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Missão Evangélica Filadélfia: Teologia

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Missão Evangélica Filadélfia: Teologia

DIREITOS AUTORAIS

1ª Edição (Eletrônica)
Copyright 2004 by Marival Coelho Novaes
E-book formato PDF com assinatura digital.

Editoração Eletrônica
Marival Coelho Novaes

Capa
Marival Coelho Novaes

Direitos reservados por Lei nº 9.610/98, de 19.02.1998.


Proibida a distribuição ou reprodução total ou parcial desta obra sem a prévia
autorização escrita do Autor.

Diagramação e arte final


Marival Coelho Novaes

Autor: Marival Coelho Novaes


Título: Teologia

Pedidos:
marival_novaes@yahoo.com.br

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Missão Evangélica Filadélfia: Teologia

Teologia

Este trabalho começou a ser escrito cerca de nove dias


antes do início das Olimpíadas 2004, na Grécia, de onde este
evento esportivo teve origem. A Grécia é o berço da filosofia e
também da mitologia. Mitologia é um termo que significa “estudo
dos mitos”, ou “estudo dos deuses”. Por extensão, teologia, do
grego “teo” = Deus e também do grego “logos” = estudo = lógica,
significa “estudo de Deus” ou a lógica de Deus.

Entretanto, podemos perceber de forma bastante clara que


formação do vocábulo e sua aceitação como verdade nasceu
exatamente do desconhecimento de quem é Deus, o Senhor Todo
Poderoso. Se o termo “teologia” fosse aplicado no plural “estudo
dos deuses”, até entenderia seu sentido e sua aplicação correta,
mas vemos na prática que não é bem assim. O vocábulo passou a
ser utilizado como uma ciência capacitada a estudar o Deus Todo
Poderoso.

Antes de começarmos a contestar o termo em si e seu


propósito científico de “estudo e conhecimento de Deus”, vamos
relembrar qual a definição e o propósito de toda e qualquer ciência:

• Como definição podemos utilizar a da Enciclopédia


Encarta: “Ciência, termo que, em sentido mais amplo,
é empregado para referir-se ao conhecimento
sistematizado em qualquer campo, mas que costuma
ser aplicado, sobretudo à organização da experiência
sensorial objetivamente verificável”. Nesse contexto,
a ciência, ou a busca pelo conhecimento, é conhecida

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como “ciência pura”, para distinguí-la da “ciência


aplicada”, que significa a busca de usos práticos do
conhecimento científico, e da tecnologia, por meio da
qual se levam a cabo as aplicações. (Encarta –
Introdução sobre ciência).

• Os propósitos de toda ciência, pois, são os de chegar


à ciência prática, partindo da ciência pura.

• Por extensão de raciocínio, a teologia seria a ciência


do “estudo de Deus”, para se chegar à aplicação, na
prática, da vontade de Deus.

• Ora, mas a própria definição da ciência pura diz que


ela (a ciência pura) decorre da “organização da
experiência sensorial objetivamente verificável”. Isto
pressupõe que todo cientista da teologia tenha
realizado, ou vivido, uma experiência na qual o Deus
Todo Poderoso se fizesse presente, para que ela (a
experiência) fosse “objetivamente verificável”.

• Até aqui, estamos na limitação física, material e


espiritual do homem, sem entrarmos no mérito da
discussão entre a limitação natural humana e a
incomparável, ilimitada, infinda e eterna capacidade
de Deus.

• A partir de então, precisamos entrar na dimensão do


sobrenatural para entendermos este complexo dilema
da humanidade, em desejar conhecer a Deus, mas
sem querer se submeter, não como escravo, mas
como um filho que reconhece no Pai toda a
autoridade, capacidade e poder de realizar todas as

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coisas, além de trazer à existência aquilo que não


existe. E este Pai, é o nosso Deus Todo Poderoso,
Onisciente, Onipresente, Onipotente, o Senhor e Deus
único, no qual reside toda a Sabedoria e todo o
Conhecimento.

