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EBD 4° Trimestre 2019 – Lição 5 – Os discípulos são

livres da prisão
Objetivos

ANALISAR a oposição enfrentada pela igreja do primeiro século;

DESTACAR o agir de Deus na libertação dos discípulos da prisão;

ENFATIZAR que a obediência a Deus traz alegria e vitória.

TEXTO DO DIA

“Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, tirando-os para fora,
disse: Ide, apresentai-vos no templo e dizei ao povo todas as palavras desta vida.” (At
5.19,20)

SÍNTESE

Por anunciarem o nome de Jesus, os apóstolos foram presos, mas o anjo do Senhor
abriu as portas do cárcere e os libertou.
Agenda de leitura

SEGUNDA – Lc 21.12 Jesus avisa que sofreríamos pelo seu nome


TERÇA – Tg 3.16 A inveja traz todo tipo de confusão e obra perversa
QUARTA – Ap 3.8 É Deus que abre portas
QUINTA – Mt 16.18 Nada pode deter o avanço da Igreja
SEXTA – Ne 4.7,8 Sempre haverá oposição na obra de Deus
SÁBADO – 2 Tm 4.2 Pregar a Palavra em tempo e fora de tempo

Interação

Infelizmente ainda vemos notícias a respeito da perseguição religiosa contra cristãos.


Já no início da igreja cristã, a perseguição começou com os judeus, depois com o
Império Romano e tantos outros grupos ao longo da história. O Diabo sempre buscou
uma forma de impedir o avanço da Igreja e seu propósito aqui na terra. E muitas vezes
ele usa pessoas, até mesmo religiosas para esse fim.

No entanto, podemos estar certos de que Deus é poderoso e estará sempre com aqueles
que o servem. A obediência aos mandamentos do Senhor deve ser incondicional,
mesmo que isso traga alguma consequência ruim. É gratificante saber que Jesus
ressaltou, antes de subir aos céus, que Ele tem toda a autoridade e, em razão disso,
poderíamos sair e pregar a todos o Evangelho (Mt 28.18-20). Jesus Cristo continua
cuidando da sua igreja em todos os momentos, mesmo quando ela passa por provações
diversas. [ EBD 4° Trimestre 2019 – Lição 5 – Os discípulos são livres da prisão –
CPAD – Jovens ]
Orientação Pedagógica

Pesquise e faça um resumo das principais perseguições que a Igreja teve ao longo da
história. Destaque desde o judaísmo, passando por impérios e regimes que tentaram
impedir que o Evangelho fosse propagado. Também enfatize o fato de que Deus
comanda a história e que exemplos como a queda do comunismo têm levado muitos a
Cristo. A Igreja no ocidente é livre, mas enfrenta a perseguição ideológica. Discuta
com seus alunos a respeito da Igreja Perseguida. Se desejar utilize o material da
SENAMI (Secretaria Nacional de Missões/www.senami.org.br).

Texto bíblico Atos 5.17-24

E, levantando-se o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele (e eram eles da
seita dos saduceus), encheram-se de inveja, 18 e lançaram mão dos apóstolos, e os
puseram na prisão pública.19 Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas da
prisão e, tirando-os para fora, disse:20 Ide, apresentai-vos no templo e dizei ao
povo todas as palavras desta vida.21 E, ouvindo eles isto, entraram de manhã cedo
no templo e ensinavam. Chegando, porém, o sumo sacerdote e os que estavam
com ele, convocaram o conselho e a todos os anciãos dos filhos de Israel e enviaram
servidores ao cárcere, para que de lá os trouxessem.22 Mas, tendo lá ido os
servidores, não os acharam na prisão e, voltando, lho anunciaram,23 dizendo:
Achamos realmente o cárcere fechado, com toda a segurança, e os guardas, que
estavam fora, diante das portas; mas, quando abrimos, ninguém achamos
dentro.24 Então, o capitão do templo e os principais dos sacerdotes, ouvindo estas
palavras, estavam perplexos acerca deles e do que viria a ser aquilo.

INTRODUÇÃO

O livro de Atos revela que muitos prodígios e sinais eram feitos pelas mãos dos
apóstolos. O povo os tinha em grande estima e a multidão dos que criam aumentava
cada dia mais (At 5.12-14). O mover de Deus chamou a atenção dos habitantes que
viviam nas cidades ao redor de Jerusalém, e as pessoas passaram a levar até lá os
enfermos, atormentados e todos eram curados. No entanto, os líderes religiosos
saduceus encheram-se de inveja e decidiram lançar os apóstolos na prisão.

A inveja é um sentimento diabólico e que traz efeitos terríveis. Porém, Deus, que vê
todas as coisas, não permitiu que os apóstolos ficassem na prisão e realizou um grande
milagre libertando-os. É sobre esse episódio extraordinário que vamos estudar na lição
de hoje.

I – A OPOSIÇÃO À OBRA DE DEUS

1. A oposição dos religiosos. Sempre que a obra de Deus avança surgem oposições.
O Diabo tentará usar de suas artimanhas para deter o progresso da Igreja, levantando
tiranos, criando leis maléficas e trazendo perseguições. Contudo, neste caso a oposição
veio justamente daqueles que deveriam se render e apoiar os discípulos de Jesus. Os
religiosos opositores eram os saduceus, partido dos sacerdotes que controlavam o
Templo e seu ser viço. Não foi à toa que Jesus criticou duramente os falsos religiosos
que aparentavam piedade, mas não conheciam o poder de Deus (Mt 23). De fato, o
próprio Senhor já havia predito aos seus discípulos de que seriam expulsos das
sinagogas por eles (Jo 16.1-3).

2. A inveja que corrói. Os líderes religiosos se levantaram contra Pedro e João, pois
encheram-se de inveja. A Palavra de Deus retrata a inveja como um sentimento
terrível, um ácido que corrói e que causa todo tipo de comportamentos ruins: “Porque,
onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda a obra perversa” (Tg
3.16). Como cristãos, temos de nos livrar de toda inveja e nos encher do amor de
Deus, que é paciente e bondoso. O invejoso se sente mal diante do sucesso dos outros,
e isso Deus desaprova. Foi justamente esse sentimento maquiavélico que aqueles
homens tiveram para com o trabalho que Deus estava fazendo por meio dos apóstolos.
Que Deus nos guarde.

