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TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO

TI
2011

Material de apoio à disciplina Tecnologias da Informação do curso de Biblioteconomia


Faculdades Integradas Coração de Jesus

Textos compilados e organizados por

Profº VITOR HUGO

Santo André

2011
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SUMÁRIO

1. INFORMAÇÃO e INFORMÁTICA DOCUMENTÁRIA.............................................................................4


1.1. Teoria da comunicação................................................................................................................... 5
1.2. Valor da informação........................................................................................................................ 8
1.2.1. Valor agregado: a prática...................................................................................................... 13
1.2.2. Informação como produto..................................................................................................... 19
1.3. Formas da informação.................................................................................................................. 20
1.4. Information Overload, a Sobrecarga de informação.....................................................................23
1.5. Automação da Informação............................................................................................................ 29
1.6. Informação na Inteligência Competitiva........................................................................................ 30
1.7. Arquitetura da Informação............................................................................................................ 36
1.7.1. Arquitetura da Informação na Biblioteconomia......................................................................37
1.7.2. O que há de errado com as bibliotecas?...............................................................................38
1.8. Informática Documentária............................................................................................................. 41
1.9. Sociedade da informação............................................................................................................. 42
2. NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO.......................................................................................44
2.1. Lancaster e suas previsões acerca das Novas Tecnologias.........................................................44
2.2. Serviços de informação e Novas Tecnologias...............................................................................44
2.3. Hipertexto...................................................................................................................................... 47
2.3.1. Histórico do Hipertexto.......................................................................................................... 49
2.4. Publicação eletrônica.................................................................................................................... 52
2.4.1. Revistas eletrônicas.............................................................................................................. 53
2.4.2. Livro eletrônico...................................................................................................................... 53
2.5. Multimídia...................................................................................................................................... 58
2.6. Realidade virtual........................................................................................................................... 59
2.7. Inteligência artificial....................................................................................................................... 59
2.8. Sistemas especialistas.................................................................................................................. 60
2.9. Ambientes Digitais Voltados à Gestão e Disseminação de Informação........................................62
2.10. Novas Tecnologias na gestão da informação bibliográfica............................................................66
2.10.1. Sistemas Integrados de Bibliotecas......................................................................................69
2.10.2. Desenvolvimento de coleções: acesso à informação............................................................70
2.10.3. Document delivery................................................................................................................. 75
2.10.4. Serviço de referência automatizado......................................................................................77
2.10.5. Web 2.0................................................................................................................................. 78
2.10.6. Web semântica...................................................................................................................... 79
2.10.7. Metadados............................................................................................................................. 82
2.10.8. Evolução das linguagens de Metadados...............................................................................83
2.10.9. RDF (Resource Description Framework)..............................................................................85
2.10.10. XML....................................................................................................................................... 86
2.10.11. Folksonomia.......................................................................................................................... 90
2.10.12. Tag Clouds............................................................................................................................ 97
2.10.13. Dublin Core........................................................................................................................... 99
2.10.14. Livre acesso e arquivos abertos.......................................................................................... 102
2.10.15. E-prints, pré-prints............................................................................................................... 103
2.10.16. OAI (Open Archives Initiative)............................................................................................. 103
2.10.17. Implantação de Arquivos Abertos........................................................................................ 108
3. INTERNET.......................................................................................................................................... 110
3.1. História da Internet...................................................................................................................... 111
3.2. Funcionamento da Internet......................................................................................................... 112
3.2.1. Backbone............................................................................................................................. 114
3.3. WWW (World Wide Web)............................................................................................................ 115
3.4. Telnet........................................................................................................................................... 117
3.5. e-mail.......................................................................................................................................... 118
3.6. IRC (Internet Relay Chat)........................................................................................................... 120
3

3.7. News Groups.............................................................................................................................. 121


3.8. Mailing Lists................................................................................................................................ 121
3.9. Blog............................................................................................................................................. 122
3.10. Videoconferência........................................................................................................................ 123
3.11. RSS............................................................................................................................................ 123
3.12. FTP (File Transfer Protocol)........................................................................................................ 125
3.13. Redes sociais.............................................................................................................................. 125
3.14. Internet2...................................................................................................................................... 127
3.15. Intranet........................................................................................................................................ 127
4. CONSTRUÇÃO DE PÁGINAS PARA INTERNET..............................................................................129
4.1. Conteúdo e estrutura do site....................................................................................................... 131
4.2. Visualização da página............................................................................................................... 132
4.2.1. Via barra de Endereço........................................................................................................ 133
4.2.2. Via menu (Internet Explorer)............................................................................................... 133
4.3. Documentos em HTML............................................................................................................... 133
4.4. Comandos em HTML.................................................................................................................. 135
4.5. HTML - <html> </html>.............................................................................................................. 136
4.6. HEAD - <head> </head>.......................................................................................................... 136
4.7. Título - <title> </title>................................................................................................................ 136
4.8. Corpo do documento - <body> </body>....................................................................................137
4.9. Parágrafo, salto de linha com espaço em branco - <p>.............................................................138
4.10. Salto de linha sem espaço em branco - <br>..............................................................................139
4.11. Cabeçalhos................................................................................................................................. 140
4.12. Links, ligações a outros documentos.......................................................................................... 140
4.13. Negrito - <b> </b>....................................................................................................................... 142
4.14. Itálico - <i> </i>.......................................................................................................................... 143
4.15. Sublinhado - <u> </u>............................................................................................................... 143
4.16. Sobrescrito - <sup> </sup>........................................................................................................ 143
4.17. Subescrito - <sub> </sub>......................................................................................................... 143
4.18. Pulsante - <blink> </blink>......................................................................................................... 143
4.19. Fontes......................................................................................................................................... 144
4.19.1. Font size, tamanho da fonte - <font size=n> </font>.........................................................144
4.20. Cor da fonte, font color............................................................................................................... 145
4.21. Imagens - <img src=”nome_do_arquivo.ext”>...........................................................................146
4.22. Caracteres especiais.................................................................................................................. 146
5. RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO NA INTERNET........................................................................147
5.1. Search engines........................................................................................................................... 151
5.2. Diretórios.................................................................................................................................... 153
5.3. Motores de busca....................................................................................................................... 154
5.4. Critérios para a indexação.......................................................................................................... 156
5.5. Motores de busca ou diretórios................................................................................................... 157
5.6. Metabuscadores......................................................................................................................... 160
5.7. Google........................................................................................................................................ 161
5.7.1. Page rank do Google.......................................................................................................... 162
5.7.2. Consulta no Google............................................................................................................. 164
6. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................................. 166
7. APÊNDICE: SOFTWARES PARA UNIDADES DE INFORMAÇÃO....................................................173
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1. INFORMAÇÃO e INFORMÁTICA DOCUMENTÁRIA

Começaremos nosso estudo sobre as Novas Tecnologias da Informação com a matéria-


prima de todo o processo, a própria INFORMAÇÃO.

Informação: seu significado é complexo e debatido por várias escolas de pesquisadores,


contudo entende-se que informação, em sentido geral, indica tudo aquilo que fornece
subsídios para a tomada de decisões; sejam informações escritas, sensórias, emocionais
etc.

 Dados: caracteres, imagens ou sons que podem ser ou não pertinentes e utilizáveis para
uma tarefa em particular. Ou seja, é a informação em estado bruto.

 Conhecimento: argumentos e explicações que interpretam um conjunto de informações.


Trata-se de conceitos e raciocínios lógicos essencialmente abstratos que interligam e dão
significado a fatos concretos. Envolve hipóteses, teses, teorias e leis. (IATROS)

Claude Shannon, em sua teoria matemática, conceitua ‘Informação’ como “tudo o que
reduz a incerteza entre diversas alternativas possíveis”. A explicação desse pesquisador
abre portas a um entendimento muito mais subjetivo da questão. Esse tipo de definição
segue um sentido que aponta não só a tentativa de explicação do termo, mas a uma
tentativa de explicação para sua aplicação objetiva, ou seja, seu propósito em existir.
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Franco (1997) aborda o assunto sob o aspecto da relevância da informação em proporção


ao fator novidade e em razão do fator quantidade. Em suas próprias palavras: “informação
é a redução da incerteza e a luta contra a entropia. Também sabemos que o conhecido não
é informação; é repetição e redundância. A informação é composta de dados úteis que
diminuem a incerteza e fazem a diferença. Quanto mais dados há, menos informação há,
quanto mais informação há, menos conhecimento há.”

 É importante frisar que a informação deve possuir o objetivo claro


de satisfazer as necessidades daqueles que vão utilizá-la. As cinco
perguntas de Rudyard Kipling, estabelecem o roteiro.
A informação completa deve basicamente responder:
o que? quem? quando? onde? como? por que?

Nas definições do termo Informação encontramos a afirmação de que é a matéria-prima


para o conhecimento (PINHEIRO, 1995). Nessas circunstâncias pode-se inferir que o
processo se inicia com o dado em estado bruto, e esse quando processado, é
transformado em informação, e esta quando requerida, recuperada e deglutida torna-se
conhecimento.

1.1. Teoria da comunicação

As teorias da comunicação distribuem-se em várias categorias e adotam métodos distintos.


Em uma dessas categorias estão as Teorias do Processo.

Teorias do Processo
Trata-se do enfoque segundo o qual uma mensagem trafega entre dois entes que ocupam
lugares de transmissor e receptor. É o caso de estudos que se fundam ou partem de
ciências da natureza:

 modelos de comunicação
 teoria da informação (Shannon-Weaver)
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 funções da linguagem (Jakobson)

(fonte: http://www.jornalismo.ufsc.br/bancodedados/jorlam02.doc)

Teoria da Informação

A Teoria da Informação objetiva medir as quantidades de informação em um enunciado,


mensagem ou sistema.

(fonte: http://www.jornalismo.ufsc.br/bancodedados/jorlam02.doc)

 A Teoria da informação é um ramo da teoria da probabilidade e da matemática


estatística que lida com sistemas de comunicação, transmissão de dados, criptografia,
codificação, teoria do ruído, correção de erros, compressão de dados, etc. Ela não deve ser
confundida com tecnologia da informação e biblioteconomia.

Claude E. Shannon (1916-2001) é conhecido como "o pai da teoria da informação". Sua
teoria foi a primeira a considerar comunicação como um problema matemático
rigorosamente embasado na estatística e deu aos engenheiros da comunicação um modo
de determinar a capacidade de um canal de comunicação em termos de ocorrência de bits.
A teoria não se preocupa com a semântica dos dados, mas pode envolver aspectos
relacionados com a perda de informação na compressão e na transmissão de mensagens
com ruído no canal.

É geralmente aceito que a moderna disciplina da teoria da informação começou com a


publicação do artigo "The Mathematical Theory of Communication" por Claude E. Shannon
no Bell System Technical Journal em julho e outubro de 1948.
(Wikipedia)
7

 Mensagem é, no sentido geral, o objeto da comunicação.


Dependendo do contexto, o termo pode se aplicar tanto ao conteúdo
da informação quanto à sua forma de apresentação.

Elementos da comunicação:
 Emissor: emite, codifica a mensagem.
 Receptor: recebe, decodifica a mensagem.
 Mensagem: conteúdo transmitido pelo emissor.
 Código: conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem que geram
compreensão. O emissor lança mão do código para elaborar sua mensagem,
realizando a operação de codificação. O receptor identificará esse sistema de signos,
fazendo a operação de decodificação, somente se o seu repertório for comum ao do
emissor.
 Canal: meio pelo qual circula a mensagem.
 Ruído: corresponde a todos os fatores que possam interferir na mensagem que se
pretende transmitir.
 Feedback: conjunto dos sinais perceptíveis que permitem ao emissor conhecer o
resultado de sua mensagem: se foi recebida ou não; se foi compreendida ou não.
Funciona como intercâmbio entre emissor e receptor; faz com que a comunicação
torne-se um processo bilateral; inclui a reação do receptor à mensagem transmitida.
Durante uma apresentação você poderá perguntar aos receptores se eles estão
compreendendo a mensagem.

O modelo matemático de comunicação proposto por Shannon-Weaver, figura abaixo, é o


mais aceito pela comunidade científica e representou a fundamentação do que
rapidamente se transformou na Teoria da Informação.
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1.2. Valor da informação

Vídeo: Informacao Poder da Informacao (Waldez Ludwig).flv

Para ser transformada em conhecimento a informação deve possuir seu valor de uso. Na
realidade a informação por si só não possui um valor intrínseco. Quanto ao valor natural é
“amorfa”. O valor só é determinado em função do interesse despertado no usuário potencial
da mesma. Desta forma, a informação necessita de adaptação para cada tipo e perfil de
usuário para cumprir a função de atrair a atenção dos usuários às suas características.
Sendo assim, ao nos referirmos sobre o valor da informação estamos, na verdade, nos
referindo ao valor de uso da informação.

Pode-se afirmar, pelo ponto de vista do usuário, que o valor do uso da informação é
avaliado por meio de sua relevância e utilidade. Ou seja, ela é avaliada por ser a
informação que contribui ao usuário, e se enquadra ou supera as expectativas
estabelecidas para seu uso.
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Kielgast e Hubbard (1997) referindo-se a importância ao atendimento das necessidades do


solicitante da informação afirmam “A informação é apenas uma ferramenta para ajudar
alguém a tomar uma decisão. Nós da profissão da informação temos a tendência a pensar
que nosso produto, a informação, é o produto final, mas precisamos modificar nossas
cabeças para encarar a informação como seu usuário a encara, ou seja, será que ela pode
ajudá-los a resolver algum problema?”

Podemos observar a informação como um produto que precisa ser beneficiado para
possuir valor. Resumidamente pode-se distinguir dois processos vitais nesse
beneficiamento; um o tratamento e outro a recuperação. Esses são processos
complementares e, principalmente, cíclicos que visam o mesmo objetivo, a utilização da
informação atendendo uma solicitação. Ou seja, agrega-se valor quando o material é
preparado para ter condições de ser recuperado mediante uma busca por suas
características.

Quanto ao tratamento da informação é possível detectar duas fases principais, a saber, a


preparação física para seu acondicionamento, seja digital ou material, e a caracterização
temática do material. Na recuperação da informação a importância recai em sua
localização, seleção e apresentação (distribuição).

A tarefa de transformar dados aparentemente amorfos em algo útil foi discutida por Taylor
(apud KIELGAST e HUBBARD, 1997) em seu livro Value-added Processes in Information
Systems. Sua abordagem recai sobre quatro significativas etapas para o processamento
em sistemas de informação: a organização, a análise, a síntese e o julgamento. Nessas
etapas mencionadas por Taylor vemos a descrição dos serviços executados por uma
unidade de informação, seja ela biblioteca, arquivo, centro de documentação, museu etc.,
pois nelas o material é sempre tratado para permitir sua recuperação. Sendo assim,
podemos enquadrar a biblioteconomia, e nós bibliotecários, como área que atua
diretamente com a mais importante riqueza de nossos dias, a Informação.
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Para sair um pouco da teoria temos a seguir extratos de artigos publicados na revista
Internet Business por Marcos Rabstein. Os textos vêm de um profissional empresarial e
constatam a visão de quem está no mercado para lucrar. Será muito fácil visualizar o
bibliotecário, como profissional da informação, em alguma parte da sistemática citada por
Rabstein, ou seja, o bibliotecário pode ter um campo promissor quando o assunto é
Informação.

(...) A Enciclopédia britânica costumava vender sua coleção com 32 volumes por US$
1.600, até a Microsoft entrar no mercado em 1992 vendendo a Encarta a US$ 49,95.
Desnecessário dizer que a Britânica sofreu uma grave crise de vendas que gerou a
reformulação da estratégia de preços. Sucessivas tentativas de recuperar as vendas
levaram a oferta de uma subscrição on-line US$ 120 por ano e de um CD para US$ 200.
Mas mesmo os mais tradicionais clientes já não aceitavam pagar quase três vezes o preço
da Encarta.

Em 1996, a empresa desmontou uma rede de 110 representantes e 300 escritórios de


venda, iniciando um corte de preços agressivo: a subscrição anual on-line caiu para US$
85 e um CD com 32 volumes, para US$ 89,99. Mesmo assim, as vendas não atingiram o
nível desejado, mas o mais interessante foi ver a Microsoft recentemente colocar a Encarta
a um preço de lista de US$ 89,99, com a possibilidade de desconto de 20%.

Este exemplo ilustra alguns dos clássicos problemas de “pricing” de informação. Um dos
mais fundamentais aspectos de um bem de informação é que seu custo de produção é
dominado pelo valor da primeira cópia. Em outras palavras, a informação é custosa para
ser produzida e barata para ser reproduzida.

O custo de uma ou um milhão de cópias adicionais é praticamente o mesmo e muito


pequeno. Além disso, o custo de distribuição vem caindo dramaticamente, fazendo com
que o valor da primeira cópia se torne cada vez menor em relação aos custos históricos.
Estes e muitos argumentos levam a uma enorme competição de preços que podem fazer
11

um produto de informação beirar no limite inferior a zero e no superior ao valor que o


mercado está disposto a pagar...” (RABSTEIN, 1999).

(...) ‘Pricing’ de bens de informação: eles têm custos fixos de produção da primeira cópia
elevados e gastos incrementais baixos. Concluímos que a técnica de ‘mark up’ de preços
para estes tipos de produtos tende a ser cada vez menos usada. E a palavra chave que
explica isto chama-se concorrência.

Vejam que neste mercado encontram-se muitas empresas vendendo informações


caríssimas. Cito o exemplo de especialistas em diversos segmentos como o de tecnologia
da informação, mercado financeiro etc. Algumas empresas cobram dezenas de milhares de
dólares por um punhado de relatórios e várias outras companhias pagam para obtê-los. O
por que alguém compra?

Por que nelas há um enorme valor agregado e um diferencial em relação ao mercado (falta
de competidores). E o que aconteceria se a concorrência começasse a produzir com a
mesma qualidade a preços bem mais baixos, isso quebraria a empresa que vende caro?
Não, mas ela seria forçada a mudar a sua estratégia. Esta empresa trabalha em um
mercado muito segmentado e restrito, portanto suas margens precisam ser muito altas...
(RABSTEIN, 1999).

Valor agregado à informação: da teoria à pratica

KIELGAST, Soeren, HUBBARD, Bruce A. Valor agregado a informação : da teoria à pratica.


Ciência da Informação, Brasília, v.26, n.3, p.271-276, set./dez. 1997.

Processos que usamos quando localizamos, selecionamos e apresentamos informação a


nossos clientes agregam valor a informação... A informação é apenas uma ferramenta para
ajudar alguém a tomar uma decisão. Nós da profissão da informação temos a tendência a
pensar que nosso produto, a informação, é o produto final, mas precisamos modificar
nossas cabeças para encarar a informação como seu usuário a encara, ou seja, será que
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ela pode ajudá-los a resolver algum problema? O processo de transformar dados sem
nenhum significado em informação útil é um processo que agrega valor. Basicamente, o
que Taylor descreveu foi um modelo que pode ser aplicado a muitas situações, desde
bibliotecas a centros de pesquisas especializados em informação. A situação não é
importante, mas os processos que fornecem informação que ajuda o usuário a fazer
escolhas, tomar decisões, esclarecer problemas ou fazer sentido de uma situação é que
são importantes. No seu livro, Taylor examina quatro atividades significativas encontradas
em sistemas de informação, a saber, a organização, a análise, a síntese e o julgamento.
Ele descreve as funções dos processos e mostra como elas agregam valor a informação.

Organização. Os bibliotecários classificam e catalogam livros e outros documentos. Isso,


feito para proporcionar acesso a informação contida nos livros. Essa organização da
informação agrega valor a coleção, porque os usuários da biblioteca conseguem obter com
relativa facilidade a informação de que precisam. Existem índices de acesso a informação,
de tal modo que ela pode ser encontrada se o usuário souber apenas o titulo, o autor ou o
tema de um documento. O principal valor da organização está no tempo poupado em
procurar a informação necessária...

A análise da informação costuma ser dividida em análise voltada para os dados e análise
voltada para o problema. A análise voltada para os dados é motivada pelo conteúdo, e o
objetivo é mostrar a legitimidade, a qualidade e a precisão dos dados. Já a análise da
informação voltada para o problema é motivada pelo usuário e o objetivo é ajudar o usuário
a resolver ou tomar uma decisão. Alguns dos processos que são incluídos na análise da
informação consistem em comparar informações semelhantes a procura de discrepâncias,
selecionar a melhor descrição entre descrições múltiplas da mesma situação ou evento e
editar a informação...

A síntese da informação consiste em reunir a informação, de uma forma significativa e


ponderada, aglomerando-a em blocos que possam ser usados. Alguns dos processos que
são usados para sintetizar a informação são a classificação do produto de acordo com a
pertinência do tema, a redação de resumos executivos da informação e a padronização da
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informação. A padronização é uma parte importante da síntese da informação, porque a


padronização nos permite comparar informações de uma variedade de fontes.

Julgamento. Este é o processo final. Ele é executado pela nova geração de trabalhadores
chamados “profissionais do conhecimento” por Peter Drucker, o guru da administração...

Esses profissionais do conhecimento tomam a informação, filtram-na, sintetizam-na,


padronizam-na para a situação especifica. Então, a informação tem o potencial para ser
usada. A qualidade da informação nos bancos de dados é também prejudicada pela
desorganização no controle da entrada de dados e pela falta de verificação. A boa
qualidade precisa estar associada a boa forma. Por que isso? Nossa experiência com os
usuários nos demonstrou repetidamente que, se uma informação valiosa for entregue em
uma apresentação cheia de palavras-chaves, identificadores, números de acesso de
bancos de dados, contagem de palavras, números de conjuntos e tipos de documentos, ou
seja, se for entregue diretamente como sai dos bancos de dados eletrônicos, a informação
pode não ser usada pelo cliente por ser muito difícil vê-la.

1.2.1. Valor agregado: a prática

Valor agregado à informação: aspectos conceituais


KIELGAST, Soeren. Valor agregado à informação: aspectos conceituais. In: SEMINÁRIO
INTERNACIONAL VALOR AGREGADO À INFORMAÇÃO, 1995, Rio de Janeiro. Anais...
Rio de Janeiro : SENAI; DNCIET, 1997.

(...) Quantidades imensas de informação estão sendo geradas, e todo mundo se torna seu
próprio editor. Na realidade, esse é um dos problemas quando se está falando de
sobrecarga de informação, bem como da qualidade da informação, porque todo mundo
pode transmitir na World Wide Web o que quiser... Existe aí uma grande quantidade de
ruído também...
14

E uma outra razão para isso é o avanço do desenvolvimento da tecnologia... É preciso


agregar valor à informação para ser capaz de obter valor com ela.

É muito importante selecionar a informação pertinente. descobrir a descrição mais


completa de um evento... A atualidade da informação também é muito importante. Por isso,
precisamos decidir que parâmetros de tempo usar, porque em caso contrário, a informação
não fará sentido nenhum para nós.

 Pertinência: a relação que existe entre uma fonte de informação e


a necessidade de informação de uma determinada pessoa num
determinado momento. Diz-se que um artigo de periódico é
"pertinente" à necessidade de informação se a pessoa decide que o
mesmo tem algo a contribuir para satisfazer a essa necessidade de
informação (por exemplo, resolver um problema ou tomar uma
decisão). Segundo esta definição, somente a pessoa que expressa a
necessidade de informação é quem pode decidir sobre o que é ou não
é pertinente (LANCASTER, 1993,p.305).

(...) síntese ou reelaboração da informação. Consiste em reunir a informação de uma forma


ponderada e significativa para que os clientes possam usá-la. E isso nós fazemos antes de
enviá-la ao cliente. Se organizamos a informação em porções, se agrupamos dados
semelhantes reunindo toda a informação sobre um assunto, é claro que é mais fácil
compreendê-la...

Portanto, o que estamos fazendo às vezes é pôr essa informação na frente, de modo que
ela seja o primeiro artigo que o cliente leia. Dessa forma não enviamos a informação como
a encontramos. Nós a reorganizamos. E também escrevemos resumos da informação para
facilitar ao cliente a compreensão do que está no estoque de informação...

A padronização da informação permite que o cliente compare informações de uma


variedade de fontes...
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O último dos quatro processos é o julgamento. E o julgamento cabe ao cliente, que


podemos chamar profissional do conhecimento. Informação enriquecida e elaborada para
situações individuais é o que nós fazemos. Porque o ambiente no qual o cliente trabalha
tem uma cultura e normas às quais a informação precisa se adequar. Ela pode ajudar o
cliente a fazer escolhas, a tomar decisões, a esclarecer problemas ou a fazer com que uma
situação faça sentido. A informação em si não tem nenhum valor...

Como disse antes, a análise que estamos fazendo da informação é voltada para o
problema. Isso significa que o nosso resultado é preparado para um usuário específico
numa situação específica. É por isso que precisamos interagir com nossos clientes...
Precisamos saber o que o cliente quer e por que ele quer. E é o "porque" que ajuda o
especialista em informação a avaliar as informações...

Bom conteúdo e boa forma. Uma das normas mais importantes no nosso trabalho com
informação, é a importância de fornecer tanto um bom conteúdo quanto uma boa forma...

A informação oportuna é muito importante, também. Ela precisa ser encontrada para o
cliente quando ele precisa dela, não dois dias depois... O último aspecto nesse caso é o
nível adequado ao usuário... [Adequar o conteúdo segundo a capacidade de compreensão
dos usuários].

Como mencionei no exame da definição de [Robert] Taylor dos processos em que se


agrega valor, estes são os três processos. Organizar a informação, analisar a informação e
resumir a informação... O último, o julgamento, cabe ao próprio cliente...

Depois de "baixar" os textos completos dos registros, selecionamos a informação que


vamos enviar ao cliente. E essa é uma atividade intelectual, que toma muito tempo e, com
freqüência, é difícil para nosso cliente compreender. Eles não sabem que precisamos de
todo aquele dinheiro [inicialmente U$ 2.800, por três meses] para fazer isso. No entanto,
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esses processos nos quais os especialistas em informação examinam toda a informação


são os mais demorados.
(KIELGAST)

(...) Em seguida, agregamos valor à informação que enviamos ao cliente eliminado as


duplicidades, as informações impertinentes, poupando, assim, o tempo do cliente. Ele lê
menos páginas que leria, e ainda assim recebe toda a informação pertinente...

Para a reelaboração ou resumo da informação, usamos um software chamado ProCite.

Passamos toda a informação por um processador de texto para envio ao cliente,


acrescentamos paginação, subgrupos, destaques em negrito,e às vezes modificamos o
título de modo que seja um pouco diferente do que era no artigo original, para nos
certificarmos de que o cliente compreenda do que se trata. Depois, temos o texto e a
informação técnica.
(KIELGAST)

Debate: prof. Aldo Albuquerque Barreto


SEMINÁRIO INTERNACIONAL VALOR AGREGADO À INFORMAÇÃO, 1995, Rio de
Janeiro. Anais... Rio de Janeiro : SENAI; DNCIET, 1997, p. 19

(...) Destaco que o valor, pelo menos em termos econômicos, é um conceito relativo, isto é,
eu valorizo a informação "a" em relação a informação "b", dentro de uma escala de
preferências que me é própria... Neste caso, o valor da informação... vai depender:
primeiro, da sua preferência pela informação "a" em detrimento da informação "b";
segundo, da competência cognitiva do indivíduo receptor em poder decodificar... terceiro,
da informação estar codificada em um código simbolicamente significante, e que o receptor
tenha condições de acesso a esse código...

Outro ponto que eu gostaria de levantar, é que agregar valor é diferente de agregar custo,
embora uma agregação de valor possa envolver custos mais elevados. Tanto a informação
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"a" quanto a informação "b", podem ter custos agregados de indexação e classificação para
seu armazenamento e recuperação, o que não representará nenhum valor para o receptor
se "a" ou "b" continuarem inacessíveis para ele, por razões simbólicas ou cognitivas. Se,
contudo, a informação "a" e a informação "b" forem reelaboradas, visando possibilitar a
melhor compreensão e a assimilação pelo receptor, teremos uma agregação de valor que
teve um custo, considerando que "a" e "b" possuem valor de uso para o receptor...

O fator essencial que trata das condições de sucesso do Valor agregado são os seguintes:
 bom conhecimento das necessidades;
 a adequação dos produtos às necessidades dos clientes;
 a execução e o fornecimento dos produtos de informação;
 a contribuição com melhores recursos para fornecer estes mesmos serviços.

Conferência do prof. Claude Jacques


SEMINÁRIO INTERNACIONAL VALOR AGREGADO À INFORMAÇÃO, 1995, Rio de
Janeiro. Anais... Rio de Janeiro : SENAI; DNCIET, 1997, p. 29

O elemento-chave do Valor Agregado é que os executivos não pagam para obter a


informação bruta, mas para ter a análise e as recomendações que dela advêm. Esta
análise e recomendações devem ser feitas por nós, especialistas da informação, que
devemos torná-las adequadas ao usuário. Mas uma coisa é certa, dentro da realidade em
que vivemos: não associar um Valor Agregado à análise e às recomendações feitas, faz
com que o usuário dispense totalmente nossa especialização. Ele será capaz de buscar a
informação por si mesmo, e de todo modo nosso trabalho será inútil... Se o trabalho for
bem feito, divulgaremos uma informação pertinente e útil à tomada de decisão... O que
devemos lhe fornecer são os elementos que facilitem suas decisões...

O aporte do Valor Agregado no fornecimento dos produtos de informação atinge


principalmente:

 conteúdo;
18

 a forma de apresentação da informação;


 mecanismo de retroação.

No plano do conteúdo, a informação deve:


 ser analisada;
 estar centrada sobre os elementos essenciais;
 ter sido validada (cruzamento de fontes);
 ser objetiva, confiável e crível.

No plano da forma, a informação dever ser:


 apresentada de modo sucinto;
 ter uma forma que atraia a atenção;
 ser adaptada ao estilo de decisão da utilização;
 estar adaptada ao nível de conhecimento do sujeito;
 personalizada.

Valor agregado a informação: da teoria à pratica


KIELGAST, Soeren, HUBBARD, Bruce A. Valor agregado a informação : da teoria à pratica.
Ciência da Informação, Brasília, v.26, n.3, p.271-276, set./dez. 1997.

Nosso método atual de executar essa tarefa de organização da informação, ou seja, a de


retirar a informação que desejamos do arquivo carregado, consiste em usar um software de
referências bibliográficas. Nós atualmente usamos o Procite e o Biblio-Link da PBS
(Personal Bibliographic Software) Inc. (Ann Arbor, Michigan). Outros dois produtos que
podem realizar essencialmente a mesma tarefa são End-Note e Reference Manager.

ProCite (http://www.procite.com)
ProCite é um software destinado à gestão de bibliografias e produção
de repositórios bibliográficos de acordo com diferentes estilos de
citação. É uma ferramenta poderosa para pesquisadores,
bibliotecários, escritores, e estudantes. Com ProCite você pode
19

realizar consultas em bancos de dados bibliográficos na Internet, pode


organizar e administrar suas referências e criar bibliografias com mais
de 600 estilos.

ProCite 5 provê uma poderosa e flexível busca em bancos de dados


na Internet, como PubMed, PsycINFO e a Biblioteca do Congresso. E,
com um clicar do mouse é possível transferir essas informações para
seu banco de dados no ProCite.

Esses sistemas foram originalmente desenvolvidos para serem usados por cientistas
quando preparam listas de referências bibliográficas para publicações técnicas diferentes,
que exigem estilos diferentes nas suas listas de referências.

O que esses sistemas permitem basicamente que se faça é a manipulação dos campos
individuais em uma ficha. O software permite que definamos quais campos de uma ficha
desejamos usar e nos permite organizar os campos dentro da ficha de acordo com nossas
necessidades. Nós usamos essas duas funções para descartar facilmente a informação.

1.2.2. Informação como produto

WURMAN, Richard. Saul. Ansiedade de informação : como transformar informação em


compreensão. São Paulo : Editores Associados, 1991. 380p.

À medida que a tecnologia de informação amadurece, o foco se desloca das máquinas


para a própria informação. O valor da tecnologia reside em sua capacidade de administrar
e explorar o produto, ou seja, na informação.

Segundo Robert Waterman... no futuro as empresas bem-sucedidas serão aquelas que


fizerem o melhor uso da informação. Estratégias empresariais eficazes serão articuladas
por aqueles que vêem informações onde os outros vêem dados e pelos que forem capazes
20

de reagir rapidamente a surpresas, isto é, a uma nova informação. Isso depende menos de
um planejamento cuidadoso do que um oportunismo informado, com igual ênfase nas duas
palavras... "você tem de obter informações inteligentes sobre sua empresa e seu ambiente
competitivo. A informação é diferencial".

Atualmente, os esforços da comunidade empresarial americana, tanto para coletar como


disseminar a informação, são freqüentemente ineficientes e mal direcionados. Dentro de
uma empresa, a disseminação da informação é quase sempre realizada por diversos
departamentos independentes e muitas vezes com pouca comunicação entre si. (...)

Taxando a informação

O direcionamento de mais companhias para a informação como um "produto" lucrativo terá


também efeito extraordinário na economia mundial. A posse da informação será
fundamental na comunidade empresarial e exigirá uma reelaboração dos princípios de
economia baseados em bens tangíveis. Se é fácil avaliar e taxar um produto, o mesmo não
acontece com a especificação da propriedade, o armazenamento, a venda, e o controle da
informação como produto.

1.3. Formas da informação

Hoje a informação realmente é uma commodity, ou seja, uma mercadoria. Todos precisam
de informações para tomar decisões. Seja a informação sobre a situação do tempo, para
escolher suas roupas antes de sair de casa, até as informações necessárias para uma
pesquisa científica.

 Commodity: produto primário, geralmente com grande participação


no comércio internacional, normalmente agrícola ou mineral

É claro que não podemos esquecer que empresas vivem e atuam nos mercados baseadas
em informações, isso é uma realidade, ainda que algumas organizações não tenham
21

percebido o fato. Já vimos o texto de Rabstein ratificando essa afirmação e por ora lembro
também de um anúncio feito no jornal Gazeta Mercantil, em 1998. O anúncio que na
realidade tinha a forma de um artigo buscava sensibilizar o empresário a comprar uma
gama de estudos setoriais realizados pela G. Mercantil. O interessante é a condução do
artigo cujo título era ‘Informação para enfrentar a crise: a matéria-prima mais importante’.
Vejamos o primeiro parágrafo do texto: “Numa época de crise e de retração do mercado, a
informação econômica – precisa, adequada e confiável – é a mais valiosa das matérias-
primas que uma empresa pode ter”. Você percebe que as condições citadas que garantem
o valor da informação (precisa, adequada e confiável) nada mais são do que a execução do
processos de tratamentos de informação (armazenamento, processamento e
disseminação), que nós bibliotecários devemos conhecer muito bem?

O emprego da informação é multiforme e variado. Em todos os segmentos da vida humana


ela é utilizada intensamente. Mesmo em atividades tidas basicamente ‘não intelectuais’, ou
seja, manuais e operativas, a utilização da informação é parte integrante do trabalho.
Podemos alegar, por exemplo, que regar um jardim é uma rotina puramente manual.
Contudo, há de se concordar que se estiver chovendo a referida tarefa torna-se
absolutamente desnecessária. Então vemos que mesmo para algo tão simples houve
processamento de dados gerando informação, ou seja, pelas condições do tempo - os
dados - decidiu-se - a informação - em realizar ou não a tarefa.

Nos negócios a informação é condição ‘sine qua non’ para o êxito. Contudo temos como
informação corporativa, não somente aquelas que se apresentam manipuláveis como por
exemplo, um artigo sobre a certificação de qualidade para uma indústria, mas também
variados tipos que muitas vezes podem não estar prontos para o uso.

O universo informacional corporativo pode abranger dados prontos para serem utilizados a
dados que necessitam ser ‘garimpados’ para tornarem-se informação. Assim cabe distinguir
o estado bruto da informação, onde temos:
22

 Informações estruturadas: são as já consolidadas em modo e forma de acesso. Ex.:


Bancos de Dados, redes de comunicação, impressos etc.

 Informações não-estruturadas: não estão consolidadas em modo e forma de


acesso, mas de certa forma contém características que possibilitem seu tratamento. São
informações coletadas especificamente sob o enfoque do tipo de atividade da empresa.
Ex.: Cartões de visita, notas fiscais, atendimento por telefone, reuniões, colégio invisível.
(VALENTIN, 1996)

Em relação a importância da informação corporativa, Ester Dyson, consultora de grande


influência na Internet, ratificou o seu valor numa entrevista, quando indagada se irão existir
mercados de venda de informação, como as bolsa de valores. Na entrevista, disse: “Não
sei se (irão existir) bolsas de informação. Mas já há, de certo modo, corretores de
informação. Há serviços que encontram informação para você e, quanto mais especial for a
informação, mais cara ela será. A informação em si não vai valer nada. Mas encontrá-la e
levá-la a quem precisa, conquistar a atenção de quem precisa, vai valer muito.”
(GUROVITZ, 1998).

Mas, quais informações as organizações que precisam gerar lucros tem necessidade?
Seriam apenas informações do mercado financeiro? Não, certamente há uma infinidade de
tipos de informações que podem ser úteis a uma organização, vejamos os principais tipos:

Informações para negócios (business information): informações que possibilitem a alta


administração, bem como à área comercial perceber oportunidades de negócios. São
informações que vão subsidiar a tomada de decisão da alta administração e que
possibilitarão aos analistas estratégicos definirem a conduta para a organização. Ex.:
Política, econômica, relações exteriores, mercados, concorrentes, clientes, comércio
internacional, tendências internacionais, marketing.

Informações tecnológicas: informações que subsidiem à área de P & D no


desenvolvimento de produtos, materiais e processos tecnológicos, bem como as que
23

monitorem a concorrência nas inovações de produtos, materiais e processos. Ex.:


Fornecedores, clientes, concorrentes, qualidade, pesquisa, desenvolvimento, produtos,
materiais, processos, equipamentos, ferramental.

Informações cinzentas (literatura cinzenta): informações de qualquer natureza, para


área e com qualquer finalidade de uso, que não são detectadas em buscas formais de
informação. Ex.: Colégio invisível (não estão inseridas em formatos ou Bases de Dados
informacionais dentro ou fora da organização. Reuniões, eventos, feiras, trocas de
informações entre pesquisadores), memória de pessoas, documentos confidenciais,
corredores informais e/ou eletrônicos (Internet).