Poderíamos então começar a definir quem é Deus! Mas seria


um começo errado, porque Deus não pode ser definido totalmente
pelo homem:

“... porque, em parte, conhecemos


e, em parte, profetizamos.
Mas quando vier o que é perfeito,
então, o que o é em parte será aniquilado”.
I Corintios 13:9-10

“Porque, agora,
vemos por espelho em enigma;
mas, então, veremos face a face;
agora, conheço em parte,
mas, então, conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor,
estas três, mas a maior destas é o amor”.
I Corintios 13:12-13

A busca pelo caminho do Amor de Deus

Sem necessitar recorrer aos ensinos de toda a Bíblia


Sagrada e apenas observar estes versículos de I Corintios 13 que
falam claramente sobre o amor como o maior dom de Deus
existente sobre a face da terra, podemos entender o quanto é

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extremamente difícil o homem conhecer o amor de Deus que


constrange qualquer um.

E é exatamente o dom do amor que é próprio de Deus que o


ser humano mais tem dificuldade de absorver, de assimilar e de
vivê-lo. Se para o homem já é difícil, pior ainda para a ciência da
“Teologia”, que procura definir um Deus que é Amor, cujo amor ela
pouco conhece.

Creio que a ciência da Teologia deveria buscar estas


respostas em Atos, capítulo 2, que diz assim:

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos,


e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
Em cada alma havia temor,
e muitas maravilhas e sinais
se faziam pelos apóstolos.
Todos os que criam estavam juntos
e tinham tudo em comum.
Vendiam suas propriedades e fazendas
e repartiam com todos,
segundo cada um tinha necessidade.
E, perseverando unânimes todos os dias no templo
e partindo o pão em casa,
comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
louvando a Deus
e caindo na graça de todo o povo.
E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja
aqueles que se haviam de salvar”.
Atos 2:42-47

Podemos ver que o texto não ser refere a uma ação isolada
de amor e solidariedade em relação ao estado do seu próximo,

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mas, sim, de uma ação conjunta, fruto da união e da verdadeira


comunhão entre os santos.

Esse texto acima deveria ser acrescentado aos textos usuais


da ministração da Ceia do Senhor, como que para lembrar a todos,
do ministro ao mais simples dos servos da Igreja de Cristo, que
todos estamos fora dos padrões estabelecidos por Deus em sua
Palavra.

Mas, se isso é tão claro para todo aquele que tem o temor a
Deus, por que será que a Igreja não enxerga? Certamente por causa
das definições teológicas, das doutrinas e regras humanas, das
tradições culturais e humanas, as quais preferem colocar em
primeiro plano a aparência externa, as circunstâncias visíveis,
porque elas agradam aos olhos humanos, tanto aos da igreja
quanto aos da sociedade secular.

Eu diria que o problema é simplesmente de sinceridade e de


um real temor a Deus para poder enxergar estas coisas. Quanto ao
mais, “quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz à Igreja”.

Ora, a maior oportunidade que o homem teve de conhecer a


Deus totalmente foi quando Ele se revelou através de seu Filho
para o mundo. E o mundo o rejeitou. E mesmo aqueles que o
seguiram, os apóstolos não o conheceram totalmente, não por que
o Deus vivo Jesus Cristo escondia sua luz, porque na verdade sua
luz alumiava a todos, mas por falta da verdadeira fé.

Esta fé e esta verdade, os que seguiam a Jesus só foram ter


depois da sua ressurreição, quando Ele apareceu aos 11 apóstolos
e mesmo assim ainda teve um que ainda duvidava do que via,
precisando tocar com as mãos para poder ver. Por isso Jesus
disse: Bem-aventurados os que não viram e creram.

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Então, aqueles homens estavam ali acompanhando a Jesus


durante três anos, vendo os seus milagres, as suas maravilhas, a
sua sabedoria, mas não conseguiram assimilar por completo toda
essência do amor e da vontade de Deus.

Mas, na verdade, Cristo sabia e sabe que o homem para


entender a Deus, sua vontade e sua direção, necessita do seu
Espírito Santo, para que lhe ensine, lhe guie e oriente no que
concerne à vontade de Deus. E esta vontade está revelada em sua
Palavra, não como um produto pronto para ser apanhado, aberto e
se fazer uso, mas como um tesouro escondido, como um Maná
Escondido, que deve ser buscado na profundidade dos tesouros de
Deus, guardado no tempo da Lei na Arca da Aliança e a partir de
2000 anos atrás até a eternidade, em Cristo Jesus, em cuja face
encontramos o conhecimento, a sabedoria e a ciência de Deus.

