Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Introdução
1
A partir disso, vemos a necessidade da inserção urgente de práticas e
instrumentos que viabilizem a mudança do cenário atual de meio
ambiente e cultura social.
Meio ambiente
2
por gerar o termo meio ambiente como e uso comum, em vez de se usar
somente um deles (ou meio ou ambiente).
Ambiente
3
1988 - Conjunto de componentes naturais e sociais, e suas interações em
um determinado espaço de tempo, no qual se dá a dinâmica das
interações sociedade-natureza, e suas consequências, no espaço que
habita o ser humano, o qual é parte integrante deste todo. Desta forma, o
ambiente é gerado e construído ao longo do processo histórico de
ocupação e transformação do espaço da sociedade (Gutman, 1988).
Ambiente
4
exceções, sempre teorizaram sobre os sistemas econômicos sem
considerar o meio natural como fornecedor de materiais, energia para a
sociedade humana e como receptor dos resíduos resultantes e da energia
dissipada pelas atividades antrópicas (Philippi Junior e Silveira, 2009).
Vemos com isso que meio ambiente está muito mais relacionado com a
questão social e cultural, do que somente a definições biológicas. Esse é
um dos desafios primordiais do século XXI para a preservação do meio
ambiente: a questão da reforma de valores culturais e sociais, começando
pela reforma das próprias políticas públicas.
Educação Ambiental
5
papel do educador é, portanto, criar condições para que isso ocorra, criar
condições para que levem o desenvolvimento desse potencial, que
estimulem as pessoas a crescer cada vez mais Pelicioni, 2009).
Aqui, vemos que para falar de educação ambiental, temos que admiti-la
como processo de educação política que busca formar para que a
cidadania seja exercida e para uma ação transformadora, a fim de
melhorar a qualidade de vida da coletividade. A abordagem sociocultural
permite a ação pró-ativa e transformadora, proposta pela educação
ambiental, se efetive, já que implica em formação para uma reflexão
crítica (Pelicioni, 2009).
6
Mas, enfim, qual é a definição de educação ambiental?
7
AULA 2: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Levou somente mais 100 anos para essa população duplicar e, outra vez,
apenas mais 100 anos para atingir o sêxtuplo. Hoje, existem 6,5 bilhões de
humanos na face da Terra (Dourojeanni & Pádua, 2007).
8
possamos entendê-las e assim discutir o desenvolvimento sustentável na
dimensão humana, vamos ler o texto de Miller Junior (2007):
9
Antes de respondermos essa questão, vamos observar, como o fez
Gonçalves (1990 apud Pelicioni, 2005), que o modo de ser, de produzir e
de viver dessa sociedade é fruto de um modo de pensar e agir em relação
à natureza e aos outros seres humanos que remonta a muitos séculos.
10
Os componentes substantivos nesta definição são as questões de
equidade.
Tanto entre uma mesma geração como entre diferentes gerações, a fim
de que todas, presentes e futuras, aproveitem o máximo sua capacidade
potencial.
Desenvolvimento sustentável
11
Ainda segundo o mesmo autor, ao qualificar o desenvolvimento como o
adjetivo “sustentável”, incorpora-se um conceito de capacidade de
subsistir ou continuar.
Sustentabilidade
12
2. As modificações ambientais decorrentes do processo antrópico de
ocupação dos espaços e de urbanização, que ocorrem em escala
global, especialmente as que vêm acontecendo desde os séculos XIX
e XX, impõem taxas incompatíveis com a capacidade de suporte dos
ecossistemas naturais (Philippi Junior & Malheiros, 2008).
3. Ainda segundo os mesmos autores, a análise dos impactos
potenciais dessas modificações pode ser feita sob o enfoque da
mudança nos padrões de consumo e de produção, facilitando assim
a compreensão dessa questão e das medidas necessárias para a
reversão dos problemas instaurados.
Consumo consciente
O que consumir?
Porque consumir?
13
Como consumir?
De quem consumir?
COMPRA
Consumidor consciente
Vários são os exemplos que podem ser citados quanto ao uso não
consciente dos recursos naturais esgotáveis que já estão gerando sérios
problemas no mundo: água potável, combustíveis fósseis, energia elétrica,
minerais como ouro e o mercúrio.
14
documento produzido durante a Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992.
A Agenda 21 relata quais as principais ações que devem ser tomadas pelos
governos para aliar a necessidade de crescimento dos países com a
manutenção do equilíbrio do meio ambiente.