 Literatura cinzenta caracteriza-se pela sua tiragem reduzida,


portanto, de divulgação restrita e conseqüentemente pela dificuldade
de acesso, por outro lado, ela flui com rapidez entre os pares, pelo
fato de ser "não-convencional", isto é, independe da formalização
exigida para apresentação dos documentos convencionais - livros e
publicações periódicas - que integram o grupo chamado de "literatura
branca". De acordo com depoimentos obtidos por Foskett e Hill 6,
90% das informações de que os pesquisadores necessitam são
provenientes da literatura cinzenta. Justifica-se, assim, a preocupação
com o controle bibliográfico dessa literatura que se torna
recentemente, mais acentuada, com a proliferação de fontes
impressas e em CD-ROM... (Poblacion, 1995)

1.4. Information Overload, a Sobrecarga de informação

Leitura recomendada:
BAPTISTA, Dulce Maria. Do caos documentário a gerência da Informação. Ciência da
Informação, Brasília, v.23, n.2, p.239-248, maio/ago. 1994.

DERTOUZOS, Michael. O que será? São Paulo : Companhia das Letras, 1997.
24

Information Overload (Sobrecarga da informação): o aumento geométrico na produção


de documentos; aumento, principalmente fomentado pelas facilidades das novas
tecnologias de comunicação.

A explosão documentária aumentou significativamente a dificuldade de recuperar a


informação pertinente em sistemas manuais. Como comparação do vertiginoso
crescimento documentário, temos em princípios do século XIX a existência de apenas cem
publicações periódicas em todo o mundo; em 1850, essa quantidade aumentou para mil e,
em 1900, para mais de dez mil; atualmente são publicados cerca de cem mil periódicos
científicos e técnicos. Com toda essa carga informacional, fica uma pergunta: como saber
onde recuperar a informação desejada?

As bibliotecas durante muito tempo, consoante com suas atividades de acesso aos
documentos, tinham uma única e sólida política para o desenvolvimento de coleções,
sendo sua premissa principal a crescente aquisição de exemplares. Tanto que um dos
parâmetros para averiguar a ‘qualidade’ de uma biblioteca era o número de títulos
constantes no acervo. Isto é, a quantidade da coleção permitia um melhor atendimento,
pelo fato do documento estar a mão quando solicitado pelo usuário.

Contudo esse modelo tradicional de administração tem, em nossos tempos, sérias


limitações. A primeira delas não é técnica, mas sim econômica; torna-se impossível
economicamente dispor à pesquisadores todos os materiais publicados mundialmente. E
as limitações seguintes perfazem a seqüência dessa última; ainda que fosse possível ter
tudo, não seria possível processar, armazenar e recuperar.

O estudo do problema da sobrecarga da informação começou cedo. Paul Otlet, na década


de 30, aventava a possibilidade da criação de um sistema mundial para controle de
informações científicas. Suas idéias passavam desde a criação de descritores de assunto
em catálogos a inovações na publicação e disseminação dessa informação. Sua
contribuição prática deu-se no âmbito da classificação de assuntos; através de seu
25

trabalho surgiu a CDU (Classificação Decimal Universal). Otlet ainda imaginou sistemas de
controle para a informação, tais como máquinas que armazenassem e processassem a
informação (VILAN FILHO, 1994).

 CDU (CLASSIFICAÇÃO DECIMAL UNIVERSAL)


Abreviada e internacionalmente conhecida pela sigla CDU (nos países
de língua portuguesa), é um sistema e conceitos hierarquicamente
estruturados em grandes classes, destinado à classificação do
conhecimento e dos suportes físicos de seu registro, a que
denominamos genericamente documentos: livros, folhetos, revistas,
discos, fitas de áudio, discos fonográficos convencionais, discos laser
etc.

A CDU não foi concebida inicialmente como um sistema de


classificação para livros exclusivamente, mas como um meio de
indexar e organizar grandes fichários documentários, que deveriam
incluir tanto livros como todo tipo de documentos. A CDU tem
demonstrado sua utilidade na indexação de grandes coleções em
ciência e tecnologia, onde devieras expansões foram desenvolvidas
para poder acompanhar a evolução dos conhecimentos. Símbolos
especiais de pontuação permitem relacionar os números das classes,
os pontos de vista etc.

As novas tecnologias criaram o “problema”, mas também múltiplas soluções. As novas


maneiras de tratamento, armazenagem e acesso às informações, proporcionadas por
dispositivos de hardware e software, permitem hoje uma incomparável rapidez no
processamento da informação.

Após Otlet, temos outro pesquisador às voltas com o problema da explosão documentária.
É Vannevar Bush, um renomado cientista do MIT. Bush, no célebre de 1945, “As we may
think”, discorre sobre a “a tarefa massiva de tornar mais acessível, um acervo crescente de
26

conhecimento”. Desta forma, Bush, identifica o problema da explosão de informações. Em


seu estudo, ainda aponta a solução, a própria tecnologia de informação. Uma máquina
chamada Memex, também passou por seus planos. Esta deveria ser capaz de armazenar e
recuperar documentos de uma maneira muito próxima ao processo realizado pelo cérebro
humano, isto é, através da associação de idéias. Este projeto, que é o precursor de
sistemas hipertexto, bibliotecas virtuais etc., nunca chegou a ser realizado pelo simples fato
de, em 1945, não haver tecnologia que o suportasse.

Esses teóricos do passado já vislumbravam um hiato de informação que passava


despercebido. Profetizavam eles que em pouco tempo o problema da falta de informação
seria substituído pelo problema do excesso da informação; o que na realidade induz a
mesma falta de informação. Um exemplo atual é a Internet. Numa simples pesquisa
Searches Engines da Web temos dezenas, centenas e até milhares de respostas. Tão
inútil quanto não ter resultado algum, é tê-lo de uma forma que se torne impossível sua
análise.

O crescimento dos meios eletrônicos de comunicação, são apontados por Dholakia,


Mundorf e Dholakia (1997), como responsáveis pelo declínio do processamento da
informação. E conceituam a sobrecarga de informação (Information Overload) como a
lacuna entre a informação disponível e informação utilizável.

Exemplo: busca na Internet (2010) do termo história da educação:


Google: 16.700.000 resultados.
Google Acadêmico: 434.000 resultados.
Bing: 71.600 resultados.

Michael Dertouzos, propõe a utilização das armas do “inimigo” para vencermos o gigante
da sobrecarga de informações. Em seu livro O que será?, quando enfatiza a produção
independente de informação em mecanismos como a Internet, afirma que uma das
27

soluções à sobrecarga seria a atuação de intermediários que, de acordo com o perfil do


cliente, filtrassem os dados. Vejamos o texto a seguir:

A mesma situação ocorre no caso da livre troca de informações. Embora seja igualitário,
nobre até, haver a possibilidade de todos escreverem o que quiserem, e ‘publicar’ isso
livremente no Mercado de Informação, o resultado será o mesmo: uma enorme pilha de
info-junk que a maioria de nós não se interessara em ler. Aqui, também, sentiremos a
necessidades de intermediários da palavra escrita... Será que os programas gerenciadores
cuidarão disso? Duvido, pois lhes faltará inteligência suficiente para a tarefa. É mais
provável que as pessoas recorram a editores e críticos de carne e osso, que possam usar
seu discernimento para separar as pérolas no meio da pilha de lixo.

Portanto os intermediários não desaparecerão. Pelo contrario, vários tipos prosperarão. Os


mais valorizados serão aqueles capazes de atender aos segmentos do Mercado de
Informação mais confusos com o maior potencial de personalização. (Dertouzos, 1997)

Em mais um trecho do livro, o pesquisador do MIT, prevê que a informação indesejável , a


info-junk (junk = refugo), deve ser separada com o auxílio da informática por profissionais
preparados e capacitados para isso.

Na Era da informação, devemos dedicar muito esforço para afastar e filtrar informações
indesejáveis, ou info-junk.

Os procedimentos de automatização, na forma de “gerenciadores”, ajudarão bastante, mas


já analisamos as dificuldades que limitarão seu impacto mais amplo. Isso deixa muito
espaço para companhias e indivíduos que poderão nos ajudar a descobrir e adequar
serviços... precisaremos de intermediários, corretores, editores e outras pessoas e
organizações para nos ajudar a navegar em meio a tanta informação...

(...) a chegada do novo mundo da informação, dizem, aproximará as pessoas, eliminando


intermediários... isso ocorrerá se os custos de intermediação forem iguais ou superiores ao
28

custo de fazer exatamente a mesma coisa, no Mercado de Informação, sem a ajuda dos
intermediários... Mas a simples ligação entre produtores, consumidores de informação e
serviços de informação por meio do Mercado de Informação não elimina os intermediários.
O pandemônio não terá precedentes. Inundados pela montanha de lixo, seremos
incapazes ou nos revoltaremos contra a idéia de passar a vida separando o joio do trigo.
Daremos muito valor aos intermediários que realizarem essa tarefa repulsiva para nós. E,
ao nos valermos desses intermediários, perceberemos que eles tem outras características
que valorizamos, como reputação, que não pode ser facilmente duplicada no cenário da
compra direta. (Dertouzos, 1997)

A sobrecarga da informação não é assunto fácil. Otlet e Bush, no passado enfatizavam,


ainda quando não havia tecnologia suficiente para seus projetos, que a solução ao
problema seria a tal tecnologia. Dertouzos, já em nossos tempos, como pesquisador do
MIT, e dessa forma com uma visualização atual da ciência, propõe que a solução, mais do
que tecnológica é humana.

Uma palavra em busca de definição


WURMAN, Richard. Saul. Ansiedade de informação : como transformar informação em
compreensão. São Paulo : Editores Associados, 1991. 380p.

(...) Dados brutos podem ser informação, mas não necessariamente. A não ser que sejam
usados para informar, não têm valor intrínseco. Eles devem ser imbuídos de forma e
aplicados para se tornar informação significativa. Contudo, em uma época faminta de
informação como a nossa, freqüentemente permite-se que passem por informação.

Assim, a grande era da informação é, na verdade, uma explosão da não-informação - uma


explosão de dados. Para enfrentar a crescente avalanche dos dados, é imperativo fazer a
distinção entre dados e informação. Informação deve ser aquilo que leva à compreensão.
Cada um precisa dispor de uma medida pessoal para definir a palavra. O que constitui
informação para uma pessoa pode não passar de dados para outra...
29

No tratado The mathematical theory of communication [A teoria matemática da


comunicação], publicado em 1949, e que constitui um marco no assunto, Claude Shannon
e Warren Weaver definem a informação como aquilo que reduz a incerteza.

1.5. Automação da Informação

Leitura recomendada:
ROWLEY, Jennifer. Informática para bibliotecas. Brasília : Briquet de Lemos, 1994.
Cap.13, p.236-260.

De uma maneira geral, para que a informação seja processada é preciso que ela tenha
forma. Ou seja, que esteja sobre um suporte: madeira, pedra, papel etc. Pode-se
facilmente verificar que esses materiais são documentos, pois contém informação. Será
que o mesmo raciocínio se aplicaria a um arquivo de computador? Qual seria a definição
para ‘documento’?

Estamos acostumados a entender documentos como suportes da informação, porém a


informação pode existir sem suportes físicos e nem por isso deixaria de ser um documento.
Basta voltar nossa atenção à Internet. Pense numa informação qualquer na rede, ela
estaria sob a forma de documentos materiais? É bem provável que não! Ela estaria
disponível digitalmente, num substrato magnético ou óptico (hard disks ou compact disks)
que não podem ser entendidos especificamente como suportes de informação. Desta
forma vemos que Documentação se refere especificamente à informação.

Processamento da Informação

As tarefas básicas de processamento da informação compreendem o chamado ciclo


documentário, o qual nada mais é do que a preparação da informação para sua utilização.
30

O ciclo documentário está apoiado em duas bases, como expõe Lucas (1997), uma é a
“fabricação de informações documentárias” e outra, a “recuperação da informação”.
Aprofundando, como trata a autora o primeiro item: “supõe a transformação de um objeto
(documento) em um outro objeto (informação documentária) por meio de operações de
análise e de síntese. Sua função é a de permitir selecionar, de um universo de objetos,
aqueles que poderão responder a uma necessidade de informação.”

Cabe ressaltar que a recuperação da informação, pertencente ao ciclo documentário,


engloba tarefa importantíssima a “instrução e orientação para o usuário final”, como aborda
Taparanoff (1995).

Com as novas tecnologias o ciclo documentário tende a ser otimizado e em algumas


circunstâncias é completamente alterado. Um exemplo é a armazenagem de documentos.
Com o armazenamento magnético/digital de informações (disquetes, discos ópticos,
sistemas híbridos etc.) e do teleprocessamento podemos obter e armazenar a informação
(documentos) eletronicamente. Com isso a distribuição, antes física, torna-se digital,
podendo assim surgir novas formas de trabalho como o fornecimento de documentação por
demanda; um método que tende a ganhar espaço frente a cultura de aquisição física do
material.

1.6. Informação na Inteligência Competitiva

BATTAGLIA, Maria da Glória Botelho. A Inteligência Competitiva modelando o Sistema de


Informação de Clientes - Finep. Ciência da Informação, Brasília, v. 28, n. 2, May 1999.

O conceito de inteligência competitiva surgiu na década de 80, como uma disciplina capaz
de integrar o planejamento estratégico, atividade de marketing e de informação,
objetivando o monitoramento constante do ambiente externo, com respostas rápidas e
precisas à empresa no que diz respeito aos movimentos do mercado. O que torna o
processo de inteligência competitiva diferente é a geração de resultados em horas ou dias,
em vez de semanas e meses, normalmente requeridos com as metodologias tradicionais
31

de pesquisa e planejamento, além da ênfase em perspectivas estratégicas em vez de


exatidão numérica. O tempo para a inteligência competitiva é fator fundamental para que
seu uso possa antecipar. Caso contrário, a informação deixa de ter um valor de agregação,
de inovação, de progresso, de estratégia. Na verdade, o valor da informação está
diretamente relacionado à otimização do seu uso, e este é determinado por uma demanda
e pela velocidade com que se aplica o resultado do levantamento dos mais variados tipos
de informação.

Neste contexto, a inteligência competitiva é sinônimo de capacidade de antecipar as


ameaças e novas oportunidades por meio da informação validada para a tomada de
decisão, em um processo contínuo em que a informação é transformada em conhecimento
no processo decisório da empresa, cujo resultado final é na verdade "informação com valor
agregado". Um sistema genérico de inteligência competitiva deve ser capaz de contemplar
as dimensões tecnológica, econômica, política e social. Funciona como uma antena na
identificação de novas oportunidades e sinais de mudança do ambiente. Ao mesmo tempo,
ajuda a empresa a não perder o foco estratégico no processo de coleta, armazenamento e
análise da informação. Necessita portanto, da estrutura de um programa sistemático de
coleta e análise de informação em fontes diversas, formais e informais e em redes de
especialistas. A Inteligência Competitiva trata da informação estratégica para a tomada de
decisão, cuja coleta passa por várias fontes e tipos de informação e a análise é elaborada
por diferentes especialistas. Envolve dados econômico-financeiros, de mercado, cenários,
clientes, fornecedores, transformados em "informação com valor agregado" para a tomada
de decisão e, ao mesmo tempo, monitora as metas estratégicas da empresa.

A informação organizada, sistematizada e automatizada tem papel relevante nos dias de


hoje, no mundo em que a hiperinformação é uma realidade, especialmente quando
pensamos na Internet, a maior rede mundial de computadores, que diminui distâncias,
derruba fronteiras, com grande capacidade de integração e é o próprio símbolo de
associação de velocidade, tecnologia e informação. No entanto, é necessário saber usá-la,
não só no sentido de nos mantermos atualizados, mas sobretudo porque se manter
32

informado e saber usar bem a informação é uma vantagem competitiva, a inteligência


competitiva consolida esta afirmação.

A organização da informação em sistemas e redes, tendo como ferramentas de suportes


equipamentos de alta velocidade, com grande capacidade de armazenamento e
recuperação, provocou mudança de paradigma e nos levou ao mundo encantado da
informação, onde praticamente o apertar de um botão muda a compreensão das coisas e
nos leva a um mundo sem fronteiras, mas altamente competitivo. Capra afirma que "pensar
sistemicamente" inverteu o paradigma científico: onde se supunha que o todo era
compreendido a partir de suas partes, hoje o entendimento é a partir da dinâmica do todo.
Ao mesmo tempo, o pensar sistêmico provoca a mudança do pensar em termos de
"estrutura" para se pensar em termos de "processo", onde a estrutura é uma manifestação
do processo. O pensamento sistêmico permite a relação de redes que representam os
fenômenos em observação. Hoje, as organizações são vistas como um todo orgânico, e
esta nova forma de olhar é oriunda do trabalho de Bertalanffy. Organizar a informação em
sistemas e em redes permite que a informação flua velozmente e, portanto, é de
importância capital para a sociedade da informação, para a empresa moderna e para a
própria Inteligência Competitiva.

A Inteligência Competitiva está fundamentada na informação, na informação formal e


informal, na informação estruturada em sistema de informação e pode ser definida como
"um processo formal por meio do qual as informações são coletadas, processadas e
disseminadas dentro da empresa nos níveis estratégico e tático, visando à definição e à
execução de suas estratégias, bem como a avaliação de sua efetividade". Portanto, o
Sistema de Inteligência Competitiva foca as metas estratégicas e o posicionamento no
mercado, sua matéria-prima é a informação, advinda de uma demanda, de uma
necessidade da empresa em se manter competitiva e dominar o seu mercado. Tem como
característica principal o rastreamento e a identificação de ameaças e novas oportunidades
para manutenção de posição no mercado.
33

Tecnologias da Informação e impacto na formação do profissional da informação


(Marcondes)

(...) O impacto das tecnologias da informação nas bibliotecas e suas conseqüências na


formação profissional tiveram um reflexo importante na literatura da área (LANCASTER, 1994),
inclusive no Brasil. Embora diferentes autores brasileiros concordassem sobre a importância
da questão, as concepções que embasam as propostas diferem em relação a que papel o
profissional de informação deveria desempenhar na operacionalização das tecnologias de
informação nas bibliotecas. CUNHA (1991) sugeria que os estudantes de biblioteconomia
deveriam se familiarizar, desde os bancos escolares, com o uso do computador. Propostas
como as de CARLSON (1986), PARANHOS (1985) e MARCONDES (1989) sugeriam que o
profissional de informação deveria se capacitar em programação e análise de sistemas, para
poder participar no desenvolvimento de sistemas bibliográficos. O próprio currículo mínimo de
biblioteconomia, aprovado em 1982 pelo Conselho Federal de Educação indica que deveriam
ser oferecidas disciplinas conteúdos de elementos de análise de sistemas e computação
(BRASIL, 1982). Por essa época a questão da participação de profissionais de informação em
equipes de desenvolvimento de sistemas bibliográficos estava colocada concretamente na
realidade brasileira. A reserva de mercado para produtos de informática vigente no país na
década de 80 não deixava praticamente nenhuma opção às bibliotecas que quisessem se
automatizar senão o desenvolvimento de sistemas próprios. E este foi o caminho seguido por
diversas bibliotecas brasileiras, principalmente as maiores.

Hoje a realidade é outra. Especificamente em relação a automação de bibliotecas, a abertura


do mercado brasileiro a partir dos anos 90, o ingresso de produtos internacionais, colocam
para o profissional de informação uma realidade não mais do desenvolvimento de sistemas,
mas sim da avaliação e seleção de produtos. A tecnologia da informação está presente de
forma muito mais abrangente em todas as etapas do trabalho informacional. Automatizar o
acervo de uma biblioteca é hoje somente uma das facetas do emprego de tecnologia da
informação nas práticas informacionais

Impacto das tecnologias da informação nas práticas informacionais


34

LÉVY (1993) considera que as novas tecnologias da informação, da mesma forma que a
invenção da escrita por volta de 3000 a.C. e da imprensa por Gutemberg, no século XV,
são tecnologias da inteligência, no sentido de se constituírem em novas ferramentas
cognitivas. Na medida em que viabilizam novas possibilidades cognitivas, possibilitam um
salto qualitativo em nossos possibilidades de raciocínio e apreensão de conhecimento. O
trabalho de Lévy é emblemático de uma série de outras colocações, que vinculam de forma
definitiva o trabalho informacional com a questão da gestão do conhecimento e da
inteligência (FARRADANE, 1980; DEDIJER, 1987; MIRANDA, 1995; BORGES, 1995).

As novas tecnologias de informação transformaram de maneira fundamental as práticas


informacionais, na medida em que operaram a separação entre suporte e informação. A
partir daí, toda uma prática informacional baseada nos suportes esta tendo que ser
repensada, trazendo novos problemas conceituais e, consequentemente, didáticos. A
diversidade de novos documentos em meio eletrônicos - hipertextos, imagens - também
diminui o peso relativo do livro em relação a outros materiais e as facilidades de acesso
propiciadas pelas rede demandam que sejam pensadas novas formas de tratamento e
recuperação dos mesmos.

Simultaneamente, outros impactos se dão também pelo lado do usuário, propiciando novas
facilidades de acesso e tendendo a alterar profundamente o papel desempenhado pela
biblioteca, tradicional intermediária entre os usuários e recursos informacionais. Com o
acesso às redes, os usuários tendem a se tornar mais autônomos. Entre nós no entanto,
muitos usuários ainda não descobriram as potencialidades das novas tecnologias, o que
abre todo um novo espaço para um trabalho informacional de promover, capacitar,
organizar e prover o acesso a esses novos recursos (G ONÇALVES, 1998).

A partir do advento da Internet, na década de 90, a quantidade de informação disponível


em meio eletrônico passa a crescer exponencialmente. As políticas de acervo de todas as
bibliotecas tem que ser repensadas a luz dessa nova realidade. Todo o ciclo informacional
que incluía etapas com identificação, localização, acesso ao documento, manipulação e
35

uso deve ser repensado. O foco do trabalho informacional se desloca do tratamento para a
facilitação do acesso; a “explosão informacional” torna mandatório que sejam
desenvolvidas novas propostas de “catalogação na fonte” de documentos eletrônicos como
por exemplo o Dublin Core (WEIBEL).

Tudo isso aponta para a necessidade de um novo pacto com os usuários, para um novo
papel, para sua incorporação definitiva nas práticas informacionais, para um papel mais
fundamental dos mesmos na co-gestão, sustentação e nas práticas do dia-a-dia das
unidades de informação.

Ora, informação é meio; só tem sentido como viabilizadora de outros fins demandados pela
sociedade: cultura, ciência, ensino / aprendizagem, atividades econômicas. Mais do que
nunca entre nós, precisa ser repensada a “utilidade social” da biblioteca, sua visibilidade. O
conceito de demanda social é útil para analisar as instituições de informação brasileiras e
sua relação com os usuários. Sobre isso S HERA (1971, p. 11) nos adverte: O objetivo da
biblioteconomia seja qual for o nível social que deva operar é aumentar a utilidade social
dos registros gráficos, seja para atender à criança analfabeta absorta em seu primeiro livro
de gravuras, ou um erudito absorvido em alguma indagação esotérica. Diante da
intangibilidade do nosso objeto de trabalho, utilidade social, visibilidade, demanda social
devem ser buscados obsessivamente pelas bibliotecas. A tecnologia da informação deve
ser vista como potencializadora de novos e melhores serviços aos usuários, aumentando a
utilidade social da biblioteca. Nessa perspectiva, vejamos como essas questões se refletem
no ensino.”

Marcondes, Carlos H. Tecnologias da Informação e impacto na formação do profissional da


informação. In: Tercer Encuentro de Directores y Segundo de Docentes de las Escuelas de
Bibliotecología del Mercosur. Disponível em: <http://www.utem.cl/deptogestinfo/11.ok.doc>.
Acesso em: fev. 2004.
36

1.7. Arquitetura da Informação

Definição
Arquitetura da informação é “a estruturação e organização dos dados envolvidos no
processo de armazenamento, recuperação, apresentação das informações recuperadas,
interfaces e personalização”, pois ela aborda todas as etapas de desenvolvimento de uma
biblioteca digital, incluindo desde o levantamento de requisitos até a manutenção da
mesma. (CAMARGO, 2006)

Richard Saul Wurman popularizou a expressão “arquitetura da informação” em meados da


década de 60, definindo-a como uma estrutura ou mapa de informação que permite que as
pessoas/usuários encontrem seus caminhos pessoais para o conhecimento.

A arquitetura da informação, de um modo geral, unifica os métodos de organização,


classificação e recuperação de informação advindos da área de Biblioteconomia, com a
exibição espacial da área de arquitetura, utilizando-se de tecnologias de informação e
comunicação, em especial, da Internet.

Segundo o especialista Louis Rosenfeld a Arquitetura da Informação (AI) é uma intersecção


de três áreas:

 usuários: quem são eles e quais informações procuram ou precisam


 conteúdo: volume, formato, estrutura, organização
 contexto: modelo de negócio, valores do negócio, política, cultura, recursos

Em um sentido mais amplo, a arquitetura da informação simplesmente se constitui de uma


série de ferramentas que adaptam os recursos às necessidades de informação. Um projeto
bem implementado estrutura os dados em formatos, categorias e relações específicas. A
arquitetura, vista deste modo, faz a ‘ponte’ entre o comportamento, os processos e o
37

pessoal especializado e outros aspectos da empresa, como métodos administrativos,


estrutura organizacional e espaço físico. De uma perspectiva ecológica, a arquitetura inclui
não apenas modelos de engenharia mas também mapas, diretórios e padrões. Essas
ferramentas as podem ser automatizadas fixadas em documentos ou podem simplesmente
estar na mente ele um único especialista

Um dos motivos que levam ao uso da arquitetura vem do fato de que as informações
normalmente encontram-se muito dispersas nas organizações. Elas provêm de muitas
fontes, são usadas para finalidades variadas, ficam armazenadas em uma diversidade de
meios e formatos. Não de surpreender que os funcionários de muitas empresas, tenham
dificuldades em acessar dados. Um levantamento estimou que os gerentes passam 17 por
cento de seu tempo (um total de seis semanas por ano) buscando informações. Se o
acesso é assim tão difícil não é de se estranhar que as empresas gastem milhões de
dólares duplicando dados que já existem.

Qualquer fornecedor de informação pode agregar valor à informação ao torna-la mais


acessível. A arquitetura informacional, ao conduzir o usuário ao local onde os dados se
encontram, melhora muita a possibilidade de estes serem utilizados de maneira eficiente, e
a informação já obtida pode ser mais facilmente utilizada. Quando os usuários sabem que
tipo de informes estão disponíveis, dificilmente comprarão ou criarão a mesma informação
- o que, evidentemente, também ajuda a baixar os custos de aquisição e armazenamento.
Embora poucas empresas calculem seus gastos nesse campo, as grandes organizações
frequentemente enfrentam problemas com informações redundantes.

(DAVENPORT, 1998)

1.7.1. Arquitetura da Informação na Biblioteconomia

Objetivos
Construir uma biblioteca digital e/ou WebSites envolve coleções de documentos digitais em
vários formatos, mídia e conteúdo, associados a componentes de hardwares e softwares
38

que operam em conjunto através de diferentes formatos de dados e algoritmos, várias


pessoas, comunidades e instituições com diferentes objetivos, política e cultura. Sendo
assim, a arquitetura da informação é um dos fatores importantes em uma biblioteca digital
ou em qualquer tipo de site, pois essa arquitetura determina a disposição do conteúdo e a
estratégia de navegação do usuário.

O objetivo de uma arquitetura da informação é "criar um ‘mapa’ abrangente dos dados


organizacionais e em seguida construir um sistema baseado nesse mapa. A palavra
Arquitetura no dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira significa ‘arte de criar
espaços organizados e animados [...] ou plano, projeto’. A arquitetura da informação, de um
modo geral, unifica os métodos de organização, classificação e recuperação de informação
advindos da área de Biblioteconomia, com a exibição espacial da área de arquitetura,
utilizando-se de tecnologias de informação e comunicação, em especial, da Internet.
(CAMARGO, 2006)

1.7.2. O que há de errado com as bibliotecas?

Antes da ampla utilização dos computadores, o ambiente da informação empresarial


assemelhava-se a uma biblioteca tradicional. Informações específicas sobre tudo –
clientes, funcionários, divisões e produtos – eram arquivadas e guardadas para posterior
recuperação. Os arquivistas deviam selecionar , etiquetar e guardar o material nas estantes
de acordo com um esquema consistente de classificação. Ocasionalmente, alguém teria a
necessidade de utilizar o arquivo , levando-o para fora da área de armazenamento. Em
geral, os arquivos continham informações sigilosas, que interessavam a várias pessoas;
em função disso seu acesso e deslocamento era limitado. Em algumas organizações
atuais, como serviços de saúde que lidam com registros de pacientes, ainda hoje esse
sistema se mantém.

Nesse tipo de ambiente, os quadros técnicos preocupam-se primariamente com a


conservação da informação. Esse esquema demanda atenção concentrada em indexação,
catalogação, distribuição, busca e recuperação de documentos – atividades que podem ser
realizadas com eficiência muito maior pelas tecnologias da informação do que por
39

funcionários. Na realidade, o modelo de administração da informação em bibliotecas em


não foi transformado com o advento do computador, apenas ampliado. Embora o
desempenho das máquinas tenha proporcionado novas formas de comunicação,
desenvolvido outras fontes e descentralizado a obtenção e a gestão da informação, a TI
tem sido usada, em grande parte dos casos, para reproduzir o sistema baseado no registro
em papel, anterior aos meios eletrônicos. Os novos bibliotecários tornaram-se
administradores de bancos de dados e operadores de grandes computadores. Todas as
informações foram centralizadas em poucos computadores, e o acesso foi estritamente
controlado. Os usuários podem obter novos dados apenas indiretamente, com a ajuda de
um programador de banco de dados. Todos os bibliotecários informatizados mantiveram
seu foco de trabalho na preservação das informações.

Em uma época em que os registros são feitos em papel e os recursos para o


processamento de informações são limitados, o modelo de bibliotecas para o
gerenciamento de informações era bastante lógico. No caso de alguns tipos de
documentos, esse modelo continua necessário ainda hoje. Relatórios técnicos decisivos,
segredos comerciais, informação financeira estratégica, registros de funcionários e
documentação fiscal são informações que devem ser cuidadosamente preservadas e
controladas.

O antigo modelo de biblioteca tem também outros pontos fortes. O item decisivo é que, ao
enfatizar a necessidade de julgamento e de trabalho humanos, torna-se superior a
qualquer visão utópica acerca de um cérebro artificial gigante. A tarefa de categorizar
dados e organiza-los em uma biblioteca, por exemplo, somente podem ser
desempenhadas por pessoas. Na verdade, uma pesquisa recente entre gerentes
responsáveis por bibliotecas mostrou que uma das tarefas mais importantes dos
bibliotecários é conduzir levantamentos. Os bibliotecários têm uma posição garantida no
quadro de informações de uma empresa, particularmente porque sua história profissional –
ao contrário do que acontece com os programadores e profissionais de SI – os predispõem
ao contato direto com os usuários.
40

Ainda que o papel do bibliotecário possa incluir a difusão de dados, ele está mais habilitado
a lidar com conteúdos. Bibliotecários estão mais familiarizados com as informações com
que lidam que a maior parte dos profissionais da informação. Administrando não só com
informações de fontes internas, mas também as obtidas externamente, bibliotecários
empresariais começaram a expandir o escopo de suas atividades e a trabalhar mais
diretamente com os usuários. Dessa forma, souberam usar seus serviços para conferir
vantagem competitiva à empresa.

Ainda assim, a maior parte dos dados que circulam regularmente nas empresas não pode
ser administrada de maneira rentável como se fosse um livro de biblioteca. Uma equipe de
informação que considera sua atribuição apenas facilitar a manutenção de uma biblioteca –
seja ela em papel ou baseada em computador – estão ignorando dados importantes:

Bibliotecários são depositários passivos do conhecimento. Informações que entram só


saem caso sejam solicitadas pelos usuários. Embora a obrigação do pessoal especializado
não seja ‘empurrar’ todos os dados para o usuário, ele deve deixar claro que tipo de
informações está disponível.

Bibliotecários priorizam a preservação das informações. O ponto de honra de qualquer


arquivo público ou biblioteca é a preservação de registros históricos em benefício de
futuras gerações. Contudo um lado desagradável disso é a tendência de todo o
bibliotecário de tomar o usuário como uma ameaça em potencial – ladrões, vândalos ou
simplesmente tolos desastrados que poderão respingar café nas páginas de um livro
valioso. Um estudo sobre bibliotecários universitários constatou que se sentem melhor no
desempenho de suas funções caso haja maior vigilância sobre o acervo, ainda que isso
implique menor acesso dos usuários aos documentos. O mesmo é verdade para os
administradores de bancos de dados: esses fornecedores de informação podem ser
excessivamente zelosos no sentido de proteger o acervo contra pessoas estranhas ou não
à organização, a ponto de essa atitude restringir o acesso às informações.
41

Bibliotecas não criam nem melhoram informações. Em vez disso, elas tombam, catalogam,
e armazenam informações. Raramente as sintetizam ou reestruturam; deixam essa tarefa
para o usuário. Contudo, em um ambiente ecologicamente orientado, a equipe de
informação deve constantemente gerar novos significados a partir dos dados armazenados.

Um modelo de biblioteca implica um repositório físico. Bibliotecários estão sempre


preocupados em representar seu acervo de forma atraente e efetiva. A instalação física
também favorece a proteção do acervo: “caso sejam colocados em circulação, exemplares
de periódicos podem ser inteiramente perdidos ou marcados, copiados ilegalmente e
mutilados antes de serem devolvidos à biblioteca”. Entretanto tecnologias
computadorizadas e xerográficas tornaram os estoques físicos de informação um fator
obsoleto. Por diferentes razões, poucos gerentes e funcionários, em empresas ocidentais
aproveitam os recursos das bibliotecas. O motivo mais óbvio é a falta de tempo. É raro
sobrar tempo para visitar a biblioteca da empresa na hora do almoço, uma vez que não só
a biblioteca, mas até a própria hora do almoço está desaparecendo...

(DAVENPORT, 1998)

1.8. Informática Documentária

Definição
A definição mais satisfatória encontrada para Informática Documentária é: "o conjunto de
aplicações da Informática à Documentação, técnica que se refere às intervenções da
Informática nas diversas fases de produção e utilização de documentos: produção de
textos, difusão pelo editor, gestão pela biblioteca, análise e indexação para a constituição
de bases de dados bibliográficos e para a difusão seletiva, e softwares para a pesquisa
nestas bases de dados "(DEWEZE,1994, p.1). Segundo o autor, estas aplicações
especificamente documentárias permitem ao estudante de Ciência da Informação fazer a
ponte entre o ensino da Documentação e as técnicas informáticas, além de contribuir para
colocar e analisar corretamente os problemas de Documentação em vista de sua resolução
informática...
42

(...) com origem na França, o termo Informatique Documentaire foi adotado em outros
idiomas como o espanhol (Informática Documental) e o português (Informática
Documentária). Já em inglês, não há uma expressão ou termo similar.

No caso da língua portuguesa, o emprego do termo no Brasil, refere-se de uma forma


geral, a comentários sobre o bibliotecário frente às novas tecnologias do mercado, muitos
relatos de experiência de automação de bibliotecas e de bibliotecas virtuais, cada vez mais,
estudos de caso sobre características de softwares e recursos desejáveis dos mesmos,
além da representação descritiva automatizada realizada pela adoção de formatos de
registro bibliográfico com fins de intercâmbio de dados, seguindo os modelos encontrados
em língua inglesa. De fato, não é um termo exaustivamente utilizado no país...

Já a literatura em língua inglesa não possui termo que corresponda à Informática


Documentária. Os termos encontrados que, somados, aproximam-se desta expressão são
Library Automation (Automação de Bibliotecas) e Information Retrieval (Recuperação
da Informação). (ORTEGA, 2002)

1.9. Sociedade da informação

Definição
Entende-se por sociedade da informação como um estágio de desenvolvimento social
caracterizado pela capacidade de seus membros (cidadãos, empresas, poder público) de
obter e compartilhar qualquer informação, instantaneamente, de qualquer lugar e da
maneira mais adequada. A sociedade da informação designa uma forma nova de
organização da economia e da sociedade.

Na sociedade da informação as pessoas têm capacidade de gerar e armazenar suas


próprias informações bem como dissemina-las e ter acesso às informações de terceiros.
Essa mudança comportamental permite o acesso à informação que pode desencadear uma
43

série de transformações sociais, pois provocam mudanças nos valores, nas atitudes, e no
comportamento, mudando com isso também a cultura e os costumes da sociedade.
(PALHARES. Disponível em: http://dici.ibict.br/archive/00000494/)

Oriunda de países industrializados, noção de Sociedade da Informação (SI) tem sido um


dos principais traços característicos do debate público sobre o desenvolvimento no século
XXI, estimulado por propostas políticas desses países e de debates acadêmicos que
buscam explicitar sua imprecisão conceitual em relação às mudanças do mundo
contemporâneo e contribuir para participação de todos nos esforços favor de seu
desenvolvimento.

Estudos sustentam que noção de SI surge como um fundamento dentro das tendências
voltadas para o estabelecimento da infra-estrutura para dar suporte o avanço à tecnologia
de rede e às novas exigências do mercado, tendo informação como um bem social e
elemento de emancipação da cidadania e da ação governamental sem, contudo, se
plasmar num perspectiva igualitária sobre os benefícios que iria oferecer à sociedade.

(NHARRELUGA)
44

2. NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO

Definição
Tecnologias de informação podem ser definidas como o conjunto de técnicas,
equipamentos e processos necessários à geração, processamento e uso da informação.

Novas tecnologias compreendem um conjunto de aplicações de descobertas cientificas,


cujo núcleo central consiste no desenvolvimento de uma capacidade cada vez maior de
tratamento da informação, bem como de sua aplicação direta no processo produtivo..."
(SARITA, 1998)

Há algum tempo o termo Novas Tecnologias da Informação (NTI), ou simplesmente


Tecnologias da Informação (TI), era principalmente utilizado para expressar o avanço
tecnológico ligado á área de informática ou telecomunicações. Hoje o sentido das NTI é
diverso e abrange não só os equipamentos e softwares, como no passado recente
(décadas de 60/70 e 80), mas também metodologias e processos que influenciam os mais
variados setores do conhecimento humano, tais como educação, cultura, medicina etc.