A busca pelo caminho da revelação pelo Verbo


“Porque a palavra da cruz
é loucura para os que perecem;
mas para nós, que somos salvos,
é o poder de Deus.
Porque está escrito:
Destruirei a sabedoria dos sábios
e aniquilarei a inteligência dos inteligentes.
Onde está o sábio? Onde está o escriba?
Onde está o inquiridor deste século?
Porventura, não tornou Deus louca
a sabedoria deste mundo?
Visto como, na sabedoria de Deus,
o mundo não conheceu a Deus
pela sua sabedoria,
aprouve a Deus salvar os crentes
pela loucura da pregação.

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Porque os judeus pedem sinal,


e os gregos buscam sabedoria;
mas nós pregamos a Cristo crucificado,
que é escândalo para os judeus
e loucura para os gregos.
Mas, para os que são chamados,
tanto judeus como gregos,
lhes pregamos a Cristo,
poder de Deus e sabedoria de Deus.
Porque a loucura de Deus
é mais sábia do que os homens;
e a fraqueza de Deus
é mais forte do que os homens.
Porque vede, irmãos, a vossa vocação,
que não são muitos os sábios segundo a carne,
nem muitos os poderosos,
nem muitos os nobres que são chamados.
Mas Deus escolheu
as coisas loucas deste mundo
para confundir as sábias;
e Deus escolheu
as coisas fracas deste mundo
para confundir as fortes.
E Deus escolheu
as coisas vis deste mundo,
e as desprezíveis, e as que não são
para aniquilar as que são;
para que nenhuma carne se glorie perante ele”.
I Corintios 1:18-29

Como um homem natural, conhecedor das letras e das


ciências “humanas”, físicas, matemáticas e biológicas, pode
entender que um outro homem simples, sem letras, entender a

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vontade e a revelação de Deus em sua Palavra, sem que pelo


menos houvesse estudado essa mesma Palavra?

Na verdade, não entenderá jamais, da mesma forma como


não entenderam os sacerdotes e oficiais do Império Romano
quando viram e ouviram o discurso de Pedro (depois de
efetivamente se converter, de crer no Senhor Jesus Cristo e de
receber o Espírito Santo de poder) (Atos 4:13).

“... porque já é manifesto


que vós sois a carta de Cristo,
ministrada por nós e escrita não com tinta,
mas com o Espírito do Deus vivo,
não em tábuas de pedra,
mas nas tábuas de carne do coração.”
II Corintios 3:3

A Palavra de Deus é a vida de Deus no Verbo, que é o Cristo


Jesus, que é o Deus Vivo e Verdadeiro. Por esta razão a Palavra
precisa ser priorizada entre os homens como o seu alimento
principal, seja sob a forma do leite espiritual ou do alimento sólido
pela revelação do Espírito, de modo que o homem possa conhecer
melhor, não apenas como olhos e ouvidos, mas com a sua própria
alma, para que venha a ter um coração segundo o coração de Deus,
assim como o de Davi.

A Palavra de Deus é loucura para o homem incrédulo, que a


lê como uma letra fria, sem a vida do Espírito, e acaba fazendo suas
interpretações humanas, segundo seus interesses mesquinhos,
segundo um ou mais versículos isolados que aparentemente
possam dar sustentação às suas heresias e à sua forma de ver o
mundo e as coisas criadas por Deus.

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Por esta razão, o Senhor tornou louca a sabedoria deste


mundo, porque na sua “sabedoria” o mundo não conheceu a Deus
quando se revelou no seu Filho Jesus Cristo, nem pela revelação
da sua Palavra, seja a do Antigo Testamento, seja o do Novo, pela
velhice da letra do antigo, perdendo-se nas trevas das vãs filosofias
e nas palavras que tentam persuadir um ou outro ou eles próprios,
enganando a si mesmos, fazendo-se loucos e vazios.