3. A injustiça dos homens. Aqueles homens invejosos não se limitaram ao seu


sentimento abominável diante da obra do Senhor, mas lançaram os apóstolos na prisão
(At 5.18). Quanta injustiça. Vivemos dias em que a injustiça impera em nosso mundo.
Pessoas sendo injustiçadas em todos os âmbitos da sociedade, porém Deus não tem
prazer na iniquidade (Sl 5.4). Mesmo vivendo em um mundo marcado pelas
injustiças, podemos e devemos viver como santos, pois fomos alcançadas pela graça
de Deus e mediante a fé crermos na justiça do Senhor revelada no Evangelho (Rm
1.17). Como discípulos de Jesus temos a certeza de que um dia Deus trará justiça plena
a este mundo. [ EBD 4° Trimestre 2019 – Lição 5 – Os discípulos são livres da prisão
– CPAD – Jovens ]

Pense Por que o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele possuíam um
sentimento tão destrutivo a ponto de lançar homens inocentes na prisão?

Ponto Importante Os saduceus eram religiosos cegos e de corações endurecidos. Eles


não conheciam o Deus verdadeiro.
II – A LIBERTAÇÃO DA PRISÃO

1. Um anjo do Senhor liberta os apóstolos. Depois de serem presos injustamente, o


anjo do Senhor abriu as portas da prisão e tirou os apóstolos para fora. A Carta aos
Hebreus diz que os anjos são “espíritos ministradores, enviados para servir a favor
daqueles que hão de herdar a salvação” (Hb 1.14). Podemos nos alegrar no Senhor
pelo fato de que nada e nem ninguém pode reter o propósito dEle para sua Igreja.
Mesmo que venhamos a ser perseguidos, presos, as portas do inferno não prevalecerão
jamais contra a Igreja (Mt 16.18). Jesus disse que Ele mesmo edificaria sua Igreja. O
Evangelho tem chegado a muitos lugares hostis e verdadeiros milagres têm acontecido
para a propagação da mensagem de salvação. Governos totalitários têm caído e a
Palavra de Deus tem entrado transformando pessoas e comunidades.

2. A perplexidade dos incrédulos. Pela manhã, o sumo sacerdote convocou o


Sinédrio e mandou buscar os apóstolos que estavam presos. Porém, os guardas não os
acharam no cárcere. Relataram aos seus superiores que as portas estavam fechadas
com toda segurança, as sentinelas em seus postos, mas quando abriram a cela, estava
vazia. Isso deixou a todos perplexos, pois não conseguiam entender o que havia
acontecido (At 5.24). Sabemos que muitas pessoas, mesmo presenciando os milagres
de Jesus, não creram nEle (Jo 12.37). Os líderes religiosos estavam diante de mais um
milagre, mas mesmo assim ficaram somente na perplexidade e não creram na
interferência divina. O comentarista bíblico Matthew Henry diz que “infelizes são
aqueles que se sentem angustiados pelo êxito do Evangelho. Não podem deixar de ver
que a Palavra e o poder do Senhor estão contra eles, e tremendo pelas consequências,
mesmo assim seguem adiante.” [ EBD 4° Trimestre 2019 – Lição 5 – Os discípulos
são livres da prisão – CPAD – Jovens ]

3. Da prisão ao Templo. O anjo ordenou aos apóstolos que, quando livres, deveriam
se apresentar no Templo e anunciar ao povo as palavras desta vida (At 5.20). E assim
fizeram quando chegaram cedo pela manhã no Templo para ensinar. Com tal milagre
aprendemos que não há cárcere tão escuro e nem tão seguro em que Deus não possa
entrar, fazer um milagre, salvar e transformar. Mesmo que passemos por momentos
tenebrosos, podemos ter a certeza de que Deus nos alcançará com sua mão poderosa
para proclamarmos as maravilhas de seu amor, misericórdia e bondade. Assim como
disse o salmista: “Tirou-me dum lago horrível, de um charco de lodo; pôs os meus pés
sobre uma rocha, firmou os meus passos; e pôs um novo cântico na minha boca, um
hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR” (Sl 40.2,3).

Pense Por que Deus não evitou que os apóstolos fossem presos? Ponto Importante
Deus permitiu que os apóstolos fossem presos para revelar o seu poder e a sua
soberania.
III – O QUE MAIS IMPORTA É OBEDECER A DEUS

1. A Lei de Deus está acima das leis humanas. Depois de terem encontrados pelas
autoridades no Templo os apóstolos foram levados ao conselho. E mais uma vez o
sumo sacerdote os interrogou, dizendo que já os tinha admoestado para que parassem
de ensinar acerca de Jesus, pois estavam enchendo Jerusalém com a nova doutrina.
Aqueles homens, tão obscurecidos por seu orgulho e pecado, não compreendiam que
Jesus havia vindo para salvá-los. Apesar de mais uma advertência para deixarem de
ensinar a respeito de Cristo, Pedro categoricamente declara: “Mais importa obedecer
a Deus do que aos homens” (At 5.29). Pedro não estava desobedecendo à lei, mas
também não estava disposto a negociar a verdade para agradar os homens. Sabia que
Deus estava acima de qualquer lei humana quando essa entrasse em conflito com os
mandamentos divino (At 4.19).

2. Um conselho prudente, com um julgamento equivocado. Diante da determinação


dos apóstolos de que continuariam a falar a respeito de Cristo e os muitos sinais que
eram operados por eles, os líderes se enfureceram ainda mais e queriam matá-los.
Porém, Gamaliel se levantou e deu um sábio conselho a todos. Gamaliel era um
renomado fariseu, mestre de Paulo, representante da escola de Hilel, que favorecia
uma interpretação mais liberal e humanizada da lei. Ele disse que outros movimentos
já haviam se levantado em Israel, mas logo acabaram. Então, afirmou que se o
movimento dos cristãos fosse coisa de homens, também iria se dissolver. Mas se fosse
algo de Deus, não poderiam destruir ou fazer parar, pois seria como lutar contra o
próprio Deus (At 5.34-38). E todos concordaram com ele. O conselho foi prudente por
não incitar mais violência. [ EBD 4° Trimestre 2019 – Lição 5 – Os discípulos são
livres da prisão – CPAD – Jovens ]

3. Perseguidos, mas triunfantes. As autoridades chamaram os apóstolos, açoitaram-


nos, mandaram que não falassem mais no nome de Jesus e os deixaram ir. Mais uma
vez a perseguição, a afronta e o sofrimento não impediram que eles propagassem o
nome de Jesus. Será que os apóstolos ficaram desanimados, lamentando pelo que havia
ocorrido? Não! O versículo 41 diz que eles saíram da presença do conselho se
regozijando por terem sofrido por causa do nome de Jesus. Essa é a alegria que o
mundo não compreende. Eles estavam certos de que essa passageira tribulação
produziria um peso de eterna de glória (2 Co 4.17).