Abaixo temos um extrato do texto “Otimização dos serviços de informação através das
novas tecnologias...” de Cláudia Lopes, através dele é possível ter uma idéia introdutória
sobre as Novas Tecnologias da Informação e sua influência na biblioteconomia.

2.1. Lancaster e suas previsões acerca das Novas Tecnologias

2.2. Serviços de informação e Novas Tecnologias

Segundo Guinchat (1994), pode-se definir como “novas tecnologias” como sendo um
conjunto de equipamentos, de procedimentos e de métodos utilizados no tratamento da
informação e da comunicação. Porém, com as novas tecnologias, a relação entre o
45

profissional - neste caso o bibliotecário – nem sempre foi amigável. Quando do início da
utilização do computador nas bibliotecas e centros de informação, este era visto como um
intruso ameaçador. Atualmente esta visão não pode ser compartilhada pelo profissional de
informação, já que a sociedade exige exaustividade e especificidade, isso força a
Biblioteconomia a utilizar recursos tecnológicos da área de informática e telecomunicações
para satisfazer sua clientela.

Após a Segunda Guerra Mundial, com o advento da tecnologia, a produção e disseminação


da informação multiplicou-se de forma estrondosa. Nesta mesma época, entra em voga a
utilização da palavra ‘informação’ como termo tecnológico para definir qualquer coisa que
fosse transmitida por um canal elétrico ou mecânico (Wurman, 1991). Hoje, sua utilização
se tornou mais genérica. Tudo que se vê, se ouve, se fala, ou se sente é rotulado de
informação. Mas, na verdade, tudo isso não passa de dados, às vezes nem isto. Pois
‘informação é o que é capaz de transformar estruturas’ (Belkin & Robinson apud Freire,
1995), e deve ser compreendida ‘como um operador de relação ou como indicador de
mediação, num agir relacionante: ver, julgar, conhecer, fazer, comunicar’ (GONZÁLEZ DE
GÓMEZ, 1995).

O foco da tecnologia da informação à princípio centrava-se na transmissão e no


armazenamento, gerando um crescimento dramático de dados e permitindo a
disseminação global da informação quase instantânea por meio de modens, satélites, fibras
ópticas etc., diluindo assim, não só as barreiras entre os indivíduos, mas também as
barreiras físicas e geográficas entre eles.

Todavia este foco está se deslocando para os serviços de apoio à interface cliente-
equipamento. As máquinas, por si só, não são mais centrantes e sim, a capacidade de
administrar e explorar a informação. O ser humano já não mais capaz de processar todo o
fluxo de dados e informações com que é literalmente bombardeado todos os dias. É
importante perceber que a medida que a tecnologia, principalmente a de transmissão da
informação, torna-se cada vez mais sofisticada, a possibilidade do indivíduo conseguir
processar torna-se menor.
46

Na Biblioteconomia, a utilização de novas tecnologias foi de importância vital para as


rotinas administrativas (algumas das quais aboliu) ou para o processamento técnico (que
revolucionou) (FIGUEIREDO, 1992).

Hoje, não só a utilização de novas tecnologias, como a busca pela qualidade, faz com que
sejam repensados não só o serviço de referência (o atendimento ao cliente), mas também
todos os processos que o levam a obter sucesso, já que é a partir desse sucesso que é
julgado todo o sistema.

Toda a nova geração de clientes, desejosos de informação, busca o acesso instantâneo e a


conectividade transparente, além de respostas satisfatórias. É certo que para se obter um
alto grau de relevância na resposta, é de fundamental importância uma boa formulação da
equação da pesquisa e uma adequada preparação e verificação das perguntas. Para que
isto possa ocorrer, cabe ao intermediário ser capaz de decodificar a necessidade
explicitada pelo cliente, e codificá-la de forma atender a linguagem documental. Neste
ponto emergem duas problemáticas: a qualidade na representação do conteúdo
(indexação) e a comunicação cliente/intermediário (negociação da pergunta-estratégia de
busca/recuperação).

O processo de indexação compreende basicamente duas etapas: a análise do documento


para determinação de sua temacidade e identificação dos conceitos chave e a tradução
desses conceitos para o sistema (ARAÚJO, 1994).

Existe um relacionamento direto entre estes dois conceitos (indexação/recuperação) e a


operacionalidade prática da transferência da informação. O que torna uma informação
estratégica é a sua especificidade, a utilidade que ela tem para o cliente, o fato dela tornar-
se fator de agregação de valor e/ou poder (MAURY, 1993). Para que haja uma maior
quantidade e qualidade de pontos de acesso a serem recuperados, é necessário uma
linguagem de indexação sofisticada. E, para que se possa alcançar uma maior pertinência
nas repostas oferecidas, os termos empregados durante as buscas devem ser os mesmos
47

utilizados pela indexação. Transformando assim, a recuperação na outra fase da


indexação, e a negociação na ponte que une estas duas atividades.

Neste sentido, ‘a tecnologia é um catalisador de mudanças particularmente importantes


para as bibliotecas, uma vez que cria novas necessidades e altera velhos e sólidos
paradigmas estabelecidos ao longo de muitos séculos. (LEVACOV, 1997)
(LOPES, 1997)

2.3. Hipertexto

Definição
Hipertexto é um sistema para a visualização de informação cujos documentos contém
referências internas para outros documentos (chamadas de hiperlinks ou, simplesmente,
links), e para a fácil publicação, atualização e pesquisa de informação. O sistema de
hipertexto mais conhecido atualmente é a World Wide Web. (Wikipedia)

 Segundo Landow (1992), o hipertexto põe em cheque: sequências fixadas, começo e


fim definidos, uma estória de certa magnitude definida e a concepção de unidade e todo
associada a todos esses conceitos. Na narrativa hipertextual, o autor oferece múltiplas
possibilidades através das quais os próprios leitores constroem sucessões temporais e
escolhem personagens, realizando saltos com base em informações referenciais. Segundo
Heim (1993), o hipertexto é um modo de interagir com textos e não só uma ferramenta
como os processadores de textos. Por sua característica, o usuário interliga informações
intuitivamente, associativamente. Através de saltos - que marcam o movimento do
hipertexto - o leitor assume um papel ativo, sendo ao mesmo tempo co-autor.

 Para Ted Nelson, o hipertexto possibilita novas formas de ler e escrever, um estilo não
linear e associativo, onde a noção de texto primeiro, segundo, original e referência cai por
terra. Poderíamos adotar como noção de hipertexto assim, o conjunto de informações
textuais, podendo estar combinadas com imagens (animadas ou fixas) e sons, organizadas
de forma a permitir uma leitura ( ou navegação) não linear, baseada em indexações e
48

associações de idéias e conceitos, sob a forma de links. Os links agem como portas virtuais
que abrem caminhos para outras informações.

 Para Lévy (1993) o hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões. O hipertexto
é um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens,
gráficos, sequências sonoras, documentos complexos que podem eles mesmos ser
hipertexto. Os itens de formação não ligados linearmente, como em uma corda como nó,
mas cada um deles, ou a maioria, estende suas conexões em estrela, de modo reticular.

Representação gráfica

Recursos de hipertexto

Nós: Segundo Leiro (1994) os nós são as unidades de informações em um hiperdocumento


que podem conter um ou mais tipos de dados: texto, figuras, fotos, sons, sequências
animadas, código de informação e outros .É conectada por ligações em uma variedade de
estruturas.

Links, Hiperlinks: elo ou ligação. Conexão entre um elemento de um documento (palavra,


expressão, símbolo ou imagem) a outro documento de hipertexto ou arquivo. O usuário
ativa o vínculo com um clique sobre o elemento vinculado, que é geralmente sublinhado ou
apresentado em uma cor diferente do restante do documento para indicar que o elemento
está vinculado
49

2.3.1. Histórico do Hipertexto

A história do hipertexto é a história do texto,


mas é sobretudo, a história da computação.
Um exemplo de hipertexto tradicional são as
anotações de Leonardo Da Vinci. Inúmeros
outros exemplos de "hipertextos livros" podem
ser encontrados na história da literatura. A
literatura impressa nos oferece diversos
exemplos de hipertextos que permitem ao
leitor uma leitura não linear. Lemos (1996) lembra que todo texto escrito é um hipertexto
onde "o leitor se engaja num processo também hipermidiático, pois a leitura é feita de
interconexões à memória do leitor, às referências do texto, aos índices e ao index que
remetem o leitor para fora da linearidade do texto".

É interessante lembrar com Lévy (1993), o fato de ter sido o editor veneziano Aldo
Manucio, "que promoveu o (in octavo), inventou o estreito caractere itálico e decidiu livrar
os textos do aparelho crítico e dos comentários que os acompanhavam há séculos...

Paul Otlet
O advogado belga vislumbrou, juntamente com Henri La Fontaine (também belga e
advogado, e Prêmio Nobel da Paz), nos últimos anos de 1800, o registro de todo
conhecimento humano em fichas de 12,5 x 7,5 cm (invenção sua) em uma grande
biblioteca universal que chegou a conter 15 milhões de fichas por volta de 1930, além de
falar em rede universal de informação e documentação, cujo acesso se daria a partir de
estações de trabalho, e no que hoje sabemos ser a internet. Os advogados fundaram o
International Institute of Bibliography (IIB) em 1895, mais tarde denominado International
Federation for Information and Documentation (FID), o que permitiu que suas idéias
pudessem ser colocadas em prática.
50

Em 1930, Paul Otlet profetizou que as pessoas leriam em telas (“telescópios elétricos”)
livros localizados em bibliotecas distantes. E previu que máquinas seriam um dia utilizadas
para “recuperar dados reduzidos aos seus elementos analíticos”`.

Muito do conceito de hipertexto se deve à Otlet. Em seus trabalhos, ele descreveu o que
chamou de “documento universal”, ou seja, um documento era matéria-prima de
conhecimento e as informações nele contidas deveriam ser disponibilizadas; além disso, os
documentos precisavam ter conexões uns com os outros. O conteúdo desse documento
universal seria, então, indexado em fichas segundo a CDU (Classificação Decimal
Universal, desenvolvida por Otlet e outros). Cada ficha teria apenas um ponto central/nó
que estaria relacionado a outro nó através da classificação facetada da CDU. Dessa forma,
as fichas poderiam ser organizadas e acessadas em qualquer seqüência. O usuário, assim,
“navegaria” nesse universo de conhecimento sem estar limitado a somente um documento.
(GAUZ)

Ted Nelson
Hipertexto é um conceito que diz respeito ao nosso modo de ler e escrever. Este termo,
criado por Ted Nelson (Theodor Holm Nelson) em 1965, definia o novo modo de produzir
textos permitido pelos avanços tecnológicos sintetizados na telemática. Nelson criou
também o projeto Xanadu: "uma imensa rede acessível em tempo real, contendo todos os
tesouros literários e científicos do mundo".

O objetivo do projeto Xanadu Docuverse era o termo que criou para descrever uma
biblioteca global online - um lugar onde os escritores pudessem publicar seus textos -
contendo em formato hipermedia toda a literatura da humanidade. Este conceito de
Docuverse é um dos paradigmas fundacionais da Rede. Em 1965, existia um protótipo que
modelou muitos dos conceitos em que consiste qualquer sistema hipermedia, Internet
incluída. Ainda que Xanadu nunca tenha sido comercializado, os vários aspectos do
paradigma compreensivo a ele subjacente foram incorporados na Rede.
51

Vannevar Bush
A figura de Bush assume uma importância marcante na história deste hipertexto, com a
publicação, em 1945, do clássico ensaio As we may think. Neste ensaio Bush esboça o
"Memex" que, de alguma maneira, representa hoje o nosso computador pessoal. Bush era
matemático e responsável por uma agência de Desenvolvimento e Pesquisa Científica do
Governo Norte Americano. Ele coordenava o trabalho de mais de seis mil cientistas. Uma
das questões enfrentadas por Bush era o volume crescente de dados que deviam ser
armazenados e organizados de tal forma que permitisse a outros pesquisadores a
utilização destas informações de maneira rápida e eficiente.

Em 1945, Vannevar Bush , em um célebre artigo intitulado As we may think, previu com
incrível precisão um sistema muito parecido com o que hoje chamamos de hipertexto. Bush
imaginou um sistema, baseado na capacidade de associação e denominado (Memex),
descrevendo-o como: "dispositivo no qual um indivíduo armazena todos os seus livros,
registros e comunicações, e são armazenados de maneira que podem ser consultados com
extrema velocidade e flexibilidade. Ele é um complemento de sua memória.(...) quando em
numerosos itens estiverem ligados formando uma trilha podem ser revistos rápida ou
lentamente através de uma alavanca como a usada para passar as páginas. É exatamente
como se os itens físicos fossem reunidos a partir de fontes separadas e encadernados para
formar um novo livro. É mais que isso, pois cada item pode ser ligado a numerosas trilhas...
(Vilan Filho, 1994)

Douglas Engelbert
Outro personagem de importância histórica relevante é Douglas Engelbert diretor do
Augmentation Research Center (ARC) do Stanford Research Institute. Neste centro de
pesquisa foram testados pela primeira vez, segundo nos informa Lévy: a tela com múltiplas
janelas de trabalho; a possibilidade de manipular, com a ajuda de um mouse, complexos
informacionais representados na tela por um símbolo gráfico; as conexões associativas
(hipertextuais) em bancos de dados ou entre documentos escritos por autores diferentes...
52

Tim Berners-Lee
Um físico da CERN - European Organization for Nuclear Research, laboratório de física na
Suíça, Tim Berners-Lee, tinha dificuldades em buscar as informações necessárias para seu
trabalho utilizando a Internet da forma como estava. Não se conformava com o fato de ter
as informações que necessitava na grande rede de computadores, e comunicar-se com
outros pesquisadores, tendo as dificuldades inerentes do sistema na época.

Em 1989, Berners-Lee apresentou à CERN uma proposta consolidada em 1990, que é o


HTTP ou Protocolo de Transferência de Hipertexto. Com este protocolo os computadores
utilizariam a linguagem de documentos de hipertexto para se comunicar através da Internet
e projetar um esquema para dar endereços de documentos na Internet. Berners-Lee
chamou este endereço de U R I - Recurso Universal de Identificação, hoje chamado de
URL - Localizador de Pesquisa Uniforme. Ao final do ano ele também escreveu um
programa para uso do cliente navegador, conhecido por browser que permite salvar e
visualizar documentos de hipertexto com muita facilidade, o www.

2.4. Publicação eletrônica

Definição
Publicação eletrônica é a publicação sem papel, ou seja, com todos os passos do processo
fazendo uso de tecnologia da comunicação; o livro e o periódico eletrônico que existem
sem equivalente em papel é que são produtos verdadeiros da publicação eletrônica. Esta é
a definição que mais reflete o que foi previsto por Lancaster em sua paperless society.
(FISHER, apud FIGUEIREDO).

Usos
 aplicação da tecnologia eletrônica para a criação da informação;
 aplicação da tecnologia para a produção da informação, isto é, a composição e a
impressão computadorizada, bem como - outras manifestações da tecnologia na
produção de livros, periódicos, jornais, apesar do produto final ser em papel;
53

 aplicação da tecnologia para a distribuição e desenvolvimento de Bases de Dados


de texto integral acessível por meio de sistemas de telecomunicações. (FISHER,
apud FIGUEIREDO)

A publicação eletrônica verdadeira, implica que os autores comporiam para uma mídia
diferente e, em assim fazendo, não estariam cerceados pelas limitações da pagina
impressa. Na publicação eletrônica, a informação que esta sendo processada é
armazenada na forma digital e é processada eletronicamente.

2.4.1. Revistas eletrônicas

As revistas eletrônicas que estão sendo editadas exclusivamente através da Internet estão
revolucionando a maneira como a informação é disseminada. Não existe nada similar a
elas, no passado, e creio que a exploração criativa dos recursos que elas oferecem ainda
está apenas em sua infância.

O que impressiona é a rapidez da difusão que a revista alcança na rede mundial. Menos de
uma semana depois de lançada, já tinha sido incluída em um dos mais prestigiosos
catálogos de links sobre saúde mental (o Mental Health Net) e recebido três estrelas de
qualidade. Em menos de um mês, já contabilizava mais de 1000 acessos individuais à
versão em inglês e quase outro tanto, na versão em português. Ao ser incluída em índices
como Altavista, WebCrawler, Lycos, HotBot, e outros, esta semana, a revista já pode contar
com uma curva de crescimento que será sempre ascendente, beneficiando milhares de
leitores em dezenas de países. Isso é fantástico para uma publicação brasileira, e só pode
ocorrer graças ao fenômeno da Internet. (SABBATINI).

2.4.2. Livro eletrônico

Um livro eletrônico é a versão digital de um livro impresso. Já existem inúmeras


obras/documentos armazenados em discos ópticos que podem ser considerados livros
eletrônicos/digitais, tais como enciclopédias, guias de rua, catálogos de empresas etc.
54

Contudo essas obras ainda necessitam de um computador para a leitura, por isso o
conceito de um livro eletrônico que tivesse a portabilidade como característica principal
surgiu, o eBook.

E-Book é um computador portátil, do tamanho aproximado de um livro. Ele pode ser


carregado com textos e imagens correspondentes a centenas de páginas de um livro
convencional e exibi-los em sua tela embutida, de alta definição. O usuário pode ‘virar’
páginas, aumentar o texto, fazer anotações e desenhos, e procurar textos usando um
mecanismo de busca. Os livros para o E-Book podem ser comprados na forma de cartões
de memória, micro-CDs ou descarregados através da Internet. (SABBATINI, 1998).

Quem vai ganhar a competição? O meio digital ou o meio impresso? Ou será que eles não
competem entre si, mas sim se complementam?

Perguntas como essas estão começando a deixar os editores de livros muito preocupados.
A penetração das formas digitais de livros ainda é muito pequena. Basta visitar uma livraria
e ver quantos títulos de livros existem em papel e quantos em CD-ROM. A maioria dos CDs
são obras de referência e consulta, tais como enciclopédias e Bancos de Dados; ou
programas de informação e aprendizado que se baseiam fortemente em tecnologias
interativas. São muito poucos os romances e livros especializados publicados em CD, por
um motivo bastante óbvio: é muito chato ler um livro no computador (e sai muito caro
imprimi-lo em papel antes de ler). Nove entre dez pessoas não gosta e não quer ler coisas
extensas na tela.

A coisa não é muito diferente com relação à Internet. A Internet tem sido um ótimo exemplo
de como os meios impressos e eletrônicos se complementam. Atualmente existem milhares
ou dezenas de milhares de livros com texto completo disponíveis na Internet. Devido à
problemas de copyright, a maioria dos textos é de autores clássicos, cujos direitos de cópia
já estão vencidos. Por exemplo, é muito fácil achar na Internet o texto completo de
qualquer um dos romances de Sir Arthur Conan Doyle, a Bíblia, textos romanos e gregos
clássicos, etc. Servidores como o do Projeto Gutenberg, que tem centenas de
55

colaboradores digitando livros sem copyright e colocando-os na Internet, são um ótimo


recurso. Mas tente achar o texto do último livro do Sidney Sheldon ou mesmo de autores
não tão recentes, como Hemingway. Não vai achar, pois eles ainda rendem dinheiro.

O que está acontecendo de muito curioso é como a Internet está servindo para vender
cada vez mais livros em papel. As livrarias on-line já são um enorme sucesso. A mais
conhecida, a Amazon, tem 2,5 milhões de títulos, e vende por preços bem abaixo do
praticado nas livrarias (há descontos de até 88 %). Diz-se que já está faturando algo em
torno dos 100 milhões de dólares por ano. A sua equivalente nacional, que também vem
obtendo boas vendas, é a BookNet. O mercado on-line é tão apetitoso, que a maior livraria
(física) do planeta, a americana Barnes & Nobles, que tem mais de 700 lojas, e vende há
muito tempo pelo correio, também abriu o seu gigantesco site na WWW, embora com
menos títulos que a Amazon (1 milhão). Ela montou uma estratégia de marketing
multimilionária, que tem como objetivo se tornar a primeira do mundo na Internet.
Recentemente, por exemplo, fechou um contrato com a maior provedora de acesso à
Internet, a America On Line (AOL), de 40 milhões de dólares, para se tornar a livraria on-
line exclusiva da AOL no seu concorrido shopping virtual. A Amazon e as outras perdem de
imediato uma boa parte de um mercado formado por 10 milhões de consumidores
potenciais, o que não é pouca coisa.

O último capítulo da luta é muito criativo. Nos mecanismos de busca e catálogos existe um
‘link’ na página de resultados para você procurar livros sobre o mesmo assunto na livraria
da Amazon. E várias livrarias, como a BookNet, estão oferecendo comissões de vendas
para quem colocar ‘links’ para suas páginas e que levem à venda de livros recomendados.

Portanto, o futuro do livro como meio de transmissão do conhecimento parece estar


indubitavelmente ligado ao fator revolucionário representado pela Internet. A rede mundial
de computadores colocou um elemento novo na equação que rege a indústria editorial,
algo que não existia antes: a possibilidade de se ter um livro ‘virtual’, ou seja, um produto
abstrato, feito de bits e elétrons, ao invés de papel, tinta e cola. Esse livro pode ser
56

distribuído instantaneamente para qualquer canto do planeta, sem necessidade de se fazer


cópias, que é a essência da revolução anterior a imprensa de tipos móveis.

Embora muitos intelectuais conservadores estejam resistindo à idéia de um mundo de


idéias divorciado do livro impresso tradicional, acho que isso não tem mais volta...

Entra no jogo, então, o conceito de biblioteca, uma instituição tão antiga quanto o próprio
livro. Como serão as bibliotecas do futuro, se todos os livros forem eletrônicos? Elas terão
razão de continuar a existir? Qual será a função do bibliotecário, o classificador e guardião
tradicional dos livros?

Naturalmente, muitos países estão começando a estudar esses aspectos e desenvolver


novos papéis e estratégias para a biblioteca do futuro. Há muito tempo as bibliotecas vem
se automatizando, usando computadores para cadastrar livros (‘tombar’, no jargão da
biblioteconomia), controlar sua entrada, saída e devolução pelos leitores, e disponibilizar
sistemas de busca por título, autor, palavras-chave, etc. Nos países mais avançados, é
praticamente impossível achar bibliotecas em que a sala de leituras não esteja repleta de
computadores e terminais para utilização dos leitores. Os gaveteiros com fichas já são
coisas extintas em muitas bibliotecas, pois descobriu-se um fato muito relevante: se 15 a
20 % do acervo da biblioteca tem acesso informatizado, os leitores deixam de usar o
fichário tradicional para procurar livros! Em outras palavras, o retorno que eles obtêm da
pesquisa informatizada, mesmo que acessando uma parte pequena do acervo, já é o
suficiente para mudar o seu comportamento.

O passo seguinte das bibliotecas rumo à ‘virtualidade’ foi o de disponibilizar os seus


catálogos eletrônicos através da Internet. Na UNICAMP, por exemplo, o exemplar sistema
de bibliotecas coordenado pela Profa. Leila Mercadante, há bastante tempo qualquer
usuário da Internet pode consultar o acervo de periódicos, livros, teses e monografias. O
mesmo acontece hoje com milhares de bibliotecas em todo mundo, chegando à
sofisticação de se informar se o livro que você procura está na prateleira, ou se foi retirado,
e quando será devolvido! As bibliotecas também têm se unido, formando ‘redes
57

cooperativas’, como é o caso das universidades paulistas, que produziram um catálogo


coletivo de seus acervos, denominado UNIBIBLI, e que está disponível também em CD-
ROM. Em nível nacional, existem vários outros projetos, como a rede de bibliotecas
Antares, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
(IBICT), um órgão do CNPq, e o Grupo Temático sobre Bibliotecas Virtuais, do Comitê
Gestor da Internet Brasil.

O passo seguinte já foi dado por muitas bibliotecas, também: é a construção de prateleiras
‘virtuais’, onde se disponibiliza para os leitores (fisicamente presentes na biblioteca, ou em
qualquer lugar, através da Internet) as revistas e livros que já existem em forma eletrônica.
A maioria é gratuita, mas muitas têm assinaturas pagas, que a biblioteca faz, em nome de
uma coletividade mais restrita. Para terminar a ‘virtualização’ total da biblioteca, só falta um
passo mais: converter todos os livros e revistas existentes em papel, para uma forma
digitalizada, que permita sua distribuição através da rede.

Essa transição ainda é utópica para a maioria das bibliotecas, devido ao enorme custo e
tempo necessário para o processo de conversão. A Biblioteca do Senado dos EUA tem
experimentado com isso há várias décadas, mas uma fração muito pequena do seu acervo
está disponível nessa forma. Mas parece ser o caminho do futuro.

‘Uma idéia interessante é de que os computadores serão tão compactos e baratos, que
terão o formato e a portabilidade de um livro. Esses ‘livros eletrônicos’ serão um lugar-
comum dentro de poucos anos, constituindo um novo e poderoso fenômeno tecnológico no
mundo das publicações. O pai da idéia da ‘biblioteca virtual portátil’ é um pesquisador
americano chamado Alan Kay, que no final da década dos 60 era um dos integrantes do
Palo Alto Research Center (PARC) da Xerox Corporation, perto de Stanford, na Califórnia.
As equipes do PARC foram as responsáveis praticamente por todas as idéias novas sobre
computação interativa, tais como o mouse, os menus, as interfaces gráficas do tipo
Windows ou Macintosh, etc.
58

Pois bem, Alan Kay escreveu um artigo fantástico, em 1968, no qual ele previu a existência,
em cerca de 25 anos, de um computador tão compacto e portátil, que seria possível
armazenar milhares de livros didáticos e científicos, ultracompactados em sua memória. A
esse computador, que teria o aspecto e tamanho aproximados de um livro, e que não
necessitaria o uso de teclado, Kay batizou de Dynabook (dos termos, em inglês, dynamic
book, ou livro dinâmico). Kay concluiu que ele afetaria enormemente o acesso à
informação, bem como a existência e o uso das bibliotecas e dos livros.

Exatamente 25 anos depois deste artigo, a Apple lançou a primeira geração de


microcomputadores ultraportáteis, sem teclado, a que denominou de PDAs (personal digital
assistants), e que são, em conceito, a coisa mais próxima possível do dynabook. Uma
empresa americana chamada Franklin produz também livros eletrônicos compactos, do
tamanho de uma agenda eletrônica pequena, que já permitem acesso simultâneo a até
dois livros eletrônicos armazenados em módulos removíveis de 10 Mbytes de capacidade
cada. Centenas de livros já foram lançados pela Franklin nesse formato. Na área médica,
por exemplo, é possível ter-se um livro de Medicina Interna (Harrison) e um manual de
referência com cerca de 10 mil medicamentos (o PDR), em um total de mais de 5 mil
páginas on-line, por cerca de 350 dólares, com o computador incluído! (SABBATINI, 1998).

2.5. Multimídia

Definição
Multimídia (multimédia) é o uso de diferentes tipo de mídias para informação, tais como
texto, imagem, áudio, animação, vídeo etc. através do recurso da interatividade.

O termo foi introduzido pela Commodore Business Machines (computador Amiga), para
designar o processo de transmitir informação utilizando os recursos integrados de imagens,
texto e som, sob a monitoração de um computador.

A multimídia adiciona um importante aspecto na informática: a interatividade. A


interatividade é o elemento chave na definição de multimídia. Muitos dizem que a
59

multimídia combina som, vídeo, desenhos e texto; mas assim, elas podem estar
simplesmente descrevendo a televisão. Todas as noites no noticiário você vê uma
combinação de todos esses elementos, mas não os chama de multimídia, porque não se
pode interagir com eles (alem de mudar de canal). Uma versão multimídia de um programa
de televisão poderia conter todos o elementos desse programa, mas seria você que
determinaria ao produtor do programa que informações quer ouvir e quando quer ouvi-las.
A escolha é sua. Simplesmente clique um botão, toque a tela ou acione um teclado e você
pode chamar as manchetes do titulo multimídia. (S.O.S. : informática).

2.6. Realidade virtual

Realidade Virtual, ou ambiente virtual, é uma tecnologia de interface avançada entre um


usuário e um sistema computacional. O objetivo dessa tecnologia é recriar ao máximo a
sensação de realidade para um indivíduo, levando-o a adotar essa interação como uma de
suas realidades temporais. Para isso, essa interação é realizada em tempo real, com o uso
de técnicas e de equipamentos computacionais que ajudem na ampliação do sentimento de
presença do usuário. (Wikipedia)

2.7. Inteligência artificial

Leitura recomendada:
CUNHA, Isabel Maria R. Ferin, KOBASHI, Nair Yumiko. Análise documentária e inteligência
artificial. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação. São Paulo, v.24,1/ 4,
jan./dez. 1991.

 Inteligência Artifical: ramo da cibernética que se dedica a desenvolver computadores


com a capacidade de raciocinar por conta própria. A sigla AI, para Artificial Intelligence, foi
criada em 1955, por John McCarthy.
60

Inteligência Artifical pode ser entendida como a estruturação de técnicas de programação


para que os sistemas que delas se utilizem possam ‘tomar decisões’ sem a interferência
humana.

Uma definição popular de Inteligência artificial estabelece que ‘IA é a arte de se


programarem computadores para fazer coisas inteligentes’ (Waldrop, (1987). Mas Waldrop
também destacou que existem muitas vertentes de atividades em IA, cada uma com
agenda especifica, estudando diferentes problemas: (IA pode ser definida): - como um
ramo da engenharia de software IA é um conjunto de técnicas de programação que fazem
o computador executar alguns truques... - como uma teoria da ciência da computação; -
como um ramo da filosofia... - como uma ciência da mente... (SARACEVIC).

Inteligência artificial comporta numerosos aspectos. Nem todos ligados diretamente ao


desenvolvimento dos novos tipos de computadores. A expressão inteligência artificial foi
utilizada pela primeira vez por MacCarthy, conceptor da linguagem Lips, nos anos 50.

Pode-se definir IA como ‘a parte da informática relativa a concepção de sistemas


inteligentes, isto é, de sistemas com características que podem ser associadas com a
inteligência humana, como compreensão da linguagem, aquisição de conhecimentos,
raciocínio e resolução de problemas, entre outros.’ A IA pode ser definida ainda como a
parte das ciências cognitivas (psicologia e biologia do cérebro) relativas a análise e a
formação dos processos cognitivos. A IA é a ciência que permite que as máquinas realizem
tarefas que necessitariam de inteligência se fossem efetuadas pelos homens. O termo IA
significa, na realidade, que existe simulação da inteligência humana. Os temas
fundamentais do conceito de IA são engenharia do conhecimento, resolução de problemas
como dedução e inferência, aprendizagem, compreensão da linguagem natural e
programação automática. (GUINCHAT, 1994).

2.8. Sistemas especialistas


61

Sistemas especialistas são propriamente os produtos da aplicação das técnicas de


Inteligência Artificial. São programas construídos para tomar decisões baseados num
banco de informações desenvolvido por especialistas de uma área.

Este termo define-se como um conjunto de programas que exploram os conhecimentos


explícitos relativos a um campo em particular - o campo de uma especialidade - para
oferecer um comportamento comparável ao de um especialista humano. O trabalho deste
sistema consiste em simular o raciocínio de um especialista humano, da forma mais exata
possível. Quando o homem é confrontado a um problema, ele raciocina por uma serie de
regras e de estratégias empíricas que consistem em testar soluções para descobrir qual é a
melhor, utilizando seus conhecimentos no campo abordado. Este conjunto de
conhecimentos e de regras estará representado no computador. O sistema especialista vai
trabalhar com este conjunto de conhecimentos para resolver problemas. (GUINCHAT,
1994).

 (...) os sistemas especialistas pretendem substituir o bibliotecário nas questões de


referencia básica, de modo a aliviá-lo consideravelmente das atividades mais rotineiras.
Contudo, o fato de os processos de buscas da informação se tornarem cada vez mais
complexos deve levar em conta que tanto os sistemas especialistas, como os knowbots,
são programados por seres humanos e, portanto, passíveis de falhas e desatualizações.
(MARCHIORI).

A expressão inteligência artificial esta associada, geralmente, ao desenvolvimento de


sistemas especialistas. Estes sistemas, baseados em conhecimento, construídos,
principalmente, com regras que reproduzem o conhecimento do perito, são utilizados para
solucionar determinados problemas em domínios específicos...

Como exemplo pratico da utilização de sistemas inteligentes com analisador semântico


podemos citar sistemas inteligentes de recuperação de informações que incorporem
conhecimentos e/ou estrutura de registro, políticas de indexação e estratégias de
pesquisas. Estes sistemas poderiam auxiliar usuários que tem dificuldades em se lembrar
62

de regras, como por exemplo, no caso de bibliotecas, regras de truncagens, noções dos
operadores booleanos etc. (MENDES).

Os sistemas especialistas são programas de computador capazes de substituir (ou, na


maior parte dos casos, ajudar) um especialista humano no exercício de suas funções de
diagnóstico ou aconselhamento. O sistema contem, em uma ‘base de regras’, os
conhecimentos do especialista humano sobre um domínio em particular; a ‘base de fatos’
contem dos dados (provisórios) sobre a situação particular que esta sendo analisada; a
‘maquina de inferência’ aplica as regras aos fatos para chegar a uma conclusão ou a um
diagnostico... (LEVY).

2.9. Ambientes Digitais Voltados à Gestão e Disseminação de Informação

FERREIRA, E, C, H. G.; Geração Automática de Metadados: uma Contribuição para a Web Semântica. Tese
de Doutorado em Engenharia. Universidade de São Paulo. 2006

A crescente informatização da sociedade e a percepção da informação como valor, são


alguns dos fatores que têm colaborado para consolidar um novo conceito a respeito de
instituições centradas em gestão e disseminação de informação, como bibliotecas, museus,
arquivos, instituições de ensino e pesquisa, comunidades de preservação, comunidades
científicas e culturais. Não mais restritos a quatro paredes, nos últimos anos tais ambientes
vêm passando por modificações radicais, obedecendo a um novo ritmo de funcionamento,
permanentemente disponível e sem fronteiras. São as bibliotecas, museus e arquivos
virtuais, também chamados digitais ou eletrônicos, disponíveis na Internet.

Em virtude de não se ter encontrado, em trabalhos anteriores, uma definição de “ambientes


digitais” no contexto adotado aqui nesta Tese, tomou-se a liberdade de defini-los conforme
se encontra abaixo. Tal definição foi formulada a partir de idéias e conceitos atribuídos a
bibliotecas e museus digitais, adotados pela Digital Library Federation e pela National
Science Foundation [Cleve1998, Borg1999].
63

Ambientes digitais voltados à gestão e disseminação de informação não são apenas uma
coleção de informação digitalizada. Eles são instituições que envolvem serviços e pessoas,
e encerram sistemas extremamente complexos de informação que dão suporte à criação,
estruturação, gestão, pesquisa e recuperação, uso, distribuição e preservação de objetos
de informação. Manipulam dados em qualquer formato (texto, imagens estáticas ou
dinâmicas, sons etc.) e existem em redes distribuídas. O conteúdo dos ambientes digitais
inclui dados e metadados que refletem conteúdo, contexto e estrutura dos objetos de
informação. Os ambientes digitais são construídos para apoiar comunidades específicas de
usuários, e suas capacidades funcionais dão suporte às necessidades da informação e ao
uso daquela comunidade. Esses ambientes permitem que indivíduos, grupos ou programas
interajam entre si, compartilhando dados, informações, recursos de conhecimento e
sistemas.

Dependendo da finalidade do ambiente digital (biblioteca, museu, arquivo etc.) e da


comunidade servida por esse ambiente, os serviços oferecidos podem ser mais ou menos
especializados. Por exemplo, uma instituição voltada a arquivamento de informação digital
provavelmente desenvolverá um projeto de preservação de seus acervos bem mais
sofisticado que uma instituição de ensino e pesquisa. Bibliotecas digitais, por sua vez,
adotarão técnicas sofisticadas de recuperação e visualização de recursos digitais.

Os ambientes digitais podem ser justificados pelos seus benefícios e vantagens, quando
comparados com seus respectivos ambientes tradicionais [GF2001]. Por exemplo:

1) Facilidade de atualização das informações e alta qualidade dos recursos multimídia,


ajudando a remover barreiras físicas e conceituais;
2) Disponibilidade global e contínua das informações, além de conectividade de rede e
tecnologias interativas. Tudo isso propicia interações sociais que permitem a criação de
espaços de trabalho virtuais ricos;
3) Uso da tecnologia digital que permite a construção de serviços avançados e inovadores,
muitos dos quais com características não possíveis ou extremamente difíceis ou caros de
serem implementados em ambientes tradicionais. Estes incluem, por exemplo, máquinas
64

de procura poderosas e efetivas, novos métodos de visualização e interação com a


informação, e disseminação automática da informação;
4) Preservação dos objetos originais de informação.

O processo de transição dos ambientes convencionais para ambientes digitais tem


suscitado diversas questões em torno de assuntos como direitos autorais, extinção de
funções e serviços (como o bibliotecário), extinção de mídias tradicionais físicas (como o
suporte de papel) e outros. Em [Cleve1998, Borg1999] encontram-se algumas observações
a respeito dessas questões no âmbito das bibliotecas digitais, que aqui foram reformuladas
para caracterizar ambientes digitais voltados à gestão e disseminação de informação:

 Os ambientes digitais, além de exibirem o lado digital dos ambientes tradicionais,


incluem também objetos de informação em suporte tangível, ou representados por
entidades analógicas, ou ainda objetos digitais em formato não padrão. Por
exemplo: arquivos originais em formato eletrônico (textos, planilhas, gráficos,
imagens e sons), objetos textuais sobre papel (livros, folhetos, manuscritos), objetos
que contenham informação gráfica bidimensional (fotografias, microfilmes,
negativos, selos), objetos tridimensionais (pinturas, estátuas, esculturas, edifícios),
gravações sonoras em discos e fitas, gravações audiovisuais em bitolas e fitas VHS
etc. Todos esses formatos não são excludentes, assim como não o são os diferentes
veículos de comunicação (rádio e TV, vídeo e cinema);

 Os ambientes digitais incluem todos os processos e serviços que compõem seus


respectivos ambientes tradicionais, porém, estes deverão ser revisados e
aperfeiçoados para acomodarem as diferenças entre as novas mídias digitais e as
mídias fixas tradicionais. O perfil do profissional de ciência da informação vem se
redefinindo de acordo com a incorporação de novas tecnologias específicas desta
área, acompanhando também as mudanças mais amplas ocorridas no mercado de
trabalho, com as exigências próprias dos novos modelos econômicos e de gestão do
trabalho;
65

 Os ambientes digitais idealmente provêem uma visão coerente de tudo sobre as


informações contidas em seus domínios, não importando a forma ou formato das
informações;

 Os ambientes digitais servem a comunidades particulares ou grupos, conforme seus


ambientes tradicionais atuais, apesar de que essas comunidades podem estar
dispersas amplamente ao longo da rede;

 Os ambientes digitais necessitam tanto das habilidades de funcionários dos


ambientes tradicionais, como também dos cientistas de computador, para serem
viáveis.