O apóstolo Paulo foi inspirado pelo Espírito Santo a falar


mais sobre o assunto em I Corintios II, quando disse:

“A minha palavra e a minha pregação não consistiram


em palavras persuasivas de sabedoria humana,
mas em demonstração do Espírito e de poder,
para que a vossa fé
não se apoiasse em sabedoria dos homens,
mas no poder de Deus.
Todavia, falamos sabedoria entre os perfeitos;
não, porém, a sabedoria deste mundo,
nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam;
mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério,
a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória;
a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem,
nunca crucificariam ao Senhor da glória.
Mas, como está escrito:
As coisas que o olho não viu,
e o ouvido não ouviu,
e não subiram ao coração do homem
são as que Deus preparou para os que o amam.
Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito;
porque o Espírito penetra todas as coisas,
ainda as profundezas de Deus.
Porque qual dos homens sabe as coisas do homem,
senão o espírito do homem, que nele está?

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Assim também ninguém sabe as coisas de Deus,


senão o Espírito de Deus”.
I Corintios 2:4-11

Portanto, o espírito do homem sabe e conhece as coisas


próprias do homem, enquanto que o Espírito Santo de Deus sabe
as coisas que lhes são próprias e estão escritas na sua Escritura
para serem reveladas para todos aqueles que buscarem a sua face
de todo o seu pensamento, de toda a sua alma, com todo o seu
amor e com toda a fé.

Com este propósito e com esta entrega de corpo, alma e


espírito, o próprio Espírito Santo nos ensinará as coisas de Deus
porque só Ele sabe os seus próprios mistérios. Podemos ir para os
seminários, podemos estudar a ciência da teologia, podemos até
criar determinadas teologias, mas só entenderemos a Palavra de
Deus pelo seu próprio Espírito, e mesmo assim, se Ele estiver
residindo em nós como o Deus Vivo, como o Espírito de Cristo.

A Palavra de Deus, para ser entendida, tem que percorrer um


caminho. Este caminho começa com ouvidos bem abertos e
atentos para recebê-la, e em seguida com o desejo de guardá-la,
por reconhecê-la como precioso tesouro para sua vida. O desejo de
guardá-la faz com que o Espírito Santo grave no coração do ser
humano, não apenas a Palavra propriamente dita, mas também o
seu entendimento, que traz vida, vida de paz e abundância.

E precisamos falar da Palavra com verdade, com a vida de


Cristo em nós, para que a nossa pregação seja testemunha das
nossas experiências com Deus, de como aprendemos com o
Senhor, de como fomos guiados, amparados e protegidos por Ele,
de maneira que esse testemunho de vida sirva como exemplo para
aqueles que porventura estejam necessitando do mesmo
aprendizado.

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“Porque nós não somos, como muitos,


falsificadores da Palavra de Deus;
antes, falamos de Cristo com sinceridade,
como de Deus, na presença de Deus”.
II Corintios 2:17

A falta de experiência com Deus faz com que muitas pessoas


o conheçam apenas porque ouviu ou leu a letra fria da Palavra,
demonstrando que a própria Palavra ainda não foi guardada no seu
coração.

Jesus Cristo disse:

“... Se alguém me ama,


guardará a minha Palavra
e meu Pai o amará,
e viremos para ele e faremos nele morada”.
João 14:23

Por isso é que muitas pessoas chegam até a conhecer a letra


fria da palavra, sem a vida do Espírito Santo, de nada adiantando,
porque corresponde a uma semente que não germina, não cresce, e
morre no mesmo momento da sua plantação.

“Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações,


conhecida e lida por todos os homens,
porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo,
ministrada por nós e escrita não com tinta,
mas com o Espírito do Deus vivo,
não em tábuas de pedra,
mas nas tábuas de carne do coração.
E é por Cristo que temos tal confiança em Deus;
não que sejamos capazes, por nós,

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de pensar alguma coisa, como de nós mesmos;


mas a nossa capacidade vem de Deus,
o qual nos fez também capazes
de ser ministros dum Novo Testamento,
não da letra, mas do Espírito;
porque a letra mata, e o Espírito vivifica”.
II Corintios 3:2-6

Portanto, a Palavra de Deus, quando guardada em nossos


corações, irrigará a nossa fé e fará com que o novo homem,
nascido em Cristo Jesus, cresça pelo ensino do Espírito Santo, que
é o Espírito de adoção de filhos de Deus que nos conduzirá até o
dia da redenção do nosso corpo, quando Cristo vier buscar a sua
Igreja.