PenseVocê consegue se alegrar mesmo sofrendo por amor a Cristo?

Ponto Importante Mesmo perseguidos por amor a Cristo somos mais que vencedores
(Rm 8.37).

SUBSÍDIO
“Não há cárcere tão escuro nem tão seguro em que Deus não possa entrar e visitar os
seus, e se lhe agrada, tirá-los dali. A recuperação das enfermidades e a libertação dos
problemas nos são concedidos, não para que desfrutemos das consolações da vida,
mas para que Deus seja honrado com os serviços de nossa vida. Não é próprio que os
pregadores do Evangelho de Cristo se escondam em lugares distantes quando têm a
oportunidade de pregar a uma grande congregação. Devem pregar aos mais vis, cujas
almas são tão preciosas para Cristo quanto às almas dos mais nobres. Falai a todos
porque todos estão incluídos. Falai como aqueles que decidem defender, viver e
morrer por algo. Dizei todas as palavras desta divina vida celestial, comparada à qual,
esta vida atual terrena não merece o nome de vida. Falai as palavras de vida que o
Espírito Santo coloca em vossas bocas. As palavras do Evangelho são palavras de
vida; palavras pelas quais podemos ser salvos. Quão infelizes são aqueles que se
sentem angustiados pelo êxito do Evangelho! Não podem deixar de ver que a Palavra
e o poder do Senhor estão contra eles, e tremendo pelas consequências, mesmo assim
seguem adiante!” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. 1.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2002, p. 892). [ EBD 4° Trimestre 2019 – Lição 5 – Os discípulos são livres
da prisão – CPAD – Jovens ]

CONCLUSÃO

Aprendemos com o milagre da soltura dos apóstolos da prisão que o Senhor cuida de
sua obra e daqueles que lhe pertencem. Nada pode impedir o avanço da Igreja do
Senhor na terra, pois o próprio Cristo disse que a edificaria (Mt 16.18). Diante de
tantas afrontas e sofrimentos os apóstolos não cessaram de falar, no Templo e nas
casas, a respeito de Jesus. Que tenhamos a certeza de que Jesus jamais nos deixa
sozinhos em meio a uma situação difícil. Que o nome de Jesus seja glorificado em
tudo que fizermos.

HORA DA REVISÃO

1. Por que os líderes religiosos estavam tão enfurecidos e invejosos a ponto de


prender os apóstolos e depois querer matá-los? Aqueles homens, em razão de sua
incredulidade, não conseguiram ver que o movimento que havia iniciado era algo
vindo de Deus (Mt 22.29).
2. Quem abriu as portas da prisão?A Bíblia nos diz que os anjos são “espíritos
ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação”
(Hb 1.14) e foram eles que abriram a porta do cárcere.
3. O que aconselhou Gamaliel?Ele disse que se o movimento dos cristãos fosse de
homens, se dissolveria. Mas se fosse algo de Deus, não poderiam destruir ou fazer
parar, pois seria como lutar contra o próprio Deus.
4. Explique como os discípulos puderam sair alegres da prisão?Eles saíram
alegres, pois se sentiram bem-aventurados por terem sido considerados dignos de
sofrer por causa de Cristo, lembrando as palavras do Mestre no Sermão do Monte (Mt
5.11,12).
5. Você crê que Deus continua a realizar milagres?Resposta pessoal.
4° trimestre De 2019 |Lição 6 – Estêvão, o primeiro
Mártir
OBJETIVOS
DESTACAR as qualidades de Estêvão;
ANALISAR o martírio de Estêvão;
REFLETIR a respeito da forma nobre e honrada que Estêvão se entregou aos seus
algozes e como foi recebido no céu.
TEXTO DO DIA
“E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.” (At
6.8)
SÍNTESE
O Espírito Santo concedeu a Estêvão poder para realizar prodígios e sinais entre o
povo e sabedoria para pregar o Evangelho.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA – Lc 24.49 A promessa do revestimento de poder
TERÇA – Mt 10.20 O Espírito Santo nos capacita a falar
QUARTA – At 7.51 A resistência ao Espírito Santo
QUINTA – Is 6.1 A visão do trono de Deus
SEXTA – Dt 13.10 A morte por apedrejamento
SÁBADO – Sl 31.5 Entregando o Espírito nas mãos do Senhor

INTERAÇÃO

Algumas vezes, de forma equivocada, não damos a devida importância para o trabalho
que é feito fora dos púlpitos, nos “bastidores da igreja”, como a cozinha, a limpeza, a
assistência social, a portaria, etc. Porém, essas atividades são importantes para o
crescimento do Reino de Deus. O livro de Atos nos mostra que Deus ordenou aos
apóstolos consagrarem crentes para exercerem diferentes funções na igreja. É
maravilhoso saber e ver como Deus usa quem Ele quer e da maneira que quer. Quando
analisamos a vida Estêvão vemos essa verdade. Porém, como nem sempre fazer a coisa
certa traz boas consequências, Estevão foi levado ao martírio por falar a verdade e
servir a Cristo. O sucesso de um ministério nem sempre vai ser reconhecido e
recompensado aqui. No caso de Estêvão, ele viu os céus se abrindo e o Senhor o
recebendo. Que glória! Quem sabe você esteja fazendo algo para o Senhor, contudo
seu trabalho não é reconhecido como deveria? Saiba que Deus vê tudo o que você faz
e um dia o recompensará.