15
O consumo desmedido das sociedades modernas implica o uso de
elevadas quantidades de recursos naturais. Ao mesmo tempo, os atos de
consumo comprometem todas as esferas da vida humana: a material, a
social e a psicológica.
16
de 1972, a questão ambiental como um dos elementos centrais da
concepção e das estratégias de desenvolvimento. Como era visto o
progresso naquele tempo?
17
AULA 3: MOVIMENTOS AMBIENTALISTAS
Introdução
18
nuclear, os desastres ambientais resultantes da ação humana, entre
outros problemas, foi reunindo cada vez mais pessoas em torno de
questões relativas ao meio ambiente, à qualidade de vida e à cidadania.”
(Pelicioni, 2009).
19
Vários autores apontam a Keele Conference on Education and
Countryside, realizada em 1965, na Universidade de Keele (Inglaterra),
como um marco a partir do qual o termo Environmental Education
(educação ambiental), que circulava em meios específicos, alcançou ampla
divulgação (Martin e Wheeler, 1975 apud Pelicioni, 2009).
20
das atividades urbano-industriais, entre outros. Como observa Drummond
(1997):
Conferência de Biosfera
21
Em decorrência de uma das recomendações oriundas da Conferência da
Biosfera e atendendo à solicitação dos representantes suecos presentes
na XXIII Assembleia Geral da ONU (1969), uma vez que a Suécia estava
sofrendo os efeitos da poluição gerada em outros países.
22
compromisso entre as diferentes percepções sobre o meio ambiente
defendidas pelos países mais e menos desenvolvidos”.
Conferência de Tbilisi
Congresso de Moscou
Conferência do Rio de Janeiro
Tbilisi, 1977
23
Esta Conferência produziu um documento, publicado em 1980, chamado
“Livro Azul”, que até hoje é uma importante fonte de consulta para ações
em EA. De uma forma sintética, o documento explica que:
24
meio natural e o meio artificial, demonstrando a continuidade dos
vínculos dos atos do presente com as consequências do futuro, bem
como a interdependência entre as comunidades nacionais e a
solidariedade necessária entre os povos.
Moscou, 1987
• conscientização,
• transmissão de informações,
25
• promoção de valores,
Rio 92
Conclusão
26
Somente através da união desses fatores é que poderemos ter esperança
de que a preservação ambiental, para nosso presente e futuro no planeta,
realmente aconteça.
Reforçamos que não foram somente estes três encontros com foco na
discussão de educação ambiental que ocorreram no mundo, mas que
estes foram os marcantes para a divulgação do assunto.
27
AULA 4 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL, PEDAGOGIA, POLÍTICA E SOCIEDADE
Introdução
Histórico
28
pensamento, nos valores, nos pressupostos epistemológicos e no
conhecimento, que configuram o sistema político, econômico e social que
vivemos (Luzzi, 2009).
Educação Ambiental
29
O binômio educação/ambiente deverá então desaparecer com o tempo. A
educação será ambiental, ou não será, no sentido de permitir rumarmos
para uma nova sociedade sustentável.
Uma educação que, mais além das denominações que adquira – Educação
Ambiental, Educação para o Desenvolvimento Sustentável, Educação para
o Futuro Sustentável, Educação para Sociedades Responsáveis -, perca os
adjetivos e como um todo se encaminhe na busca de sentido e
significação para a existência humana (Luzzi, 2009).
Segundo Miller Junior (2008), neste século, muitos analistas nos desafiam
a dedicar mais atenção ao desenvolvimento econômico sustentável no
que se refere ao meio ambiente. Esse tipo de desenvolvimento faz uso de
prêmios econômicos (principalmente subsídios governamentais ou
incentivos fiscais) para incentivar formas benéficas e sustentáveis de
crescimento econômico e utiliza sanções econômicas (especialmente
impostos e regulamentações governamentais) para desencorajar formas
nocivas e não sustentáveis de crescimento econômico ligado ao meio
ambiente.
30
Desigualdade Social
31
Sem equidade - Os frutos do crescimento econômico beneficiam
principalmente os ricos, deixando milhões de pessoas imersas em
uma pobreza cada vez mais profunda. Sem voz crescem economias,
mas não se fortalecem as democracias no que se refere à
participação das pessoas.