Mas, o apóstolo Paulo continuou a escrever aos Corintios


estabelecendo uma controvérsia entre o espírito do homem e do
mundo e o Espírito de Deus:

“Mas nós não recebemos o espírito do mundo,


mas o Espírito que provém de Deus,
para que pudéssemos conhecer
o que nos é dado gratuitamente por Deus.
As quais também falamos,
não com palavras de sabedoria humana,
mas com as que o Espírito Santo ensina,
comparando as coisas espirituais com as espirituais.
Ora, o homem natural
não compreende as coisas do Espírito de Deus,
porque lhe parecem loucura;
e não pode entendê-las,
porque elas se discernem espiritualmente.
Mas o que é espiritual discerne bem tudo,

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e ele de ninguém é discernido.


Porque quem conheceu a mente do Senhor,
para que possa instruí-lo?
Mas nós temos a mente de Cristo.”
I Corintios 2:12-16

O apóstolo Paulo começa a estabelecer uma controvérsia


entre a sabedoria humana, demonstrada através da ciência e da
filosofia, mas incapaz de compreender as coisas do Espírito Santo
de Deus, e as coisas espirituais de Deus, as quais não podem ser
discernidas naturalmente.

Esta controvérsia permanece até os dias de hoje, por causa


da soberba e do orgulho humano, que observa e experimenta no
dia a dia o desenvolvimento da ciência, não como uma tentativa de
se aproximar de Deus, mas, ao contrário, como uma forma de se
desligar de uma vez por todas do seu Criador. Para estes diz o
Senhor através das palavras de Davi para Salomão, seu filho:

“E tu, meu filho Salomão,


conhece o Deus de teu pai
e serve-o com um coração perfeito
e com uma alma voluntária;
porque esquadrinha o Senhor todos os corações
e entende todas as imaginações dos pensamentos;
se o buscares, será achado de ti;
porém, se o deixares,
rejeitar-te-á para sempre”.
I Crônicas 28:9

Os três versículos seguintes revelam a necessidade do


homem em nascer de novo para vir a conhecer a Deus, que o criou,
sua vontade e sua Palavra. Nascido uma vez da vontade da carne,
ou seja, da vontade um homem e de uma mulher, foi feito homem

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natural. Mas, quem nasce da carne é carne e quem nasce do


espírito é espírito. Portanto, para que o homem venha a entender as
coisas de Deus é preciso nascer de novo, agora, não mais da
vontade de um homem e de uma mulher, mas da vontade de Deus.
Este é o nascimento espiritual, ou seja, da água (da Palavra) e do
Espírito Santo de Deus.

Mesmo assim, o homem convertido, conhecedor da vontade


de Deus revelada em sua Palavra, continuará não sabendo de que
forma Deus está operando nem vai operar sobre sua vida, nem
sobre a vida dos que o cercam, da sua comunidade, do seu Estado,
do seu País, do mundo. Isto porque Deus age na sua soberania de
forma invisível, e o homem convertido deve SEGUÍ-LO pela fé, e
confiar NELE mesmo sem saber como Ele está agindo.

Nesta forma soberana de Deus agir em todas as coisas e


circunstâncias que envolvem a vida das pessoas e do mundo, está
a sua glória, a qual Ele não dá a ninguém.

Na verdade, nós humanos, estamos aqui para ver os


resultados, e nós, seus filhos e amigos, confiamos NELE o
suficiente para saber que esses resultados são os melhores dos
quais o homem jamais teve notícia, a começar pela salvação
prometida e conquistada na cruz do Calvário.

E, na sua glória, está também a Sabedoria. Ora, se nós, que


temos o Espírito Santo e livre acesso a Deus pela graça de Jesus
Cristo, não sabemos como o Senhor Deus Todo Poderoso age, qual
seja a forma da sua operação, como pode então um homem natural
estabelecer uma “ciência do estudo de Deus?”