Orientação Pedagógica

A lição de hoje vai abordar o ministério de um diácono que foi poderosamente usado
por Deus. Pergunte aos alunos: “Existem tarefas na igreja que muitas vezes não damos
a devida relevância?” “O trabalho dos diáconos tem o devido reconhecimento?” Ouça
os alunos e em seguida peça que leiam 1 Samuel 16.7. Diga que Deus não vê como o
homem vê, porque o homem olha o exterior, mas Deus vê o coração, as verdadeiras
intenções. Mostre que a Bíblia tem exemplos de pessoas como Raabe (escondeu os
espias em Jericó), Gideão (um medroso que se tornou um grande juiz de Israel), Pedro
(sanguíneo e de forte temperamento), mas que Deus usou para realizar grandes
propósitos. Todo trabalho em favor do Reino tem a sua importância. Podemos e
devemos servir a Deus com nossos dons e talentos.

Texto bíblico

Atos 6.8-15

8 E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.


9 E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos
cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com
Estêvão.
0 E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.
11 Então, subornaram uns homens para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir
palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.
12 E excitaram o povo, os anciãos e os escribas; e, investindo com ele, o
arrebataram e o levaram ao conselho.
13 Apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de
proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei;
14 porque nós lhe ouvimos dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar
e mudar os costumes que Moisés nos deu.
15 Então, todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele,
viram o seu rosto como o rosto de um anjo.
Atos 7.54-58
54 E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seu coração e rangiam os dentes contra
ele.
55 Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória
de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus,
56 e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão
direita de Deus.
57 Mas eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos e arremeteram unânimes
contra ele.
58 E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas
vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.

INTRODUÇÃO

O número dos discípulos de Jesus ia aumentando a cada dia e o trabalho social também
aumentava, o que levou à necessidade de instituir diáconos que cuidassem dessa área.
Um dos eleitos para a função de diácono foi Estêvão, discípulo cheio de fé e do
Espírito Santo. Por meio dele, sinais e prodígios eram feitos o que suscitou a inveja e
a ira de alguns judeus que acabaram apedrejando Estêvão. Este foi o primeiro mártir
da Igreja Cristã. Mas mesmo diante da morte, o Espírito Santo encheu o coração do
servo de Deus de paz e amor, e a glória de Deus foi vista pelos seus algozes de forma
sobrenatural.

I – ESTEVÃO, UM HOMEM DE DEUS

1. Prodígios e grandes sinais.

Dentre os homens escolhidos para cuidarem da assistência social da igreja, destaca-se


Estêvão, homem cheio da graça, sabedoria e do poder do Espírito Santo. Esse diácono
supria as exigências estabelecidas pelos apóstolos: homens de boa reputação, cheios
do Espírito e de sabedoria (At 6.3). Como é maravilhoso ver Deus levantar pessoas
tementes e que se permitem serem usadas como canais do Senhor para abençoar vidas.
No Antigo Testamento, temos exemplos de profetas como Elias e Eliseu, que
realizaram grandes sinais entre o povo daquela época. Esses profetas realizaram
milagres como a multiplicação de alimento, fogo que caiu do céu, abertura de rios,
curas e ressurreições. No Novo Testamento, vemos Deus usando os apóstolos com
sinais e prodígios, curando os enfermos (At 5.12-16). Jesus afirmou: “E estes sinais
seguirão aos que crerem: ‘em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano
algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão” (Mc 16.17,18).

1. Sabedoria e autoridade.

Estêvão não era somente cheio de poder para realizar sinais, mas ele também era
dotado de sabedoria divina. Diz o texto que alguns judeus helenistas, grupo a que
Estêvão pertencia, se levantaram para debater com ele. Entre eles, havia os da sinagoga
chamada dos Libertos (escravos libertos que haviam pertencido a cidadãos romanos,
alexandrinos e da Cilícia). Quando levantaram questões sobre as doutrinas da fé cristã,
foi Estêvão que respondeu aos opositores da igreja (At 6.9). A Bíblia diz que não
“podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava” (At 6.10). Jesus já havia
dito que Ele daria aos seus discípulos boca e sabedoria a que ninguém poderia resistir,
nem contradizer (Lc 21.15). Com a descida do Espírito Santo receberiam também
poder para testemunhar (At 1.8).

1. Estêvão é acusado de palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.

Mesmo com toda a sabedoria e autoridade com que falava acerca de Cristo, os homens
de dura cerviz resistiram ao Espírito Santo (At 7.51). Não satisfeitos eles subornam
algumas pessoas para que dissesse que ouviram Estêvão proferir blasfêmias contra
Moisés e contra Deus (At 6.11). Levam-no ao Sinédrio, juntamente com falsas
testemunhas. Podemos observar os mesmos ataques do maligno que foram levantados
contra Jesus (Mc 14.56-58) e, mais tarde, contra Paulo (At 21.28). Muitos outros
cristãos fieis ao Senhor, ao longo da história, também foram injustamente acusados de
atos que não cometeram e de coisas que nunca disseram. Talvez você também tenha
sido alvo de uma calúnia. Então, saiba que da mesma forma que Deus foi com esses
cristãos, Ele estará com você em todos os momentos.

Pense

Será que você tem procurado seguir o exemplo de Estêvão buscando ser cheio do
Espírito Santo e de sabedoria diariamente?

Ponto Importante

Deus deseja que aqueles que estão desenvolvendo qualquer ministério na Igreja sejam
sempre cheios do Espírito Santo.

II – A MANIFESTAÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS

1.Um sermão memorável.

Depois de ser acusado injustamente Estêvão profere um dos sermões mais belos de
toda a Bíblia (At 7.2-53). Ele narra desde a chamada de Abraão até a sua saída de Ur,
passando pelos patriarcas Isaque e Jacó até chegarem ao Egito e serem salvos por
intermédio de José. Estêvão discorreu a respeito do plano de Deus para a humanidade.
Em sua defesa ele destacou a universalidade do Evangelho. Na verdade, as primeiras
grandes revelações de Deus ocorreram em terras estrangeiras (Ur, Harã, Egito e Sinai).
Ele enfatiza também a história gloriosa de Israel em que Deus usa Moisés para libertar
o povo, passando por Davi, Salomão, o Templo e os profetas que falaram acerca do
Justo que viria. Uma pregação maravilhosa e cheia de sabedoria e unção. Mas esse
sermão não visava apenas a informação dos fatos históricos. O objetivo de Estêvão era
confrontar os seus ouvintes quanto à prática de fé adotada por eles. O sermão bíblico
e ungido pelo Senhor não visa somente fazer com que as pessoas se sintam bem, mas
faz com que se sintam incomodadas e queiram melhorar o relacionamento com Deus.