Globalização
32
Coloque o ser humano no centro do desenvolvimento.
Considere o crescimento econômico como um meio e não um fim.
Proteja a vida das futuras gerações e igualmente a das atuais.
Respeite os sistemas naturais do qual dependem todos os seres
vivos.
33
Educação Ambiental
Nesse contexto é que se defende que a educação ambiental não pode ser
reduzida a uma simples visão ecologista, naturalista ou conservadora sem
perder legitimidade social, por uma simples questão de ética, e sem
perder sua coerência, porque a resolução dos problemas socioambientais
anteriormente apresentados se localiza no campo político e social, na
superação da pobreza, na desaparição do analfabetismo, na geração de
oportunidades, na participação ativa dos cidadãos (Luzzi, 2009).
Conclusão
34
Ações Individuais - Cientistas sociais sugerem que é necessário apenas 5
a 10% da população de um país para provocar uma grande mudança
social. A antropóloga Margaret Mead resumiu nosso potencial de
mudança: “Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos atentos e
comprometidos possa mudar o mundo. Na realidade, só assim se foi
capaz de mudar o mundo até hoje”. Isso significa que devemos aceitar
nossa responsabilidade ética de administradores do capital natural da
Terra, deixando-a em uma condição boa, senão melhor, do que aquela
que encontramos (Miller Junior, 2008).
Para que serve uma casa se você não tiver um planeta para colocá-la?
Henry David Thoreau
35
AULA 5 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL E LEGISLAÇÃO
Introdução
36
Política
37
enxergar a destruição que vinha ocorrendo desde os primeiros anos da
colonização.
• Código de Caça;
• Código Florestal;
• Código de Minas;
• Código de Águas.
38
As políticas públicas dessa fase procuram alcançar efeitos sobre os
recursos naturais por meio de gestões setoriais (água, florestas,
mineração, etc), para as quais foram sendo criados órgãos específicos,
como o Departamento Nacional de Recursos Minerais, Departamento
Nacional de Água e Energia Elétrica e outros.
39
Entretanto, essa política “pura” de comando e controle apresenta uma
série de deficiências, como a morosidade na sua implementação, segundo
os mesmos autores.
40
O mesmo autor também mostra que, em matéria ambiental, o Brasil
também seguiu uma tendência observada em outros países. Onde os
problemas ambientais são percebidos e tratados de modo isolado e
localizado (repartindo o meio ambiente e solo, ar e água, e mantendo a
divisão dos recursos naturais: água, floresta, recursos minerais e outros).
Só no início da década de 1980 é que passariam a ser considerados
problemas generalizados e interdependentes, que deveriam ser tratados
mediante políticas integradas.
41
Embora tenha sido editada no início da década de 1980, continua sendo
de fundamental importância para o meio ambiente (Funiber, 2009).
42
• X. Educação ambiental em todos os níveis de ensino.
43
Espelhando-se no Sisnama, os estados criaram os seus Sistemas Estaduais
do Meio Ambiente para integrar as ações ambientais de diferentes
entidades públicas nesse âmbito. Outra inovação foi o conceito de
responsabilidade objetiva do poluidor. O poluidor fica obrigado,
independente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos
causados ao meio ambiente e a terceiros afetados por suas atividades
(Barbieri, 2010).
44
AULA 6 – INDICADORES AMBIENTAIS
Ao final desta aula, você será capaz de:
Introdução
45
Dessa forma, os métodos e as técnicas de análise ambiental devem
absorver a interdisciplinaridade como um pressuposto. Do ponto de vista
dos participantes dos estudos, tal análise requer profissionais de várias
especialidades atuando em conjunto, em equipe multidisciplinar.
46
imposto, a conduta de produtores e consumidores mudará “produzindo-
se um uso socialmente ideal dos recursos naturais”.
Indicadores
Para que possamos começar a pensar numa reversão de valores para que
efetivamente façamos ações em prol da sustentabilidade, é necessário
que indicadores nos forneçam informações do meio natural e
socioeconômico para a análise, que deve ser sistemática e relevante, no
planejamento de um sistema de gestão ambiental.