Na polêmica em torno dos direitos autorais, questiona-se, entre outras coisas, a facilidade
proporcionada pelos objetos de informação digital de reproduzir e distribuir cópias não
autorizadas, e a ausência de uma legislação mais específica. A lei 9.610 de 1998 sobre
direitos autorais no Brasil [Lei1998] também é válida para a Internet. De acordo com ela, os
direitos patrimoniais do autor, sejam para livros, obras audiovisuais ou fotográficas, duram
por 70 anos após sua morte. Após este prazo, são de domínio público, podendo ser
reproduzidos e copiados. Durante a vida do autor qualquer reprodução deve ser autorizada
por ele ou por terceiros, caso os direitos tenham sido concedidos para outras pessoas. Um
dos fatores que dificulta a criação de uma legislação direcionada especificamente para esta
questão, é a territorialidade das leis de direitos autorais e a queda de fronteiras
caracterizada pela Internet.

Segundo a Digital Library Federation e a National Science Foundation [Cleve1998,


Borg1999], devido à complexidade envolvida na construção de bibliotecas digitais, estas
com certeza estão longe de serem sistemas únicos e completos que provêem acesso
imediato a todas as informações, para todos os setores de sociedade, em qualquer lugar
no mundo. Ao contrário, bibliotecas digitais certamente permanecerão sendo coleções de
recursos e sistemas discrepantes, abastecendo comunidades específicas e grupos de
usuário, criados para propósitos específicos.
66

A afirmação acima é aceitável considerando, por exemplo, a necessidade das bibliotecas,


ou qualquer outro ambiente digital, de captarem as infinitas perspectivas de usuários diante
de uma mesma informação. Além do mais, dificuldades relativas à interoperabilidade entre
ambientes digitais (de arquiteturas técnicas, metadados e formatos de documentos)
também contribuem significativamente para que se acredite que estes só poderão existir
dentro de sistemas relativamente limitados desenvolvidos para propósitos e comunidades
específicas.

Entretanto, novas alternativas aparecem com o conceito de Web Semântica e suas


tecnologias adjacentes, que segundo seu idealizador Tim Berners-Lee [BLH2001], será
uma extensão da Web atual, porém apresentará estrutura que possibilitará a compreensão
e o gerenciamento dos conteúdos armazenados na Web, tanto por pessoas como por
programas, independente da forma em que estes se apresentem (texto, som, imagem e
gráficos). Isso tudo será possível a partir da valoração semântica dos conteúdos dos
documentos digitais, e através de agentes que são programas coletores de conteúdos
advindos de fontes diversas, capazes de processar as informações e permutar
automaticamente resultados com outros programas.

2.10. Novas Tecnologias na gestão da informação bibliográfica

(...) A biblioteca tradicional tinha seu espaço físico delimitado. Os seus serviços e produtos
eram limitados ao seu acervo e, conseqüentemente, sua coleção se restringia aos suportes
utilizados para o registro das informações do seu tipo de acervo ou coleção. Nas
bibliotecas da Antiguidade, estes suportes de registro evoluíram das placas de argila,
passando pelos papiros e pergaminhos para o papel. No final do século XX e início do
século XXI, a Internet veio modificar este contexto, permitindo que a informação eletrônica
ou digital pudesse ser obtida por uma enorme variedade de mecanismos, meios, sistemas
e associação de serviços à própria informação em si. Observa-se a expansão da tecnologia
digital e das redes de comunicação virtual via computador. Surgem o CD-ROM, as
multimídias e o e-book. O uso de novas tecnologias de informação e a associação do
67

computador às tecnologias de comunicação propiciaram o aumento das facilidades em


relação ao fluxo e acesso à informação e ao conhecimento.

Com relação à evolução da biblioteca, também é vivida a mudança de orientação na sua


atuação. Antes, valorizava-se a preservação, como palavra de ordem, no sentido da
dimensão do tamanho do acervo, considerando a importância da biblioteca pelo número de
volumes da sua coleção: maior o acervo, mais importante ou maior valor atribuído à
biblioteca. Com a mudança de perspectiva na atuação da biblioteca, no mundo onde o
acesso e a conectividade passam a ser as palavras de ordem na disseminação da
informação, muda total e radicalmente a forma de valorizar e avaliar sua importância e sua
grandeza e, por conseqüência, a forma de valorizar a atuação do bibliotecário. Trata-se da
biblioteca sem paredes...

A Internet é considerada poderosa mídia para disseminar a informação e o conhecimento. A


era dos negócios no ciberespaço proporciona diferentes condições, que podem e devem
ser aproveitadas, inclusive pelas bibliotecas.

De acordo com Hortinha (2001, p.119), em seu livro intitulado E-marketing, a presença na
Internet pode trazer os seguintes benefícios:
(a) melhoria da imagem institucional;
(b) melhoria do serviço aos clientes;
(c) aumento da visibilidade e da marca, produtos e serviços;
(d) expansão para outros mercados;
(e) possibilidade de transações on-line;
(f) redução dos custos de comunicação.

[Funções dos sites de bibliotecas]

1) função informacional: informações sobre a biblioteca existentes no web site, tais como:
nome da biblioteca, nome da instituição mantenedora, seções da biblioteca, equipe,
notícias e novidades sobre a biblioteca, eventos realizados pela ou na biblioteca, missão da
68

biblioteca, e-mail geral e setorial, telefone geral e setorial, número do fax, endereço físico,
histórico, horário de funcionamento, normas e regulamentos, informações sobre as
instalações físicas, estatísticas, fotos e/ou imagens da biblioteca, relação dos produtos e
serviços oferecidos;

2) função promocional: uso de ferramentas promocionais da Internet existentes no web site


(ARAÚJO, 1999/2000), tais como: selo com o logotipo da instituição, selo com o logotipo da
biblioteca, janelas pop up com informações sobre a biblioteca, banner da biblioteca,
webcasting, animações, hot site;

3) função instrucional: instruções sobre o uso dos recursos informacionais oferecidos pela
biblioteca na forma tradicional e on-line existentes no web site, tais como: FAQs (perguntas
mais freqüentes), tutoriais sobre como usar serviços e produtos disponíveis no web site,
informações sobre como usar serviços e produtos oferecidos pela biblioteca, mapa do site
e instruções sobre o uso do site;

4) função referencial:links para outras fontes de informação existentes no website, tais


como: acesso a bases de dados, links para mecanismos de busca, links para web sites de
outras bibliotecas, links para materiais de referência (dicionários, enciclopédias), links para
periódicos eletrônicos, links para web sites de instituições;

5) função de pesquisa: serviços e produtos oferecidos on-line no web sites da biblioteca,


tais como: catálogo da biblioteca on-line, lista dos periódicos assinados pela biblioteca,
serviço de empréstimo, disponibilidade de material bibliográfico on-line, serviço de reserva,
serviço de referência on-line;

6) função de comunicação: mecanismos para estabelecer relacionamentos, tais como:


formulários para cadastrar usuários, coletar opinião/satisfação pelos serviços, coletar
sugestões e críticas, pesquisar opinião sobre o site, coletar sugestão de compra e link para
contato com a biblioteca.
69

As Tecnologias da Informação impulsionaram grandes e permanentes transformações nos


setores responsáveis pelo processamento e disseminação da informação, ou seja, em
nossas bibliotecas, arquivos, museus, centros de documentação etc. São mudanças
organizacionais, operacionais e metodológicas ocasionadas pelas TI; o resultado de sua
aplicação na administração da informação podem ser basicamente resumidos como:
rapidez, confiabilidade e processamento de grandes quantidades de dados.

O melhor entendimento das TI se faz quando suas influências são observadas nas áreas
onde ela é empregada, assim é possível não só entender seus conceitos, mas,
principalmente compreender o motivo de sua utilização.

Atualmente muitos setores da biblioteconomia são afetados drasticamente pelas TI. Um


bom exemplo para ilustrar o caso é a área de Desenvolvimento de Coleções. Nesse setor
a tecnologia influenciou não somente a técnica, mas também, alterou processos e
procedimentos para a realização de tarefas.

2.10.1. Sistemas Integrados de Bibliotecas

Os sistemas integrados de bibliotecas são definidos como sistemas de informação


baseados em computador que usam uma única base de dados bibliográficos e um conjunto
de programas inter-relacionados para automatizar múltiplas aplicações de biblioteca.Podem
ser utilizados por pequenas bibliotecas e até por consórcios de grandes bibliotecas.Desde
a metade dos anos 80,os sistemas integrados têm suplantado os softwares customizados e
os produtos de automação de bibliotecas para aplicações específicas tais como
catalogação ou controle de circulação e de aquisições. Na maior parte dos casos,o sistema
inclui módulos de catalogação,catálogo online de acesso público (OPAC)e controle de
circulação.Gerenciamento de aquisições e de publicações seriadas são populares
mas,normalmente,opcionais.
(ORTEGA, 2002)
70

2.10.2. Desenvolvimento de coleções: acesso à informação

 Tornando a informação disponível: o acesso expandido e a reinvenção da


biblioteca
MARÍLIA, Levacov. Tornando a informação disponível: o acesso expandido e a reinvenção
da biblioteca. In: MARCONDES, Carlor H. et alli. Bibliotecas Digitais. 2. ed. Salvador :
EDUFBA ; Brasília : IBICT, 2006. p. 205-221.

(...) Graças às tecnologias das telecomunicações em rede, onde o documento reside... a


posse física da fonte de informação deixa de ser importante. Sob a forma digital, a
informação passa a habitar um espaço "virtual" e ser visualizada na tela do computador.
Por essa razão, a biblioteca digitalizada pode apontar para as fontes de informação sem,
necessariamente, possuir a propriedade física das mesmas. O importante passa a ser a
disponibilização do acesso e, com freqüência, a confiabilidade da informação
disponibilizada. Dada a facilidade de manipulação [e publicação] deste tipo de informação,
torna-se agora especialmente importante saber quem a produziu, quem a identificou como
valiosa, quem a selecionou para disponibilizar e quem garante sua autenticidade.

O conceito de tempo também se altera... Uma de suas maiores conseqüências é que a


instantaneidade passa a ser palavra de ordem. soluções como o Programa de Comutação
Bibliográfica, por exemplo, não mais atendem às necessidades de acesso imediato aos
documentos que a informação em rede oportuniza... Essa biblioteca digitalizada pode estar
"aberta" 24 horas por dia, sete dias por semana, competindo em acesso com outras
bibliotecas e outras fontes, a maioria bastante anárquica.

Novos conceitos de catalogação

Este novo lugar, o ciberespaço, abriga um conjunto de entes descorporificados:


documentos diversos, informações em diferentes formatos e diferentes naturezas, além de
pessoas utilizando diferentes protocolos de acesso...
71

Uma das ferramentas clássicas para a localização da informação na biblioteca tradicional, o


catálogo, é fortemente influenciada por tudo isso. Por séculos, os catálogos representam
uma ferramenta de identificação e descrição que atendia adequadamente às coleções
relativamente estáticas ou moderadamente dinâmicas contidas em determinada instituição.
Tais catálogos permitiam encontrar um livro por seu título, autor ou gênero, porque
apontavam para a localização física desta informação na prateleira da biblioteca. Para o
profissionais da ciência da informação, a convergência de mídias, oportunizada pelo
formato digital (bem como sua localização volátil), apresenta novos desafios também ao
exigir que sejam desenvolvidas novas formas de descrever e indexar estes documentos
dinâmicos, em múltiplos formatos e em localizações remotas sobre as quais, muitas vezes,
tem-se muito pouco controle.

Por sua importância, o catálogo foi a primeira coisa a ser digitalizada em muitas bibliotecas
e, posteriormente, a ser disponibilizada na Internet.. Chamado em inglês de OPAC (online
public-access catalog, catálogo público de acesso em rede), referia-se aos documentos
analógicos presentes em determinada instituição, muitas vezes "reunindo" coleções
dispersas por diferentes lugares em uma longa, flexível e única prateleira virtual. A maioria
das bibliotecas universitárias o possui, em seu website, junto com as opções de acesso a
bases de dados digitais, locais ou remotas.

(...) um memorável artigo, "The future of cataloging", na qual a autora questiona se há


futuro para atividades de catalogação, indexação etc. em uma época de indexadores
automáticos, que criam instantaneamente o que se poderia chamar de lista personalizada
que aponta diretamente para a informação dentro da topologia específica do ciberespaço. A
autora faz perguntas duras, mas necessárias, ao descrever, de modo realista, o que ela e
outros autores percebem quando conversam com usuários da Internet: que estas pessoas
utilizam material digital on-line, diretamente, sem recorrer aos catálogos convencionais,
acessando documentos que, freqüentemente, não existem ou não são sequer solicitados
na biblioteca em átomos. A autora também descreve o formidável projeto Google de
digitalização de obras em texto integral (existem outros mais antigos, como o Projeto
Gutenberg, que foi o primeiro, mas esses não possuem um indexador automático e
72

poderoso como o Google... Neste universo, o nível intermediário para localização do texto,
a função da catalogação e indexação, talvez se torne redundante ou desnecessária e
precisa ser repensada.

Access over ownership

Leitura recomendada:
REZENDE, Yara, MARCHIORI, Patrícia Zeni. Do acervo ao acesso: a perspectiva da
biblioteca virtual em empresas. Ciência da Informação. Brasília, v.26, n.3, p. 348-352,
set./dez. 1994.

A decisão pelo acervo ou acesso (access over ownership)?

As Tecnologias da Informação proporcionaram a criação, o armazenamento e a


disseminação de documentos eletrônicos. Dessa maneira a posse do documento em papel
tornou-se algo optativo. Hoje, podemos prescindir do documento em papel para termos o
mesmo documento armazenado em meio eletrônico, ou simplesmente, termos o acesso a
esse documento apenas quando for necessário sem a necessidade de tê-lo armazenado
em nossos equipamentos. Essa possibilidade gerou a uma controvérsia: ter o documento
em papel ou ter o acesso ao documento? É a decisão pelo acervo ou acesso.

Sobre a questão da escolha do acesso ou a posse do documento/informação, Levacov


(1997) discorre: “Onde o documento reside não é mais importante. O conceito de ‘lugar’
torna-se secundário, tanto para bibliotecários quanto para usuários. O que é importante
passa a ser o ‘acesso’ e, com freqüência, a ‘confiabilidade’ da informação... A biblioteca
virtual, com freqüência, aponta para as fontes de informação sem, necessariamente,
possuir a propriedade física das mesmas.”

Dabenstott e Burman (1997) entendem também que a “aquisição cumulativa de materiais”


deve ceder ao acesso à informação. Contudo deve-se caminhar com cuidado nesta
questão e não se deixar levar por modismos ou extremismo, seja de um lado ou de outro.
73

Assim entende Figueiredo (1996), ao determinar que o uso “uma coleção de núcleo”, em
papel, é opção aprazível ao tema. A autora orienta que a demanda exerce papel importante
nesta escolha, contudo cabe acrescentar outro fator importante, a tipologia da unidade de
informação. É difícil antever, na realidade brasileira, uma biblioteca pública, entenda-se
aqui biblioteca escolar, que apenas se utilize de documentos digitais para as “pesquisas”,
ou melhor, para as cópias do dia a dia.

a) Políticas de desenvolvimento de coleções

Mercadante (1995) reflete sobre as novas necessidades de negociação na área de


informação, com destaque para o compartilhamento de recursos. Contrapõe virtualidade e
materialidade da instituição biblioteca. Mídias tradicionais substituindo as tradicionais em
uma velocidade de aplicações e a uma velocidade vertiginosa são abordadas por Levacov
em três artigos publicados no ano de 1997. Coleção versus acesso, usuário local versus
usuário remoto, indexação hierárquica ou hipertextual, imprimir e distribuir ou distribuir e
imprimir, navegar no oceano de informações ou afogar-se são questões que a autora traz
para reflexão e destaca no seu texto que:

‘O aumento da procura por fontes eletrônicas de informação acaba por exigir que
desenvolvamos novas estruturas para organizar a informação contida nestas novas
‘bibliotecas’, estruturas essas que evoluem e se transformam conforme a tecnologia
permite (...) Encontrá-las, desenvolver políticas para identificá-las e indexá-las, desenvolver
procedimentos para compartilhá-las, repensar a validade dos critérios existentes em face
das necessidades da comunidade virtual, arriscar-se além da etapa da comunidade virtual,
arriscar-se além da etapa determinada pela linearidade da fala e da escrita, representa o
grande desafio aos (ciber) bibliotecários oferecido na época atual (LEVACOC, 1997).’

b) Publicações eletrônicas
74

O trabalho de Almeida et alli (1996) situa o leitor dentro do panorama das publicações
eletrônicas, referindo-se, mais especificamente, às revistas científicas disponíveis na
Internet baseadas na tecnologia Web. Mostra as tendências na utilização de ferramentas
que auxiliam o trabalho de publicação de revistas em meio eletrônico e projetos em curso
no exterior, com número de publicações on-line bastante expressivo. Descreve a
metodologia do Instituto Brasileiro em Informação Ciência e Tecnologia (Ibict) na
disponibilização da revista Ciência da Informação on-line.

Mandel (1997) avança nesta questão quando aborda aspectos relacionados com a
tecnologia de publicação eletrônica, evidenciando que o uso da Internet já mostra uma
direção para mudança do conceito de publicação, servindo a publicação tradicional mais
como uma forma de registro e sancionamento, e não de veiculação. Contempla discussões
sobre como resguardar os direitos autorais, como garantir um sistema de edição e revisão,
como organizar o grande volume de informação e também sobre o que é acervo neste
contexto.

c) Recursos disponíveis na Internet

Reflexões sobre a evolução das bibliotecas, que, de minerais chegaram a virtuais, são
apresentadas por Pereira & Rutina (1999). O artigo aborda as implicações que os
documentos eletrônicos (digitais) já estão trazendo às bibliotecas tradicionais do mundo
contemporâneo. Enfatiza a importância da Internet para a comunidade em geral e, em
especial, para os profissionais da informação. Para as autoras, ‘a realidade educacional e
cultural do nosso povo ainda é bastante precária, e muito há por fazer em termos de
instrução fundamental (...). No tocante à informatização de bibliotecas brasileiras,
principalmente as universitárias e aquelas que já haviam informatizado seus catálogos para
acesso em redes locais, passaram a fazê-lo em escala mundial pela Internet.’

Souza (1997) enfoca a biblioteca diante dos recursos da Internet e intranets, reunindo
algumas ferramentas de navegação, ferramentas de busca, denominadas browsers,
informando o endereço dos mais conhecidos e utilizados. Estes mecanismos de busca
75

indexam as palavras de todos os sites existentes na Internet. A tipologia de publicações


eletrônicas cresce rapidamente e de forma ainda mais dispersa que as publicações
impressas modernas, destacando-se os periódicos eletrônicos, os jornais e revistas on-line,
pré-prints, as obras de referência, acompanhadas dos respectivos endereços na Internet.
Complementa o artigo, apresentando sites de bibliotecas virtuais. Para a autora, ‘é
essencial que os bibliotecários e demais profissionais da informação reconheçam seu papel
diante de novas tecnologias da informação e não permaneçam isolados daqueles que já
descobriram os modos de navegar na grande rede e estão prontos a enfrentar os desafios
e as responsabilidades inerentes à sua competência técnica de recuperar informações’
(Souza, 1997). (OHIRA; PRADO, 2002).

2.10.3. Document delivery

O acesso digital ao documento dá lugar a, aparentemente, uma nova forma de serviços em


unidades de informação, o document delivery, isto é a entrega por demanda da informação.
O serviço nada mais é do que o acesso a informação apenas no momento em que as
mesmas satisfazem as necessidades dos usuários. Assim, não seria preciso manter um
estoque de materiais de suportes de informação, quer seja em papel ou mesmo em meio
digital na forma de discos ópticos, mas sim ter o canal para acessá-los, ou seja a
assinatura de Bancos de Dados que disponibilizem o conteúdo da informação.

Finalmente pode-se antever que essa prática afetará profundamente serviços há tempos
desenvolvidos em unidades de informação, tais como o desenvolvimento de coleções.
Assim, a relação direta, ostentada por algumas bibliotecas, da qualidade da biblioteca ou
qualidades dos serviços oferecidos estarem em proporção ao tamanho do acerco já não
será mais real. Agora, tamanho de acervo e qualidade de serviços já não têm mais um
relacionamento direto.

Muitas instituições que se orgulhavam do tamanho e abrangência de suas coleções


estão cortando assinaturas e recorrendo a serviços de acesso a artigos específicos
(document delivery) para satisfazer demandas expressas por seus usuários. Hoje já não
76

faz tanto sentido falar em desenvolvimento de coleções, mas em administração da


demanda, e a frase ownership verso access já nem é mais tema de discussão - a decisão é
pelo acesso. (MUELLER, 1994).

Nas novas formas de identificar, localizar e obter documentos estão em questão os


novos desenvolvimentos de empréstimos entre bibliotecas. O termo “empréstimo entre
bibliotecas ”adotado inicialmente em inglês como interlibrary loan e interlending está sendo
substituído por “entrega de documentos ”(document delivery ).Este termo, mais geral,
reflete o uso do e-mail ,a transferência de arquivos por redes de computadores e o envio de
documentos por aparelhos de fac-símile, mais que o simples pedido de empréstimo de
materiais a outra biblioteca e o envio pelo correio...

Quanto à entrega de documentos (document delivery ), esta atividade tem sido considerada
o coração dos serviços oferecidos por bibliotecas, editores e outros da indústria da
informação. A entrega de documentos inclui tanto os documentos impressos quanto os
eletrônicos. Embora mecanismos para entrega impressa estejam bem estabelecidos, este
serviço tem se tornado mais eficiente por meio da introdução de pedidos eletrônicos. Além
disso, tem havido rápido desenvolvimento nos últimos anos na entrega de documentos
eletrônicos, particularmente a partir das revistas eletrônicas. Há um número de diferentes
agentes na entrega de documentos, entre eles:

No contexto dos serviços de notificação corrente, a entrega de documentos (document


delivery ) é a área na qual tem havido a mudança mais significativa. Entrega de
documentos pelo correio ou por aparelho de fac-símile e o abastecimento da cadeia entre o
serviço de notificação corrente, o usuário e o serviço de entrega de documentos era
freqüentemente pequeno, enquanto sua eficácia variou dependendo do documento
particular que estava sendo requisitado. A digitalização de documentos oferece muito mais
rapidez e efetiva entrega, embora correio e fac-símile permanecem como opções. Além
disso, os principais fornecedores de serviços de notificação corrente têm feito ligações ou
alianças estratégicas com serviços de entrega de documentos.
(ORTEGA, 2002)
77

2.10.4. Serviço de referência automatizado

 Serviço de referência digital


MENDONÇA, Marília Alvarenga Rocha. Serviço de referência digital. In: MARCONDES,
Carlor H. et alli. Bibliotecas Digitais. 2. ed. Salvador : EDUFBA ; Brasília : IBICT, 2006. p.
205-221.

(...) O surgimento da biblioteca virtual proporcionou uma transformação no modus operandi


das bibliotecas, principalmente no tocante ao atendimento ao público, e o bibliotecário,
intermediário entre o usuário e a informação, precisa dominar as técnicas bibliográficas
juntamente com as novas tecnologias, para bem desempenhar seu papel neste novo
cenário.

O serviço de referência, por ser o que proporciona esta interface usuário/informação,


também sofre alterações, decorrentes do surgimento da biblioteca virtual, que tem por
finalidade prestar assistência aos usuários, virtualmente... (MENDONÇA)

Em relação ao Serviço de Referência, a influência da tecnologia, como fator positivo, é


percebida mais nitidamente pela agilização da pesquisa. O que levaria horas, ou mesmo
dias para contatar, e outros tantos para receber a resposta, pode ser efetuado em questão
de minutos através de fax, e-mail ou consulta direta a Bases de Dados ‘on-line’. Os
serviços de informação começaram a se tornar não apenas viáveis economicamente, mas
também parte essencial de interesse nacional de cada país (GIANNASI, 1995).

As etapas envolvidas em um processo normal de referência são definidas, segundo Grogan


(1995), como sendo em número de oito (o problema, a necessidade de informação, a
questão inicial, a questão negociada, a estratégia de busca, o processo de busca e a
resposta). (LOPES, 1997)
78

2.10.5. Web 2.0

A Web madura, mais conhecida como Web 2.0, vem transformando a rede mundial de
computadores num ambiente cada vez mais interativo, dinâmico e colaborativo. Essas são
algumas das conseqüências positivas dessa nova geração Web. Como conseqüência
negativa podemos citar o aumento substancial do lixo eletrônico presente na rede
produzido pelos usuários. Um problema que, aos poucos, vai ser superado pela ação dos
próprios produtores através da combinação de melhores ferramentas de seleção,
organização e filtragem da informação presentes na Web e pelo aumento do nível de
educação do próprio usuário.

O termo Web 2.0 foi cunhado por Tim O'Reilly (2005) para designar uma segunda geração
de comunidades e serviços baseados na plataforma Web, como aplicações baseadas em
redes sociais e participativas. Mesmo carregando uma conotação de evolução técnica a
Web 2.0 não pode ser confundida com as mudanças tecnológicas cada vez mais
frequentes no cenário das comunicações. Na verdade esse efeito deve ser visto como uma
mudança de comportamento dos usuários frente a Internet, pois usuários mais instruídos e
ativos geram mais interatividade.

O que ocorre na Web de hoje é a mudança de consciência dos utilizadores que a vêem
como um meio de comunicação e informação bem acima de outras mídias e fontes
informacionais onde os fluxos se dão de forma unidirecional. A Web 2.0 permite ao usuário
colaborar com a produção do conhecimento, aumentando dessa forma a consistência da
informação e tornando-a mais verdadeira. Esse fenômeno colaborativo deve ser
incentivado além dos muros invisíveis da Internet, já que o ser humano tem dentro de si um
grande potencial de contribuição para um bem comum.

Um bom exemplo de recurso Web que teve sua ascensão na geração 2.0 são os blogs.
Essas webpages, de autoria pessoal ou coletiva, criadas pelos usuários são caracterizadas
pela facilidade de criação e desenvolvimento, dispensando o conhecimento em linguagens
demarcação, como o HyperText Markup Language (HTML). A instrução tecnológica para
79

manutenção de uma ferramenta de publicação na Web passou a não ser mais um requisito,
causando um aumento surpreendente de páginas Web em um curto espaço de tempo. Os
blogs foram os segundos pioneiros a aderir a tecnologia tag cloud - os primeiros foram os
sites de compartilhamento de conteúdo, como veremos a seguir. Por ser um tipo de site
onde as atualizações são organizadas cronologicamente em ordem inversa, ou seja,
somente o conteúdo recente é visualizado na primeira página, o blog acaba sendo mal
explorado. Com ouso da tag cloud os assuntos predominantes no blog, até mesmo as
postagens mais antigas, podem ser acessados rapidamente clicando na tag que descreve
o assunto.

(GUEDES, 2008)

2.10.6. Web semântica

A Web Semântica ou Inteligente, vem se apresentando como solução para ordenar o caos
informacional existente na web.

Segundo Berners-Lee et alii (2001), a web semântica será uma extensão da web atual
porém apresentará estrutura que possibilitará a compreensão e o gerenciamento dos
conteúdos armazenados na web independente da forma em que estes se apresentem, seja
texto, som, imagem e gráficos à partir da valoração semântica desses conteúdos, e através
de agentes que serão programas coletores de conteúdo advindos de fontes diversas
capazes de processar as informações e permutar resultados com outros programas.

(OLIVEIRA)

Definição
A Web Semântica é um projeto dirigido por Tim Berners-Lee, criador do HTML e da World
Wide Web sob os auspícios do World Wide Web Consortium (W3C). O objetivo deste
projeto é melhorar as potencialidades da Web através da criação de ferramentas e de
80

padrões que permitam atribuir significados claros aos conteúdos das páginas e facilitar a
sua publicação e manutenção.

As páginas construídas usando a filosofia da Web Semântica passam a fazer parte de um


meio universal para a troca de informação. Dizemos que se trata de um meio universal
porque estas páginas podem ser lidas por humanos ou por máquinas e tanto podem ser
apresentadas graficamente (num monitor ou impressas em papel) como lidas em voz alta
por browsers capazes de sintetizar voz e podem ser apresentadas em telefones móveis
adequados.

(http://www.artifice.web.pt/redir.html#pag=00/web-design/02-11-2004-web-semantica.html)

 A Web Semântica representa a evolução da web atual. Enquanto a web tradicional foi
desenvolvida para ser entendida apenas pelos usuários, a Web Semântica está sendo
projetada para ser compreendida pelas máquinas, na forma de agentes computacionais,
que são capazes de operar eficientemente sobre as informações, podendo entender seus
significados. Desta maneira, elas irão auxiliar os usuários em operações na web...

O objetivo da Web Semântica é estruturar o conteúdo que está solto na Internet. Para isto é
necessário que agentes percorram a rede, página a página para executar tarefas
consideradas sofisticadas para o usuário. Esses agentes serão capazes de identificar o
significado exato de uma palavra e as relações lógicas entre várias palavras.

Para os computadores entenderem o conteúdo da web é necessário que eles consigam ler
dados estruturados e tenham acesso a conjuntos de regras que o ajudem a conduzir seus
raciocínios. As páginas web terão de ser escritas numa linguagem nova e serem
entendidas por diferentes sistemas.

Algumas tecnologias foram desenvolvidas para a Web Semântica, tais como o XML,
linguagem de marcação que permite aos usuários criarem tags personalizadas sobre o
81

documento criado, diferentemente do HTML, que possui estrutura de tags fixas, impedindo
a criação de novos tipos de descritores...

Outra tecnologia utilizada pela Web Semântica é o RDF, que trabalha com um trio de
informação o qual expressa o significado das informações.

(DZIEKANIAK; KIRINUS)
(http://www.encontros-bibli.ufsc.br/Edicao_18/2_Web_Semantica.pdf)

Objetivos
A Web Semântica é um projeto voltado para WEB que pretende fazer com que toda a sua
informação seja organizada de forma a que não só os humanos, mas principalmente as
máquinas a possam compreender. Isto porque, atualmente, a maioria da informação está
organizada de uma forma que apenas os humanos conseguem entender.

Vejamos o seguinte exemplo… vamos imaginar que pretendemos encontrar informações


sobre o vinho Paraná, mas apenas efetuamos a pesquisa pela palavra "paraná". Como
resultado recebemos vários sites de turismo, de prefeituras e também, times de futebol,
etc., mas pouca informação do que realmente estávamos precisando.

Obviamente que podemos (devemos) restringir as pesquisas combinando a palavra


"paraná" com outras palavras-chave de forma a obtermos apenas os resultados
pretendidos. Mas, ainda assim, os resultados são, por vezes, uma "sopa de letrinhas". Não
é difícil a pesquisa desenrolar dezenas (ou mesmo centenas) de sites que não nos
interessam, tornando difícil encontrarmos o que queremos.

Para um humano, filtrar os resultados de uma pesquisa é uma tarefa relativamente fácil,
mas pode demorar algum tempo e tornar-se bastante desgastante. Para que possamos
colocar as máquinas a desempenhar esta tarefa, é necessário organizar a informação do
site, de forma a que esta faça sentido para as máquinas. O que não deixa de ser curioso, já
que o que o nosso foco é "agradar" às pessoas e não às máquinas!
82

Com as informações devidamente organizadas, torna-se mais fácil a criação de sistemas e


motores (robôs) de busca mais inteligentes e flexíveis. E, desta forma, as informações
poderão ser corretamente compreendidas pelas máquinas, poupando ao usuário final a
execução das tarefas acima descritas, recebendo este imediatamente os resultados
pretendidos.

Assim com o XML, a informação seria devidamente identificada de modo que pudesse
manipular os dados de forma que lhe for mais viável, com diversas ferramentas.

(Padilha, Maurivan Luiz. XML e Web semântica. Disponível em:


<http://www.plugmasters.com.br/sys/materias/352/1/XML-e-a-Web-Sem%E2ntica>

2.10.7. Metadados

Definição
Pode-se dizer que metadados são "dados sobre dados". Neste contexto, metadados
referem-se a estrutura descritiva da informação sobre outro dado, o qual é usado para
ajudar na identificação, descrição, localização e gerenciamento de recursos da web.
Entretanto, eles podem ser aplicados em qualquer meio. (DZIEKANIAK)

De forma literal, metadados significa dados sobre dados. Um exemplo comum é um cartão
de catálogo de uma biblioteca, que contém dados sobre os conteúdos e localização de um
livro. Campos comuns de metadados incluem o título, a fonte ou autor, a descrição de
como o recurso pode ser acessado, licença para uso, onde e em que ano foi publicado.

De forma mais geral, trata-se de informação estruturada sobre recursos (digitais e não-
digitais). Os metadados podem ser utilizados para viabilizar uma ampla série de operações
nos recursos. No contexto da OAI, as operações mais comuns são a de descoberta e
aquisição dos recursos. E os recursos podem ser, por exemplo, imagens, livros, obras de
83

arte, músicas, URLs, artigos científicos, entre muitos outros. O formato de metadados mais
amplamente utilizado pela OAI é o Dublin Core.

2.10.8. Evolução das linguagens de Metadados

Para que a Web Semântica se torne realidade é preciso que alguns


instrumentos/ferramentas sejam utilizados em conjunto, visando o entendimento
homem/máquina. São elas o RDF e o XML.

As linguagens de marcação (markup languages) evoluíram desde o SGML (Standard


Generalized Markup Language), para o HTML (Hypertext Markup Language) em 1980
eXML (Extensible Markup Language) em 1996.

Ao contrário da HTML que através das marcas pré-definidas gerenciam os textos marcados
e controlam sua representação estabelecendo ligações entre os documentos, a linguagem
XML marca semânticamente um documento. XML consiste em padrão utilizado para
marcação de documentos que contém informações estruturadas, ou seja, documentos que
contém uma estrutura clara e precisa da informação armazenada e obtida com XML. Esta
estruturação define e separa claramente conteúdo, significado e apresentação. Assim os
documentos em XML podem ser indexados com maior precisão que as páginas planas
escritas em HTML.

(OLIVEIRA)

SGML
(Standard Generalized Markup Language)
 Definida em 1986
 Possibilidade de criação de qualquer conjunto de tags
 Padrão comum: DTD (Document Type Definition)
 Difícil adoção na Web
 Complexidade
84

 Inexistência de estilos amplamente difundidos

HTML
(Hypertext Markup Language)
 Derivada do SGML
 Própria para Web
 Extremamente simples
 Fácil criação de links hypertexto
 Conjunto limitado de tags
 Difícil reutilização da informação
 Busca por documentos gera muitos resultados irrelevantes

XML
(Extensible Markup Language)
 SGML para Web
 Especificação mais simples
 Formato texto
 Descrição de dados estruturados
 Número ilimitado de tags
 Otimiza entrega de informações
 Dados são independentes dos aplicativos ou fornecedores de software

Exemplo de página em HTML

<html>
<head>
<title>Nome da página</title>
</head>
<body>

Texto
85

</body>
</html>

2.10.9. RDF (Resource Description Framework)

Definição
Resource Description Framework (RDF) é uma linguagem para representar informação na
internet. O RDF tem por objetivo definir um mecanismo de representação de metadados
para descrever recursos não vinculados a um domínio específico de aplicação. Resultado
do trabalho em conjunto desenvolvido por várias comunidades. (DZIEKANIAK)

O RDF recebeu a influência de várias fontes diferentes. As principais influências vieram das
comunidades de padronização da web (HTML, XML e SGML), da Biblioteconomia
(metadados de catalogação), da representação do conhecimento (ontologias), da
programação orientada a objetos, da linguagem de modelagem, entre outras.

Segundo Moura (2001) o RDF possibilita a implementação de mecanismos de pesquisas


mais eficientes. Na área de catalogação, o mesmo pode ser utilizado para descrever os
recursos de informação em um sítio da web, como em uma biblioteca digital. Na área de
agentes inteligentes o RDF pode facilitar o intercâmbio de informações e o
compartilhamento de conhecimento.

O RDF é um sistema para auxílio ao desenvolvimento de metadados cuja finalidade é


promover a interoperabilidade entre aplicações que compartilham informações que sejam
entendidas por sistemas na web (ZANETE, 2002?). Metadados representados em RDF são
usados para dar significado aos recursos da Web Semântica por permitir que estes sejam
manipulados e compreendidos por máquinas.

A estrutura de descrição de recursos - RDF é composta por três tipos de objetos: recursos,
propriedades e triplas. Um recurso é o que será descrito por uma expressão RDF. Todo
recurso é identificado por um URI (Uniform Resource Identifier, incluindo aí o Uniform
86

Resource Locator - URL). Uma propriedade é qualquer característica utilizada para


descrever um recurso.

Em RDF, um domínio de conhecimento é definido via um RDF Schema (RDF, 1998). É no


RDF Schema, portanto, que é definida a semântica e as características de uma
propriedade. Uma aplicação que crie metadados em RDF e outra que utilize estes
metadados devem utilizar o mesmo Schema para um funcionamento adequado.

Uma tripla é formada por um recurso, uma propriedade e um valor para a propriedade
daquele recurso. Uma tripla possui a seguinte forma <sujeito, predicado, objeto>. O
significado de uma tripla pode ser resumido como: "o recurso (sujeito) que possui a
propriedade (predicado) com determinado valor (objeto)". Um valor ou objeto pode ser
tanto um outro recurso quanto um tipo primitivo definido por XML (Extensible Markup
Language) (BAX; REZENDE, 2001)

Por exemplo, a tripla


<"http://www.urcamp.tche.br/josiane/metadados", "criador", "Josiane">
teria o significado:
Josiane é a criadora da página <http://www.urcamp.tche.br/josiane/metadados>.
É importante notar que um recurso pode ter mais de um valor para uma dada propriedade.