1. Injustiçado, mas cheio do Espírito Santo.

Ao ouvirem o sermão de Estêvão, os homens de dura cerviz enfureceram-se e


rangeram os dentes contra ele (At 7.54). Infelizmente, muitos ainda hoje também não
aceitam a mensagem do Evangelho, pois ela vai de encontro ao estilo de vida
pecaminoso que preferem adotar. Mas Estêvão continuava pregando e era cheio do
Espírito Santo.

Como é bom ver jovens que mesmo enfrentando provações e rejeição, até mesmo da
própria família devido à sua fé em Jesus Cristo, continuam cheios do Espírito Santo.
1. A visão dos céus abertos.

Quando estamos cheios do Espírito Santo, podemos ser testemunhas de


acontecimentos sobrenaturais. É o que aconteceu com Estêvão. Quando ele terminou
seu sermão, fixou seus olhos no céu e viu a “glória de Deus e Jesus, que estava à direita
de Deus” (v. 55). E não só viu, como também afirmou a todos: “Eis que vejo os céus
abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus” (At 7.56). No
momento em que estava sendo acusado e apedrejado, os céus se abrem para ele. A
Palavra de Deus fala de Jesus assentado à direita de Deus (Mc 14.62; Lc 22.69; Cl
3.1), mas nesse caso Jesus estava em pé dando as boas-vindas ao primeiro mártir da
história da Igreja. Nosso Salvador recebe aqueles que lhe são fiéis até à morte. Ele
mesmo disse: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o
confessarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.32).

Pense

Como você reage diante das oposições? Você desiste, se cala ou permanece cheio do
Espírito Santo e continua anunciando a Palavra do Senhor?

Ponto Importante

Nosso alvo, foco deve estar no céu, em Jesus Cristo.

III – O MARTÍRIO DE ESTÊVÃO

1. A fúria dos homens.

Quando Estêvão exclamou que via os céus abertos e que contemplava Deus e Jesus,
seus algozes gritaram com grande voz, taparam seus ouvidos e se arremeteram contra
ele. O mundo não quer ouvir a Verdade, pois a Verdade denuncia a sua
pecaminosidade. Os acusadores de Estêvão não aceitaram a mensagem, expulsaram-
no da cidade e o apedrejaram até a morte (At 7.58). Aquele diácono, cheio do Espírito
Santo, sofreu o martírio de um profeta. O governo romano não permitia que os povos
sujeitos à sua autoridade executassem a pena de morte. Porém, os inimigos de Estêvão
estavam tão irados que o mataram, segundo eles, de acordo com a lei judaica. Um fim
trágico, humanamente falando, para um obreiro fiel ao Senhor e à jovem igreja. No
entanto, um fim glorioso, espiritualmente falando, quando ele é recebido e honrado no
lar eterno por Cristo.

1. Um jovem chamado Saulo.

Segundo a lei judaica o criminoso deveria ser despido antes de seu julgamento para
aumentar ainda mais a humilhação pública. Então, aqueles que mataram Estêvão
lançaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo, que consentira naquele
apedrejamento. Sem participar diretamente nessa execução, Lucas apresenta Saulo
como conspirador na morte de Estêvão. Alguns pensam que Saulo estivesse naquele
momento também como arauto anunciando aos transeuntes o crime do acusado.

1. Perdão nos momentos derradeiros.

Ao ser apedrejado, Estêvão invoca ao Senhor pedindo que receba o seu espírito. Ele
se coloca de joelhos e diz: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (At 7.60). Ele estava
seguindo o exemplo de Jesus para com seus algozes. Quem sabe sua oração teve
influência na conversão do próprio Saulo? Diante da injustiça, do escárnio e da
violência, Estêvão consegue perdoar. Embora brutalmente sentenciado, morreu de
forma digna de um cristão verdadeiro que não guarda amargura, ira ou indignação (Ef
4.31). Perdoar a quem nos tem ofendido não é fácil, mas viver o verdadeiro
cristianismo também não o é, e o perdão é uma das características do seguidor de
Cristo.

Pense

Você consegue perdoar aqueles que o maltratam e ofendem?

Ponto Importante

O perdão não é um sentimento, mas uma decisão. Também não é esquecer totalmente,
mas de poder lembrar sem ressentimento. É deixar o Espírito Santo fluir em toda a
situação.

SUBSÍDIO

O Martírio de Estêvão

“E ouvindo eles isto enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele’.
Estêvão viu chegar o seu fim. O discurso, ao invés de levar seus juízes ao
arrependimento, encheu-os de fúria. Mas, ainda que seu corpo
estivesse à disposição dos seus inimigos, sua alma era
inviolável (Mt 10.28). Observe os dois indícios do seu fim
triunfante: Inspiração do Espírito. Estêvão não tinha medo, apesar de os juízes
estarem enfurecidos. Seu poder no ministério se deu pelo fato de ser ele ‘cheio do
Espírito Santo'(At 6.5,8), e assim foi até o fim: ‘Mas ele, estando cheio do
Espírito Santo, fixando os olhos no céu…’ Aos juízes, declara: ‘Vós sempre
resistis ao Espírito Santo…’ (7.51). E seus rostos demonstravam
isto (v. 54). Estêvão, cheio do Espírito, tinha no rosto a glória de seu íntimo (6.15).
Quem parecia mais com um blasfemador: os juízes ou o acusado? 2. A visão de Cristo
(vv. 55,56). Estêvão recebeu uma ‘anestesia’ celestial que tirou o aguilhão da morte:
os Céus foram abertos e Estêvão viu o Filho do homem, em pé, à destra de Deus. Jesus
se levantou como para olhar de perto a situação do seu servo. E, para ajudá-lo,
exercendo o ministério de consolação. Ele conhece nossas fraquezas e quer nos
consolar” (PEARLMAN, Myer. 1.ed. Atos: E a Igreja se Fez Missões. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 1995, pp. 83,83).