Conclui-se, portanto, que o estudo teológico é vazio, sem


sentido, sem resultados objetivos ou efetivos para fazer com que o
homem venha a conhecer a Deus. É mais uma massa fria de

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informações históricas, naturais, lingüísticas e algumas de


conteúdo espiritual, mas que são estudadas sob a visão natural.

Mas, alguém pode até se lembrar e dizer neste momento: E


os seminários teológicos? Ao invés de responder, prefiro citar a
voz do Espírito Santo, no escrito de João, um homem natural
indouto, mas espiritualmente sábio, que diz:

“E a unção que vós recebestes dele fica em vós,


e não tendes necessidade de que alguém vos ensine;
mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas,
e é verdadeira, e não é mentira,
como ela vos ensinou,
assim nele permanecereis.”
I João 2:27

Quem duvidar, observe um cristão firmado na fé em Cristo


Jesus antes de estudar em um seminário, e verifique o estado dele
após ser submetido aos “ensinos” de qualquer seminário. Jamais
ele voltará com a mesma fé. No mínimo ele estará confuso,
creditando seu conhecimento mais aos méritos do seminário que
ao Espírito Santo de Deus. Como resultado, como o Senhor não dá
a sua glória a ninguém, o cristão, outrora cheio da fé salvadora,
passa a coxear entre dois senhores: O Primeiro, que fica à espera
da volta do filho pródigo, e um outro qualquer, cheio de ciência, de
vãs filosofias e de sutilezas.

Quem desejar recorrer à história vai constatar que a


apostasia que levou uma grande massa de cristãos a abandonarem
a fé e se juntarem ao Imperador Constantino para formar a
GRANDE PROSTITUTA ESPIRITUAL que é a Igreja Católica
Romana, isso em 323 d.C., começaram a se afastar da fé cristã a
partir dos ensinos das escolas alexandrinas.

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Jesus Cristo disse na parábola do joio e do trigo que Ele, o


Senhor, vem e planta o trigo na sua Igreja. Mas, à noite, ou seja, às
escondidas, nas trevas, o inimigo também vem e planta a sua
semente maligna do joio. Ora, se Satanás faz isso na própria Igreja
de Cristo, quanto mais ele não poderá fazer nos seminários?

Então, a questão não é de ser contra ou a favor de


seminários. O mérito dela é de que se fossem necessárias escolas
para se aprender a vontade de Deus expressa na sua Palavra, o
próprio Cristo diria isso.

E não encontramos no Novo Testamento nenhuma indicação


ou orientação para se abrir escolas para o estudo de Deus. Os
seminários alexandrinos foram inspirados na interpretação errada
das reuniões dos profetas, chamadas no livro de Samuel de
“rancho dos profetas”, nas quais os servos de Deus buscavam sua
face para saber o que o Senhor tinha a dizer para o seu povo (vide I
Samuel 9:9 e 10:10). Mas, ainda no tempo dos profetas do Antigo
Testamento, o Senhor falava pelo Seu Espírito Santo, na vida dos
seus profetas, e não através das grades curriculares das escolas (I
Samuel 10:10).

Mas, há cerca de 1681 anos atrás, o Espírito Santo foi


enviado até nós para que Ele mesmo seja o nosso mestre, o nosso
Único professor, o nosso guia. Então, para que precisamos de
seminários. É o mesmo que dizer que a unção do Espírito Santo
não é suficiente. Mas, o próprio Senhor, mostrou à sua Igreja na
vida de Pedro e na vida de João, por sinal o escolhido para
completar toda a sua revelação, que não precisamos dessas
escolas para apreender a sua vontade e muito menos conhecer a
sua face.