47
A seguir, alguns indicadores muito úteis nos planos de ação da gestão do
meio ambiente e dos espaços naturais em diversas escalas de gestão
territorial, segundo FUNIBER (2009):
48
Controle de impacto - Programas de controle de impacto que buscam
como objetivo destacar mudanças de parâmetros biológicos e ambientais,
produzidos geralmente por problemas de origem ou indução humana em
escala global (diminuição do ozônio na estratosfera, chuva ácida) e em
âmbito local e regional (contaminação de um rio, erosão de uma bacia
hidrológica etc). São também úteis na gestão de espaços naturais, mas
apresentam maior importância em nível suprarregional, ajudando na
coordenação de políticas e de planos de gestão em âmbito nacional e
internacional.
49
caracteriza-se por procedimentos capazes de assegurar, desde o início do
processo de planejamento, que se faça um exame sistemático dos
impactos ambientais de uma proposta (projeto, programa, plano ou
política) e de suas alternativas, e que os resultados sejam apresentados de
forma adequada ao público e aos responsáveis pela tomada de decisão, e
por eles considerados (Moreira, 1997).
50
Os EIAs, além de atender à legislação e aos objetivos da PNMA, deverão
conter as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, identificar
e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de
implantação e operação da atividade, e definir os limites da área
geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, entre
outros.
51
Conclusão
52
AULA 7 – PROJETOS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Ao final desta aula, você será capaz de:
Introdução
A nossa vida é fugaz. Muitas vezes, passamos o tempo todo ocupados com
coisas urgentes, em detrimento das coisas fundamentais. Precisamos de
vez em quando, dar uma parada para reflexões. Isso deveria ser
institucionalizado. Dessa forma, acredita-se que os erros seriam menos
frequentes e menos graves também (Dias, 2004).
Planejamento
53
• Facilitar a cooperação mútua e equitativa nos processos de decisão.
1 – Conhecimento da realidade.
2 – Concepção de um plano.
3 – Execução do plano.
4 – Acompanhamento, o monitoramento.
54
Prognóstico – Exercicio de antecipação de futuros possíveis , prováveis e
desejáveis (ou seja, futuro que pode acontecer, futuro que provavelmente
acontecerá e futuro que desejamos que aconteça em função de valores e
prioridades).
Avaliação
55
É um conjunto de procedimentos para apreciar os méritos de um
programa e fornecer informações a respeito do alcance de seus objetivos,
atividades, resultados, impacto custo-benefício. É a parte mais importante
de um projeto.
56
Ambos devem atender às seguintes condições:
57
Conclusão
Aqui cabe a citação de George Bernard Shaw (1856-1950), que fala que
“os seres humanos nascem ignorantes, mas são necessários anos de
escolaridade para torná-los estúpidos”. Será que poderemos reverter essa
situação com os projetos de educação ambiental num futuro próximo?
Que tal tentarmos?
Introdução
58
Na concepção de Severino (2006, apud Terossi e Santana, 2010), a
educação é considerada “um investimento formativo do humano, seja na
particularidade da relação pedagógica pessoal, seja no âmbito da relação
social coletiva” (SEVERINO, 2006, p. 621).
Também podemos dizer que a educação é uma ação social, pois se educa
em contato com o outro nas relações com os demais indivíduos da
sociedade. É também uma ação política, intencional e não é neutra
(SANTANA, 2005; TOZONI-REIS, 2004).
Interdisciplinaridade x pedagogia
59
reconhecermos suas bases teóricas. Para isso, vamos acompanhar o texto
de Pelicioni (2009):
60
tempo e são utilizadas até hoje, principalmente a abordagem tradicional.
Para Morin: ‘as sociedades domesticam os indivíduos por meio de mitos e
ideias que, por sua vez, domesticam as sociedades e os indivíduos, mas os
indivíduos poderiam reciprocamente domesticar as ideias ao mesmo
tempo que poderiam controlar a sociedade que os controla [...] uma ideia
ou teoria não deveria ser simplesmente instrumentalizada, nem impor seu
veredicto de modo autoritário; deveria ser relativizada e domesticada.
Uma teoria deve ajudar e orientar estratégias cognitivas que são dirigidas
por sujeitos humanos [...].
b)Teoria Crítica:
61
Vai contra os conceitos da escola tradicional e se baseia em algumas ideias
humanistas e cognitivas de Giroux, de Piaget e na fenomenologia-
existencialista de Buber e Pantillon; no socialismo de Marx e
principalmente nas ideias socioculturais de Paulo Freire, representando
uma síntese de todas elas.