CONCLUSÃO

Nesta lição, pudemos estudar a respeito do martírio de Estêvão, um homem de Deus,


cheio do Espírito Santo, que realizava maravilhas e pregava o Evangelho. Como
afirma Matthew Henry “ele se dedicou à tarefa de morrer com tanta compostura, como
se houvesse ido dormir; despertará novamente na manhã da ressurreição para ser
recebido na presença do Senhor, onde há plenitude de gozo, e para compartilhar as
bem-aventuranças que estão à sua destra, para sempre.”

HORA DA REVISÃO

1. De onde vinha a autoridade e sabedoria de Estêvão?

Do Espírito Santo de Deus (At 6.5). Tiago vai dizer que a verdadeira sabedoria vem
do alto (Tg 3.17). E Paulo diz que Cristo é o poder e a sabedoria de Deus (1 Co 1.23-
25).

1. Qual foi o tema do sermão de Estêvão?

Foi sobre a história gloriosa de Israel desde a chamada de Abraão, passando pelos
patriarcas, pelo tempo no Egito e libertação por Moisés. Ele também discorre sobre a
peregrinação do povo no deserto, a construção do Templo por Salomão e por fim falou
da morte e ressurreição do Messias.

1. Quem Estêvão viu em pé à direita de Deus Pai?

Ele viu a Jesus.

1. Aos pés de quem os algozes de Estêvão deixaram suas roupas?

Aos pés de Saulo.

1. Quais foram as últimas palavras de Estêvão antes de ser recebido na


glória pelo Senhor?

“E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu


espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes
este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu” (At 7.59,60).
EBD 4° Trimestre De 2019 | Lição 7 – A Conversão de
Saulo
Objetivos

EXPLICAR como seu deu o encontro inesperado de Saulo com Jesus;


ANALISAR a importância de Ananias no episódio da conversão de Saulo;
CONSCIENTIZAR de que é Deus quem muda nossos planos e que devemos buscar
a sua vontade.
TEXTO DO DIA
“E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me
persegues?” (At 9.4)
SÍNTESE
A conversão de Saulo foi um dos acontecimentos mais importantes da história do
Cristianismo, pois ele foi o vaso escolhido para levar o Evangelho aos gentios.
Agenda de leitura
SEGUNDA – 1 Tm 2.4 Deus deseja salvar a todos os homens
TERÇA – Ef 2.8 Somos salvos pela graça por meio da fé
QUARTA – Cl 1.13 Deus nos tirou do reino das trevas para o Reino do seu Filho
QUINTA – Mt 28.19 A importância de fazermos discípulos
SEXTA – Rm 12.2 Buscando a boa, perfeita e agradável vontade de Deus
SÁBADO – Hb 13.21 Aperfeiçoado em toda boa obra

Interação

Muitas vezes, nos envolvemos tanto com o plano de aula que corrermos o risco de não
priorizar a oração e de não cuidar da nossa saúde física e emocional. Nunca podemos
nos esquecer de que precisamos cuidar de nós mesmos antes de cuidar dos outros.
Nossa experiência e comunhão com Deus deve ser o centro norteador de nosso
ministério. Paulo adverte o jovem obreiro Timóteo para que ele cuide dele mesmo e
da doutrina do Senhor (1 Tm 4.16). No livro de Atos, que estamos estudando, Paulo
fala aos obreiros da igreja de Éfeso para eles cuidarem deles antes de cuidarem de todo
o rebanho (At 20.28). Podemos ser tentados a cuidar de tanta gente, esquecendo de
cuidar de nós e até de nossa família. Além disso, precisamos ser cumpridores da
Palavra que ensinamos. Esdras vai nos dar a sequência correta do ensino quando
prepara seu coração para buscar a Lei do Senhor e para cumprir, somente depois para
ensinar (Ed 7.10). Que Deus nos ajude a sempre termos o foco correto em nossas vidas
e ministérios.
Orientação Pedagógica

Um dos personagens de maior destaque no livro de Atos é o apóstolo Paulo. Embora


não tenha tido o privilégio dos outros apóstolos que conviveram diretamente com
Jesus, ele teve um encontro com o Salvador e uma chamada que marcaram
profundamente sua vida. Podemos dizer que Paulo foi essencial para a expansão da
Igreja e o grande defensor do cristianismo. Suas Cartas não só marcaram os crentes do
primeiro século, mas continuam vivas como Palavra de Deus. Nessa aula vale à pena
trazer um pouco mais de informações a respeito de Paulo – sua origem, qualificações,
início de ministério, viagens e legado. É interessante os alunos saberem mais sobre ele
e destacar como foi importante sua conversão para a igreja do primeiro século –
assunto da aula de hoje.

Texto bíblico

Atos 9.1-18

1 E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor,


dirigiu-se ao sumo sacerdote
2 e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse
alguns daquela seita, quer homens, quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.
3 E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o
cercou um resplendor de luz do céu.
4 E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me
persegues?
5 E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu
persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.
6 E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que faça? E disse-lhe o
Senhor: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.
7 E os varões, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não
vendo ninguém.
8 E Saulo levantou-se da terra e, abrindo os olhos, não via a ninguém. E, guiando-
o pela mão, o conduziram a Damasco.
9 E esteve três dias sem ver, e não comeu, nem bebeu.
10 E havia em Damasco um certo discípulo chamado Ananias. E disse-lhe o Senhor
em visão: Ananias! E ele respondeu: Eis-me aqui, Senhor!
11 E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em
casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando;
12 e numa visão ele viu que entrava um homem chamado Ananias e punha sobre
ele a mão, para que tornasse a ver.
13 E respondeu Ananias: Senhor, de muitos ouvi acerca deste homem, quantos
males tem feito aos teus santos em Jerusalém;
14 e aqui tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que
invocam o teu nome.
15 Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido
para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel.
16 E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.
17 E Ananias foi, e entrou na casa, e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o
Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes
a ver e sejas cheio do Espírito Santo.
18 E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e,
levantando-se, foi batizado.
INTRODUÇÃO