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“Porque os meus pensamentos


não são os vossos pensamentos,
nem os vossos caminhos,
os meus caminhos, diz o Senhor.
Porque, assim como os céus
são mais altos do que a terra,
assim são os meus caminhos
mais altos do que os vossos caminhos,
e os meus pensamentos,
mais altos do que os vossos pensamentos”.
Isaias 55:8-9

“Assim como tu não sabes qual o caminho do vento,


nem como se formam os ossos
no ventre da que está grávida,
assim também não sabes as obras de Deus,
que faz todas as coisas.”
Eclesiastes 11:5

“Não te maravilhes de te ter dito:


Necessário vos é nascer de novo.
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz,
mas não sabes donde vem,
nem para onde vai;
assim é todo aquele que é nascido do Espírito.”
João 3:7-8

Por outro lado, a filosofia da ciência é definida como sendo


“a investigação sobre a natureza geral da prática científica,
buscando saber como se desenvolvem, se avaliam e se
transformam as teorias científicas e se a ciência é capaz de revelar
a verdade de entidades ocultas e dos processos da natureza”.
(Enciclopédia Encarta).

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Podemos então concluir, com base no que a Palavra de Deus


nos revela, que a teologia, como ciência, gera na prática uma
filosofia que procura investigar e descobrir o que diz a Bíblia
Sagrada diz, não do ponto de vista de quem inspirou os seus
escritos, no caso, o Espírito Santo de Deus, mas sob a ótica do
homem que a lê, criando, portanto, várias teologias e várias
filosofias.

Mas, a Sabedoria de Deus revelada em sua Palavra nos diz


que Senhor Todo Poderoso, o grande EU SOU, é o mesmo Deus de
ontem, de hoje e de amanhã! Ele é imutável, assim também como é
imutável a sua Palavra! Passarão os céus e a terra, mas as Palavras
de Deus não passarão!

Portanto, é impossível aos estudos filosóficos a descoberta


de transformações ou evoluções dos escritos da Bíblia Sagrada,
porque a mesma Palavra escrita nos mais diversos lugares, por
cerca de 40 seres humanos de personalidade bastante distinta, com
defasagem entre os escritos de até 1.600 anos e em regiões de
culturas e costumes diversos, traz uma mensagem única, voltada,
assim como o significado do nome de Jó, para o Deus vivo e
verdadeiro, Jesus Cristo de Nazaré.

E a mensagem, além de única, é também imutável, além do


que suas predições proféticas vêem se cumprindo soberanamente
acima de toda a ciência e de toda a filosofia.

Podemos concluir, mediante a descrição de João no início


do seu evangelho, que assim diz:

“No princípio, era o Verbo,


e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas coisas foram feitas por ele,

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e sem ele nada do que foi feito se fez.


Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
e a luz resplandece nas trevas,
e as trevas não a compreenderam”.
João 1:1-4

Então, Jesus Cristo, o Verbo de Deus, o Cordeiro Santo e


Imaculado, morto antes da fundação do mundo, revelou-se ao
mundo como o Filho do Homem para fazer uma obra de redenção e
formar um povo na revelação de outro mistério da sua vontade
proposta em si próprio, que foi o mistério da Igreja, para conceder a
esta mesma Igreja o seu poder pelo Espírito Santo e pela Escritura,
o qual se manifesta pela presença viva do amor de Deus e pela
semente da fé plantada em cada um de nós, que somos unidos pelo
batismo em um só Espírito e formamos um só corpo do qual a
cabeça é Cristo.

Isto é uma parte do mistério de Deus para o seu povo e para


sua Igreja. A outra parte conheceremos quando formos arrebatados
e logo depois, quando Cristo voltar para vencer seus inimigos e
implantar o Milênio, conforme a descrição do livro do Apocalipse:

“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco.


O que estava assentado sobre ele chama-se
Fiel e Verdadeiro
e julga e peleja com justiça.
E os seus olhos eram como chama de fogo;
e sobre a sua cabeça havia muitos diademas;
e tinha um nome escrito que ninguém sabia,
senão ele mesmo.
E estava vestido de
uma veste salpicada de sangue,

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Missão Evangélica Filadélfia: Teologia

e o nome pelo qual se chama


é a Palavra de Deus”.
Apocalipse 19:11-13

Que o Senhor Jesus Cristo vos abençoe na leitura deste


trabalho.

Marival Novaes

Setembro 2004

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Bibliografia

1. Bíblia Sagrada – Tradução por João Ferreira de


Almeida – Edição Revista e Corrigida de 1995 –
Sociedade Bíblica do Brasil (SP).
2. Enciclopédia Encarta da Microsoft – Edição 2001.

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