2.10.10. XML

Definição
O XML nada mais é do que uma linguagem de marcação de dados (metadados) que
oferece aos seus usuários a descrição de dados estruturados, facilitando declarações
precisas do conteúdo de documentos e mais ainda, facilitando a recuperação destes
documentos via web. (DUARTE; FURTADO JUNIOR, 2000?)

De acordo com os autores supracitados, os arquivos XML são textos para leitura por uma
pessoa assim como o HTML e podem "codificar o conteúdo, as semânticas e as
87

esquematizações para uma grande variedade de aplicações desde as simples até as mais
complexas, dentre elas: - um simples documento, - um registro estruturado tal como uma
ordem de compra de produtos, - um objeto com métodos e dados como objetos Java ou
controle ActiveX, (...) - Todos os links entre informações e pessoas na web."
(DUARTE;FURTADO JUNIOR, 2000?)

A linguagem XML supre as deficiências da HTML, permitindo a criação de marcações


definidas pelo próprio usuário e, desta forma, proporcionando uma maior descrição dos
recursos em termos de metadados. Também fornece uma linguagem sofisticada de folha
de estilo - a XSL (eXtensible Stylesheet Language), baseada no padrão DSSL (Document
Style and Semantics Specification Language) que adiciona estilos visuais (cores, tipos de
fontes, etc.) aos documentos web.

Desta forma, a formatação do documento é tratada separadamente de sua estrutura,


resolvendo assim um dos principais problemas do HTML, sem incorrer em um sistema
demarcações complexas como a SGML (MOURA, 2001).

XML é a representação textual do dado. O componente básico em XML é o element, isto é,


o texto limitado entre delimitadores (tags) < > ...</> (incluindo os próprios delimitadores) tal
como pessoa, nome, idade e e-mail. É possível associar atributos a elementos. Um atributo
é definido como um par (nome, valor).

A linguagem XML deve respeitar duas restrições: tags devem estar corretamente
aninhadas e atributos devem ser únicos. Quando um documento atende a essas duas
restrições diz-se que um documento é bem formado, sendo possível organizá-lo segundo
uma estrutura de árvore e representá-lo via XML na web, o que auxilia na recuperação da
informação.

(DZIEKANIAK)
88

A linguagem XML é um componente central da Web Semântica que permite descrever


semanticamente os dados e, a partir de categorias que o próprio usuário pode definir. "Um
elemento XML pode ter dados declarados como sendo preço de venda, título de livro,
quantidade de chuva ou qualquer outro. Uma vez que o dado é encontrado, ele pode ser
distribuído pela rede e apresentado em um browser, de várias formas possíveis, ou então
pode ser transferido para outras aplicações para processamento futuro e visualização",
explica Miguel Furtado Júnior, estudante do Centro de Tecnologia em Engenharia
Eletrônica da UFRJ, autor de um tutorial simples e bem estruturado sobre XML.

"O interesse do XML é que ele é extremamente flexível, embora a criação de


muitas categorias diferentes também não seja interessante, pois se as empresas
querem trocar dados é preciso que partilhem um código comum", ressalta
Queiroz, que é mediador da lista de discussão Dicas-L, sobre esse e outros
assuntos relacionados a softwares e Internet. Ele cita o exemplo da Unicamp e
CNPq, que estabeleceram um protocolo comum (criado por uma equipe da
Universidade Federal de Santa Catarina) para poder trocar dados relativos aos
currículos de seus pesquisadores. Em breve, um pesquisador que atualize seus
dados na plataforma Sipex da Unicamp terá automaticamente os dados
convertidos para a plataforma Lattes do CNPq.

Para criar aplicações XML são necessários quatro passos:


 Selecionar ou escrever um DTD (Document Type Definition), que é um conjunto de
tags + a gramática da linguagem de marcação.
 Criar documentos XML: é importante não sobrepor tags, e não omitir tags de
finalização.
 Interpretar documentos XML: através de dois padrões DOM (Document Object
Model) e SAX (Simple API for XML).
 Exibir documentos XML: nem todos os navegadores entendem o formato; nesse
caso é preciso transformar o arquivo com folhas de estilo (CSS).

Objetivos
89

Os computadores conseguem facilmente ler o conteúdo das páginas na web e exibi-las em


um browser. As páginas atualmente, são baseadas no formato HTML, proposto
originalmente com o intuito de ser um padrão que permitisse a divulgação de grande
conteúdo de informação pela rede de computadores.

Mas infelizmente, a informação extraída pelos browsers e em última instância pelos


motores de busca não apresenta-se em um formato adequado para que o processamento
semântico possa ser efetuado.

HTML (Hiper Text Markup Language é o padrão utilizado por todos os navegadores
para que os usuários da grande rede de computadores, ou mesmo aplicações rodando na
web tais como máquinas de busca, possam exibir os dados contidos em páginas. Isso é
feito através da definição de tags pré-definidas da linguagem que definem as modalidades
de visualização das páginas.

O problema que surge, é que este conjunto limitado de tags não possibilitam qualquer
forma de interpretação de dados. O primeiro passo dado para vencer este obstáculo
provem do advento do padrão XML (eXtensible Markup language). No XML é possível
personalizar as tags e tratá-las como objetos, ou unidades de informação, atribuindo assim
um significado que é conhecido pela aplicação na qual ela é definida.

O exemplo simples a seguir mostra uma implementação em XML. Perceba que em XML
existem tags específicas para objetos como monitor, modelo etc. Portanto é atribuído
um significado bem definido de certas unidades na página criada. Tais unidades podem ser
então manipuladas por aplicações que conhecem seus significados. É um primeiro passo
em direção a Web Semântica.
90

Exemplo:
<?xml version="1.0"?>
<!-- Microcomputador -->
<microcomputador>
<modelo>
Pentium IV
</modelo>
<velocidade>
1.5 GHz
</velocidade>
<ram>
256MB
</ram>
<monitor>
17 polegadas
</monitor>
<teclado>
Sim
</teclado>
<mouse>
Sim
</mouse>
<estabilizador>
Sim
</estabilizador>
<impressora>
Não
</impressora>
</microcomputador>

(MORAIS)

2.10.11. Folksonomia

O surgimento da World Wide Web (ou simplesmente Web) tem causado uma revolução,
não só na área da Ciência da Computação¸ mas também em toda a sociedade
contemporânea. Hoje em dia, milhões de usuários publicam e têm acesso à informação
livremente na Internet através da Web, fazendo uso da rede com os mais diversos
objetivos.

Com o surgimento da Web 2.0, novos tipos de aplicações que suportam publicação de
materiais, dão espaço a trocas qualitativas realizadas entre pessoas. Primo (2006) aponta
que nesta nova fase da Web os ambientes são criados com tecnologias que priorizam
novas formas de publicação, compartilhamento e organização de informações.
91

Para o autor, os aplicativos Web 2.0 “[...] potencializam processos de trabalho coletivo, de
troca afetiva, de produção e circulação de informações, de construção social de
conhecimento apoiada pela informática” (PRIMO, 2006,p.2).

Anterior a web 2.0, a [...] web era dominada pelos serviços de diretório. O exemplo mais
bem-sucedido foi o Yahoo!, que apesar de hoje ser um conjunto de serviços em constante
evolução, iniciou suas operações como um imenso catálogo de links, divididos de acordo
com uma taxonomia própria. Ao usuário comum ou outro produtor de informação cabia
apenas solicitar ao serviço a inclusão de uma URL para seu site, porém seguindo a
taxonomia do Yahoo!, que enquadrava o link em uma seção já definida. Não era possível,
por exemplo, criar uma nova subseção dentro do sistema. Se o usuário criasse um site
sobre um novo conceito inventado por ele, digamos,¯Sistemas colaborativos”, era
impossível “dizer” ao Yahoo! algo como: “Esta é uma área totalmente nova de pesquisas,
portanto crie uma nova seção para ela e inclua meu link dentro desta categoria”. O Yahoo!
foi, nos seus primeiros anos, exclusivamente um sistema top-down. No Brasil, o site Cadê?
é um exemplo semelhante. Além das regras taxonômicas serem previamente definidas por
seus mantenedores, outras características típicas de um sistema que se estrutura de cima
para baixo eram (e ainda são) observadas. Por exemplo: em uma determinada seção
(serviços de hospedagem), a ordem alfabética dos links é uma regra que pouco tem a ver
com a relevância para o usuário (LACERDA; VALENTE, 2007).

Em 1998, com o surgimento do mecanismo de busca Google, a emergência na


classificação das informações obtém um avanço. O Google, criado por SergeyBrin e Larry
Page, na época estudantes de Ph.D. da Universidade de Stanford,Califórnia (USA), adota
um algoritmo denominado PageRank para dar relevância aos resultados de uma busca,
tendo como base a quantidade de links que apontam para cada página. Dessa forma, são
os elementos do sistema que determinam a hierarquia dos links, e a popularização do
Google contribui para gerar uma estruturado tipo bottom-up, ainda que restrita ao domínio
do próprio serviço.
92

Em um período de menos de um ano, surgiram na Internet sistemas onde a participação do


usuário é bem maior do que simplesmente a produção do conteúdo. Nestes casos, o
usuário também participa efetivamente na classificação das informações, tendo o poder de
influenciar no que é apresentado como o mais importante, tanto para ele como para outros
usuários com interesses em comum.

A disseminação dessa forma colaborativa de classificação de informações é tal que alguns


autores já sugerem numa nova revolução dentro da própria revolução que a Internet
representa. Fraser (2005), por exemplo, imagina que esses ambientes colaborativos
baseados em folksonomias, estão ajudando a criar um novo idioma local para a web.

Etnoclassificação, classificação cooperativa, indexação social, folksonomia, dentre


tantas outras denominações, por sua vez é uma técnica nova que vem causando grande
agitação nas comunidades científicas.

Derivada do termo “folk” que significa pessoa, povo e “taxonomia” que siginifica o estudo da
classificação das coisas, palavra folksonomia quer dizer “classificação feita por pessoas”.
Acreditando que cada indivíduo possui uma lógica ao classificar algo, Thomas Vander Wal
criou a expressão acima para definir a forma como as pessoas identificam o mundo ao seu
redor.

Vander Wal (2007) conta que a idéia não era nova:


Eu sou fã de sistemas de rotulagem e etiquetagem desde o fim dos anos 80 depois de ver
um colega de trabalho fazer mágica com o Lotus Magellan (...) Nos anos 90, as pessoas
podiam adicionar palavras-chave em documentos e objetos que eles enviavam para as
bibliotecas de fóruns da Compuserve e o operador do sistema tentava manter as palavras
enquanto adicionava termos relevantes de um vocabulário controlado. Entre 1999 e 2000
serviços de etiquetagem, como o Bitzi vieram para a web e deram a oportunidade dos
usuários contribuírem com etiquetas e descrições.
93

Embora o sistema de etiquetagem não seja algo novo, observa-se que na web social esta
forma colaborativa de organizar conteúdos eletronicamente, está ganhando cada vez mais
popularidade.

Vantagens

Folksonomia tem como base a navegação social onde são exploradas as próprias
preferências do usuário para definir a relevância dos conteúdos. Se por um lado,
buscadores como Google utilizam algoritmos complexos para creditar relevância a um
determinado site, a navegação social utiliza um critério humano simples e interessante: os
próprios usuários escolhem ou votam em um conteúdo, segundo suas opiniões pessoais. O
conjunto de opiniões irá refletir, naquele momento, a avaliação do conteúdo, sem, no
entanto, encerrar as possibilidades de novas alterações.

A idéia por trás dessa nova forma de organizar as informações do site é bem simples:
utiliza o sistema democrático de tagging (etiquetagem/marcação) que reflete a opinião do
público em geral sobre determinado objeto associado à identificação das pessoas que
fazem essa classificação, introduzindo uma abordagem distribuída, inovadora, baseada em
uma classificação social (STURTZ,2008).

Ao invés de utilizar uma forma hierárquica e centralizada de categorização de alguma


coisa, o usuário escolhe palavras-chaves (conhecidas como tags) para classificar a
informação ou partes de informação. Tag em inglês significa “etiqueta”, “identificação”.
“Taggear” é identificar,etiquetar alguma coisa.

Para Vanderlei (2006, p.30) Essa abordagem produz resultados que refletem com mais
exatidão o modelo conceitual da população sobre a informação, tornando a própria
comunidade responsável pela classificação dos dados - algo que seria impossível até para
um exército de bibliotecários experientes, impreciso, se deixado a cargo de sistemas
automatizados.
94

Em uma biblioteca tradicional, por exemplo, é o tesauro (Linguagem Controlada) que vai
determinar o uso deste ou daquele descritor, a fim de que seu entendimento seja favorável
ao contexto dos usuários da biblioteca. Já em ambiente Web, o recurso informacional ao
ser indexado, será usado uma indexação livre, ou seja, em linguagem natural, não são
adotadas regras e/ou políticas de indexação e nem o controle de vocabulários. Os
conteúdos são indexados livremente pelos usuários.

O nome Indexação Social vem ganhando força como equivalente a folksonomia. Grosso
modo, enquanto a indexação propriamente dita é a indexação feita por profissionais
treinados que se utilizam de instrumentos próprios, como Tesauros e Vocabulários
Controlados, a indexação social é uma indexação feita por pessoas comuns, que
compartilham sua forma de olhar o mundo sempre que atribuem uma ou mais palavras-
chave a um recurso web, e compartilham em algum ambiente.

Esta indexação social, feita por indivíduos, provoca questionamentos e reflexões sobre ser
a folksonomia o ressurgimento da indexação manual, mas, desta vez, uma indexação
manual com capacidade para superar a indexação controlada. Conforme Voz (2007)

A popularidade da etiquetagem colaborativa na Web fez ressurgir o interesse na indexação


manual. Os sistemas de tags têm incentivado os usuários a anotar os objetos digitais com
palavras-chave livre a partilhar as suas anotações. As tags são diretamente afetadas por
qualquer pessoa que goste de participar (da indexação social). A visibilidade instantânea é
motivação e ajuda a instalar o mecanismo de feedback. Através do feedback os
inconvenientes de indexação descontrolada são menos dramáticos do que em sistemas
anteriores e, assim, a fronteira entre indexação controlada e livre começa a borrar.

Outra importante funcionalidade associada à folksonomia é o tag cloud (nuvem de


etiquetas), que é uma representação visual das tags mais usadas em um conjunto de
informações rotuladas. Normalmente, as tags mais usadas são representadas em fontes
largas ou enfatizadas, enquanto a ordem é geralmente alfabética. Selecionando uma tag
95

única em uma tag cloud irá levar o indivíduo a uma coleção de itens que estão associados
com aquela tag.

Desvantagens

Alguns problemas, no entanto, irão surgir dessa indexação social. Pois cada usuário coloca
uma tag com alguma motivação pessoal. De acordo com Cañada (2006), existem 4
motivações existentes ao se criar uma tag:

1. Tags egoístas: são termos usados para que o próprio usuário que o criou possa
encontrar o recurso novamente. Ela tem uma alta motivação para uso, pois é para proveito
próprio.
2. Tags amiguistas: são termos usados para um pequeno grupo de amigos ou grupo social.
O usuário etiqueta um recurso para que seus amigos e companheiros de grupo possam
encontrar os recursos. Tem uma motivação muito alta para uso, pois favorece grupos.
Porém, não serve para grupos extensos ou heterogêneos.
3. Tags altruístas: são termos usados para que os outros encontrem o recurso. É o que é
feito na biblioteca, quando o bibliotecário utiliza os termos mais comuns aos seus usuários.
Ela tem motivação baixa de uso na web, pois não há um benefício direto associado.
4. Tags populistas: são termos de apelo popular utilizados quando se quer que muitos
usuários encontrem o recurso. Tem motivação alta, pois o retorno de acessos é um
benefício.

Noruzi (2007) aponta alguns problemas da folksonomia, que são também problemas
apontados na indexação.

Plurais: partes do discurso e ortografia podem minar um sistema decodificação. Por


exemplo, se as tags Gato e Gatos são distintas, então uma consulta para um não vai
recuperar ambos, a menos que o sistema inteligente tenha a capacidade de realizar tal
substituição na busca.
96

Polissemia: refere-se a uma palavra que tem dois ou mais significados semelhantes. "Poli"
significa "muitos", e "semi" significa "sentidos". Essas ambigüidades entre as tags podem
surgir quando usuários usam a mesma tag em diferentes circunstâncias.

Exemplo: Ele é um bom rapaz. (bom = generoso)


Conseguimos um bom resultado. (bom = valioso)

Sinonímia: diferentes palavras com significados semelhantes ou idênticos apresentam um


maior problema para sistemas de codificação, porque inconsistência entre os termos
utilizados na codificação pode tornar muito difícil para um pesquisador ter certeza de que
todos os itens relevantes foram encontrados.

Exemplo: bonito/ lindo; fiel/ leal

Profundidade (especificidade) da marcação: Especificidade significa o quanto o usuário


pode ser específico ao traduzir um conceito em tag. Recursos Web podem ser indexados
com níveis variados de especificidade, a partir de temas muito amplos tomados apenas a
partir do título e resumo. A profundidade de "tags" refere-se a quantas etiquetas há em
relação a um recurso da Web no sistema.

Mas um grande problema da folksonomia que normalmente passa despercebido é o seu


individualismo. Pois, quando o usuário atribui uma tag a um conteúdo geralmente ele está
pensando apenas em si próprio ou no grupo de pessoas próximo a eles. Por isso são
comuns tags que apenas o próprio usuário e o grupo de pessoas com que se relaciona
conseguem entender, é o que denominamos de tags egoístas. Prova disso é que “to read”
(para ler) é uma das tags mais utilizadas no Del.icio.us. Nesses casos não existe por parte
do usuário uma preocupação de que outras pessoas entendam suas tags.

Aquino (2008):
Poderíamos dizer que a folksonomia é uma espécie de vocabulário descontrolado. Isso não
quer dizer que o esquema seja uma desordem total [...]. Na verdade, trata-se de um
97

mecanismo de representação, organização e recuperação de informações que não é feito


por especialistas anônimos, o que muitas vezes pode limitar a busca por não trazer
determinadas palavras-chave, mas sim um modo onde os próprios indivíduos que buscam
informação na rede ficam livres para representá-la, organizá-la e recuperá-la,realizando
estas ações com base no senso comum e tendo assim um novo leque de opções ao
efetuar uma pesquisa para encontrar algum dado.

2.10.12. Tag Clouds

Definição
Tag Clouds, ou Nuvem de Tags são listas hierarquizadas visualmente, ou seja,
uma forma de apresentar os itens de um website.

A Wikipédia (2008) de língua inglesa define o termo tag cloud como sendo "uma
representação visual das tags geradas pelo usuário, tipicamente usado para
descrever o conteúdo dos sites." Também é conhecida pela expressão inglesa
weighted list (lista ponderada), ou seja, uma relação de conceitos onde o peso
de cada um deles define seu lugar dentro do arranjo visual. Na maioria das tag
cloud ainda existe a opção de visualização por ordem alfabética ou por peso dos
conceitos. Modesto (http://www.ofaj.com.br/colunas_conteudo.php?cod=315)
define a tag cloud como "palavras usadas para ligar conteúdos armazenados
sobre um mesmo assunto [...] uma representação da freqüência de palavras
utilizadas para classificar determinado assunto." Sua função é permitir a rápida
identificação dos temas mais destacados pelos usuários. Por fim apresentamos a
definição de um autor que tem como foco de estudo as Interfaces de
Recuperação da Informação Visual, em inglês Visual Information Retrieval
Interfaces (VIRIs). Hassan-Montero (2006b) define a tag cloud como uma lista de
tags populares,geralmente exibidas em ordem alfabética, e visualmente
ponderada pelo tamanho da fonte, a fim de permitir a navegação visual.
(GUEDES, 2008)
98

Tags são rótulos ou legendas onde as pessoas podem categorizar conteúdo de


uma forma muito simples, utilizando qualquer palavra que faça sentido. O uso
de Tags na web foi difundido por sites como Technorati
(http://technorati.com/tag/), del.icio.us (http://delicious.com/tag/) e Flickr
(http://www.flickr.com/photos/tags/).

Uma nuvem de tags em geral reúne um conjunto de tags utilizadas em um


determinado website disposto em ordem alfabética, e o volume de conteúdos
que o site apresenta em cada tag é mostrado proporcionalmente pelo tamanho
da fonte. Dessa forma, em uma mesma interface é possível localizar uma
determinada tag tanto pela ordem alfabética como pela frequência da incidência
de conteúdos marcados com a mesma tag no referido site. As tags
disponibilizadas na nuvem são links que levam a coleções de itens relacionados
às palavras da tag.
(WIKIPEDIA)

Objetivo
Esse recurso foi originado pelas necessidades da Web para aumentar a interatividade do
usuário com o conteúdo das webpages, principalmente de blogs, para fins de organização
e, ao mesmo tempo, criar um ambiente de navegação por conceitos onde a popularidade é
o principal critério de apresentação. Uma vez que o usuário clica sobre uma tag do grupo,
obtém uma lista ordenada de recursos descritos por aquela etiqueta, como também uma
lista de etiquetas relacionadas com a primeira, possibilitando continuar a navegação.
(GUEDES, 2008)

 O Tag Cloud Generator é uma ferramenta web que permite


gerar nuvem de tags rapidamente de qualquer página, ou
diretamente de uma lista personalizada. Você pode definir o
estilo dos textos com cores e tamanhos diferentes conforme a
prioridade da palavra chave. As nuvens são interessantes para
identificar palavras chaves e criar menus personalizados. O
99

sistema gera um código HTML e CSS que pode ser colocado


independente da linguagem da página de destino. Veja em:
http://www.tagcloud-generator.com/

Exemplos
http://www.librarything.com/tagcloud.php
http://technorati.com/tag/
http://delicious.com/tag/
http://www.flickr.com/photos/tags/

2.10.13. Dublin Core

http://dublincore.org/about/
http://www.infodocs.com.br/fainc/dublincore/

Dublin Core é um padrão internacional para descrição de recursos de informação,


considerado parte importante da infra-estrutura da Internet. Foi desenvolvido, a partir de
1994, por um grupo de bibliotecários e especialistas de conteúdo, encabeçado por Stuart
Weibel, pesquisador da OCLC (Online Computer Library Center). É chamado "Dublin Core"
por ter se originado em um workshop na cidade de Dublin, Ohio, Estados Unidos. Todas as
ações e esforços são liderados pelo "Dublin Core Metadata Initiative" que é o responsável
pelo desenvolvimento, padronização e promoção do conjunto de elementos metadados
Dublin Core.

Embora o Dublin possa ser usado para descrever materiais em formatos tradicionais, o seu
impulso maior tem sido para descreve recursos eletrônicos disponíveis na Internet.
Consiste de um conjunto de 15 (quinze) elementos de metadados, equivalentes a uma
ficha catalográfica, os quais podem ser considerados como o mais baixo denominador
comum para descrição de recursos de informação (Weibel,1997).

As principais características do padrão Dublin Core são:


100

 simplicidade na descrição dos recursos - pode ser usado por não-catalogadores,


autores ou websiters sem conhecimento prévio de todas as regras de catalogação;
 interoperabilidade semântica - promove o entendimento comum dos descritores,
ajudando a unificar padrões de conteúdo,aumentando a possibilidade de
interoperabilidade semântica entre as disciplinas;
 consenso internacional - reconhecimento da cobertura internacional do escopo do
recurso;
 extensibilidade - constitui uma alternativa aos modelos de descrição mais
elaborados e caros. Possui flexibilidade e extensibilidade para codificar semânticas
mais elaboradas em padrões mais sofisticados.

Desde de 1996, o Dublin Core Metadata Element Set, ou simplesmente Dublin Core, vem
se evidenciando como a solução mais viável para descrição de recursos eletrônicos na
Internet. Projetos de construção de ferramentas baseadas no Dublin Core têm aumentado
significativamente, assim como a quantidade de documentos disponíveis na Web que
contém suas próprias descrições no formato Dublin Core.

Atualmente, são inúmeros os projetos em desenvolvimento em diversos países (América


do Norte, Europa, Ásia e Austrália), utilizando o padrão Dublin Core Metadata. Entre as
várias iniciativas pioneiras de desenvolvimento de ferramentas para descrição de recursos
eletrônicos, tomando por base o Dublin Core, destacam-se os projetos:

 The Nordic Metadata Project - primeiro projeto internacional a optar pelo Dublin Core
e a desenvolver ferramentas para geração, coleta e indexação de metadados. Estão
envolvidos os países escandinavos: Finlândia, Noruega, Dinamarca, Suécia e
Islândia (Hakala et al., 1998).
 The Donor Project - (National..., 1999) - projeto desenvolvido pela Biblioteca
Nacional da Holanda. Adota o padrão Dublin Core na gestão de metadados e possui
ferramenta para gerar metadados.
101

 Foundations Project Minnesota's Gateway to Environmental Information - projeto


desenvolvido com a colaboração de Agências Ambientais do Governo do Estado de
Minnesota, Estados Unidos. Utiliza o padrão Dublin Core e tem gerador de
metadados próprio.
(SOUZA, 2000)

Não basta possuir uma linguagem flexível como o XML para construir metadados. Para
compartilhar um significado, é necessário que este seja consensual e inteligível de forma
não ambígua entre todos os participantes de uma comunidade. Para resolver o problema
da explosão de nomenclaturas diferentes e as várias situações em que a interpretação dos
dados de maneira unívoca não é possível, foram criados, no escopo do projeto da Web
Semântica, alguns padrões de metadados, de construção de código XML e uma nova
significação para o termo ontologias, como vemos a seguir.

O Elemento de Metadados Dublin Core Simples (Core Metadata Element Set, DCMES)
consiste de quinze elementos de metadados:

Title: Título
Creator: Criador
Subject: Assunto
Description: Descrição
Publisher: Publicador
Contributor: Contribuidor
Date: Data
Type: Tipo
Format: Formato
Identifier: Identificador
Source: Origem
Language: Idioma
Relation: Relação
Coverage: Abrangência
102

Rights: Direitos

Segundo Lagoze et al. (1996) o Dublin Core pretende ser simples e, para facilitar o uso
pelos criadores e mantenedores de documentos web, descritivo o suficiente para auxiliar na
recuperação de recursos na Internet.

Isto gera um paradoxo: os descritores fornecidos pelo DC, por serem genéricos e simples,
não cobrem a total necessidade de descrição dos recursos, pois dependendo da aplicação
a que se refere um recurso, não se encontram descritores apropriados, ou que, no mínimo,
possam ser aproveitados.

Para sanar esta ausência, foram desenvolvidos elementos extras que complementamos 15
elementos definidos pelo DC, que podem ser denominados de qualifiers. Estes qualifiers
são avaliados pelo DCMI (Dublin Core Metadata Iniciative) para fazerem parte do conjunto
de descritores às aplicações.

2.10.14. Livre acesso e arquivos abertos

Comunicação científica
Meadows usando a metáfora de Isaac Newton: "Se enxerguei mais longe foi porque me
apoiei nos ombros de gigantes", afirma que a comunicação envolvia: "[...] a acumulação e o
fornecimento de informações sobre o próprio trabalho a outras pessoas e, em troca, o
recebimento de informações dessas pessoas." Ainda lembra que: como esse "[...]processo
de acumulação estendia-se no tempo, as informações deveriam ser divulgadas numa forma
durável e prontamente acessível."

Entre a comunidade circula a literatura científica, são publicações que contemplam toda a
documentação dos trabalhos que os cientistas produziram, visando-os tornar público e
parte integrante do corpo universal do conhecimento denominado ciência (MUELLER,
103

1995, p. 64). Podem ser: artigos, trabalhos apresentados em eventos, resumos, cartas,
relatórios,teses, etc.

(MORAES, 2006)
104

Periódico eletrônico
Surgiu com a expectativa de agilizar a comunicação, trazer facilidade no acesso, melhorar
o alcance e baratear os custos de publicação. Segundo Mueller (2003, p. 83) apresenta
algumas características comuns: meio versátil e rápido; a divulgação pode acontecer logo
após a conclusão; com boa conexão de Internet, inexistem barreiras geográficas e
hierárquicas (o material pode ser enviado e apreciado por autoridades no assunto sem
burocracia ou maiores esforços); e permite a recuperação por diferentes modos.

2.10.15. E-prints, pré-prints

Bastante utilizado no meio da comunicação científica e ainda de significado incerto, o termo


Eprint tem várias designações diferentes, Weitzel (2006) destaca que é o nome dado ao
software que permite a implantação de repositórios; é um documento eletrônico publicado
ou não, se diferenciando dos demais por abrir espaço para o debate entre autores sobre os
seus trabalhos; e também é o nome dado a um projeto da Universidade de Southampton.
Contudo, os autores Ferreira; Modesto; Weitzel (2003) definem como a versão eletrônica
de trabalhos científicos, publicados em revistas, apresentados em conferências e
pesquisas submetidas a revisão dos pares. Pode conter "[...] anotações e atualizações dos
mesmos pelos autores e/ou comentários pelos pares." (CORREIA; CASTRO NETO, 2001)

Preprint é considerado como "[...] o nome dado à versão original de um artigo ainda não
publicado oficialmente [...] não são normalmente sujeitos à avaliação prévia." (MUELLER,
2003, p. 87)

2.10.16. OAI (Open Archives Initiative)

Livre Acesso e Arquivos Abertos


A principal mudança na atividade de comunicação científica é chamada de Arquivos
Abertos (Open Archives Initiative), segundo Lagoze; Van de Sompel (2001) o termo
"arquivo" foi escolhido porque nas comunidades de e-prints vem sendo utilizado como
105

sinônimo de depósito de texto completo de documentos científicos. E "aberto" reflete a


arquitetura do sistema, "definindo e promovendo interfaces que facilitam a disponibilidade
de conteúdo a partir da variedade de provedores. [...] trata-se de interoperabilidade das
máquinas onde estão disponíveis os repositórios de dados, isto é, interface de máquina
aberta que facilita tornar disponíveis conteúdos de diversos autores." Nesse sentido, a
técnica de operação é que está atribuindo significado ao termo.

Alguns autores também usam o termo acesso aberto (Open Acess) e nessa perspectiva
Costa (2006) afirma: "[...] trata-se da acessibilidade ampla e irrestrita a conteúdos
disponíveis em formato digital, no sentido em que, como observa Suber (apud Bailey Jr,
2006) 'remove barreiras de preço e de permissão... tornando a literatura científica
disponível com o mínimo de restrições de uso'."

O Movimento de Livre Acesso surgiu em 2002 com a Declaração de Budapest, Weitzel


(2006) afirma que:

[...] é possível que a OAI tenha contribuído para a organização do Movimento de Livre
Acesso. Trata-se, portanto, de dois movimentos distintos, ambos desejam o livre acesso, e
por isso, estão inseridos no modelo baseado do Open Acess, traduzido aqui como acesso
livre no sentido de acesso público e gratuito.

Como observado, um movimento aconteceu em decorrência do outro, e compartilham de


aspectos em comum.

Para garantir a comunicação entre os diferentes arquivos foi necessário criar o Open
Archives Initiative - Protocol for Matadada Harversting (OAI-PMH). Para Marcondes; Sayão
(2002):

[...] é um protocolo que provê interoperabilidade não imediata (ou seja, não é,portanto, um
protocolo para busca on-line) entre repositórios de e-prints, bibliotecas digitais ou qualquer
106

servidor na rede que queira expor, ou seja, tornar visíveis documentos nele armazenados
para um programa externo que queira coletá-los.

Através do protocolo OAI-PMH há a transferência de metadados de um computador


(provedor de dados ou repositório) para outro computador (provedor de serviço ou
havester).

O texto científico depositado em um repositório com a filosofia de arquivos abertos, tem as


seguintes características, identificadas por Café; et al (2002): processamento automático
de discussão entre os pares, o usuário ao se cadastrar e enviar um artigo ou projeto de
pesquisa, tem seu nome ligado a sua área de pesquisa ficando visível para toda a
comunidade científica, sendo possível ampliar e aprofundar consideravelmente as
discussões, conhecendo pontos de vista e enfoques diferentes sobre o tema; geração de
versões de um mesmo documento, após obter sugestões de colegas ou conhecer outros
aspectos ainda não considerados em seus estudos, o pesquisador pode gerar novas
versões do documento,mantendo a discussão atualizada; divulgação de pré-impresso (pre-
print). O pré-impresso é usado para fazer a divulgação de um conhecimento novo, algo
inovador, quando a espera pela publicação formal pode comprometer, por exemplo, a
primazia da descoberta; auto-arquivamento (self-archiving), o próprio autor ou a instituição,
ao terminar seu trabalho, envia para um repositório, sem intermédio de terceiros. "[...] em
alguns casos permite ratificações e atualizações da obra, valorizando o conteúdo
informacional constantemente." (GARCIA; SILVA, 2006); interoperabilidade entre
repositórios, consiste na capacidade de um repositório reconhecer o outro e também ser
reconhecido pelos demais, de modo a viabilizar a troca dedados entre os repositórios e
principalmente o acesso simultâneo aos seus conteúdos. Envolve padronização dos
metadados, acordos entre as organizações na adoção de metodologias e tipos de
tecnologias a serem adotados.

(MORAES, 2006)

Objetivos
107

Sistema de armazenamento a longo prazo;


 Política de gestão observando normas de preservação de objetos digitais;
 Acesso livre, inclusive para coleta e replicação dos metadados;
 Uso de padrões e protocolos com vista a solução de interoperabilidade entre as
bibliotecas digitais;
 Uso de software open source;

Vantagens
 Maior rapidez na disseminação da literatura científica publicada nesses repositórios
 Acesso livre => Maior Rapidez na disseminação da IC
 Maior visibilidade dos trabalhos publicados
 Maior impacto
 Acesso livre => Maior Visibilidade => Maior possibilidade de ser citado
 Maior interoperabilidade com outros repositórios
 OAI-PMH (Open Archives Initiative Protocol of Metadata Harvesting)
(KUAMOTO, Ibict)
108

http://bdtd.ibict.br/ http://www.teses.usp.br/

Esquema funcional do OAI

Provedores de Dados (Data Providers)

Coleta via
OAI-PMH
Agregador

Provedores de Serviço (Service Providers)


109

Histórico
Do esforço de melhorar o acesso e a comunicação entre esses repositórios surge a OAI,
quando um grupo de cientistas da computação, bibliotecários e os responsáveis pelos
repositórios se reuniram em 1999, na Convenção de Santa Fé, Novo México. Nessa
reunião traçam os requisitos básicos para um novo sistema de publicação científica e
determinam três questões técnicas principais: adoção do protocolo Dienst (mais tarde
passou para OAI-PMH); estabelecem metadados padronizados através dos quinze
elementos do Dublin Core e a criação do UPS (The Universal Preprint Service) que visava
apoiar os serviços de usuários finais com os dados das iniciativas existentes até então.
Esse software foi protótipo do Eprints, desenvolvido pela University of Southampton e
adotado pela OAI.

2.10.17. Implantação de Arquivos Abertos

Para implementação de um repositório, seguindo as diretrizes dos arquivos abertos, estão


disponíveis na Internet alguns serviços e ferramentas, dentre os mais usados estão:

DOAJ (Directory of Open Acess Journals) e SciELO - Serviço agregador de revistas,


disponibilizam para editores de publicações acadêmicas meios de publicarem trabalhos na
Internet (MARCONDES, 2006). (http://www.doaj.org/)

Cite Base - provedor de serviço que coleta metadados de diversos repositórios e fornece
análise de citação dos trabalhos (MARCONDES, 2006). (http:// www.citebase.org/)

CiteSeer - Além de armazenar e organizar, indexa, gera estatísticas e permite navegação


na bibliografia e nos artigos semelhantes. Localiza por meio de robôs artigos na Internet,
extrai citações, o contexto delas, o título do artigo e também faz indexação do texto
completo (CLUBE OAI, 2006). (http://citeseerx.ist.psu.edu/)

ARC (Cross Archive Serching Service) - É um serviço de busca, faz a recuperação de


documentos eletrônicos em repositórios de arquivos abertos (TRISKA, CAFÉ, 2001, p. 94).
110

PKP (Public Knowledge Project) - Desenvolveu o sistema OJS (Open Journal System)
para publicação e gestão de periódicos eletrônicos. O IBICT disponibiliza essa ferramenta
em português sob o nome Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER) (NEVES,
2004). (http://seer.ibict.br/ )

O Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas é um software desenvolvido para a


construção e gestão de uma publicação periódica eletrônica. Esta ferramenta contempla
ações essenciais à automação das atividades de editoração de periódicos científicos.

O Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER) foi traduzido e customizado pelo


Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) baseado no software
desenvolvido pelo Public Knowledge Project (Open Journal Systems) da Universidade
British Columbia (http://pkp.sfu.ca/ojs/)

Com o lançamento do SEER, o IBICT inicia um novo ciclo, no âmbito da filosofia do Open
Access, para a edição de publicações eletrônicas. O esforço, em última instância, visa ao
repasse do software à comunidade de editores de publicações eletrônicas, subsidiando a
melhoria do padrão editorial de publicações nacionais.
(http://www.ibict.br/secao.php?cat=seer )
(IBICT)

Open Conference Systems - Ferramenta livre de publicação na Internet,proporciona


ambiente para gestão de conferências científicas, com possibilidade de criação de
homepage do evento com a publicação dos trabalhos submetidos.(ÁRELLANO; MORENO;
CHAGAS) (http://pkp.sfu.ca/?q=ocs)

E-prints - software desenvolvido para implantar repositórios digitais, permite a submissão


eletrônica de trabalhos científicos com espaço para avaliação de revisores e comentários
dos leitores, além de mecanismos de gerenciamento de publicações eletrônicas
(MARCONDES; SAYÃO, 2002, p. 51).
111

3. INTERNET

Internet: A Internet é um grande conjunto de redes de computadores interligadas pelo


mundo inteiro; de forma integrada viabilizando a conectividade independente do tipo de
máquina que seja utilizada, que para manter essa multi-compatibilidade se utiliza de um
conjunto de protocolos e serviços em comum, podendo assim, os usuários a ela
conectados usufruir de serviços de informação de alcance mundial e que para seu
funcionamento e configuração não depende de um controle central.

A comunicação via Internet pode ser de diversos tipos: Dados, Voz, Vídeo e Multimídia.

Resultado da convergência das tecnologias da computação e da comunicação, a Internet


representa uma verdadeira revolução nos métodos de geração, armazenagem,
processamento e transmissão da informação.