Encontramos, registrado no capítulo nove do livro de Atos, a conversão daquele que


seria o grande apóstolo dos gentios. Uma conversão, na qual o próprio Senhor encontra
Saulo no caminho para onde ele estava indo prender os crentes. Esse encontro
marcante com o Filho de Deus fez com que Saulo caísse ao chão. Saulo caiu na
presença de Jesus Cristo e ali começou um processo de transformação em sua vida. [
EBD 4° Trimestre De 2019 | Lição 7 – A Conversão de Saulo JOVENS – CPAD ]

I – UM ENCONTRO INESPERADO NO CAMINHO


1. Um Saulo ameaçador.
Vemos neste episódio o Saulo que anteriormente havia consentindo na morte de
Estêvão (At 8.1) e que respirava ameaças de morte contra os discípulos do Senhor (At
9.1). Saulo castigava os crentes e obrigava-os a blasfemar. Ele dedicava a sua vida à
perseguição dos crentes. Era um hálito de ódio e brutalidade. A fama das crueldades
de Saulo percorreu as cidades e o transformou em um monstro para a comunidade
cristã. E para dar mais eficácia ao alcance de sua repressão, obtém das autoridades
religiosas autorização para perseguir os crentes de cidades fora da Judeia.

1. Perseguindo Jesus.

No caminho para a cidade de Damasco, Saulo foi surpreendido por um resplendor de


luz do céu que fez com que ele caísse por terra. E Jesus pergunta-lhe: “Saulo, Saulo,
por que me persegues?” (At 9.4). No entanto, Saulo parecia não estar perseguindo
Jesus, mas os cristãos que estavam em Damasco. Aqui encontramos uma profunda
ligação entre Cristo e a Igreja, pois a perseguição de Saulo aos cristãos era uma
perseguição à pessoa de Jesus Cristo. Perseguir a Igreja é perseguir o próprio Jesus. É
motivo de consolo para nós saber que Jesus toma para si todas as nossas dores,
injustiças e sofrimentos. Depois de sua conversão, o Saulo que foi transformado em
Paulo vai falar aos crentes de Efésios que Cristo ama tanto sua Igreja que se entregou
por ela (Ef 5.25). Isso nos mostra que devemos tratar a Igreja do Senhor com respeito
e honra por ser a noiva escolhida, purificada e protegida de nosso Senhor Jesus, que
um dia virá buscá-la (Ap 19.7).
1. Mudança de planos.

Saulo tinha um plano traçado e cartas do sumo sacerdote, dando-lhe a permissão de ir


às sinagogas de Damasco. Nesta cidade, seu objetivo era de que se encontrasse alguns
da “seita” dos cristãos, levá-los-ia presos à Jerusalém. No entanto, no versículo três,
diz que subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. Da escuridão do ódio, Saulo
é envolvido pela luz do céu. Da postura soberba, ao chão. De alguém que só ouvia a
respeito da aprovação dos seus atos, o Senhor dos senhores questiona suas atitudes.
De valente a tremulo e atônito, ele pergunta: “Senhor, que queres que faça” (v. 6).
Onde está aquele Saulo com seu plano autoritário e violento? Um encontro com Jesus
faz mudar o mais vil pecador.

Pense

Será que, para nós, certas pessoas não têm salvação?

Ponto Importante

O exemplo de Saulo nos mostra que não há pecador tão mal que não possa ser alvo da
graça de Deus.

II – A VISITA DE ANANIAS

1. Um homem piedoso.

Em Damasco, havia um discípulo chamado Ananias, um homem piedoso conforme a


lei, tendo bom testemunho de todos os judeus que moravam ali (At 22.12). Quando o
Senhor lhe aparece numa visão chamando seu nome, ele prontamente responde: “Eis-
me aqui, Senhor!” (At 9.10). Então o Senhor ordenou que Ananias fosse a um
determinado endereço. O comentarista bíblico Faucett afirma “que é extraordinário o
fato de Ananias, a quem Saulo teria detido para ser encarcerado e morto, ter sido o
instrumento para restaurar-lhe luz e vida”.

1. A desconfiança de Ananias.

Embora Ananias tenha prontamente se colocado à disposição do Senhor, isso não


evitou sua desconfiança em relação a real mudança de Saulo. Ele estava bem
informado a respeito de Saulo e de todos os males que ele havia feito entre os crentes,
especialmente contra aqueles que haviam fugido de Jerusalém para outras cidades. Sua
avaliação era humana, pois não sabia que ele era um escolhido de Deus e que já estava
sendo transformado naquele que seria o grande apóstolo dos gentios. Ananias não
estava fugindo de sua missão, mas apenas sendo cauteloso, pois se tratava do temido
e terrível Saulo. Muitas vezes agimos como Ananias, pois fazemos uma avaliação
meramente humana e desconfiamos de pessoas que estão sendo profundamente
trabalhadas e transformadas pelo Senhor. Se Deus mandar você cuidar de
determinadas pessoas, por mais problemáticas que possam ser, tenha a certeza de que
Ele irá com você e seu plano será uma bênção.

1. O plano de Deus para Saulo.

Saulo tinha um plano, mas Deus tinha outro. O plano de Saulo era ir a Damasco
prender os crentes, mas o de Deus era que ele fosse libertar pessoas das garras do
Diabo. Seu plano era usar de violência, mas o de Deus era que ele fosse o autor de
uma das mais belas descrições de amor e de como precisamos viver em amor (1 Co
13). O plano de Saulo era viver na sua soberba religiosa, fazendo os outros sofrerem,
mas o de Deus era que ele se tornasse servo de Cristo e viesse a sofrer pelo Evangelho
(Rm 1.1; Tt 1.1).

O plano de Deus para Saulo era que ele levasse o Evangelho aos gentios, reis e filhos
de Israel (v. 15). É maravilhoso saber que Deus se interessa, de forma individual por
cada pessoa. O Senhor tem uma missão específica para cada um e precisamos sempre
buscar sua vontade para as nossas vidas (Rm 12.2)

Pense
Você está de fato buscando a vontade de Deus para sua vida?
Ponto Importante
Com a agitação dos dias atuais, podemos facilmente perder o foco e concentrar todos
os esforços em nós mesmos, esquecendo de dar prioridade ao Reino de Deus (Mt 6.33).
[ EBD 4° Trimestre De 2019 | Lição 7 – A Conversão de Saulo JOVENS – CPAD ]
III – UM NOVO TEMPO DE DEUS PARA SAULO

1. A acolhida de Ananias.

Após Deus ter assegurado a Ananias de que Saulo era um vaso escolhido para uma
missão, o perseguido foi até ao ex-perseguidor e, entrando na casa onde este estava,
impôs sobre ele as mãos e diz: “Irmão Saulo” (v.17). Tal afirmação demonstra que
Ananias já havia reconhecido a Saulo como um crente. De inimigo a irmão em Cristo.
Que nunca venhamos a menosprezar o valor de ser um “irmão” ou “irmã” em Cristo.
Ananias acolheu Saulo impondo-lhe as mãos, orando para que recuperasse a visão e
fosse cheio do Espírito do Santo.

