-HBs  Positivo  Negativo  NR
Funcionário três meses após o HBsAg  Positivo  Negativo  NR
acidente Anti-HBc IgG  Positivo  Negativo  NR
Data: ____/____/_____ Anti-HBc IgM  Positivo  Negativo  NR
Anti-HBs  Positivo  Negativo  NR
Funcionário seis meses após o HBsAg  Positivo  Negativo  NR
acidente Anti-HBc IgG  Positivo  Negativo  NR
Data: ____/____/_____ Anti-HBc IgM  Positivo  Negativo  NR
Anti-HBs  Positivo  Negativo  NR
Fonte HCV Positiva ( ) ou desconhecida ( )
No momento do acidente TGP Anti-HCV
Data: ____/____/_____
Seis semanas após o acidente TGP PCR-HCV
Data: ____/____/_____
Seis meses após o acidente TGP Anti-HCV
Data: ____/____/_____
Observações adicionais:

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