A rapidez de distribuição via Internet é fator determinante para o crescimento exponencial


da informação na rede. Rapidez relacionada à somatória de elementos - interatividade,
tecnologia do hipertexto, multimídia, digitalização, computação e informação distribuídas,
compartilhamento, cooperação e sistemas abertos - que caracterizam a Internet como um
sistema até então único de geração, armazenagem e disseminação.

No entanto, alguém que passe certo tempo surfando na Web acaba por encontrar "o bom,
o mau e o feio", isto porque, devido à abertura do sistema, qualquer pessoa pode colocar
qualquer tipo de informação na Internet. Não existem avaliações prévias do que é
disponibilizado. O acúmulo de informações sem relevância aponta para a necessidade de
filtros que permitam a recuperação de informações de qualidade e com maior revocação.

A rede é, antes de tudo, um instrumento de comunicação entre pessoas, um laço virtual em


que as comunidades auxiliam seus membros a aprender o que querem saber. Os dados
112

não representam senão a matéria prima de um processo intelectual e social vivo, altamente
elaborado (LEVY, 1998, p. 3).

3.1. História da Internet

A Internet nasceu em 1969, nos Estados Unidos. Interligava originalmente laboratórios de


pesquisa e se chamava ARPAnet (ARPA: Advanced Research Projects Agency). Era uma
rede do Departamento de Defesa norte-americano.

Era o auge da Guerra Fria, e os cientistas queriam uma rede que continuasse de pé em
caso de um bombardeio. Surgiu então o conceito central da Internet : uma rede em que
todos os pontos se equivalem e não há um comando central. Assim, se B deixa de
funcionar, A e C continuam a poder se comunicar.

O nome Internet propriamente dito surgiu bem mais tarde, quando a tecnologia da ARPAnet
passou a ser usada para conectar universidades e laboratórios, primeiro nos EUA e depois
em outros países. Por isso que não há um único lugar ou uma única instituição que
"governa" a Internet.

Nos anos 80, a Internet foi aberta às redes internas das empresas e a outras sub-redes,
sendo que em 1987 passou a ser permitido a utilizadores domésticos ter em também
acesso. Até ao final dos anos 80, a Internet espalhou-se um pouco por todo o mundo.

Em 1992, Tim Berners-Lee criou a World Wide Web, um serviço da Internet que
possibilitava a partilha de documentos multimédia baseados em hipertexto, ou seja,
dotados de uma estrutura de navegação que permitia, através de hiperlinks, a passagem
de umas secções a outras com um simples clique do mouse. Centenas de milhares de
pessoas começaram a pôr informações na Internet, que se tornou uma mania mundial.

Hoje ela é um conjunto de milhares de redes no mundo inteiro. O que essas redes têm em
comum é o protocolo TCP/IP (Transfer Control Protocol / Internet Protocol ), que permite
113

que elas se comuniquem umas com as outras. O protocolo é a língua comum dos
computadores que integram a Internet.

No Brasil foi liberada a exploração comercial da Internet em 1995.

3.2. Funcionamento da Internet

Uma das dúvidas mais freqüentes sobre a Internet é: quem controla seu funcionamento? É
inconcebível para a maioria das pessoas que nenhum grupo ou organização controle essa
ampla rede mundial. A verdade é que não há nenhum gerenciamento centralizado para a
Internet. Pelo contrário, é uma reunião de milhares de redes e organizações individuais,
cada uma delas é administrada e sustentada por seu próprio usuário. Cada rede colabora
com outras redes para dirigir o tráfego da Internet, de modo que as informações possam
percorrê-las. Juntas, todas essas redes e organizações formam o mundo conectado da
Internet. Para que redes e computadores cooperem desse modo, entretanto, é necessário
que haja um acordo geral sobre alguns itens como procedimentos na Internet e padrões
para protocolos. Esses procedimentos e padrões encontram-se em RFCs (requests for
comment ou solicitações para comentários) sobre os quais os usuários e organizações
estão de acordo. (http://www.brasilescola.com/informatica/internet.htm)

A Internet é organizada na forma de uma malha. Se você pretende acessar um computador


no Japão, por exemplo, não é necessário fazer um interurbano internacional. Basta
conectar-se a um computador ligado à Internet na sua cidade. Esse computador local está
conectado a uma máquina em outro estado (ou país) e assim por diante, traçando uma rota
até chegar ao destino. São máquinas de alta capacidade, com grande poder de
processamento e conexões velozes, conhecidas como servidores, controladas por
universidades, empresas e órgãos do governo.
114

A gênese de descentralização da Internet foi a propulsão para o surgimento dessa rede de


comunicação sem um centro, sem dono e não administrada por nenhum órgão central. Por
isso hoje a Internet é uma gigantesca rede mundial de informações que une computadores
espalhados por todo o mundo.

A maioria das pessoas conhece a Internet pela Web, contudo a rede não se restringe
apenas a esse tipo de acesso, ainda a Internet oferece inúmeros serviços e modos de
acesso, tais como: FTP (file transfer protocol), Telnet, e-mail, WAIS, GOPHER etc.

Conexão à Internet

A conexão de computadores à Internet é feita através dos chamados Provedores de


Acesso. Os provedores de acesso oferecem, em geral, várias modalidades de ligações e
serviços de acesso, visando a atender aos diferentes tipos de usuários (indivíduos,
pequenas empresas, grandes empresas com redes corporativas, etc.). O modo mais
simples de estabelecer uma ligação entre o seu computador e um provedor de acesso é
através de uma chamada telefônica comum. Neste tipo de ligação, a conexão à Internet só
existe durante o tempo em que a chamada telefônica ao provedor de acesso estiver ativa.
Há, porém, outras formas de ligação com o provedor de acesso que permitem que o seu
computador fique permanentemente conectado à Internet.

Provedor de acesso: é uma empresa que provê acesso à Internet aos seus clientes
através da manutenção de uma central de linhas telefônicas exclusivas ligadas aos seus
servidores de serviços Internet.

Dial-up
Conexão por linha discada, também denominada dial-up é um tipo de acesso à Internet no
qual uma pessoa usa um modem e uma linha telefônica para se ligar a um nó de uma rede
115

de computadores do ISP. A partir desse momento, o ISP encarrega-se de fazer o routing


para a Internet. O dial-up geralmente usa os protocolos PPP e TCP/IP. (Wikipedia)

Banda Larga

Banda larga é o nome usado para definir qualquer conexão acima da velocidade padrão
dos modems analógicos (56 Kbps). Usando linhas analógicas convencionais, a velocidade
máxima de conexão é de 56 Kbps. Para obter velocidade acima desta tem-se
obrigatoriamente de optar por uma outra maneira de conexão do computador com o
provedor. Atualmente existem inúmeras soluções no mercado.

3.2.1. Backbone

Backbone significa “espinha dorsal”, e é o termo utilizado para identificar a rede principal
pela qual os dados de todos os clientes da Internet passam. É a espinha dorsal da Internet.

Esta rede também é a responsável por enviar e receber dados entre as cidades brasileiras
ou para países de fora. Para que a velocidade de transmissão não seja lenta, o backbone
utiliza o sistema “dividir para conquistar”, pois divide a grande espinha dorsal em várias
redes menores.

Quando você envia um email ou uma mensagem pelo MSN, as informações saem do seu
computador, passando pela rede local para depois “desaguar” no backbone. Assim que o
destino da mensagem é encontrado, a rede local recebe os dados para então repassar
para o computador correto.

Para entender melhor o conceito, pense no backbone como uma grande estrada, que
possui diversas entradas e saídas para outras cidades (redes menores). Nesta estrada,
trafegam todos os dados enviados na Internet, que procuram pela cidade certa a fim de
entregar a mensagem.
(SILVA. Disponível em: <http://www.baixaki.com.br/info/1713-o-que-e-backbone-.htm>)
116

3.3. WWW (World Wide Web)

Web é um sistema de interface gráfico desenvolvido no início da década de 90 para prover


acesso hipertexto de documentos via Internet. O acesso a documentos na Web permite a
utilização de imagens, links para hipertexto, som etc, por isso é o lado mais conhecido e
popular da Internet.

WWW é a contração de World Wide Web, denominação da porção mais conhecida da


Internet. A característica mais evidente da WWW é a utilização da interface gráfica para a
interação do usuário com os recursos da rede. Por interface gráfica entende-se um sistema
que permite uma interação do usuário com o computador baseada em representações
gráficas dos comandos, sem que haja necessidade de digitá-los para que o computador
execute tarefas; o sistema operacional Microsoft Windows é um exemplo bastante comum
de interface gráfica. A relação do usuário com o computador é predominantemente
suportada pelo mouse, com um mínimo de digitação de comandos através de teclado. Este
tipo de interface apresenta um ganho no que diz respeito a “amistosidade” do sistema em
relação ao usuário, facilitando a aprendizagem e a utilização dos recursos do computador.
(BENASSI, 1997).
117

Forma dos endereços eletrônicos (URL) na Web

Protocolo Nome do domínio


Localidade da página
http://www.google.com.br

World Wide Web Comercial

 URL: significa Uniform Resouce Locator. Uma URL é um endereço virtual que indica
exatamente onde as informações da empresa ou da pessoa se encontram. A primeira parte
do endereço indica que protocolo está sendo usado e a segunda parte do endereço
especifica o domínio onde o recurso está localizado, no formato

http://www.domínio.tipododominio.sigladopaís.

http:// = (HyperText Transfer Protocol) Protocolo de transferência de Hipertexto, é o


protocolo utilizado para transferências de páginas Web. Obs.: não é necessário digitar o
protocolo num endereço da Web na maioria dos browsers atualmente.

www Significa que esta é uma página Web ou seja, aqui é possível visualizar imagens,
textos formatados, ouvir sons, músicas, participar de aplicações desenvolvidas em Java ou
outro script. Resumindo é a parte gráfica da Internet. Obs.: não é preciso digitar o WWW
em muitos endereços da web.

Domínio: é o nome de uma área reservada num servidor Internet que corresponde ao
endereço numérico de um website (endereço IP). No Brasil, os domínios sempre terminam
com .br (sigla do Brasil na Internet) e podem apresentar vários tipos (.com para empresas
comerciais, .org para empresas não comerciais, etc.). Ex: aisa.com.br é um domínio
brasileiro do tipo comercial (o mais comumente usado).
118

.COM Domínio internacional, disponível para pessoa física ou jurídica


.NET Domínio internacional, disponível para pessoa física ou jurídica
.ORG Domínio internacional, disponível para pessoa física ou jurídica
.COM Commercial
.NET Network
.ORG Organization
.INFO Information
.US American website
.BIZ Small business website
.NOM.BR Pessoas Físicas
.G12.BR Entidades de ensino de primeiro e segundo grau
.GOV.BR Entidades do governo federal

 Home-Page é a página (documento eletrônico em formato HTML) inicial de um


site.

 Site: é o conjunto de páginas ou lugar no ambiente Web da Internet que é


ocupado com informações (texto, fotos, animações gráficas, sons e até vídeos) de
uma empresa ou de uma pessoa. É também o diminutivo de website.

3.4. Telnet

Telenet é um dos sistemas mais antigos da Internet. É um protocolo Internet que


permite a conexão real de um computador a outro, ou seja, nosso
microcomputador passa a ser um terminal de um computador servidor (Host).
Através dessa conexão remota, pode-se executar programas e comandos em
outra máquina, como se o teclado de seu computador estivesse ligado
diretamente a ela.

O acesso Telnet não foi popularizado porque é feito por linha de comando, ou seja,
não possui imagens, links, icones e outras facilidades, mas sim, comandos – como
119

o antigo DOS – que devem ser digitados pelo teclado. O visual de uma conexão
via Telnet é semelhante ao que se tem em BBS's de interface DOS, e a operação
do computador remoto se dá da mesma forma, ou seja, através de uma linha de
comandos Unix ou a partir de um menu de comandos disponíveis que sempre se
apresenta em algum lugar da tela.

 Links:
Catálogo da biblioteca da Universidade da Pennsylvania: lias.psu.edu
Informações científicas e tecnológicas. Digite public na conexão: stis.nsf.gov

 Para realizar o acesso Telnet é preciso ter um software específico para


conexão. O que muita gente não sabe é que esse software já é fornecido no
pacote de instalação das várias versões do Windows. Basta você digitar a palavra
‘Telnet’ na tela ‘Executar’ (Iniciar > Executar) do desktop do Windows. Em seguida
o software é aberto. Para realizar a conexão escolha a opção ‘Sistema remoto’ do
menu ‘Conexão’, em seguida em ‘Nome do Host’ digite o endereço Telnet do
computador que deseja ter acesso.

3.5. e-mail

E-mail ou correio eletrônico, é um recurso que possibilita a troca de mensagens e


arquivos de forma rápida e versátil. Esse serviço utiliza a Internet para enviar
mensagens com texto, imagens e som para qualquer lugar do planeta de com uma
velocidade quase instantânea.

O e-mail, ou simplesmente mail, o correio eletrônico permite que usuários troquem


mensagens via computador, usando um endereço eletrônico como referência para
localização do destinatário da mensagem. Assim, este serviço permite a
comunicação entre pessoas com interesses comuns, consulta a especialistas,
apoio a usuários de produtos comerciais e muito mais.
120

Atenção! Um endereço da Web é diferente de um correio eletrônico. Você


identifica o correio eletrônico pelo símbolo @ (arroba), ele é indicação de que se
trata um correio eletrônico, ou seja, é um endereço para envio de mensagens e
não uma página para se ter acesso pelo browser. Exemplo de um correio
eletrônico: joao@linlnet.com.br

Para possuir um correio eletrônico é preciso ter uma conta num provedor de
Internet como o UOL, ou utilizar os provedores e e-mail gratuitos, como o HotMail.

 O correio eletrônico foi a primeira aplicação surgida na Internet, com o objetivo


de facilitar a comunicação e a troca de idéias e observações entre o grupo de
acadêmicos que estava construindo e experimentando a Internet. Os documentos
mais antigos da comunidade eram distribuídos via correio tradicional, eram
portanto pouco ágeis e apresentavam conjuntos de idéias desenvolvidas por
pesquisadores de um determinado lugar para o resto da comunidade. Depois que
o e-mail ou correio eletrônico começou a ser utilizado, a velocidade da
comunicação e o padrão de autoria dos trabalhos mudaram. Os documentos
passaram a ser apresentados por co-autores com uma visão comum,
independentemente de suas localizações. E a capacidade e a velocidade de envio
da comunicação e da resposta à comunicação aumentaram exponencialmente.

O Que é o Correio Eletrônico

O correio eletrônico é um tipo de correio disponível pela Internet onde você usa
uma caixa postal eletrônica simbolizada por um endereço do tipo
seunome@nomedoseuprovedor.com.br. Esta caixa postal eletrônica tem o mesmo
conceito da caixa postal tradicional: sabendo do endereço da sua caixa postal,
qualquer pessoa poderá enviar uma mensagem eletrônica para você. Todas as
mensagens enviadas para você ficam armazenadas nos servidores de e-mail do
121

seu provedor até a hora em que você acesse a Internet (você precisa estar
conectado à Internet para receber seus e-mails) e dê o comando para recebê-las,
baixando-as para o seu microcomputador pessoal.

As Vantagens do Correio Eletrônico

A aplicação básica do correio eletrônico é a comunicação entre duas ou mais


pessoas. Esta comunicação pode ser de caráter pessoal (entre familiares e
amigos) e de caráter profissional (entre funcionários da mesma empresa,
parceiros de empresas distintas, clientes e fornecedores ou prestadores de
serviços, profissionais e imprensa, etc). O e-mail tem grandes vantagens:

 é ágil: toma segundos ou minutos para chegar até à caixa postal do


destinatário, em qualquer parte do mundo;
 é de graça: você não paga por e-mail enviado ou recebido, mas apenas uma
mensalidade ao seu provedor pelo acesso à Internet;
 é escrito: facilita o acompanhamento de solicitações;
 permite o envio de mensagens para muitas pessoas ao mesmo tempo;
 permite respostas a mails recebidos;
 permite encaminhamentos de mails recebidos a terceiros;
 permite o envio de arquivos de dados anexados: imagine que beleza poder
receber um arquivo integral em seu formato original para trabalho ou consulta..
 do ponto de vista de quem recebe e-mails, ele é também muito cômodo, já que
as mensagens são recebidas na caixa postal particular do destinatário e lá ficam à
espera que ele(a) as acesse.

(Aprenda a Internet sozinho agora, 2001).

3.6. IRC (Internet Relay Chat)


122

Internet Relay Chat (IRC) é um protocolo de comunicação bastante utilizado na


Internet. Ele é utilizado basicamente como bate-papo (chat) e troca de arquivos,
permitindo a conversa em grupo ou privada, sendo o predecessor dos
mensageiros instantâneos atuais. (Wikipedia)

O IRC (Internet Relay Chat) foi criado em 1988 na Finlândia. Rapidamente se


estabeleceu uma rede de computadores que dispunham de recursos para o IRC
por toda a Internet. No começo o público era principalmente de estudantes que
tinham tempo para jogar fora. Hoje se encontra gente de todos os tipos e idades
no IRC.

3.7. News Groups

NewsGroup (os grupos de discussão) consiste basicamente em discussões sobre


temas específicos através de e-mail, onde os tópicos podem cobrir os mais
variados assuntos: de filosofia a comida caseira, de política internacional a piadas.
É um tipo de quadro de mensagens para a troca de notícias onde se colocam
artigos, informações e mensagens dos participantes. Usenet é uma rede que
congrega um conjunto de grupos de notícias que se distribuem mundialmente
através de uma rede interligada de servidores de notícias (News Server).

Para ter acesso a grupos de discussão é necessário que o provedor de acesso a


que você se conecta ofereça este serviço.

3.8. Mailing Lists

Mailing List (listas de discussão) é um serviço similar ao NewsGroup contudo se


baseia em fóruns particulares realizados por correspondência de e-mails, sendo
assim sua abrangência é menor.
123

O conceito de lista de distribuição é simples. Um grupo de pessoas com um


interesse comum gostaria de trocar mensagens sobre esse assunto. Sempre se
pode manter uma lista dessas pessoas e mandar cada mensagem para todas
elas, mas isso seria um procedimento tedioso e difícil de manter. Por isso, criou-se
o conceito de listas de distribuição. Estas listas funcionam da seguinte forma: em
algum computador na Internet, instala-se um programa chamado gerenciador de
lista ou listserver. Esse programa mantém uma lista dos assinantes da lista,
recebendo e mandando mensagens de forma semi-automática. Esse programa é
acionado por um endereço eletrônico virtual, isto é, esse endereço se parece com
um endereço de um usuário comum, mas é o programa que recebe as mensagens
e as processa.

Listas de discussão ou Mailing Lists são listas de endereços de correio eletrônico


de pessoas interessadas em determinados assuntos. Uma lista de discussão é
formada quando existe um número relativamente grande de pessoas que
pretendem discutir algum assunto online, através de e-mails. Quando esse
número torna difícil ou impraticável o endereçamento do mail para cada um dos
destinatários (imagine colocar o endereço eletrônico de cada destinatário quando
existirem dezenas ou centenas deles), o recurso mais prático e barato é criar ou
usar uma lista de distribuição. Neste caso, quando você desejar enviar um mail
para todos os participantes da lista, você passará a escrever apenas um endereço
como destinatário: nomedalista@nomedoprovedor.com.br. (Aprenda a Internet
sozinho agora, 2001).

3.9. Blog

Um weblog ou blog é um página da Web cujas atualizações (chamadas posts) são


organizadas cronologicamente (como um histórico ou diário). Estes posts podem
ou não pertencer ao mesmo gênero de escrita, se referir ao mesmo assunto ou à
mesma pessoa. A maioria dos blogs são miscelâneas onde os blogueiros
escrevem com total liberdade.
124

O weblog conta com algumas ferramentas para classificar informações técnicas a


seu respeito, todas elas são disponibilizadas na internet por servidores e/ou
usuários comuns. As ferramentas abrangem: registro de informações relativas a
um site ou domínio da Internet quanto ao número de acessos, páginas visitadas,
tempo gasto, de qual site ou página o visitante veio, para onde vai do site ou
página atual e uma série de outras informações.
(Wikipedia)

3.10. Videoconferência

Trata-se de uma variante da comunicação em tempo real em que a comunicação


se estabelece por vídeo. Ambos os participantes dispõem de uma câmara Web
(webcam ) que filma e transmite a imagem do utilizador ao seu interlocutor.

3.11. RSS

Pense na quantidade de informações que você acessa na Web no seu dia-a-dia;


novas matérias, resultados de buscas, “o que há de novo”, trabalhos temporários,
e mais uma variedade enorme de assuntos de seu interesse. Imagine todo este
variado conteúdo apresentado resumidamente para você em forma de uma lista.

As pessoas precisam fazer suas buscas na web para encontrar assuntos do seu
interesse, mas isto pode tornar-se uma tarefa difícil quando existirem muitas e
variadas fontes de informação que interessam. E a dificuldade existe pela
necessidade de se abrir cada uma das fontes, lembrar como a informação está
formatada e ainda procurar o último assunto visitado, para se chegar nas
novidades ou assuntos ainda não lidos em cada site.
125

RSS (Really Simple Syndication ou Rich Site Sumary) é um formato XML que
permite a sindicalização de listas de links, juntamente com outras informações, ou
metadados, que visam a fornecer aos usuários informações rápidas para ajudar a
decidir se querem ou não visitar os conteúdos apontados nos links...

Para habilitar esta tecnologia o Web site desenvolve um arquivo feed, ou um canal
que é colocado no servidor como normalmente é feito com qualquer uma de suas
páginas. Uma vez disponibilizado o feed, os computadores poderão fazer uma
busca regular e programada pelos feeds e encontrar novos itens acrescentados
nas listas (ou seja, novidades publicadas no site). Para estas buscas, na maioria
das vezes as pessoas se utilizam de um agregador, que nada mais é do que um
programa capaz de gerenciar as listas e apresentá-las ao usuário em uma
interface própria.

(http://www.maujor.com/tutorial/rsstuto.php)

 RSS permite aos usuários da Internet se inscrever em sites que fornecem


"feeds" (fontes) RSS. Estes são tipicamente sites que mudam ou atualizam o seu
conteúdo regularmente. Para isso, são utilizados Feeds RSS que recebem estas
atualizações, desta maneira o usuário pode permanecer informado de diversas
atualizações em diversos sites sem precisar visitá-los um a um. (Wikipedia)

O formato, criado em 1997, usa a tecnologia XML (Extensible Markup


Language) para a publicação automática de conteúdo e links de um site em
outros. Também permite o uso de programas conhecidos como leitores RSS ou
agregadores, que reúnem o conteúdo de diversos sites em uma só interface.

Para que você possa ser notificado sobre novas atualizações e etc... você terá que
instalar um RSS Reader. Existem diversos tipos no mercado, desde um simples
notificador até alguns com integração com o MSOutlook. Exemplos: RSS Reader,
NetNewsWire, My Yahoo! etc. (UOL)
126

 A seguir um exemplo de um feed RSS 2.0 simples:

<?xml version="1.0"?>
<rss version="2.0">
<channel>
<title>Example Channel</title>
<link>http://example.com/</link>
<description>My example channel</description>
<item>
<title>News for September the Second</title>
<link>http://example.com/2002/09/01</link>
<description>other things happened today</description>
</item>
<item>
<title>News for September the First</title>
<link>http://example.com/2002/09/02</link>
</item>
</channel>
</rss>

(http://www.maujor.com/tutorial/rsstuto.php)

3.12. FTP (File Transfer Protocol)

FTP é um protocolo usado para a transferência de arquivos. É um serviço de


acesso a Internet que permite transferir arquivos e programas de uma máquina
remota para a sua e vice-versa na Internet.

É através do FTP que podemos fazer com segurança o download (baixar da rede)
e o upload (mandar para a rede) de arquivos diversos na Internet, como MP3,
executáveis de programa, arquivos compactados etc. A interface WWW também
permite a transferência de arquivos contudo o FTP é preparado para minimizar as
falhas que podem ocorrer durante a transferência.

3.13. Redes sociais

Nos últimos anos, assistimos a um crescimento espantoso das chamadas


tecnologias de comunicação. Essas tecnologias tornaram-se mais rápidas, mais
127

populares e mais instrumentalizadas no cotidiano de milhares de pessoas em todo


o mundo. Passaram, assim, a fazer parte de um conjunto de práticas sociais que
permeia o século XXI, construindo sentidos e modificando comportamentos.

Dois elementos são marcantes nesta mudança estrutural: o primeiro deles é o foco
na participação, que principalmente através da Internet, torna-se o carro chefe da
popularização dessas tecnologias. O segundo é que essa participação dá-se em
uma escala global, nunca antes proporcionada por nenhum meio de comunicação
a indivíduos. É nesse âmbito que o foco nas chamadas "redes sociais" retorna à
discussão. Nesse contexto, observamos novas práticas sociais que emergem da
apropriação desses sistemas, primeiro com a popularização das salas de bate-
papo, depois com ferramentas como fóruns, blogs, fotologs e, finalmente, através
dos chamados sites de redes sociais.

Foi o surgimento desses sites (a partir de 1997, com o Six Degrees) e sua
posterior popularização (a partir de 2002, com o Friendster) que banalizou o uso
do termo "rede social" para os grupos formados na Internet. Sites de redes sociais
são caracterizados principalmente pela exposição pública da rede de conexões de
um indivíduo, que mostra aos demais quem são seus amigos e a quem está
conectado; e pela construção de representações das pessoas ali envolvidas. (Esta
última, enquanto fator necessário para que a primeira possa emergir.) Assim, as
redes sociais na Internet não podem ser confundidas com a ferramenta que as
suporta; são, por si, expressões de grupos sociais, de pessoas e instituições que
estão permanentemente interconectadas pelas novas tecnologias de comunicação
e informação. São constituídas pelas representações das pessoas (os perfis no
Orkut, as páginas pessoais e etc.) e as conexões que existem entre essas
representações ("amigos" no Orkut, links em um blog, etc.).

(RECUERO. Disponível em:


<http://www.jornalistasdaweb.com.br/index.php?
pag=displayConteudo&idConteudo=3964>)
128

3.14. Internet2

 A Internet2 é uma iniciativa norte-americana, voltada para o desenvolvimento


de tecnologias e aplicações avançadas de redes Internet para a comunidade
acadêmica e de pesquisa. A iniciativa envolve mais de 180 universidades norte-
americanas, além de agências do governo e indústria e visa o desenvolvimento de
novas aplicações como telemedicina, bibliotecas digitais, laboratórios virtuais,
dentre outras que não são viáveis com a tecnologia Internet atual.

O objetivo final da iniciativa não é somente o desenvolvimento de pesquisas


exclusivamente voltadas para a área acadêmica, mas também a transferência, ao
setor comercial, das tecnologias desenvolvidas e testadas ao longo da execução
dos projetos.

O Brasil, através do MCT e da RNP, vem acompanhando de perto o


desenvolvimento da Internet2, tendo participado de vários encontros de trabalho
de seus líderes. A participação formal do Brasil e de suas instituições de ensino
superior e centros de pesquisa foi também incluída no acordo de cooperação em
tecnologias para a educação, assinado em outubro de 1997, por ocasião da visita
do presidente Clinton ao Brasil. Em março de 2000, a RNP e a University
Corporation for Advanced Internet Development (UCAID) assinaram o
Memorandum of Understanding (MoU), que coloca, definitivamente, o Brasil como
parceiro do projeto norte-americano.

A conexão do backbone da RNP à Internet2 aconteceu em 29 de agosto de 2001


através do projeto Americas Path (AMPATH). A RNP planeja ainda a configuração
de outros enlaces com outras redes acadêmicas avançadas estrangeiras. (RNP.
Referências sobre Internet2 elaboradas pelo CI).

3.15. Intranet
129

Intranet é uma rede local de computadores (ou seja, restritos a uma determinada
área, prédio ou instituição) que utiliza a mesma tecnologia desenvolvida para a
Internet.

Explicando melhor: quando surgiram as primeiras redes locais, foi necessário


desenvolver softwares operacionais específicos, que possibilitassem a
comunicação entre os computadores ligados à mesma. Esses softwares eram
construídos sobre determinados padrões de sistemas operacionais (o software
básico que acompanha todo computador), tais como UNIX, DOS e Windows. Por
exemplo, um dos sistemas de rede de maior sucesso para o mundo do DOS foi o
NetWare, desenvolvido por uma empresa americana chamada Novell.

Com a popularização da Internet, e, principalmente da WWW (World Wide Web),


que permite a transmissão e a visualização de informações multimídia (além de
texto, também imagens, vídeos e áudio), começou-se a implementar funções e
métodos de acesso desenvolvidos para ela, em redes locais. A Internet se baseia
em um conjunto de padrões abertos (públicos), denominados protocolos. O
principal protocolo da Internet se denomina TCP/IP (Transmission Control
Protocol/Internet Protocol), e com base nele foram desenvolvidos vários outros,
que permitem, por exemplo, a transmissão de correio eletrônico (SMTP e MIME),
a transferência de arquivos (FTP), o acesso remoto por terminais (TELNET), o
envio de hipertextos e multimídia (HTTP), o bate-papo eletrônico (IRC) e outros
mais.
130

4. CONSTRUÇÃO DE PÁGINAS PARA INTERNET

Uma página Web é um documento com um conjunto de instruções, num formato


de texto simples, para ser visualizado no segmento de interface gráfica da
Internet, a World Wide Web. Essas instruções são especificadas numa linguagem
chamada HTML (HyperText Markup Language - linguagem de marcação de
hipertexto). A linguagem HTML é muito simples e sua atuação se dá através da
formatação do texto e a criação de ligações com outras páginas, imagens, sons e
vídeos.

 Os documentos em HTML devem estar em formato de texto padrão (conhecido


como ASCII) e podem ser criados usando-se qualquer editor de texto (Write,
Wordpad, Word). Quando não for utilizado um editor específico para HTML, que já
grava automaticamente o arquivo com a extensão ‘html’, é preciso designar o tipo
de arquivo que esta sendo gravado. O Tipo é ‘somente texto txt’ com a extensão
‘html’.

Os termos que nomeiam os documentos em HTML e seus conjuntos são variados,


temos por exemplo: páginas, home pages, sites, web sites etc. Podemos entender
essa nomenclatura apoiados na estrutura hierárquica do conjunto.

Supondo um conjunto de documentos criados por uma instituição. Temos, em


primeiro lugar, o documento unitário em HTML, isto é um arquivo, esse seria a
página. Sendo esse documento a porta de entrada para um conjunto de páginas
dá-se, então, o nome de home page. Por fim, todo o conjunto de páginas é
chamado de web site ou simplesmente site.

hom e page
Exemplo de estrutura de um web site:
p á g in a p á g in a p á g in a p á g in a
131

“A programação de uma página com HTML é relativamente simples até certo


ponto. Existem diversos programas que permitem a criação de páginas sem a
necessidade de programar uma única linha de programa HTML. Contudo, mesmo
os leigos vão perceber que determinados resultados precisam da intervenção de
programação. Quando isso ocorrer, o leitor dependerá só de seus conhecimentos
e, como a linguagem HTML é usada apenas para formatar o texto e objetos na
página, sem ter comandos lógicos de avaliação e controle do fluxo do programa
como as linguagens comerciais, mesmo quem nunca programou vai conseguir
criar suas páginas.

Ao querer mais qualidade ou recursos na página, temos de recorrer ao uso de


outras linguagens de programação para complementar as limitações da linguagem
HTML... (RAMALHO)”

A criação de um web site pode ser feita a partir de um editor de textos onde são
especificadas as linhas do código fonte do documento. Porém, existem editores
específicos para HTML como o Front Page da Microsoft. Nestes editores é
possível construir uma página sem ter conhecimentos dos comandos em HTML.
Apesar de parecer simples a utilização desses softwares é indicada quando já se
possui conhecimentos da linguagem de marcação.

Um documento em HTML é simplesmente um documento composto por texto e


comandos chamados etiquetas (tags). Estes comandos serão os responsáveis
pela configuração da página e seu lay-out num browser. Além da informação
textual a página também pode conter imagens, sons, formulários interativos e
vídeos.
132

Outro componente da página HTML, e talvez o mais importante, é o link. Links são
ligações a outras páginas do conjunto ou mesmo a páginas externas ao web site
criado. O link pode também abrir uma imagem, arquivo de som ou vídeo.
 A possibilidade dessas ligações permite a Web trabalhar com a estrutura
hipertextual nos documentos. Desse modo pode-se deixar a cargo do usuário a
decisão de seguir conteúdos de acordo com os próprios interesses.

4.1. Conteúdo e estrutura do site

Sem dúvida, antes de iniciarmos a programação de uma página, precisamos


determinar o seu tema e como será sua apresentação. Seguiremos o roteiro
simplificado abaixo:

1) Determinar o tema central do site;


2) Digitar todo o texto que comporá o site;
3) Preparar material ilustrativo para escaneamento;
4) Estabelecer o lay-out padrão das páginas;
5) Estabelecer a estrutura hierárquica da página, ou seja, suas ligações com as
páginas no site ou outras.

O item ‘4’ deve especificar o desenho padrão da página, ou seja, o conceito de


apresentação que comporá o site, alguns do itens são: locais de texto e imagens,
tamanhos de fontes para cabeçalhos e texto normal, linhas de separação de

texto, cor ou imagem de fundo da página. Veja o exemplo:


133

Em relação ao item ‘5’, para melhor concebermos nosso site a estrutura deve ser
determinada com recursos de fluxogramas Podemos entender uma estrutura
simples de ligações através do seguinte exemplo de um site pessoal contendo três
páginas:

Conteúdo:
 A página principal, home page, contém a apresentação e links para páginas de
currículo e hobby;
 A pagina sobre o currículo, além do texto, contém um link para uma página
externa de uma Faculdade.
 A pagina sobre hobby, além do texto , contém, um link para uma pagina
externa sobre natação.

W e b s ite p e s s o a l
T e x to d e a p re s e n ta ç ã o
li n k p a r a m e u c u r r ic u l o
li n k p a r a m e u h o b b y

C u r ric u lo M eu hob by é natação


D e s c r iç ã o d e m e u c u r r í c u lo T e x t o s o b r e m in h a p r á t i c a d e n a t a ç ã o
l in k p a r a f a c u ld a d e o n d e e s t u d e i lin k p a r a s i t e s o b r e n a t a ç ã o
lin k p a r a u m a e m p r e s a o n d e t r a b a l h e i

F a c u ld a d e E m p re s a S it e s o b re n a t a ç ã o

4.2. Visualização da página


134

Para visualizarmos uma página em HTML não é necessário que o computador


esteja conectado à Internet. Pode-se navegar off-line, principalmente para
testarmos os resultados da programação.

Para visualizarmos uma página é necessário abrirmos no browser o arquivo que


foi criado com o código fonte em HTML. Pode-se visualizar a página pelos
seguintes modos:

4.2.1. Via barra de Endereço

a) digitar na barra de Endereço o nome do drive raiz da máquina, quase sempre


C:
b) abrir as pastas e sub-pastas necessárias
c) localizar o arquivo HTML criado e dar um duplo clique com o mouse

4.2.2. Via menu (Internet Explorer)

a) com o mouse clique em <Arquivo> na barra de menu do browser


b) entre em <Abrir>
c) clique em <Procurar>
d) abrir as pastas e sub-pastas necessárias
e) selecionar o arquivo e clicar em <Abrir>
f) clicar <OK>

4.3. Documentos em HTML

Ao digitarmos um texto qualquer num editor de textos, quando desejamos que as


letras estejam em negrito, basta selecioná-las e pressionar um botão na barra de
ferramentas. Em HTML é preciso envolver as letras com um comando para que o
browser entenda que elas devem ser mostradas em negrito. É importante salientar
que o resultado dos comandos só irão ser visíveis nos browsers e não nos
135

editores com os quais estamos digitando o texto. Para vermos o resultado final é
preciso:

a) concluir os comandos
b) salvar o arquivo (tipo texto) com a extensão ‘html’
c) visualizar em um browser abrindo o arquivo criado

Os comandos HTML são chamados de etiquetas e sempre devem estar dentro


dos sinais (<) e (>). Estes sinais são chamados diretivas.

Abaixo um exemplo de um documento simples em HTML:

pagina1.html _______________________________________________________

Esta é a minha primeira página em HTML.<p>


<b>E já estou gostando!<b>
___________________________________________________________________

No exemplo acima a etiqueta <p> marca o fim de um parágrafo. Isto é, indica o


salto de linha. Diferentemente do que acontece em editores de texto normais, na
linguagem HTML é preciso especificar a interpretação do conjunto do texto nos
mínimos detalhes, tais como: parágrafos, fontes de diversos tamanhos, fontes em
negrito etc.

Ainda no exemplo 1, vemos que a segunda linha esta envolvida pelo comando
<b>, ele transformará o texto em negrito.

Muitos dos comandos de marcação, são pares: <b> e </b>,. sendo que, na
maioria das vezes, o delimitador final de etiqueta será quase igual ao seu inicio,
exceto pela presença de uma barra / antes do seu símbolo.

Assim, no exemplo acima, a etiqueta <b> diz ao browser para começar a indicar
as letras em negrito e, a etiqueta </b> indica ao browser que o texto em negrito a
136

acabou. No entanto, uma primeira exceção à regra é a etiqueta<p>. Esta etiqueta


dispensa o seu par </p>, para fim de parágrafo.

 Para criar uma página na Internet você só precisa criar um arquivo (texto)
idêntico ao exemplo, acima, e salvar com extensão .html (nome_do_arquivo.hrml).

Para seguirmos uma padronização visual e técnica na programação dos códigos,


deve-se optar por utilizar sempre a mesma caixa (CAIXA ALTA ou caixa alta baixa)
para a digitação dos comandos.

Nem todas etiquetas são suportadas por todos browsers. Se um determinado


(browser) não reconhece uma etiqueta, ele a desconsidera.

4.4. Comandos em HTML

Construiremos nossa primeira página em HTML seguindo uma seqüência que


prioriza a importância dos comandos. Isto é, começaremos com os comandos
essenciais a uma página para que possamos desde o início visualizar os
resultados.