Para esse autor, o ser humano possui raízes, está no mundo e com o
mundo. É um ser de práxis, entendida como ação e reflexão sobre o
mundo com o objetivo de transformá-lo. Ao refletir, criticar e criar a
cultura, responde aos desafios que encontra, estabelece relações com os
outros homens e enfrenta as estruturas sociais. Cultura. Segundo Freire, é
o resultado do esforço criador e recriador da atividade humana, de seu
trabalho por transformar e estabelecer relações dialogais com outros
homens.
A história é feita, então, a partir das respostas dadas pelo ser humano à
natureza, aos outros seres humanos e às estruturas sociais. É feita por
uma cadeia contínua de épocas, caracterizada por valores, aspirações,
necessidades e motivos.
62
possibilitando ao ser humano lutar por sua libertação e superar a relação
opressor-oprimido por meio de uma situação de ensino-aprendizagem
que desenvolva a consciência crítica e a liberdade, isto é, que possa
transformar a situação concreta que gera a opressão.
63
Não se trata apenas de entender e atuar sobre a problemática ecológica e
na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas como ocorreu,
historicamente, até a década de 1970. Trata-se, isso sim, de estabelecer
relação de causa e efeito dos processos de degradação com a dinâmica
dos sistemas sociais.
Aos poucos, foi ficando claro que a Ecologia por si só não dá conta de
reverter, de impedir ou de minimizar os agravos ambientais, os quais
dependem de formação ou mudanças de valores individuais e sociais, que
devem expressar-se em ações que levem à transformação da sociedade
por meio da educação da população.
64
Conclusão
A Educação Ambiental não deve ser apontada como a solução para todos
os problemas ambientais, como se a esperança atribuída à educação, por
si só, fosse capaz de proporcionar transformações na sociedade, como
uma “panaceia” (SANTANA, 2005). A EA deve ser entendida como uma das
possibilidades importantes entre as diversas outras existentes na
sociedade (Terossi e Santana, 2010).
65
AULA 9 – O PAPEL DA ESCOLA FRENTE AO MEIO AMBIENTE
Introdução
66
A vida no planeta é altamente organizada e obedece a um espectro
biológico.
67
Quando o homem e outras espécies se relacionam com o ambiente
(conceito de ecossistema), uma série de fatores pode atuar como
determinante da saúde ou da doença como o clima, topografia, posição
geográfica, insolação, terremotos, furacões, entre outros.
Até mesmo uma preocupação geral com a biosfera torna-se cada vez mais
importante, à medida que se compreende que o homem como gerador de
poluição e de outras agressões pode provocar mudanças na paisagem
superficial terrestre (Natal, 2009).
68
Na educação ambiental, discutimos a importância da Epidemiologia vista
como disciplina que debate o processo de geração da doença por meio da
atuação de fatores.
69
conhecimentos, habilidades e destrezas para o cuidado com a saúde e a
prevenção das condutas de risco em todas as oportunidades educativas.
Fomenta uma análise crítica e reflexiva sobre os valores, condutas,
condições sociais e estilos de vida, buscando fortalecer tudo aquilo que
contribui para a melhoria da saúde, da qualidade ambiental e do
desenvolvimento humano. Facilita a participação de todos os integrantes
da comunidade educativa na tomada de decisões, colabora na promoção
de relações socialmente igualitárias entre as pessoas, na construção da
cidadania e democracia, e reforça a solidariedade, o espírito de
comunidade e os direitos humanos.
Cada vez mais tem sido aceito que crianças saudáveis aprendem melhor e
que professores saudáveis ensinam melhor.
70
No entanto, a escola promotora da saúde não pode ser vista apenas como
um sistema eficiente do ponto de vista educacional, mas também como
uma comunidade humana que se preocupa com a saúde de todos os seus
membros: professores, alunos e pessoal não docente, incluindo aí todos
os que se relacionam com a comunidade escolar e com a qualidade do
meio em que vivem. Dessa forma, todas as escolas podem potencialmente
promover a saúde e a proteção do meio ambiente.
A escola saudável deve então ser entendida como um espaço vital gerador
de autonomia, participação, crítica e criatividade, para que o escolar tenha
a possibilidade de desenvolver suas potencialidades físicas, psíquicas,
cognitivas e sociais (WHOE, 1995).
71
sanitárias adequadas e uma atmosfera psicológica positiva para
aprendizagem; que possibilitam um desenvolvimento humano saudável
estimula relações humanas construtivas e harmônicas e promovem
atitudes positivas, conducentes à saúde. Na prática, entretanto, nem
sempre isso ocorre.
