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https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2279/virei-gestor-e-agora
Carreira
Primeiro dia como diretor. Primeira vez em um cargo administrativo, sem nenhuma experiência com a
parte burocrática que envolve estar à frente de uma escola. No entanto, você chega e tem poucos dias
para ler um documento enorme sobre a vigilância sanitária e responder à demanda, mas você mal
conhece a equipe da escola, os alunos ou o ambiente escolar, muito menos sabe a última vez que foi
dedetizada. E agora? O que fazer?
Chegar em um novo cargo – seja ele de direção, coordenação ou qualquer outro – não é simples. Ainda
mais quando não há tempo entre conhecer a escola, aprender a função e assumir a responsabilidade
de ser um líder. E se nesse desafio adicionássemos a falta de suporte e de formação? Quem assume a
gestão dificilmente teve uma formação específica para ocupar o novo cargo. Os gestores são colocados
nessa posição sem ter o suporte necessário para fazer a transição e precisam aprender na tentativa e
erro a desempenhar suas funções.
Muitas vezes, depende do próprio gestor ir atrás da formação e de outros subsídios que deem suporte
para desempenhar suas atribuições administrativas, pedagógicas e de gestão de pessoas. Cristiane
Priscila Gusmão, diretora da EMEI Prof. Magda Aparecida de Moraes, em Itápolis, interior de São Paulo,
conta que começou a se preparar antes de assumir o cargo. Mesmo assim, ela encontrou surpresas no
dia a dia e aprendeu conforme as demandas surgiam. Por isso, o novo gestor precisa estar aberto para
o inesperado e a aprender a partir do próprio erro.
Sem dúvida, pode ser muito solitário e difícil. Por isso, ouvimos gestoras que mudaram de cargo
recentemente para entender quais suas dificuldades, buscamos especialistas e reunimos os
aprendizados em 5 dicas para te ajudar a fazer uma transição mais tranquila:
Para Cláudia Zuppini, sócia-fundadora da Elos Educacional, virar essa “chavinha” é um dos principais
desafios de quem assume um cargo na gestão. Mas, como fazer essa transição? É preciso se preparar,
mas muito virá de treinar o olhar no cotidiano. “A gente aprende todos os dias. São coisas que vejo no
dia a dia”, relata Cristiane
Já quem chegou na direção, é preciso fazer uma análise geral da escola. “Sair da sala do diretor e
conversar com as pessoas, ouvir todo mundo. Conhecer quem são essas pessoas”, sugere Maria Paula.
Para Cláudia Zuppini, além de conhecer as pessoas e a história daquele lugar, é preciso entender a
forma que a comunidade percebe a escola.
LEIA MAIS: Para tratar dos problemas da escola, um bom diagnóstico é tudo
Ainda, quem ocupa o cargo da direção, precisa dar atenção aos recursos materiais e financeiros da
escola da escola, ter noção de tudo que há, como está contabilizado e onde cada objeto, documento
ou serviço pode ser acessado. “A hora que ele assumir, cada número do patrimônio é responsabilidade
dele”, complementa Cláudia.
Por ter estado à frente da coordenação pedagógica por quase quatro anos, ela conta que os
professores estavam muito acostumados a procurá-la quando precisavam de ajuda. “Eles ainda me
procuram. Às vezes, dou palpite, mas eu encaminho para a nova coordenadora”, afirma. No começo,
ela relata que foi difícil se desapegar de organizar e pensar a formação de professores e focar nas suas
novas responsabilidades, mas com o tempo ficou mais fácil.
É preciso ter muita clareza sobre as novas funções para repensar sua rotina no novo cargo. “Tem que
pensar como é o dia a dia, escrever as atividades da semana, quais dessas atividades são mesmo do
cargo e como se organizar a partir dessa lista”, afirma Maria Paula.
Tábata teve a ajuda de sua ex-diretora para entender suas novas funções e rotina. No entanto, quando
não há uma figura experiente para ajudá-lo, é preciso buscar outras fontes de informações para
entender o que cabe ao seu cargo, como a Secretaria de Educação ou mesmo pesquisar. Diferente de
Tábata, Cristiane não teve essa ajuda da diretora anterior, mas encontrou na secretária escolar um
apoio para entender documentos e as atividades administrativas.
Independente de quem você tenha como exemplo, seja um bom gestor que lembra com carinho ou
um que você quer ser diferente, é importante ter claras as suas propostas para a escola. Maria Paula
indica que é necessário ter clareza das metas, de onde você como gestor quer conquistas e
compartilhar essas ideias com o resto da equipe. “É preciso ter metas claras, priorizar, discutir e
compartilhar”, resume.
Se, além de novo, o gestor foi muito jovem, é preciso estar preparado para ouvir comentários como “eu
estou aqui há 10 anos e sempre foi dessa forma”. É possível que exista uma resistência inicial da
equipe docente. A dica para superar o comportamento é apostar na conversa. “Acho que faz diferença
propor fazer diferente, mostrar porque aquilo é importante, porque dá para fazer melhor. Nunca
impor”, afirma Cristiane.
Para construir esse vínculo, Maria Paula e Cláudia sugerem dinâmicas para que o grupo se conheça e
compartilhe experiências. Cláudia sugere, por exemplo, atividades em que a equipe possa se mostrar
mais como pessoa, sua trajetória e seus objetivos na escola. “O professor vai se desarmando, vão te
conhecendo melhor”, afirma.