Todas as caixas de exemplos denominadas paginaX.html são arquivos que estão


no endereço da Internet <http://regra.com.br.escolas/icjesus/web/html>, podemos
assim ver o resultado de cada exemplo digitando após o endereço dado os
exemplos, como: <http://regra.com.br.escolas/icjesus/web/html/pagina1.html>

 Os nomes de arquivos em HTML não podem conter acentos (outros caracteres


como cedilha, til etc.), e também não podem conter espaços se quisermos adotar
um nome composto, para isso devemos usar os traços, por exemplo:
‘nome_do_arquivo.html ao invés de ‘nome do arquivo.html’
137

4.5. HTML - <html> </html>

Toda página em HTML deve começar pelo comando <html>, é a primeira linha de
código do documento. Esse comando deve ser fechado apenas no final do
documento, isto é a última linha do documento. Todos os demais comandos
HTML devem ser especificados entre <html> e </html>

4.6. HEAD - <head> </head>

Este comando tem como finalidade envolver alguns comandos relacionados com a
identificação da página tais como o título que aparecerá na barra de título da
janela ou o URL base do documento. Todo o conteúdo especificado na seção
HEAD não aparece na página visualizada.

A diretiva inicial para a etiqueta HEAD é <head>; seu fechamento se dá por


</head>.

4.7. Título - <title> </title>

Todo documento em HTML deve possuir um título. Um título é mostrado


separadamente do documento, normalmente no topo da janela browser. Este
comando especifica em texto que será exibido na linha do título do browser.

O título além de possuir sua função interna, nomear cada página, em alguns casos
também serve, numa função externa, para a determinação de assunto da página.
Esses casos ocorrem quando a página é cadastrada em sites de pesquisa e o
próprio mecanismo desses sites determina que as palavras-chave que
descreveram o assunto da página serão as que compõem o título.

A diretiva inicial para a etiqueta título é <title>; seu fechamento se dá por </title>.
138

Os comandos HEAD e TITLE são usados num mesmo conjunto, veja abaixo:

Sintaxe:

pagina2.html ________________________________________________________
<html>
<head>
<title>Aqui deve estar o título da página </title>
</head>
</html>
____________________________________________________________________

4.8. Corpo do documento - <body> </body>

Este comando, como nome em inglês, delimita o corpo do documento, ou seja,


todo o documento deverá estar após esse comando.

pagina3.html _______________________________________________________
<html>
<head>
<title>Aqui deve estar o título da página </title>
</head>
<body>
</body>
</html>
____________________________________________________________________

O comando <body> pode abrigar algumas especificações em seu interior, tais


como:

backgrund=”URL” define o endereço de uma imagem para fundo.


bgcolor=”#código_de_cor” cor para o fundo
text=”#código_de_cor” cor de texto
link=”#código_de_cor” cor de links não visitado (padrão é azul)
vlink=”#código_de_cor” cor de links visitados (padrão é magenta)
139

4.9. Parágrafo, salto de linha com espaço em branco - <p>

Insere uma quebra de parágrafo no texto, ou seja salta uma linha e adiciona um
espaço em branco. Este comando funciona sem a necessidade do fechamento. O
comando deve ser inserido no término do parágrafo.

No documento HTML não basta pressionar a tecla enter para o salto de linha.
quando o documento estiver sendo digitado, num editor de texto, devemos antes
de pressionar a tecla enter, inserir o comando <p>.

Para um documento que não for utilizado o comando <p>, como o seguinte:
140

pagina4.html ________________________________________________________
Este é um texto.
Ele não terá o comando de parágrafo...
E conterá três linhas de texto.
E FIM.
____________________________________________________________________

4.10. Salto de linha sem espaço em branco - <br>

Quando desejarmos o salto de linha sem a inserção de um espaço em branco,


optaremos pelo comando BR, sua sintaxe é <br>. Com esse comando também
não utilizaremos a diretiva de fechamento.

Agora já temos o base para a confecção de um documento simples em HTML, ou


seja, um documento que contenha apenas texto. Veja o exemplo 4 abaixo:

pagina5.html _________________________________________________________
<html>
<head>
<title> Aqui deve estar o título da página </title>
</head>
<body>
Texto do documento em HTML <p>
Outra linha de texto do documento HTML<p>
Esta linha não terá o espaço em branco para a linha posterior.<br>
Esta linha será mostrada sem um espaço em branco da linha anterior.<p>
</body>
</html>
____________________________________________________________________

 Ao especificarmos um comando devemos observar os espaços corretos em seu


interior. Se inserirmos espaços que não existem os comandos podem não
funcionar. Um exemplo é especificarmos o comando de parágrafo <p> com um
espaço após o sina (>), assim, < p>. Esse comando não irá ter efeito na página.
Isto não ocasionará um salto de linha.

Lembre-se o browser ignora qualquer espaço entre linhas feito com a tecla enter,
use sempre o comando br.
141

4.11. Cabeçalhos

O HTML permite divisões hierárquicas do texto da página na estrutura de


cabeçalhos. Possui seis níveis de cabeçalhos, numerados de 1 a 6, sendo o 1 o
mais destacado. Os cabeçalhos podem ser mostrados em diferentes fontes e
estilos (negrito, normal, etc.). O primeiro cabeçalho de um documento deve ser
etiquetado com <h1> .

Sintaxe: <hx> </hx>, onde x é um numero entre 1 e 6 que especifica o nível do


cabeçalho.

<H3>Cabeçalhos</H3>

pagina6.html __________________________________________________________
<html>
<head>
<title> Aqui deve estar o título da página </title>
</head>
<body>
<h1> Cabeçalho do texto </h1>
Texto do documento em HTML <p>

Outra linha de texto do documento HTML<p>

Esta linha não terá o espaço em branco para a linha posterior.<br>


Esta linha será mostrada sem um espaço em branco da linha anterior.<p>
</body>
</html>
____________________________________________________________________

4.12. Links, ligações a outros documentos

<a href="arquivo.ext">Texto referência do link </A>

O principal recurso de linguagem HTML vem de sua habilidade em interligar -


linking - partes de textos (e também imagens, sons e vídeos) a outros
documentos. Essas ligações são chamadas (hyperlinks ou simplesmente links).
142

Um link num documento pode ser entendido como uma área sensível ao cursor.
No momento em que o cursor é posicionado na região e ativado (clique) é
solicitada a abertura de outro arquivo, ou seja, é aberto outro documento em html
ou um arquivo de som, imagem etc.

 Normalmente o browser (Netscape e Explorer) apresenta o link (textual) da


forma sublinhada. Mas um link também pode estar sob a forma de uma imagem.
Um modo conveniente para saber se uma região da página é realmente um link é
posicionar o cursor no local e observar o modo de apresentação do cursor, o
ícone deverá ser uma mão.

A sintaxe para a criação de um link é:

<a href="nome_do_arquivo.ext">Frase de referência para a ativação do link</a>

Não esqueça de fechar o comando após a frase de referência com a etiqueta


</a>.

O ‘nome_do_arquivo.ext’ é o arquivo para o qual será direcionado o link. Por


exemplo, se desejarmos abrir uma página de nome ‘segunda_pagina.html’, esse
será o nome do arquivo de deveremos especificar entre aspas após o sinal de
igual do comando.

Também, precisamos indicar o lugar para a conexão do link, isto é, a área sensível
da página. Para isso podemos utilizar uma frase de referência, o qual será
mostrada de modo sublinhado. Por exemplo podemos usar a seguinte frase:
Clicando aqui você verá a Segunda página.

pagina7.html ________________________________________________________

<html>
<head>
<title> Aqui deve estar o título da página </title>
</head>
143

<body>
<h1> Cabeçalho do texto </h1>
Texto do documento em HTML <p>

Outra linha de texto do documento HTML<p>

Esta linha não terá o espaço em branco para a linha posterior.<br>


Esta linha será mostrada sem um espaço em branco da linha anterior.<p>

<a href=”pagina6.html”>Clicando aqui você verá o exemplo pagina6.html</a>


</body>
</html>
____________________________________________________________________

 Não esqueça de sempre acrescentar ao nome do arquivo a sua extensão.


Uma página em HTML pode possuir a ‘htm’ ou ‘html’. Contudo convém padronizar
o conjunto do site para possuir apenas uma das extensões citadas.

Um link também pode ser feito para uma página que não pertença ao conjunto que
você criou. Para isso é necessário especificar todo o endereço da página no local
do nome_do_arquivo.ext.

Um exemplo é criar um link para o site da FATEA que possui o seguinte endereço:
http://www.regra.com.br/escolas/icjesus/.

A sintaxe em nossa página seria a seguinte:


<a href=”http://www.regra.com.br/escolas/icjesus/”>Clicando aqui você irá para a
FATEA</a>

4.13. Negrito - <b> </b>

Aplica o estilo negrito ao texto que estiver envolvido pelo comando.

O comando <strong> </strong> é similar ao negrito.


144

4.14. Itálico - <i> </i>

Aplica o estilo itálico ao texto que estiver envolvido pelo comando.

4.15. Sublinhado - <u> </u>

Aplica um sublinhado (não funciona em alguns browsers).

4.16. Sobrescrito - <sup> </sup>

Eleva o texto e diminui seu corpo.

4.17. Subescrito - <sub> </sub>

Rebaixa o texto e diminui seu corpo.

4.18. Pulsante - <blink> </blink>

Faz com que o texto fique intermitente (pode não funcionar em alguns browsers).

pagina8.html ________________________________________________________
<html>
<head>
<title> Aqui deve estar o título da página </title>
</head>
<body>
<h1> Cabeçalho do texto </h1>
<b>texto em negrito</b><p>
<i>texto em itálico</i><p>
<u>texto sublinhado</u><p>
texto<sup>sobrescrito</sup><p>
texto<sub>subescrito</sub><p>
<blink>texto pulsante</blink><p>
</body>
</html>
____________________________________________________________________
145

4.19. Fontes

O comando <font> é pode especificar vários atributos na mesma linha, tais como
tamanho da letra, cor da letra etc.)

4.19.1. Font size, tamanho da fonte - <font size=n> </font>

Um dos recursos de tratamento do texto mais interessantes da linguagem HTML é


a possibilidade de alterar o tamanho (size), cor (color) e tipo (face) da fonte do
texto utilizado. O comando responsável por isso é o <font>.

<font size=n face=nome color=cor> Texto com fonte alterada</font>

obs.: n é o valor admissível para as fontes. Os tamanhos de fontes variam de 1 a


7. A fonte número 3 é o valor padrão do browser. Sendo assim, quando quisermos
aumentar a fonte os valores deverão ser 4, 5, 6 ou 7. Temos as fontes de números
1 e 2 para diminuir o tamanho em relação ao padrão.

Para um texto com fonte de tamanho 4 devemos especificar deste modo:


146

pagina9.html _________________________________________________________
Texto com fonte padrão (fonte 3)<p>

<font size=1>Este texto tem fonte 1</font><p>

<font size=2>Este texto tem fonte 2</font><p>

<font size=3>Este texto tem fonte 3</font><p>

<font size=4>Este texto tem fonte 4</font><p>

<font size=5>Este texto tem fonte 5</font><p>

<font size=6>Este texto tem fonte 6</font><p>

<font size=7>Este texto tem fonte 7</font><p>

Agora o texto voltará a ter padrão (fonte 3) <p>


___________________________________________________________________

4.20. Cor da fonte, font color

<font color=”#código_de_cor”> </font>

Este comando altera a cor das fontes utilizadas. A sintaxe interna é, após ‘color=’,
envolver o código de cor com aspas.

Exemplo para a cor azul. Código para azul é #0000FF (zero, zero, zero, zero,
efe, efe)
fonte azul: <font color=”#0000FF”> a fonte desse texto será azul</font>

 As especificações de tamanho e cor de fonte podem ser atribuídas num único


comando <font>. veja exemplo: pagina10.html

Tabela de cores:
Blue #0000FF
Black #000000
Green #00FF00
Red #FF0000
White #FFFFFF
147

Yellow #FFFF00

Uma tabela completa de cores pode ser visualizada através do arquivo ‘cores.html’

4.21. Imagens - <img src=”nome_do_arquivo.ext”>

Para incluir imagens do documento basta realizarmos uma referência ao nome do


arquivo que é a imagem.

pagina11.html ________________________________________________________
<html>
<head>
<title> Aqui deve estar o título da página </title>
</head>
<body>
<h1> Cabeçalho do texto </h1>
<img src=fanda2.gif>
</body>
</html>
____________________________________________________________________

4.22. Caracteres especiais

Para que nossa página seja realmente visualizada em qualquer browser será
preciso uns requintes a mais, como no caso dos caracteres especiais.

Ainda não tivemos problemas de visualização, mas alguns browsers não


conseguem interpretar acentos, cedilhas etc., sendo assim, se quisermos que
nossa página seja visível em qualquer computador do mundo temos que trocar
esses sinais pelos respectivos códigos.

Exemplo:
letra ‘é’ = &#233
Para a palavra ‘café’ teríamos caf&#233.
148

5. RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO NA INTERNET

 Pinheiro, C. B. F., & Ferneda, E. (2007). A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO.


Ferneda (2003) considera a Web a face hipertextual da Internet e uma das
principais fontes de informação em diversas áreas. Para Santarém Segundo
(2004) a Internet é atualmente o canal de comunicação que possibilita a maior
interatividade entre as pessoas na busca por troca de informações e o maior
repositório para armazenamento de informações existente.

A Web é composta unidades de informação denominadas páginas e/ou sites e/ou


home-pages, que utilizam a linguagem de marcação HTML (HyperText Markup
Language) que permite a criação de ambientes gráficos e de documentos digitais
facilmente legíveis por humanos.

Estes sites possuem a seguinte estrutura:


• Um esquema de endereçamento denominado Universal Resource Locator (URL)
• Um protocolo Hypertext Transfer Protocol (http).
• E uma estrutura da página Web especificada através do padrão HyperText
Markup Language (HTML)

A URL permite e é indispensável para a localização de um recurso disponível da


Web, pois é este padrão que permite ao browser localizar um recurso por ele
solicitado. E assim concretizar a transferências dos dados entre o computador-
servidor e o computador-solicitante através de outro padrão aberto o protocolo
HTTP. O terceiro padrão aberto a ser destacado é o HTML que é a linguagem
padrão de marcação para o desenvolvimento das páginas Web. Este padrão,
segundo Ramalho (2003), possibilita a representação dos dados de forma
simplificada e prioriza a forma de apresentação dos conteúdos em detrimento de
uma melhor descrição das estruturas semânticas das páginas Web.

Esta linguagem de marcação apresenta um conjunto de códigos denominados


tags utilizados para definir os componentes, a apresentação e funcionalidades das
149

páginas Web como, por exemplo: título, autoria, figuras, etc. Como afirma Ferneda
(2003) uma página Web pode incluir tags que redirecionem para outras URLs,
estas ligações são chamadas de links e formam uma estrutura complexa que
caracteriza a adoção do termo Web, teia em inglês. As tags de uma página em
HTML informam aos browsers como o documento deve ser apresentado,
descrevendo sua aparência e forma de apresentação.

É a junção de simplicidade e possibilidades de uso de inúmeros recursos na


geração de páginas Web proporcionada pelo HMTL, adicionado à adoção de
outros padrões abertos que proporcionou a rápida disseminação da Web nos
moldes que conhecemos atualmente. Trata-se de uma linguagem extremamente
simples; possui estilo próprio para formatação dos documentos; permite a criação
de ligações hipertextuais de maneira fácil; possibilita a interação Homem-máquina
além de uma programação simplificada. A estrutura de tags de uma página forma
um arquivo texto que pode ser perfeitamente criado num editor de texto.

Sua maior vantagem também é fonte de problemas,ao utilizar as tags para definir
forma e estrutura ao mesmo tempo, a linguagem HTML impossibilita a atribuição
de significados aos conteúdos das páginas Web, comprometendo a eficácia na
recuperação da informação nos ambientes Web através das ferramentas de
busca.

...usando tags tanto para marcar trechos do conteúdo do documento


quanto para informar ao programa navegador como tais trechos devem
ser exibidos [...]. Outro fator de limitação da linguagem HTML é que ela
impossibilita a atribuição de significados aos conteúdos das
páginas,fazendo com que os motores de busca, search engines,
recuperem um grande volume de dados que não são relevantes para os
usuários finais. (RAMALHO, 2006, p.35)
150

Para identificar na Web a informação desejada existem diversos mecanismos para


sua localização na Web,estes mecanismos são denominados ferramentas de
busca, como por exemplo: diretórios, motores de busca ou search engines,
metamotores. (CENDÓN,2001; SANTARÉM SEGUNDO,200 4).

Os diretórios foram a primeira solução para organizar e localizar as informações


na Web, organizam os sites de sua base de dados em categorias, subcategorias,
sucessivamente de forma hierárquica de assunto. Como salienta Cendón
(2001,p.39) “foram introduzidos quando o conteúdo da Web ainda era pequeno o
suficiente para permitir que fosse coletado de forma não automática”.

Os motores de busca não possuem uma organização hierarquizada dos sites que
compõem sua base de dados. Procuram armazenar o maior número possível de
recursos informacionais através de softwares de busca denominados de robôs.
Estes robôs varrem a Web seguindo os links, descrevendo e indexando de forma
automática as informações coletadas. Encontra-se na literatura especializada
diversas denominações para os robôs de busca:aranhas (spiders), agentes,
viajantes (wanderers), rastreadores (crawlers) ou vermes (worms).
(CENDÓN,2001;SANTARÉM SEGUNDO,2004)

A maioria dos motores de busca indexa, ou seja, inclui em seu índice, cada
palavra do texto completo, apenas o URL as palavras que ocorrem com freqüência
ou palavras e frases mais importantes contidas no título ou nos cabeçalhos e nas
primeiras linhas, por exemplo Alguns motores indexam outros termos que não
fazem parte do texto visível, mas que contém informações importantes e úteis.
(CENDÓN,2001,p.42)

Os metamotores são ferramentas de busca que não possuem nenhuma base de


dados própria, são serviços que utilizam softwares que pesquisam dados de
outras ferramentas de busca. Esta ferramenta geralmente realiza um pré-
processamento da consulta realizada por usuários preparando e estruturando a
151

busca para submissão em cada ferramenta de busca da Web: diretórios e motores


de busca.(CENDÓN,2001;SANTARÉM SEGUNDO,2004)

Como afirma Santarém Segundo (2004) as ferramentas de busca têm


desenvolvido técnicas que proporcionem uma maior revelância na recuperação da
informação na Web, no entanto algumas limitações persistem dificultando a
satisfação dos usuários. O autor salienta questões como a grande quantidade de
documentos e informação disponíveis na Web, além da velocidade com que estes
documentos são produzidos e ao mesmo tempo desaparecem da Web e a baixa
padronização dos documentos na Internet.

Santarém Segundo (2004,p.106) destaca ainda outras limitações das ferramentas


de busca nos ambientes Web desenvolvimentos com a linguagem HTML.

A facilidade de interpretação que o ser humano tem em distinguir uma palavra em


um determinado contexto não é encontrada nos computadores e nos robôs de
busca, não permitindo, assim, que os mesmos consigam entender o conteúdo
significativo de uma página Web.

No processo de desenvolvimento tecnológico da Web, novas tecnologias propõem


um novo formato para este ambiente, na busca por uma melhor forma de
organização das informações. Ramalho (2006,p36) afirma que “verifica-se
atualmente uma grande demanda de estudos relacionados ao desenvolvimento de
mecanismos de representação de recursos informacions”. As pesquisas
atualmente desenvolvidas procuram encontrar padrões que possibilitem agregar
um maior nível semântico às páginas Web. O objetivo destas pesquisas é
“aumentar a eficiência dos mecanismos de busca e de outros tipos de ferramentas
de processamento automático de documentos através da utilização de linguagens
que permitam definir dados e regras para o raciocínio sobre esses dados”.
(FERNEDA,2003,p.110)
152

A Web Semântica é a proposta de desenvolvimento da tecnologia Web que tem


como objetivo proporcionar a execução de tarefas mais sofisticadas pelos
computadores e é resultado destas pesquisas que buscam dar significado às
informações disponibilizadas em ambientes Web.

5.1. Search engines

Search engines: são websites para consulta à base de dados que contenham
informação do conteúdo de páginas da Internet.

 Links:
Os Melhores Diretórios e Search Engines para busca na Web:
Google: http://WWW.google.com
Altavista: http://WWW.altavista.com
Yahoo: http://WWW.yahoo.com
MetaCrawler: http://WWW.metacrawler.com

É fato conhecido que a rede mundial de computadores é o maior banco de dados


do mundo. É quase impossível você não encontrar qualquer tipo de informação e
conhecimento que procura na Internet. Mas, buscar por palavras-chave num
universo de alguns milhões de websites e diretórios pode ser como procurar uma
“agulha no palheiro”. Para facilitar a vida do pessoal foram criados os instrumentos
de busca, os mais comuns atuam na Web e são conhecidos como “search
engines” (motores de busca).

Search Engines são sites através dos quais é possível localizar na Web sites que
apresentem conteúdo sobre determinado assunto. Sem estes instrumentos seria
impossível navegar efetivamente na Internet e localizar o que se deseja encontrar.
Existem vários tipos destes instrumentos a nossa disposição, cada um fazendo a
mesma função com algumas peculiaridades.
153

Diretórios ou catálogos de procura: São índices que catalogam assuntos por


categorias e sub-categorias em um banco de dados que pode ser pesquisado pelo
usuário. Os sites precisam ser incluídos nestes catálogos para serem encontráveis
através deles. Cada indivíduo, empresa ou instituição que cria uma Home Page ou
Website precisa acessar os catálogos e solicitar a inscrição de seu site para que
este conste no banco de dados. Exemplos: Yahoo!, Lycos, Go.com (ex-Infoseek),
Excite, Achei, Zeek, Cadê?.

Search Engines (motores de busca): Os search engines vasculham a rede Web


constantemente através de programas robôs (chamados spiders) à procura de
novos sites e os vão acrescentando ao seu banco de dados. Desta forma os
search engines são mais completos que os diretórios pois não há necessidade de
inscrição dos novos sites. Exemplos: Hotbot, Altavista, Seekweb, Radar UOL.

Meta Search: Alguns destes sistemas de busca realizam pesquisa simultânea em


vários diretórios e/ou search engines diferentes, conseguindo assim cobrir uma
quantidade de endereços ainda maior. Exemplos: Metacrawler, Starting Point,
Megasearch, Internet Sleuth.

 Ferramentas de busca na Web

CENDÓN, Beatriz Valadares. Ferramentas de busca na Web. Ciência da


Informação, Brasília, v.30, n.1, p.39-49, jan./abr. 2001.

(...) Desde os primórdios da Internet, houve a preocupação de se criarem


ferramentas para localização de seus recursos informacionais. Entre as
ferramentas mais antigas, podem-se citar o Archie, que busca arquivos em
repositórios de FTP, e Veronica e Jughead, que encontram conteúdos
armazenados nos Gophers. Com o advento da Web e a conseqüente explosão
das publicações disponibilizadas por meio dela, começaram a surgir as
154

ferramentas específicas para pesquisa de suas páginas. Existem hoje centenas


destes instrumentos que fornecem meios para localizar o que se busca entre as
cerca de um bilhão de páginas HTML, que se estimam.

Existem dois tipos básicos de ferramentas de busca na Web: os motores de busca


e os diretórios. Entretanto, a partir dessas duas categorias básicas, outros tipos de
ferramentas têm surgido, fazendo o mundo dos serviços de busca complexo e
volátil. Devido às características específicas de cada ferramenta, o tipo, número e
a qualidade dos recursos recuperados através de seu uso, podem variar
enormemente. Para obter melhores resultados na busca de informações, o
primeiro passo é entender as peculiaridades dos diferentes tipos de ferramentas
de busca na Web. Este artigo oferece uma visão das principais categorias de
ferramentas de busca da Internet, suas semelhanças, diferenças e características
e analisa, também, as vantagens e desvantagens associadas a cada uma, de
forma a proporcionar ao profissional da informação instrumental para aumentar
sua eficiência na procura de recursos informacionais.

5.2. Diretórios

Os diretórios foram a primeira solução proposta para organizar e localizar os


recursos da Web, tendo precedido os motores de busca por palavras-chave.
Foram introduzidos quando o conteúdo da Web ainda era pequeno o suficiente
para permitir que fosse coletado de forma não automática. Organizam os sites que
compõem sua base de dados em categorias, as quais podem conter
subcategorias, ou seja, os sites recebem uma organização hierárquica de assunto
e permitem aos usuários localizar informações, navegando, progressivamente,
para as subcategorias. Como são ferramentas genéricas, destinadas a um público
variado, procuram incluir, em suas árvores hierárquicas de assunto, tópicos que
são de interesse amplo. É comum que incluam, por exemplo, itens relacionados
com educação, esporte, entretenimento, viagens, compras ou informática.
155

Cabeçalhos de assunto são atribuídos de forma consistente, de modo que os


usuários podem contar com a ajuda de um vocabulário controlado.

Os sites coletados passam pela seleção, na maioria das vezes, por seres
humanos, os editores, que tomam conhecimento de novos recursos por meio de
sugestões de usuários, de pesquisas na Internet (em listas de anúncios de novas
páginas e atualizações, por exemplo), ou ainda, pelo uso de robôs para coletar
novos URLs. O número de editores empregados, que pode variar de 30 (utilizados
pelo Snap * ) a mais de 15 mil (como no caso do Open Directory da Netscape), é
um sinal da qualidade e atualização dos dados, mas não uma garantia. Embora
normalmente os critérios para seleção utilizados não sejam divulgados, apenas os
melhores recursos são escolhidos para inclusão. Apesar desta triagem, devido à
enorme quantidade de sugestões, centenas de sites podem ser acrescentados
semanalmente. Os grandes diretórios podem conter dezenas de milhares de
categorias e subcategorias e mais de um milhão de sites.

5.3. Motores de busca

Ao contrário dos diretórios, os motores de busca não organizam hierarquicamente


as páginas que colecionam. Preocupam-se menos com a seletividade que com a
abrangência de suas bases de dados, procurando colecionar o maior número
possível de recursos através do uso de softwares chamados robôs. Como suas
bases de dados são extremamente grandes, podendo alcançar centenas de
milhões de itens, permitem aos usuários localizar os itens desejados mediante
buscas por palavras-chave, ou, às vezes, em linguagem natural.

Os motores de busca começaram a surgir quando o número de recursos na Web


adquiriu proporções tais que impediam a sua coleta por meios manuais e a busca
apenas através da navegação. A maioria deles derivou do trabalho de estudantes
de pós-graduação, professores, funcionários do departamento de sistemas de
empresas ou outras pessoas interessadas na Web. Muitos não obtiveram
156

continuidade, à medida que a tarefa a ser executada passou a exigir maiores


recursos humanos e técnicos. Os que sobreviveram foram adquiridos por
empresas ou financiados por propagandas, investidores e recursos de pesquisa.

ALIWEB (Archie-Like Indexing on the Web) e Harvest são exemplos das primeiras
tentativas de criar motores de busca por palavras-chave, e utilizavam tecnologias
diferentes das atuais. O primeiro dos motores baseados em robôs foi o
WebCrawler, lançado em abril de 1994. Todos os motores atuais utilizam o método
de robôs sendo formados por quatro componentes: um robô, que localiza e busca
documentos na Web; um indexador, que extrai a informação dos documentos e
constrói a base de dados; o motor de busca propriamente dito; a interface, que é
utilizada pelos usuários.

Os robôs, também chamados de aranhas (spiders), agentes, viajantes


(wanderers), rastejadores (crawlers) ou vermes (worms), são programas que o
computador hospedeiro da ferramenta de busca lança regularmente na Internet,
na tentativa de obter dados sobre o maior número possível de documentos para
integrá-los, posteriormente, à sua base de dados. Existem várias estratégias que
os robôs podem utilizar para se locomoverem de um documento a outro,
utilizando-se dos links existentes nas páginas da Web. Geralmente, eles iniciam a
busca a partir de sites conhecidos, especialmente daqueles que possuem muitos
links, recuperam a sua home page e, sistematicamente, seguem os links
encontrados nesta página inicial. Usam algoritmos próprios para determinar que
links devem seguir. Por exemplo, alguns recuperam os documentos da hierarquia
superior de um grande número de servidores (abordagem breadth-first), enquanto
outros capturam todos os documentos em links de um mesmo servidor
(abordagem depth-first ).

Os motores de busca podem usar vários robôs que trabalham em paralelo para
construir sua base de dados. Por exemplo, o Excite empregava, no começo do
ano 2000, cerca de 10 aranhas para pesquisa na rede. Ela anunciou que deverá
157

acrescentar outra dezena delas, cada uma com a capacidade para cobrir 50
milhões de páginas da Internet. Na coleta de páginas para suas bases de dados, a
maioria dos motores de busca permite também que os usuários sugiram URLs, em
vez de esperar que os documentos sejam encontrados através da varredura
realizada regularmente pelos robôs.

Os documentos encontrados pelos robôs são encaminhados aos indexadores


que extraem a informação das páginas HTML e as armazenam em uma base de
dados. Esta base de dados do motor de busca consiste de informações julgadas
importantes como os URLs ou endereços das páginas HTML, títulos, resumos,
tamanho e as palavras contidas nos documentos.

A interface, normalmente uma página Web, é utilizada pelos usuários para efetuar
a pesquisa na base de dados. Fornece meios para que o usuário formule a sua
consulta, que é recebida e transmitida para o software de busca ou motor de
busca propriamente dito. Este é um programa que localiza, entre os milhões de
itens na base de dados, aqueles que devem constituir a resposta. O programa
também é responsável pela ordenação dos resultados, de maneira que os mais
relevantes apareçam em primeiro lugar na lista de resultados. Os resultados
mostrados contêm uma lista de descrições de sites e seus links.

5.4. Critérios para a indexação

Os motores de busca criam índices, chamados, na linguagem técnica, de arquivos


invertidos, que são utilizados para dinamizar a busca de informações na sua base
de dados. No índice, são inseridos todos os termos que podem ser utilizados em
busca de informações e o URL das páginas que os contêm. A fim de fornecer
melhores recursos para recuperação dos resultados e sua ordenação, podem ser
ainda armazenados dados sobre a posição das palavras na página e sobre os
tags HTML associados com o texto. Se um termo não estiver incluído no índice,
158

ele não será encontrado, portanto os critérios utilizados para indexação


influenciam os resultados das buscas.

A maioria dos motores de busca indexa, ou seja, inclui, em seu índice, cada
palavra do texto visível das páginas. Entretanto, alguns extraem, em vez do texto
completo, apenas o URL, as palavras que ocorrem com freqüência, ou palavras e
frases mais importantes contidas no título ou nos cabeçalhos e nas primeiras
linhas, por exemplo. Alguns motores indexam também outros termos, que não
fazem parte do texto visível, mas que contêm informações importantes e úteis.
Exemplos deste tipo de texto são os textos incluídos nos metatags para
classificação, descrição e palavras-chave e texto ALT do tag Image, ou seja, texto
associado com imagens. Os metatags de classificação fornecem uma palavra-
chave que define o conteúdo da página. Os de descrição retornam à descrição da
página feita pelo seu autor no lugar do resumo que o robô criaria
automaticamente. Os de palavras-chave fornecem as palavras-chave designadas
pelo autor para descrever seu conteúdo ou assunto. Por exemplo, no metatag
<META name=”keyword” content=“Brasil, informação para negócios”>., as
palavras Brasil e informação para negócios podem não fazer parte do texto visível
da página, entretanto foram indicadas pelo seu autor como indicadores do assunto
sobre os quais a página versa. (...)

5.5. Motores de busca ou diretórios

Conforme visto, existem diferenças essenciais entre motores de busca e


diretórios, o que faz com que existam vantagens e desvantagens associadas ao
uso de cada um dos tipos de ferramentas. Os diretórios têm bases de dados
menores, mas que contêm informações mais relevantes. Por exemplo, ao se
procurar, utilizando-se a árvore hierárquica de assuntos, o tópico “motores de
busca” (search engines) no diretório Yahoo!, só se encontrarão itens relevantes. O
mesmo não acontecerá, caso efetuemos uma pesquisa com a palavra-chave
search engines em um motor de busca como o Altavista. Neste caso, obter-se-ia
159

mais de um milhão e meio de resultados, e não há garantia de que os itens


recuperados sejam relevantes. Diretórios são também mais apropriados para
buscas por tópicos que sejam de interesse para um grande número de pessoas,
pois é alta a probabilidade que sejam parte da árvore hierárquica; ou tópicos muito
amplos os quais retornariam um número muito elevado de respostas em um motor
de busca. Já os motores de busca permitem a localização de qualquer tipo de
informação, por mais obscura ou específica, desde que exista na Internet e esteja
indexada. Mas como a sua base de dados é muito grande, constituída de milhões
de páginas, a chance de se recuperar um grande número de resultados não
relacionados com os tópicos pesquisados é também maior. Ou seja, obtém-se
menor precisão nos resultados da busca. Por outro lado, paradoxalmente, apesar
de terem maiores bases de dados, as aranhas dos motores de busca podem não
indexar alguns tipos páginas que poderiam ser incluídas nos diretórios (como, por
exemplo, as informações que fazem parte da Web invisível).

Os motores de busca procuram compensar o excesso de itens recuperados com


seus mecanismos internos de ordenação por relevância, mostrando em primeiro
lugar os que, de acordo com seus critérios, deveriam ser os mais importantes.
Uma vez obtida a lista dos resultados, o usuário pode ler as descrições para
decidir quais os sites serão de maior interesse. No caso dos diretórios,
especialmente dos diretórios avaliados, esta descrição pode ser de melhor
qualidade. As descrições dos motores de busca, por serem elaboradas
automaticamente, podem não conter informações adequadas para facilitar a
decisão do usuário. Os robôs não podem, por exemplo, identificar o tema central
ou gênero literário de um documento e podem não detectar elementos importantes
das páginas como gráficos ou imagens, assim como não podem extrair de um
documento dados como o seu autor e sua afiliação institucional ou mesmo a data
de publicação. Acessar o site pode ser a única maneira de verificar se os recursos
são relevantes ou não.

Como se manter atualizado sobre motores de busca


160

Como visto, as ferramentas de busca na Internet constituem um universo


complexo, não só pelas diferentes características que apresentam
individualmente, mas também pela variedade de tipos e subtipos e por estarem
em constante evolução. Além disso, a dificuldade de se encontrarem informações
relevantes através delas é mascarada por suas interfaces aparentemente
amigáveis. Assim, apesar da grande quantidade de informações na Web e das
ferramentas disponíveis para pesquisá-las, o usuário fica freqüentemente frustrado
com os insatisfatórios resultados encontrados. O profissional da informação
deveria, minimamente, consultar a documentação, ainda que esta seja mais
limitada que o desejável, de cada ferramenta, para melhor utilizá-la. Idealmente
deveria se informar mais profundamente e se manter atualizado sobre elas.
Existem sites na Internet que regularmente publicam artigos sobre as ferramentas
de busca na Internet e tabelas comparativas de características dos motores.

A seguir, listam-se alguns exemplos destes:

Search Engine Watch


(http://www.searchenginewatch.com)

SearchIQ (http:// www.searchiq.com/)

Search Engine Showdown


(http://www.searchengineshowdown.com/)

About.com Web Search Guide


(http://Websearch.about.com/)

Recomenda-se também a revista Online, que, além de sua versão impressa,


disponibiliza alguns dos artigos publicados no URL http://www.onlineinc.com. Além
do já citado site da biblioteca da Universidade de Berkeley, merece destaque o
161

site mantido por Laura Cohen na University at Albany Libraries


(http://www.albany.edu/ library/internet/searchnet.html). O site Ferramentas de
Busca na Internet (http://www.eb.ufmg.br/cendon/links/motores.htm) traz uma lista
categorizada de ferramentas de busca.

(CENDÓN, 2001)

5.6. Metabuscadores

Alguns buscadores reúnem o poder dos outros buscadores para produzir ainda
mais resultados. São os chamados "metabuscadores". Trata-se de programas que
irão procurar a palavra solicitada em vários mecanismos de busca e diretórios
simultaneamente. Na prática, quando o internauta digita um termo em um
metabuscador, é como se ele fizesse a mesma coisa em uma dúzia ou mais de
diferentes serviços de busca.

Os metabuscadores são muito eficientes na localização de temas muito


específicos e difíceis de localizar como, por exemplo: cutigeromorpha (nome
científico da centopéia). Por outro lado, pode acontecer de, caso a palavra
procurada seja muito comum, o resultado da busca seja muito extenso ou fique
longe do esperado.

Como os metabuscadores não possuem um banco de dados próprio, uma vez que
eles utilizam as informações dos outros buscadores, um novo site não pode ser
registrado em um deles, apenas nos buscadores comuns.

Na verdade, a idéia da meta-busca é muito melhor que a realidade em muitos


casos. O internauta pode pensar que irá poupar um bocado de tempo usando
apenas um mecanismo que concentre o trabalho, mas isso depende muito da
qualidade do metabuscador e do tipo de pesquisa que é feita. Como usam outras
bases de dados que não as suas, os metabuscadores podem acabar produzindo
162

uma quantidade de informação que servirá mais para confundir do que para
ajudar.

Os metabuscadores abaixo são ferramentas recomendadas para pesquisas


complexas e aprofundadas sobre um certo tema. Se sua busca é simples, vale a
dica: melhor usar um serviço único.

 SurfWax - Clique em "My Search Sets", e selecione a partir de uma lista de


buscadores que inclui AllTheWeb, AltaVista, AOL, Excite, Google, Hotbot,
MSN, NBCi, OpenDirectory e Yahoo!.

 Copernic Agent - Clique no botão "Properties", depois "Advanced Search"


para escolher os buscadores em que deseja pesquisar. A lista inclui Google,
AltaVista, AOL, EuroSeek, Fast/AllTheWeb, Google, Hotbot, entre outros.
Permite busca booleana.

 Vivisimo - Procura no Google, Lycos, AllTheWeb, MSN Search (Inktomi) e


outros. Pode ser configurado no campo "Advanced Search".

 Ixquick - Pesquisa no AOL, All the Web, Ask Jeeves/Direct Hit, EntireWeb,
FindWhat, Go, Hotbot, Kanoodle, LookSmart, MSN, Netscape, Open
Directory e Overture. http://www.ixquick.com/

 Metacrawler: http://www.metacrawler.com.br/

(Renato Rodrigues)

5.7. Google
163

Google Inc. é o nome da empresa que criou e mantém o maior site de busca da
internet, o Google Search. O serviço foi criado a partir de um projeto de doutorado
dos então estudantes Larry Page e Sergey Brin da Universidade de Stanford em
1996. Este projeto, chamado de Backrub, surgiu devido à frustração dos seus
criadores com os sites de busca da época e teve por objetivo construir um site de
busca mais avançado, rápido e com maior qualidade de links. Brin e Page
conseguiram seu objetivo e, além disso, apresentaram um sistema com grande
relevância às respostas e um ambiente extremamente simples.