As escolas não podem ser mudadas da noite para o dia, mas é preciso ser
constante no trabalho empreendido. As pequenas mudanças vão se
somando e, aos poucos, se transformando em grandes mudanças.
72
A informação por si só não leva as pessoas a adotar estilos de vida
saudáveis, a lutar por melhores condições ambientais e de vida, ou a
modificar práticas que conduzam à doença.
73
Cada sociedade deve investir de forma a gerar, por meio da capacidade
criadora e produtiva dos jovens, um futuro social e humano sustentável
(Pelicioni, 2009).
74
AULA 10 – TÓPICO ESPECIAL EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Descrever as temáticas de poluição, gerenciamento de resíduos e gestão ambiental.
2. Reconhecer os desafios do educador ambiental frente a esses problemas sociais.
3. Identificar os espaços não-formais de educação (ONGs, empresas e comunidades).
Introdução
75
POLUÍÇÃO
Poluentes
76
Poluentes: são substâncias químicas encontradas no meio
ambiente em níveis altos o suficiente para fazer mal às pessoas
ou a outros organismos.
77
1. Primeiro, trata-se apenas de um curativo temporário, caso os níveis
de população e consumo crescerem sem as melhorias tecnológicas
para controle da poluição. Por exemplo, o acréscimo de
catalisadores aos sistemas de escapamento de veículos reduziu
algumas formas de poluição do ar. Ao mesmo tempo, o aumento do
número de carros e da distância total que percorrem reduziram a
eficácia dessa abordagem de limpeza.
78
Na verdade, o conceito de cadeia alimentar não é tão fechado nem tão
perfeitamente sustentável assim. O que efetivamente acontece é que,
mesmo em espécies mais simples, ocorrem perdas e geração de resíduos
e esses não seriam contabilizados. Portanto, o sistema não é tão perfeito
quanto se imaginaria no início.
Ainda assim, o homem não seria capaz de gerar uma instabilidade tão
grande a ponto de comprometer sua existência, mas a capacidade do
homem de efetivamente transformar a matéria-prima natural, por meio
de processos de larga escala, não deve ser desprezada.
79
Esse compromisso com as gerações futuras é o princípio do que se
denomina crescimento sustentável. Assim, espera-se que esta geração e
as futuras usem a capacidade que o homem possui de transformar as
matérias, porém de forma sustentável.
Resíduo e lixo
80
Destaca-se que a norma classifica resíduos no estado líquido como
resíduos sólidos, o que é bem compreensível quando se pensa na divisão
da poluição em três categorias.
Limpeza pública
81
O descarte indiscriminado de resíduos tóxicos por anos seguidos provocou
episódios lamentáveis do ponto de vista ambiental. Um dos casos mais
conhecidos é o de Love Canal, nos Estados Unidos, que ficou marcado
como um símbolo de contaminação ambiental por resíduos tóxicos.
82
Os grupos ambientais monitoram as atividades ambientais, trabalham
para aprovar e fortalecer leis ambientais e trabalhar com as corporações a
fim de encontrar soluções para os problemas ambientais.
As ONGs vão desde grupos populares, que têm apenas alguns membros, a
organizações globais, como o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), com
cinco milhões de membros e escritórios em 48 países. Outros grupos
internacionais com grande quantidade de membros incluem o Green
Peace, World Wildlife Fund, a Nature Conservancy, o Grameen Bank e o
Conservation International.
83
cima, pode ser vista como um movimento de sustentabilidade global
emergente com bases nos cidadãos.
Gestão ambiental
84
Os acidentes ambientais ocorridos nas últimas décadas com empresas do
setor químico foram notabilizados publicamente por alguns exemplos: a
explosão química na Hoffman-LaRoche, em Seveso (Itália, 1976); o
vazamento de pesticidas em Bhopal (Índia), pela Union Carbide (1984), e o
vazamento de óleo no Alaska, pela Exxon (1989), implicaram na
necessidade de pagamento de elevadas indenizações e em uma má
imagem para o setor que apresentou baixo índice de aceitação pública em
1989, conforme o mesmo autor afirma.
85
variável ambiental no sistema de gestão da empresa, podem trazer
vantagem competitiva que compense o maior custo financeiro.
Conclusão
86