1. Abrem-se os olhos de Saulo.

Após Ananias ter imposto as mãos sobre Saulo e feito o que o Senhor lhe havia
mandado fazer, imediatamente lhe caíram dos olhos como que umas escamas (At
9.18). Podemos ver que Saulo foi liberto de uma cegueira física temporária e de uma
cegueira espiritual que há muito tempo o afetava. Ambas as curas foram milagres,
porém a segunda foi um milagre ainda maior que o primeiro. É como aquele paralítico
que foi descido pelos seus amigos até Jesus, e o Mestre disse-lhe que os seus pecados
estavam perdoados. Para Jesus, a salvação da alma está em primeiro lugar (Mt 9.6).
Somente o Senhor pode nos fazer compreender as coisas espirituais (1 Co 2.14). Na
Carta aos Efésios, o próprio Paulo escreverá que agradecia a Deus por ele ter
iluminado os olhos do seu entendimento (Ef 1.18).

1. Fortalecido no físico e no espírito.

O Senhor tem interesse em nos capacitar a fim de que sejamos usados na propagação
do Evangelho. Além de perdoar os nossos pecados Ele deseja que tenhamos saúde
espiritual, emocional e física para podermos exercer nossa missão com mais eficácia.
Depois ter seus olhos abertos, Saulo se levantou, foi batizado e cheio do Espírito Santo.
Saulo então se alimenta e se sente-fortalecido, pois precisamos cuidar do templo do
Espírito Santo (1 Co 6.19). Paulo ficou com os discípulos na cidade de Damasco por
alguns dias antes de começar seu ministério. É na comunhão com nossos irmãos que
encontramos força, encorajamento e compaixão para cumprirmos o nosso chamado. [
EBD 4° Trimestre De 2019 | Lição 7 – A Conversão de Saulo JOVENS – CPAD ]

Pense

Você já experimentou o milagre da salvação e da transformação em Jesus Cristo em


sua vida?

Ponto Importante

A cura física é um grande milagre, porém um dia todos terão de morrer; mas a salvação
da alma tem um valor eterno, pois nos dá o direito de viver na glória para todo sempre
com o Senhor.

SUBSÍDIO

“A Campanha Anticristã de Saulo

A igreja judaica havia sido estabelecida. O Evangelho já tinha alcançado Samaria.


Logo Pedro abriria a porta da Igreja aos gentios. Alguém tinha, então, de levar o
Evangelho ‘até aos confins da terra’. Eis o homem certo: Saulo de Tarso. Não
acompanhou Cristo na terra. Contudo, não era inferior aos primeiros discípulos quanto
ao zelo, conhecimento, poder e trabalho. A vida e ministério de Paulo mostram que o
Senhor escolheu o tipo de homem que a situação exigia. Segundo a orientação de
Deus, ele faria a religião de Jesus ser uma religião para todos os homens.
1. Um líder religioso. Saulo, provavelmente com 30 anos, era membro do
Sinédrio, o concílio religioso judeu. O mesmo que condenou Jesus à morte.
Isto é dado a entender pela posição que ocupava entre os judeus daquela época
(Gl 1.14), e também pelo papel que desempenhou no processo de Estevão (At
7.58), inclusive seu voto lançado (At 22.20).
2. Um defensor zeloso.Com energia característica, Saulo se dedicava à
desarraigar o Cristianismo. Para ele, um movimento perigosíssimo.
Provavelmente imaginasse ser ‘do diabo’. Dizer que Jesus, crucificado após a
condenação do Sinédrio como blasfemador, era o Messias e Filho de Deus
seria o cúmulo de blasfêmia” (PEARLMAN, Myer. Atos: A Igreja Primitiva
na Força e na Unção do Espírito. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, pp. 107-
109). [ EBD 4° Trimestre De 2019 | Lição 7 – A Conversão de Saulo JOVENS
– CPAD ]
CONCLUSÃO
É maravilhoso ver a forma como Deus transformou um homem, que era opositor dos
cristãos, em um de seus maiores defensores. Somente Deus tem esse poder e ainda
hoje Ele continua salvando pessoas. Ele perdoa, lava no sangue de Jesus e oferece um
novo caminho para nossas vidas. Valorize sua experiência com Jesus Cristo como um
presente precioso de sua vida.
HORA DA REVISÃO
1. O que Saulo estava fazendo no caminho para Damasco?
Ele estava a caminho de Damasco com autorização para prender os crentes e levá-los
de volta a Jerusalém.

1. Saulo perseguia os crentes, mas Jesus lhe pergunta por que Ele o
perseguia. Quem Saulo realmente perseguia?
Saulo perseguia a Igreja, mas Jesus diz para ele que perseguir os cristãos ou a Igreja é
o mesmo que perseguir o próprio Cristo.

1. O que Deus ordenou que Saulo fizesse ainda ali no caminho de Damasco?
“Levanta-te e entra na cidade, e lá será dito o que convém fazer” (At 9.6).

1. Ananias tentou esquivar-se de sua missão ao questionar o Senhor a


respeito de Saulo?
Não. Ele não sabia que Saulo já estava sendo transformado, e se utilizou de uma
cautela natural para saber como seria seu primeiro contato com Saulo.

1. Por que é necessário estar no centro da vontade de Deus para as nossas


vidas?

Porque somente estando no centro da vontade de Deus para as nossas vidas é que Ele
cumprirá todos os seus planos para nós e em nós. [ EBD 4° Trimestre De 2019 | Lição
7 – A Conversão de Saulo JOVENS – CPAD ]

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