Uma das propostas dos criadores do Google era ter uma publicidade discreta e
bem dirigida para que o utilizador perca o menor tempo possível, sem distrações.

O nome Google foi escolhido por causa da expressão googol, que representa o
número 1 seguido de 100 zeros, para demonstrar assim a imensidão da Web.

A quantidade de informações na Internet é tão grande e diversificada que é


praticamente impossível encontrar tudo o que se precisa sem o uso de um
mecanismo de busca. Existem ferramentas de busca muito boas na Internet, como
o Altavista, o AlltheWeb, o Yahoo e o MSN. No entanto, nenhum desses sites
consegue ter a amplitude do Google. Existem boas razões para isso.

O Google atualiza sua base de informações diariamente. Existe o crawler


Googlebot, um "robô" do Google que busca por informações novas em tudo o que
for site. Isso é realmente interessante porque cerca de aproximadamente 4 dias
depois de uma matéria ser publicada em um site já é possível encontrá-la no
Google. Outros mecanismos de busca também possuem crawlers, mas eles não
são tão eficientes em termos de atualização e de classificação de informações.

(WIKIPEDIA)
5.7.1. Page rank do Google
164

Outra razão para o sucesso do Google é o sistema PageRank. Trata-se de um


algoritmo desenvolvido pelos próprios fundadores do Google - Larry Page e
Sergey Brin - na Universidade de Stanford, que atribui uma pontuação (um
PageRank) a páginas web, de acordo com a quantidade e a qualidade dos links
(externos ou internos) que apontem para ela; o PageRank é um dos fatores de
maior peso na definição do ordenamento das páginas apresentadas pela Google.
Em outras palavras, quanto mais links existirem apontando para uma página,
maior é seu grau de importância no Google. Como conseqüência, essa página tem
maior probabilidade de obter um bom posicionamento nas buscas, pois o
PageRank indica que a comunidade da Web (por meio de links) elegeu aquela
página como de maior relevância o assunto pesquisado. Além disso, o Google
analisa os assuntos mais pesquisados e verifica quais sites tratam aquele tema de
maneira significativa. Para isso, ele checa a quantidade de vezes que o termo
pesquisado aparece na página, por exemplo.
(Wikipedia, 2006)

O PageRank é uma função do Google que tem o objetivo de mediar a qualidade


de um website em uma escala de 0 a 10.

 Existe uma técnica para aumentar as chances dos buscadores tais como
Google, Cadê, Altavista, etc... localizar seu site entre as 10 primeiras páginas
sugeridas.

- Presença da palavra chave no Título do site;


- Presença dela no texto do site em negrito, H1, H2 e H3 ( exagero será punido
com expulsão do site) ...importante situar a palavra chave nos links;
- Densidade da palavra chave em relação ao texto (não maior que 20%);
- Quantidade de sites que tem link para o site objeto, e qualidade destes sites em
relação a mesma palavra chave;
165

5.7.2. Consulta no Google

O diferencial fica por conta da engrenagem lógica do Google, que


utiliza lógica booleana. Batizada assim em homenagem ao
matemático britânico George Boole, esse sistema estabelece a
possibilidade de busca de palavras em um texto, condicionando a
exibição de resultados a valores lógicos.

Visando não delimitar a busca em demasia, são utilizados


elementos para incrementar as funções booleanas ou algoritmos
de busca utilizados pelo Google. Desses elementos, os mais
conhecidos são:

AND - Esse delimitador é utilizado para incluir,em uma expressão,


todos os elementos que serão propostos em uma consulta (as
operações booleanas são chamadas dessa maneira, apesar de não
serem usadas somente em motores de busca). Esse delimitador é
utilizado em sua forma booleana na maioria dos buscadores, como,
por exemplo, no Altavista.

O Google não utiliza o delimitador AND de forma explícita: basta


digitar os termos separados por um espaço para sua inclusão na
busca.

OR - Delimitador de variável. O OR (sempre em maiúscula) é


utilizado para encontrar páginas em que se encontre um ou outro
termo de uma busca. Ao procurar, por exemplo, pelos termos livros
e Digerati separando-os com OR, teremos acesso a todas as
páginas nas quais todos os termos ocorram, mesmo que não
166

deforma conjunta. Esse delimitador é ideal para termos não-


corriqueiros, como expressões científicas ou literárias.

NOT (-) - Esse operador é utilizado para suprimir um determinado


termo de uma busca, servindo, portanto, como uma espécie de
filtro de conteúdo. No Google, é utilizada a forma de sinal (-)
aplicada antes de um termo.

ASPAS (" ") -As aspas são utilizadas na lógica booleana para garantir que uma
expressão completa (ou conjunto de termos) seja incluída na busca. É muito útil
para o caso de expressões em português.
167

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VALENTIM, Marta Lígia Pomim. Anotações de aula do curso de pós-graduação Planejamento e


gerenciamento de sistemas automatizados de informação. Santo André, Fatea. 1996 / 1997.

VANTI, Nadia Aurora Peres. Da bibliometria à webometria: uma exploração conceitual dos
mecanismos utilizados medir o registro da informação difusão do conhecimento. Ciência da
Informação, Brasília, v.31, n.2, p. 152-162, maio/ago. 2002.

VILAN FILHO, Jayme Leiro. Hipertexto: visão geral de uma nova tecnologia de informação.
Ciência da Informação, Brasília, v.23, n.3, p.295-308, set./dez. 1994.

WEITZEN, H. Skip. O poder da informação : como transformar a informação que você domina em
um negócio lucrativo. São Paulo : Makron Books, MacGraw-Hill, 1991, 243p.
174

7. APÊNDICE: SOFTWARES PARA UNIDADES DE INFORMAÇÃO

 Textos para desenvolvimento do tema:


LIMA, Gercina Ângela Borém. Softwares para automação de bibliotecas e centros
de documentação ma literatura até 1998. Ciência da Informação, Brasília, v.28,
n.3, p.310-321, set./dez. 2001.

CÔRTE, Adelaide Ramos e Côrte. et al. Automação de bibliotecas e centros de


documentação: o processo de avaliação e seleção de softwares. et al. Ciência da
Informação, v.28, n.3, p.241-256, set./dez. 1999.

Leitura recomendada:
CÔRTE, Adelaide Ramos, ALMEIDA, Iêda Muniz de. (Cood.) Avaliação de
softwares para bibliotecas (coord.). São Paulo: Polis, APB, 2000. 108p.

ACCESS MICROSOFT
http://www.microsoft.com/brasil

Microsoft Access é um sistema de gerenciamento de banco de dados relacional (SGBDR), que


armazena e recupera informações de acordo com os relacionamentos definidos pelo usuário.
Pode ser destinado tanto a gestão de bases de dados bibliográficas quanto a gestão de
bibliotecas. Contudo, em qualquer um desses casos será preciso criar as bases de dados
(tabelas, formulários, consultas etc.) e, se necessário macros ou procedimentos com
programação especial. A construção de um banco de dados em Access requer conhecimentos
técnicos sobre o produto, bem como, conhecimentos da linguagem Visual Basic, caso se deseje
aprimorar resultados de apresentação, pesquisa e segurança.

ALEXANDRIA
http://www.alexandria.com.br/software.htm

Software destinado ao gerenciamento de pequenas bibliotecas. Projetado para gerenciar catálogos


bibliográficos, integrando e automatizando todas as funções básicas de uma média biblioteca.

O módulo de catalogação é integrado com os arquivos de autoridade permitindo a validação na


entrada do registro bibliográfico. Possui, ainda, a possibilidade de importação de registros em
formato USMARC quando gravados em arquivos tipo texto (txt).

"Alexandria Desenvolvido para atender às necessidades de bibliotecas de diversos tamanhos e


objetivos, desde as pessoais e caseiras até as especializadas ou redes de bibliotecas públicas. As
versões mais especializadas do sistema dão suporte a arquivos e centros de documentação. O
Alexandria On-line foi projetado para gerenciar catálogos bibliográficos, integrando e
automatizando as funções básicas de uma biblioteca, como catalogação de diferentes suportes -
incluindo periódicos -, pesquisa, reserva de material, empréstimo e aquisição. Foi desenvolvido
para ambiente Windows, funciona em rede ou "stand alone" e é compatível com os padrões
internacionais de Intercâmbio de Registros Bibliográficos (MARC). Contato: Alexandria on-line"
<Disponível em: <http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-May/001332.html>

Características: Ambiente Windows; telas amigáveis, funcionamento em rede ou mono-usuário;


funções totalmente integradas, compatível com padrões internacionais de Intercâmbio de Registro
bibliográfico (USMARC). Empréstimo com utilização de código de barras.
175

HORIZONTE TECNOLOGIA DE INFORMÁTICA


Joinville SC, rua Princesa Isabel, 238, sala 201. Telefones (0xx47) 433-9239, fax (0xx47) 422-
7783
http://www.multiacervo.com.br/

 MULTIACERVO FOR WINDOWS


Destinado a pequenas bibliotecas.

Características: Catalogação; pesquisa; empréstimo; segurança; reservas.

O MultiAcervo é um software que automatiza bibliotecas e centros de documentação, seja de

instituições de ensino ou organizações não-acadêmicas.

Características: catalogação, pesquisa, empréstimo, controle de periódicos, aquisição e


intercâmbio. Materiais: livros, enciclopédias, fitas de vídeo, CD-ROM, arquivos eletrônicos,
imagens, normas técnicas, procedimentos, mapas ou outros; Consultas on-line, em rede para
toda a instituição; Controle de empréstimos (movimentação, reservas, multas, estatísticas e
avisos); Controle de assinaturas de publicações periódicas; Código de barras, relatórios de
controle, relatórios estatísticos, informes via e-mail.

ALEPH - AUTOMATIZED LIBRARY EXPANDED PROGRAM


http://www.aleph500.com.br/

É um software desenhado e desenvolvido para o gerenciamento de grandes bibliotecas e outros


centros de dados.

O ALEPH foi estruturado sob um padrão de máxima flexibilidade; utiliza um conjunto de tabelas
que podem ser modeladas de acordo com as necessidades de cada usuário e modificadas quando
necessário

Características: Sistemas estruturado em módulos integrados, multilíngue, interface com sistema


de imagens, integra OPAC, ambiente rede, registros em formato MARC ou modelável, acesso à
Internet.

ARCHES LIB
http://www.wa-corbi.com.br/arches.htm

O ARCHES LIB é um software para controle de bibliotecas, foi desenvolvido com a colaboração de
bibliotecários em conjunto com a equipe de Informática WA-CORBI.

ARGONAUTA
http://server01.datacoop.com.br/vportal/datacoop/index.php?
option=com_content&task=view&id=15&Itemid=29

Desenvolvida pela Datacoop, a Família engloba softwares para automação de bibliotecas, museus,
arquivos e catálogo web dos acervos.

ATHON
176

Sistema de controle e gerenciamento de acervo de obras genéricas e especializadas, periódicos e


arquivos que disponibiliza as informações para consulta na Internet. Características do sistema:
linguagem HTML, Javascript e ASP, SQL Server 2000 como banco de dados, compatível com o
Internet Explorer versão 6.0. Conversão automática dos dados cadastrados do acervo para o
código MARC e vice-versa. Possibilita o intercâmbio de arquivos com as grandes bibliotecas.
Contato: CAAD Tecnologia. <Disponível em: <http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-
May/001332.html>

BIBLIOBASE
http://www.salvato.com.br/prod_bibliobase.php

Sistema Integrado para Gestão de Bases de Dados em CDS/ISIS. Desenvolvimento cooperativo,


em parceria técnica e comercial de empresas brasileira e portuguesa. Padrões Internacionais
adotados: Marc21, Unimarc, AACR-2. Padrões e Exigências Brasileiras: NBR 6023, dados de
avaliação do MEC-Ministério da Educação e Cultura. Interface interativa e facilidade de operação,
em ambiente operacional Windows. Facilidade de atendimento e comunicação, mediante remessa
de documentos e avisos via e-mail e integração dos produtos com editores Microsoft Word e Excel.
(Fonte: Porbase)

BIBLIOTECA ARGONAUTA

Sistema de administração de acervos compatível com padrões técnicos internacionais. Esse


software está dividido em controle de acervo de livros e periódicos, consultas, aquisição de
material, sistema de empréstimo, relatórios, tesauro e multimídia. Contato: Data Coop <Disponível
em: <http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-May/001332.html>

BIBLIOSHOP ON-LINE
Florianópolis, Santa Catarina Brasil . Telefones (0xx48) 333-0422 / 9991-8046
http://www.biblioshop.com.br/

 WINISEMP - SOFTWARE DE CONTROLE DE EMPRÉSTIMOS


WinisEMP é um software de Controle de Empréstimos indicado para bibliotecas universitárias,
escolares e especializadas, que trabalha integrado com bases de dados padrão CDS/ISIS.

Características: Situação da obra, reserva e renovação via Internet (WebEMP); Envio de e-mail
para usuário com exemplar pendente; Envio de e-mail para usuário com reserva disponível;
Geração de cartas; Geração de carteirinhas de usuário; Geração de etiquetas de código de
barras; Permite empréstimo através de senha; Controle de acesso dos operadores.

Características técnicas: Arquitetura Cliente/Servidor; Banco de dados relacional (Oracle,


InterBase ou SQL Server); Utiliza a ISIS_DLL para acesso as bases CDS/ISIS; Desenvolvido
em Delphi; Compatível com as versões 98, NT 4, 2000 e XP do Windows.

 WINISETIQ - SOFTWARE PARA PRODUÇÃO DE ETIQUETAS


WinisEtiq é um software para Produção de Etiquetas a partir de qualquer base de dados
WinISIS. Ele pode ser aplicado, por exemplo, para a produção de etiquetas de lombada, bolso,
etc...

 WEBISIS - SOFTWARE PARA DISPONIBILIZAÇÃO DO ACERVO NA


INTERNET/INTRANET
WebIsis é um software no formato CGI o qual permite a disponibilização do acervo na
Internet/Intranet a partir de uma base de dados no WinISIS.
177

Com uma interface de fácil utilização, permite realizar pesquisas por campos tais como:
assunto, tipo de material, coleção, autor, título, ano e idioma; utilizando inclusive operadores
booleanos. Para facilitar a pesquisa, o WebISIS ainda dispõe de um dicionário de termos.

Características: Pesquisa através de operadores booleanos (and, or, not), Permite o


truncamento de termos com o operador $, Dicionário de Termos, Apresentação dos resultados
de acordo com as normas da ABNT e Possui utilitário para atualização das bases na
internet/intranet.

 KARDEX - SISTEMA DE KARDEX ELETRÔNICO


Kardex é um sistema criado especificamente para o cadastramento do acervo de Periódicos
(revistas), permite o gerenciamento completo das assinaturas da coleção.

Características: Catalogação de no mínimo 40 anos da coleção de periódicos, Ilimitado número


de Títulos de Revistas existentes na Biblioteca, Fornecimento da data do vencimento das
assinaturas, Pesquisa com a utilização de Operadores Booleanos (AND, OR, NOT,
Truncamento $), Dicionário de Termos facetado por diversas chaves de pesquisa como:
autores, títulos, assuntos(Palavras-chave), idiomas , etc.., Contabilização de números de
exemplares da coleção, Exportação dos dados de acordo com o CCN, Geração de Cartas
Personalizadas para envio automaticamente pela Internet solicitando:
assinatura/Renovação/Exemplar Faltante, etc

 WINISMEC - SOFTWARE PARA GERAÇÃO DE RELATÓRIOS PARA O MEC


WinisMec é um software desenvolvido especificamente para a Geração de Relatórios para o
MEC a partir de uma base de dados WinISIS.

Características: Relatório e Gráfico Estatístico de Obras por Assunto, Configuração de campos


da base WinISIS.

BIBLOS - SISTEMA GERENCIADOR DE BIBLIOTECAS

O BIBLOS for Windows é um sistema integrado para pequenas bibliotecas. É orientado por menus
e possui uma ajuda on-line com as explicações necessárias para o preenchimento das
informações.

Características: Controla todo tipo de obra ou documento, controle de empréstimo e reservas.

CALÍMACO Gestão de biblioteca


http://www.cadsoft.com.br/solu_calimaco.asp

Sistema de Gestão de Bibliotecas da CADSOFT: o Calímaco funciona de maneira integrada, desde


a entrada do material na biblioteca, até o momento do seu empréstimo. Permite processamento
técnico rápido e eficiente.

CDI Controle de Documentação e Informação


http://www.bibliotec.com.br/soft.html

O CDI é um software gerenciador de informações voltado para Centros de Documentação;


desenvolvido pela Bibliotec. Cadastra, recupera, inclusive através de imagens, bem como
movimenta empréstimos com código de barras. As consultas podem ser feitas de várias formas de
todos os materiais contidos em Centros de Documentação e Informação.
178

CDS/ISIS Database software


http://portal.unesco.org/ci/en/ev.php-
URL_ID=2071&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html

CDS/ISIS for Windows


GenISIS: DB publishing
Information Processing Tools
IsisAscii
IsisMarc
Javaisis
WEBLIS

CORUJA
http://www.coruja.eti.br/

É um programa de computador desenvolvido para automação de bibliotecas. É aprimorado


constantemente por equipe com experiência exclusiva em biblioteconomia. Desenvolvido desde o
início com bibliotecárias, com análise psico-cromática das telas e cores para melhor comodidade,
bem como disposição dos campos nas telas, mais de 100 tipos de relatórios técnicos, estatísticos,
analíticos e gráficos, do acervo e circulações. Atende as exigências do MEC e de seus respectivos
relatórios para autorização e reconhecimento de curso. Tem módulo de internet, podendo interligar
bibliotecas setoriais. Recursos de envio de email para usuários sobre controles de reservas e
circulação. O usuário pode reservar, pesquisar e até renovar empréstimos pela internet.

CLARITY
Informatizar tratamento e recuperação de informações e armazenamento eletrônico de documentos
em ambiente Windows.

Características:Elaboração de base de dados; acesso em rede; importação de dados; exportação


de dados; integração com outros softwares, recursos para digitalização de imagens.

DOBIS
O DOBIS é designado para bibliotecas públicas, universitárias, especializadas e nacionais,
unitárias ou em rede.

O software integra as principais funções (serviços) de uma biblioteca.

Seus módulos on-line cobrem as tarefas de aquisição, catalogação, circulação, controle de


periódicos e busca. Isto é, o DOBIS permite acessar o acervo de uma biblioteca, submetendo ao
mesmo estratégias de busca.

Características: Fichas catalográficas, saídas pelo sistema COM (Computer Out-put Microfilm),
relatórios e listagens estatísticas e administrativas.

EBOOK

Sistema gerenciador de acervos que auxilia no controle de acervos de bibliotecas com


processamento integrado e eficiente. Características do sistema: manual impresso e eletrônico,
interface gráfica amigável, teclas de atalho e menu interativo, compatível com sistemas
operacionais Microsoft, bancos de dados SQL Server ou MSDE, consultas via Internet, leitura e
impressão de códigos de barras, atualização de dados em tempo real, seleção e aquisição,
179

movimentação de materiais, recuperação de informações, disseminação, importação e exportação


de dados em formato CNAB, processo gerencial e relatórios. Contato: Praxis Soluções.
<Disponível em: <http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-May/001332.html>

EMP

(Software para empréstimo) Sistema para gerenciamento de serviços de empréstimos de


bibliotecas. Compatível com o Winisis. Contato: Bireme. <Disponível em:
<http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-May/001332.html>

EXATO
http://www.acervo.com.br/frame_exato.htm

O Sistema EXATO Gerenciador de Arquivos e Documentos - Módulo Arquivo - Versão 3.0,


idealizado para o controle de documentos do Arquivo, dos Departamentos Contábil, Fiscal,
Pessoal, Contas a Pagar/Receber, Custos, Administrativo etc.

FOLIO VIEWS

É um software destinado ao gerenciamento de bases de dados textuais.

Características: Elaboração de base de dados; digitalização de imagem; pesquisa através de


hipertexto; vocabulário controlado; exportação de dados; integração com outros softwares;
importação de dados via Internet.

GNUTECA

Informações e download do Gnuteca (sistema para automação de todos os processos de uma


biblioteca, independente do tamanho de seu acervo ou da quantidade de usuários). O Gnuteca é
um software livre (sistema Linux), o que significa que o mesmo pode ser copiado, distribuído e
modificado livremente. O software é aderente a padrões conhecidos como o ISIS (Unesco) e o
MARC21 (LOC - Library of Congress).

Sistema em software livre (Linux) para gerenciamento do acervo da biblioteca, controle de


empréstimo, comunicação e colaboração entre bibliotecas e pesquisas em bases bibliográficas. A
administração do sistema pode ser feita no local ou remotamente. Permite o intercâmbio de
informações com outros sistemas de bibliotecas, pois foi desenvolvido de acordo com as normas
internacionais ISO e o padrão internacional de catalogação MARC 21. É um sistema abrangente e
genérico que se adapta a diferentes realidades e tipos de biblioteca. Download: Gratuito Contato:
Gnuteca. <Disponível em: <http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-May/001332.html>

INFORMA
http://www.modonovo.com.br/fam2000.html

Software para o gerenciamento de acervos de bibliotecas e centros de documentação. Permite


acesso aos Bancos de Dados MS-SQL Server e Oracle.

Sistema de gerenciamento de acervos de bibliotecas e centros de documentação. É um software


de fácil utilização que engloba os principais serviços de uma biblioteca. Arquitetura cliente/servidor
permite acesso aos bancos de dados MS-SQL Server e Oracle, compatível com o programa
Windows (Windows 98, ME, NT e 2000). Características do sistema: consultas on-line
(Internet/Intranet), recuperação e cadastro de publicações; controle de publicações jurídicas,
180

vocabulário e aquisições; e reserva de publicações. Contato: Modo Novo Consultoria e Informática


Ltda. <Disponível em: <http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-May/001332.html>

HIGH SCHOOL

Sistema de administração escolar multiusuário que permite o gerenciamento setorial em uma


mesma base de dados. Esse software está dividido em módulos como controle acadêmico,
controle financeiro e estatísticas e ainda em módulos opcionais, como o controle de biblioteca
(padrão CDS/Isis - Winisis ou Microisis). Os recursos oferecidos por esse módulo são sistema de
empréstimo, cadastro de livros e usuários por meio de código de barras, geração de relatórios,
catalogação padrão AACR-2 e referências bibliográficas NBR-6023. Contato: HS - Consultoria &
Associados. Disponível em: <http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-May/001332.html>

LIBRARIUM
http://www.pr.gov.br/bibliotecas/librarium.html

O Librarium é um sistema de automação de bibliotecas, desenvolvido pela Companhia de


Informática do Paraná - CELEPAR, para ser utilizado em computadores que tenham acesso à
Internet.

Site da Universidade Estadual de Londrina, desenvolvido e hospedado pela Companhia de


Informática do Paraná - CELEPAR, traz informações sobre sistemas para automação de bibliotecas
disponíveis gratuitamente para download.

LIGHT BASE

É um software destinado ao gerenciamento de bases de dados textuais, possibilitando o


armazenamento e recuperação de informações. Possui um esquema de segurança que suporta a
figura de um administrador, que controla toda a utilização das bases de dados, desde o
cadastramento de usuários e pesquisas até a impressão de relatórios.

Possui interface o usuário, através de menus, janelas, auxílio sensível ao contexto e, no caso de
campos livres, um editor de textos que possui parágrafos justificados, marcação de blocos, busca e
substituição. É desenvolvido em linguagem C ++ possuindo versões para DOS, UNIX, VMS e
Windows.

Na pesquisa possui além de da sintaxe boolenana em variados tipos de campos uma forma de
pesquisa fonética.

MICROISIS

CDS-ISIS, MICROISIS-ISIS (INTEGRATED SET OF INFORMATION SYSTEMS)


CDS/ISIS “Computerized Documentation System / Integrated Set of System”, é destinado ao
gerenciamento de bases de dados bibliográficas e principalmente utilizado por pequenas
bibliotecas especializadas. O software foi desenvolvido pela “Division of Software Development
and Services” da Unesco e distribuído no Brasil pelo IBICT - Instituto Brasileiro de Informação
em Ciência e Tecnologia

O software é estruturado de forma hierárquica (sequencial) e por isso, segundo Mattes (1999)
“só pode ser utilizado para registro de itens bibliográficos (não permite, por exemplo, numa
mesma aplicação controlar os registros bibliográficos e os arquivos de autoridade) e para
recuperação deles.” Permite a utilização de programas em uma linguagem de programação
181

originária do Pascal (pascal-isis). Para a utilização plena de suas características é necessário o


desenvolvimento e utilização de programas externos.

O software pode gerenciar um número ilimitado de bases de dados documentais, sendo


extremamente eficiente na pesquisa.

Características:
Entre as vantagens do MICROISIS, destaca-se a intercâmbio de dados (exportação e
importação) com outros sistemas por meio da norma ISO 2709; pesquisa de cada elemento de
campo ou subcampo.

MINIBIBLIO
http://www.athenas.com.br/

Sistema utilitário distribuído, de maneira livre, pela Athenas Software & Systems. A plataforma é
baseada no ambiente Microsoft Windows utilizando Borland Delphi e Borland Interbase como
ferramentas. Para cadastro e gerenciamento de livros, revistas, vídeos, manuais, discos e/ou
dados. Possibilita o controle de empréstimos. Bastante versátil, apresenta diferentes possibilidades
de configuração visual e funcional.

MULTIACERVO

Software para automatização de bibliotecas e centros de documentação, seja de instituições de


ensino ou organizações não-acadêmicas. Atende às principais funções de uma biblioteca:
Catalogação - de livros, enciclopédias, fitas de vídeo, CD-ROM, arquivos eletrônicos, imagens,
normas técnicas, procedimentos, mapas; Pesquisa - disponibiliza consultas on-line em rede para
toda a instituição; Empréstimo - controla a movimentação de empréstimo e devolução dos
materiais, reservas, multas, estatísticas e avisos; Controle de periódicos - aquisição, intercâmbio e
assinaturas; Relatórios de gerenciamento, estatísticos e informes via e-mail. Prevê o uso de código
de barras, é totalmente multiusuário e verifica os direitos de cada usuário através de senhas.
Segue normas nacionais ou internacionais para catalogação, intercâmbio e referência bibliográfica
e permite acesso via Internet ou Intranet. Contato: Horizonte Tecnologia de Informática. Disponível
em:
<http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-May/001332.html>

NOVALIB - SISTEMA INTEGRADO DE GESTION MULTIDOCUMENTAL


Novalib, é um sistema de gestão multidocumental que permite automatizar os processos habituais
de qualquer biblioteca ou centro de documentação: catalogação consulta e recuperação de
registros, aquisição, empréstimo de documentos, controle de publicações seriadas etc.

É uma aplicação multiplataforma e escalonável, que incorpora a funcionalidade de um grande


sistema de gestão de bibliotecas e centros de documentação.

Características: Registros em formato MARC, acesso por protocolo Z39.50, acesso integrado à
Internet (esta característica faz que qualquer PC remoto, tenha acesso aos serviços da biblioteca),
OPAC.

OLLUS BIB - SISTEMA GERENCIADOR BIBLIOGRÁFICO


Estruturar e manter o acervo bibliográfico das organizações como unidades de informação,
mapotecas, fitotecas, filmotecas etc.
182

Características: Controle de empréstimo e reservas; disseminação seletiva da informação;


pesquisa através de lógica booleana; avaliação de investimentos; controle de acervos de outras
instituições; processador de texto; orienta na troca de duplicatas.

OPENBIBLIO
http://openbibliobrasil.cjb.net/

Página do Open Biblio, programa de Gerenciamento Bibliotecário, na versão em português. É


possível obter informações e ‘baixar’ o software e seu manual. O software é livre (custo zero)
possui codificação aberta, escrita em linguagem PHP e utiliza como banco de dados MySQL,
ambos feitos para serem utilizados sob plataforma Linux, porém flexíveis para serem usados em
outras plataformas. O software Openbiblio gerencia os processos de uma biblioteca –
administração, relatórios, cadastros, circulação. Segue os padrões internacionais USMarc.

ORTODOCS
http://www.potiron.com.br/v2_index.htm

O OrtoDocs é um software Web-Based (100% operado através de um internet


browser), construido com os preceitos da arquitetura denominada Client/Server
Multi-tier (Cliente/Servidor Multi-nós ou camadas).

Sistema para informatização de bibliotecas individuais ou interligadas em redes,


com todas as suas atividades integradas: catalogação segundo o padrão AACR2
para todos os tipos de materiais; controle patrimonial e de circulação e de
periódicos, pesquisa bibliográfica, aquisição de materiais , importação e
exportação de dados e geração de relatórios, utilizando o software ReportSmith,
tornando possível as saídas de dados impressas de acordo com as
peculiaridades e necessidades de cada bibliotecas.” Côrte e Almeida (2000).

Características: Gestão de bibliotecas, Catalogação, Interface MARC/CALCO e outros;


empréstimo; reservas; controle de periódicos; exportação de dados; aquisição; acompanhamento
orçamentário; importação de dados; pesquisa; administração.

PERGAMUM
http://www.pergamum.pucpr.br/

O PERGAMUM – Sistema Integrado de Bibliotecas – é um sistema informatizado de


gerenciamento de Bibliotecas, desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. O
Sistema foi implementado na arquitetura cliente/servidor, com interface gráfica - programação em
Delphi, utilizando banco de dados relacional SQL. O Sistema contempla as principais funções de
uma Biblioteca, funcionando de forma integrada da aquisição ao empréstimo, tornando-se um
software de gestão de bibliotecas. Utiliza-se o formato MARC para padronização dos documentos.
Na página encontram-se informações relativas ao programa, manuais, atendimento e requisições
de suporte, lista de discussão e acesso a Rede Pergamum. Esta possui o catálogo das instituições
que adquiriram o software.

Desenvolvido pela Divisão de Processamento de Dados da Pontifícia Universidade Católica do


Paraná, em conjunto com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, contempla as
principais funções de uma biblioteca, funcionando de forma integrada, da aquisição ao empréstimo.
Contatos: PUC/RJ PUC/PR. Disponível em:
<http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-May/001332.html>
183

PHL
http://www.elysio.com.br/

O PHL - Personal Home Library, é um sistema especialmente desenvolvido para administração de


coleções e serviços de bibliotecas e centros de informações. Foi concebido como uma alternativa
moderna e eficiente às bibliotecas e usuários com poucos recursos (financeiro e de pessoal) e que
pretendem organizar suas coleções, automatizar rotinas e serviços e/ou disponibilizar e
compartilhar seus catálogos através da Web.

PROJETO BIBLIOTECA LIVRE


http://www.biblivre.ufrj.br/

www.biblivre.ufrj.br é um portal mantido pela equipe de desenvolvedores do projeto Biblioteca


Livre, um projeto proposto em conjunto pela SABIN (Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional)
e pelo PEE/COPPE/UFRJ ao MinC - Ministério da Cultura e que visa o desenvolvimento de um
conjunto de programas de computador destinado a informatização, através da modalidade de
software livre, de bibliotecas dos mais variados portes e propiciar a comunicação entre elas.

SÁBIO

Sistema de automação de bibliotecas que é dividido em processamento técnico, consulta


bibliográfica, controle de empréstimo, gerenciamento de aquisições e consulta via Internet.
Características do sistema: compatível com os formatos Calco e Usmarc, plataforma Windows
95/98/2000/NT, ambiente cliente/servidor, gerenciamento setorial e código de barras. Contato:
Wallis Software Ltda. Disponível em: <http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-
May/001332.html>

SAGRES

Oferece recursos para aquisição, catalogação, pesquisa e circulação de documentos bibliográficos,


tornando mais fácil a realização das pesquisas. Além disso, permite o cadastramento de
sugestões, a cotação de pedidos, a reserva de publicações e o envio por e-mail de mensagens aos
leitores com informações de seu interesse. Compatível com os padrões Marc e AACR2. Contato:
Tecnotrends - Soluções para o Ensino Superior. Disponível em:
<http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-May/001332.html>

SEIBIB

Sistema voltado para o armazenamento e a recuperação de informações bibliográficas estruturado


com base em funções do software MicroIsis, da Unesco. Adota o Formato de Intercâmbio
Bibliográfico e Catalográfico - IBICT - para registro dos dados e o código de catalogação Anglo-
Americano - AACR-2 - para descrição dos documentos. Destina-se a bibliotecas públicas,
escolares, universitárias, de clubes e associações, centros de documentação de empresas e de
sociedades científicas e permite a entrada de dados, a recuperação de informações, a emissão de
catálogos, a indexação e a segurança da base de dados. Download: Gratuito Contato: CELEPAR -
Companhia de Informática do Paraná. Disponível em:
<http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-May/001332.html>

SOPHIA
http://www.primasoft.com.br/2006/html/interna_2.php?
184

Software para automação e gerenciamento de bibliotecas com diversos recursos. Imprime


etiquetas de lombada com código de barras e atende aos padrões do formato MARC 21.

Um sistema integrado para gestão de bibliotecas que contempla funções que abrangem as
principais rotinas de uma biblioteca ou de um centro de documentação e informação.
Cadastramento de obras e usuários, controle de circulações, consultas de obras por assunto, autor,
título, etiquetas com código de barras para identificação de exemplares e usuários, são algumas
das rotinas que você pode realizar com rapidez e precisão nas informações.

Opera em qualquer microcomputador com sistema operacional Windows 95 e Windows NT


Funciona em rede (Novell, NT e outras), permitindo que uma pessoa esteja consultando uma obra
enquanto outra pode estar simultaneamente registrando um empréstimo Todos os relatórios do
sistema podem ser visualizados antes de serem impressos, ou exportados para diversos formatos
de aplicativos MS Windows (Word, Excel, etc.).

Características: Controle de aquisições, controle de periódicos, empréstimo, controle de


vocabulário, controle de publicações jurídicas.

SYSBLIBI

Gestor de bibliotecas. Podendo ser executado em rede local, o Sysbibli permite que mais de uma
pessoa possa manipular as suas informações ao mesmo tempo, desde o cadastramento de
publicações, empréstimos, até consultas e emissão de relatórios, permitindo inclusive consultas
pela INTERNET.

O Sysbibli é modular, só se adquire o(s) módulo(s) necessário(s).


Módulos integrados com informação “ON-LINE”; Totalmente interativo; Fácil implantação e
utilização; Sistema real de rede Cliente/Servidor Desenvolvido em Delphi Aceita protocolo TCP/IP;
Rede local Windows NT, Novell 3.x & 4.x ou outras; Fault-Tolerant - não perde os índices com
facilidade; Pode ser utilizado em LAN ou WAN (TCP/IP roteável); A INTERNET pode ser usada
como rede física; Número de usuários ilimitado (sem custo por usuário);

Características: Gestão de bibliotecas, Circulação; empréstimo; reserva; aquisição;


indexação/tesauro; pesquisa; gerenciador

THEMIS
http://www.aurum.com.br/index2.php?cat=produto_themis4

Software na área de gerenciamento de atividades jurídicas. Apresenta uma série de


funcionalidades que permitem um controle apurado de seus processos. O Themis 4.0 tem por base
a experiência de mais de sete anos de mercado de softwares jurídicos. Ele foi desenvolvido na
plataforma cliente/servidor e está disponível em duas versões: Themis 4.0 para Firebird (banco de
dados gratuito), Themis 4.0 para SQL Server e Oracle.

THESAURUS
http://www.viaapia.com.br/

Sistema desenvolvido por Via Appia Informática destinado à completa automação das rotinas de
bibliotecas públicas e privadas. Voltado para acervos grandes e médios.

É um sistema de controle de bibliotecas e acervos informativos que abrange todo o ciclo


operacional das bibliotecas, desde o cadastro inicial dos usuários até a realização do balanço.
185

Contempla os módulos de referência, aquisição, circulação, processamento técnico e estatísticas.


Contatos: Via Apia Informática. Disponível em:
<http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-May/001332.html>

THESAURUS LIGHT
http://www.viaapia.com.br/

O Sistema Thesaurus Light foi desenvolvido especialmente para o gerenciamento completo de


acervos bibliográficos de médio e pequeno porte.

VIRTUA

É um sistema integrado para automação de bibliotecas projetado para bibliotecas centralizadas,


distribuídas ou consórcios de bibliotecas. É um sistema cliente-servidor, utilizando a plataforma
Windows para consulta e entrada de dados e servidores Unix de diversos fornecedores para
armazenamento e tratamento da informação. A consulta ao sistema pode ser efetuada via www,
independentemente da plataforma utilizada. Contatos: VTLS Inc. Disponível em:
<http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2005-May/001332.html>

VTLS VIRTUA
http://www.vtls.com.br/

Desenvolvido pela VTLS e baseado em padrões, o software para automação de bibliotecas é


integrado, flexível e aberto. Com ferramentas, tais como FRBR (Functional Requirements for
Bibliographic Records), Notificações de Update através do DSI, Revisões de Usuários e uma
interface Smart Device para consulta ao catálogo, o software permite criar perfis customizados
para cada biblioteca e o usuário do staff acessarem mais de 600 funções através do sistema.
Oferece funcionalidade integrada entre os módulos, incluindo os sistemas de catalogação,
aquisições, periódicos, circulação e gerenciamento de relatórios.

WINSISIS
http://productos.bvsalud.org/product.php?id=wwwisis&lang=pt

A BIREME - Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciência da Saúde é o


representante oficial no Brasil de distribuição do software para bibliotecas desenvolvido pela
UNESCO. Fornece informações de acesso ao Software WINISIS e download do produto.

Tem as mesmas características do produto em ambiente caracter, o MicroIsis. É estruturado nos


mesmos conceitos do CDS/ISIS para DOS, mantendo inclusive a estrutura não relacional das
bases. Possui a execução da pesquisa facilitada pela interface gráfica.

WinISIS é um sistema criado especificamente para o cadastramento do acervo, onde permite


catalogar qualquer tipo de documento: Livros, Capítulos de Livros, Folhetos, Periódicos
(Revistas/Jornais), Anais de Congresso, Teses/Dissertações, Fftas de Vídeo, CD-ROM, Materiais
Especiais (Multimeios), etc.

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